BioGene Informa - 6º edição

EDITORIAL

Novos desafios, porém a mesma confiança M

esmo com diversas dificuldades que surgem a cada ano, o Brasil vem apresentando um crescimento constante na produção de grãos, novamente batendo recordes de produtividade. O país está em vias de se tornar o maior produtor mundial de soja já na próxima safra e, mesmo com redução da área plantada, bateu novo recorde de produção de milho e de exportação no último ano.

Numa área aproximada de 53,5 milhões de hectares na safra 2012/2103, o Brasil produziu 188,6 milhões de toneladas. Para 2013/2014, as estimativas apontam para uma produção de 193,5 milhões de toneladas numa área de 56,8 milhões de hectares. Isso significa que o Brasil irá plantar mais 3,3 milhões de hectares e produzirá mais 4,91 milhões de toneladas do que na safra passada.

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BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

Por Roberto de Rissi Diretor Executivo

EXPEDIENTE BioGene Informa - 6ª Edição Distribuição gratuita para clientes da BioGene Tiragem: 22.000 exemplares

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

Editor: João Dreher Coordenação: Camila Barreto Projeto gráfico e diagramação: Jaqson Patric da Silva - Agência NAKAO

Esse crescimento virá em parte da soja, que passará de uma área de plantio de 27,7 milhões de hectares, em 2012/2013 onde produziu 81,5 milhões de toneladas, para 30 milhões em 2013/2014, cuja estimativa é produzir 86 milhões de toneladas. A área de milho, segundo estimativas, deverá manter-se estável, na casa dos 15,7 milhões de hectares, sendo 6,7 milhões no verão e 9 milhões na safrinha.

A produção está estimada ao redor 77,8 milhões de toneladas, sendo 32,2 e 45,6 milhões de toneladas, no verão e na safrinha, respectivamente.

Motivada por este cenário desafiador, para os próximos anos, a BioGene® continuará acreditando na capacidade do agronegócio brasileiro. Firme na sua principal missão que é a de encontrar soluções que ajudem os agricultores a administrar seus negócios, a BioGene vem investindo fortemente em pesquisa, desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e serviços. Esses investimentos estão refletindo nos bons resultados alcançados pela marca em todo o país.

Em 2014 foi lançada uma nova cultivar de soja, a sexta em apenas 2 anos de mercado. Em relação ao milho, também foram lançados 5 novos híbridos, chegando a 22 híbridos desde a criação da BioGene, menos de 7 anos atrás. Isso mostra a preocupação da BioGene em manter a sua linha de produtos sempre com o mais alto padrão de qualidade e com o foco de atender as mais variadas necessidades do mercado.

Nesta 6ª edição do BioGene Informa, iremos abordar alguns destes temas e, como nas edições anteriores, levar informações úteis para os produtores e demais parceiros na cadeia do agronegócio. Seja com produtos de qualidade superior ou por meio da difusão de informações técnicas, para a BioGene, o principal objetivo é auxiliar os agricultores a alcançarem os melhores resultados em suas lavouras.

As solicitações de recebimento do BioGene Informa deverão ser feitas para: A/C de Marketing BioGene - Rod. BR-471, km 49 CEP 96.810-971 - Cx. Postal 1009 - Santa Cruz do Sul/RS Fone (51) 3719.7700 - E-mail: atendimento@biogene.com.br www.biogene.com.br

“Não é de responsabilidade dos autores nenhum dano direto ou indireto, relacionado ou proveniente de qualquer ação ou omissão, resultante de qualquer informação contida neste material. Todas as consequências advindas de qualquer medida com base neste material são, única e exclusivamente, de responsabilidade do leitor. Todos os direitos reservados. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida, no todo ou em parte, de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou impresso, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da BioGene”

ENTREVISTA

A importância da correta adoção das

tecnologias Ao iniciar mais uma safra e como principal líder dos negócios de sementes da DuPont Pioneer no Brasil, Roberto de Rissi, engenheiroagrônomo com mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Esalq-USP e Ph.D na mesma área por Iowa State University, concedeu uma entrevista para o BioGene Informa - edição 6, abordando temas como o agronegócio brasileiro e a importância do manejo correto das tecnologias com foco especial na tecnologia Bt, visando manter a sua eficiência e proteção.

Rissi, como você analisa o agronegócio brasileiro com foco principal na cultura do milho?

Na última safra, a média brasileira de produtividade de milho ficou ao redor de 5.400 kg/ha contra 3.400 kg/ha há dez anos. Isso significa dizer que o Brasil vem mantendo uma taxa de crescimento de produtividade na ordem de 5% ao ano. Em dez anos, nós saímos de uma produção de milho de 35 milhões de toneladas, numa área de 12,3 milhões de hectares, para mais de 82 milhões de toneladas em 15,12 milhões de hectares. Aumentamos a área com milho em 30%, e a produção em mais de 200%. Os números mostram o grande avanço tecnológico pelo qual o milho passou.

E quais são os motivos que levaram a todo esse crescimento?

A maior competitividade, agora global, e impulsionada por uma melhor visão em relação à gestão das propriedades, o produtor passou a considerar mais claramente os custos das lavouras, incluindo o preço das terras. Dentro do objetivo de encontrar formas de melhor remunerar a atividade agrícola, o milho surgiu como uma alternativa economicamente viável e foi a cultura que mais incorporou tecnologia nesses últimos anos. Assim, a combinação de vários fatores, como o lançamento de híbridos de maior produtividade, a entrada da biotecnologia, a adoção de novas tecnologias de manejo e a modernização dos equipamentos e máquinas agrícolas, levou a essa explosão do crescimento da produção de milho no Brasil. Mas ainda temos coisas para melhorar.

Ajudar os agricultores a melhorar seus resultados é uma das funções das empresas.

Informação é a chave do sucesso tanto para os agricultores quanto para as empresas do setor. A competitividade da agricultura brasileira é extremamente dependente do desenvolvimento e adoção de novas tecnologias. Para conquistar novos mercados e aumentar a rentabilidade dos produtores, precisamos ter visão de longo prazo, aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e criar um ambiente regulatório que incentive o investimento público e privado.

SEGUE

ENTREVISTA

Como melhorista e como líder de uma empresa do setor do agronegócio, qual foi a importância das empresas de sementes neste crescimento?

Para sustentar todo esse crescimento, houve a necessidade de investimentos substanciais na área de pesquisa. A começar pelos programas de melhoramento, ofertando híbridos mais adaptados às diversas regiões e épocas de plantio, responsivos ao uso de tecnologia e logo mais produtivos, passando pela geração e difusão de informações de manejo e, consequentemente, melhor suporte no campo, e mais recentemente, pela incorporação de novas tecnologias, tendo como exemplo a tecnologia Bt. Eles proporcionaram maior segurança aos agricultores e, consequentemente, investiram mais e melhor, gerando os resultados alcançados atualmente.

Esses investimentos fizeram com que a cultura do milho hoje atinja um novo patamar de produtividade com médias acima de 12 mil, 13 mil, 14 mil quilos por hectare. Além disso, com outras culturas, como a soja, mudou o nosso sistema produtivo. Hoje, existem duas culturas de milho: a do verão e a da safrinha. E isso vem alterando de forma muito perceptível o sistema produtivo em muitas regiões produtoras do Brasil, a exemplo do Estado do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia e outros. E, desta forma, acabou também interferindo no desenvolvimento de outras culturas, como a soja, que em razão dessas mudanças, passou a oferecer novas características que suportam esses sistemas. Somados a isso, ganhos operacionais no plantio, condução e colheita, por meio de mudanças em práticas de manejo, e uso de máquinas e equipamentos mais eficientes e de maior precisão contribuíram substancialmente para essa evolução.

Você falou em adoção de tecnologia. Quais são os maiores desafios nessa área?

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O maior desafio foi e vem sendo fazer com que as tecnologias sejam adotadas na íntegra e manejadas corretamente, para que elas apresentem o resultado desejado e se mantenham eficazes pelo maior período possível. A adoção de maneira inadequada ou parcial explica por que muitas vezes se alcançam resultados fantásticos na rede de ensaios das empresas, entidades de pesquisa ou fundações e os mesmos não se concretizam nas lavouras ou, quando se concretizam, estão abaixo dos índices obtidos nos ensaios. Isso, muitas vezes, faz com que as tecnologias sejam questionadas. A questão da adoção da tecnologia é que ela deve ser adotada na íntegra e, via de regra, deve estar combinada com outras práticas de manejo para aumentar a segurança quanto à sua eficiência e sustentabilidade. E não há milagres. Uma tecnologia isoladamente não produz resultados milagrosos. O que há, na prática, é um somatório de efeitos em decorrência da combinação existente entre elas.

No caso das tecnologias Bts, ainda existe uma característica toda especial, que é o fato de que as práticas de manejo da resistência devem ser adotadas por todos que utilizam essa tecnologia. Não adianta um agricultor usar área de refúgio e manejar adequadamente sua lavoura e o seu vizinho não. Isso porque pragas migram de uma lavoura para outra. Isso demonstra que cada vez mais estamos integrados, e os resultados e sucessos dependem dessa integração.

Mas temos muito a evoluir nesse quesito.

" NÃO ADIANTA UM AGRICULTOR USAR A ÁREA DE REFÚGIO E MANEJAR ADEQUADAMENTE SUA LAVOURA E O SEU VIZINHO NÃO." Herculex®I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink™ e o logotipo são marcas registradas da Bayer.

YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

Então, a tecnologia Bt entra nessa mesma linha de raciocínio em termos de adoção?

Sim. Veja que a tecnologia Bt, com suas diferentes proteínas, teve sua aprovação no Brasil rapidamente e, no campo, logo mostrou o seu grande diferencial e valor. Isso fez com que a adoção fosse igualmente veloz. E isso talvez tenha levado alguns produtores a subestimar a importância do manejo da tecnologia, mesmo que todo um esforço de comunicação tenha sido feito para alertar nesse sentido. Assim, a não adoção ou baixíssima adoção das áreas de refúgio e a falta de combinação de várias práticas de manejo, como dessecação antecipada, monitoramento da lavoura, uso de inseticidas com rotação de diferentes mecanismos de ação quando foi atingido nível de danos e outras práticas, fizeram com que elas diminuíssem sua eficácia para algumas pragas. Somado a isso, nós temos que considerar que o nosso país guarda características particulares. O Brasil é um país tropical com características climáticas diferenciadas e que interferem no ciclo e na vida dos insetos. A temperatura mais elevada, a existência de hospedeiro (vegetação) a todo e qualquer momento propiciam uma maior taxa de multiplicação e desenvolvimento das pragas. Isso faz com que ocorra um elevado número de gerações de insetos dentro do ciclo da cultura, culminando com uma maior pressão de insetos, muitas vezes desde as fases iniciais. Esse ambiente todo particular faz com que os cuidados básicos e fundamentais para manutenção da eficácia e proteção das tecnologias sejam obrigatoriamente adotados, mas, infelizmente, não foi o que aconteceu no Brasil. A título de exemplo, recentes pesquisas apontam que apenas 20% dos agricultores que utilizam a tecnologia Bt adotam áreas de refúgio. A tecnologia Bt deve ser usada como parte do Manejo Integrado de Pragas e não como uma solução única para o complexo de pragas que temos no Brasil. Em razão desse cenário, hoje, estudos realizados pela empresa apontam registros recentes do desenvolvimento de resistência a campo de populações de lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) às tecnologias Herculex®I e Optimum Intrasect. Esse monitoramento de resistência faz parte de um protocolo e rotina da empresa.

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BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

ENTREVISTA

Entretanto, os produtos com as tecnologias Herculex®I e Optimum Intrasect continuam a oferecer controle efetivo contra um amplo espectro de pragas quando combinado com as melhores práticas de manejo. A tecnologia Herculex®I oferece proteção contra pragas do colmo (Diatraea saccharalis) e da espiga (Helicoverpa zea). E a tecnologia Optimum Intrasect também oferece proteção contra a lagarta-elasmo e lagarta-rosca. Mas alertamos que nenhuma tecnologia Bt está imune à possibilidade do desenvolvimento de resistência a campo com o tempo. Por isso, todas as empresas que comercializam a tecnologia Bt estão constantemente desenvolvendo novas pesquisas e criando novos produtos, além de, atualmente, estarem envolvidas numa campanha liderada pela Abrasem para divulgar as melhores práticas de manejo de pragas e manejo da resistência.

Rissi, você citou vários aspectos que contribuíram para o desenvolvimento de populações resistentes de lagarta-do-cartucho no Brasil. Você poderia detalhar um pouco mais sobre isso?

Conforme eu falei, a falta de adoção de práticas de manejo de resistência e de manejo integrado de pragas contribuiu bastante para isso. O desenvolvimento de resistência é um processo de seleção natural em que os insetos adaptados ou resistentes a essa tecnologia presentes na população aumentam sua frequência. As técnicas de preservação atuam exatamente no sentido de reduzir esse aumento. Importante entender que não se trata de uma alteração da tecnologia Bt, mas sim de uma mudança ou evolução da população de pragas. E veja que não é algo particular para as tecnologias Bt. Desenvolvimento de resistência acontece com medicamentos, defensivos agrícolas e outras áreas. Resistência de bactérias aos antibióticos é um grande desafio para a área médica e hospitalar.

Resistência de insetos aos inseticidas, de plantas daninhas aos herbicidas e de fungicidas às doenças é observada com muita frequência.

O histórico biológico do manejo de pragas demonstra que as pragas possuem uma habilidade comprovada de superar mecanismos de controle. Isso requer que sejam utilizadas várias ferramentas de manejo para controle das pragas. No caso específico da lagarta-do-cartucho, além das condições tropicais do país permitirem elevar ainda mais a taxa de multiplicação desse inseto, proporcionando o aparecimento de inúmeras gerações durante o ciclo da cultura, aumentando o número de indivíduos na área, essa praga tem ampla capacidade de adaptação, hospedando-se em vários vegetais. Também é um inseto de alta mobilidade. Os adultos podem se movimentar por longas distâncias. Todo esse conjunto faz com que essa praga se torne potencialmente perigosa.

Roberto, diante dessa constatação de desenvolvimento de populações resistentes para a Spodoptera frugiperda, qual é a posição da BioGene e por que devo continuar plantando os seus produtos?

Desde o início da introdução da tecnologia Bt, a BioGene vem orientando seus clientes quanto à adoção das melhores práticas, alertando quanto à possibilidade do desenvolvimento de populações resistentes se essas práticas não forem atendidas e sempre procurando atuar de maneira ética e transparente para com o mercado. Também respeita o direito de escolha dos produtores, oferecendo tanto as versões convencionais quanto as versões transgênicas, com diferentes tecnologias Bts. Os produtos da marca BioGene, com as tecnologias Herculex®I e Opti-

mum Intrasect, continuarão sendo oferecidos ao mercado. Ao optar pelos nossos produtos, o agricultor deve basear suas escolhas nas características agronômicas, como tolerância às principais doenças, ciclo, estabilidade e potencial produtivo de nossa base genética.

Os melhores e mais consistentes resultados na lavoura serão alcançados por meio da combinação da nossa base genética, uso adequado das tecnologias e adoção de melhores práticas de manejo.

Mesmo que as pesquisas realizadas pela empresa apontem registros recentes do desenvolvimento de resistência a campo de populações de lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) às tecnologias Herculex®I e Optimum Intrasect, essas tecnologias continuam a oferecer controle ainda mais efetivo contra um amplo espectro de pragas quando combinado com as melhores práticas de manejo. Em razão disso, a BioGene continua recomendando o refúgio estruturado ou em bloco por considerar a melhor alternativa para o complexo de pragas brasileiras. Além do refúgio, continua indicando que sejam adotadas as melhores práticas de manejo de insetos como: a) dessecação antecipada eliminando plantas daninhas e plantas voluntárias; b) monitoramento da área e, quando necessário, aplicar inseticida no pré-plantio; c) uso de tratamento de sementes visando controle da lagarta-do-cartucho; d) monitoramento da lavoura desde a emergência e, em caso de danos, aplicar inseticidas foliares, preferencialmente com rotação de mecanismo de ação; e) rotação de culturas visando a redução da pressão de insetos, principalmente nas fases iniciais, além de outras. A observação e adoção dessas práticas por todos os agricultores são fundamentais para a preservação da eficácia e longevidade das tecnologias contra todas as pragas para as quais elas ainda apresentam bom controle e não somente para a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) que, apesar de ser uma das mais importante na cultura do milho aqui no Brasil, não é a única praga causa danos significativos às lavouras.

Roberto, para finalizar a nossa entrevista, diante dessa perda de eficiência das tecnologias para a lagarta-do-cartucho, a BioGene estudou alguma proposta ou adequação comercial a partir desta safra que se inicia, quando foi constatada cientificamente no campo essa menor eficiência?

Em todas as safras, nós avaliamos a performance de nossos produtos, visando observar a necessidade de algum ajuste. Essa avaliação tem como objetivo medir de maneira transparente o que estamos entregando e o que não estamos entregando de valor para os nossos clientes. Nessa análise são considerados vários itens que compõem esse valor final entregue. Sabemos que é difícil quantificar e atribuir isoladamente a participação que cada componente tem.

Isso porque trabalhamos com algo biológico e, portanto, o resultado depende das interações que ocorrem. Mesmo assim, sabemos avaliar se estamos entregando o mesmo valor ou não. Para isso, envolvemos as nossas equipes técnicas, de marketing, vendas, pesquisa e de campo para uma tomada de decisão consciente e justa. A empresa fez ajustes dentro do que considerou justo. E essas condições podem ser conhecidas por meio do contato com a nossa rede de representantes comerciais dos produtos da marca BioGene. Essas equipes poderão explicar melhor toda a linha de raciocínio que a empresa adotou para ser a mais justa, ética e transparente possível com os seus clientes.

Para terminar, eu gostaria de agradecer o espaço para abordar o tema e, ao mesmo tempo, desejar uma excelente safra e que alcancem elevados índices de produtividade com os nossos produtos.

PRAGAS

Helicoverpa armigera Por Erik Gomes Engenheiro Agrônomo

O

Introdução

cultivo de grãos no Brasil encontra-se em franca expansão. O país vem batendo recordes de produção ano após ano, com aumento de produção de 10,8%, na safra 2012/2013, em relação à safra 2011/2012, e a projeção da Conab para a safra 2013/2014 é de um incremento de 3,6% relativo à safra anterior. E só não será maior em decorrência da estiagem em algumas regiões.

Esse clima de otimismo em relação à agricultura brasileira e suas potencialidades não está sendo compartilhado pela maioria dos produtores brasileiros, pois a cada safra surgem novas pragas que consomem parte da produtividade, além de elevar os custos de produção. Uma em especial vem tirando o sono dos agricultores, atacando várias culturas, entre elas, feijão, soja, algodão e milho. É a Helicoverpa armigera.

A lagarta Helicoverpa armigera, parente próxima da lagarta

Helicoverpa zea, apresenta ampla distribuição mundial, e sua provável origem é a costa do Mediterrâneo. Está presente nos continentes Asiático, Africano, Europeu e Oceania (GUO, 1997; GUOQING et al., 2001; ZALUCKI et al., 1986). No Brasil, sua primeira ocorrência foi relatada em 2013, por meio de identificação de espécies coletadas em Goiás, no município de Palmeiras de Goiás, atacando a cultura da soja; em Mato Grosso, no município de Rondonópolis, atacando a cultura do algodão; e na Bahia, no município de Correntina, atacando tiguera de soja (CZEPAK et al., 2013a).

Já foi relatado no mundo 18 espécies de Helicoverpa spp. distribuídas entre os continentes. Destas, quatro delas possuem maior importância econômica: Helicoverpa zea, muito comum nos Estados Unidos e Brasil; H. punctigera, presente na Austrália; H. assulta, frequente na Índia; e H. armigera, de ocorrência mundial.

Comportamento e identificação O adulto da Helicoverpa armigera é uma mariposa que apresenta cerca de 40mm de envergadura, com as asas anteriores de coloração amarelo-parda, com uma faixa transversal mais escura, caracterizando-se também por manchas escuras dispersas sobre as asas. As asas posteriores são mais claras, com uma faixa nas bordas externas (ALI; CHOUDHURY, 2009). Um atributo dessa praga que a torna de difícil controle é a dinâmica de deslocamento do adulto, que pode alcançar até mil quilômetros em três dias (PEDGLEY, 1985).

A lagarta completamente desenvolvida mede 35mm e possui coloração entre verde-claro, rosa, marrom ou quase preta, com partes

mais claras e três faixas escuras ao longo do corpo (fig 1 e 3). Elas são muito agressivas, podendo canibalizar outras lagartas; conseguem completar o ciclo de duas a três semanas no verão, e de quatro a seis semanas no inverno. O seu desenvolvimento se torna mais rápido em condições de temperaturas até 38°C e é cessado a temperaturas abaixo de 12°C. Cada fêmea, durante o período de oviposição, que é de cerca de 5,3 dias, pode colocar de 2,2 mil até 3 mil ovos sobre as plantas hospedeiras (NASERI et al., 2011; REED, 1965), o que caracteriza o elevado potencial reprodutivo dessa espécie.

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Fig 1. Fase larval, fase adulto e lagarta atacando vagem de soja (Czepak, et al)

Fig 2. Atacando botões florais e frutos de laranja, polífaga (Sacardo,C.E)

Fig 3. Larva em panícula de sorgo, vagens e entrenós de soja (Gomes, E.L)

PRAGAS

Danos, manejo e estratégias Os danos causados pela H. armigera engloba diversas culturas, como a soja, algodão, laranja, pimentão, abóbora, tomate, feijão e cebola. A H. armigera se alimenta de várias partes da planta, dando preferência a órgãos reprodutivos. As perdas podem chegar à ordem de 20% a 60% da produção, dependendo da população e intensidade.

Outro fator a ser levado em consideração é o fato de tratar-se de uma praga de difícil controle em razão de seu hábito de postura, agressividade e dinâmica de movimentação na planta, o que torna uma tarefa complicada acertar o alvo durante as aplicações.

Portanto, torna-se imprescindível a prática do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e do Manejo Integrado de Resistência (MIR), buscando maior eficiência no controle e equilíbrio do sistema de produção, incluindo a preservação das populações dos inimigos naturais responsáveis pelo controle natural da praga. Dentro do Manejo Integrado de Pragas, preconiza-se o uso de transgenia, controle biológico, controle cultural e controle químico - este último apenas como um aliado no controle complementar da praga e que deve ser utilizado de modo racional, realizando as aplicações apenas quando o Nível de Controle Econômico (NCE) recomendado para a praga for atingido. Um importante ponto a ser observado é a rotação dos modos de ação inseticida. Isso favorecerá a vida útil dos inseticidas no campo, por desfavorecer a evolução da resistência pela praga.

Neste momento, devemos aprender a conviver com essa praga, que já se encontra instalada e dificilmente será erradicada do Brasil, visto que, aqui, ela encontrou um ambiente perfeito para proliferar.

Buscando respostas para esse convívio, temos o exemplo da Austrália, que já possui um Manejo Integrado de Pragas (MIP) bastante efetivo e consegue ter uma convivência economicamente viável com a Helicoverpa armigera. Adaptando essa experiência à nossa realidade, pesquisadores brasileiros, em parceria com consultores, desenvolveram o seguinte sistema para auxiliar no manejo dessa praga:

Sistema de auxílio no manejo de pragas • Monitoramento frequente das lavouras; • Implantação de refúgio em lavouras Bt (seguir recomendação da empresa de sementes);

Agrotóxicos com posicionamento favorável da Embrapa para registro emergencial para Helicoverpa armigera no Brasil.

INGREDIENTE ATIVO Benzoato de Emamectina Indoxacarbe Espinosade Spinetoram Clorfenapirr Metaflumizone Chlorfuazurom Flubendiamide Clorantraniliprole Lufenurom Metoxifenozide Bacillus thuringiensis Vírus Baculovirus Trichogramma spp.

Z11-hexadecenal Z9-hexadecenal Tiodicarbe Metomil Novaluron + Metomil Lufenuron + Profenofós (Z)-9-hexadecenal(Z90C16Ald; (Z)-9-tetradecenal (Z9-C14Ald); (Z)-11-C16Ald

GRUPO QUÍMICO Evermectinas Oxadiazina Espinosinas Espinosinas Bloqueadores de Na Bloqueadores de Na Benzonilureiais Diamina Diamina Benzoilureia Diacil-hidrazinas Biológico Biológico Biológico Feromônio sexual Feromônio sexual Carbamato Carbamato Benzonilureiais + Carbamato Benzonilureiais + Organofosforado Semioquímico - Iscalure armigera Semioquímico-SPLAT-armigera Semioquímicos + Isca concentrada - Splat Noctutrapz Fonte: Embrapa/2013

Tabela 1.

Conclusão Novas pragas e novas doenças surgirão, desafiando produtores, pesquisadores, consultores, e toda classe agronômica envolvida no sistema de produção. Sendo assim, a resposta rápida e a interação desses setores farão toda a diferença para uma convivência economicamente viável com essa praga e novos desafios.

• Adotar a prática de utilização de inseticidas seletivos, que resguardem a população de inimigos naturais (ver tabela 1); • Rotacionar modo de ação de inseticidas (MoA), a fim de evitar resistência; • Respeitar o vazio sanitário, eliminando também as soqueiras (este de acordo com o calendário de cada região); • Destruição mecânica de pupas. Essa prática, dependendo do tamanho da área, exige bom planejamento; • Utilização de inimigos naturais e inseticidas biológicos sempre que possível.

Referências • ALI, A.; CHOUDHURY, R. A. Some biological characteristics of Helicoverpa armigera on chickpea. Tunisian Journal of Plant Protection, v. 4, n. 1, p. 99-106, 2009 • CZEPAK, C.; ALBERNAZ, K. C.; VIVAN, L. M.; GUIMARÃES, H.O.; CARVALHAIS,T. Primeiro registro de ocorrência de Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) no Brasil. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 43, n. 1, p. 110-113, jan./mar. 2013a.

• EMBRAPA. Ações emergenciais propostas pela Embrapa para o manejo integrado de Helicoverpa spp. em áreas agrícolas. [Brasília, DF, 2013). 19 p.

• GUOQING, L.; ZHAOJUN, H.; LILI, M.; XIAORAN, Q.; CHANGKUN, C.; YINCHANG, W. Natural oviposition-deterrent chemicals in female cotton bollworm, Helicoverpa armigera (Hubner). Journal of Insect Pathology, New York, v. 47, n. 9, p. 951-956, 2001.

• GUO, Y. Y. Progress in the researches on migration regularity of Helicoverpa armigera and relationships between the pest and its host plants. Acta Entomologica Sinica, Beijing, v. 40, n. 1, p. 1-6, 1997.

• NASERI, B.; FATHIPOUR, Y.; MOHARRAMIPOUR, S.; HOSSEININAVEH, V. Comparative reproductive performance of Helicoverpa armigera (Hübner) (Lepidoptera: Noctuidae) reared on thirteen soybean varieties. Journal of Agricultural Science and Technology, Tehran, v. 13, p. 17-26, 2011.

PRAGAS

Manejo de Percevejo na Marcelo Alexandre Detomasi Coordenador de Agronomia BioGene para MS/SP

soja

P

ercevejos são insetos sugadores com enorme potencial de ocasionar prejuízos na cultura da soja. Embora estejam presentes desde o período vegetativo da cultura, é no período reprodutivo que ocorrem os prejuízos. De todos eles, a espécie que merece destaque nas práticas de manejo da lavoura é o Percevejo Marrom Euschistus heros (Figura 1), por ser considerado o mais abundante nas lavouras de soja do Brasil.

Adalberto Pereira

Importância da Praga

Espécie e Descrição

Figura 1. Adulto de Euschistus heros

Marcelo Detomasi

O Percevejo Marrom, Euschistus heros, é um inseto sugador pertencente à família Pentatomidae. A soja é a principal planta hospedeira desta praga e após sua colheita ela pode sobreviver, alimentando-se de outras plantas hospedeiras (daninhas ou cultivadas). Além disso, nos períodos mais frios entra em diapausa - redução do crescimento e do desenvolvimento de insetos e outros animais - até o início da nova safra.

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Fig 2. Ovos de Percevejo Marrom

PRAGAS

Biologia e Danos

Manejo e Controle

O ciclo biológico do Percevejo Marrom compreende a colocação dos ovos em forma de colunas, geralmente duas, de cor amarela, possuindo de 6 a 15 ovos (Figura 2). Logo esses ovos passam a adquirir cor bege e por fim ficam róseas. As Ninfas na fase inicial possuem cor marrom-clara ou amarelada e tornam-se acinzentadas ou esverdeadas.

No total o Percevejo Marrom passa por cinco instares até chegar na fase adulta, compreendendo um período de dias em cada Instar, conforme ilustra o quadro abaixo:

O controle químico é uma das principais estratégias para evitar ou reduzir os danos causados pelos percevejos. A correta identificação dos mesmos é muito importante para determinar os níveis de infestação e, assim, definir a época e a prática mais adequadas para o controle.

O controle deve ser realizado na fase reprodutiva da soja, sempre que a população for maior ou igual a 2 Percevejos por pano de batida. O monitoramento deve ser iniciado no início da fase reprodutiva, pois poderá ser necessária uma antecipação das aplicações, caso seja identificado uma população muito elevada no período pré R4.

Fase

Dias

Ovos 1° Instar 2° Instar 3° Instar 4° Instar 5° Instar Adulto (Longevidade)

7 dias 3 dias 4 dias 4 dias 4 dias 7 dias 78 dias

Fonte: Saran, Paulo Edmar

Na fase adulta o Percevejo Marrom desenvolve expansões laterais, com formato de espinhos ponteagudos. Essa praga possui o hábito de se esconder nos períodos mais quentes do dia e sai para se alimentar nos períodos mais frescos, ao amanhecer ou entardecer, ficando assim, mais exposto ao controle químico nesses períodos.

Os percevejos podem atacar ramos e hastes, porém, o maior prejuízo ocorre quando atacam vagens em formação, ocasionando má formação de grãos, “grãos chochos”, ou ainda a sua ausência. Quando grãos são destinados para sementes, esses poderão ter sua qualidade fisiológica muito afetada.

A fase de maior susceptibilidade da cultura da soja ocorre em R4 (final de desenvolvimento de vagens), de acordo com a Figura 3. Por isso, o correto levantamento populacional e identificação do Instar do Percevejo nos períodos que antecedem essa fase são essenciais para realizar um bom controle e, assim, evitar possíveis prejuízos.

Figura 3. Fase R4 da Soja

Considerações O controle deve ser sempre realizado na fase reprodutiva da soja. Podemos concluir, então, que o sucesso do controle dessa praga está no monitoramento populacional adequado, aliado à correta identificação do Instar de desenvolvimento e à fase crítica de danos na cultura da soja. É importante lembrar que o agricultor deve monitorar a lavoura frequentemente, com práticas de manejo de resistência de insetos, como rotação de ativos. Para saber quais são os inseticidas registrados para o controle do Percevejo Marrom na soja, visite o site do Ministério da Agricultura, http://agrofit.agricultura.gov.br/ agrofit_cons/principal_agrofit_cons .

PESQUISA

Pesquisa

que impulsiona a qualidade dos produtos BioGene® Luis Prado e Jerson Grieco Gerente de pesquisa Soja e Gerente de produto Milho

A

BioGene é uma marca do grupo DuPont, empresa que há mais de 200 anos tem a condução dos seus negócios pautada no crescimento sustentável, com excelência em segurança, saúde e proteção ao meio ambiente. A essência do negócio da BioGene é a ampla aplicação da ciência genética de plantas a serviço do ser humano, tendo a missão de fornecer os melhores produtos do mercado e informações úteis a fim de auxiliar os agricultores a obter a maior produtividade e rentabilidade.

No Brasil, a BioGene está presente nos mercados de milho de alta e média

tecnologia e, no mercado de soja do Brasil Central, atua entre as poucas empresas que faz o desenvolvimento de novas cultivares e híbridos (pesquisa), realiza a multiplicação das sementes (produção) e faz o contato e atendimento aos clientes (venda).

Há muito tempo, a semente deixou de ser apenas um meio de propagação ou multiplicação. Hoje, a semente é encarada como o melhor veículo para a introdução e adoção de tecnologia. Basta olhar com um pouco mais de detalhe tudo o que uma semente contém. É nela que está todo o potencial produtivo, a capacidade de res-

posta ao uso de tecnologia, a tolerância à pragas e doenças, a capacidade específica ou geral de adaptação às regiões e tipos de solos, de suportar adversidades ambientais como a seca ou o excesso de chuvas ou, ainda, extremos de temperatura.

A semente é o veículo de produtos utilizados no tratamento de sementes, bem como, através da biotecnologia, é o veículo da tolerância a determinados herbicidas e da resistência a algumas espécies de insetos, facilitando e melhorando os processos operacionais na propriedade rural, a qualidade de vida do produtor e a proteção do meio ambiente.

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Pesquisa de milho O melhoramento genético de plantas é uma ciência que se iniciou com o primeiro cultivo de plantas pelo homem.

Instintivamente eram selecionados os melhores grãos produzidos para o plantio da safra seguinte.

O milho híbrido, atualmente a forma mais cultivada desse cereal, foi descrito BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

no início do século XX. Pesquisadores dos EUA realizaram cruzamentos entre variedades distintas e observaram que havia um ganho em produtividade na geração seguinte. O próximo passo foi criar linhagens endogâmicas e realizar os cruzamentos entre elas. Nasceu aí o milho híbrido.

Os processos de melhoramento de milho evoluíram muito após essa descoberta. Porém, seguem uma sequência que não se altera muito entre os diferentes programas, sejam públicos ou privados.

Sinteticamente, podemos definir que um programa de melhoramento de milho é composto de três pilares fundamentais:

PESQUISA

• Material genético, ou germoplasma – essa é a fonte de toda a variabilidade a base do trabalho do programa.

• Ambiente – composto por todos os fatores externos à planta, como temperatura, latitude, altitude, umidade relativa do ar, pluviosidade, solo, insetos, doenças, plantas daninhas.

• Estratégia tecnológica – é o conjunto de ferramentas e modo de trabalho do programa de pesquisa para melhorar o germoplasma em um determinado ambiente.

Associados, esses três pilares direcionam o programa de pesquisa de acordo com a necessidade do pesquisador. O programa de melhoramento da BioGene utiliza esse conceito para desenvolver híbridos de milho com uma série de características favoráveis. Dentre elas, podemos citar produtividade, estabilidade produtiva, resistência a doenças e qualidade de colmo.

A BioGene possui estações de pesquisa em municípios que representam os principais ambientes onde se cultiva o milho no Brasil. O banco genético da BioGene é composto por linhagens desenvolvidas nos diversos países onde a

DuPont possui programas de melhoramento genético. Essa é uma fonte muito ampla de variabilidade genética e possibilita aos pesquisadores brasileiros explorar características favoráveis que não estejam presentes em linhagens brasileiras, associando com o banco genético local.

O processo de desenvolvimento de linhagens da BioGene utiliza ferramentas tradicionais do melhoramento de plantas, associadas às mais modernas técnicas desenvolvidas pela ciência. Avaliações visuais associam-se ao uso de marcadores moleculares, duplo-haplóides, sensoriamento remoto, delineamentos estatísticos de alta precisão, dentre outras. Essas técnicas visam dar maior precisão no processo de criação de linhagens e reduzir o tempo necessário para sua obtenção.

Os ensaios da BioGene não se restringem às estações de pesquisa. Todos os anos milhares de novos híbridos experimentais são criados e testados em todo o Brasil. Essa ampla rede de testes tem como finalidade a avaliação de características determinadas pelos pesquisadores e a determinação das regiões de adaptação e estabilidade dos híbridos. Do início do teste de um novo híbrido até seu lança-

mento comercial são necessários pelo menos sete anos de testes intensivos, nas mais diversas condições de ambiente e épocas de plantio.

As redes de testes são subdivididas em duas épocas principais de plantio: verão e safrinha. A BioGene possui programas de pesquisa específicos para cada uma dessas safras, que são bem distintas em características climáticas. Híbridos criados para uma dessas estações de plantio podem se adaptar na outra, mas não necessariamente. Daí a divisão dos programas para atender especificamente cada safra.

Após esses anos em testes pela pesquisa, os híbridos são validados pelas diversas equipes da BioGene (pesquisa, agronomia, semente básica, produção, marketing, vendas) e então é decidido seu avanço. Os profissionais da área técnica da empresa analisam todos os dados gerados e fazem o posicionamento dos híbridos para as diferentes situações geográficas e climáticas. O grande número de locais e os anos de testes e observações representam uma maior segurança de performance do híbrido na lavoura do produtor que adquire as sementes de milho híbrido BioGene.

Pesquisa de soja Os programas de melhoramento de soja são todos muito parecidos. Inicia-se com o desenvolvimento de populações através de cruzamentos. Então, o processo de seleção inicial dos melhores indivíduos é caracterizado através de testes de grande número de progênies em reduzido número de ambientes. Por fim, nas etapas finais de seleção e pré lançamento, os ensaios são constituídos por número bastante reduzido de linhagens experimentais avaliadas em muitos locais,

abrangendo, assim uma ampla área geográfica ou ambientes alvos.

O sistema adotado pela Pesquisa Soja da BioGene caracteriza-se pela maior capacidade de geração e teste de novas linhagens nas diversas regiões produtoras de soja do Brasil.

Os resultados dos ensaios de VCU (Valor de Cultivo e Uso) de no mínimo dois anos dos testes finais são utilizados para registro e recomendação de novos produtos.

Esses testes oferecem aos pesquisadores informações sobre a capacidade adaptativa e produtiva dos materiais experimentais que foram submetidos a diversas combinações de tipos de solos, épocas de plantio, regimes de chuva e de temperatura, níveis de fertilidade, práticas de cultivo, pressão de doenças e infestações de pragas.

Normalmente, os ensaios de VCU são implantados em áreas especialmente selecionadas, conduzidos por pessoas muito

PESQUISA sicionar os novos produtos para um máximo de desempenho e sucesso dos clientes, os pesquisadores, junto com o departamento de tecnologia e a equipe de vendas, avaliam estes novos produtos numa rede de ensaios de PAT (Ensaio de Avanço de Produtos) em fazendas, confrontando com os melhores produtos comerciais, por até mais dois anos.

Os ensaios de PAT, também chamados de lado-a-lado, caracterizam-se por parcelas de tamanho variado, mas centenas de vezes maiores que parcelas experimentais. Além disso, são conduzidos em número de ambientes testados até dez vezes superior ao número de locais de VCU. Somente os materiais aprovados nos ensaios de PAT serão avançados como novos produtos comerciais, recebendo denominação definitiva, vindo a fazer parte do catálogo de produtos BioGene.

A adição de mais esta etapa no processo

bem treinadas. Elas fazem a tomada de dados, seguindo protocolos previamente estabelecidos para a maior acurácia e confiabilidade das informações. Os resultados provem de dados balanceados com repetições que atendem a análises de dados com técnicas de estatística experimental.

Entretanto, apesar de atender a todos os pressupostos da estatística experimental, a utilização de pequenas parcelas sempre causaram desconforto do ponto de vista do agricultor e consultores quanto à sua representatividade, quando comparadas aos amplos campos de produção comercial. Muitos produtos amplamente aprovados em parcelas experimentais, quando cultivados em áreas extensas ou em diversas condições de cultivo, não apresentaram desempenhos similares.

No sistema BioGene®, os novos materiais genéticos, finamente selecionados e aprovados pela pesquisa nos ensaios de VCU, ainda não estão prontos para serem lançados comercialmente. Para melhor selecionar e po-

de desenvolvimento de novos produtos pode, aparentemente, ser considerado como mais demorado. Entretanto, este sistema é extremamente seguro, baseado em décadas de experimentação e de experiência em melhoramento de plantas, para recomendar o plantio somente das melhores cultivares para cada agricultor. Mais que isso, este aparente atraso no lançamento é amplamente diluído pela agilidade com que estes novos produtos são disponibilizados aos produtores.

Considerações finais Como é possível perceber, o trabalho realizado pela área de pesquisa da BioGene para as culturas de milho e soja é extremamente complexo e segue os mais altos padrões de qualidade. Para alcançar os resultados desejados com ainda mais precisão, a BioGene possui estações de pesquisa estrategicamente localizadas, a fim de buscar os melhores produtos, a partir de condições climáticas e características de solo específicas. Isso com certeza é a origem para alcançar o objetivo principal da BioGene de levar para os agricultores de todo o Brasil produtos com alto potencial produtivo e características que se adaptam nas mais diversas regiões.

Palmas Sorriso

Brasília Itumbiara

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| BioGene Informa

Toledo Guarapuava

Passo Fundo (Coxilha)

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

Unidades de pesquisa BioGene

PARCERIAS

Caelum, sinônimo de BioGene® no Paraguai

A

empresa Caelum, distribuidora exclusiva da marca BioGene no Paraguai, desenvolve diversas ações de geração de demanda entre os agricultores da região oriental do país.

Também organiza todo tipo de eventos de capacitação de sua equipe de vendas, produtores, técnicos e parceiros estratégicos. A Caelum atua com um plano de promoção e desenvolvimento em um mercado que vem evoluindo constantemente no Paraguai. Na campanha 2002/2003, a área plantada de

milho foi de 425.000 hectares, com rendimentos médios de 2.385 quilos por hectare.

Já em 2012/2013, a superfície plantada foi de 1.030.000 hectares, com rendimento médio de 4.000 quilos. A produção cresceu de 1,014 milhões de toneladas para 4,12 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Trabalhando com a BioGene desde 2010, a Caelum, nascida em 2007 em Hernandarias (Alto Paraná), conta com uma expressiva equipe de representantes

comerciais, assistentes técnicos e coordenadores técnicos de sementes. Esta equipe presta suporte técnico e comercial direto aos produtores, distribuidores e cooperativas do país.

A aceitação dos híbridos de milho marca BioGene (especialmente o BG7061H) vem crescendo rapidamente no país. Em diversos dias de campo, feiras e encontros de produtores, os materiais da BioGene estão ganhando cada vez mais destaque na preferência dos agricultores.

PARCERIA

BioGene e distribuição: parcerias de sucesso

A

o completar quase 7 anos no mercado com consistentes resultados, a BioGene® compartilha e reconhece a importância de ter parcerias sólidas para distribuir e posicionar de maneira adequada seus produtos no mercado. São os revendedores que disponibilizam nossos híbridos de milho e cultivares de soja para a venda, como também fornecem todas as informações de posicionamento de produto e de práticas de manejo aos agricultores, ajudando-os a alcançar a máxima produtividade em suas lavouras. Veja os depoimentos de alguns parceiros da BioGene.

Fertiagro

Manancial Agronegócios

Agroprima

Fábio Luiz Fonseca Ribeiro - Sócio-diretor Porto Nacional/TO

Adriano Batista e Júlio Cesar - Sócios Primavera do Leste/MT

"A BioGene veio agregar à Manancial a qualidade genética que faltava. É uma empresa séria, com clareza de negócios e que não mede esforços para caminhar junto com a distribuição, abrindo e desenvolvendo mercado.

Hoje temos a certeza que podemos oferecer ao agricultor a melhor genética de milho e soja e será questão de tempo e trabalho para conquistarmos nosso espaço merecido."

"A Agroprima, em parceria com a BioGene desde 2011, leva o que tem de melhor em qualidade e tecnologia ao produtor. Parceria que anda lado a lado com o amigo cliente, oferecendo cultivares de alto potencial, difundindo novas tecnologias e prestando assistência do plantio à colheita. A cada safra colhendo ótimos resultados, graças à confiança e seriedade desta parceria."

Mário A. Lussari - Proprietário Araras/SP

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| BioGene Informa

"A parceria Fertiagro - BioGene começou há 4 anos. Desde o início a BioGene se mostrou comprometida com a qualidade dos produtos e com o atendimento à distribuição e ao produtor. Há dois anos a parceria se fortaleceu ainda mais, passamos a ser atendidos pelo Representante Eng. Agrônomo Jean Carlos de Lima. E a nossa empresa que era focada no mercado de fertilizantes, viu uma oportunidade de crescer no mercado de sementes. Passamos a trabalhar exclusivamente com a marca BioGene, que hoje é uma das principais no mercado de Araras e região.

As vendas se multiplicaram e além da semente de milho, passamos a trabalhar com a semente de soja BioGene. A Fertiagro hoje colhe os frutos de uma parceria sólida e produtiva."

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

Agroinsumos Diretores Comerciais Agroinsumos Sorriso/MT

"A Agroinsumos conta com 6 lojas no Mato Grosso, sendo a sua Matriz na cidade de Sorriso/MT. Trabalhando há mais de 10 anos no mercado de insumos agrícola, traz para seus agricultores as melhores oportunidades de negócio aliado aos melhores produtos para o correto manejo das lavouras, atuando principalmente nas culturas de soja, milho, algodão e feijão, e tem a BioGene como um dos seus grandes parceiros com as melhores genéticas e tecnologias nas sementes de soja e milho, sendo distribuidor exclusivo da BioGene.

Com um equipe extremamente qualifica e técnica, oferece os melhores produtos e a melhor assistência no campo para o agricultor e tendo a BioGene como parceira os frutos colhidos são de grande sucesso."

Errata

PARCERIA

Cerejeira Comério e Representações

Fert Flora

Agrojardim

Osmar Bavaresco - Sócio-proprietário Dourados/MS

Tiago F. Saboto - Revendedor Maracajú /MS

Jean Peixoto e Douglas Argenton - Proprietários Jardim/MS

Temos tido muito boa aceitação dos produtos BioGene por parte dos nossos clientes, com destaque para os híbridos BG7049H e BG7061H. O trabalho vem sendo bem desenvolvido com constantes evoluções desde que abraçamos a marca em 2010. A nossa relação com o Representante Sérgio Scheeren é muito boa, tem nos atendido da maneira mais satisfatória possível.

"Trabalho com a BioGene há mais de cinco anos porque é uma marca que garante confiabilidade e alta produtividade. Além de ser revendedor da marca também sou cliente como produtor rural."

Vale Produtos Agrícolas Leocyr Mota Junior - Gerente Comercial Querência/MT

Contato Agrícola Décio Soares - Gerente Comercial Sinop/MT

Desde o início dos trabalhos sempre tivemos um ótimo relacionamento com a marca, o representante da BioGene está sempre presente e pronto ao atendimento e a equipe técnica sempre pronta a tirar dúvidas e realizar treinamentos. Esperamos que a BioGene continue mantendo a entrega dos materiais vendidos de forma correta e sem cancelamentos, mantenha a ótima logística, entregando as sementes na hora correta, e nos traga cada vez mais novas tecnologias e variedades de soja e híbridos de milho para que possamos cada vez mais crescer nesse nosso mercado tão competitivo.

"Há quatro safras a Vale Produtos Agrícolas iniciou uma parceria com a BioGene, onde desenvolvemos a marca na região do Vale do Araguaia para o mercado de milho, e hoje temos um mercado consagrado, pois temos híbridos de média e alta tecnologia, adaptados a nossa região com resultados satisfatórios.

Estreitamos ainda mais a nossa parceria há duas safras, quando incrementamos o portfólio da BioGene em nossos negócios, pois temos aumentado nossa venda de semente significativamente, entregando materiais com excelente vigor e germinação e assim colhendo ótimos resultados, qual temos segurança e flexibilidade para trabalharmos. Ainda há muito trabalho para ser feito, e é com esse intuito juntamente com uma marca séria e comprometida como a BioGene, que estamos focados para alcançarmos nossos objetivos de levar o que há de melhor em tecnologia de sementes para o campo, juntamente do representante comercial da BioGene na região."

Herculex®I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink™ e o logotipo são marcas registradas da Bayer.

®

"A BioGene em parceria com a Agrojardim vem se destacando com seus híbridos na região devido aos mesmos apresentarem ótima sanidade, alto potencial produtivo, estabilidade e um ótimo custo benefício para o agricultor. Os híbridos que se destacaram na região foram o BG7061H e BG7049H, sendo o último um ótimo material para silagem também. Todos os anos são feitas várias áreas lado a lado com híbridos da concorrência e os materiais da BioGene sempre se destacam. Devido ao bom relacionamento existente entre a BioGene através de seu representante comercial, da empresa Agrojardim e agricultores, essa parceria está obtendo ótimos resultados. "

Agrofito Rodrigo V. dos Santos - Gerente Comercial Gurupi/TO

"Ótima presença da empresa na Agrotins 2014, levando os parceiros e clientes todo potencial que podemos ter com os materiais de milho e soja da BioGene, levando ao sucesso o Estado do Tocantins."

MILHO

Resultados BioGene®

JANDIR DEGASPARI Não-Me-Toque/RS

LEANDRO LOTTICI São José do Ouro/RS

JOSÉ RENATO NUNES Capão Bonito/SP

Produtividade com BG7046 - 130 scs/ha

Produtividade com BG7046 - 165 scs/ha

Produtividade com BG7037H - 186,6 scs/ha

"A BioGene me surpreendeu com o híbrido BG7046 pela sua produtividade e maior resistência à estiagem quando comparado ao concorrente. Se mostrou um milho com estabilidade mesmo neste ano de falta de chuva.

Irei plantar e recomendo o BG7046.

Também gostei do BG7318YH pela sua precocidade e seu rendimento."

"Esse ano plantei o híbrido BioGene BG7046 e tive ótimos resultados. Um milho que consequentemente irei plantar outras vezes porque ele nos surpreendeu em relação ao potencial produtivo, qualidade de grãos e principalmente pela estabilidade dentro da lavoura. Tivemos um pedaço com bastante estiagem e ele manteve um potencial produtivo alto e uma estabilidade de produção. Uso e recomendo!"

| BioGene Informa

"Devido a seca achei que o milho iria produzir muito pouco, também houve uma pressão muito forte de lagartas. Mas me surpreendi, produziu muito bem e com muita qualidade e sanidade de grãos, isso me surpreendeu. Estou muito satisfeito e irei plantar novamente nesta safra 2014."

OSMAR JOSÉ ZIN Gramado dos Loureiros/RS

ADEMIR CALDANA Boituva/SP

Produtividade com BG7051H - 205,3 scs/ha

Produtividade com BG7046 - 220 scs/ha

Produtividade com BG7037H - 179,7 scs/ha

"Plantei o BG7051H pela primeira vez, no começo teve uma pressão de lagarta mas com o auxílio do pessoal da BioGene controlei e colhi muito bem, em torno de 497scs/alq. Estou satisfeito e irei plantar nesse Verão 2014"

"Plantei BioGene nesta safra pela primeira vez e pude perceber no resultado que o BG7046 foi superior em comparação com os outros híbridos que plantei. Com certeza vou deixar parte da minha área para o BG7046."

"Milho com muita sanidade, muito boa qualidade de grão e pela estiagem muito forte, pois choveu 75 mm no ciclo inteiro e colheu com 120 dias e, mesmo assim, produziu muito bem, estou satisfeito e esta safra 2014 vou plantar novamente."

JOSÉ SEVERINO MASCHIETTO Itapetininga/SP

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milho verão

MILHO

PRODUTOR

MUNICÍPIO/UF

Oscar Mugnol Candelária/RS Ariovaldo Fellet Itaberá/SP Mauri Levandowski Itaiópolis/SC Antonio Dal Bosco Lebon Régis/SC Oscar Mugnol Candelária/RS Timóteo Fu Mim Ma Salto do Jacuí/RS Mauricio Fernandes Dias Taquarivai/SP Paulo Mitomi Aoyagui São Miguel Arcanjo/SP Emerson Gaston Petry Cachoeira do Sul/RS Volnei Luis Albarello Taquaruçu do Sul/RS Anderson Alex Oliveira General Salgado/SP Guido Neuls Ipuaçu/SC Anselmo Fallgatter Canoinhas/SC Adriano Ceolin Severiano de Almeida/RS Adilson Bocca Viadutos/RS Ilsonir Lunardi São João da Urtiga/RS Amabili Maria M. Maschietto Itapetininga/SP Marcelo Delai da Silva Sagrada Família/RS Rogério Luis Giacomini Tenente Portela/RS Roberto Lunardi Dr. Maurício Cardoso/RS Eraldo Preisler Mafra/SC Jaci Boldori Bandeirantes/SC Laertes Kollross Mafra/SC Idecio L. Volpatto Taquaruçu do Sul/RS Regis José Locatelli Tenente Portela/RS Sidiclei de Sordi Xaxim/SC Vanderlei Leonel Alves Pilar do Sul/SP Amabili Maria M. Maschietto Itapetininga/SP Milton Capellari Tuparendi/RS Aerte Lucian Quilombo/SC Roberto Lera dos Santos Itapetininga/SP Leoberto Weinert Papanduva/SC Zidione Cherobin Xanxerê/SC Leandro Reckziegel Horinzontina/RS José Renato Nunes Capão Bonito/SP Fabio Immich Lajeado/RS Paulo Mitomi Aoyagui São Miguel Arcanjo/SP Alessandro Alziro Saidel Pirassununga/SP Leandro Reckziegel Horinzontina/RS Juraci Ansolin Belmont/SC Valdir Donizeti Gomes Aguai/SP José Renato Nunes Capão Bonito/SP José Rubens Santiago Araçoiaba da Serra/SP José Renato Nunes Capão Bonito/SP Fernando Guedes Marchesin São Miguel Arcanjo/SP Ademir Caldana Boituva/SP Fernando Guedes Marchesin São Miguel Arcanjo/SP Antonio Carlos Palin Barretos/SP Daniel Ricardo Ananias do Amaral Itapolis/SP Fernando Carlos Fachini Tanabi/SP Daniel Ricardo Ananias do Amaral Itapolis/SP

HÍBRIDO

SCS/HA

BG7046 BG7046 BG7046 BG7046 BG7318YH BG7046 BG7046 BG7046 BG7318YH BG 7046 BG7037H BG7046 BG7046 BG7046 BG7046 BG7046 BG7051H BG 7046 BG 7046 BG7046 BG7046 BG7318YH BG7046 BG 7046 BG7318YH BG7046 BG7051H BG7046 BG7046 BG7318YH BG7051H BG7046 BG7051H BG7046 BG7318YH BG7051H BG7051H BG7037H BG7318YH BG7318YH BG7046 BG7032H BG7046 BG7049H BG7037H BG7032H BG7032H BG7032H BG7032H BG7037H BG7049H

252,0 238,8 238,0 234,4 231,0 229,0 227,7 226,9 226,0 223,0 220,3 220,0 219,3 218,0 216,0 215,0 210,7 209,0 208,5 207,0 206,0 205,0 204,0 201,0 201,0 201,0 201,0 200,4 199,0 199,0 198,6 197,0 196,0 189,0 187,6 187,5 186,0 185,4 185,0 185,0 181,0 181,0 173,6 173,2 172,6 168,6 164,0 141,4 140,5 132,2 119,8

AGNALDO DORIGO RODRIGUES Casa Branca/SP Produtividade com BG7037H - 173,6 scs/ha

"Gostei do BG7037H, ele é um híbrido que tem produtividade e sanidade. Plantarei novamente nessa safra."

MARCOS VINICIUS CANELA Casa Branca/SP Produtividade com BG7046 - 207,9 scs/ha

"O BG7046 teve uma boa produtividade, boa sanidade foliar e de colmo. Nesta próxima safra vamos plantar a versão Bt do BG7046."

JOSE CARLOS LECCHE Casa Branca/SP Produtividade com BG7037H - 181,8 scs/ha

"Plantei o BG7037H e fiquei satisfeito. Em 2014 vou plantá-lo novamente."

Herculex®I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink™ e o logotipo são marcas registradas da Bayer.

YieldGard é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company.

® ®

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

RESULTADOS BIOGENE NO MILHO

MILHO

Safrinha BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

Resultados BioGene®

PAULO HENRIQUE CEOLIN Rio Brilhante/MS

EVERALDO JORGE REIS Itaquiraí/MS Produtividade com BG7061H - 112 scs/ha

Produtividade com BG7032H - 131,7 scs/ha Produtividade com BG7049H - 126,5 scs/ha Produtividade com BG7046H - 117,4 scs/ha Produtividade com BG7037H - 104,3 scs/ha

"Gostei muito de plantar o BG7061H nesta safrinha 2014, pois é um híbrido com alto potencial produtivo aliando sanidade e super-precocidade."

"Estou satisfeito com o BG7032H, ano passado já tive uma excelente produtividade e nesta safrinha confirmou os resultados. É um híbrido que indico para plantio."

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RESULTADOS BIOGENE NA SAFRINHA PRODUTOR Faz. Agrovida Agrícola III Flávio Augusto Pilau Arno Tunnermann Léo Haslinger Flávio Augusto Pilau Faz. Agrovida Agrícola III Flávio Augusto Pilau Dário Luiz Bolsan Oneide Fucina Dário Luiz Bolsan Luiz Antônio Lino Faz. Agrovida Agrícola III Cláudio Brunetta Faz. Dois Irmãos Faz. Dois Irmãos Faz. Dois Irmãos Joaquim José Rodrigues Elvardo Antunes da Silva Rafael Pinheiro Alves Elvardo Antunes da Silva Rafael Pinheiro Alves Marcos Santos Costa João Luiz Gobbi Joaquim José Rodrigues Elvardo Antunes da Silva Rodrigo Talarico Alexander Martins de Souza Alexander Martins de Souza João Camilo Falcheto Joaquim José Rodrigues Luiz Mauro Pontes de Souza Menes de Lima Pinheiro Oberdan Dias Pinheiro

Herculex®I e o logo HX são marcas registradas da Dow AgroSciences LLC. LibertyLink™ e o logotipo são marcas registradas da Bayer. ®

MUNICÍPIO/UF Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Balsas/MA Ipameri/GO Ipameri/GO Ipameri/GO Piracanjuba/GO Jataí/GO Anápolis/GO Jataí/GO Anápolis/GO Montividiu/GO Jataí/GO Piracanjuba/GO Jataí/GO Piracanjuba/GO Ipameri/GO Ipameri/GO Piracanjuba/GO Piracanjuba/GO Piracanjuba/GO Piracanjuba/GO Piracanjuba/GO

HÍBRIDO BG7037H BG7037H BG7032H BG7037H BG7032H BG7032H BG7046 BG7032H BG7037H BG7037H BG7061H BG7061H BG7049H BG7061H BG7037H BG7049H BG7046 BG7061H BG7037H BG7037H BG7049H BG7046 BG7037H BG7037H BG7046 BG7061H BG7037H BG7061H BG7037H BG7061H BG7061H BG7037H BG7061H

SCS/HA 130,00 128,00 126,00 126,00 125,00 121,00 120,00 113,00 111,00 110,00 105,00 105,00 93,00 177,00 155,00 151,00 145,00 139,00 138,00 137,00 132,00 131,00 128,00 126,00 119,00 118,00 108,00 107,00 105,00 96,00 92,80 89,00 87,00

MILHO

RESULTADOS BIOGENE NA SAFRINHA PRODUTOR

MUNICÍPIO/UF

HÍBRIDO

SCS/HA

Agropecuária Agua Azul Campo Novo do Parecis/MT BG7049H 169,9 Edite Ortolan e Filhos Campo Novo do Parecis/MT BG7046H 168,4 Agropecuária Agua Azul Campo Novo do Parecis/MT BG7046H 155,9 Agropecuária Agua Azul Campo Novo do Parecis/MT BG7032H 155,2 Sérgio Martelli Campo Novo do Parecis/MT BG7046H 155,1 Edite Ortolan e Filhos Campo Novo do Parecis/MT BG7037H 154,9 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7037H 154,0 Leonardo Letrari Possan Primavera do Leste/MT BG7037H 153,5 Sérgio Martelli Campo Novo do Parecis/MT BG7037H 153,2 Agropecuária Agua Azul Campo Novo do Parecis/MT BG7037H 152,9 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7037H 146,8 José Otaviano Ribeiro Nardes Primavera do Leste/MT BG7049H 146,6 Otavio Cyro Boff Chapadão do Sul/MS BG7049H 146,3 Benigno Busanelo Dom Aquino/MT BG7049H 146,0 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7032H 145,1 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7037H 143,9 Leonardo Letrari Possan Primavera do Leste/MT BG7046H 143,3 Benigno Busanelo Dom Aquino/MT BG7037H 143,0 Agropecuária Agua Azul Campo Novo do Parecis/MT BG7061H 142,9 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7037H 142,3 Itacir Piana Pinto Primavera do Leste/MT BG7037H 141,5 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7046H 136,9 Ginesio Marcos Sponchiado Campo Novo do Parecis/MT BG7046H 136,5 Jocelito Krug Chapadão do Sul/MS BG7037H 136,4 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7037H 136,3 Jorge Luiz Borghetti Primavera do Leste/MT BG7046H 136,0 Benigno Busanelo Dom Aquino/MT BG7046H 135,9 Ginesio Marcos Sponchiado Campo Novo do Parecis/MT BG7037H 134,9 Dorival Agulhon Santo Antônio do Leste/MT BG7032H 134,1 Cesar Leal Primavera do Leste/MT BG7032H 133,0 Benigno Busanelo Dom Aquino/MT BG7032H 132,8 Carlos Capeletti Tapurah/MT BG7049H 132,7 Irineu Osvaldo Schneider Querência/MT BG7037H 132,3 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7049H 131,1 José Leonir Machado Sinop/MT BG7037H 131,0 José Leonir Machado Sinop/MT BG7046 131,0 Nelson Meyer Primavera do Leste/MT BG7037H 130,5 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7032H 130,2 Luciano De Bona Primavera Do Leste/MT BG7046H 129,8 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7037H 129,4 Irineu Osvaldo Schneider Querência/MT BG7046H 129,2 Márcio Carderalli Itanhangá/MT BG7037H 128,9 José Leonir Machado Sinop/MT BG7032H 128,0 Tarcirio Gebert Primavera do Leste/MT BG7037H 127,7 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7046H 126,8 Gabriel Reustov Primavera do Leste/MT BG7049H 126,0 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7032H 125,4 Ademar Frescha Tapurah/MT BG7032H 124,3 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7049H 124,0 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7061H 123,5 Nelson Jantsch Querência/MT BG7046H 123,3 Irineu Osvaldo Schneider Querência/MT BG7032H 122,4 Nelson Meyer Primavera do Leste/MT BG7046H 121,2 Nelson Jantsch Querência/MT BG7037H 120,2 Adivino Casteli Poxoreo/MT BG7037H 120,0 Irineu Osvaldo Schneider Querência/MT BG7046 118,3 Edson Zelenski Primavera do Leste/MT BG7046H 114,8 Irineu Osvaldo Schneider Querência/MT BG7049H 110,5 Nelson jantsch Querência/MT BG7032H 110,5 Jorge Luiz Borghetti Primavera do Leste/MT BG7032H 110,0 Alisson André Castelli Primavera do Leste/MT BG7061H 108,9 Sandro Bonassa Porto dos Gauchos/MT BG7032H 95,0* Sandro Bonassa Porto dos Gauchos/MT BG7037H 94,9* Salvatori de Angelis Florínea/SP BG7037H 159,9 Rodrigo Darci Dantas Maracaí/SP BG7032H 133,5 Otavio Cyro Boff Chapadão do Sul/MS BG7037H 150,8 Carlos Sperotto Chapadão do Sul/MS BG7037H 131,5

* Área de primeiro ano de milho e segundo de soja.

SOJA

Resultados BioGene®

A

BioGene trouxe para o mercado de sementes de soja flexibilidade com ciclos de maturações diferentes, capazes de proporcionar ao agricultor escolhas inteligentes no seu planejamento de plantio. Veja os depoimentos de clientes que plantaram BioGene e confirmaram porque a Soja BioGene está cada vez mais forte.

soja Gilmar Gonçalves Mendes Campos Lindos/TO

PLANTOU

PLANTOU

BG4284 E COLHEU

E COLHEU

60

scs/ha

Julio Eduardo Fonseca Pereira Fazenda Agrofonseca - Nova Rosalândia/TO

PLANTOU

PLANTOU

56

scs/ha

"Plantamos as cultivares de soja da BioGene porque tem se destacado na região, com boa produtividade e baixo custo de sementes."

Novo

Mario Júnior Schermack

BG4290

BG4377

E COLHEU

E COLHEU

20/21

| BioGene Informa

59

scs/ha

57

scs/ha

"Plantei soja BioGene pela primeira vez essa safra e gostei do resultado. A BG4290 foi a campeã de produtividade, mostrando bom engalhamento e peso de grão. Nas áreas destinadas à safrinha, plantei a BG4377, onde conseguimos 57 sc/ha em área de terceiro ano, com ciclo de 100 dias. Além da produtividade, fiquei surpreso positivamente pela segurança oferecida pelo material, pois ficou 18 dias dessecada (sem colher), com muita chuva e não ardeu grão nem abriu vagem.

Será meu carro chefe em precocidade."

Correntina/BA

PLANTOU

BG4290 E COLHEU

66

scs/ha

"Gostei muito da BG4290, inicialmente pelo “arranque” da cultura, altura de planta, engalhamento e porte até o início do florescimento. No florescimento podemos observar que o período foi longo e se manteve com flores, mesmo em situação de estresse hídrico o que resultou em um grande número de vagens. Na colheita a variedade foi de fácil manejo com maturação uniforme, com picos de produtividades de 84 scs por ha, sendo que a média de 200 has ficou em 66 scs/ha."

SOJA

CULTIVAR

SCS/HA

Luis Eduardo Magalhães/BA Juara/MT Vicentinópolis/GO Sacramento/MG Porto dos Gaúchos/MT Coromandel/MG Sorriso/MT Correntina/BA Goiatuba /GO Bom Jesus de Goiás/GO Alvorada/TO Porto dos Gaúchos/MT Ulianópolis/PA Tangará da Serra/MT Piracanjuba/GO Correntina/BA Vicentinópolis/GO Tapurah /MT Vera/MT Figueirópolis/TO Joviânia/GO Feliz Natal/MT Diamantino/MT Goiatuba/GO Riachão/MA Figueirópolis/TO Figueirópolis/TO Montividiu/GO Paraíso das Águas/MS Jaborandi/BA Orizona/GO Diamantino/MT Campos de Júlio/MT Ulianópolis/PA Chapadão do Sul/MS Sapezal/MT Bom Jesus/GO Sapezal/MT Sapezal/MT Piracanjuba/GO Campos Lindos/TO Paraíso das Águas/MS Montividiu/GO Campos Lindos/TO Nova Rosalândia/TO Correntina/BA Riachão/MA Nova Rosalândia/TO Rio Verde/GO Brejinho de Nazaré/TO Correntina/BA Campos Lindos/TO Santa Rosa/TO São Desidério/BA Correntina/BA Santarém/PA Cocos/BA Nova Rosalândia/TO

BG4290 BG4290 BG4184 BG4272 BG4184 BG4272 BG4184 BG4290 BG4377 BG4184 BG4377 BG4284 BG4290 BG4377 BG4377 BG4290 BG4284 BG4290 BG4377 BG4184 BG4272 BG4184 BG4184 BG4272 BG4184 BG4284 BG4290 BG4272 BG4284 BG4290 BG4272 BG4184 BG4184 BG4284 BG4272 BG4284 BG4377 BG4184 BG4290 BG4272 BG4284 BG4184 BG4377 BG4290 BG4377 BG4377 BG4290 BG4290 BG4272 BG4290 BG4290 BG4184 BG4377 BG4377 BG4290 BG4290 BG4290 BG4284

80,0 78,5 76,0 72,0 71,7 71,0 71,0 70,2 70,2 69,6 68,0 68,0 67,0 67,0 66,1 66,0 66,0 66,0 66,0 65,7 65,0 65,0 65,0 64,3 64,0 64,0 64,0 64,0 63,3 63,3 63,3 63,0 63,0 62,7 62,3 62,0 61,0 61,0 61,0 60,8 60,0 60,0 60,0 59,0 59,0 58,3 58,0 58,0 58,0 57,7 57,0 56,0 56,0 55,8 54,9 52,0 51,6 51,0

Roundup Ready é marca registrada utilizada sob licença da Monsanto Company..

Hilberto Bruch Grabriel Pinoti José Espindula de Almeida Edenildo Pereira de Araujo CHAPARRAL X Luiz Carlos Moreira Pedro Paulo Ferraz José Luis Sgaria Valter Hayashi José Carlos Guimarães Antonio Carlos Marchiori CHAPARRAL X Tiago Fuchima Facco Eleonor Ogliari Adriano Donegá Márcio Junior Schermack José Espindula de Almeida FAZENDA SANTA ANA I Benicio Boing Paulo Taffarel Luiz Cesar Martins Nilso Vigolo José Schmidt José Fernandes de Carvalho Airton Zamignan Paulo Taffarel Paulo Taffarel José Oscar Durigan Grupo Firmani e Filhos Fabricio Bernard Marcos Henrique Roma Douglas Cocco Gilmar Antonio Gelati Tiago Fuchima Facco Maurício dos Santos Jose Heck Manoel Ferreira Dos Santos Jose Heck Wilson Francisco Rotta Adriano Donegá Gilmar Gonçalves Mendes Grupo Firmani e Filhos José Oscar Durigan Grupo Zaltron Julio Fonseca Nei Castelli Airton Zamignan Julio Fonseca Vilmar de Oliveira Mario Rufoni Nei Castelli Gilmar Gonçalves Mendes João benete Antonio Martinho Campanholi Marco Botolli Reginelson Sá Maia Rene Ducket Julio Fonseca

MUNICÍPIO/UF

®

PRODUTOR

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

RESULTADOS BIOGENE NA SOJA

SOJA

Safrinha de soja: Por Erik Gomes Engenheiro Agrônomo

risco ou opção?

A

fim de maximizar a rentabilidade das lavouras em decorrência dos baixos preços da cultura do milho, agricultores dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no decorrer da safra verão, apostaram na cultura da soja como uma opção para os plantios da segunda safra, também conhecida com safra de inverno ou safrinha. Já consolidada como uma excelente opção para rotacionar culturas e diante de perspectivas de preços não tão atrativos do milho, os produtores rurais ficaram em dúvida e muitos optaram pelo cultivo da soja na safrinha, e muitas áreas com soja segunda safra já foram finalizadas.

Mesmo com o cenário de preços favorável, o plantio consecutivo de soja gera sérias preocupações agronômicas. Cultivar seguida-

22/23

| BioGene Informa

Problemas fitossanitários da soja sobre soja

mente uma cultura gera reflexos negativos sobre a produtividade das lavouras, por conta das características agronômicas das plantas e do ataque de pragas e doenças (fatores que iremos abordar a seguir).

Segundo especialistas, a prática pode ser adotada, mas exige cuidado. Ainda existem gargalos simples, como a escassez de sementes adaptadas aos diferentes períodos de plantio, e mesmo sabendo de todos os riscos do cultivo de soja safrinha, muitos agricultores arriscaram nessa prática.

O cultivo da soja sobre soja (como também em milho sobre milho ou algodão sobre algodão) traz diversos problemas fitossanitários. Problemas estes não impeditivos, porém, extremamente perigosos para o sistema que já está consolidado, entre eles:

1 - Aumento de fonte de inóculo de doenças 2 - Aumento da população de pragas 3 - Seleção de plantas daninhas resistentes 4 - Aumento da população de nematoides 5 - Pirataria de sementes

SOJA

Se pensarmos apenas no primeiro ponto que está relacionado ao aumento da fonte de inóculo de doenças, mesmo colhendo a soja safrinha antes de se iniciar o vazio sanitário, iremos aumentar o inóculo no campo, o que provocará um maior número de aplicações de fungicidas na próxima safra verão.

Na safrinha de soja haverá também o aumento da ocorrência do fungo, com elevação de custo de controle e com menor produtividade. Existem inúmeros casos de mais de quatro aplicações de fungicidas em safrinhas de soja de anos anteriores (exemplos na região do Parecis/MT), mesmo com variedades de ciclo mais curto.

Nesta safrinha, muitos produtores fizeram mais de sete aplicações de fungicidas. Portanto, tecnicamente, essa prática poderá permitir uma maior sobrevivência do fungo, ocasionando uma antecipação da ocorrência da doença na safra seguinte, também com aumento do número de aplicações.

Outro ponto muito discutido é a ocorrência de resistência desse fungo aos fungicidas existentes, fato este que já foi confirmado com o aparecimento de resistência a triazóis, depois estrobilurinas e, agora, à mistura comercial desses produtos, diminuindo a eficiência de controle de 80%, há dois anos, para próximo de 50% nesta safra.

A perda de eficiência dos fungicidas acarreta aos produtores o aumento do número de aplicações e diminuição do intervalo de pulverizações. É aí que a pressão de seleção exercida por esses produtos irá, com certeza, acelerar a resistência. Se contabilizarmos as aplicações que são feitas de outubro até junho com os mesmos princípios

ativos, o risco é muito alto.

Segundo a fitopatologista da Embrapa Soja, Claudia Godoy, o risco de surgimento de resistência da ferrugem asiática a fungicidas é iminente neste sistema e não existem novas moléculas de grupos diferentes em desenvolvimento a médio e longo prazos.

Em relação às pragas, fica o alerta sobre o aumento da incidência nas próximas safras em consequência da “ponte verde” que deve se formar em razão da continuidade de cultivo de uma mesma cultura. Isso implica um período maior de soja na área, que poderá multiplicar a população de pragas como mosca-branca Bemisia tabaci, Helicoverpa armigera, percevejos, lagarta falsa medideira, entre outras secundárias que poderão se tornar potenciais de danos por causa da abundância de alimento.

Cabe salientar a facilidade de aparecimento de resistência a inseticidas e a outras moléculas, pois será necessário utilizar novamente os mesmos produtos para controle das mesmas pragas. Quanto mais utilizarmos o mesmo princípio ativo ou produtos do mesmo grupo, sejam inseticidas, herbicidas ou fungicidas, mais aumentaremos a pressão de seleção para essas espécies mais resistentes.

São inúmeros os riscos no cultivo da safrinha de soja. Portanto, antes de partir para essa prática, verifique exatamente qual o custo do sistema de produção e qual a verdadeira sustentabilidade desse negócio. Você provavelmente perceberá que, em médio prazo, estará arriscando todo um sistema de produção sem garantir ganho com essa segunda safra de soja.

SEMENTES

Armazenagem como requisito para qualidade das lavouras Por Fabricio Peske e Tiago Oliveira Coordenador de Sementes Matriz de Soja e Gerente de Operações de Campo para Produção Milho

24/25

| BioGene Informa

Q

uando se discute a respeito de armazenamento de sementes, muitos fatores são vitais para a manutenção da qualidade dos grãos. Porém, não devemos esquecer que o mais importante sempre será a utilização de sementes com máxima qualidade fisiológica, ou seja, bem formadas. É evidente que a espécie em questão irá apresentar sua característica própria de longevidade em relação a outras espécies. Por exemplo, há casos conhecidos em que sementes germinaram após centenas de anos. Como no caso da espécie Nelumbo nucifera, comumente chamada de lótus, a qual foi encontrada na China e germinou após 1,3 mil anos de sua formação.

Imagine a seguinte situação: seu filho necessita enfrentar e atravessar um ambiente desértico por um longo período, e você precisa fornecer a ele os ingredientes básicos para sua sobrevivência. O que seria? O mesmo ocorre durante a formação das sementes ainda na planta.

Assim, se pensarmos bem, veremos que as plantas preparam a próxima geração (sementes) com os ingredientes cruciais para sua sobrevivência em condições extremas, as quais são: alimento (substâncias de reserva), proteção (como tegumento na soja ou pericarpo no milho), as partes que gerarão a plântula e, por fim, a planta em si, como plúmula e radícula (no milho) e eixo embrionário (na soja).

Desta forma, é lógico compreender que o momento de máxima capacidade de germinação das sementes será sempre logo após a maturação fisiológica destas, ou seja, após a planta cessar o transporte de substâncias, o qual ocorre nas sementes de soja e milho, quando estas possuem ao redor de 50% e 33% de água em sua constituição, respectivamente. A máxima qualidade das sementes de milho, incluindo seu máximo vigor e o maior acúmulo de matéria seca, é obtida próximo do ponto de maturação fisioló-

gica (PMF). Nesse momento, cessa a transferência de nutrientes da planta para o embrião das sementes e, a partir daí, novos processos bioquímicos, como a respiração, tendem a reduzir gradativamente o potencial de germinação e vigor das sementes armazenadas.

Ao mencionar sementes bem formadas, é vital lembrar que nem todas as sementes possuem as mesmas estruturas e composição química. As sementes de milho e soja são exemplos claros desse antagonismo, pois enquanto as sementes de milho possuem um embrião e um endosperma (onde são armazenadas as substâncias de reserva) claramente distintos, as sementes de soja são morfologicamente embriões completos e possuem as substâncias de reserva armazenadas nos dois cotilédones. No milho há apenas um cotilédone (sem acúmulo de substâncias de reserva), sendo chamado, assim, de monocotiledônea (milho) e dicotiledônea (soja).

Em espécies oleaginosas, a composição química (Tabela 1) possui influência ainda maior na capacidade de armazenamento das sementes, pois o conteúdo de lipídios e a ocorrência de sua oxidação (a qual é elevada em sementes de soja) atuam significativamente na diminuição de capacidade de armazenamento e, portanto, na germinação das sementes após longos períodos.

Tabela 1. Principais reservas armazenadas em sementes de algumas espécies de interesse econômico.

Espécie

Proteínas (%)

Lipídios (%)

Carboidratos (%)

Estrutura

Algodão Cevada Feijão Milho Soja Trigo

39 12 23 10 37 12

33 03 01 05 23 02

15 76 56 80 19 75

Embrião Endosperma Embrião Endosperma Embrião Endosperma Adaptado de Marcos Filho (2005)

SEMENTES

A semente é um ser vivo e, por isso, sua armazenagem em condições adequadas é requisito fundamental para preservar sua capacidade em originar plântulas normais e vigorosas. A partir da colheita, são necessários cuidados no beneficiamento e manuseio das sementes que permitam manter sua qualidade inicial, pois não existe mecanismo capaz de aumentar a qualidade fisiológica de cada semente individualmente depois que esta se desliga da planta-mãe.

As sementes de milho devem ser colhidas tão logo se atinja o PMF (Figura 1), deixando de ser expostas ao ataque de fungos, insetos e intempéries no campo.

Máxima qualidade potencial atingida próxima ao ponto de maturação fisiológica 100

35

90 70

25

60

Umidade de sementes Peso seco Germinação padrão Vigor

50 %

40 30 20

20 15 10

10 5

0 -10

0 0

10

Fertilização Cruzada

20

30

40

50

60

70

80

90

100 110 120 130 140

Dias após florescimento

Figura 1. Ponto de maturação fisiológica e sua relação com umidade, peso seco e qualidade das sementes de milho.

g/100 sementes

30

80

A secagem, processo de beneficiamento que ocorre em seguida, permite reduzir a umidade das sementes de milho a níveis seguros para armazenagem, considerando o quanto a respiração das sementes, como o desenvolvimento de patógenos associados a elas, é reduzida quando a umidade é inferior a 13% de base úmida.

Ainda com o objetivo de permitir maior longevidade às sementes, o tratamento com fungicidas, protetores e erradicantes, assim como o uso de inseticidas para controle de pragas de grãos armazenados, deve ser realizado antes do ensaque e armazenagem.

Os fungicidas aplicados em tratamento de sementes têm caráter preventivo e profilático, ajudando a combater eventuais patógenos presentes nas sementes ou no solo, que poderão acometer as sementes e plântulas nos estágios iniciais. Já os inseticidas utilizados visam controlar pragas cruzadas e produtos armazenados, originários ou não dos campos de produção das sementes e que podem afetar a qualidade fisiológica do lote.

SEMENTES

Sementes também respiram! a cada 2,5°C de redução da temperatura ambiente, e a cada 1% de redução de água das sementes, duplica-se a capacidade de armazenamento das mesmas.

Desta forma, para preservação da qualidade das sementes ao longo do tempo, é fundamental manter controle sobre a umidade das sementes e sobre as condições ambientais de temperatura e umidade relativa do ar. Como regra prática, para cada ponto porcentual que se reduz a umidade das sementes ou a cada intervalo de 5,6°C em redução na temperatura de armazenagem, a longevidade das sementes é dobrada.

Após tratamento e ensaque, os lotes de sementes de milho devem, preferencialmente, ser armazenados em condições controladas de temperatura e umidade relativa do ar, visando reduzir reações de catabolismo (respiração) das sementes. Em condição de temperatura abaixo de 15°C e umidade relativa do ar inferior a 60%, ocorre também menor desenvolvimento de pragas e e doenças, o que favorece a manutenção da qualidade das sementes por um período superior. A alta umidade relativa do ar, durante a armazenagem, levaria ainda ao aumento da umidade das sementes, já que há uma tendência destas entrarem em equilíbrio higroscópico com o ambiente ao seu redor.

Poucos de nós percebemos que o processo de respiração também ocorre nas sementes e procede do “oposto” da fotossíntese, utilizando-se O2 (oxigênio) para gerar energia e H2O. Assim, torna-se claro que para mantermos a capacidade das sementes próximo do seu máximo potencial fisiológico (germinação e vigor), devemos buscar alcançar mínimos teores de respiração ao longo de seu armazenamento.

Uma vez que a água é o ingrediente desencadeante de diversas reações químicas nas sementes (especialmente para sua germinação), é natural perceber a importância da manutenção de mínimos teores de água na semente e seu ambiente sob armazenamento, pois quanto maior for a atividade metabólica (respiração) das sementes, maior será o gasto energético delas, havendo, assim, menor vigor e capacidade de formação de plântulas, especialmente sob condições de estresse durante o plantio. No entanto, a elevação da atividade metabólica das sementes também pode ser influenciada por outros fatores, como a temperatura, a qual, em níveis elevados, promove, da mesma forma, o aumento da respiração das mesmas, além de favorecer a proliferação de organismos (fungos patogênicos), principalmente quando combinada com altos níveis de água no ambiente. Em relação a isso, estudos demonstram que, em geral,

Tabela 2. Equilíbrio Higroscópico das Sementes de Soja

UMIDADE RELATIVA DO AR (%)

TEMP. ºC

10

20

30

40

50

60

70

80

90

5

5,2

6,3

6,9

7,7

8,6

10,4

12,9

16,9

22,4

15

4,3

5,7

6,5

7,2

8,1

10,1

12,4

16,1

21,9

25

3,8

5,3

6,1

6,9

7,8

9,7

12,1

15,8

21,3

35

3,5

4,8

5,7

6,4

7,6

9,3

11,7

15,4

20,6

Tabela 3. Equilíbrio higroscópico para milho em função da temperatura e umidade relativa do ar ambiente.

UMIDADE RELATIVA DO AR (%)

26/27

| BioGene Informa

TEMP. ºC

40

50

60

70

0

11.0

12.5

14.0

15.8

4

11.0

12.4

13.8

15.7

10 16 25

10.8

12.2

13.8

15.2

10.3 9.8

11.6 11.2

13.2 12.9

14.8 14.0

Por isso, alguns cuidados com embalagem são necessários.

Como as sementes também respiram, é inviável o emprego de embalagens herméticas (que não permitem entrada ou saída de ar) para armazenar sementes com altos teores de água e, assim,

significativa atividade metabólica. Isto porque um dos subprodutos da reação de respiração é a própria água, a qual iria apresentar acúmulo no interior de embalagens herméticas e acelerar a deterioração das sementes.

Diversos tipos de embalagens podem ser utilizados para acondicionamento das sementes, devendo-se considerar, para decisão do modelo mais adequado, as condições de temperatura e umidade relativa do ar na armazenagem pós-ensaque, as operações de manuseio com o lote de sementes e o valor agregado da espécie armazenada. Por esta razão, as embalagens utilizadas para armazenamento de sementes de milho e de soja são compostas de três folhas de papel Kraft sobrepostas (permitem a troca de gases presentes no ar com o ambiente), que funcionam como barreira física de proteção das sementes contra danos mecânicos, além de oferecer segurança ante possíveis avarias no manuseio, auxiliando também na proteção das sementes contra danos mecânicos.

SEMENTES

Do caminhão para a propriedade A partir do momento em que as sementes chegam à propriedade, são necessários alguns cuidados para preservar a qualidade das sementes marca BioGene®. Nas fazendas, cooperativas e revendas, os sacos de sementes devem permanecer em ambiente limpo, coberto, livre de goteiras ou de algum outro fato que possa causar entrada de umidade e calor excessivo. Mantenha as sacarias afastadas de outros cereais que poderiam servir como fonte de insetos-praga e roedores, ou com adubos, calcários e agroquímicos. Após serem descarregadas, as sementes devem ficar acondicionadas sobre paletes, estrados de madeira ou tijolos, previamente cobertos com lona plástica. O objetivo é evitar que os sacos da base fiquem em contato com o piso do barracão,

situação em que ganhariam umidade e afetariam a qualidade das sementes. Além disso, não se deve empilhar a sacaria das sementes próximo das paredes do armazém (o aconselhável é deixar um espaço de 1,5 metro entre a pilha e a parede). Isso permite a passagem de ar pelos sacos da extremidade. A altura de empilhamento deverá, ainda, considerar uma distância de, no mínimo, dois metros até o telhado ou cobertura, reduzindo a transferência de calor para os sacos do topo. As pilhas formadas devem, preferencialmente, separar lotes de numeração diferente, pois estes poderão ter características diferentes de híbrido, peneira, tratamento químico ou qualidade inicial. Assim, a regulagem da semeadora poderá ser distinta para cada lote.

Armazenagem adequada das sementes em fazendas, cooperativas e revendas de produtos agrícolas.

Armazenagem inadequada das sementes em fazendas, cooperativas e revendas de produtos agrícolas.

CERTO

ERRADO

Sacos dispostos em armazém coberto

Sacos a céu aberto

Embalagens empilhadas sobre pallets de madeira, estrados ou tijolos, previamente cobertos com lona

Embalagens empilhadas diretamente no chão, sem nenhuma barreira dos sacos para o piso

Sementes afastadas de outros cereais ou fontes de insetos e roedores

Sementes armazenadas junto com grãos diversos, como áreas de paiol, barracões de armazenagem de cereais, unidades de beneficiamento de grãos ou outras sementes

Ambiente arejado, com termohigrômetro para monitoramento de temperatura e umidade ambiente

Ambiente quente e úmido, sem acompanhamento das condições de temperatura e umidade relativa do ar

Sementes afastadas de água (poças, goteiras ou respingos)

Sementes em contato com água (poças, goteiras ou respingos)

Sementes afastadas das paredes e da cobertura do barracão

Sementes em contato ou muito próximas às paredes e cobertura do barracão

Sementes armazenadas em locais arejados, com temperaturas amenas

Sementes armazenadas próximas a fontes de calor (motores elétricos, fornos industriais, telhas e paredes metálicas)

As melhores condições para a preservação das sementes são temperaturas menores do que 25°C e umidade relativa do ar abaixo de 70%. Nunca molhar o piso do armazém, com o objetivo de refrescar o ambiente, pois, agindo desta forma, aumentamos a umidade relativa (UR) do ambiente, criando condições favoráveis para a elevação da taxa respiratória das sementes, bem como a proliferação de fungos patogênicos.

Periodicamente, os sacos de sementes devem ser inspecionados, procurando por orifícios na embalagem, umidade na superfície ou quaisquer outras avarias que poderão afetar a qualidade.

A entrada de traças e carunchos pela costura das embalagens, o contato das embalagens com água, os danos provocados por roedores e a exposição à alta temperatura e umidade relativa do ar são os problemas mais comuns verificados na armazenagem das BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

sementes nas propriedades rurais ou em revendas agrícolas.

Situações como essas levariam à redução do potencial das sementes em originar plântulas normais, acarretando possível diminuição do estande de plantas na lavoura, com consequente comprometimento da produtividade esperada. Desta forma, a manutenção da qualidade fisiológica das sementes está diretamente associada às condições de sua armazenagem.

Os padrões apresentados no certificado de sementes ou no termo aditivo que acompanha o lote fazem referência à qualidade das sementes antes de serem expedidas pela unidade armazenadora. Estar atento às melhores práticas de armazenagem e conservação das sementes na propriedade é um dos requisitos básicos para o estabelecimento de uma lavoura uniforme e manutenção de seu potencial produtivo.

SMART

Recomendação Inteligente ® a escolha de um híbrido através BioGene: do conceito SMART Por Eurípedes Rodrigues Engenheiro Agrônomo

A

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| BioGene Informa

BioGene tem a missão de levar aos produtores rurais mensagens simples e objetivas a respeito das técnicas que devem ser utilizadas no cultivo do milho. Com esse intuito, foi criado o conceito SMART (Serviço de Manejo e Recomendação Técnica), visando traduzir as melhores práticas de manejo em efetivas ações no campo.

Essa ferramenta está disponível não apenas para recomendação de híbridos, mas também em dias de campo, capacitação das equipes de venda e técnica de nossos parceiros comerciais, e nos eventos BioGene em Ação, que é nossa vitrine tecnológica e área de treinamento prático. Nesta matéria, vamos falar um pouco sobre os principais passos para decidir o tipo de híbrido a escolher para cada situação, segundo o SMART. Um passo importante para alcançar altas produtividades passa fundamentalmente pela escolha da semente, o principal insumo de uma lavoura. Portanto, a escolha da melhor opção deve receber toda atenção do produtor que busca rendimentos significativos em suas colheitas. Deve-se dar atenção especial para algumas características do híbrido: potencial produtivo, resistência às doenças, às pragas e adequação ao sistema de produção, considerando o clima, o solo e a fertilidade. Como não temos uma uniformidade dos fatores citados e também não há um híbrido que atenda a todas as situações, é importante que busquemos um conjunto de híbridos que se complementam, propiciando maior segurança e estabilidade na colheita, oferecendo ainda a chance de maximizar o sucesso da lavoura.

Sabemos que o potencial produtivo é um dos principais fatores que definem a decisão por plantar uma determinada semente de milho híbrido. Apesar disso, não podemos deixar de lado a estabilidade de produção, que é tão importante quanto o potencial produtivo, pois estabilidade é a capacidade de um material manter um comportamento uniforme em diferentes anos, locais e condições, oferecendo, assim,

BioGene®, SM ,™ Marcas registradas e marca de serviços da Pioneer.

SMART maior segurança em uma atividade de risco como é a agricultura.

Consideramos que um material é estável quando, ao longo dos anos e dentro de determinada área geográfica, temos uma menor oscilação de produção, alcançando maior produção em anos mais favoráveis e mantendo produtividades relativamente boas em anos com condições adversas.

Vimos até agora que a boa produtividade de uma lavoura de milho será alcançada por meio do equilíbrio do potencial genético da semente, das condições edafoclimáticas da região e do manejo da lavoura. Considerando que a genética e o manejo estão sob nosso controle e têm importância determinante no resultado de produtividade, a escolha correta da semente pode ser a razão dos bons resultados no campo.

O adequado posicionamento da semente nos dará a condição de extrair o máximo de seu potencial. O posicionamento nada mais é do que individualizar cada produto (genética + tecnologia), buscando o máximo resultado com menores riscos, tendo como base as suas características particulares, suas limitações, diferenciais e sua resposta ao ambiente. A adequada interação entre ambiente, produto e manejo dará ao produtor uma grande vantagem na corrida por uma colheita farta.

Para cada situação, devemos fazer um diagnóstico para entender qual a necessidade, estrutura, nível técnico e mão de obra disponível, buscando identificar a expectativa de colheita, qual época indicada para plantar, que tipo de adubação será feita e o manejo fitossanitário que está programado. Além disso, deve-se buscar o histórico da lavoura, que híbridos o produtor costuma utilizar e qual sua finalidade. Podemos, assim, entender qual a opção de híbrido que melhor se adapta às condições descritas e que responde melhor de acordo com o manejo pretendido. Este processo de informação é o que denominamos como conceito do serviço SMART. Sabemos que as regiões de plantio apresentam ambientes diferentes, que os híbridos têm características diferentes e que as interações entre híbrido e ambiente podem ser positivas ou negativas. Um mesmo produto responde diferentemente em ambientes diferentes, e produtos diferentes respondem diferentemente em ambientes iguais, pois o resultado depende da interação produto x ambiente x manejo, reforçando que produto e manejo estão sob nossa responsabilidade. Para ter maior chance de sucesso, temos que escolher o material que apresente o maior número de comportamento favorável, obtendo, assim, maior estabilidade.

Tendo em nossas mãos o controle da escolha da semente adequada e do manejo, cabe agora entender como podemos minimizar os riscos do ambiente, observando os principais pontos de atenção, como temperatura, distribuição de chuva, altitude, principais doenças e insetos e qual a frequência e intensidade que ocorrem esses eventos. Adotando essas medidas, é possível identificar quais os possíveis gargalos e como poderemos minimizá-los por meio da semente adequada, das tecnologias e práticas de manejo. Desta forma, é possível extrair o máximo da interação entre produto e ambiente, determinando com maior segurança o equilíbrio entre produtividade e estabilidade, o que permite o melhor resultado dentro de um determinado ambiente.

Para todas essas definições, o agricultor pode contar com o suporte da equipe BioGene, representantes comerciais capazes de fornecer as melhores orientações de maneira simples e objetiva.

Por intermédio de seu Serviço de Manejo e Recomendação Técnica (SMART), a BioGene orienta e capacita os agricultores a obter os melhores resultados do plantio à colheita.

MERCADO

Perspectivas para o mercado do milho na safra 2014/15 Por Leonardo Sologuren

Engenheiro agrônomo, mestre em Economia e sócio-diretor da Clarivi Consultoria

28,6 19,8 MILHÕES DE TONELADAS

O mercado do milho iniciou o ano de 2014 registrando recuperação nos níveis dos preços no mercado doméstico. O forte movimento das vendas externas brasileiras ajudou a enxugar os estoques de passagem, que se mostravam altos no ano passado. Em 2013, o Brasil bateu novo recorde de exportação, alcançando um volume total de 26,1 milhões de toneladas.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE MILHO

10,8 9,5

7,8

6,4

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Fonte: Secex | Elaboração: Clarivi

Neste contexto, o preço do milho, em Mato Grosso, saltou de R$ 11,63 a saca, praticado em outubro do ano passado, para R$17,73 a saca, praticado em maio deste ano, ou seja, uma valorização de 47,3%.

Sem dúvida, há um novo desenho na geografia de produção do Brasil. A segunda safra se consolida como a principal, e o Mato Grosso se confirma como o maior produtor de milho. Do volume total exportado pelo Brasil, no ano passado, o Mato Grosso foi responsável por 59% da quantidade embarcada.

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| BioGene Informa

“A SEGUNDA SAFRA É A PRINCIPAL, E O MATO GROSSO É O MAIOR PRODUTOR DE MILHO NO BRASIL.” Esta mudança na geografia de produção vem alterando a forma de se analisar esse mercado. Os produtores do Centro-Oeste se dedicam cada vez mais a elevar a produção de milho visando a exportação. Mas a elevação do preço da soja também tem sido responsável pelo crescimento da área cultivada com o cereal na segunda safra.

Os altos preços praticados na oleaginosa encorajaram os produtores brasileiros a aumentar a área plantada com soja no verão em detrimento da área de milho. No Centro-Oeste, a capitalização dos agricultores

em razão das excelentes safras colhidas nos últimos anos, aliada aos preços praticados na venda da oleaginosa, estimulou o incremento da área com milho na segunda safra.

Sem dúvida, o quadro de estoques apertados de milho no mundo, em decorrência da quebra da safra norte-americana na campanha agrícola 2012/13 ajudou a estimular as vendas externas por parte do Brasil. Mas o que se observa é que o país está passando, de fato, a se consolidar como um importante player no mercado internacional.

“O PAÍS ESTÁ SE TORNANDO UM IMPORTANTE PLAYER NO MERCADO INTERNACIONAL.” Na safra 2003/04, a participação do Brasil nas exportações mundiais de milho era de apenas 5,8%. Na safra 2013/14, essa participação saltou para 16,4%, e na campanha agrícola 2014/15, projeta-se uma participação de 17,3%.

PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NAS EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE MILHO 16,4%

17,3%

12,0%

5,8%

0,1%

0,3%

1994/95

1999/00

2003/04

2009/10

2013/14 Fonte: Secex

2014/15 Elaboração: Clarivi

Apesar dos problemas de infraestrutura no Brasil, o país vem melhorando sua competividade no mercado internacional. É verdade que a desvalorização do real perante o dólar ajuda a tornar o produto brasileiro mais competitivo, mas o escoamento do grão por intermédio dos canais do Norte também tem sido uma fonte de aumento da competitividade. No ano passado, 1,26 milhão de toneladas de milho foram escoadas pelo Porto de Santarém, ao passo que, em 2012, apenas 381 mil toneladas haviam sido embarcadas desse porto.

O crescimento da demanda global por milho justifica o aumento da produção brasileira. Nos últimos cinco anos, o consumo mundial do cereal registrou um crescimento de 123 milhões de toneladas.

Poucos são os países com estoques suficientes para atender à demanda. Tanto é verdade que as exportações globais de milho são muito concentradas. Na safra 2013/14, os quatro principais exportadores de milho (EUA, Brasil, Ucrânia e Argentina) devem responder por 83% das exportações mundiais. O aumento da produção brasileira por meio da segunda safra tem permitido ao Brasil elevar os seus estoques e participar com maior intensidade do mercado internacional.

“O CONSUMO MUNDIAL DE MILHO REGISTROU UM CRESCIMENTO DE 123 MILHÕES DE TONELADAS NOS ÚLTIMOS 5 ANOS.” O aumento recente dos preços do milho deve motivar, mais uma vez, o produtor brasileiro a investir na segunda safra. Ao que tudo indica, poderemos ter mais um semestre com preços remuneradores para a soja, os quais devem estimular o agricultor, principalmente do Centro-Oeste, a investir na segunda safra de milho.

“PRODUTORES BRASILEIROS POSSIVELMENTE INVESTIRÃO NA SEGUNDA SAFRA DE MILHO.”

Analisando o preço atual praticado na Bolsa de Chicago, e considerando um preço do dólar a R$ 2,45 (referência BM&FBovespa contrato maio/15), a paridade de exportação para o milho no Oeste do Paraná seria de R$ 23,20/saca para maio de 2015. Já para o Mato Grosso, a referência seria de R$ 16,30/saca, considerando o milho originário da Região Médio-Norte, com destino a Santos (SP).

Obviamente que esses preços dependerão tanto da produção norte-americana quanto da taxa de câmbio no Brasil. Tais variáveis apresentam um comportamento muito volátil. De acordo com as projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), a produção estadunidense de soja deverá alcançar cerca de 354 milhões de toneladas na campanha agrícola 2014/15 que, se confirmada, seria uma produção recorde. No entanto, para se alcançar esse volume, o clima nos Estados Unidos terá que ser favorável durante todo o ciclo produtivo. Como os estoques do cereal ainda se encontram apertados nos Estados Unidos, qualquer problema climático que venha a comprometer o potencial produtivo deverá ocasionar uma reação de valorização nos preços internacionais.

No caso da taxa de câmbio, a desvalorização ou não do real dependerá da recuperação da economia norte-americana e, como consequência, das ações que serão adotadas pelo Federal Reserve (Banco Central dos EUA). Se, de fato, a taxa de desemprego cair aos níveis esperados pelo FED, então a instituição deve optar por acelerar a redução dos estímulos monetários. Tal redução deve elevar as taxas de juros na maior economia mundial, o que levaria os investidores a alocarem o seu capital em títulos do tesouro norte-americano em detrimento dos países emergentes. Essa mudança na alocação do capital tende a elevar a cotação do real diante das demais moedas.

No sentido contrário, caso a recuperação dos Estados Unidos ocorra em ritmo mais lento, então é provável que os juros não devam se elevar, limitando, assim, a valorização do dólar.

Sem dúvida, ainda há muitas variáveis a serem definidas, mas o fato de o Brasil estar se consolidando como um importante player no mercado internacional, torna a perspectiva de produção do milho no Brasil muito promissora.

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