Introdução A cada lançamento de produto ou tecnologia realizado pela BioGene®, a empresa pensa a longo prazo. Todos os produtos são cuidadosamente testados antes do lançamento para assegurar que o produtor tenha acesso a uma semente de qualidade, posicionada para a região e com seus benefícios bem determinados. Características conferidas através do melhoramento convencional, como por exemplo, potencial produtivo, tolerância a doenças, ou precocidade, são complementadas por características introduzidas através da biotecnologia, como a tolerância a herbicidas ou a insetos. São anos de pesquisa e altos investimentos para oferecer ao produtor opções para o plantio sempre buscando o aumento da rentabilidade da lavoura. A BioGene busca a gestão responsável destes produtos em cada passo do caminho. Desde a pesquisa inicial, até a retirada do produto do mercado, o objetivo é manter a longevidade do produto, para que este continue entregando as características e benefícios com os quais foi lançado no mercado. Para isso, a BioGene conta com toda a sua rede de funcionários, representantes comerciais autorizados, canais parceiros, e com você, produtor. É muito importante que o manejo das novas tecnologias seja
compreendido por todos os integrantes da cadeia de produção, assim como o respeito à legislação e regulamentação do país, visando obter os melhores resultados nas lavouras e permitir o investimento em inovação tão necessário para o aumento da produtividade. A BioGene, assim como outras marcas de empresas da indústria de sementes, é membro participante de uma entidade denominada Excelence Through Stewardship® – ETS (Excelência através da Gestão Responsável; http://excellencethroughstewardship.org/), que promove a adoção universal de programas de gestão responsável e sistemas de qualidade no ciclo completo de produtos vegetais. Esta entidade possui regras básicas que devem ser seguidas pelas empresas participantes, e que determinam os padrões mínimos de gestão responsável de um produto em nosso mercado. Adquirindo um produto marca BioGene, ao abrir sua embalagem, o produtor compromete-se a cumprir com essas determinações, que se encontram especificadas no Guia de Uso do Produto (disponível no site www.biogene.com.br e entregue juntamente com a nota fiscal do produto), na etiqueta que acompanha o produto, e no verso da embalagem.
Comprometimento com a Gestão Responsável de Produtos É necessário o comprometimento de todos para a manutenção da eficácia das tecnologias pelo maior tempo possível, e para evitar qualquer perturbação no mercado nacional e internacional. Assim, é dever de cada produtor que planta sementes marca BioGene: - Seguir as recomendações descritas na etiqueta e embalagem do produto, e obedecer à legislação vigente no país; - Implementar práticas de Manejo de Resistência de Insetos e de Manejo de Resistência de Plantas Daninhas, antes e depois do plantio, ao adquirir produtos que contenham tecnologias específicas
para esse fim; - Não enviar sementes ou grãos a países em que este produto ou tecnologia não seja permitido, inclusive através de terceiros (traders); - Cumprir com os requerimentos da Norma de Coexistência, respeitando assim o direito do produtor vizinho.
Expediente Autor: Brescia Terra - Strategic Agreements & Compliance Manager da DuPont Pioneer Coordenação: Joseane Becker e Camila Barreto Não é de responsabilidade do autor nenhum dano, direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação tomada como resultado de qualquer informação ou conselho contido neste material. Todas as consequências advindas de qualquer ação tomada com base nesse material são, única e exclusivamente, de responsabilidade do leitor.
Ago/2015
Manejo de Resistência de Insetos e Manejo de Resistência de Plantas Daninhas 1) Plantio de Refúgio Estruturado Efetivo O plantio da área de refúgio é parte das recomendações de utilização de produtos geneticamente modificados resistentes a insetos. O refúgio consiste em uma área plantada com híbridos que não contenham proteínas Bt. O objetivo da área de refúgio é possibilitar que possíveis insetos resistentes à proteína cruzem com insetos suscetíveis, aumentando assim o número de descendentes suscetíveis e a durabilidade da tecnologia. Existem alguns pontos que devem ser considerados no plantio da área de refúgio: - A área de refúgio deve ser de no mínimo 10% do tamanho da área total plantada; - A área de refúgio deve estar a no máximo 800 m de distância da área plantada com híbridos com a tecnologia Bt. Para uma maior efetividade como ferramenta de MRI, recomenda-se a implantação em faixas, ou dentro do mesmo bloco (veja imagem abaixo);
- O plantio deve ser feito no mesmo momento, e com híbridos de ciclo semelhante aos híbridos Bt utilizados; - Inseticidas químicos ou biológicos podem ser utilizados na área de refúgio, desde que estes não sejam à base de Bacillus thuringiensis; - A aplicação de inseticidas químicos no refúgio deve visar a manutenção da população de insetos suscetíveis, respeitando assim a recomendação de nível de dano para a aplicação recomendada (quando 20% das plantas atingirem o nível de dano 3 de acordo com a Escala Davis); - A aplicação de inseticidas químicos no refúgio deve-se restringir a um máximo de duas aplicações até o estágio V6; - Híbridos com tolerância a herbicidas que não contenham a tecnologia Bt podem ser utilizados no plantio das áreas de refúgio.
Exemplos de áreas de refúgio estruturado efetivo
Bloco Plante uma área de refúgio na forma de um bloco de milho convencional adjacente à área Bt Refúgio
Perímetro Plante uma área de refúgio na forma do perímetro ou 4 a 6 linhas do campo de milho Bt Milho Bt
Em conjunto com outra lavoura Plante uma área de refúgio de milho convencional até 800m da área de milho Bt
Pivô Central Plante o refúgio na proporção recomendada pela empresa produtora da semente dentro da área irrigada
Outra Cultura
2) Rotação de Culturas
A rotação de culturas pode auxiliar na quebra do ciclo das pragas existentes na lavoura, reduzindo assim a população das mesmas para o próximo cultivo. Algumas pragas como, por exemplo, a Spodoptera frugiperda, possuem várias culturas e espécies de plantas daninhas como hospedeiras, o que faz com que a efetividade da rotação de culturas para o seu controle seja reduzida. Assim, é importante que todas as práticas de manejo de resistência de insetos sejam aplicadas concomitantemente.
4) Utilização de Inseticidas no Pré-Plantio
Faixa Plante uma área de refúgio de 4 a 6 linhas de milho convencional dentro da área de milho Bt
Recomenda-se o monitoramento para determinar a necessidade de se realizar uma aplicação de inseticida em préplantio. Geralmente as pragas já existentes na palhada estão em estágios de desenvolvimento mais avançado, sendo de difícil controle, ou não controladas pela biotecnologia.
Fonte Abrasem
3) Dessecação Antecipada
A dessecação da tiguera da cultura anterior ou das plantas daninhas existentes em área de pousio possibilita o plantio “no limpo” além de contribuir para eliminar as potenciais plantas hospedeiras para as pragas que podem atacar as culturas do milho e da soja reduzindo a infestação inicial.
5) Utilização de Produtos Geneticamente Modificados para o Controle de Insetos e Plantas Daninhas A utilização da biotecnologia para o controle de insetos e plantas daninhas é mais uma ferramenta disponível ao agricultor. Contudo, não deve ser considerada como a única medida de controle, e sim como parte da estratégia de controle da propriedade.
6) Utilização do Tratamento de Sementes
O tratamento de sementes auxilia no controle das pragas e doenças iniciais e na manutenção do estande da cultura. A manutenção do vigor das raízes e da parte aérea da planta é importante para que esta consiga absorver luz e nutrientes e manter seu desenvolvimento.
7) Monitoramento da Área
O monitoramento constante da área é importante para qualquer decisão tomada pelo agricultor. A decisão de aplicação de controle químico deve ser baseada no monitoramento e nas recomendações para cada tecnologia utilizada.
9) Pratique a Rotação de Princípios de Defensivos 8) Utilização de Defensivos na Dose, Ativos A rotação de princípios ativos é fator extremamente importante no manejo de resistência de planProduto e Época recomendada É importante que o produtor siga as recomendações de bula e somente utilize produtos registrados para a cultura e modalidade de uso. Consulte sempre um engenheiro agrônomo para saber qual o produto mais recomendado para a sua área e busque informações sobre a associação de produtos e período residual dos produtos aplicados. A aplicação dos produtos deve ser feita sempre na dose recomendada, pois a utilização de subdoses pode favorecer o desenvolvimento da resistência tanto de insetos quanto de plantas daninhas.
10) Preserve os Inimigos Naturais
Os inimigos naturais auxiliam no controle das pragas e fazem parte do sistema de manejo integrado. A utilização de inseticidas seletivos para esses insetos auxilia na manutenção da população dos mesmos.
tas daninhas e de insetos. A utilização constante do mesmo produto ativo favorece a seleção de indivíduos resistentes.
11) Controle de plantas daninhas e voluntárias
As sementes de algumas culturas podem permanecer no solo após a colheita, germinando no ano seguinte, tornando-se plantas daninhas “voluntárias” em um sistema de rotação de culturas. Monitore os campos para detectar escapes de plantas daninhas ou novas germinações. Se uma planta daninha potencialmente resistente, ou uma população de plantas daninhas resistentes for detectada, utilize métodos de controle disponíveis para evitar a dispersão das sementes no campo.
Obedecer as Normas, Regulamentações Vigentes e Restrições de Mercado Os produtos e materiais contendo biotecnologia somente podem ser exportados, utilizados, processados ou vendidos em locais onde todas as aprovações regulatórias necessárias forem concedidas para essas culturas e materiais. É uma violação da legislação nacional e internacional a movimentação de materiais
contendo biotecnologia para países em que a importação do produto não seja permitida. Antes de efetuar a venda de grãos, o produtor deve assegurar-se de que o comprador esteja ciente de qualquer restrição de exportação para a tecnologia existente nos produtos adquiridos.
Coexistência Obedecer a Norma de Coexistência (Resolução Normativa N. 4, 16 de Agosto de 2007 da CTNBIO Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), é obrigatório para produtores que efetuem plantio de organismos geneticamente modificados. A coexistência consiste no respeito ao direito de escolha do produtor vizinho, evitando o possível cruzamento entre uma lavoura de produtos geneticamente modificados e uma lavoura de produtos convencionais. A Resolução Normativa n. 4 dispõe: “Art. 2º - Para permitir a coexistência, a distância entre uma lavoura comercial de milho geneticamente modificado e outra de milho não geneticamente modificado, localizada em área vizinha, deve ser igual ou superior a 100 (cem) metros ou, alternativamente, 20 (vinte) metros, desde que acrescida de bordadura com, no mínimo, 10 (dez) fileiras de plantas de milho convencional de porte
e ciclo vegetativo similar ao milho geneticamente modificado.” O sucesso das estratégias de coexistência depende da cooperação, comunicação e respeito mútuo dos produtores. Sempre converse antecipadamente com seu vizinho para saber qual a intenção de plantio, e determinar a possível necessidade de práticas especiais de manejo na área. A Gestão Responsável de Produtos é responsabilidade de todos. O acesso a novas tecnologias depende de anos de pesquisa, e a manutenção das tecnologias existentes é essencial para que o produtor continue alcançando os resultados desejados. A BioGene está comprometida com a Gestão Responsável de seus produtos, e constantemente realiza ações de comunicação a seus clientes e parceiros para que estes estejam informados e possam realizar o manejo adequado dos produtos adquiridos.