Parque Ecológico Habitat - A paisagem como infraestrutura socioambiental

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PARQUE ECOLÓGICO HABITAT A PAISAGEM COMO INFRAESTRUTURA SOCIOAMBIENTAL


Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Curso de Arquitetura e Urbanismo | 2020.1 Projeto Final | ARQ1110

por Bruna Nasser Farah

Professor orientador PIERRE-ANDRÉ MARTIN


1. INTRODUÇÃO Tema Justificativa Metodologia

2. ANÁLISE DO CONTEXTO Regional Municipal Região da Barrinha Bairro Habitat

3. ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO Objetivo Sistema Agroflorestal Rede de tratamento de paisagens Definição do recorte Diretrizes projetuais da Área de influência Diretrizes projetuais da Área de intervenção Síntese

4. PROJETO PARQUE ECOLÓGICO HABITAT Plano de massas Composição arbórea Percursos Zona de manejo de água Zona de produção Zona esportiva e institucional Zona de Tratamento

5. BIBLIOGRAFIA

ÍNDICE


TEMA Requalificação urbana / Valorização da comunidade / Recuperação ambiental / Gestão de águas pluviais O presente trabalho consiste em repensar o bairro Habitat, em Três Rios, como um local ativo no município com funções socioambientais que incluem a valorização da cidadania e o equilíbrio com a natureza. São previstos padrões sustentáveis de uso da terra com alta diversidade biológica para regenerar as funções ecossistêmicas e humanizar o território,

DIREITO À CIDADE

= DIREITO AO MEIO AMBIENTE

Monotonia, repetição de tipologias e degradação ambiental. Fonte: Acervo pessoal.


JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento socioeconômico das cidades implica em um crescimento direcionado para terras baratas e sem urbanidade, ou seja, pouco atrativas para o mercado imobiliário formal devido à falta de acesso aos serviços urbanos básicos. A periferização desses empreendimentos prejudica sua estrutura de transporte público, saúde, emprego, educação e outras questões sociais. Além da localização distante dos centros urbanos e o desconhecimento das necessidades dos usuários, a produção capitalista de habitação prevê uma relação pretadória com o meio ambiente e dessa forma, não assegura o acesso à moradia digna para a população, pois produzem locais insalubres e sem segurança, suscetíveis à inundações e deslizamentos de encostas, por exemplo. Cenário do Bairro Habitat (2013). Fonte: Prefeitura de Três Rios.

“A questão fundiária está por trás da insus-tentabilidade ambiental e da falta de equidade que caracterizam o uso e a ocupação do solo nas cidades brasileiras. A dificuldade de acesso à terra urbanizada, em particular, pode ser considerada o núcleo do problema da habitação de baixa renda no Brasil e em outros países da América Latina. Tal dificuldade leva à ocupação e à degradação de áreas ambientalmente vulneráveis, mesmo que elas estejam protegidas pela legislação ambiental e urbanística.” (GONDIM, Linda. 2011).

Processo erosivo consequência negativa das ações antrópicas. Fonte: Google Street View.


METODOLOGIA O trabalho foi dividido em quatro etapas e construído a partir de um processo participativo da população local.

projeto

Embasamento teórico: Iniciaram-se as pesquisas e coleta de dados através de documentos e acervos disponibilizados pela prefeitura do município de Três Rios. Foram feitas leituras de textos, teses e artigos sobre a configuração dos espaços públicos e falta de consciência ambiental nos conjuntos habitacionais. opiniões

Visita a campo: Após compreender o contexto socio-econômico no qual o bairro Habitat se insere, o trabalho empírico foi indispensável para absorver as demandas locais, registradas através de observações, entrevistas, acervo fotográfico e encontros com a associação de moradores. Análise: Todos os dados coletados se organizaram em bases gráficas, elaboradas a partir de cadastrais, imagens do Google Earth e de bases georreferenciadas do IBGE e trabalhadas no QGIS.

ideias opinião

Projeto: Definição da área de atuação e aplicação de ações coerentes ao programa de necessidades de cada espaço com abrangência socioambiental. comunidade

indivíduo


CONTEXTO REGIÃO O município de Três Rios está situado na Região Sul-Fluminense, cortado por duas grandes rodovias federais (BR-040 e BR-393), formando o maior entroncamento rodoviário do país. A localização estratégica em relação aos transportes rodoviário e ferroviário possibilitou a expansão industrial e o desenvolvimento relevante do setor terciário na região. Ocupa posição centralizada entre as três capitais do sudeste brasileiro, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, que estão, respectivamente, a 130, 440 e 320 quilômetros de distância. Três Rios possui uma população atual de aproximadamente 90.000 habitantes, segundo os dados estimados do Censo do IBGE para 2019. Abrange um território de 323 km², a 275 m de altitude, com topografia marcada por morros arredondados.

Belo Horizonte 320km São Paulo 440km

Rio de Janeiro 130km

TRÊS RIOS

BR-393 BR-040

% 100%

0% 0% 53% Rio de Janeiro Rio de Janeiro 6.320.446 habitantes

47%

RIO DE JANEIRO 100% 100%

53% 53% Rural Rural

47% 47%

Rural

Urbana Urbana

Urbana

Mulheres Mulheres Mulheres Homens Homens Homens

3%

3%

3%

97%

97% Três Rios Três Rios 77.503 habitantes

52% 52%

52%

97%

48% 48%

48%

Comparação de dados entre a população de Três Rios e do Rio de Janeiro baseadas no Censo (IBGE,2010).


Fonte: Prefeitura de TrĂŞs Rios.


Com. Levy Gasparian

Paraíba do Sul São José do Vale do Rio Preto Areal Vassouras Paty do Alferes

Mendes

Miguel Pereira

Engº Paulo de Frontin

Área de influência do município de Três Rios no Estado do Rio de Janeiro com fluxos direcionados ao lazer, trabalho e compras.


CONTEXTO MUNICÍPIO DE TRÊS RIOS

Rio Paraibuna

BR-393

Rio Paraiba do Sul

Rio Piabanha

BR-040


A etimologia do município dá-se em referência ao encontro dos rios Paraíba do Sul, Paraibuna e Piabanha, localizado no bairro Moura Brasil. O encontro é considerado o principal ponto turístico local, atraindo também pessoas para a prática do rafting no rio Paraibuna. O rio Paraíba do Sul domina a paisagem urbana, pois é o mancial que a cidade dispõe para o seu abastecimento e é o receptor de toda a malha hidrográfica.

Rio Paraibuna

Rio Paraíba do Sul

CENTRO

MOURA BRASIL

7km Rio Piabanha

HABITAT

0km

1km

2km

Fonte: Google Earth com edição.


CONTEXTO MUNICÍPIO TRÊS RIOS

REGIÃO DA BARRINHA

TRÊS RIOS EST. DA BARRINHA PARAÍBA DO SUL

Distrito Industrial da Barrinha Zona Industrial

EST. DA BARRINHA

LEGENDA

MUNICÍPIO PARAÍBA DO SUL

Vetor de expansão urbana

Bairro Habitat Zona de Especial Interesse Social 0km

0.5km

1km

Fonte: Google Earth com edição.


CONTEXTO REGIÃO DA BARRINHA A região da Barrinha faz parte de um cenário de crescente ocupação que, além de apresentar serviços e equipamentos insuficientes, modifica a paisagem e desestabiliza os ecossistemas naturais. O estudo realizado pelo Departamento de Ciências do Meio Ambiente da UFRRJ (Campus Três Rios) analisa as áreas verdes dessa área e aponta quais delas são prioritárias para restauração e conservação da biodiversidade. “Na localidade, é possível verificar diversos impactos socioambientais provocados, ao decorrer dos anos, por processos econômicos que não preveem a sustentabilidade.” (NUNES; PEREIRA; CORTINES. 2017). As áreas verdes presentes no mapa se apresentam como prioridade para a retomada dos serviços ambientais. “Essas áreas são sugeridas pelo fato de haver vegetação secundária preexistente, facilitando os processos sucessionais e diminuindo custos de projeto. Propõem-se também a união dessa vegetação com demais áreas de mata ciliar ao longo do rio Paraíba do Sul, realizando um corredor de vegetação, favorecendo assim, a manutenção da biodiversidade local.” (NUNES; PEREIRA; CORTINES. 2017).

0

0.5

1km

Mapa de Índices de Vegetação Normalizada da Região da Barrinha. Fonte: Artigo UFRRJ “Utilização de índice de Vegetação Normalizada como subsídio para gestão ambiental no bairro Habitat, Três Rios, RJ”,

LEGENDA Áreas edificadas (Moradias e indústrias) Áreas edificadas (Moradias e indústrias) Solo exposto/veg. gramínea Existência de veg. secundária Existência de veg. secundária (Mata ciliar) Áreas prioritárias para a recup. florestal Limites das subdivisões da Barrinha Vetor de expansão urbana


EXPANSÃO URBANA DISTRITO INDUSTRIAL DA BARRINHA

CATEGORIAS DE PRODUÇÃO Bebidas

Brinquedos

Alimentos

Vestuário

Tintas

Laticínios

Esquadrias de metal

Móveis

Colchões

Embalagens plásticas

2014

2013

Categorias de produção das fábricas do Distrito Industrial da Barrinha com base nos cadastros disponibilizados pela Sala do Empreendedor da Prefeitura Municipal de Três Rios.

2016

2015

2017

2018

2019 Fonte: Google Earth com edição.


“Viemos pela estrada, não tinha asfalto e nem condução, mas aqui nós construímos. Era difícil, nós arrumamos um caminhão que nos trazia igual boia-fria. Foi uma luta, mas graças a Deus aqui estamos.” IRANI, 72 anos. Uma das primeiras moradoras do bairro.


EXPANSÃO URBANA BAIRRO HABITAT A região da barrinha foi desapropriada pela prefeitura e teve parte de suas terras doadas para a ONG Habitat For Humanity, que em 1999 se encarregou de construir 100 casas em regime de mutirão.

no, iniciou-se em 2006 a construção de 50 casas populares do Programa Habitar Brasil (CEHAB) com público alvo composto por famílias residentes em área de risco e com renda familiar de 0 a 3 salários mínimos.

Apesar das casas, não existia qualquer tipo de infraestrutura urbana no bairro. Os moradores não tinham luz, água, saneamento, pavimentação e muito menos um transporte público que chegasse até a localidade.

Em 2007, o bairro recebeu a doação de 100 unidades do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Contando com incentivos habitacionais do gover-

Mais 89 moradias no Programa Habitar Brasil foram construídas em 2010, com a principal meta de des-

ocupação das áreas de risco situadas nos bairros conhecidos como Favelinha, Margem Direita e Cariri. Em 2013, o Plano Diretor do município definiu a região da barrinha como Área de Interesse Social (AIS) e a Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (CEHAB) iniciou a construção de 426 unidades habitacionais. Além disso, em 2013 executou-se a urbanização das vias, o saneamento e a implantação de equipamentos públicos no bairro.

1999

2006

2007

2010

2013

100 moradias

150 moradias (+50)

250 moradias (+100)

339 moradias (+89)

765 moradias (+426)

500 habitantes

750 habitantes

1.250 habitantes

1.695 habitantes

3.825 habitantes


Fotos anteriores à urbanização do bairro em 2013.

Fonte de todas as imagens: Projeto de Trabalho Técnico Social da Prefeitura de Três Rios.


CENÁRIO SOCIOECONÔMICO A maioria das famílias são atendidas pelo programa do Bolsa Família e predominam aquelas chefiadas por mulheres, com tamanho de até 5 integrantes e renda de aproximadamente 1 salário mínimo mensal. A escolaridade é baixa e destaca-se o alto índice de desemprego, baixo patrulhamento policial e ausência de vínculos das famílias com o local. Os moradores estão sempre se locomovendo para fora do bairro para realizarem suas atividades diárias que giram en torno do trabalho, comércio, serviços, educação e lazer.

POPULAÇÃO: 4.000 habitantes

Mulheres 40%

Homens Crianças Idosos 30% 30%

Aqueles que se encontram desempregados, se apoiam no comércio e serviços informais locais, provenientes em sua maioria de “puxadinhos” para obter sua fonte de renda.

50%

inativos

15%

15%

20%

serv. informal

autônomos

outros

Principais ocupações exercidas por moradores do bairro Habitat com base nas entrevistas realizadas, nos dados da Casa do Empreendedor e do Projeto de Trabalho Técnico Social da Prefeitura de Três Rios.

Residência com fachada adaptada para o comércio. Fonte: Acervo pessoal.


USO E OCUPAÇÃO HOMOGENEIDADE DE USOS A reduzida oferta de comércio, serviços e equipamentos comunitários obriga os moradores a se deslocarem para fora do bairro. CARÊNCIA DE ESPAÇOS DE LAZER E ENTRETENIMENTO Existência de apenas uma praça ativa no bairro, com a maior parte das atividades desenvolvidas na quadra poliesportiva. O entretenimento de jovens e adultos se concentra nos bares e nas próprias ruas locais.

ETE

POSTO DE SAÚDE

CRECHE MUNICIPAL

OCUPAÇÕES IRREGULARES Moradias localizadas em Áreas de Preservação Permanente correspondente aos córregos e ao rio paraíba do sul. CONTÍNUA EXPANSÃO URBANA Parcelas de terras com potencial construtivo para empreendimentos futuros no bairro.

LEGENDA Comércio/Serviço Entretenimento (Bar, espaço de festa etc) Equipamento público

QUADRA POLIESPORTIVA

Lazer Residencial Industrial Ocupação irregular APP Ponto de convergência de pessoas Vetor de expansão urbana Área de potencial construtivo

0

50

100m


Creche Municipal José Ferreira de Cerqueira. Fonte: Acervo pessoal.

Praça com quadra poliesportiva. Fonte: Acervo pessoal.

Posto de Saúde da Família. Fonte: Acervo pessoal.

Estação de tratamento de esgoto. Fonte: Google Street View.


Habitações em suas configurações originais. (2014) Fonte: Núcleo de Imprensa do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Construção de muros. (2015) Fonte: Google Street View.

Unidades totalmente fechadas para a rua. (2019) Fonte: Acervo pessoal.


Principal entretenimento da população adulta. Fonte: Acervo pessoal.

Adaptação das vias locais para o lazer infantil.Fonte: Acervo pessoal.


MOBILIDADE E HIERARQUIA VIÁRIA EIXO RODOVIÁRIO INTRA E INTER-MUNICIPAL A Estrada da Barrinha possui fluxos constantes de veículos de pequeno, médio e grande porte. EST. DA BARRINHA

PONTOS DE CONVERGÊNCIA DE PESSOAS As paradas de ônibus possuem constante movimentação, uma vez que o transporte público é o principal meio de locomoção utilizado no bairro. FLUXOS INTERNOS NÃO-MOTORIZADOS As distâncias locais são percorridas à pé ou de bicicleta pelos moradores e algumas ruas se destacam devido à proximidade com espaços de entretenimento ou em função de atividades pontuais ali desenvolvidas, como as feiras dos finais de semana.

LEGENDA Via coletora Via de alto fluxo não-motorizado

FEIRA AOS FINAIS DE SEMANA

Via de médio fluxo não-motorizado Via de baixo fluxo não motorizado Rota ônibus APP Parada de ônibus

0

50

100m


ESTRUTURA VEGETAL

RIO PARAÍBA DO SUL

ALTERAÇÃO ANTRÓPICA O adensamento da região modificou a paisagem e desestabilizou os ecossistemas naturais, degradando a vegetação e interferindo diretamente na capacidade de absorção do terreno e na qualidade do ambiente para a fauna, flora e usuários da área. FRAGMENTOS VEGETAIS A vegetação predominante é composta por pastagens, com espécies herbáceas e gramíneas. As demais formações arbustivo-arbóreas são fragmentos de pequeno, médio e grande porte que se encontram desconexos e ameaçados pela expansão urbana. POUCOS REMANESCENTES DE VEGETAÇÃO NATIVA A ocupação atual não prevê a qualidade ambiental e paisagística e o equilíbrio com ciclos naturais, sendo a Área de Preservação Permanente do rio paraíba do sul o ecossistema que possui a maior composição de habitats naturais originais. CÓRREGO GALEÃO

LEGENDA Área imperveável Solo exposto/Vegetação gramínea e herbácea Vegetação arbustivo-arbórea de pequeno porte Vegetação arbustivo-arbórede médio porte ou em regeneração Mata ciliar/Vegetação arbustivo-arbórea de grande porte APP

0

50

100m


Estrada da Barrinha e as diferentes tipologias vegetais existentes. Fonte: Google Street View.


CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS Em Três Rios, a estação com maior precipitação é quente, abafada e de céu quase encoberto. Já a estação seca, é morna e de céu quase sem nuvens. Ao longo do ano a temperatura varia de 14 °C a 32 °C e raramente é inferior a 11 °C ou superior a 37 °C.

MÉDIA DIÁRIA DE ENERGIA SOLAR O período mais radiante do ano dura 5,5 meses, (21 de setembro a 5 de março), com média diária de energia por metro quadrado acima de 5,7 kWh O período mais escuro do ano dura 2,4 meses (11 de maio a 24 de julho), com média diária de energia por metro quadrado abaixo de 4,5 kWh.

VELOCIDADE MÉDIA DO VENTO A sensação de vento é altamente dependente da topografia local e de outros fatores. A velocidade média do vento em Três Rios passa por variações sazonais pequenas ao longo do ano, mas a sua direção predominante é do norte. A época de mais ventos no ano dura 4,7 meses ( 30 de julho a 21 de dezembro), com velocidades médias do vento acima de 8,9 quilômetros por hora. A época mais calma do ano dura 7,3 meses (21 de dezembro a 30 de julho), com 7,3 quilômetros por hora de velocidade horária média do vento. Fonte: Weather Spark.


ILHAS DE CALOR

RIO PARAÍBA DO SUL

1.

1. Arborização de médio porte

2.

CÓRREGO GALEÃO

2. Arborização de pequeno porte

LEGENDA Alta temperatura (asfalto, concreto e telha de barro) Média temperatura (Gramínea e vegetação arbustiva) Baixa temperatura (Vegetação arbórea e água) Divisão evidente entre as áreas antigas e recentes do bairro APP

0

50

100m


Primeiro e Ăşltimo plantio realizado pela Secretaria de Meio Ambiente no bairro. Fonte: Jornal Entre-Rios.


TOPOGRAFIA E HIDROGRAFIA

RIO PARAÍBA DO SUL + 270m

PREDOMINÂNCIA DAS COTAS DE ATÉ 10M O terreno possui na maior parte de sua superfície uma inclinação propícia para a ocupação urbana. 55% Planícies 35% Colinas 7% Morrotes 3% Morros altos + 280m

CAMINHO DAS ÁGUAS A topografia direciona as águas pluviais para os trechos mais planos e de baixa declividade. Destaca-se a bacia hidrográfia de maior captação pluvial do terreno.

+ 280m + 290m

+ 280m + 290m + 295m

Corte esquemático da bacia em destaque e do sentido das águas pluviais.

CÓRREGO GALEÃO

LEGENDA Divisor de águas

+ 340m

Escoamento superficial + 280m

Bacia hidrográfica de maior captação de água pluvial Planície (De 0m a 10m)

+ 290m

Colina (De 10m a 20m)

+ 330m + 320m

Morrote (de 20m a 30m) + 310m

Morro alto (de 30m a 70m) APP

+ 300m + 290m

0

50

100m


REDE DE DRENAGEM URBANA

+ 270m

O TRAÇADO DAS RUAS A impermeabilização da superficie influencia diretamente no escoamento das águas da chuva, direcionando-o para as áreas mais permeáveis e os cursos d’água naturais existentes. PLANÍCIE RECEPTORA Durante os eventos pluviais. as águas descarregadas por gravidade nas superfícies mais baixas, formam zonas de alagamento. Destaca-se a bacia hidrográfia de maior captação pluvial do terreno.

+ 275m + 278m + 279m + 281m

Área total da bacia: 135.650 m² Área receptora: 27.630 m² (20% da bacia) Capacidade: 138.150 m³ + 281m

+ 299m

+ 278m

+ 285m

LEGENDA Divisor de águas Bacia hidrográfica de maior captação de água pluvial Região receptora da bacia de captação (De 0m a 10m de altitude) Ponto mais elevado da via Via de alta contribuição de água (12.700m²)

+ 286m + 281m

Via de média contribuição de água Via de baixa contribuição de água Principais zonas suscetíveis a alagamento APP

+ 284m 0

50

100m


DECLIVIDADE MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS DE MASSA A unidade de morro compreende uma área de solo frágil e com grande parte da camada superficial exposta, consequência dos cortes de talude, descarte de resíduos e queimadas. É o compartimento de relevo mais elevado e de maior declividade, aumentando a velocidade do escoamento superficial das águas da chuva e ocasionando o processo de erosão do solo. ASSOREAMENTO DOS CÓRREGOS As águas que escoam das encostas arrastam o solo e provocam o assoreamento dos córregos, onde os sedimentos são depositados e modificam seus leitos. O rio paraíba do sul é afetado negativamente, pois recebe as águas mortas desses afluentes. REGIÃO DE ACÚMULO DE ÁGUA As áreas de baixa declividade localizadas as margens do rio paraiba do sul correspondem a terrenos alagadiços, limitados para ocupação por serem considerados como “solos moles”.

LEGENDA Declividade de 0-5% Declividade de 5-10% Declividade de 10-15% Declividade de 15-20% Declividade de 20-25% Declividade de 25-50% Principal locais de deslizamento de terra Principais regiões de acúmulo de água

0

50

100m


“Um dos aspectos mais importantes do câmbio global é a velocidade com que ele se produz. Para o solo, a velocidade da mudança é importante, já que seu processo de formação é lento. Por isso, nas escalas do estilo de vida humana, a perda de terreno por erosão, por exemplo, pode ser considerada um processo irreversível. O tempo é curto, a tarefa é grande.” (MASCARÓ, Juan L. Infra-estrutura da paisagem.2008)


OBJETIVO

Potencializar a região para o desenvolvimento de uma novo referencial urbano no município de Três Rios através de espaços catalisadores de pessoas que impulsionam a economia local e fortalecem os vínculos com a região. ECONOMIA

Valorização da cidadania e controle da expansão urbana em áreas de preservação mediante a oferta de serviços urbanos básicos, como educação, cultura e lazer.

Regeneração das funções ecossistêmicas do território através da conservação e recuperação da biodiversidade local.

AGROECOLOGIA

SOCIEDADE

MEIO AMBIENTE

Implantação da agroecologia como uma das soluções para consolidar a educação ambiental no bairro, reduzir as taxas de desemprego, e consequentemente, os deslocamentos para o centro da cidade. Desenvolvimento da rede distribuída de tratamento de paisagens para a gestão das águas pluviais e equilíbrio dos ciclos naturais, reconectando os ecossistemas remanescentes e mantendo os corpos hídricos em funcionamento.

“A qualidade do meio ambiente transforma-se, assim, num bem ou patrimônio, cuja preservação, recuperação ou revitalização se tornaram um imperativo do Poder Público, para assegurar uma boa qualidade de vida, que implica boas condições de trabalho, lazer, educação, saúde, segurança – enfim, boas condições de bem-estar do Homem e de seu desenvolvimento. (SILVA, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 2000)


SISTEMA AGROFLORESTAL Sendo a agricultura uma prática já exercida por alguns moradores no bairro, o sistema agroflorestal se apresenta como alternativa ideal para a unir o saber local ao resgate das funções ecológicas dos ecossistemas degradados, a melhora do microclima, a segurança alimentar e a geração renda para a população. São previstos consórcios de culturas, com espécias arbóreas nativas combinadas às espécies agrícolas variadas cultivadas no mesmo espaço para reproduzir ecossistemas naturais e contribuir para uma terra mais produtiva através do conceito de sucessão ecológica. As árvores regulam a temperatura, a umidade relativa do ar e a umidade do solo, proporcionando um ambiente mais estável para as plantas que se encontram cultivadas embaixo de sua estrutura.

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA POR ÁREA PLANTADA EM TRÊS RIOS

MILHO

FEIJÃO

BANANA

Agricultura existente no Habitat como sustento e fonte de renda dos moradores. Fonte: Acervo pessoal.

CANA-DE-AÇÚCAR

CAFÉ

MANDIOCA

PRODUÇÃO POR HECTARE l R$/ha

Fonte: IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Espécies frutíferas existentes nas áreas próximas à Estrada da Barrinha para o sustento dos moradores.Fonte: Google Street View.


SISTEMA AGROFLORESTAL SUCESSÃO ECOLÓGICA

Líquens

Gramíneas

Ervas

Arbustos

Árvores jovens

Árvores adultas

Árvores adultas

COMUNIDADE PIONEIRA

COMUNIDADE INTERMEDIÁRIA

COMUNIDADE CLÍMAX

1 ANO

2 A 25 ANOS

50 A 150 ANOS

TEMPO

Fonte: Sayo Studio.


REDE DE TRATAMENTO DE PAISAGENS ESCALAS

PROPRIEDADE

SISTEMA VIÁRIO

ESPAÇO ABERTO


REDE DE TRATAMENTO DE PAISAGENS CENÁRIO EXISTENTE

PROPRIEDADE

SISTEMA VIÁRIO

Tipologia habitacional repetitiva com gramados industriais que estão em sua maioria murados ou foram substituídos por puxadinhos de âmbito comercial ou de serviço.

Ruas áridas, carentes de arborização e espaços afetivos que incentivem a convivência entre os moradores e acomodem suas atividades.

ESPAÇO ABERTO

Regiões que abrangem Áreas de Preservação Permanente dos corpos hídricos e se encontram ameaçadas pela expansão urbana.


CENÁRIO PROPOSTO

EXISTENTE

UNIDADES HABITACIONAIS ADAPTADAS A UM MODELO SUSTENTÁVEL SISTEMA DE ENERGIA SOLAR / CAPTAÇÃO E REUSO DA ÁGUA / QUINTAIS PRODUTIVOS


CENÁRIO PROPOSTO painel fotovoltáico

SISTEMA DE ENERGIA SOLAR FACHADA PRINCIPAL

1

5 gramado produtivo

6

2

SISTEMA DE CAPTAÇÃO E REUSO DA ÁGUA DA CHUVA

6

3

FILTRO

CORTE TRANSVERSAL

4 BOMBA

CISTERNA


CENÁRIO PROPOSTO

EXISTENTE

RUAS VERDES ARBORIZAÇÃO / ADAPTAÇÃO AOS DIFERENTES TIPOS DE USOS LOCAIS / CONTRIBUIÇÃO NO ESCOAMENTO DA ÁGUAS


CENÁRIO PROPOSTO

EXISTENTE

CINTURÃO VERDE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL / PROTEÇÃO DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO / GESTÃO DAS ÁGUAS / VALORIZAÇÃO DA COMUNIDADE


RIO PARAÍBA DO SUL

RECORTE ÁREA DE INFLUÊNCIA:

PROPRIEDADE RUA ESPAÇO ABERTO EST. DA BARRINHA

ÁREA DE INTERVENÇÃO: ENTORNO CÓRREGO GALEÃO Maior contato com o tecido urbano e Área de Preservação Permanente ameaçada pela expansão dos programas habitacionais no bairro. CÓRREGO

MA

LHA

TOP

OG

UR

BAN

A

LEGENDA

RAF

IA

CÓRREGO GALEÃO Área de Influência Área de intervenção APP 0

50

100m


RIO PARAÍBA DO SUL

PROJETOS PREVISTOS PROJETOS DE DESTAQUE EXISTENTES FUTEBOL NA ESSÊNCIA Escolinha de Futebol com iniciativa da Secretaria de Esporte e Lazer de Três Rios.

EST. DA BARRINHA

PMCMV 272 apartamentos BARRACÃO EVENTOS

Fonte: Carol Moreira Fotografia.

QUADRA POLIESPORTIVA

CÓRREGO

GALPÃO CIÊNCIAS

COZINHA COMUNITÁRIA ESCOLA MUNICIPAL

PROGRAMA DE ESPORTE E LAZER DA CIDADE (PELC) Programa do Governo Federal em parceria com a Prefeitura com núcleo no Habitat, oferencendo para a população atividades como futebol, capoeira e dança.

QUADRA POLIESPORTIVA

HORTA COMUNITÁRIA

LEGENDA CÓRREGO GALEÃO Área de Influência Área de intervenção APP Fonte: PELC Três Rios.

0

50

100m


DIRETRIZES PROJETUAIS - ÁREA DE INFLUÊNCIA REALOCAÇÕES

1. Identificação das ocupações irregulares e parcelas 2. Realocações nas áreas de declividades propícias

2. Terrenos próximos à infraestrutura local

de terra com potencial

5 estabelecimentos comerciais

ETE posto de saúde

26 unid. habitacionais

creche municipal área: 3.700 m²

barracão eventos área: 7.600 m² mercado área: 5.800 m² quadra poliesportiva

0

Aproximadamente 130 pessoas realocadas.

50 100m

0

0

50 100m

Recuperação das condições de habitabilidade e conexão com o tecido urbano.

50 100m

Previsão novo modelo Habitação Coletiva de Uso Misto. Habitação + Comércio + Serviço + Lazer

Área de Influência

Área de Influência

Lazer

Área de Influência

Declividade de 15-20%

Terrenos vazios

Terrenos vazios

APP

Terrenos vazios

Declividade de 20-25%

Moradias realocadas

Comércio/Serviço

Declividade de 0-5%

Declividade de 25-50%

Comércio realocado

Entretenimento

Declividade de 5-10%

APP

APP

Equip. comunitário

Declividade de 10-15%


DIRETRIZES PROJETUAIS - ÁREA DE INFLUÊNCIA CONEXÃO ECOLÓGICA

1. Criação de um Cinturão Verde

2. Conexão com pontos de convergência de pessoas

3. Hierarquização de ruas e percursos verdes

APP rio paraíba do sul ETE estrada da barrinha posto de saúde APP córrego

creche municipal

barracão eventos vias 11m

vias 3m mercado

mirante reservatório

quadra poliesportiva APP córrego galeão

vias 9m

APP topo de morro

0

50 100m

370.200 m² de áreas revegetadas através do sistema de agroflorestas.

0

0

50 100m

Influência direta dos equipamentos locais e dos pontos de parada de ônibus na intensidade de fluxos das vias.

50 100m

4.200 metros lineares de ruas revitalizadas que funcionam como conexão dos ecossistemas.

Área de Influência

Via de fluxo intenso

Área de Influência

Ciclovia

Comércio/Serviço

Via de fluxo moderado

Ruas verdes 11m

APP

Área de Influência

Entretenimento

Pontos de ônibus

Ruas verde 9m

Áreas reflorestadas

Equip. comunitário

Rota ônibus

Ruas verdes 3m

APP

Lazer

APP

Trilhas ecológicas


PADRÕES DE PAISAGEM EXISTENTE ENTORNO CURSOS D’ÁGUA ÁREAS LIVRES DE POTENCIAL PAISAGÍSTICO.

TERRENOS CENTRAIS ÁREAS DE SOLO EXPOSTO E PREVISÃO DE ADENSAMENTOS FUTUROS.

APP Veg. gramínea e herbácea Veg. arbustivo-arbórea de pequeno porte Veg. arbustivo-arbórede médio porte Mata ciliar/Veg. arbustivo-arbórea de grande porte

0

50 100m

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ENCOSTAS DE MORROS

VEGETAÇÃO CILIAR FRAGMENTADA E AMEAÇADA.

ÁREAS COM DESLIZAMENTOS DE TERRAS.


PADRÕES DE PAISAGEM PROPOSTO ENTORNO CURSOS D’ÁGUA VEGETAÇÃO ARBÓREA NATIVA + ESPÉCIES FLORÍFERAS E FRUTÍFERAS Espaços de caráter contemplativo com aproveitamento alimentar ou comercial para a população.

TERRENOS CENTRAIS

APP Áreas reflorestadas Ruas verdes 11m Ruas verdes 9m Ruas verdes 3m Ciclovia Trilhas ecológicas

VEGETAÇÃO ARBÓREA NATIVA + ESPÉCIES FRUTÍFERAS + CULTURA DE GRÃOS, CEREAIS E SEMENTES Recuperação do solo degradado para as possíveis ocupações futuras. 0

50 100m

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

ENCOSTAS DE MORROS

VEGETAÇÃO CILIAR ARBÓREA NATIVA + ESPÉCIES FRUTÍFERAS + EPECIARIAS E ERVAS AROMÁTICAS Repelentes naturais que através das essências, demarcam as áreas de grande valor ecológico.

TÉCNICA DE TERRACEAMENTO + VEGETAÇÃO ARBÓREA NATIVA + LEGUMINOSAS E VERDURAS Garantir o equilíbrio orgânico do solo e reduzir a velocidade de escoamento da água.


ESTRADA DA BARRINHA FLUXOS

QUESTÕES 55%

ILUMINAÇÃO VEÍCULOS EM ALTA VELOCIDADE

40%

FALTA DE SEGURANÇA PARA PEDESTRES E CICLISTAS

5% VEÍCULOS

CICLISTAS

PEDESTRES

CARÊNCIA DE ÁREAS SOMBREADAS


REDE DE RUAS VERDES ESTRADA DA BARRINHA

PROPOSTO TIPOLOGIA 3

2m

7m

indústria

vegetação

EXISTENTE TIPOLOGIA 1

2m

residência

EXISTENTE TIPOLOGIA 2

1.5m

2m

7m

2m

1.5m 1.5m 0.8m

EXISTENTE TIPOLOGIA 3

2.4m

7m

0.8m 1.5m

indústria

14m

1.5m

2m

7m

2m

1.5m

CONCRETO POROSO

GRAMÍNEA

ASFALTO POROSO

CONCRETO POROSO

CONCRETO POROSO

GRAMÍNEA

14m 0

1

2.5

5m


VIAS LOCAIS FLUXOS 55%

QUESTÕES ILUMINAÇÃO 35%

VEÍCULOS EM ALTA VELOCIDADE.

VEÍCULOS

CICLISTAS

PEDESTRES

10%

PASSEIOS ESTREITOS E CARENTES DE SOMBREAMENTO. FALTA DE SEGURANÇA PARA PEDESTRES E CICLISTAS. MUITAS ÁREAS IMPERMEABILIZADAS.


REDE DE RUAS VERDES VIA LOCAL TIPOLOGIA 1

PROPOSTO

EXISTENTE

1.5m

8m

det. biovaleta

1.5m

11m EVAPOTRANSPIRAÇÃO

2.5m

1m

4m

1m

2.5m

11m

piso intertravado

concreto poroso

areia fina

solo misturado

cano perfurado

substrato

GRAMÍNEA

PISO INTERTRAVADO

GRAMÍNEA

CONCRETO POROSO

brita

detalhe biovaleta DETALHE BIOVALETA

CONCRETO POROSO

INFILTRAÇÃO 0

1

2.5m

0

1

2.5

5m


REDE DE RUAS VERDES VIA LOCAL TIPOLOGIA 2

PROPOSTO

EXISTENTE

1.5m

6m

det. biovaleta

1.5m

9m

EVAPOTRANSPIRAÇÃO

2.2m

0.8m

3m

0.8m

2.2m

9m piso intertravado

concreto poroso

areia fina

solo misturado

cano perfurado

substrato

brita

detalhe biovaleta

CONCRETO POROSO

GRAMÍNEA

PISO INTERTRAVADO

CONCRETO POROSO

GRAMÍNEA

INFILTRAÇÃO

DETALHE BIOVALETA

0

1

2.5m

0

1

2.5

5m


REDE DE RUAS VERDES VIA LOCAL TIPOLOGIA 3 PROPOSTO

EXISTENTE

det. gramado

3m

EVAPOTRANSPIRAÇÃO

3m

gramínea areia fina

cano perfurado

solo misturado

brita

substrato

GRAMÍNEA INFILTRAÇÃO

DETALHE GRAMADO

0

1

2.5m

0

1

2.5

5m


DIRETRIZES PROJETUAIS - ÁREA DE INTERVENÇÃO ZONEAMENTO

1. Área com topografia propícia a ocupação

4. Desenvolvimento de atividades com coesão social e

2. Identificação das zonas de alagamento

3. Definição das zonas mais permeáveis e urbanas

equilíbrio com a natureza

APP rio paraíba do sul zona de tratamento ETE

estrada da barrinha

planície

zona esportiva e institucional barracão eventos

mercado

morro baixo

zona de produção

bacia hidrog. de maior captação pluvial

morro alto

0

APP córrego galeão

APP topo de morro

0

50 100m

As áreas mais baixas recebem as águas por gravidade durante os eventos pluviais.

zona de manejo de águas

50 100m

A permeabilidade dos espaços é proporcional à proximidade com os elementos naturais.

0

50 100m

O zoneamento também segue critérios de proximidade com alguns equipamentos locais importantes.

Área de influência

Zona de tratamento

Área de intervenção

Área de intervenção

Comércio/Serviço

Zona mais permeável

Zona de manejo de águas

Entretenimento

Áreas suscetíveis a alagamento

Zona de transição

Zona de produção

Equip. comunitário

Divisor de águas

Zona mais urbana

Zona esportiva e institucional

APP

Área de Influência

Bacia hidrog. de maior

Área de Influência

Área de intervenção

captação de água

Vias de alta contribuição de água

APP

APP


DIRETRIZES PROJETUAIS - ÁREA DE INTERVENÇÃO FLUXOS

1. Definição dos acessos principais

2. Projeção das circulações internas

3. Análise da intensidade dos fluxos APP rio paraíba do sul

ETE

estrada da barrinha

estrada da barrinha

barracão eventos

mercado

quadra poliesportiva APP córrego galeão

0

50 100m

Os acessos primários são definidos de acordo com a proximidade dos polos de maior atração de pessoas.

0

50 100m

Existência de um eixo longitudinal central e outros transversais que são desdobramentos das vias locais.

0

50 100m

A funcionalidade dos espaços define a intensidade dos fluxos, seguindo os critérios da permeabilidade.

Área de Influência

Entretenimento

Área de Influência

Área de intervenção

Equip. comunitário

Área de intervenção

Área de intervenção

Principais acessos

Lazer

Eixos primários

Fluxo baixo

Convergência de pessoas

Pontos de ônibus

Eixos secundários

Fluxo moderado

Comércio/Serviço

APP

Eixos visadas Est. da Barrinha

Fluxo alto

APP

APP topo de morro

Área de Influência

APP


DIRETRIZES PROJETUAIS SÍNTESE ZONA DE TRATAMENTO 13.000 m² RETENÇÃO / TRATAMENTO / EDUCAÇÃO / MEIO AMBIENTE / CONTEMPLAÇÃO

ZONA ESPORTIVA E INSTITUCIONAL 33.000 m² LAZER / EDUCAÇÃO / CULTURA / MEIO AMBIENTE

LEGENDA Área de influência Área de intervenção Zona de manejo de águas Zona de produção

ZONA DE PRODUÇÃO

Zona esportiva e institucional

17.000 m² EDUCAÇÃO / MEIO AMBIENTE / SEGURANÇA ALIMENTAR / GERAÇÃO DE RENDA

Zona de tratamento Eixos primários Eixos secundários Eixos visadas Estrada da barrinha Ruas verdes 11m

ZONA DE MANEJO DE ÁGUAS 20.000 m² RETENÇÃO / INFILTRAÇÃO / TRATAMENTO / MEIO AMBIENTE / CONTEMPLAÇÃO

Ruas verdes 9m Ruas verdes 3m Trilhas ecológicas Ciclovia Áreas reflorestadas APP 0

50

100m


PLANO DE MASSAS

31 28

29

27

30

26 25 23

22 16

24

20

17

21

15

19 12

18 14

11

13 LEGENDA

9

1

Pomar

17 Quiosques

2

Lagoa de Retenção 1

18 Infraestrutura Banheiros

3

Lagoa de Retenção 2

19 Centro Cultural

4

Lagoa de Retenção 3

20 Pista de Skate

5

Natural Playground

21 Área Infantil

6

Cozinha Comunitária

22 Quadras Poliesportivas

7

Horta Comunitária

23 Escola Municipal

8

Centro de Compostagem

24 Estacionamento Escola

9

Centro de Reciclagem

25 Ecoduto

10 Jardim de Chuva 1

26 ETE Existente

11 Estacionamento Parque

27 Filtro Vertical

12 Jardim de Chuva 2

28 Filtro Horizontal

13 Espaço Churrasco

29 Filtro Facultativo

14 Campo Futebol 1

30 Lagoa Plantada

15 Quadras de areia

31 Deck

16 Campo Futebol 2

32 Mirante (Região do Reservatório Local)

10

8 7 6 5

4 32

3 2

1 0

50

100m


COMPOSIÇÃO ARBÓREA ÁREAS DE PERMANÊNCIA ARBORIZAÇÃO DE MÉDIO PORTE

SENTIDO DIRECIONAL ARBORIZAÇÃO DE PEQUENO PORTE

4m

6-8 m

LIMITES ESPACIAIS ARBORIZAÇÃO DE GRANDE PORTE

10 m

12-15 m

ACESSOS PRINCIPAIS ARBORIZAÇÃO DE CARÁTER ORNAMENTAL


PERCURSOS 1. PASSEIO ELEVADO SOBRE A ÁGUA CONTEMPLAÇÃO

1. níve

l ág

ua j

ard

ins

1.1 m

2.

0.5 m

ETE

INFRA/APOIO

4m

ESCOLA

INFANTIL

QUIOSQUES SKATE 0

10

25

50m

2. ECODUTO

5m

1m

CONEXÃO ENTRE O PARQUE E A FÁBRICA DE ÁGUAS

4m

TRILHAS ECOLÓGICAS Cascalho

ÁREAS CENTRAIS Intertravado

PARQUE INFANTIL Borracha Reciclada


1.1m 0.5m

ZONA DE MANEJO DE ÁGUAS

PASSEIO ELEVADO

CÓRREGO GALEÃO

LAGOA PLUVIAL

PASSEIO

PASSEIO

EVAPOTRANSPIRAÇÃO HABITAT

FILTRAÇÃO

ESCOAMENTO

TRATAMENTO

RETENÇÃO INFILTRAÇÃO

INFILTRAÇÃO

0

5

10

20m


LAGOA PLUVIAL

ÁGUAS PLUVIAIS

RETENÇÃO/TRATAMENTO

BIOVALETA

LAGOA PLUVIAL

BIOVALETA LAGOA PLUVIAL 1 0.4m 0.2m

LAGOA PLUVIAL 3 875 m³

brita

1.1m

areia

1.1m

0.3m 0.4m 0.3m

brita

LAGOA PLUVIAL 2 1.050 m³

1.1m

solo misturado

0.5m

1.1m

1.060 m³

areia brita

areia brita

ESCOAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS PELA BIOVALETA

REUSO PARA A IRRIGAÇÃO DO PARQUE 0

1

2.5

5m


ESPAÇO AO AR LIVRE

LAGOA DE RETENÇÃO

MOBILIÁRIO URBANO ALTERNATIVO

ÁREA DE PERMANÊNCIA E ATIVIDADES

ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO

ÁREA DE PERMANÊNCIA

CÓRREGO GALEÃO

QUIOQUES

PASSEIO ELEVADO

ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO

APOIO

CONTATO COM A ÁGUA


ZONA DE PRODUÇÃO

CÓRREGO GALEÃO

PASSEIO

HORTA COMUNITÁRIA

ÁREA DE PERMANÊNCIA

CENTRO DE COMPOSTAGEM

JARDIM DE CHUVA

EVAPOTRANSPIRAÇÃO HABITAT FILTRAÇÃO CICLAGEM NUTRIENTES

INFILTRAÇÃO

TRATAMENTO

ARMAZENAMENTO INFILTRAÇÃO

INFILTRAÇÃO 0

5

10

20m


JARDIM DE CHUVA

ÁGUAS PLUVIAIS

FILTRAÇÃO/INFILTRAÇÃO/TRATAMENTO

BIOVALETA

JARDIM DE CHUVA

BIOVALETA

0.2m 0.4m 0.5m

brita

2m

solo misturado

0.5m

1.1m

0.4m

0.2m

JARDIM DE CHUVA

solo misturado

BOMBA

brita

reservatório

ESCOAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS PELA BIOVALETA

ABASTECIMENTO NÃO-POTÁVEL DAS EDIFICAÇÕES DO PARQUE 0

1

2.5

5m


HORTA COMUNITÁRIA

CÓRREGO GALEÃO

FEIRAS ORGÂNICAS

BANHEIROS

SEGURANÇA ALIMENTAR E ECONÔMICA

ÁREA DE CONTEMPLAÇÃO

ENTRETENIMENTO

INFRAESTRUTURA

ESTUFAS

ESTAÇÃO BIKE

CENTRO DE COMPOSTAGEM

APOIO

APOIO

EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO


ZONA ESPORTIVA E INSTITUCIONAL

CÓRREGO GALEÃO

PASSEIO

CAMPO DE FUTEBOL

ÁREA DE PERMANÊNCIA

CENTRO CULTURAL

JARDIM DE CHUVA

EVAPOTRANSPIRAÇÃO

HABITAT

TRATAMENTO FILTRAÇÃO

INFILTRAÇÃO

INFILTRAÇÃO

ARMAZENAMENTO 0

5

10

INFILTRAÇÃO 20m


CAMPO DE FUTEBOL

CENTRO CULTURAL

ESTAÇÃO BIKE

LAZER

EQUIPAMENTO COMUNITÁRIO

APOIO

MOBILIÁRIO URBANO ALTERNATIVO

QUIOSQUES

BANHEIROS

PASSEIO ELEVADO

ESTACIONAMENTO

ÁREA DE PERMANÊNCIA

APOIO

INFRAESTRUTURA

JARDIM DE CHUVA

APOIO


1m

0.5m

ZONA DE TRATAMENTO

PASSEIO ELEVADO ETE EXISTENTE 300.000 l/dia

FILTRO VERTICAL 1.150 m³

FILTRO HORIZONTAL 1.100 m³

FILTRO FACULTATIVO 1.050 m³

LAGOA PLANTADA 1.900 m³

PASSEIO ELEVADO

EVAPOTRANSPIRAÇÃO HABITAT

TRATAMENTO

RETENÇÃO INFILTRAÇÃO

TRATAMENTO

RETENÇÃO INFILTRAÇÃO

FILTRAÇÃO TRATAMENTO

TRATAMENTO

RETENÇÃO INFILTRAÇÃO

INFILTRAÇÃO

RETENÇÃO INFILTRAÇÃO 0

5

10

20m


JARDINS FILTRANTES TRATAMENTO: Não gera odor e lodo. Os resultados são garantidos de acordo com as exigências da legislação e dos órgãos ambientais.

PAISAGISMO: Valorização da arquitetura e do espaço urbano, transformando-os em áreas de convívio acessíveis ao público.

BIODIVERSIDADE: Criação de áreas que estimulam o crescimento da fauna e da flora e enriquecem o ecossistema local.

Resutados satisfatórios de análises feitas nos Jardins Filtrantes de uma indústria farmacêutica em Campinas/SP, com média geral de 80% de remoção dos poluentes. Fonte: Phytorestore Brasil.

ECONOMIA: Eficiência econômica devido à construção com materiais e mão de obra local, operação de baixo custo e reuso dos subprodutos.

FÁBRICA DE ÁGUAS E CENTRO COMPOSTAGEM

GESTÃO: Sustentabilidade operacional devido ao ciclo de manutenção similiar ao de uma área verde, ocorrendo a cada 10 anos para a limpeza. adubo natural

restos orgânicos

VIABILIDADE: São necessários 1 a 2m² de jardim por habitante e mais 40% de áreas para o entorno. Fábrica de águas: 13.000 m² 5.600 m² de jardins filtrantes (4.000 habitantes x 1,4 m²) 7.400 m² de áreas de entorno (55%) Fonte: Phytorestore Brasil.

MERCADO LOCAL

produtos orgânicos

HORTA COMUNITÁRIA


JARDINS FILTRANTES FILTRO VERTICAL

FILTRO HORIZONTAL

FILTRO FACULTATIVO

LAGOA PLANTADA

RIO PARAÍBA DO SUL

MEIO AERÓBICO macrófitas emergentes

MEIO ANAERÓBICO macrófitas emergentes

MEIO AERÓBICO E ANAERÓBICO macrófitas emergentes

MEIO ANAERÓBICO macrófitas emergentes macrófitas flutuantes fixas

CORPO RECEPTOR macrófitas emergentes

Arumarana (Thalia geniculata)

Taboa (Typha domingensis)

Lírio d’água (Nymphaea alba)

Caniço (Phragmites australis)

Papiro-brasileiro (Cyperus papyrus)

5 mudas/m²

0.8m

0.4m

brita nº 1 brita nº 3

0.7m

brita nº 1 brita nº 3

0.1m

0.8m

0.4m

0.5m

1m brita nº 1 brita nº 2 brita nº 3

0.3m

0.5m

areia

1.1m

5 mudas/m² 2 mudas/m²

5 mudas/m²

0.3m

tubulação aeração

0.9m

0.3m 0.2m 0.2m

5 mudas/m²

brita nº 1

0

ENTRADA DE ÁGUA APÓS A REMOÇÃO DOS SÓLIDOS GROSSEIROS PELA ETE

TRATAMENTO E APROVEITAMENTO DO LODO COMO ADUBO NATURAL

1

2.5

5m

DEVOLUÇÃO DA ÁGUA TRATADA AO RIO


PASSEIO ELEVADO

JARDIM FILTRANTE

ETE EXISTENTE

CONTEMPLAÇÃO

FILTRO VERTICAL

TRATAMENTO PRIMÁRIO DOS EFLUENTES


DECK SOBRE O RIO PARAÍBA DO SUL


PASSEIO ELEVADO SOBRE O CÓRREGO GALEÃO


ESPAÇO CHURRASCO LAZER JOVENS E ADULTOS


“O tempo é curto, a tarefa é grande.”


BIBLIOGRAFIA ABBUD, Beneditto. Criando paisagens: Guia de trabalho em arquitetura paisagística. 2006. ALBERNAZ, Maria; ANDRADE, Luciana. Moradia Urbana: Avaliação de empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida na cidade do Rio de Janeiro. 2015. ALEX, Sun. Projeto da praça: convívio e exclusão no espaço público. 2008.

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ANTONUCCI, Denise; BUENO, Lucas. A construção do espaço público em Medellín. 2018. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/19.218/7022. Acesso em: Setembro de 2019.

PHYTORESTORE. Jardins Filtrantes. 2018. Disponível em: https://issuu.com/meribeiromendes/docs/jardins_filtrantes_phytorestorebr_2. Acesso em: Junho 2020.

AVELAR, Adriana; GEVU, Walber; GUERRA, Érica. A questão social da moradia em Três Rios e suas implicações no cenário brasileiro. 2018.

RUBIM, Cristiane. Tratamento de efluentes com Wetlands e jardins filtrantes construídos artificialmente. 2016.

CARVALHO, Camila; PATRÍCIO, Nuno; SCHUETT, Nils. A importância das áreas de uso comum em projetos de habitação social: O caso Programa Minha Casa Minha Vida. 2014.

NUNES, Helder et al. Utilização de índice de Vegetação Normalizada como subsídio para gestão ambiental no bairro Habitat, Três Rios, RJ. 2017. MASCARÓ, Juan L. Infra-estrutura da paisagem. 2008.

GHIONE, Roberto. Transformação social e urbanística em Medellín. 2014. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/14.166/5177. Acesso em: Setembro de 2019. GUERRA, Abilio. Medellín, cidade da arquitetura e do urbanismo democráticos. 2010. Disponível em: https://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/431. Acesso em: Setembro de 2019. MAZO, Liliana; BALLESTEROS, Luis. O espaço público nas intervenções urbanas em assentamentos populares de Medellín - Colômbia. 2016. MINAYO, Maria Cecília; DESLANDES, Suely; GOMES, Romeu. Pesquisa social. 2016. PMTR. Prefeitura Municipal de Três Rios. Lei de Uso e Parcelamento do Solo. 2013. PMTR. Prefeitura Municipal de Três Rios. Plano Diretor Urbano e Rural. 2013. PTTS. Projeto de Trabalho Técnico Social da Prefeitura de Três Rios. Projeto de Infraestrutura e Habitação do Bairro Cidadão. 2011.PTTS. Projeto de Trabalho Técnico

PEDROTTI, Gabriel. 20 espécies nativas para arborização urbana. 2020. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/880359/20-especies-nativas-para-arborizacao-urbana. Acesso em: Maio 2020. Planeta Orgânico. Sistemas Agroflorestais (SAFs): Realizando o casamento entre agricultura e floresta. Disponível em: http://planetaorganico.com.br/site/?p=2554&preview=true. Acesso em: Maio 2020. LOIDK,Hans; BERNARD, Stefan. Opening Spaces Design as Landscape Architecture. 2014. Turenscape. Shanghai Houtan Park: Paisagem como um Sistema Vivo. 2010. Disponível em: https://www.asla.org/2010awards/006.html. Acesso em: Maio 2020.


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