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de P E R N A M B UC O DIARIOd
economia
Recife, DOM - 11/05/2014
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Abastecimento tem primo rico e primo pobre TERESA MAIA/DP/D.A PRESS - 13/9/11
Indústrias do Norte não têm o mesmo fornecimento de água que as instaladas no Sul, em especial as do Complexo de Suape ANDRÉ CLEMENTE andreclemente.pe@dabr.com.br
A
industrialização do Litoal Norte serviu para os governos federal e estadual como a hora de pôr em prática um formato diferente de levar infraestrutura sem atropelos, ocorridos com o desenvolvimento do Litoral Sul, principalmente de Suape. Em alguns pontos, o exemplo não rendeu bons frutos. Goiana, por exemplo, tem polos industriais anunciados há anos, como o Farmacoquímico e o Vidreiro, nos quais não há sequer abastecimento de água. E as indústrias já em atividade talvez tenham que esperar muito pelo serviço. Neste quesito básico, as indústrias do Complexo Industrial Portuário de Suape, na Mata Sul, já são atendidas com folgas. Dois projetos compõem o sistema de abastecimentos dos polos que ainda não recebem água. As obras do sistema externo, de responsabilidade da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), deveriam ser concluídas em abril, mas não foram finalizadas. Já o sistema interno, de responsabilidade da AD Diper, ainda é incógnita quanto ao prazo de entrega. “O projeto está em elabora-
Indústrias do Complexo de Suape, na Mata Sul, já são atendidas com abastecimento ção pela Projetec e deve ser concluído em até 40 dias”, explicou o presidente da AD Diper, Jenner Guimarães. “A obra deve durar 90 dias, mas há uma pendência. Estamos negociando para que a Compesa assuma também a etapa da obra interna para evitar demoras com processo licitatório, que são obrigatórios, caso a AD Diper venha a construir”, complementou. A Compesa afirmou que as conversas ainda não definiram quem vai ser responsável pelo construção. A água partirá de cinco poços já perfurados e seguirá por uma adutora (sistema externo) até um reservatório central, onde será conectada
toda a rede de tubulação para as empresas (sistema interno). A adutora terá 11 quilômetros de extensão e diâmetro de 250 milímetros. A obra vai custar R$ 6 milhões ao estado. O bloco interno do sistema não tem orçamento. A Projetec foi contratada para fazer o projeto interno, que precisou ser superdimensionado. O que existia foi produzido em 2009, pela ATP Engenharia, e contemplava apenas a demanda de água da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), na época, única confirmada para o local. A localização do antigo sistema ficaria onde está já inaugurada Vivix - Vidros Planos.
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Estamos negociando para que a Compesa assuma também a etapa da obra interna” Jenner Guimarães, presidente da AD Diper