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Pernambuco receptivo E
ntre os mais importantes setores da economia de serviços, o turismo precisa de estímulos para ser desenvolvido, além do envolvimento da população e do empresariado local na acolhida aos visitantes. Mesmo depois que um destino se torna sustentável, dotado de reconhecida infraestrutura e fama, a manutenção da qualidade na recepção deve continuar, para que os efeitos positivos se mantenham e rendam novos frutos. Foi com base nessa necessidade que Pernambuco participou da World Travel Market (WTM) Latin America, em São Paulo. O evento reuniu 17 mil pro-
fissionais do setor, que circularam nos estandes de 1,3 mil expositores de 60 países. Com o objetivo de atrair o olhar desses profissionais para o nosso Estado, mais de 50 reuniões com representantes do trade turístico foram feitas, articuladas pela Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur). Acordos com agências operadoras de outros países foram engatilhados. Também foi firmada na ocasião uma parceria com a empresa aérea Azul, para divulgação de Pernambuco em cidades que terão novos voos da companhia para o Recife. A presença em três locais na feira,
com estande institucional, um café e espaço para entrar em contato com os agentes selecionados pelo evento, apostou na estratégia de intensificação da exposição. O secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões, também estava lá, com a missão de expandir o interesse do trade chamando a atenção para os novos equipamentos da capital, como o Paço do Frevo e o Cais do Sertão. Além do Recife, foram destacados destinos como Fernando de Noronha, Porto de Galinhas e Carneiros. Durante o WTM Latin America foi lançada uma ação conjunta pelos nove Estados nordestinos. É o aplicativo
Curta Nordeste, inspirado no aplicativo Curta Pernambuco, criado pela Empetur. A ideia é fazer com que a marca Nordeste ganhe mais relevância do que as estaduais, a exemplo do que acontece no Caribe. Nos aplicativos, podem ser encontradas informações relativas à agenda cultural, roteiros, hotéis e restaurantes disponíveis. Segundo a Empetur, dados do Ministério do Turismo apontam que 55% dos turistas brasileiros querem vir ao Nordeste, num percentual três vezes maior do que o atribuído a outras regiões. Esta semana, a Equipotel Nordeste, no Centro de Convenções, terá 350 estandes
voltados para a geração de negócios, e espera um público de 13 mil pessoas. Estudo recente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) estima que 9,5% da economia global é movimentada pela atividade turística. No Brasil, o número oficial é de 9,2% do PIB, ou quase R$ 444 bilhões. O País é a sexta economia do turismo no planeta, apesar dos gargalos de infraestrutura que demandam investimentos. Pernambuco tem tudo para participar do crescimento vislumbrado para os próximos anos, com a realização de eventos esportivos como a Copa, em junho, e as Olimpíadas, em 2016.