Jc 05122013

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economia

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Compesa investirá R$ 1,12 bi A

Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai investir R$ 1,124 bilhão no próximo ano. Quase a metade desse total será empregada na Adutora do Agreste, cuja implantação deve demandar um gasto R$ 650 milhões em 2014 com a instalação de mais 250 km de tubos. Do total previsto, R$ 843 milhões serão bancados pelo governo federal, R$ 224,8 milhões sairão dos cofres do Estado e R$ 56,2 milhões da própria estatal. Em 2013, a estatal deve fechar o ano com investimentos da ordem de R$ 670 milhões em várias iniciativas de ampliação do abastecimento de água e implantação de sistemas de tratamento de esgoto. Os recursos investidos este ano também incluem verba da União, do Estado e da estatal. Pelo menos R$ 130 milhões foram empregados na implantação dos primeiros 80 km da Adutora do Agreste, a maior obra hídrica em construção no Estado depois da transposição de águas do Rio São Francisco. A ordem de serviço desse empreendimento foi assinada em junho último. Até o final deste ano, devem estar implantados mais de 80 km de tubulação. A primeira etapa da adutora deve ser concluída em 2015. “A dificuldade da obra é de quem faz. Agora, há muita discussão sobre de quem é a obra”, disse o presidente da Compesa, Roberto Tavares, numa coletiva de imprensa realizada ontem na qual ele

q Saiba mais

650

milhões de reais devem ser usados para custear a instalação de mais 250 km de tubos da Adutora do Agreste em 2014

4,5

bilhões de reais é quanto será investido na RMR em função da PPP que pretende sanear 100% da área em 12 anos

apresentou um balanço de 2013. A discussão sobre a paternidade de algumas obras passou a ocorrer com mais frequência depois que o governador Eduardo Campos (PSB) deixou a base aliada do PT com a intenção de concorrer a presidente na eleição de 2014. Ainda na mesma coletiva, Tavares voltou a dizer que os recursos (federais) empregados nas obras são gerados com taxas, impostos e “pertencem ao povo brasileiro, embora esteja nas mãos do governo federal”. Na mesma entrevista, ele falou de outras iniciativas já lançadas pela empresa que continuarão em obras em 2014. Uma delas é a Adutora do Siriji, na Mata Norte, que deve levar água a sete cidades. Esse sistema é importante por-

que a última estiagem trouxe muitos danos a vários municípios daquela região. Outras obras que estão incluídas dentro dos investimentos previstos para 2014 são: a Adutora do Chapéu, na qual serão gastos R$ 70,8 milhões; a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto do Cabanga que demandará um gasto de R$ 44,6 milhões; a setorização da água na Região Metropolitana do Recife, que custará R$ 23 milhões; a implantação de um sistema de abastecimento de água em Surubim no valor de R$ 17,7 milhões; uma Adutora em Porto de Galinhas que demandará um gasto de R$ 17,5 milhões, além de uma ampliação do sistema de abastecimento de Olinda que ficará em R$ 17 milhões. Nos investimentos previstos para 2014, serão implantadas outras melhorias com custos menores a R$ 15 milhões. As 14 cidades que fazem parte da Região Metropolitana do Recife e Goiana receberão mais investimentos em saneamento como consequência da PPP que pretende sanear 100% desses municípios num período de 12 anos. Para isso, serão implantados 44 sistemas, dos quais 17 serão feitos pelo poder público e 24 pela concessionária Foz que está à frente da implantação desse serviço. Essas obras demandarão um investimento total R$ 4,5 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão do poder público e R$ 3,4 bilhões bancados pela concessionária.

Hélia Scheppa/JC Imagem/11-1-2012

INFRAESTRUTURA Os recursos serão gastos em sistemas de água e esgoto. União deve bancar R$ 843 milhões do valor total

SERVIÇO O orçamento da Compesa para o próximo ano ainda inclui obras no Grande Recife


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