política
Eduardo na mira de ações do PT e PP maraujo@jc.com.br
U
ma ação articulada entre dois parlamentares cobrou, ontem, pedidos de informação ao governo do Estado. Na Assembleia Legislativa, o líder da oposição, Sérgio Leite (PT), oficializou um pleito sobre as obras que a gestão Eduardo Campos (PSB) está realizando em parceria com a União. Já na Câmara Federal, o deputado Eduardo da Fonte, líder do bloco PPPROS, enviou ao presidente da Compesa, Roberto Tavares, um pedido de prestação de contas a respeito da perda de receita da companhia. Segundo Sérgio Leite, há cerca de três mil obras que contam com recursos federais e estão em andamento em Pernambuco. “Na hora de executar as obras, o governo estadual se apropria como se fosse iniciativa própria. Isso é um jogo de marketing que precisa ser esclarecido”, disparou o petista. “Tudo que acontece em Pernambuco, o governo federal está presente, mas, muitas vezes, a parceria nem é citada nas placas das obras. E quando é, é tão pequena que ninguém percebe”, completou Leite. As cobranças irão aumentar
Chico Porto/JC Imagem/13-3-2006
Mariana Araújo
Clemilson Campos/JC Imagem
ELEIÇÃO Sérgio Leite e Eduardo da Fonte pedem informações sobre obras federais em Pernambuco e PPP da Compesa. Segundo Waldemar Borges, os números são públicos
DOBRADINHA Petista acusa jogo de marketing; progressista reclama de aumento nas contas na próxima semana, quando o vice-líder da oposição, Augusto César (PTB), deve protocolar um novo pedido de informações. Já Eduardo da Fonte argumentou que a adoção de uma Parceria Público-Privada (PPP) na Compesa aumentou a despesa da companhia, repassando esse déficit para as contas dos consumidores. “Não se justifica um aumento acima da inflação”, alegou. Este ano, o
reajuste chegará a 8,69%. Atualmente, o PT faz parte da oposição ao governo Eduardo e tende a apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro (PTB). Já Eduardo da Fonte, escanteado pelo PSB na chapa governista, vem se aproximando dos petistas através do ex-presidente Lula. O líder do governo na Assembleia, Waldemar Borges (PSB), informou que os dados solicitadas são públicos, mas
que irá entregá-los à oposição. “Também vou repassar as informações sobre atrasos nos repasses federais e paralisações. Talvez ele não tenha solicitado isso”, rebateu. Sobre a Compesa, Borges informou que o cálculo deste ano corresponde à revisão tarifária dos últimos quatro anos. Ele explicou que a PPP reduziu o reajuste, que seria 1% maior se não fossem os investimentos que serão aplicados na empresa.