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Fundada em 1950 Natalia Leite
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sumário QUAL A APARÊNCIA DELES?
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RELATOS SÃO REAIS
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SIM ELES EXISTEM ELES MORRERAM TAMANHO MÉDIO DE UM ALIEN
O QUE É UM
ALIENÍGENA? Alienígena – ou apenas alien – é uma palavra usada como variação de extraterrestre – ou simplesmente ET. Aliás, o termo extraterrestre diz respeito apenas ao que está fora da Terra, mas em ufologia costuma estar ligado à existência de seres de outros mundos dotados de inteligência. No dicionário, alienígena significa forasteiro ou estranho. Logo, não quer dizer necessariamente que venha de longe do nosso planeta.
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SIM, ALIENS EXISTEM (OU EXISTIRAM) CIENTISTAS CONCLUEM “Sim, aliens existiram”. Com esse título definitivo, o astrofísico Adam Frank, da Univeridade de Rochester, inicia o artigo que publicou na última sexta-feira no New York Times. Não que Frank tenha encontrado homenzinhos verdes ou discos-voadores – ele não encontrou. O que ele fez, juntamente com seu colega Frank Sullivan, da Universidade de Washington, foi um pouco menos emocionante que isso: cálculos. Mas, após terminar as contas, os dois não têm mais dúvidas: é muuuuuuuuuuuuito improvável que não tenha surgido pelo menos mais uma outra civilização tecnológica, além da nossa, na história do Universo. O ponto de partida dos cálculos de Frank e Sullivan é a famosíssima Equação de Drake, imaginada em 1961 pelo astrônomo Frank Drake para tentar determinar a probabilidade de haver sociedades extraterrestres avançadas passíveis de serem detectadas em algum outro ponto do Cosmos. A equação diz o seguinte: 6
Ou, se formos falar português: O número de civilizações alienígenas no Universo (N) é igual à multiplicação de 7 outros números. O primeiro (R*) é a taxa de formação de novas estrelas. O segundo é a porcentagem dessas estrelas que contêm planetas. O terceiro é o número de planetas capazes de abrigar vida em cada uma dessas estrelas. O quarto é a fração desses planetas que realmente contem vida. O quinto é a porcentagem dessa vida que desenvolveu inteligência. O sexto número é a porcentagem dessa vida inteligente que desenvolve tecnologias de comunicação que podem ser detectadas. E, por fim, L vem de lenght, ou duração: por quanto tempo essa civilização emitiu sinais que podemos detectar. A equação é instigante, mas, quando Drake a formulou, ela não tinha lá muita utilidade. Afinal, daqueles sete números, seis eram absolutamente desconhecidos: só a taxa de formação de novas estrelas era sabida. Como se sabe, é impossível resolver uma equa-
ção se você não conhece quase nenhuma das variáveis envolvidas. Por isso, a equação de Drake vive sendo citada por aí, mas nunca resolvia nada: os otimistas imaginavam que as variáveis tinham valores altos, enquanto os pessimistas achavam que eles eram baixos, e aí nunca chegávamos a acordo nenhum. Acontece que, entre 1961 e 2016, muita coisa mudou. Naquela época, não se conhecia nenhum planeta fora do Sistema Solar: hoje já se conhecem mais de 3 mil. Os astrônomos agora acham que há planetas girando ao redor de todas as estrelas do firmamento: ou seja, fp parece ser próximo de 100 (100% das estrelas têm planetas). Outro número que parece ser bem alto é ne: não há como saber ao certo quantos planetas orbitam cada estrela, mas tudo indica que seja um punhado. E, a julgar pelos planetas já encontrados até hoje, algo
entre 20% e 25% ficam numa zona onde vida é possível. Partindo desses números conhecidos, Frank e Sullivan resolveram inverter o sentido da velha equação. Em vez de usá-la para calcular quantas civilizações extraterrestres existem, se propuseram a calcular qual é a probabilidade de que a nossa civilização tenha sido a única a surgir no Universo. O resultado é que essa probabilidade é incrivelmente baixa. “A não ser que a probabilidade de uma civilização evoluir num planeta localizado na zona habitável seja de 1 em 10 bilhões de trilhões, então nós não somos os únicos”, escreveu Frank. Em outras palavras: é muito muito muito improvável. Quase impossível. Então é o caso de continuarmos procurando. A verdade deve mesmo estar lá fora. 7
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NUNCA ENCONTRAMOS ALIENS PORQUE ELES JÁ MORRERAM? TEORIA DEPRIMENTE FOI PROPOSTA POR CIENTISTAS AUSTRALIANOS
O universo tem um bilhão de trilhões de estrelas (1021). Ou algo por aí. Para onde olhamos, essas estrelas – provavelmente a maioria – têm planetas. Vários deles são rochosos e estão na zona habitada, o que significa que são semelhantes à Terra. Água também está em todo o lugar. Então, onde estão os aliens? Esse é o chamado Paradoxo de Fermi, proposto pelo físico Enrico Fermi em 1932, quando o termo popular para alienígena ainda era “marciano”. Agora, um grupo de cientistas da Universidade Nacional da Austrália acredita ter encontrado a explicação. E é um tristeza só. Planetas são instáveis. Aqui mesmo no lar-doce-lar, o Sistema Solar, temos três deles na zona habitável – Vênus, Terra e Marte. Todos tiveram água em estado líquido em algum momento, mas só um vingou. Acontece que a vida evoluiu na Terra rapidamente. Isso estabilizou o clima de duas formas: primeiro, quando o Sol era mais jovem e fraco, a vida criou uma quantidade suficiente de gás carbônico, que aqueceu a atmosfera, evitando que o planeta virasse uma enorme bola de neve. Mas esse mesmo gás foi também controlado por organismos fotossintéticos,
evitando que acabássemos como Vênus, onde há tanto gás carbônico que a temperatura chega a 462 graus – suficiente para derreter chumbo. Para um planeta permitir que a vida continue, há um curto prazo no qual organismos unicelulares precisam surgir, se multiplicar e controlar o clima. Esse é o chamado Gargalo de Gaia. Segundo as simulações dos cientistas australianos, superar essa situação deve ser extremamente raro. “O mistério de por que não achamos ainda sinais de aliens tem menos a ver com a possibilidade da vida ou inteligência e mais com a raridade do surgimento rápido da regulação biológica dos ciclos climáticos na superfície dos planetas”, afirma Charles Lineweaver, um dos autores do estudo. Em outras palavras, segundo os australianos, os aliens nem tiveram a chance de evoluir de bactérias para homenzinhos cinza com naves em forma de pires e uma estranha obsessão pelas cavidades do corpo humano. (Leitores de Varginha talvez estejam nesta hora levantando o dedo para protestar. Sabe o que tem em Varginha, além do ET? A represa de Furnas. Em Furnas, tem peixes. Portanto, em Varginha, tem pescadores. CQD.) 9
relatos são reais SUDESTE DO BRASIL, 1986
res de controle dos aeroportos de São José dos Campos e de São Paulo. O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Um dos avistamentos mais docu- Tráfego Aéreo (Cindacta I), em mentados da história envolveu Brasília, confirmou no radar a até caças da Força Aérea Bra- presença de 21 objetos congessileira (FAB) tionando o tráfego aéreo. Em 19 de maio, uma revoada de Com o espaço aéreo ameaçaóvnis foi detectada pelas tor- do, o Comando de Defesa Aero10
va, detalhando a operação. Foi a primeira vez que autoridades militares brasileiras admitiram ter visto óvnis. Em 2009, 23 anos após o evento, a FAB divulgou um relatório oficial do caso, afirmando que os objetos vistos naquela noite eram “sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados”
OCEANO PACÍFICO, 1990 Ufólogos acreditam que quase metade dos eventos inexplicáveis aconteça nos oceanos, dentro e fora d’água
espacial Brasileiro enviou um caça F-5E da Base Aérea de Santa Cruz (RJ) para interceptar os óvnis e três jatos Mirage III decolaram de Anápolis (GO) para ajudar na busca. Os pilotos avistaram pontos luminosos que faziam ziguezague a mais de 1.000 km/h. Os jatos não detiveram os objetos, que sumiram rumo ao litoral sem deixar rastro. No dia seguinte, o ministro da Aeronáutica, brigadeiro Moreira Lima, junto aos pilotos dos caças, concedeu uma entrevista coleti-
Também há registros de eventos estranhos avistados no mar, como corpos que navegam a velocidades incríveis, interferências nos instrumentos de bordo de submarinos e outras bizarrices. Esses casos de objetos submarinos não identificados (osnis) também são pesquisados por ufólogos. Em 1990, tripulantes de um contratorpedeiro russo presenciaram um objeto de 10 m de comprimento e sem janelas emergir e se afastar devagar, emitindo luzes coloridas. De repente, o osni levantou voo e sumiu. O capitão do navio, Nikolai Petrov, diz ter testemunhado seis avistamentos desse tipo.
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CIENTISTA CALCULA O TAMANHO MÉDIO DOS ALIENS:
ENORMES JABBA THE HUTT, É VOCÊ? Se cientistas estão otimistas sobre encontrarmos vida no espaço, achar homenzinhos verdes é outra conversa. Por ora, os cientistas têm a bem mais modesta proposta de achar seres unicelulares, talvez até no sistema solar. Ainda assim, o cosmólogo britânico Fergus Simpson, da Universidade de Barcelona, acredita que é possível saber o tamanho deles. Ele é o autor de um estudo que estimou o tamanho médio de espécies civilizadas no universo: 300 quilos. Mais ou menos o tamanho de um pônei, urso polar ou porco doméstico. O cálculo funciona assim: o cientista partiu das relações entre massa e conservação de energia entre os animais da Terra. Quanto maior o animal, menor a população. “As formigas facilmente nos superam em números porque são pequenas. Nossos corpos grandes requerem um suprimento de energia muito maior, então seria impossível para nós termos uma 12
população tão grande quanta a delas”, afirmou Simpson. “Agora, aplique esse conceito para a vida inteligente ao redor do universo. Em média, devemos esperar que uma espécie maior tenha menos indivíduos que as menores. E, como no caso dos países, devemos esperar estarmos em um dos mais populosos. Em outras palavras, é bem provável que sejamos as formigas entre as espécies inteligentes.” Simpson partiu do fato que a Terra estaria no limite dos planetas mais populosos. Também, que nosso planeta teria um tamanho acima da média entre os habitáveis, que teriam dimensões mais próximas às de Marte. Noves fora, ele chegou a aproximadamente 50 milhões como a população média de uma espécie civilizada. Sendo tão poucos, num planeta tão pequeno, eles compensariam no tamanho, tendo cerca de 300 quilos. A pesquisa de Simpson vale ser
“Eu sempre disse que tinha um porte médio” mencionada como pioneira em um caminho ainda não trilhado. Mas, até que realmente encontremos os aliens, deve ser vista com um pé/pata/garra/tentáculo atrás. Outros cientistas consideram que ela é mais frágil que o projeto estrutural da Estrela da Morte. Em entrevista ao site LiveScience, Michael Kopp, professor de biologia teórica na Universidade Aix-Marseille, na França, levantou alguns contra-argumentos. Primeiro, a gente simplesmente não sabe se realmente nosso planeta está no extremo dos mais populosos. Pode muito bem ser só a média. Além do mais, a relação entre tamanho e população é bastante consistente entre as espécies terrestres, mas isso não exatamente se aplica a espécies inteligentes. “A previsão de que a maioria das civilizações conteria
menos de 50 milhões de indivíduos se baseia na hipótese que a distribuição de tamanhos de civilizações corresponde à distribuição do tamanho das espécies… mas não há quaisquer razões para acreditar nisso”, afirmou Kopp. Outro cético é Seth Shostak, que trabalha no programa SETI, que tenta contatar alienígenas por transmissões de rádio. O cientista acredita que Simpson falhou em considerar a evolução. Por exemplo, golfinhos são mais inteligentes que baleias, e corvos são mais que avestruzes. “Ursos polares são grandes, mas não escrevem grande literatura ou fazem torres de rádio. Um bocado disso é provavelmente porque eles estão andando em quatro patas”, afirmou o cientista, ao site da Newsweek. 13
QUAL É A APARÊNCIA DE UM ET? A JULGAR PELOS RELATOS DAS PESSOAS QUE DIZEM TER VISTO UM ET, A DIVERSIDADE RACIAL FORA DA TERRA É TÃO GRANDE QUANTO A QUE TEMOS NO NOSSO PLANETA. OS GREYS (OU CINZAS) SERIAM O TIPO MAIS COMUM: BAIXOS – TÊM ENTRE 1 METRO E 1,40 –, CABEÇUDOS, COM GRANDES OLHOS NEGROS E SEM PÊLOS. MAS HÁ PESSOAS QUE AFIRMAM TER VISTO UNS LOUROS ENORMES, PRATICAMENTE “EUROPEUS”, QUE VIRIAM DE VÊNUS. JÁ OS AZUIS (OU STAR WARRIORS, OS GUERREIROS DAS ESTRELAS) TERIAM FEITO CONTATO COM ÍNDIOS, NA REGIÃO DO MÉXICO E DO ARIZONA. Á AINDA OS REPTILIANOS (QUE PARECEM COBRAS), OS CICLOPES (QUE TÊM UM OLHO SÓ NA TESTA), OS SÍRIUS (UMA RAÇA AQUÁTICA, QUE RESPIRA TANTO NA ÁGUA QUANTO FORA DELA) E MUITOS OUTROS.
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