economia
Cresce boicote médico contra o plano Camed
SAÚDE Médicos angiologistas, cirurgiões vasculares e endovasculares deixam de atender consultas de clientes da operadora engrossando movimento do sindicato
P
or causa de uma quebra de braço entre médicos e o plano de saúde Camed Vida, 48,6 mil clientes da operadora – que estão há mais de um mês sem poder marcar exames de radiologia e ultrassonografia – serão afetados a partir de hoje com a suspensão também dos atendimentos eletivos (isto é, as consultas e procedimentos agendados diretamente com os consultórios) de angiologistas, cirurgiões vasculares e endovasculares. Em reunião ontem com a Comissão de Honorários Médicos de Pernambuco, profissionais destas três especialidades aderiram ao movimento contra o plano. O atendimento só será oferecido nas urgências, emergências e em casos específicos, como quimioterapia. O presidente da Comissão de Honorários Médicos de Pernam-
k SPC diz que metade do País é devedor Como a cada dia, por força do cartão de crédito, menos pessoas definem suas compras a crédito com base em consultas em bancos de dados do setor de comércio, as companhias do setor se esforçam para a produzir informações conjunturais sobre o comércio. Algumas se revelam bem estranhas. Ontem, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, que gerencia o SPC Brasil, estimou que, “ao fim de fevereiro, havia no Brasil 52 milhões de consumidores (metade da PEA) que deixaram de pagar, pelo menos, uma dívida nos últimos cinco anos”. Sim, mas e daí?
Beneficiários já estão sem radiologia e ultrassonografia buco e coordenador nacional das Comissões Estaduais de Honorários Médicos pela Associação Médica Brasileira (AMB), Mário Lins, afirma que, após a categoria rejeitar redução de 20% nos preços da tabela de honorários, o plano passou a fazer descredenciamentos “unilaterais” de clínicas de imagem. Já o Camed Vida argumenta que o contrato foi encerrado com quatro das 25 unidades conveniadas para readequar a rede, já que a
empresa deixou de comercializar planos individuais. A operadora ainda diz que o descredenciamento atendeu às exigências, portanto, avaliou o movimento como “ilegal”, classificação rechaçada pelo representante dos médicos. “Foi chamada uma assembleia. Estão botando uma pecha que não nos cabe. É um movimento legítimo, que não é contra o usuário, mas, sim, contra a operadora, que está desrespeitando a categoria”, comentou Mário Lins. Em nota divulgada na tarde de ontem, o Camed Vida disse que não havia sido informado sobre qualquer suspensão de atendimento. “Assim que essa comunicação for diretamente efetuada, o Camed Vida estará à disposição para diálogo”, completa o texto. Segundo a Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS), com a suspensão, a operadora é obrigada a oferecer aos beneficiários outra opção para o atendimento de exames e consultas. Em entrevista ao JC na última quarta (12), a diretora de Promoção e Assistência à Saúde do Camed, Emanuella Faheina, orientou os usuários a marcar os exames e consultas diretamente com a operadora, através das unidades físicas de atendimento, do site (www.camed.com. br), que dispõe de um canal de comunicação online, ou da central de atendimento (0800-704-7886). Qualquer irregularidade relativa a planos de saúde pode ser denunciada à ANS por telefone (0800-701-9656), pelo site da agência (www.ans.gov.br) ou presencialmente em um posto de atendimento.
ceu nos Estados Unidos, onde o Dow Jones encerrou em baixa de 1,41%, aos 16.108,89 pontos, o S&P caiu 1,17%, aos 1 846,34 pontos, e o Nasdaq registrou perdas de 1,46%, aos 4 260,42 pontos. O dólar, após passar toda a manhã em baixa diante do real, voltou a terminar com valorização, mais uma vez afetado pelo ambiente externo. A virada da moeda dos EUA ocorreu concomitantemente à piora importante nas bolsas norte-americanas, o que também afetou a Bovespa, com o dólar ganhando algum fôlego ante as demais divisas emergentes. As incertezas sobre a condução da política monetária do Fed, após três diretores da instituição falarem ontem, também ajudou a puxar a moeda dos EUA ante o real, que terminou com valorização de 0,21% no mercado à vista de balcão, cotada a R$ 2,3650. Nos juros, ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em julho de 2014 (46.315 contratos) tinha taxa máxima de 10,81%, de 10,79% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2015 (204.400 contratos) projetava 11,15%, de 11,11% na véspera.