Revista da ABCSEM

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REVISTA

ED. 15 – III TRIMESTRE DE 2018

3º Seminário Nacional de Folhosas é sucesso em Campinas (SP) EVENTO ABCSEM realiza mais uma edição do Workshop DFIA

NOTAS Confira os últimos acontecimentos


ÍNDICE

NOTAS DA ASSOCIAÇÃO

CAPA

Confira os últimos acontecimentos

3º Seminário Nacional de Folhosas é sucesso em Campinas (SP)

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Página 3

EVENTO

ABCSEM realiza mais uma edição do Workshop DFIA Página 6

EXPEDIENTE Conselho Editorial Marcelo Pacotte Jornalistas responsáveis Isabella Monteiro – MTB: 57224/SP Daniela Mattiaso – MTB: 47861/SP Projeto Editorial e Gráfico MyPress & Co.

A Revista da ABCSEM é uma publicação digital da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas, que tem como objetivo divulgar informações sobre o mercado de hortaliças e flores. Este veículo de comunicação possui periodicidade trimestral, com visualização gratuita e circulação livre na WEB. As opiniões aqui expressas não refletem necessariamente a visão da ABCSEM. © Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de textos e imagens sem autorização prévia.


NOTAS

DA ASSOCIAÇÃO SET

Reunião SGT8 - Mercosul

A ABCSEM representou o Brasil, juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), na reunião do SGT 8 - Mercosul, para tratar do Comércio Internacional de Sementes, entre Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. A reunião foi realizada na Câmara do Comércio em Montevidéu, Uruguai. Na ocasião foi tratado o tema Equivalência de Classes de Sementes, dentre outros temas relativos à grandes culturas.

AGO

Reunião AGRO + O diretor executivo, Marcelo Pacotte, representou a ABCSEM na reunião do AGRO+, realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Brasília. O AGRO+ é um movimento de desburocratização do Estado, que conta com mais de 160 entidades, que visa o aumento da produtividade e da eficiência no setor. Na ocasião, os principais pontos de melhoria para o comércio de sementes e mudas de hortaliças no país, apresentados ao Ministro Blairo Maggi, foram: Publicação da Revisão da IN 29/2013, que trata de Certificados Fitossanitários para exportação e reexportação; Importação de pequenas amostras; Processos de ARP; Atualização da Lista de Pragas Quarentenárias; Excesso de retiradas de amostras (fitossanidade) nas importações; Registro de produtos para tratamento de sementes de hortaliças; Acesso às estatísticas do ministério.

AGO

Reunião Embaixada Dominicana

SET

Reunião SAA

A ABCSEM participou conjuntamente com a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) da reunião do Seed Treatment Working Group da Seed Association of The Americas (SAA), realizada na cidade de Montevidéu, Uruguai. Na ocasião, a ABRASEM fez uma apresentação sobre a atual situação de tratamento de sementes no Brasil.

Em Brasília, o diretor executivo da ABCSEM, Marcelo Pacotte, acompanhado do integrante do Grupo de Trabalho (GT) de Exportações, Eloir Mello, da associada Feltrin Sementes, reuniram-se com os Conselheiros da Embaixada Dominicana para tratar das dificuldades de exportação para a República Dominicana, causadas pelo departamento de Sanidade Dominicano. Na ocasião, os representantes da embaixada, comprometeram-se na tratativa do tema junto às áreas pertinentes.


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CAPA

3º Seminário Nacional de Folhosas é sucesso em Campinas (SP) Palestras sobre tendências de mercado, debates e networking marcaram esta edição do evento De grande relevância econômica para a cadeia hortícola, as folhosas representam o segundo grupo mais importante em comercialização, depois da cultura do tomate, correspondendo à 15% do volume total de hortaliças produzidas no país. Para apresentar e debater os avanços técnicocientíficos, as tendências e os desafios da produção e comercialização de folhosas no Brasil, a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), em conjunto com a Win Eventos, promoveu o 3º Seminário Nacional de Folhosas, em agosto, na cidade de Campinas (SP). Assim como nas edições anteriores, o seminário reuniu diversos palestrantes renomados do setor e representantes da cadeia produtiva de hortaliças, para compartilhar informações atualizadas sobre os temas relacionados à produção, comercialização, consumo e tecnologia aplicados ao segmento de folhosas no Brasil. O evento foi patrocinado pelas empresas: Sakata Seed Sudamerica, Ihara e Bioseeds. O Mercado de Folhosas Na palestra de abertura do seminário, Ayrton Tullio Junior, Conselheiro de Mudas de Hortaliças da ABCSEM, destacou que apesar da crise, “as hortaliças representam um mercado crescente, focado na alimentação mais natural e saudável, com perfil de consumo dinâmico, alta demanda e compra constante. Por isso, temos que nos

preparar, enquanto profissionais e empresas para atender às exigências do mercado”, enfatizou na ocasião. Segundo ele, alguns dos principais requisitos demandados pelo consumidor têm sido: a diversificação de produtos (novas variedades, hortaliças mini); padronização da qualidade em termos de sabor, tamanho e aparência; praticidade e durabilidade (hortaliças pré-higienizadas, minimamente processadas e embaladas); rastreabilidade; bem como produtos orgânicos. No painel de discussão “Desafios na comercialização de folhosas na perspectiva dos principais participantes do mercado: Produtor, Atacadista, Varejista e Indústria”, durante a programação, vários profissionais do mercado compartilharam suas experiências e opiniões com os participantes no local. Para abordar a “Visão do Produtor”, foi convidado Márcio Hasegawa, Diretor Superintendente do Grupo Hasegawa, empresa que produz mais de 1.500 hectares por ano de 50 variedades diferentes de hortaliças e que teve que adotar algumas medidas importantes para enfrentar a crise atual do país. De acordo com o diretor do Grupo, o foco desta reestruturação se deu sob um pilar principal: a gestão. “Investimos na atribuição de responsabilidades e treinamento dos colaboradores para cada especialidade; revisão, implementação, controle e validação dos processos; análise dos indicadores e checagem dos resultados; bem como no aprimoramento do conhecimento, por meio do desenvolvimento de


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novas habilidades técnicas e tecnológicas”, afirmou. Outro ponto destacado por Hasegawa para o sucesso nos negócios foi o associativismo. “Infelizmente isto não está na prioridade do produtor brasileiro. Mas é fundamental entender que o objetivo de fazer parte de uma associação não é balizar preço, e sim algo muito maior, que é defender o setor, minimizar danos, representar a categoria e buscar soluções que beneficiem a todos conjuntamente”, mencionou. Já para tratar da “Visão da Rede Atacadista”, a palestrante convidada foi Walquyria Majeveski, CEO da Greenland. Segundo ela, o distribuidor atacadista sofre uma pressão muito grande tanto por parte do produtor quanto do varejista. “Isto pode ser visto como algo ruim ou também como uma oportunidade de agregar valor à atuação do atacadista, promovendo diálogo e congregando interesses”, disse. Neste sentido, para ela, cabe ao atacadista estabelecer ações e estratégias conjuntas que visem, por exemplo, incentivar o consumo de hortaliças entre jovens e crianças; buscar formas sustentáveis de agregação de valor produto final; promover divulgação nas mídias em torno da alimentação saudável; apresentar o produto de forma interessante e atrativa, explicando o que é, seus benefícios e dicas de consumo; dentre outros. “Acredito que todos os elos da cadeia têm que se preocupar com o ponto de venda e não apenas o varejista. Temos que educar o consumidor para conhecer e valorizar as diferentes variedades de hortaliças”, concluiu Walquyria. Para falar da “Visão da Rede Varejista”, foi convidado o Diretor Comercial Nacional de FLV do Carrefour, Marcelo Prado. Ele destacou a questão da transparência, como sendo um valor cada vez mais exigido pelo consumidor, sobretudo, para produtos frescos e in natura. “A transparência está presente no acesso a detalhes sobre a origem do

produto, no tipo de embalagem adotada, que permite ao consumidor visualizar o produto previamente, bem como na confiança no momento de consumo na visão do cliente”, pontuou. De acordo com ele, os supermercados e as feiras são os locais mais comuns para a compra, “por isso, é importante que as lojas estabeleçam uma comunicação eficiente, que fale a linguagem do cliente. Além disso, estamos em um momento de transição, no qual a tecnologia é fundamental”, explicou. Prado discutiu ainda sobre a problemática do combate ao desperdício. “Isto faz parte da transição alimentar e como fazer isso de forma correta é o principal desafio no Varejo. Estruturas de parceria com proximidade físicas são importantes para minimizar estas perdas”, ponderou. Por fim, para abordar a “Visão da Indústria de Sementes”, o Painel contou com a participação especial do presidente da ABCSEM, Paulo Koch, que discorreu sobre os desafios que afetam a produção de sementes no Brasil, sendo o principal deles, o desenvolvimento de variedades adaptadas às mais diferentes condições de cultivo (solo, clima, pragas e doenças). De acordo com ele, para a indústria sementeira se sobrepor a estes desafios, “a resistência genética é um dos pontos fundamentais, cujas pesquisas têm evoluído e crescido muito, proporcionando diversos benefícios para o produtor e consumidor”, acredita. Outro ponto importante apontado pelo profissional durante a apresentação, foi a necessidade do uso de sementes de qualidade pelos produtores, que que assegurem a pureza genética, isentas de patógenos e com alto poder de germinação e vigor, além da escolha das variedades de acordo com o sistema de produção (solo/hidroponia) e a

Participantes do evento durante a abertura do 3º Seminário de Folhosas, promovido pela ABCSEM


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finalidade (fresco/processado). “As tecnologias que proporcionam uma produção mais rápida, eficiente e segura estão se despontando. Neste sentido, o uso de sementes peletizadas – a alface crespa peletizada domina o mercado e a alface americana peletizada continua crescendo –, bem o cultivo em hidroponia estão se expandindo cada vez mais”, pontuou Koch.

apontou o uso de variedades resistentes; local e época de plantio; escalonamento; rotação de culturas; controle de ervas daninhas; nutrição equilibrada; bom controle de doenças em solo; conhecimento da relação vírus/cultura/vetor/forma de transmissão e potencial de inócuo; profilaxia; e, por fim, controle químicos dos vetores.

Minimamente processados

Giampaolo Buso, CEO e fundador da empresa Paripassu, palestrou no seminário sobre a importância da rastreabilidade na era do consumidor, ressaltando que a Certificação Agrícola tem como objetivo declarar como certo, convencer e reconhecer os processos implantados para um modelo de gestão da qualidade. “Contudo, cabe ressaltar que a rastreabilidade é um dos tópicos que compõem as normas técnicas, mas há inúmeros outros aspectos que a antecedem”, pontuou.

Outro assunto discutido durante o evento foi a questão dos minimamente processados, uma grande tendência de mercado, que foi apresentada por Paulo Romano Schincariol, diretor da NHS Máquinas e Equipamentos. O profissional salientou em sua palestra que, embora o mercado de alimentação saudável se apresente como uma oportunidade bastante promissora de negócio, é fundamental que haja conhecimento prévio, planejamento e investimento em estrutura adequados para que o negócio se efetive forma legal e segura para o consumidor em termos de higiene e qualidade do produto comercializado. “O profissional que quiser investir nesta atividade, deve estar consciente do que está realizando e seguir rigorosamente as etapas do processo produtivo, adotando uma estrutura física adequada para atender às exigências das normas, portarias, leis e resoluções que regem este segmento. Além disso, é preciso ter cuidado ao comprar equipamentos específicos para este tipo de processamento, bem como para utilizar os canais de distribuição e a cadeia de frio adequados às necessidades deste tipo de produto”, orientou. Novas exigências: controle fitossanitário e rastreabilidade Na ocasião, André Vilela, responsável pelo Desenvolvimento Técnico e de Mercado da Syngenta, falou sobre a importância do aumento da produtividade por meio da adoção de controles fitossanitários. “Estamos vivendo um momento de restrição de uso de alguns grupos de defensivos e isto certamente ocasionará a ressurgência de alguns vetores de viroses como o pulgão. Por isso, devemos adotar procedimentos preventivos”, alertou. Dentre as medidas preventivas, Vilela

Percepção de valor no Agronegócio Outro palestrante convidado para o evento foi Tiago Fisher, diretor de Negócios do Canal Rural. O profissional destacou em sua explanação que em comparação com outros países, os brasileiros não consomem nem 20% do que se consome em termos de marcas no mundo todo e que no agronegócio esta realidade é ainda menor. “Neste setor os produtos são conhecidos, mas as marcas em si não. Por isso, cada vez mais, somos dependentes de uma cadeia agroindustrial fortalecida e unificada”, ponderou durante a palestra. O especialista em Marketing apresentou ainda algumas megatendências no Agronegócio que estão surgindo e que merecem a atenção de todos os elos da cadeia envolvidos, dentre os quais: a evolução da biotecnologia; agregação de valor em sementes; diminuição da participação de defensivos no pacote de compras; aumento de produtividade e potencial de riqueza aos produtos; parcerias e contratos (aquisições/fusões) na produção e na distribuição; saudabilidade dos produtos e relação com bem-estar; maior tecnificação e gestão; dentre outros.

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EVENTO

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ABCSEM realiza mais uma edição do Workshop DFIA Evento apresentou novidades e mudanças nos processos e na legislação relacionados ao comércio de insumos agrícolas A Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) realizou a 3ª edição do Workshop DFIA, em Campinas (SP), destinado exclusivamente aos seus associados. O evento, que aconteceu em julho deste ano, reuniu os profissionais das empresas associadas à ABCSEM, bem como membros do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas (DFIA) e do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Viagiagro), ambos órgãos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O principal objetivo do Workshop foi debater assuntos relativos à comercialização de insumos agrícolas como um todo no país. Para o presidente da ABCSEM, Paulo Koch, o workshop refletiu os dois grandes pilares que alicerçam a atuação da associação ao longo de sua trajetória. “O

primeiro deles é o regulatório, fundamental para implementarmos melhorias no processo. E o outro pilar é o de incentivo ao consumo, que tem como foco impulsionar a alimentação saudável, visando uma melhor qualidade de vida da população e que passa necessariamente pela qualidade dos processos e produtos do setor”, enfatizou na ocasião. Durante a abertura do evento, Marcelo Pacotte, diretor executivo da ABCSEM, também destacou a importância da participação comprometida de todos os elos envolvidos para o sucesso da iniciativa. “Isto não seria possível sem o suporte de nossos patrocinadores e a colaboração e disponibilidade dos membros do Mapa, que sempre são muito receptivos em relação às nossas demandas”, pontuou. O Workshop contou com o patrocínio das empresas CGO, Takii Seed e Feltrin.


NORMA ESPECÍFICA DE OLERÍCOLAS E NOVO FORMULÁRIO DE RNC Um dos principais assuntos tratados durante o Workshop foi a “Norma Específica de Olerícolas e seus Padrões”, tema apresentado pela Coordenadora de Sementes e Mudas da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, Virgínia Carpi. De acordo com ela, há muitos anos, o Ministério está trabalhando para atender aos novos padrões, considerando os diferenciais do segmento de olerícolas que não se encaixam nas demais normas previstas. “A ideia é usar esta nova norma que está sendo elaborada, em conjunto com as demais instruções normativas, que têm como foco a produção e a comercialização de sementes de olerícolas (IN 9, IN 24 e IN 25)”, explicou. Em sua explanação, Virgínia destacou ainda que dois grandes pleitos antigos do setor serão contemplados pela normativa, previstos nos artigos 8 e 9: Art. 8: embalagens de tamanho diferenciada, não destinadas ao consumidor final, poderão ser embaladas para comercialização, desde que mantidas as características do lote, estão dispensadas de nova análise. Esta operação não constitui reembalagem, por isso, dispensa-se o uso da expressão “semente reembalada” e da identificação como reembalador. Art. 9: quando aguardando coleta, deverão estar identificadas que estão aguardando amostragem para análise, temporariamente imprópria para comercialização. A normativa foi submetida à análise de profissionais e entidades do setor, que repassaram críticas, além de diversos comentários sobre o assunto, que contribuíram para compor o conteúdo definitivo da norma antes de sua publicação. Outra novidade apresentada pela profissional na ocasião, foi o novo Formulário de Registro Nacional de Cultivares (RNC), que deixa o papel e passa a ser em formato eletrônico. Segundo Virgínia, “para atender às inúmeras demandas e agilizar a gestão da informação nos processos de habilitação das cultivares para produção e comercialização, o RNC contará agora também com um banco de dados eletrônico, que será atualizado pelos mantenedores e responsáveis pelas informações”. Ela explicou ainda que o sistema “CultivarWeb” será alimentado não por quem analisa o processo, mas sim por quem está demandando o registro. O objetivo da mudança foi diminuir o tempo para conclusão dos processos, de acordo com a profissional. “Os formulários tiveram ganhos de informação, com campos mais específicos. Além disso, fotos, tabelas de avaliação, dentre outros arquivos/documentos, poderão ser anexados nos formulários” destacou.

IMPORTAÇÃO E DISPENSA DE AMOSTRAGEM O Diretor do Departamento de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária (DFIA/SDA) do Ministério da Agricultura, André Felipe Peralta da Silva, palestrou sobre os “Resultados das análises de importação e a lógica para dispensa de amostragem (Qualidade)” no Workshop. Em sua fala, o profissional explicou que a “Dispensa da Coleta” para amostra, prevista pela Instrução Normativa nº 25 (IN 25/2017), apresenta cinco critérios: 1) Prevista em acordos e tratados internacionais; 2) Acompanhada de Boletim de Análise de Semente, emitido por laboratório que utiliza metodologia International Seed Testing Association (ISTA) ou Association of Official Seed Analysts (AOSA); 3) Se tratar de espécies para os quais os métodos e procedimentos de análise não estejam oficializados pelo Mapa; 4) Não houver padrão estabelecido para a espécie; 5) Quando a importação se der para fins de ensaios de VCU ou de reexportação. Ao final da apresentação, Peralta ainda agradeceu o envolvimento da ABCSEM e das empresas, ressaltando que “o Departamento está sempre de portas-abertas para acolher as demandas de todo o setor, garantindo qualidade a nos processos, mas sem onerar o produtor. Conciliando sempre as demandas tanto do setor, quanto do consumidor”, falou.


REVISÃO DA IN 29/2013 Outro tema abordado durante o Workshop foi a “Revisão da IN 29/2013 – CF/CFR”, conduzido pelo palestrante Carlos Goulart, Coordenador do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV). Ele apresentou a revisão para ajuste de critérios e procedimentos adotados em relação à IN 29/2013, que estabelece critérios e procedimentos para emissão do Certificado Fitossanitário (CF) ou Certificado Fitossanitário para Reexportação (CFR). Dentre os critérios que foram atualizados estão: - Previsão de uso do CFO/CFOC para exportações específicas – artigo 5. - Retirada da autorização de embarque – artigo 18. - Retirada dos critérios de identificação alfanumérica do CF/CFR – art. 23 - Inclusão do artigo para DSV decidir sobre casos omissos. - Simplificação do art. 3 (redução de 30 para 5 dias de antecedência nas consultas para ONPF’s) - Exclusão da declaração de intenção de reexportação. - Exclusão dos artigos 11, 12, 14 e 15 sobre reexportação (requerimento e parecer técnico sanidade vegetal). A Tabela de Requisitos Fitossanitários para Exportação (T-Rex) do Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa está disponível para consulta no link: www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidadeanimal-e-vegetal/sanidade-vegetal/sistema-de-requisitos-fitossanitarios-para-exportacao-2013-t-rex

MODERNIZAÇÃO DO VIGIAGRO Durante o evento, Paulo Roberto de Carvalho Filho, Coordenador Geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) falou sobre a “Modernização da Vigilância Agropecuária Internacional/Mapa”, marcada pelo novo marco legal (IN 39/2017), pela nova plataforma tecnológica (SIGVIG) e as novas ferramentas de fiscalização. O especialista comentou que o Novo Manual do Vigiagro traz informações sobre a IN 39/2017 e está disponível o site do Ministério da Agricultura. O documento apresenta ainda os diferentes Níveis de Fiscalização Agropecuária: Simplificado (verde), Intermediário (Amarelo), Completo (Vermelho) e Especial (Cinza). Outra novidade apontada por Carvalho Filho foi a Plataforma Tecnológica SIGVIG, um portal único de Comércio Exterior, com interface para dispositivos móveis, integrado com os “Sistemas MAPA” ao Portal Único de Comércio (PU), operado pelos Departamentos e Superintendências Federais de Agricultura (SFA’s), além do Vigiagro. “Para operacionalizar os avanços trazidos pela norma, é preciso ferramentas tecnológicas que combinem instrumentos de automação e de inteligência artificial”, explicou o coordenador. Já em relação à fiscalização, o profissional destacou o lançamento do “Programa Fast Vigiagro”, que visa facilitar e simplificar os processos, envolvendo a certificação das empresas que cumpram requisitos de admissibilidade e elegibilidade. E, também, o uso de cães treinados para detecção de infrações que, de acordo com Carvalho Filho, “é uma forma bastante eficiente de fiscalização, devido à agilidade e versatilidade deles, que conseguem identificar mais de 80 odores distintos, conquistando um índice de assertividade superior a 96%”, disse.

TRÂNSITO INTERNACIONAL DE SEMENTES O tema “Trânsito Internacional de Sementes – Marítimo, Aéreo e Terrestre”, foi abordado por André Minoru Okubo, Chefe do Serviço de Vigilância Agropecuária (SVA) do Porto de Santos (SP) durante o evento. Em sua apresentação, o profissional ressaltou sobre a importância de se redobrar a atenção em relação aos requisitos fitossanitários para exportação, a fim de evitar atrasos nos processos e demais problemas inerentes. “Neste sentido, é fundamental que o solicitante requisite o Certificado Fitossanitário o quanto antes, considerando que os prazos para emissão têm sido maiores, portanto, esta antecipação é necessária”, enfatizou Okubo.


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