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Convenção do PMDB: cresce a instabilidade da Nova República.

Funcionários das universidades federais param em todo o país.

URSS reduz fornecimento de petróleo para a Nicarágua.

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-----nestes dias-Corrupção o governo do Estado de Slo Paulo está envolvido num imenso escândalo financeiro. Através da corretora do Banespa (banco do Estado) foi reali· zada uma compra fraudulenta de açõe de uma empre a, que gerou um pre· juízo de cerca de 180 milhõe de cruza· dos. O dinheiro desapareceu e ningué abe onde e tá. O presidente do banco Otávio Ceccato, homem de confiança de Quércia (sócio e respon ável financeiro de sua campanha), está tentando demonstrar que nada sabia e que a culpa é de dois outros diretores, escolhidos a dedo por ele mesmo. 'Mas as suspeitas sobre Ceccato 510 tio fortes, que numa viagem recente a Paris, sua bagagem foi revistada pela Polícia Federal. O assunto ainda vai dar o que falar. Talvez esteja aí o dinheiro que Quércia nlo tinha para pagar o funcionalismo ...

asemana----------

Pela terceira vez (ou será a quarta?) Sarney vai anunciar uma "nova era" para o Brasil. Seu entusiasmo do momento é com o "Plano de Consistência Macroeconômica" que o ministro Bresser levou na mala para mostrar aos agiotas internacionais. Como nas vezes anteriores, esperamos que as previsões de Sarney tenham vida curta. De mais a mais, não fica bem a um ''presidente de transição" tamanha preocupação com "eras". Pode dar a impressão de que quer se perpetuar no poder, não? Mas, enquanto :tão conhecemos ainda o novo plano, ficamos, nesta semana com a viagem do ministro e com o ongres. o do P 'B.

A viagem de Bresser

Covas, o "Zuza" Há toda uma campanha em alguns setores de imprensa para promover a imagem de Covas, como alternativa à crise do PMDB. Já sabemos entlo, que seu apelido caseiro é "Zuza", seu filho é "Zuzinha" e sua mulher Florinda, é "Lila". Covas, que tenta aparecer como oposiçlo a Sarney, construindo uma "frente progressista", foi o defensor na convençlo do PMDB dos 4 anos de mandato para o presidente. Mas como entre a burguesia e a Aliança Democrática que sustenta o governo começou a circular uma opinilo que o Plano Bres· ser nlo é tio mau e pode dar certo, Covas já começou a atenuar suas criticas e em toda a convençlo evitou o confronto aberto que acabaria por dividir o PMDB. Nos próximos meses, de acordo com os rumos do Plano Bresser, ele poderá voltar a se tomar "um radical", \:omo bom carreirista que é.

Exemplos

de fraternidade A convençlo do PMDB foi um pri· mor de fraternidade burguesa. O MR-S que foi a Brasilia defender os 5 anos pa· ra Sarney, fretado por um bicheiro carioca, foi apelidado de UDR-S e insultou todos os que estavam por 4 anos como "demagogos". Sua palavra de ordem mais radical era: "Estamos com a lei. 5 anos." Carlos Santana, líder do governo Sarney nlo pôde discursar. Foi chamado de "fascista" e "homem da mala". Na hora que falava, todos viraram-lhe as costas e jogavam notas de um cruzado. Mas o mais insultado foi Sarney, chamado de "biônico", entre outras coisas piores.

Convergéncla SOCIalista é uma ;Jubhcaçto da ACS EdltOfa LIda. - Rua Machado Bllten· court,205 - Vila Mariana - S Paulo - CEP 04044 Fone 549·5045 O"etor Responsáve/ A Schrelner Registro na Junta Comerciai do Estado de SPaulo 158831181 C"C 43983311/0001·20 Composlçlo, pasf.up e tOtO/ltOS Proposta EditOrial Fone 282·5992

uma manobra interna de aumento das reservas para o caso de "maus pagadore ", que foi apresentada e continua sendo apresentada como uma "posiçlo de força" dos banqueiros. a verdade, a situaçlo é bem outra. A manobra dos fundos teve dois objetivos: tranquilizar os investidores norte-americanos (desses bancos) e aproveitar para nlo pagar imposto de renda. Enquanto isso, há uma verdadeira onde de pânico e - ao contrário de "posiçlo de força" - os banqueiros seguem tratando o Brasil com muita cautela. Poderiamos por exemplo, testar a "posiçlo de força" deles, estendendo a moratória por uns cinco anos mais. Que tal? Raciocinando ao contrário: qual seria nossa vanta· gem em acabar com a moratória?

Congresso do PCB Bresser: de mala e Plano, rumo aos Estados Unido.

o dia 22, o ministro viajou para os Estados Unidos da América, onde tinha encontros marcados com banqueiros, com o governo norte-americano e, por fim, com o Fundo Monetário Internacional. Seu objetivo declarado foi apresentar seu novo plano para a economia brasileira. Outro objetivo, e talvez' o principal, é o de negociar o fim da moratória declarada em fevereiro deste ano, em troca de mais dinheiro emprestado e taxas de juros menores.

o prejuízo

dos Bancos Os grandes bancos norte· americanos acabam de publicar uma relaçlo de prejuízos da ordem de 13 bilhões de dólares para o segundo trimestre deste ano. Mais da metade desses 13 bilhões ficam com o Citicorp, Manufacturers Hanover, Chase Manhattan, Chemical N. Y. e Banlcamerica. A perda dos banqueiros - ou seja - aquilo que deixaram de receber, principalmente por causa da moratória brasileira, se cons· tituiu num recorde de prejuízos, desde 1934, época da grande depresslo.

Recentemente esses bancos fizeram

decer. Por is o mesmo se votou conti· nuar apoiando "a transiçlo democrá· tica". A exemplo do PMDB, o PCB também evitou di cutir várias questões importantes, jogando-as para frente, preferindo manter a sua crise permamente em "banho maria".

Cruz Alta Briga pela Terra Neste último sábado, dia 1S, cerca de 300 familias de posseiros tomaram a fa· zenda Slo Juvenal, em Cruz Alta (Rio Grande do Sul). A UDR (Unilo Democritica Ruralista), organízaçlo dos latifundiários brasileiros, reagiu imediatamente e está armando e convocando proprietários para expulsarem os colonos à força. O ministro atual da Refor· ma Agrária, Marcos Freire, já avisou que nlo pode fazer nada e lavou as mlos. O ministro da Justiça, Brossard, é outro grande latifundiirio no Rio Grande do Sul e, seguramente, nlo fari nada para evitar um massacre. É urgente uma mobilizaçlo em favor dos colonos, para garantir sua posse e evitar o massacre, pois estes sempre 510 de· sarmados pela polícia, enquanto que nas armas dos latifundiários ninguém toca.

Em Imperatriz, nova Invasao.

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AI' lado de Sarney, dois deputa do PCB: Roberto FreIre. Fernando Santana. O Par· tldlo renova s.u apolo. "nova república •••

Paralelo e ofuscado pela convençlo do PMDB, o Partido Comunista Brasileiro também fez seu congresso nacional nesse último fim de semana (e nunca é demais lembrar que foi o oitavo em 6S anos de existência). Na 2~feira uma delegaçlo do PeB, junto com delegações estrangeiras, foi recebida por Sarney - a quem foram agradecer a possibilidade de ter feito o congresso na legalidade. Para o PeB, as liberdades democriticas conquistadas nlo 510 fruto da luta dos trabalhadores e do povo, mas uma concesslo a que se deve agra-

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Imperatriz no Maranhlo tem sido um foco permanente de tenslo entre la· tifundiirios e posseiros. Na semana passada, os posseiros invadiram a fa· zenda ltacira, do Industrial Machline, amigo intimo de Sarney e dono da Sharp.

A fazenda, que também é conhecida como "criminosa", ji foi declarada pelo Ministério da Reforma Agrária como "área de conflito", caracterizaçlo que permite a açlo legal dos posseiros.

Mas como o empresário é amigo de Sarney e as terras ficam no Maranhlo (onde o presidente tem as suas), é quase certo que o governo agirá com violência em defesa do latifundiário, demons. trando mais uma vez "seu compromisso c:>mos pobres" ...

Libertem nossos presos!

Como na época da ditadura militar, a Nova República recorre ao seu mais usado instrumen· to legal de represslo: a lei de Segurança Nacional. Por essa lei continuam presos na Policia Federal, no Rio de Janeiro, o professor Mau· ricio Pencak, dirigente estadual da CUT, e Da· nilo Groff, militante do PDT, responsabilizados pelo apedrejamento do ônibus do presidente Sarney, hi um mes, no conhecido epis6dio do Paço.

A~m destes companheiros, a Policia Federal esti • procura de C1iudio Luiz Felipetti, estu· dante de sociolosia da Univenidade Federal

Fluminense, com a mesma acusaçlo. ÁtIIqIIe

à dl.I12M:1a

O governo adota, no caso, duu atitudes tipicu de um governo antidemocritico: resolve que sua impopularidade ~ caso de policia e, como 010 pode pRnder a populaçlo, resolve encon· trar bodes expiat6riOl, aplicando sobR eles urna lei que, por si 56, do admite ~lica, pois quem discorda ou critica ~ passivel de puniçlo.

Por discordar e criticar, foram depor na Poli· cia Federal de SIo Paulo OI presidentes nado-

naI e estadual (SP) da CUT, Jair Meneguelli e Jorge Coelho, e Djalma Bom, presidente R~onaI do PT, j' enquadrado no artigo 26 da leI de Segurança Nacional. Seu crime: afirmaçlles "ofeosiy~ • honra do presidente da República", pronullCl&du durante o comicio Ralizado no último domingo, na Praça da Sé, pela antecipa. çlo du eleiçlles presidenciais.

Esta situaçlo reedita um velho costume ditadura: punir OI adverúrios utilizandO-Ie lei. E reed!ta tam~m urna velha palavra de dem: Abauo a leI de Segurança Nacional! bertem nOlSOSpresosl

da da oro Li.

EDITORIAL

A convenção do PMDB

Cresce a instabilidade da Nova República A Convenção do PMDB realizada nesse último fim de semana, dias 18 e 19 em Brasília, confirmou uma expectativa que tinhamos no começo de Julho - analisada nos dois últimos números do CS - de uma crise sem precedentes.

Nas questões políticas sobre o mandato de Sarney e sobre a forma de governo (presidencialismo ou parlamentarismo) nada se decidiu.

Mas há um ponto que passou quase desapercebido na Convenção, onde não há crise no PMDB: foi aprovado por unanimidade o Plano pró-imperialista de Bresser Pereira!

Esta convenção demonstrou com clareza como atua um partido burguês. Brigam pelos cargos e para ver quem vai mandar aqui ou ali. Mas sempre estão unidos quando se trata de atacar e arrochar os trabalhadore . Como então entender que numa convenção onde ninguêm se en· tendia com ninguêm, se vota por unanimidade um texto chamado "o PMDB e a con-

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juntura econômica "?

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Dois caminhos No dia 12 de julho, na Praça povo estã morrendo de fome da Sé, em São Paulo, mais de devido às conseqüência desse 20 mil pessoas gritaram por di- pacote. retas jã. No dia 17, na passeata De um partido vinculado ao pró-emendas populares à Consimperialismo europeu, como o tituinte, no Rio, aconteceu o PDT, e dos "progressistas" do mesmo. Temos uma greve gepartido que acabou com o garal marcada para daqui a menos de um mês, contra o arro- .tilho, só se poderia esperar isso cho do Pacote Bresser. Para mesmo. O problema é que, intodos os ativistas, estã clara- felizmente, grande parte dos mente colocada uma opção: ou dirigentes do PT e da CUT eso caminho da preparação da tão acompanhando esses políticos e centrando seus esforços greve geral, ou o da campanha pela antecipação da eleição na campanha pela antecipação das eleições. presidencial. Nós defendemos o primeiro caminho.

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r, o grande vencedor

O Ministro Bres er não discursou na convenção, mas ao contrário das avaliaçõesde toda imprensapatronalde que t0dos perderam, ficouclaro que alguêmganhou. Comandados pelos principais líderes, como Fernando Henrique, Celso Furtado, Covas, Ulisses Gui· marães, os economistas do PMDB passaram um documento de apoio ao plano Bresser, que quinze dias antes tinha sido vaiado no Congresso,junto com seu autor, o próprio ministro em questlo.

Na ocasião, Bresser disse que o PMDB no governo tinha que abandonar pontos de seu programa, principalmente no que diz respeito às reivindicações dos trabalhadores. Na convenção o PMDB acabou definitivamente aceitando as palavras do ministro.

a partir desse último fim de semana, o PMDB passa a aceitar e defender aquilo que o próprio ministêrio chamou de "maior arrocho salarial da hist6ria ". Agora todos estão encantados com a "estabilizaçiio da economia". No texto saiu assim: "Neste momen-

to, o objetivo central da política econômica deve ser a recuperaçiio da estabilidade, vale dizer, o afastamento definitivo CÚI ameaça de hiperinflaçiio, com a qual viria o desgoverno total, inviabilizando o processo de transiçiio deO que foi aprovado mocrática. A polltica que está A introdução do documen- sendo executada assumiu a to "o PMDB e a conjuntura forma de choque estabilizaeconômica" não formula ne- dor".

Choque estabilizador,hoje, quer dizer arrocho salarial, alta dos preços, desemprego e aproximaçãoao Fundo Monetário Internacional e sua política.

nhuma crítica ao Plano Bresser, mas apenas reconhece que existem dentro daquele partido algumas "condenações". Nem a administração anterior de Funaro foi criticada. Os culpados foram as generalidades de sempre, como os "gastos públicos", "crise cambial", etc. Assim,

Onde nio há anldade

Existem hoje no partido patronal PMDB pelo menos

uns vinte candidatos "potenciais" a presidente da república. E aí ê que entra a divisão. Cada caciquetrouxeseus "correligionArios"a Brasília para aplaudi-lo na hora certa. Issoê que eleschamam de "partido democrAtico" e "show de democracia". HA uma disputa pelo poder aberta e incontrolAvel.Mas não se trata exclusivamentede ambições pessoais em jogo. É evidente que hoje existem dois elementos que não per· mitem a "estabilização". O objetivo de salvar a "transição" atravésdo plano Bresser seguramente fracassarA. HA uma crise provocada pela dí· vida externa por um lado, e o ascenso das lutas dos trabalhadores, que no fundo desmontaram politicamente a convençãodo PMDBe abala· ram as bases de sustentação da novarepública. A mAscara do PMDB, "o partido das mudanças" está caindoe nem carreiristase oportunistas comoCovasse salvarão.

Já chegamos a 3.300

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contribuições. Colabore com a 7~Campanha Financeira da Convergência Socialista. "

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É bom esclarecer que somos a favor das diretas jã, porque este governo não foi eleito por ninguém, e esta é uma reivin· dicação democrãtica das massas. Sabemos também que o sentimento que move os trabalhadores que estão a favor das diretas jã, é mais que uma postura democrãtica, é um sentimento antigovernamental, de repúdio ao arrocho, à miséria, ao desemprego.

Do que discordamos é que se canalize esse sentimento eu. direção a uma saída controlada pela burguesia, como estã sendo esta campanha. Seu objetivo efetivo é apenas antecipar as eleições em um ano. E conseguir que os trabalhadores es· perem a aprovação e convocação da eleição presidencial em 88, para resolver seus problemas.

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Bmola e o PDT, assim como os chamados "progressistas" do PMDB, tentam nos convencer a esperar que as eleições sejam marcadas para então vermos resolvidos todos os nossos problemas... conduzindo um deles à presidência. Ao mesmo tempo, se recusam a fazer qualquer chamado à mobilização contra a dívida externa ou contra o plano de arrocho de Bresser-SarneYI mesmo quando o

Convergência Socialista ~

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Ao contrãrio, se lançarmos nossas forças na preparação da greve geral, em defesa do gatilho e da extensão da moratória, estaremos lutando, de maneira muito mais eficaz, contra o imperialismo e contra este governo. Infelizmente, todos os preparativos para a greve geral estão atrasados, e ainda não se começou, na realidade, a criar um clima de greve geral no país.

Os companheiros que acham que essas duas campanhas não se contrapõem façam o teste.

Vejam como está a preparação da greve geral na sua região, pensem em tudo que ainda é necessário fazer. E esta preparação só poderã ser garantida se houver uma clara definição de prioridade para o conjunto dos trabalhadores da CUT e da CGT.

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Assim, hã dois caminhos possíveis hoje. Um deles é o de uma campanha pela antecipação da eleição presidencial, gerando ilusões, detendo a luta.

O outro é que os trabalhadores confiem somente em suas próprias forças, preparando a greve geral contra o FMI e o arrocho salarial. Foi assim que conquistamos o gatilho, que impedimos os aumentos das passagens de ônibus. Este é o nosso caminho.

Funcionários da universidade federais param em todo o país Bernadete Menezes, que integra o Conselho de Representantes da Associação dos Funcionários da Universidade Federal do Pará e Participou da reunião do Comando Nacional de Greve do Funcionalismo Federal, nos relata como está a greve que já atinge 36 universidades em todo o país.

ConYel'lênda Socialista: Quais 510 as relYindicaçôe5 da greve nadonal do fundomo das universidades federais?

Benaadete: A principal reivindicação é o Plano de Cargos e Salários da Fasubra, que foi conquistado na greve de março.

Além disso, o governo hoje, ao regulamentar a lei da Isonomia, ataca várias conquistas do funcionalismo, como por exemplo o regime de 30 horas semanais.

Hoje existem 20 universidades que trabalham neste regime e o projeto do governo tenta nos impor as 40 horas. Outra questão é a liberação de diretores sindicais que foi conquistada por várias associações e inclusive pela própria diretoria da Fasubra. E o governo quer limitar estas liberações às atividades funcionais.

CS: Que tem a ver essa politla do gover· no com a implementaçio do Plano Bresser?

Bemadete: Ainda esta semana se comentava no comando nacional da greve que o decreto que o governo nos quer impor é o Plano Bresser para as universidades. Ou seja, cumprir as normas do FMI de cortes nos gastos públicos, com a educação sendo a primeira da fila.

Mas a resposta dos funcionários mostra ao governo que não estamos para brincadeira. Até hoje já são 36 universidades em greve, o maior número que já conseguimos parar. E já se fala da possibilidade de adesão dos professores, o que geraria uma mudança qualitativa nas negociações, que têm sido muito lentas, com o governo, na ânsia de garantir o Plano Bresser, mostrando-se duro. Por isso é importante nos unirmos às demais categorias na organização da greve geral de 12de agosto contra o Plano, pelo gatilho e contra a divida externa.

CS: Como se articula a mobmzaçio com a preparaçio da greve geral?

Bemadete: Como nossa greve é nacional e bastante forte, ela tem sido, em várias capitais, a ponta de lança na preparação da greve geral, e isso já se demonstrou no dia 17, que estava no cronograma da CUT pela preparação da greve geral. Em

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Belém, por exemplo, fIZemos uma passeata com os funcionários da Universidade Federal do Pará, da Faculdade de Ciências Agrárias, da Escola Técnica e com os funcionários do MEC, e que foi o acontecimento mais importante na preparação da greve geral na cidade, repercutindo em todos os meios de comunica-

ção. Mas isso não ocorre só no Pará. Apesar de não ser essa a orientação da Fasubra, em várias universidades os funcionários se somaram aos atos do dia 17, como em Goiânia, Paraíba, Rio de Janeiro e São Carlos, mostrando, na prática, que a nossa greve e a greve geral são um movimento só contra o Plano do governo.

CS: Qual o apoio que vocês têm tido das centrais sindicais, CUT e CGT? Bemadete: Não temos tido quase nenhum apoio de nenhuma das centrais, o que nos preocupa, pois a nossa greve é a mais importante no país hoje e porque nosso triunfo poderá ter conseqüências para todos os trabalhadores.

Desemprego:

As multinacionais são campeãs Está ficando insuportável agüentar as cínicas campanhas publicitárias do governo no rádio e na televisão: "Vai melhorar, é preciso confiar, a crise está acabando", e por ai afora. Que o digam os 2.204.000 trabalhadores brasileiros desempregados. A crise não está acabando coisissima nenhuma. As demissões continuam e, neste processo, quem se destaca são as multinacionais, verdadeiras campeãs do desemprego. Ainda assim, muitos trabalhadores têm a ilusão de que é melhor trabalhar para uma grande firma estrangeira. A realidade, entretanto, mostra o contrário.

A tradicional tendência de queda no nivel de emprego, que sempre se verifica nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano, desta vez não foi revertida. Só na Grande São Paulo, a taxa de desemprego subiu de 7,3070em janeiro para 7,6% em fevereiro, para alcançar o índice de 9,5% em maio passado, segundo dados do Oieese. Como se isso não bastasse, a queda abrupta do nivel de emprego foi acompanhada de uma não menos vertiginosa queda do salário real (37,73%, com o confisco imposto pelo Plano Bresser).

O setor mais atingido pelas demissões foi o das montadoras da indústria automobilística. Um setor, aliás, do qual de-

pendem estreitamente uma série de outros, como o de autopeças, de pneus etc.

Como cada emprego numa montadora assegura e gera 6 empregos nesses demais ramos de indústria, cada demissão provoca um efeito cascata assustador.

Assim, no setor de autopeças, de um total de 293.000 trabalhadores, foram demitidos 400 em março, 1.700 em abril, 2.100 em maio e 4.000 em junho, de acordo com Pedro Eberhardt, presidente do sindicato nacional das indústrias de componentes de veiculos automotores (Gazeta Mercantil, 01/07/87).

As "multls" na vanguarda No ABC paulista, o maior parque industrial do país, o primeiro semestre registrou uma diminuição de 25 mil empregos. Desses, 4.165 são de responsabilidade da "holding" Autolatina, resultado de uma fusão recente entre a Volkswagen e a Ford.

Outros exemplos não faltam: a Fiat (italiana) já demitiu 700 trabalhadores, e deu férias coletivas para mais 2.000. A Saab Scania (sueca) cortou 5% de seu pessoal, ou 177 funcionários. A Mannesmann (alemã), maior siderúrgica privada no pais, dispensou 700 dos seus 9.500 empregados, em Minas Gerais.

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Entretanto, a crise das montadoras, do lado das indústrias, é controlável: o crescimento das suas exportações, no primeiro semestre, foi vigoroso, se comparado ao primeiro semestre de 1986: 68,4% a mais em unidades, 41,9% em valor. E isso, apesar da retração das vendas do mercado interno, em 39% (JB, 5/7/87). Além disso, as empresas têm grande flexibilidade para reduzir suas atividades, já que seus índices de endividamento, isto é, a porcentagem de dividas contraidas com relação ao seu patrimÔnio, é muito baixo: 15,1% (JB, 5/7/87).

Desemprego e imperialismo Por ai se vê que a situação dessas grandes empresas não é nada periclitante. O que acontece é que, para não reduzir um tostão do lucro astronÔmico que têm, para não abalar a sua taxa média de lucro a nivel mundial, qualquer redução do faturamento (no caso, a queda do consumo interno) faz com que botem no olho da rua milhares de operários que lhes garantem sua fabulosa taxa de lucros, já que o Brasil, integrado ao sistema de divisão mundial do trabalho, oferece um dos maiores indices de exploração, com farta mão-de-obra barata.

Um,

questão

preocupa hoje a todos os militantes do PT: o que se passa com o partido?

Entre o atual PT e aquele partido conhecido por ser "do contra", "obreirista", que tanto irritava a burguesia, a imprensa e o governo, existe uma distância imensa.

Hoje, as preocupações e a orientação da direção estão todas voltadas para a Constituinte ou para as alianças com outros partidos, todos patronais.

A entrada de membros do PT no governo de Saturnino Braga (prefeito do Rio de Janeiro e pioneiro no confisco do gatilho salarial do funcionalismo), aparentemente com o apoio da direção nacional, a entrada de empresãrios paulistas na Comissão de Finanças, com o objetivo declarado de "ajudar o amadurecimento do PT", e, em especial, a política de, na Constituinte, centrar esforços na aproximação com a chamada Frente Progressista, são fatos que formam um quadro preocupante para os ativistas que lutam por um partido de independência da classe trabalhadora, o que, afinal, expressa a proposta original do PT .

A proposta de "frente progressista" nlo tem nada de novo. Ela tem o mesmo conte6do da proposta de "voto 6til" nas eleições de 82 e 86, quando o PCB e o PCdoB chamavam ao voto no mal menor (no PMDB ou na Aliança Democrática), para barrar a direita ou o PDS. Lembremo-nos que e te chamado buscava obrigar os trabalhadores a optarem pelo partido patronal tido como menos ruim, impedindo sua organiza· çlo independente, através do PT. Agora, esta mesma política está de volta, sob nova fachada: ela procura ganhar o PT para fazer um bloco na Constituinte com os partidos patronais mais A "esquerda", para se contrapor Adireita, representada na maioria da Aliança Democrática. S6 que desta vez, o beneficiado nlo é mais o PMDB de conjunto e sim o seu setor supostamente progressista (capitaneado pelo ex-prefeito de Slo Paulo, Má· rio Covas), além do PDT de Bmola e do PSB. Como nlo podia deixar de ser, esta "frente progressista" conta com o apoio do PCB e do PCdo B. O 6nico dado novo nesta bist6ria é que desta vez a direçlo do PT e sua bancada, sem exceções, estio entrando no jogo destes políticos patronais.

Caem no conto e nlo obtêm qualquer ganho, pois a Constituinte continua sendo tio rea· cionária quanto antes, enquanto nosso partido some enquanto alternativa independente para os trabalhadores, engolid pe-

lo "bloco progressista". Afinal, o que se pode esperar de uma frente com figuras como Bmola (conhecido por sua p0lítica repressiva contra o funcionalismo, quando era governador do Rio, e por ter apoiado o mesmo Sarney, que hoje critica, no Colégio Eleitoral em 85)? Ou entlo com Mário Covas, que esteve sempre envolvido nas manobras do PMDB, passando pelo Colégio Eleitoral, pelo Plano Cruzado e que agora repetiu a dose, na Convençlo do PMDB ao votar a favor do Plano Bresser?

Essa frente s6 existe porque os setores patronais que a encabeçam querem posar de patronos dos interesses populares para capitalizarem eleitoralmente o desgaste do governo e, principalmente, para desviar as lutas dos trabalhadores para o beco sem saída da confiança na Constituinte e da esperança de que nossos problemas se resolverlo com a eleiçlo de um novo presidente (igualmente patronal).

EItá em JoIo o caráter do partido Os fatos que envolvem o PT com esta frente slo bastante graves. Lula compareceu em pessoa na Convençlo do PDT para afirmar a reaproximaçlo entre o PT e este partido. Pior: segundo o jornal Clann, de Buenos Aires, em sua ediçlo de 14 de julho, declarou aos convencionais que "Brizola é uma das esperanças do povo

brasileiro ", no que foi entu· siasticamente aplaudido pelo sorridente Bmola, 6bviamente (ver foto).

Outro fato grave: segundo declarações de César Benjamin, um dos dois militantes do PT que entraram no secretariado do prefeito do Rio, Lula reuniu-se duas vezes com Satumino (que saiu do PDT para melhor articular a "frente progressista"). César afirma ainda que foram estas reuniões que deram a ele e a Sérgio Andréa (o segundo petista envolvido na bist6ria) o sinal verde para entrarem no secretariado de Saturnino, comprometendo o PT com a gestlo deste inimigo dos trabalhadores e grande amigo de Mário Covas.

As vit6rias do PT e o crescimento de nossa bancada parlamentar, ampliada nas 6ltimas eleições, em vez de se traduzirem em uma maior presença sua nas lutas e, agora, na preparaçlo da Greve Geral, tem se transformado em fator de presslo sobre o partido, que passou a definir tudo em funçlo de possíveis resultados eleitorais e a se desviar de sua proposta classista. Já alertá· vamos sobre isso quando denunciamos a entrada dos empresários de Slo Paulo na Comisslo de Finanças do nosso partido como um ataque aos princípios e ao caráter de classe do PT. Afinal, como conciliar a convivência no partido entre os trabalhadores e aqueles que os exploram?

,'Fiel à classe trabalhadora,

autônomo e

independente' , Em 1986, durante a campanha eleitoral, Lula dizia em carta divulgada ~lo Boletim Nacional do PT: "E muito c/Qro porque as classes dominantes são contra o PT: é porque o PT não comJXIctuou com o Colégio Eleitoral, porque o PT não concordou com o arrocho salar'Úl1do Pacote de fevereiro (... ) Enfim, o governo e o empresar'Úldo atacam o PT porque o PT existe, cresce, se fortalece e continua fiel à classe trabalhadora, numa postura autônoma e independente ".

Foi com esse discurso que Lula conquistou a maior votaçlo para deputado constituinte do país.

Agora, as convenções do PT, que já derrotaram as coligações em 82 e 86, têm diante de si uma tarefa central: reafirmar o caráter de classe do par-

tido. E isso hoje quer dizer: re pudiar a participaçlo do PT em qualquer governo patronal (como o de Saturnino), nlo permitir a entrada de grupos de empresArios em qualquer instlncia do PT (como tenta fazer a díreçlo estadual de Slo Paulo), dizer aio A "frente progressista" (preservando a autonomia e independencia do partido).

Além disso, o PT precisa de· finir urgentemente uma política que coloque como centro de suas atividades a luta contra o imperialismo, contra o arrocho e o desemprego, apresentando um plano econômico alternativo aos planos de fome do governo e, sobretudo, apoiando decididamente todas as lutas concretas dos trabalhadores e a preparaçlo da Greve Geral.

A reação das bases Dia 13 de julho: plenária do PT ria Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. A expectativa é grande, pois, neste dia, Sérgio Andréa e César Benjamin estavam tomando posse no governo Satumino. A plenária começa com uma discusslo quente: qual deve ser a prioridade do PT na passeata do dia 17 no Rio? De imediato, surgem duas propostas: a) deve ser a campanha das diretas; b) deve ser a Greve Geral contra o arrocho, convocada pelas duas centrais sindicais.

Ganha a segunda, com mais de 600/0 dos votos, para surpresa de toda a díreçlo regional, que defendia a primeira.

A plenária prossegue. Há muita radicalizaçlo das bases contra a entrada dos dois militantes do partido na prefeitura do Rio, Gritos de "tem que expulsar", dirigidos aos dois novos secretários de Satumino,

~~=;Convergência Socialista~.~:,: ~~'1i' .:.:~'~~~~!~~~'~"

slo ouvidos a toda hora. A tendência era a de se votar a expulslo, caso os dois nlo voltassem imediatamente atrás em sua decislo. No entanto, a direçlo regional, sob o argumento de que nlo havia mais tempo para se discutir, de que o local iria fechar, impõe que nlo se vote nada e joga a questio para a reunilo do dia seguinte, entre o Diret6rio Regional e a Executiva Municipal, com a presença dos dois, Sérgio e César. Esta reunilo votou contra a entrada, reafirmando a posiçlo dos petistas do Rio, contra a colaboraçlo com Saturnino e seu governo anti operário. Porém, decidiu nl0 realizar nenhuma plenária de base para discutir a questio, transferindo a _polêmica para a Comisslo de Etica e para os Diret6rios Estadual e Nacional.

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A convocação da Greve Geral para o dia 12 de agosto representa um gigantesco norte para as lutas da classe trabalhadora. Todas as manifestações espontâneas de repúdio popular à política de fome do governo, do vitonoso quebra-quebra contra os aumentos nas passagens de ônibus no Rio aos seguidos saques na Zona Leste de São Paulo; todas as greves e lutas organizadas em vârias categorias contra o brutal roubo salarial imposto pelo pacote de Sarney, Bresser e FMI, mostram que estão dadas as condições para a maior resposta unitâria dos trabalha-

dores ao arrocho e à recessão. Esta resposta, sem qualquer sombra de dúvida é a Greve Geral.

No entanto, a pouco menos de um mês de sua realização, é preciso dizer que a direção da CUT ainda não se jogou pra valer na organização da Greve. E que pelo menos uma oportunidad«: preciosa para avançar nacionalmente nesta organização, as manifestações do dia 17 de julho, não foram corretamente aproveitadas pela CUT, que permitiu à

que , ateaqU1a direção da CU~

chamada frente progressista (setores do PMDB, PDT, PCB, PCdoB, que estão efetivamente contra a Greve Geral) canalizar a maioria delas para a campanha pelas diretas em 88 e para a pressão sobre o Congresso Constituinte, secundarizando a preparação do dia 12 de agosto.

Este é um alerta importante para a direção da CUT e uma discussão fundamental para todos os que estão dispostos a organizar com toda força a Greve GeraL.

Veja os avanços e os problemas na organização da greve ••.

••• 1f0 RIO DE JAlfEIllO _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ No Rio de Janeiro, a preparação da Greve Geral tem avançado, a partir da formação do Comando Estadual de Oro ganização (Comandão), que inclui a Faferj, os sindicatos de professores (CEP), bancários do Rio e da Baixada Fluminense, ferroviários, borracheiros, metroviários, mergulhadores, metalúr· gicos de Niterói, oposição metalúrgica do Rio, comandos regionais de Greve, CUT Estadual e outras entidades.

A pr6pria existência do Comandão, no entanto, não se deve à iniciativa da maioria da CUT Estadual e sim ao esforço de vários dos sindicatos que o compõem (como bancários, ferroviários, telefônicos). Em sua última reu· nião, no dia 18, este Comando se pro· nunciou contra qualquer alteração na data da Greve Geral, por parte da Di· reção Nacional da CUT, em função da proposta de adiamento levantada pela CGT-SP. Para acelerar a organização da Greve, o Comandão definiu um minucioso calendário de panfletagens e colagens de cartazes em toda a cidade (centro e regiões), que serão impulsionadas também pelos comandos regionais existentes (Caxias, Nova 19uaçú, Nil6polis, re-

gião Sul-Fluminense, Leopoldina, Niterói). Nesta semana se constitui outro comando regional: o da Zona Oeste.

Outra deliberação positiva do Comandão foi a definição de um Calendário de lutas que prevê a realização de manifestações no dia 3 de agosto, Dia Nacional de Luta pela Greve Geral, assembléias por categorias (até 7 de agosto) e assembléias populares intercategorias (em 11 de agosto).

Bancários e Professores são exemplo Dois belos exemplos de combinação das lutas especilicas com a organização da Greve foram dados pelos bancários e professores cariocas. Os primeiros, que realizaram a Convenção Municipal Bancária também neste dia 18, não só aprovaram a participação da categoria nas atividades pela Greve Geral, como também incorporaram o Calendário aprovado no Comandão ao Plano de Lutas que prepara a Campanha Salarial de setembro. E o Centro Estadual dos Professores (CESP) colocou suas 42 regionais a serviço da preparação da Greve, enquanto o Comandão votou so-

lidariedade incondicional à greve dos professores.

Passeta do dia 17: Oportunidade perdida Mesmo tendo claro estes dados positivos, nem tudo são flores no processo de organização da Greve Geral no Rio. Lá também a maioria da Direção Estadual da CUT, como já dissemos, não vem sendo a vanguarda desta luta. E isso se refletiu na passeata do dia 17, que reuniu cerca de 10 mil pessoas na Avenida Rio Branco e Cinelândia. O fato da CUT Estadual ter depositado confiança na direção da passeata (o Comitê de Defesa das Emendas Populares ã Constituinte, ou, para sermos precisos, o PDT, PCB, PCdoB, que compõem a "frente progressista", a levou a não chamar a uma ação independente, categoricamente voltada para a organização da Greve, ou, ao menos, constituir um forte bloco cutista pela Greve Geral. limitou-se a engrossar a convocação de uma manifestação claramente voltada para as diretas 88. Resultado: a Greve Geral foi a grande ausente da manifestação, apesar do esforço de vários ativistas cutistas para colocá· la no centro da manifestação.

••• EM SÃOPAULO_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ Dois problemas enfraquecem a preparação da Greve Geral em São Paulo, ca· pital. O primeiro é que a maior parte das direções sindicais cutistas (ligadas à corrente cur pela Base) tem a mesma política da Direção Nacional, de priori· zar a campanha pelas diretas e não a Greve. A isso, soma-se a crise que se instalou na corrente cur pela Base em decorrência da derrota da Chapa 3 nas eleições metalúrgicas de São Paulo, o que a tem levado à semi-paralisia.

Como se isso não bastasse, existe aí um outro e sério obstáculo: o principal baluarte da CGT, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, tem toda sua diretoria com posição fC!chada contra a Greve Geral.

Em meio a esse quadro difícil, não se realizou no dia H de julho, Dia Nacio-

CAMPAN~~

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[~~~~?Z~i~

nal de Luta contra o desemprego e pela Greve Geral, nenhuma atividade ou manifestação. Houve apenas uma plenária interna da CUT que, por insistência de vários companheiros, marcou para o dia 17 a realização de manifestações nas regiões, divulgando a Greve, combinadas à coleta de assinaturas para as emendas populares à Constituinte.

Se o dia 17 representou um avanço em relação ao dia 1~, devemos reconhecer que esteve aquém das necessidades, já que foi pequena a incorporação de ativistas de base nas atividades, principalmente nas regiões Oeste, Sul e Leste (as grandes regiões operárias). A melhor atividade ocorreu no Centro, impulsionada por um comitê unificado de quatro entidades do funcionalismo público: AFUSE (funcionários de escolas

públicas), APEOESP (professores da rede oficial), ASSES (funcionários da saúde) e ASSOCEA (funcionários da Secretaria da Agricultura). Não é casual que o funcionalismo público esteja na vanguarda do processo em São Paulo.

Em seu congresso estadual, realizado em julho, os companheiros votaram a Greve Geral como eixo de atividades.

Um exemplo a ser seguido pelos demais sindicatos paulistanos.

Existem totais condições de se reverter os problemas e intensificar a preparação da Greve em São Paulo_ A partir da plenária da CUT, realizada no dia 22, se definiu um calendário que prevê pichações e panfletagens pela Greve no dia 27, panfletagens e pichações no dia 3 e passeata, seguida de ato público, no dia 7 de agosto.

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••• EMBELEM------__

O Tribuna Metalúrgica é o boletim diário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, um dos mais importantes da CUT e do país. Vejam as manchetes de alguns de seus últimos números: "Diretas já. A luta recomeça em Brasília" (n~ 1.181, capa), "Diretas: cresce a luta" n~ 1.183, página 2), "Dia 17, traga seu título de eleitor" (n~ 1.185, capa). Estas manchetes, todas do mês de julho, dão bem a idéia dos problemas enfrentados na organização da Greve Geral no ABC. Não s6 o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, mas a quase totalidade dos sindicatos da CUT na região vêm jogando todo o peso de sua agitação na campanha das d~retas (que, de fato, é para 88 e não JA) e não na preparação da Greve Geral de 12 de agosto. Consequência disso é que as manifestações de 17 de julho ai também não se voltaram para esta tarefa central da classe trabalhadora.

Este mesmo problema está presente

Em Belém do Pará, a discussão sobre o caráter das manifestações do dia 17 teve um desfecho que permitiu avaliar o peso e a eficácia de cada uma das duas propostas conflitantes: um dia de manifestações de pressão sobre o Congresso Constituinte ou um dia de mobilização e divulgação da Greve Geral.

A plenária dos sindicatos e associações da CUT, ocorrida no dia 12 com o objetivo de preparar as manifestações de 17 de julho, travou esta discussão central.

Em principio, buscou-se a combinação das duas atividades. Mas como os setores que defendiam a pressão sobre a Constituinte se recusaram a incorporar a questão da Greve Geral, o acordo unitário não foi possível. Assim, foram realizadas duas manifestações no dia 17, no centro de Belém: por um lado, a banquinha de coleta

no Plano de Atividades pela Greve GeraI aprovado pela CUT Regional do ABC, pelo menos até o dia 7 de agosto.

Até esta data, todas as atividades aprovadas têm como eixo a coleta de assinaturas pelas emendas dos trabalhadores ã Constituinte, como fica claro nas atividades do dia 24 de agosto, voltadas para o abaixo-assinado pela Reforma Agrária, seguido de debate sobre este tema no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Ou os atos de 7 de agosto, voltados para o mesmo fim. Somente a partir daí as atividades se orientam claramente para a organização da Greve Geral, mas isso a apenas CINCO DIAS de sua realização. Não estão previstas assembléias por categorias ou intercategorias (como no Rio) para avançar na preparação do dia 12 de agosto.

De positivo, existe apenas a constituição de comitês regionais que têm sido frutos de iniciativas de associações e núcleos de bairros e não dos sindicatos doABC.

Para continuarmos lutando contra o pagamento da dívida externa, colabore com a 7:' Campanha Financeira da Convergência Socialista.

de assinaturas para as emendas populares e, por outro, uma passeata claramente voltada para a organização da Greve, apoiada em grande parte nos funcionários da Universidade Federal e da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, ambos em greve contra o arrocho.

O resultado foi que a passeata causou o maior impacto sobre a cidade, tendo sido coberta por todos os jornais e emissoras de rádio e televisão. Uma delas chegou a entrevistar o presidente da Associação dos Funcionários da Uni· versidade Federal e membro da Executiva Estadual da CUT, João Batista de Araújo, o Babá, o que acabou dando maior amplitude ã divulgação da Greve Geral.

A plenária intercategorias para organizar o dia 12 de agosto realiza-se às terças, todas as semanas .

A Direção Nacional da CUT tem o inegável mérito de ter chamado a Greve Geralo Foi ela que, pela primeira vez, e com absoluta correçio, levantou esta bandeira como a grande resposta da classe trabalhadora ao novo pacote de arrocho e desemprego baixado por Sarney e encomendado pelo FMI. Tendo convocado a Greve inicialmente para lS de julho, a Direção Nacional acertou também ao adiá-la para 12 de agosto, com o objetivo de garantir a participação da CGT. No entanto, desde a marcação da Greve, a Direção Nacional não tem avançado um milímetro na sua preparação concreta, principalmente nas regiões chave como a capital de São Paulo e o ABC. De pouco adianta a convocação da Greve se a Direção Nacional não apresenta um plélno de lutas firme e categ6rico que a organize e se os principais sindicatos cutistas, como o dos metalúrgicos de São Bernardo, nada fazem para preparar concretamente suas categorias para o dia 12.

Nesta linha preocupante, a Direção da CUT adiou a reunião da Executiva Nacional de 21 de julho para o dia 4 de agosto, às vésperas da própria greve! Evidentemente este adiamento gerou a mais profunda e justa reaçio da maioria dos ativistas e sindicatos cutistas, razão pela qual a reunião da Executiva acabou sendo remarcada finalmente para o dia 28 próximo.

Tão grave quanto isto é o fato do companheiro Jair Meneguelli se dizer disposto a discutir a proposta de pacto social, surrada e sem vergonha, feita por Mário Ama· to, presidente da FlESP, que fala em "reduzir lueros" enquanto os patrões desta mesma FIESP bombardeiam as 40 horas semanais, a estabilidade e aplaudem entusiasticamente o fim do

Tudo isto tem consequências concretas. A CGT, sempre à espera de uma oportunidade para se entcnder com o governo, usa a Greve Geral como meio de pressão para chegar ao acordo. Por isso não chama mobilizaçAo e propõe o adiamento da Greve. A CUT, ao não se jogar na organização do dia 12 e ao falar em pacto social, abre brechas imensas pa~a a manobra da CGT. E de se perguntar: porque tantos erros por parte da direção da CUT? A nosso ver, esta pergunta tem uma resposta clara: porque a Direção da CUT Nacional tem a política de se jogar na campanha pelas diretas em 88 (porque é disso que se trata: definir a data das eleições presidenciais) e de pressionar o Congresso Constituinte, como se a 10lução dos problemas dos trabalhadores passasse pelas votações na Constituinte ou pela eleição de um novo presidente da República.

Esta política leva a Direção da CUT a se aproximar e a ceder espaço à tal "frente progressista", às organizações e partidos que efetivamente não querem a Greve Geral. Por isso não deu a batalha contra esta "frente" para que o dia 17 fosse um dia nacional de manifestações que preparasse a Greve. É chegado o momento da Direção Nacional da CUT retornar à coerência e se lançar com força total na preparação da Greve Geral.

Temos um mês pela frente e este é um prazo que nos permite organizar a fundo o dia 12 de agosto. A radicalização e a disposição de luta demonstradas pela classe trabalhadora mostram que a Greve é possível e, mais do que isso, necessária para que possamos tomar em nossas mãos as soluções dos nossos problemas. E o maior deles, neste momento, é pôr abaixo o pacote de fome e miséria do

Veja na Página 12 o que deve ser feito para avançar na preparação da greve geral.

~.w:Jk,.!-Ü"\.~m:.~ft\I1~:;..-.:.:~':':(;~~~~$~;;~:~~lt~~·.r:~:~;~,1.:~11/~:..~~k~·~~~~~\"!~~~~~~~~~'i_~~..~~~~~~.~:~hl~~ Convergência Socialista ~~[:·~);:~::~~')~~;&ii!~~~?·';..~~l). ·".sh,!~~~;~~ :'~;;.~.;..~.t:~f,~40/.:~;4tRh.~P}J.:~:~"V!P~~~:I~'l;~~k~t.~~~;_.ll

Pro

sore Iuo."nam

UCO

o. companheiro.

da Chapa 1. Hor'clo • o quarto, partido da dI,.lta, na fila

do.".lo.

Nos próximos dias 30, 31/7 e 1':/8, serão realizadas as eleições para a nova diretoria da ApenoPe (Associação dos Professores de Pernambuco). Conco"em duas chapas: a Um, "A luta continua", ligada à CUT e composta por companheiros da atual diretoria da Associação. E a Dois, ligada à CGT, composta por um setor que dirigiu vergonhosos piquetes anti-greve, desreSPeitando a democracia dos trabalhadores, na greve de 49 dias que os professores de Pernambuco fizeram em março/abril deste CS - CoIDOvocf vf u deaáDdu da chapa 1 seauado u quais eDstelD IIliUtaDtes do PT Da Chapa 17 Horido - Isto vem mostrar a identificação da Chapa 2 com a classe dominante, no momento em que a burguesia procura passar ao conjunto da sociedade uma imagem negativa da CUT e do PT. A composição da nossa chapa nlo se deu sob o manto de nenhum partido politico, mas sim através de uma ampla discusslo dos critérios de participação e do programa, que se apresenta dentro da linha de

ano. Uma greve que se dirigiu claramente contra o governo de Miguel A"aes, e que a"ancou um reajuste acumulado de 56% e reformulação do Estatuto do Magistério, entre outras conquistas. Esta greve foi dirigida pelos ativistas que hoje compõem a chapa 1e que, no seu próprio lema, se propõem a continuar lutando.

Sobre as posições da Chapa 1, fomos conversar com o companheiro Horácio Reis, membro da atual diretoria e candidato àpresidência pela chapa da luta.

ação da CUT, que expressa o que há de mais combativo e autentico na luta dos trabalhadores, sem aliancismo com setores burgueses, como fez a CGT aqui durante a nossa greve.

CS - Qual. posiçlo da Chapa 1em maçlo i greve geral do cU. 11/011 Horácio - Os professores nlo podem ficar à margem dessa greve, que tem um salto de qualidade, em relação a qualquer greve isolada: dela, participará o aluno, o pai do aluno, e será uma ótima oportunidade para darmos um basta a essa politica

de fome implantada pelo governo Sarney. Essa greve será um instrumento para exigirmos a manutenção da suspenslo do pagamento dos juros aos banqueiros internacionais, e que esse dinheiro seja empregado num plano de obras públicas, para combater o desemprego. Temos que exigir já a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, para que se gerem empregos. Por isso fazemos um chamado a todos os professores, para mais uma vez darmos uma aula diferente, uma aula de "como fazer para nlo morrer de fome?"

CS - E quuto ia eIeIç6es direta pan praideate1 Horádo - Claro que somos a favor. No entanto, salientamos que a luta contra a divida externa é um fator muito mais objetivo para nós, trabalhadores, como resposta à crise econômica que o pais atravessa. Nlo podemos perder de vista que é fundamental lutar para que o governo aprofunde a moratória. Diretas já, tudo bem. Só tenho receio que essa luta possa ocultar a nossa tarefa mais urgente: lutar contra a divida e o arrocho salarial.

------------------noticiário-----------------Motoristas/Manaus

de ter enterrado 16/7/87).

Uma bela vitória Os motoristas de Manaus, no Amazonas, conseguiram uma grande vitória, depois de uma greve de trSs dias, iniciada no dia 13 de julho e suspensa no dia 16: conquistaram um aumento salarial de 350/0 (o que era a reivindicação principal da greve) e o julgamento, por parte do TRT, da legalidade do seu movimento.

Um dia antes da greve ter sido julgada legal, havia se dado um enfrentamento muito duro na sede do sindicato: os trabalhadores, reunidos em assembléia, preparavam-se para sair em passeata pelas ruas da cidade, quando foram surpreendidos por 160 homens da tropa de choque da polícia militar de Manaus, que invadiram a sede do sindicato e saíram espancando os trabalhadores. O saldo revoltante desses 90 minutos de violSncia "à la Nova República" foi de seis grevistas baleados.

Ao companheiros feridos, toda a nossa solidariedade. A represslo da Nova República só se combate com muita luta.

Professores/Rio

A greve já passa de um mês A greve dos professores cariocas, iniciada no dia 18 de junho, continua com todo o pique. Os professores exigem, ba-

suas carreiras

(JB,

A greve deve continuar com toda força. O Comando estadual da greve geral do Rio de Janeiro já votou total solidariedade ao movimento do magistério. E, por proposta aprovada na assembléia do dia lS, ficou decidido que as 42 regionais do CEP (Centro do Professorado do Rio) seriam colocadas a serviço do movimento.

Comerciários Passo Fundo sicamente, piso de cinco salários minimos e reajuste de 150J0 a cada cinco anos de serviço. No último dia 15/7, quando o movimento já estava para completar um mes, uma grande assembléia reuniu cerca de dez mil professores do estado e do municipio, no sambódromo.

O clima era de muita combatividade, e decidiu-se manter a greve, recusando qualquer proposta de parcelamento dos ganhos que o governo pudesse vir a fazer.

O clima era de repúdio ao governo do Estado, aos gritos de "Moreira a culpo é sua, a luta continua!". Algumas professoras do CEP de Volta Redonda, vestidas de preto, formavam a "ala das viúvas", com faixa anexada à roupa: "viúva virgem do gatilho", e portando cartazes onde acusavam o governo Moreira Franco

CUT Planalto (RS)

Acabam de se realizar as eleiçôe5para a nova diretoria do Sindicato dos Comerciários de Passo Fundo, Rio Grande do Sul. Por 512 votos a 194, ganhou a chapa I, ligada à CUT (a chapa 2, apoiada pela CGT, era composta pelos antigos pelegos).

O companheiro Paulo Rigo, portanto, foi reeleito para a presidencia do sindicato. Nesta última gestlo, as lutas e a organização da categoria vinham sendo impulsionadas pela entidade. Agora, é continuar levando este trabalho pela frente! a plataforma da Chapa 1, destaca-se o compromisso em preparar a categoria para a greve geral do dia 1218, contra o

..

A chapa 1 foi escolhida em Convenção democrática dos comerciários, e é formada pelos principais ativistas das lojas. E nele, como critério mais democrático, foi ampliado o número dos diretores de 14 para 24. Sucesso na condução do sindicato, companheiros!

Congresso

Vence a chapa daCUT

.

plano Bresser. Além disso, a nova diretoria pretende lutar pela conquista das reivindicaçOes mais sentidas dos comerciários: fechamento das lojas aos sábados, fiscalização rigorosa das empresas, ampliação da assistencia.

-I

•

Diretas passam por apenas 4 votos Os ativistas gaúchos da CUT tiveram também, recentemente, uma atividade muito importante: participar do Congresso Regional da CUT do Planalto (Passo Fundo e regiões próximas). O Congresso discutiu a questlo da campanha pelas eleiçôe5diretas para a Presidencia da República. A proposta segundo a qual as diretas deveriam sair do programa prioritário foi derrotada por 84 votos contra 80. Dois companheiros delegados se abstiveram.

Todos os trabGlluulora que lutam contra os patrlJa e o governo devem se lembrar dtJgreve uemp14r dos "",,,timos, de/I4Ilradll emfnereíro deste alIO, reivindicando aumento de 275", e que se prolongou heroicamente, mesmo depois de ter sido julgadG ílegGl, e mesmo com a ocuJHlÇlo dos portos pelos fuzileiros IICIvais envúulos por Samey. Foi uIIICIlÜldllgreve, de muito f6kgo, que CII7'WICOU a solidGriedtute de muitos outros trabGlluulara, e conquistou aumentos médios de 120".

Os nuuitimos ut40 novamente em processo de mobiliztlçlo. Quem nos deu os detalhes de SIUJ.f reivindic~ foi o companheiro Guilherme Tadeu, que nos concedeu UIIICI rápidG entrevista. Guilherme é delegado dIu regilJes Norte/Nordeste

nos, filipinos, indianos, panamenhos e outros, em detrimento da mio de obra marftima nacional. Alán disso, os marftimos estio preocupados e perplexos com o poder de influ~cia desses ricos testas-de-ferro das multinacionais, os armadores brasileiros, que conseguiram que a DPC (Diretoria de Portos e Costas, órglo da Marinha de Guerra) possibilite a reduçlo do número de tripulantes dos navios nacionais, para compensar os aumentos que conseauimos no movimento de fevereiro, causando,

Professores/Rio Grande do Sul

do Sindicato Nacional dos OficÍGÍS de MáquiMS dtJ Marinha MUCllllte, (com lxue em Belém), que utá propondo d categoria ulllClllOvagreve, por tempo indetemeillCldo. Já ut40 sendo TNlizadlu assembléias por locais de trabalho, em cadG porto.

E o que é lIICIisimportQnte: quando convenmnos com o companheiro Guilherme, ele utava JHlrticipando como convidlldo d Plenária dtJ RegiOll4l Belém dtJ cur, de preparaçilo dtJgreve geral de 12/08 (o companheiro 1140é dtJ cur). E ele lIOlf afirmou que iria defender, IICI próxilllCl reunü10 conjunta dos delegados do Sindicato dos OficÜlis de MáquiMS, que se proponlaa. 'categoria a de/I4Ilração de SfUJ greve 110 dÜI dtJgreve geral, ftuendo-as coincidir.

assim, O desemprego, e desrespeitando a Convençlo 109 da OIT (Organizaçlo Internacional do Trabalho), quanto às questoes de segurança. Por isso, concluo que ser' inevitável a greve, se nIo forem suspensos os afretamentos de navios e as diminuiçOesde tripulaçOes.

GtlliIIIeIl'IDe- O plano Bresser, para que fosse mais CÔmico,pre-

96 a

No último dúl14l7, cerca de 20. ()()()profusara gaúchos decidÜlm, em assembléÜl geral, temei,",r sua greve, que já durava 96 dÚlS. Mais de trá mesu em greve, num movimento que contou com a adesão de 95" dtJ categoria, e que utne IIICIrcadopor atos, manifutGçiJes, acampamentos em frente ao paUcio do govemo Pedro Simon, e outras atividlldes. Na véspera deste dÜl14, o governo anuncÚlva a A greve do mqistério vinha num gran- com a lei 8.026, e foi obripdo a readmitir de crescendo e estava, na realidade, à hei- quinhentos grevistas. Os professores, por ra da vitória: a presslo sobre o governo e sua vez, encerraram o movimento rechaos parlamentares pela conquista da prin- çando a última proposta do governo, que cipal reivindicaçlo, um piso de 2,5 salâ- concediapisodeCzS5.000edeCzS6.000 rios minimos (garantido na Lei 8.026, que a partir de novembro, e liberando os parfoi arrancada na greve de 1985), estava lamentares a votarem ou nIo esta proposfortissima. O governo estava cada vez ta (que, aliàs, acabaram aprovando no úlmais isolado e acuado. limo dia 16). esta decisIo de assemQuando começaram as demiSlOes, bâ bl~a, fica muito claro que a disposiçlo ~ cerca de tres semanas, o movimento co- seguir lutando. NIo neste movimento, j' meçou a refluir, a entrar em defensiva. E esgotado em termos de perspectivas, mas foi o que a assembl~a fmal coJlSelUÍude- sim num outro. teclar, percebendo que o to E mais: o mqístério conseguiu arrannlo mais se conquistaria o piw de 2,5 58- car do governador uma declaraçlo segunlirios mfnimos. Dai o recuo. do a qual seo Supremo TribunaJe a ConsEntretanto, neste recuo, uma coisa fica tituinte votassem pela vinculaçlo dos 58evidente: o governo Dlo conseguiu impor lirios do funcionalismo público ao salânenhuma derrota, nlo conseguiu acabar rio mlnimo, ele acataria a decislo.

cisava reapresentar sua defensoria ideológica, a dramitica professora Conceiçlo Tavares, que deve estar pouPaQdo Iqrimas para o outro plano que o Sr. Sarney j' começa a articular. O maritimo ~ quem mais percebe a subida incontrolâvel dos "conae1ados" do Sr. Bresser: salmos dois meses fora do Brasil, e quando voltamos a situaçlo está cada vez mais dificil e intolerável. Agora, ~ necessúio fazermos justiça ao Sr. tninistro: a eficiencia no congelamento dos salirios foi cumprida riaidamente ..•

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da CUT, de 111

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GtllUIeI.,. - A greve ~ a maior conquista do trabalho de mobilizaçlo popular, possibilitado pela eficibcia de atuaçlo e peniJtencia de orpnizaçlo, tal qual a CUT. Ela sim ~ nossa perança, a nossa bandeira, a nossa salvaçlo na busca de uma sociedade mais justa, mais humana e iaualitiria. A luta, companheiros!

Greve geral!

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readmissão dos 5()() grevisw demitid06 MS últimas tris selllClMS e a recondução aos seus cargos dos dintora de ucola afastados por 1140cumprirem a detenni,",ção do governo: dedurar d Secrettuia de EduCtlÇão os profusara grevisw. Esse recuo de SimOll é mais UIIICI prova dtJforça do movimento. oventa e seis dias de greve nIo sIo qualquer coisa. De um movimento deste porte, muitas liçOes e experiencias se tiram, na elaboraçlo de um balanço, que certamente o Cepers (Centro do Professorado do Rio Grande do Sul, comando da greve) ir, fazer. Queremos colocar fraternalmente, a titulo de contribuiçlo ao balanço, uma observaçlo: nos parece que, a partir do momento em que o governo saiu à ofensiva, demitindo centenas de grevistas, a reaçlo do comando se deu com uma certa demora, mais de uma semana depois, o que fez com que, a essa ofensiva, a categoria nIo respondesse com a rapidez necessária, o que teria talvez - mudado os rumos do movimento. De qualquer maneira, nossa observa-

'"'Conm-gêllcia SoeiaJist,. . "

çIo se coloca no marco de que, em todos os momentos, o comando de conjunto esteve colocado à frente do movimento, sem que em nenhum momento houvesse qualquer omisslo de sua parte.

A luta continua. Porque lnimo para isso ~o que nIo falta: na assembl~a que decidiu pelo recuo, todas as intervençOes e palavras de ordem iam nesse sentido. Assim, no lugar de "greve at~ a vitória!" , os ativistas gritavam "luta at~ a vitória!" . E se depender dos professores, o governo de Pedro Simon ainda vai ter muitas dores de cabeça: os oradores diziam, na assemblaa, que os lr anos e meio que ainda lhes restam de governo serlo de luta da categoria contra o governo. o que eram muito aplaudidos ...

21 de julho de 1983

n ao

9 ral o dia 21 de julho de 1983, quase dois milhõe de trabalhadores cruzaram os braços contra a ditadura militar .

A ditadura, enfraquecida pela crise econÔmica e pela onda de greves que, hâ vârios anos, se de envolviam no pais, preparoue para enfrentar o movimento, com repressão. O Exército assumiu diretamente o controle das PMs. Vârios comandos foram colocado em estado de prontidão. Em São Paulo, houve intervenção no sindicato do bancârio.

Mas, apesar da repre ão, a ditadura não conseguiu impedir o prote to dos trabalhadores. o e tado de São Paulo houve muitas paralisações. a capital, a principais ações foram nos bairros: em São Miguel, as fâbricas mais importantes

pararam e se organizou uma manifestação de vârios milhares de trabalhadores, que foi duramente reprimida; também no Ipiranga, a maioria das fâbricas foi paralisada. O ônibu que circulavam, era com escolta policial.

Em Osasco, na grande São Paulo, a maioria dos metalúrgicos aderiu à greve.

No ABC, a vanguarda foi São Bernardo: a partir da parali ação da Volks, da Ford e da Mercedes Benz, uma coluna de operârio dirigiu- e ao Paço Municipal.

A violenta repres ão policial e a re istência dos trabalhadores acabaram transformando o local numa verdadeira praça de guerra. o restante do ABC também houve muitas paralisações.

Em outros e tados também ocorreram paralisa-

ções, embora em escala bem menor. Depois de São Paulo, onde o movimento foi maior foi no Rio Grande do Sul, com paralisações parciais na construção civil, ve tuârio, bancârios e metalúrgicos. Uma passeata de três mil trabalhadores percorreu durante mais de seis horas as principais ruas de Porto Alegre, funcionando como um grande "piquetão" .

Ao final do 21 de julho de 1983, depois de um dia agitado, jâ era possivel fazer um balanço: embora em con eguir uma verdadeira greve geral, um grande pas o havia sido dado. O movimento de prote to era um ensaio de greve geral e era, em dúvida, a mais poderosa manifestação dos trabalhadores brasileiros desde a década de

60.

1983-1987:

Previsão confirmada Referindo-se à greve geral de 21 de julho de 1983, o jornal

Alicerce da Juventude SocIalis-

ta (antecessor de nosso jornal atual) de agosto daquele ano colocava:

"O dia 21 abriu um novo perlodo de lutas para os trabalMdores brasileiros. A partir deste ensaio, que representou a primeira mobi/izaçdo po/ltica de grande envergadura dos explorados contra o governo militar e contra o FMI, nossos combates apontarbo cada vez mais para a derrubada da ditadura militar e para a ruptura de todos os laços que nos mantlm atados à rapinagem imperialista. " Essa análise foi confirmada pela realidade. Menos de um ano depois, as massas nas ruas acabavam, de fato, com a ditadura. Mas ainda não conseguimos ton~ar-nos independentes do imperialismo, tarefa que continua atual e que se coloca novamente na futura greve geral de 12 de agosto.

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Várias coisas em comum

Em abril de 1983, uma onda de saques a upermercados e "quebra-quebras" aconteceram em São Paulo e também em outras cidades. Por trâs desse fatos estavam o desemprego e o baixo salârios. O aque eram a respo ta e pontânea e desorganizada que as mas as davam ao plano de fome da ditadura. Es as ações mostravam, de forma eloqüente, a radicalização das massas contra o governo, que acabou e expre sando na célebre jornada de 21 de julho.

Ao lembrar os aque de 1983, poucos me es ante do ensaio de greve geral, não se pode deixar de comparar a situação com a de agora, em que também estão se generalizando ataques do me mo tipo, com uma greve geral convocada para o dia 12 de agosto. Mas e a não é a única analogia entre os dois momentos.

Em 1983, como agora, existia recessão e o desemprego atemorizava os tra-

balhadore , e também naquela época e sa situação ervia de pretexto para muitos dirigente sindicais não fazerem nada para organizar a greve.

Também havia, naquela época, dirigentes patronais, como o governador de São Paulo, Franco Montoro, e do Rio, Leonel Brizola, que posavam de opositores à ditadura militar e declaravam seu apoio aos trabalhadores.

Mas não apareciam nas greves, a não ser através de uas policias militares reprimindo os piquetes.

Mas, ape ar da repre são, ape ar de os próprios dirigentes que a convocaram pouco terem feito para organizâla, a greve saiu, apesar de não ter sido uma verdadeira greve geral. E foi tão importante que, apenas um mê depois, os trabalhadores brasileiros coneguiram uma das maiores conquistas de sua história: em agosto de 1983, fundava-se a CUT - Central Única dos Trabalhadores.

------------------intemacional--------------------~-

Petróleo para a

icarágua!

o povo nicaraguen

e está ganhando a gue"a movida pela guerrilha "contra", apoiada pelos EUA e diretamente sustentada pela ClA. Entretanto, o esforço de gue"a consome diretamente metade do or amento nacional e, omado ao bloqueio econômico imposto pelo imperialismo, causa graves problemas para a economia do país. Nesse momento, é gravíssima a notícia de que a URSS cortou pela metade seus fomeclmentos de petróleo à lcarágua!

o jornal

sandinista Barricada, de 29/ 5/87, informou que o comandante Henry Ruiz, ministro da Cooperação Externa, "esclareceu que a URSS não pôde cumprir todo o seu compromisso de fornecimento de petróleo crú, devido às dificuldades que esse país socialista enfrenta, 110 momento, com suas reservas ".

Para a Nicarágua, o consumo de petr6leo é um problema imenso, tanto que nessas importaçõe gasta anualmente 225 mUbões de dó•••• , quando suas exportações totalizam 2SO milhões de d6lares por anol Até agora, a URSS vinha suprindo cerca de 80% das 765 mil toneladas de consumo total do pais. Barricada informa que a URSS s6 venderá e te ano à icarágua 300 mil toneladas (metade do que vinha fornecendo) e que, de

imediato, haverá um cléftclt de 120 mil toneIadaa.

Preuio ciolmperlallamo A noticia ecoou imediatamente na imprensa imperialista. A revista inglesa The Economist de 6/6/87 publicou um artigo com o título "Fechando os registros para a Nicarágua", onde ressalta que o governo sandinista será obrigado a recorrer ao México e à Venezuela para cobrir o déficit, o que dá a esses paises "apossibilidade de impor condições políticas e econômicas como preço para retomar o abastecimento ". E conclui: "que melhor momento para conseguir retomar as conversações de paz na América Centrai?"

O New York Times, o mais influente jornal norte-americano, pegou a deixa e, em editorial do dia 15/6, chegou à mes-

petr61eo à Nicarágua, nlo responde a causas econômicas e sim poUâcas. A burocracia de Moscou está procurando um acordo global com o imperialismo e, para esse acordo, uma questão fundamental Dessa forma, o corte no fornecimento de petr61eo, por parte da URSS, deixa a é esfriar os conflitos mais "quentes", Nicarágua à mercê da chantagem dos go- como a América Central.

Gostarlamos de estar errados nesta invernos burgueses pr6-imperialistas do terpretação.

Cabe ao governo soviético México e da Venezuela, ao risco de ter demonstrá-lo, retomando imediatmaente paralisada a sua economia e seriamente o pleno abastecimento à Nicarágua. Mesprejudicado o seu esforço de guerra. mo que isso custasse esforços à URSS, A URSS produz anualmente 615 miseriam infinitamente menores que aquelhões de toneladas de petr61eo. O déflclt les realizados logo ap6s a Revolução da Nicarágua, de 120 mU toneladas, equivale a 0,019% da produçio IOYiétl- Russa, quando Lenin e Trotsky não vacilaram em enviar trens carregados de trica. go em apoio à revolução húngara de 1919, Essa porcentagem minúscula não pode ape ar de na Rússia, mergulhada na ser um problema importante para a ecoguerra civil, haver milhares de operários oomia soviética. A decisão de Gorbachev, e camponeses passando fome. de reduzir à metade os fornecimentos de ma conclusão: é hora de pressionar a caraguá.

Impedir a chantagem

i-

Alma Ata

A rebelião dos estudantes O Casaquistão é uma república asiática da URSS, cuja capital é Alma Ata. Dos seus 15 milhões de habitantes, a maioria é de imigrantes russos. Os casaques, em sua maioria muçulmanos, constituem cerca de 30% da população, mas a perspectiva é que superem os "russos" em cerca de 15 anos, devido ao seu elevado crescimento demográfico.

Em 17 e 18 de dezembro passado, estouraram várias manifestações estudantis em Alma Ata, em duros confrontos com a policia e conflitos de rua, que deixaram vários mortos e feridos. O estopim das mobilizações foi a substituição do secretário do PC local por um russo, amigo de Gorbachev.

O pano de fundo dessa rebelião é a crescente resistência dos casaques à "russificação" da administração. Assim, as manifestações estudantis trouxeram à luz um problema explosivo: o das ~oprinIIUI na URSS. Autocietermlnaçio: uma bandeira abandonada A Revolução de outubro de 1917 levantou, entre suas bandeiras, o cllrelto à autodetermlnaçio dai nadonaU ••••• oprlmld •• no império czarista. Com isso, ganhou numerosos aliados, que contribuiram para a vit6ria. E depois desta, prosseguiu a poUtica de respeito e defesa dos direitos das pequenas na· ções soviéticas.

Em fins de 1922, numa dura eolêmica com Stalin, Lenin escreveu: "E indis-

pensável distinguir entre o nacionalismo da nação opressora e o da nação oprimida, entre o nacionalismo de uma grande nação e o de uma pequena (... ) O internacionalismo, por parte da nação opressora ou 'grande', deve consistir, não apenas no respeito à igualdade formal entre as nações, mas também numa desigualdade que compense, por parte da 'grande' nação, as desigualdades que se manifestam praticamente na vida. O georgiano (Stalin) que lança, com desprezo, acusações de 'social-nacionalismo', na realidade está violando

os interesses da solidariedade proletária de classe, porque a injustiça nacional é o que mais atrasa o desenvolvimento e a consolidação dessa solidariedade".

Infelizmente, Stalin e seus sucessores aplicaram uma politica contrária ao que defendia Lenin. E, setenta anos depois da Revolução, o problema das nacionalidades não está resolvido.

A nosso ver, o fato de o problema nacional não ter sido resolvido na URSS é de responsabilidade exclusiva de uma burocracia que 010 respeita os direitos

democráticos dos trabalhadores, nem os das minorias nacionais.

Os militantes do PCD, PCdoD e outras forças de esquerda talvez não con· cordem com essa análise. Mas concordarão conosco que a condenação à morte de Ryskulbekov é uma arma nas mios da propaganda imperialista. Por isso os chamamos a se somarem à campanha pela vida de Ryskulbekov, que é também a maneira de defendermos a União Soviética: que esta nio seja um pais onde $e condenem à morte estudantes que fazem manifestações I

o

dia 12 ele está próximo. É hora de nos jogarmos com força total na preparaçlo da greve. Encaminhando finnemente o ••••• ele para organizála. E levando a dicusslo da greve a todos os trabalhadores, fortalecendo a sua integraçlo no movimento, através de cIec:III. ••••••• cIemoc:ntInt ••••• • Para democratizar a decislo de base em torno à greve e incorporar o maior número de ativistas na sua preparaçlo, devemos realizar • por catetorIM, amplamente divulgadas. O seu indicato ji convocou essa assembléia? Se isso 010 foi feito, hi que garantir sua convocaçlo.

• lIadIeatoe eatIstaa, estio sendo marcadas as bIéIu que eIea" deIIpd •• aos con tad ai.

Podemos aproveitar essas assembléias, abrindo um ponto especifico para a discos510 e organizaçlo da e-~"~ ,I~_'_

cur.

la Uma discusslo fundamental em relaçlo à greve geral diz respeito ao seu programa. Quais as bandeiras que deveremos levantar durante esta greve?

Mais do que nunca, precisamos lembrar que todos os n<l5SOSproblemas tem como pano de fundo a divida externa.

A greve geral do dia 12 de dezembro passado conseguiu impedir o fim do gatilho naquela época e, como resultado dessa nossa vitória, o governo Sarney foi obrigado a decretar a morat6ria, suspendendo desde fevereiro o pagamento dos juros aos bancos privados, e depois também aos bancos oficiais de outros paises. Com isso, mais de cinco bilhões de d6lares deixaram de sair do pais para engordar os bolsos dos agiotas imperialistas. o entanto, o governo Sarney, amigo do FMI, tenta de todas as formas acabar com a morat6ria e voltar a pagar. E com que roupa, isto é, com que dinheiro? Com os D<l5SOS salários: para isso foi baixado o Cruzado 3, acabando com o gatilho e impondo um arrocho violento a todos os trabalhadores.

A greve geral, que tem como eixo a luta contra esse pacote, deve tomar a bandeira da morat6ria, exigindo que ela seja mantida e aprofundada, com a •••••••••••••••• e do COIDÍIdo atedor e com o da ele ••••••••

Dl

•

E sobretudo exigindo que o dinheiro que Dlo é remetido ao exterior seja aplicado num ••••• econôaaIco qae •••••• _ ela tJwbeIIwIon. Um plano que nunca vai sair dos

••• tnbeIIwIor-.

Junto com a defesa da moratória e de sua ampliaçlo, a deve levantar esse plano ~ nômico DOprograma da greve geral. O dinheiro que economizamos com a morat6ria deve ser empregado para garanti-lo.

cur

Contra o arrocho salarial, a CUT deve exigir um ele 100% ,.. todoa •• ••••••• e a _. cio alIIúIo minlmo ,.. o •••••••••.••••••••• DIeeIe (hoje 12 mil cruzados). E tamb6m o ,de acordo com o indice de infIaçlo calculado pelo Dieese.

Contra o desemprego, devemos defender, c0mo primeiro passo, a redaçIo da jonuIcIa ele tnI •••• ,..

40 •••• , sem reduçlo de salúios. E tamb&n um de ••• pá. que aIm1 de gerar empregos responda às necessidades de habitaçlo popular, saneamento búico, rede de escolas etc.

56 para termos uma id& da viabilidade ~ nômica desse plano: para resolver o ~t habitacional atual seria preciso construir dez mi1hOesde casas populares, o que custaria cerca de um triJbIo de cruzadOI, ou aproximadamente 20 bilhOes de d61ares ... que é menos do que o pais desembolsaria em dois anos de pagamento dos juros da divida externa.

r.-

• É decisivo realizar atividades de preparaçlo, com e ••••• IÇiJt. de rua, criando um fato poIltico em torno à greve geral.

• Essas manifestações devem confluir para o DIa •••••••• ele Lata pela GreYe GenI, marcado para 7 de agosto.

• E, ao longo das assembléias e manif tações, vamos formar os •. (lOIIWIdoe ele areYe, que incorporem os ativistas e definam atividades para todos. "i muito o que fazer: pichações, colagens, panfletagens, cornicios nas portas dos locais de trabalho.

Esta linha de açlo é a que ti sendo implementada DO Rio de Janeiro, por iniciativa de virios sindicatos cotistas. É um exemplo a ser seguido em todo o pais.

M osàobral

Unidade con ra as manobras

gabinetes do governo patronal, mas que deve ser apresentado pelas centrais sindicais, pelos próprios trabalhadores.

"-

• De emos incorporar também os etores populare menos ligados à atividade indicai, através de .

DOe baIr· ou ter-ateaort-.

articu1aç1o de mais uma negoQuando fechávamos esta e~i- ~10 com o governo, para obter tava em curso a reuOll0 migalha calda da mesa· çl0, es CUT a CGT e as confedealguror· i havia demonstrado en~ ara' discutir a data co- su~ disPOS!Çl0 unitária quan~o raç Greve Geral contra o 'tou _8_" a Greve para o dia mum rcela da acet llaaa-d m Plano Bresser. Uma pa.

12 de agosto, concordan o co .

Antonlo Rogétio da própria CGT no sentiCGT '. liderada por tou uma contrasuges _8_10_<,10 fosrio Magn, apresen dia do de que a data da .•••••~d ~ proposta que apontava ~ °do a na primeira qU1DZCna o~. t 010 se dispon se é - --~~rio ter todo CUlda18 de a~ fora drsta data. Agora, lJIC',.~ob de dirigentes pe_ _'8""_ ~. ..l:a ••te da apresen~•••••1 o do com man ras. '{ua-terem enMesmo uaaa" • ~_""':'-..l:"'ft. 14 legos como Magn, que qu de uma proposta mlCfll~-' traqueeer a luta dos trabalhadoreS, de agosto, feita pelo pre:'ldente criando a confuslo de que ~tem da coNTAG, J* F~ ~ duas datas para a Greve. Por 1550 o Silva, e da interVeDÇ~Odo prest~ fundamental é impedir a .ma!,obra. da CGT JoaquinzlO, que . buscanélo a data mais umtána posrguntou ~ a aceitava, Ma~ si I sob o compromisso claro e exteve-se irredutivel. Diante dis· de todos os que a encampem J inz,Io chegou a declarar P 'á à açl0. Fechar a data. ,oaqu tivesse essa "intran~ passard.} milb"de panfletos. se ele man . . . 19adD tir&D o Ja \J";;' • •d d s siII!DCI',,", a "'OO.T ~ ser JU cartazes e marcando ahvl. a e. opilli4o públicG. da ala Ma- conjuntas pela Greve. A partir~ Por trU desta pos~ . de le que queira recuar ou . na CGT, esti a. dispOSíÇlo la :e que arcar com o ônus de ser tar a Greve, alimentada pedo considerado como traidor pelo contiva de suposto&dar::-PO pa_ junto dos trabalhadores.

Bresser e para

la

~to