PG Parte 3

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4.4.4. Etapa 4|Aplicação do projeto Aplicação do projeto em 3D para melhor visualização do layout.

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Capítulo 5 | Metodologia de Design 5.1. Metodologia do Design de Embalagem Para o desenvolvimento de um pr ojeto de embalagens coerente, faz-se necessária a utilização de uma metodologia já utilizada previamente em outros projetos. Neste projeto realizou-se uma adaptação da metodologia de design de embalagens de Mestriner (2002), que visa atender dez pontos-chaves no final do projeto e para isso faz uso de cinco fases. 5.1.1. Os 10 pontos-chaves para o design de embalagem Através desta metodologia, segundo Mestriner (2002), tem-se alcançado resultados excelentes. E quem vai desenhar embalagens precisa saber que para alcançar um bom resultado final é necessário atender aos dez pontos-chaves que são: 1. Conhecer o Produto: Conhecer profundamente o produto a ser desenhado bem como suas características, composição do produto, diferenciais de qualidade e principais atributos incluindo seu processo de fabricação. História do produto, anúncios, embalagens antigas; são informações que também precisam ser levantadas. 2. Conhecer o Consumidor: Saber quem compra e utiliza o produto é fundamental. Informações como características do consumidor, seus hábitos e atitudes em relação ao produto e sua motivação para comprá-lo são muito importantes. 3. Conhecer o Mercado: Analisar o mercado no qual o produto participa, pois cada categoria possui suas características próprias com sua história, dimensão e perspectiva. O fabricante deve fornecer ao designer as informações que dispuser para auxiliar no projeto de design. 4. Conhecer a concorrência: Esta fase consiste em conhecer de perto os concorrentes diretos do produto a ser projetado, pois de nada adianta a criação de um design com estética agradável se ele não consegue enfrentar a concorrência no ponto de venda. Portanto,

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estudar cada um dos concorrentes e analisar a linguagem da categoria é essencial. 5. Conhecer tecnicamente a embalagem a ser desenhada: Conhecer a linha de produção e de embalamento, as técnicas de impressão e decoração, fechamento e abertura, desenhos e plantas técnicas da embalagem a ser desenhada precisam ser conhecidos meticulosamente. 6. Conhecer os objetivos mercadológicos: Entender por que estamos desenhando uma embalagem e o que estamos buscando com o projeto é outro ponto-chave que precisa estar bem claro. É interessante que se entenda os objetivos de marketing, a participação de mercado, o papel da embalagem e etc. Portanto, “é preciso ter uma meta a ser buscada para poder avaliar os resultados alcançados” (MESTRINER, 2002,p.39). 7. Ter uma estratégia pro Design: Com todos os itens anteriores em mãos, é preciso transformá-los em diretrizes de design com uma estratégia clara. “Antes de desenhar é preciso pensar. É preciso posicionar visualmente o produto de forma que se obtenha vantagem competitiva no ponto de venda[...]” (MESTRINER, 2002,p.39). 8. Desenhar de forma consciente: Para atender os objetivos mercadológicos estabelecidos para a embalagem, é preciso que o projeto seja desenvolvido de forma consciente e metódica e não baseado no impulso criativo. “A criatividade é necessária e desejável, mas precisa ser exercida em favor dos objetivos estratégicos do projeto” (MESTRINER, 2002,p.39). 9. Trabalhar integrado com a Indústria: Conhecer a indústria que vai produzir a embalagem é uma das proposições básicas, pois muitos problemas são evitados com esta providência. Outro grande benefício é a possibilidade de encontrar melhores soluções tecnológicas conhecidas pelas indústrias. 10. Fazer a revisão final do projeto: Depois que a embalagem final chega ao mercado, é importante que se faça novamente uma visita de

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campo para avaliar os resultados e propor eventuais melhorias. Pois só no ponto de venda, nas reais condições de competição é que podemos avaliar o resultado alcançado. 5.1.2. As fases da criação Com base nesses dez pontos e objetivando atendê-los no projeto, Mestriner (2002) organiza cinco passos seqüenciais, aos quais ele chama de fases, que devem ser seguidos para que nenhum dos pontos-chaves sejam negligenciados. Essas fases contemplam: 1. Briefing: Primeira fase do projeto, é

“Independente de como

onde serão abordadas todas as

vamos proceder, de qual

informações-chave e compreendidos os

será o método adotado,

objetivos mercadológicos. “Independente de como vamos proceder, de qual

todo projeto começa com uma visão muito bem clara e precisa de

será o método adotado, todo projeto

seu objetivo, todo projeto

começa com uma visão muito bem clara

precisa de um briefing”

e precisa de seu objetivo, todo projeto

(NEGRÃO, 2008).

precisa de um briefing” (NEGRÃO, 2008,p.123). Nada mais é que uma coleta de dados que geram diretrizes, requisitos e instruções preliminares para o projeto. O briefing precisa ser objetivo, preciso e completo além de possuir informações como: o que é o produto, quem é seu consumidor, quanto ele custa, quais seus benefícios, onde será vendido e etc. “Quando a tomada do briefing é bem feita, o projeto já começa bem encaminhado, e o resultado final tem grandes chances de sucesso” (MESTRINER, 2002,p.42). 2. O Estudo de Campo: “Não existe design de embalagem sem estudo de campo” (MESTRINER, 2002,p.45). Nesta fase, é onde conhecemos as condições reais em que se dará a competição e onde podemos encontrar oportunidades de posicionamento estratégico para o produto. A maioria das oportunidades de obter vantagem sobre o concorrente é

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identificada no estudo de campo, pois é importante lembrar que a embalagem nunca é vista sozinha, mas sempre em conjunto a outros concorrentes – como vemos nas prateleiras. Segundo Mestriner (2002), o estudo de campo é um item fundamental na metodologia de projeto do design de embalagem e fator decisivo para a montagem da estratégia do mesmo. Pois a identificação e reconhecimento detalhado do cenário em que o produto é apresentado ao consumidor são pontos fundamentais para o trabalho do designer. Informações como: concorrentes presentes na gôndola, seu preço, a posição que ocupam na prateleira, número de frentes e posição que o produto ocupa são imprescindíveis. Além dessas informações, é nesta fase que podemos analisar e compreender a linguagem visual da categoria e, em sua virtude, podemos posicionar nosso produto de forma mais vantajosa em comparação aos demais concorrentes. 3. A estratégia de Design: Esta fase é na verdade uma síntese das duas anteriores, de modo que aqui sejam traçadas as diretrizes a serem seguidas no projeto. É um momento muito importante em que as grandes idéias e soluções são encontradas. Isso porque, no cenário competitivo não basta apenas desenhar, é preciso também posicionar a embalagem por meio do design. Aqui são repassados os principais pontos e objetivos do briefing, apresentado um relatório com as observações e conclusões do estudo de campo, descritas as oportunidades encontradas para a nova embalagem e destacadas premissas básicas que devem ser seguidas para se alcançar o objetivo. 4. O desenho: Tendo bem claro o que foi solicitado pelo cliente e qual a proposta delineada na estratégia de design, é chegada a hora de pôr em prática os procedimentos para que nenhum detalhe seja esquecido. E, principalmente, para se obter o máximo de cada um dos componentes da embalagem. Nesta fase são colocadas em prática todas as informações acumuladas nas fases anteriores. Primeiramente, é importante ter em mãos a planta técnica da emba-

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lagem aberta com demarcação das dobras, área de impressão, definição dos painéis frontal, lateral, verso, tampa e fundo da embalagem. Bem como logotipo da marca, ícone de identificação do material para reciclagem, dimensão do código de barra e textos legais. 5. A implantação do Projeto: Com o layout aprovado, entra-se na fase de implantação do projeto. A partir de agora são colocados os textos finais, as fotos definitivas e demais elementos necessários para a produção da arte-final. Com a embalagem produzida, é ideal que o designer visite novamente o ponto de venda para conferir o resultado do trabalho. Nessa oportunidade, pode-se ainda fazer algumas considerações de impressão, caso necessário, pra o próximo lote. E dessa forma é terminado um projeto de design de embalagem. Vale salientar que nem sempre é possível seguir exatamente todas essas fases, como neste projeto por exemplo. Devido ao curto tempo de produção e a não implantação real do produto no mercado, não houve a possibilidade de concluir a fase 5 completamente. Por isso, neste projeto só foi realizada até a parte da finalização de arte. 5.2. Metodologia do Design de Superfície Segundo Rutcschilling (2008,p.61), “ainda que haja metodologia adequada no projeto de Design de Superfície (DS), o que é exigência para projetos profis-

“Ainda que haja metodologia adequada no projeto de Design de

sionais, é na composição visual onde se

Superfície (DS), o que é

encontra o maior controle do projetista”.

exigência para projetos

Ou seja, a criação dos elementos visuais

profissionais, é na com-

e a forma como eles se arranjam sobre o fundo é o que define o sucesso do trabalho.

posição visual onde se encontra o maior controle do projetista” (RUTCSCHILLING, 2008)

Em todas as áreas do design faz-se uso dos recursos da linguagem visual como meio de expressão, porém de formas díspares, pois cada uma

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dessas áreas possuem objetivos e metodologias diferentes. O DS segue a mesma linha, pois possui suas próprias técnicas de criação. Os elementos visuais, que também podem ser táteis, no DS participam da composição visual de maneira a garantir a característica primordial de propagação do módulo. Ou de forma equivalente, conferindo qualidade por toda amplitude da superfície, dentro dos conceitos de ritmo e de unidade. “A sintaxe visual do design de superfície identifica funções de elementos visuais que podem se manifestar de maneiras diferentes, em algumas a participação do elemento é clara; em outras, inexistente” (RUTSCHLLING, 2008, p.61). Dentre essas sintaxes pode-se citar: Figuras ou motivos: São formas não interrompidas consideradas em primeiro plano. Neste caso existe alternância visual entre figura e fundo. Por exemplo, uma estampa com tema infantil, onde teremos motivos ou figuras carregadas dessas mensagens visuais a serem interpretadas pelo espectador.

Figura 45 Exemplo de estampa onde a sintaxe visual se dá atravez de figuras ou motivos.

Elementos de preenchimento: São texturas, grafismos e afins que preenchem os planos responsáveis pela ligação visual dos elementos. Podem aparecer sozinhos ou interagindo com motivos falados anteriormente.

Figura 46 Exemplo de estampa onde a sintaxe visual se dá através de figuras ou motivos com a presença de elemtnos de preenchimento.

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Elemento de ritmo: São elementos com mais força visual que os demais elementos. Essa força “é conseguida através da configuração, posição, cor, dentre outros aspectos conferidos ao elementos do espaço” (RUTHSCHILLING, 2008, p.62).

Figura 47 Exemplo de estampa onde a sintaxe visual se dá através de elementos de ritmo.

Como dito anteriormente, o DS domina as leis visuais e técnicas de criação próprias. “A beleza é conseguida pela harmonia das formas, linhas, cores em deslocamentos em todas as direções do plano bidimensional” (RUTHSCHILLING, 2008, p.62). Essa harmonia deve ser mantida mesmo quando esse plano bidimensional estiver revestindo um objeto tridimensional, como acontece nas embalagens. Segundo Ruthschilling (2008), não existem fórmulas prontas pra projetos de DS, até porque ele é herdeiro da arte, onde a liberdade de criação é conseguida pelo domínio da linguagem visual e de lógicas criativas autorais. Portanto, sua metodologia de criação se dá através da metodologia do design gráfico. 5.2.1. Princípios básicos e específicos A criação e o desenvolvimento de projetos para superfícies, passa no momento por uma revisão, devido as mudanças nos processos de fabricação – que sempre foram limitantes da criação. Atualmente, com a tecnologia existente, as possibilidades expressivas aumentam visivelmente, conferindo maior liberdade de criação para o designer. Portanto, os princípios básicos de repetição e módulo do DS perdem um pouco sua condição de essencial para os projetos de superfície em meios eletrônicos. Mas, segundo Ruthschilling (2008,p.63), “permanecem como conhecimento fundamental da área”.

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Por isso, para a criação de estampas, é utilizada a mesma metodologia do design gráfico. Porém, fazendo uso das técnicas de criação do Design de Superfície, e cabe a cada designer definir o melhor processo de design de acordo com a necessidade de cada projeto. Existe uma infinidade de livros que tratam sobre o assunto, mas também cabe ao bom designer desenvolver e adequar cada processo de acordo com seu estilo de trabalho. No livro de Fuentes (2006), são analisados três metodologias. Porém só será explanado um deles que foi o utilizado no desenvolvimento deste projeto, o modelo sugerido pelo designer Guillermo Gonzáles Ruiz. ENCOMENDA DO TRABALHO PELO CLIENTE [PRIMEIRA DEFINIÇÃO DO PROBLEMA]

Coleta de informações sobre o cliente, produto, concorrência, público.

ANÁLISE. INTERPRETAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO. [SEGUNDA DEFINIÇÃO DO PROBLEMA]

Análise de Determinação Determinação Estudo do de objetivos do canal alcance, conceito prioridades e mensagem e hierarquias

ESPECIFICAÇÃO PARA A VIZUALIZAÇÃO [TERCEIRA DEFINIÇÃO DO PROBLEMA] Desenvolvimento do anteprojeto

Apresentação ao cliente

Figura 48 Diagrama ilustrando a

Organização da Produção

metodologia de design de Guilhermo Gonzáles.

IMPLEMENTAÇÃO VERIFICAÇÃO FONTE: FUENTES (2009)

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1. Primeira definição do problema. 2. Coleta de informações sobre o cliente, produto, concorrência e público – briefing. 3. Análise, interpretação e organização da informação. Segunda definição do problema. 4. Determinação dos objetivos; Determinação do canal; Estudo do alcance, contexto e mensagem; Análise de prioridades e hierarquias. 5. Especificações para a visualização. Terceira definição do problema. 6. Desenvolvimento do anteprojeto. 7. Apresentação ao cliente. 8. Organização da produção. 9. Implementação/verificação.

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Capítulo 6 | Construção Projetual Durante este capítulo será feita uma descrição de todo o processo de construção projetual que possibilitou a execução da metodologia de design de embalagem resultando na embalagens de biscoitos fazendo uso do design de superfície como diferencial estético. A seguir, podese acompanhar o processo dado fazendo uso da metologia de Mestriner adaptada as reais condições deste projeto, como o tempo por exemplo. 6.1. O Briefing Como ponto de partida para o projeto de design, o briefing foi desenvolvido para definir objetivos e mapear todas informações necessárias para o projeto. Foi, portanto, preenchido o seguinte briefing: FORMULÁRIO DE BRIEFING 1.NOME DO PRODUTO: Nestlé Classic

X Produto Existente

Novo Produto

2. CLIENTE/FABRICANTE: Nestlé 3. PRODUTO / EMBALAGEM 3.1. Qual a matéria-prima utilizada na embalagem? Plástico Flexível

3.2. Quais as características desta embalagem (observe dobras, vincos, cortes, tipo de impressão, se utiliza mais de uma matéria-prima, etc)? Embalagem simples, envoltório, com cola e utilização de fita para facilitar a abertura do produto (vale salientar que nem sempre funciona), impressão em flexogravura, com filme metalizado na parte interna.

3.3. Quantidade de cores utilizada na impressão. 4 cores

3.4. Quais as informações importantes, legais, que estão impressas na embalagem? (observe registro em órgãos especiais, informações sobre a presença de Glúten, se o produto é diet, light, etc). Informações nutricionais, ingredientes, data de lote e validade, serviço de atendimento ao consumidor, informações institucionais, peso, código de barras, selo de 0% gordura trans, informação sobre presença de glúten.

3.5. Quais os pontos fortes e fracos da embalagem? (observe o layout, o manuseio, a forma de exposição, etc) Pontos fracos: - Embalagem pouco atrativa; - Não causa no usuário a vontade subjetiva de comprar o produto;

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FORMULÁRIO DE BRIEFING Pontos fortes: - A imagem do biscoito é atrativa; - O logo é bem estruturado.

3.6. O produto permite que a embalagem possa ser reutilizável? Sim

3.7. Qual a forma física do produto (liquido, pó, granulado, sólido)? Sólido

4. MERCADO / CATEGORIA 4.1. Quais as características da categoria do produto? Em geral, os produtos dessa categoria possuem: - Embalagens vermelhas ou marrons; - Embalagens feitas de plástico flexível metalizado; - Sempre é utilizada a imagem do produto associada ao sabor (chocolate); - Nenhum produto da categoria sai do padrão “imagem do biscoito+sabor +logo”, configurados em um envoltório.

4.2. Qual a posição / participação do produto no mercado? Empresa importante no ramo de massas, mas que também começou no mercado dos biscoitos possuindo grande variedade de tipos e sabores.

4.3. Identifique os principais concorrentes Richester, Marilan, Adria.

5. CONSUMIDOR 5.1. Qual o perfil do consumidor deste produto? (Idade, sexo, classe sócio-ecnonômica, etc.) - Jovens, entre 13 e 30 anos; - Gênero feminino e masculino; - Classe B, C.

5.2. O que você acha que motiva o consumidor a comprar este produto? O fato de ser um biscoito tortinha de chocolate da marca Nestlé.

5.3. Qual a relação do consumidor com o produto (status, apenas consumo, emocional/afetivo, tradição, etc)? - Existe a relação de tradição com a marca; - Ela é conhecia por ser uma marca de bons produtos; - Existe também a questão do status com a marca.

6. MARKETING 6.1. A embalagem apresenta alguma ferramenta de marketing? Apenas promove o produto com um pequeno texto falando do produto.

6.2. Há possibilidades de uso de alguma ferramenta de marketing? Liste algumas opções que poderão ser trabalhadas pela equipe. Sim. Como o produto é de chocolate, pode-se trabalhar o lado emotivo que o envolve. - Fazê-lo um produto direcionado para jovens; - Fazer uso de cores para atrair a atenção do consumidor; - Fazer da embalagem algo mais funcional para a rotina do público jovem; - Fazer uso de imagens mais atrativas para “ganhar” o consumidor pela vontade de comer o biscoito; - Fazer o uso do design de superfície como diferencial estético; - Promover a embalagem com um formato diferente dos demais consumidores.

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6.2. O Estudo de Campo Da forma que o briefing utiliza um formulário, o estudo de campo também o faz. Para a coleta de dados de biscoitos envoltórios tipo tortinha sabor chocolate, foi realizada uma análise nos pontos de vendas de alguns supermercados, mercadinhos e lojas de conveniência da cidade para que as conclusões tomadas ao final dessa pesquisa de campo, fosse utilizadas como rota para o desenvolvimento da nova embalagem funcional. Nesta pesquisa, foram analisadas seis embalagens envoltórias de biscoito tortinha de chocolate. A seguir, o formulário utilizado neste estudo de campo:

FORMULÁRIO DE ESTUDO DE CAMPO 1. LOCAL DE OBSERVAÇÃO: Supermercado

Hipermercado

Mercadinho

Loja de Conveniência

2. INFORMAÇÕES OBJETIVAS 2.1. Liste o(s) nome(s) dos concorrentes e analise graficamente suas embalagens

Bono> Predominantemente marrom, com o uso da imagem do biscoito e barrinhas de chocolate. Usa também textura de chocolate derretido no background. Tortinhas de chocolate Adria> Predominantemente vermelha e azul, cores da marca. Usa ilustração do biscoito e imagem de chocolate pra representar o sabor. Tortinha Amori> Predominantemente marrom escuro, usa ilustração do biscoito, raspa de chocolate e barra de chocolate pra representar o sabor. Torta de Chocolate Marilan> Predominantemente laranja. Faz uso de embalagem padrão da marca. Usa imagem do biscoito, barra de chocolate e fatia de torta de chocolate. Prestígio> Predominantemente vermelha. Usa imagem do produto repetida, ilustração de coqueiros, estampa discreta de síntese de cocos ao fundo.

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FORMULÁRIO DE ESTUDO DE CAMPO 2.2. Preços (anotar preços e o peso/conteúdo) Bono> R$ 1,72 | 152g Nestlé Classic> R$ 2,18 | 152g Tortinha Amori> R$ 0,94 | 150g Torta de Chocolate Marilan> R$ 1,09 | 160g Prestígio> R$ 2,18 | 152g Tortinhas Adria> R$ 1,10 | 160g

2.3. Anotar número de frentes expostas do produto na gôndola Bono> 2 Nestlé Classic> 1 Tortinha Amori> 1 Torta de Chocolate Marilan> 1 Prestígio> 1 Tortinhas Adria> 1

2.4. Anotar número e posição de prateleiras (de cima para baixo) Bono> 3° Nestlé Classic> 3° Tortinha Amori> 2° Torta de Chocolate Marilan> 2° Prestígio> 3° Tortinhas Adria> 3°

3. LINGUAGEM VISUAL DA CATEGORIA 3.1. Cor predominante de cada embalagem Bono> Marrom Nestlé Classic> Vermelho Tortinha Amori> Marrom Escuro Torta de Chocolate Marilan> Laranja Prestígio> Vermelho Tortinhas Adria> Azul escuro e vermelho

3.2. Quais as imagens são predominantes? Bono> a marca Nestlé Classic> imagem do biscoito Tortinha Amori> a marca, imagem do biscoito Torta de Chocolate Marilan> imagem do biscoito Prestígio> a marca, imagem do biscoito Tortinhas Adria> a marca

3.3. Quais os elementos visuais utilizados (faixa, splash, logo...) Bono> logo, faixa, ilustração, splash Nestlé Classic> logo, ilustração, splash Tortinha Amori> logo, splash Torta de Chocolate Marilan> logo, ilustração Prestígio> logo, ilustração, estampa Tortinhas Adria> logo, ilustração

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FORMULÁRIO DE ESTUDO DE CAMPO 3.4. Quais as informações que possuem mais destaque na embalagem? Bono> logo Nestlé Classic> imagem do biscoito Tortinha Amori> logo Torta de Chocolate Marilan> imagem do biscoito Prestígio> logo Tortinhas Adria> logo

3.5. Descreva outros elementos gráficos presentes na embalagem, caso não tenha sido citado anteriormente. Bono> sabor do biscoito, selo “0% gordura trans”, peso Nestlé Classic> sabor do biscoito, selo “0% gordura trans”, peso Tortinha Amori> sabor do biscoito, selo “0% gordura trans”, peso, outros sabores do biscoito Torta de Chocolate Marilan> sabor do biscoito, peso, slogan Prestígio> sabor do biscoito, peso Tortinhas Adria> sabor do biscoito, peso, slogan

4. INFORMAÇÕES SUBJETIVAS 4.1. Posição no PDV. Quem é o líder? Nestlé Classic

4.2. Qual a embalagem com maior e menor destaque visual? Maior, Nestlé Classic. Menor, Torta de chocolate Marilan.

4.3. Quais as cores mais eficientes e as imagens que chamam mais atenção ou explicam melhor o produto? Vermelho. Imagem do biscoito e barra de chocolate.

4.4. Quais as cores mais deficientes e as imagens mais fracas? Azul. Texturas de chocolate.

4.4. Qual concorrente tem melhor embalagem? Prestígio

4.5. Qual possui a pior? Tortinha Amori

CONCLUSÕES DO ESTUDO DE CAMPO Marcas analisadas: Bono, Nestlé, Richester, Adria, Marilan, Prestígio.

Bono

Adria

Tortinha Amori

Marilan

Prestígio

Nestlé Classic

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Presença de plástico metalizado: 1 não tinha, as demais 5 tinham. 6

1 Sim

Não

Cor predominante: Marrom, Vermelho. 2 1 0

Marrom

Laranja

Vermelho

Azul+ Vermelho

Utilização de ilustração ou fotografia: Fotografia. 3 2 1 Fotografia

Ilustração

Fotografia+ Ilustração

Elementos visuais predominantes: A marca e a imagem do biscoito. 3 2 1 Marca

Imagem do biscoito

Marca+ Imagem do biscoito

Elementos de design de superfície: Apenas 1 marca apresentou. 6

1 Não

Sim

Tipografia: Tipos simulando escrita manual. 6

1 Simulando Outros tipos escrita manual

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Local de aquisição: Supermercado. 100%

0% Supermercado

Hipermercado

Mercadinho

Loja de Conveniência

Público-alvo: Jovens, sexo feminino e masculino, entre 13 a 30 anos, Classes B-C-D. Preço médio: R$ 1,53 R$3,00 R$0,00

Bono R$ 1,72

Tortinha Amori R$ 0,94

Nestlé Classic R$ 2,18

Marilan R$ 1,09

Prestígio R$ 2,18

Adria 1,10

Tamanho médio das embalagens abertas: 19,8 x 13,6cm 21cm 20cm 19cm

0cm

Bono 19x13,6cm

Nestlé Classic 19x13,6cm

Tortinha Amori 21x13,6cm

Marilan 20x14cm

Prestígio 19x13,6cm

Adria 21x13,2cm

Tamanho médio das embalagens fechadas: 19,8 x 4,16cm 21cm 20cm 19cm

0cm

Bono 19x4cm

Nestlé Classic 19x4cm

Tortinha Amori 21x4cm

Marilan 20x5cm

Prestígio 19x4cm

Adria 21x4cm

Tipo de impressão: Brilhosa. 100%

0% Brilhosa

Fosca

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6.3. A estratégia de design Com a análise de similares e o estudo de campo realizado e compilado, seus resultados foram utilizados para traçar estratégias de design que possam fazer o produto destacar-se dos demais concorrentes no ponto de venda. Com o estudo de campo, pode-se ver claramente a oportunidade de criar algo novo e diferenciado no que se trata de embalagem de biscoito. E depois desta análise, pode-se definir como estratégia de design o uso do design de superfície como diferencial estético, pois os demais concorrentes possuem estética similar utilizando sempre um padrão de imagem do produto, logotipo, e sabor do biscoito. Portanto, o uso de uma estampa que expresse através das cores e conceitos explorados, o diferencial desta nova embalagem mergulhando no mundo do público-alvo e fazendo-o sentir o impulso de compra subjetivamente. Além do ponto estético bem explorado, a embalagem também pode contar com o diferencial no formato. Pois os produtos existentes no mercado possuem o mesmo formato e uma embalagem com uma nova roupagem diante de outras da mesma categoria, chama a atenção do consumidor na gôndola, de acordo com Mestriner (2002). Portanto, a estratégia de design foi aproveitar a debilidade da categoria para introduzir um novo conceito de produto premium e inovador. 6.4. Geração e Seleção de Alternativas A seguir, a geração de alternativas para o formato da embalagem tomando como partido todas as informações visuais adquiridas na pesquisa de campo e na análise de similares.

1.

2.

3.

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