economia
Divulgação
Fiat capacita empresários na Europa
NEGÓCIOS Empresários locais vão em busca de oportunidades
A
italiana Fiat montou uma verdadeira ponte aérea entre a futura fábrica de Goiana e três unidades suas na Europa – duas no país sede e uma na Sérvia. O circuito de visitas já foi cumprido por instituições de ensino e autoridades pernambucanas, para o estudo e planejamento de políticas públicas para capacitar mão de obra local, por exemplo. Agora será rota de empresários pernambucanos em busca de aprender mais sobre o mundo automotivo, à procura de oportunidades de negócio. Representantes da metalmecânica estadual embarcam no próximo dia 5 para conhecer as operações da Fiat na Europa. A fábrica da Sérvia e as duas italianas são as mais recentes da Fiat, sem contar a unidade de Goiana. Por exemplo, elas têm o mesmo tipo de prensa (máquina que é o coração de uma montadora) que será usada na fábrica pernambucana. Para entrar na cadeia de for-
Representantes do Estado embarcam no dia 5/11 para Itália e Sérvia necimento dessa indústria, é preciso ser criativo e persistente, principalmente tendo em vista que é uma área dominada por gigantes que vão além das montadoras. Para se ter uma ideia, para construir sua unidade de Goiana, a Fiat foi buscar nos Estados Unidos a Wallbridge, com larga experiência em construir fábricas de automóveis. A americana fez consórcio com a brasileira Construcap. O complexo da Fiat chegará a R$ 7 bilhões em investimentos, sendo R$ 4 bilhões diretamente investidos na fábrica de
automóveis, de onde sairão até 300 mil veículos por ano. Mas o fornecimento de componentes para a linha de montagem será em tempo real, o que exige a criação de um polo de 15 outras fábricas no mesmo terreno: serão fornecedoras de autopartes como motores, bancos e faróis. Cada indústria dessa também terá seus próprios fornecedores, uma grande cadeia de componentes que, na ponta, oferece várias oportunidades. “Na área de embalagens, por exemplo, que tipo de oportunidades existem? Em Joinville, há o exemplo de fabricação de moldes de ferramentas, trabalho com injeção de plástico”, comenta Alexandre Valença, vice-presidente do Sindicato da Indústria Metalmecânica e Eletroeletrônica de Pernambuco (Simmepe). “O núcleo do carro, a carroceria, já tem o ciclo de fornecimento fechado. Mas é preciso
buscar oportunidades. Na fabricação de bancos, por exemplo, quem vai fabricar os tubos usados pelo fornecedor?”, afirma Valença.
BALANÇO
O Simmepe e a Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadores do evento, divulgaram ontem o balanço da 19ª edição da Fimmepe, feira conhecida como Mecânica Nordeste. A feira teve dois eventos paralelos, a conferência Pernambuco Petroleum Business (PPB), do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), e rodadas de negócio promovidas pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip). Nos quatro dias da edição 2013, semana passada, o Centro de Convenções recebeu aproximadamente 11 mil visitantes. As primeiras estimativas apontam para um volume de R$ 150 milhões movimentados nas rodadas de negócio durante o evento.