política Maranhão: falência múltipla dos órgãos Beatriz Albuquerque balbuquerque@jc.com.br
O
quadro de insuficiência hepática do militante de esquerda Bruno Maranhão se agravou ontem à tarde, causando falência múltipla dos órgãos. Maranhão deu entrada no Hospital Memorial São José há duas semanas para realizar exames periódicos, mas precisou ser entubado e sedado. O fígado, os rins e os pulmões estão comprometidos. A equipe médica considera a situação “irreversível”. “Não há mais possibilidade de reversibilidade do quadro. Então, o que a gente tem feito é dar conforto. Ele está no respirador, sedado para não sentir dor e vamos fazendo o tratamento de acordo com as alterações que aparecem”, explicou a neurologista Silvana Rodrigues, entrevista à imprensa. Até o fechamento desta edição, às 23h30, o estado de Bruno Maranhão permaneceu inalterado.
A saúde do militante vem delicada desde julho de 2011, quando Bruno se queixou de uma fraqueza nas pernas associada a uma sensação de formigamento. Nesse ocasião foi diagnosticada a síndrome de guillain barré, uma inflamação de nervos e raízes que compõem os braços e as pernas. Ele foi internado e iniciou um tratamento, ao qual evoluiu bem. Porém, ao término do tratamento Bruno Maranhão teve um acidente vascular cerebral (AVC). “Foi um AVC devastador, de grandes proporções. Ele foi tratado na Unidade de Terapia Intensiva, mas o cérebro inchou (...), ele sofreu uma intervenção cirúrgica para o tratamento desse edema”, relatou Silvana, que o acompanha desde então. Maranhão recebeu alta após 3 meses e deixou o hospital com sequelas: sem movimentar o lado direito do corpo e articulando palavras com dificuldade. Ele ficou sendo tratado em casa até duas semanas atrás.