Ana Luísa Sanches- Artista Plástica

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PORTFOLIO

LUÍSA SANCHES

ARQUITETA E ARTISTA PLÁSTICA

Apresentação

O desenho e a pintura sempre foram para mim como um refúgio, pois com eles tornava-se possível suplantar a própria realidade e criar universos ilimitados. Frequentei a área de Artes Visuais durante o ensino secundário, onde completei a técnica do desenho, da geometria, da pintura e História da Arte – indispensáveis para uma base artística inicial. Mais tarde estudei Arquitetura, na Universidade Lusíada de Lisboa, o que me levou a olhar para a Arte de uma diferente perspetiva, menos figurativa e mais simbólica. A experiência que tive como aluna do pintor Rui Carruço no Atelier Internacional de Belas Artes em Lisboa foi também fundamental na minha evolução artística. O surrealismo e o cubismo são os meus principais temas de inspiração.

Posso dizer que a profissão de arquitetura reflete-se nas minhas criações artísticas de um modo transversal, tendo resultado em composições geométricas e neo-cubistas.

A TOURADA
2000 / 80x100cm
Acrílico sobre Tela

2014 / 50x70cm

INTERPRETAÇÃO DE CÉZANNE
Acrílico sobre Tela
OS GALOS
2022 / 60x60cm
Acrílico e pastel de óleo sobre Tela
CHAFARIZ DO CARMO
2015 / 50x70cm
Acrílico sobre Tela
CECI N’EST PAS UNE VACHE
2000 / 50x70cm
Acrílico sobre Tela

SÉ-CATEDRAL

2016 / 36x70cm

e Pastel de óleo sobre Tela

Acrílico

DA LIBERDADE

DANÇA
2015 / 120x60cm
Acrílico sobre Tela

MAR PORTUGUÊS

1,40 x 0,70m
Acrílico e Pastel de Óleo sobre tela

“MAR PORTUGUÊS”

Conceito

O Mar domina a cor e a composição desta criação inspirada na história de Sines: duas personagens míticas da cidade dividem a tela em duas partes, São Torpes, que aqui foi enterrado, e Vasco da Gama, que aqui nasceu.

Noite/Morte - representadas por São Torpes, que se converteu ao Cristianismo depois de ter conhecido pessoalmente o apóstolo São Paulo, e por professar a sua Fé cristã numa sociedade pagã da Roma antiga de Nero, foi mártir, tendo sido cortada a sua cabeça e o seu corpo jogado ao Mar numa barca, velado por um Cão e um Galo, que no final da sua viagem veio parar à praia de São Torpes, em Sines. Aqui descansou.

Dar rosto a um mártir que faz parte da história de Sines é um desafio, sendo que a intenção foi dar-lhe uma expressão de paz e realização pessoal pois, apesar de ter sido derrotado pela morte, venceu espiritualmente, sagrado pelas águas do mar vicentino.

Dia/Vida - Vasco da Gama, o nosso navegador e explorador, que aqui nasceu e viveu até aos 12 anos, quando recebeu a Tonsura da Ordem de Santiago, cuja cruz se encontra gravada no seu próprio braço e que em simultâneo funciona como geratriz de toda a composição da pintura, como se de uma bússola se tratasse.

O jovem Vasquinho, com um olhar firme e confiante, aponta para Oriente, num gesto premonitório da Descoberta que se iria um dia revelar.

Toda a geometria da composição teve como inspiração a base do mapa original que a própria frota de Vasco da Gama usou na expedição até à Índia, dividido em 5 faixas horizontais e linhas diagonais que partem de pontos geográficos importantes marcados no mapa.

Por último e não menos importante, um poema de Fernando Pessoa dá voz a esta pintura, com o "Mar Português" que lhe dá o nome.

AMOR E PANDEMIA
1,60 x 0,80m
Acrílico sobre tela
MURAL DA PAZ
1,40 x 0,70m
Acrílico e Pastel de Óleo sobre tela
MURAL DA PAZ
FOTOS
“MURAL

DA PAZ”

Conceito

Guerra e Paz, é o que esta obra representa em duas frentes, como num combate cuja vitória resulta numa libertação.

Um soldado de pose altiva e orgulhosa divide a composição do painel: é por meio dele que, à esquerda, se faz o combate, representado por um soldado em pleno conflito, estruturado por linhas retas, rígidas e "desumanizadas", que em conjunto com ele desenham em segundo plano um perfil montanhoso - em homenagem ao Regimento de Artilharia de Montanha nº 5, que combateu em África.

À direita do soldado central, apresenta-se uma composição mais orgânica, leve e "humanizada", de cariz comemorativo, representante da Paz em que todo o conflito da Grande Guerra culminou e de que resultaram as merecidas condecorações: Cruz de Guerra da 1.ª classe - atribuída ao Regimento de Infantaria n.º 22, que combateu em França - bem como a Comenda da Ordem

Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, atribuída ao Grupo Misto Independente de Artilharia Montada n.º4, do Regimento de Artilharia de Montanha n.º 5 - cujas medalhas figuram da composição do presente painel.

Inspiradas na magnífica forma estrelada da referida medalha da Ordem Militar da Torre e Espada, pontuam num céu estrelado o número dos nossos heróis portalegrenses que morreram pela Paz.

Cada recorte de cada estrela representa o vazio que cada um destes militares significou para as suas famílias, e em simultâneo, um céu cheio, muito cheio de beleza e Paz que culmina numa Pomba, cuja forma ganha vida ao soltar-se do próprio metal.

Pretende-se com esta obra dignificar os feitos dos nossos militares, em agradecimento coletivo destes cidadãos que hoje em paz vivem, e em paz agradecem.

NIPONIC SOUL

2012 / 50x80cm
Acrílico sobre Tela
“Tudooquepodeserimaginadoéreal” PaploPicasso

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