economia
Dez empresas buscam acordo
TRABALHO A greve dos operários começou 2ª feira. Ontem, várias construtoras procuraram o sindicato para fechar acordos
O
s operários da construção civil já estão logrando êxito com a greve iniciada na segunda-feira passada antes mesmo de o movimento de paralisação terminar. Durante o dia de ontem, o sindicato da categoria, Marreta, fechou acordo com cerca de 10 empresas de forma isolada. Segundo o vice-presidente do sindicato, Reginaldo Ribeiro, os acordos são iguais ao combinado na semana passada com a empresa que toca as obras da Fiat em Goiana. Ou seja, os operários estão fechando em 11% de reajuste, hora extra de 100% aos sábados e o vale alimentação de R$ 175 para levar para casa. Ou seja, além do café da manhã e almoço que as construtoras pagam parcialmente nos canteiros, eles poderão levar para casa o vale.
Para o sindicato, a estratégia é positiva. “As empresas têm interesse de continuar trabalhando e chegam para negociar. Isso é bom, pois mostra que tem empresa no setor com condições de pagar o aumento. Várias construtoras estão nos ligando para fazer o acordo. Isso enfraquece a posição do Sinduscon (sindicato patronal) de não querer sentar na mesa de negociação”, comentou Ribeiro. Entre as construtoras que fecharam acordo ontem estão as firmas que trabalham para empresas que têm interesse de iniciar logo suas atividades comerciais. “Já fechamos com a construtora que está erguendo o shopping de Vitória, outra da fábrica de vidro de Goiana e uma outra de São Paulo que está construindo o supermercado Todo Dia em Paulista”, enume-
rou. Somando essas três obras, cerca de 1.600 homens voltam ao trabalho na manhã de hoje. O sindicato espera que novos acordos sejam fechados durante o dia de hoje. Os diretores do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) foram procurados ontem, mas não foram localizados para comentar a estratégia do Marreta. De qualquer forma, os patrões ainda não chegaram a um acordo com a categoria e a greve continua hoje, completando três dias de paralisação. Atualmente a categoria tem um piso de R$ 1.001 para os profissionais, que são aqueles homens com qualificação em atividades como pedreiro, carpinteiro, gesseiro, armador, e de R$ 752,40 para os serventes, aqueles que não têm qualificação.