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economia

Além da distorção, a pobreza das famílias

MUNICÍPIOS Mais de 60% das famílias que moram nas cidades relacionadas no estudo têm renda per capita de apenas um salário mínimo. Maioria é de crianças e jovens k Continuação da página 1

O

s dados acerca das cidades que integram o g100 são mais negativos que a baixa receita corrente. De acordo com o estudo da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), 64% das famílias que residem nas cidades da lista possuem renda per capita de, no máximo, um salário mínimo. Ainda dentro desse grupo, 1,664 milhão de pessoas estão em situação de extrema pobreza, ou seja, vivem em famílias com renda de até R$ 70 por mês. Para reforçar a condição de cidades-dormitórios, mais de 25% dos trabalhadores que moram em em cidades do g100, trabalham em outra cidade. Outro dado importante

Saúde, saneamento e educação: áreas esquecidas é a maior presença de crianças e jovens, pressionando os investimentos e despesas com educação por parte dos municípios. Há um resultado direto nos valores investidos por aluno. em 2011, por exemplo, as cidades do g100 aplicaram R$ 3.372,94 por estudante, enquanto cidades com mais de 80 mil habitante se melhor desempenho da receita, aplicaram R$ 5.199,23.

“Na melhor das hipóteses, sem aportes extraordinários concentrados no grupo, a defasagem dos investimentos por aluno seguirá por todo o período de educação fundamental das crianças que estão atualmente na escola, assim como aquelas que ingressarão em um ou dois anos”, resumiu o cenário no texto do estudo a FNP. Nesse quesito há o exemplo de uma medida compensatória de curto prazo que pode ser ampliada pelo governo federal, cita a diretora da Aequus, Tânia Vilella. “O Ministério da Educação, ainda na gestão de Fernando Haddad, previu maior implantação de escolas técnicas para os municípios do g100”, lembra. Justamente por terem as receitas mais combalidas, as ci-

dades do g100 dependem mais de recursos federais para tocar investimentos em saúde. Outro grande desafio das cidades é a coleta e tratamento de esgoto. Em situação próxima ao do Estado, no número de cidades integrando a ingrata a lista do g100, somente Minas Gerais e Pará, com 11 cada. Roraima, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Alagoas e Acre não têm nenhuma cidade considerada de médio porte e com receita aquém do necessário.

q Mais na web Veja estudo completo no www.jconline.com.br/economia


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