Ă gua melhor
Compesa faz parceria com UFPE para reduzir problemas de ĂĄgua e esgoto. k cidades 5
cidades cidades k ciência/meio ambiente www.jconline.com.br/cma
Laboratório para águas e esgotos
TECNOLOGIA Parceria entre a Compesa e a UFPE deve viabilizar ações que reduzam problemas como vazamento e aferição de consumo e permitam análises mais eficientes Compesa/Divulgação
P
ernambuco irá desenvolver novos estudos e tecnologias em água e esgoto. O laboratório L’aqua, primeiro do Estado para essa área, nasce de uma parceria entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a Universidade Federal de Pernambuco, através do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG). O prédio será construído em uma área de mil metros quadrados no câmpus da UFPE no Recife. A construção será iniciada em seis meses, período em que a Compesa levará para desenvolver o projeto do prédio e captar recursos para a obra. A previsão é que as primeiras pesquisas sejam iniciadas em 2015. O protocolo de intenções para a implantação do L’aqua será assinado hoje na reitoria da UFPE. O valor do investimento ainda não foi calculado. Uma das principais atribuições do L’aqua será o desenvolvimento de produtos, serviços e tecnologias que resultem na melhoria de problemas como vazamentos, aferição de consumo, mapeamento das redes de água e esgoto e análises químicas, físicas e biológicas mais eficientes da água. “Teremos a área de hidrometração, com testes em hidrômetros para evitar perdas de consumo individual e na rede”, explicou o diretor comercial da Compesa, Franklin Azoubel. “Hoje, para avaliarmos um vazamento, precisamos escavar, causando danos nas ruas, procurando o local do vazamento. Mas existem novas tecnologias que permitem fazer um raio-X da área e precisar o local do problema. Isso vai facilitar o andamento das obras e diminuir o impacto no trânsito. E a UFPE tem expertise e
DECISÃO Protocolo será assinado hoje e pesquisas estão previstas para começar em 2015
q Saiba mais
1,68
milhão é o número de clientes que a Compesa atende no Estado, somando mais de 7 milhões de pessoas
22
mil litros de água por segundo é a produção da Compesa, o suficiente para encher 22 caixas-d’água com mil litros cada
soluções para resolver problemas cotidianos”, acrescentou. A Compesa estima que cerca de 40% da água da rede sejam desviados ou roubados. Desse percentual, 10% a 15% são desviados para uso da população. A área de pesquisas vai abordar, também, a análise da qualidade da água. “Hoje, por exemplo, não temos como estudar a retirada de produtos químicos que colocamos na água. Com o laboratório, isso será possível”, informou Azoubel. Atualmente, a Compesa possui um laboratório no bairro de Dois Irmãos que faz testes em amostras de água, mas atende apenas a parte operacional da empresa. O novo laboratório poderá prestar serviços para outros Estados. No Brasil, existem três laboratórios de pesquisa com porte semelhante ao que será construído em Pernambuco, localizados em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. “Pode-
remos oferecer serviços para companhias de água e esgoto de outros estados, principalmente do Norte e Nordeste”, destacou Azoubel.
HABILIDADES
“O novo laboratório vai integrar a solução de problemas e se concentrar nas várias habilidades e problemas reais enfrentados no cotidiano por uma empresa grande, como é a Compesa. Queremos propor um aprimoramento de serviços e melhorias no sistema. Também é um meio de aproximar a pesquisa acadêmica, desenvolvida na universidade, da necessidade da sociedade, como já ocorre em outros departamentos, como os da área de saúde, que possuem hospital e farmácia para atendimento à população”, declarou o professor do Departamento de Eletrônica e Sistemas, Frederico Dias Nunes.