l~estesDa Razões e mais razões Ainda sobre as demi Oe no governo. o caso de Ozires da Silva, o ministro Aureliano alegou "razOes de governo". Es as "razOes de governo" e tão tão fortes que o ministro do Trabalho, Almir Pazzianoto, que iria dar entrevi ta para a EBN, de istiu na última hora. Deve ter achado que mai vale um emprego do que enfrentar um governo. Já o almirante Valbert Li ieux, que as umiu o EMFA no lugar do brigadeiro Camarinha, declarou que "todos no pafs ganham mal". Declarou ainda que, para uperar e te problema, "trabalhemos para produzir mais". Que devem pen ar de ta declaração o que enfrentam uma pren a de 5 tonelada por 9 hora e 36 minuto diário, ganhando de 15 a 30 mil cruzados por mê ?
Quando o navio afunda a última emana vimo o maior barulhonacri edoPMDB. aíramo chamados "históricos" e re olveram formar um novo partido, o PSDB (Partido da Social-Democracia Brasileira). As definiçOe do partido ão as seguinte em síntese: "por um capitalismo moderno e socialmente avançado; empenho em introduzir o Brasil no mercado internacional". Pelo visto, o "novo" partido vai ser de "extremo centro", pois com essas definiçOes... Essa é uma prática histórica da burgue ia brasileira: já que não con eguem ter velhos partidos, com novas lideranças, criam- e novo partidos com velhas lideranças. Para se ter uma idéia, um dos grandes lídere do "novo" partido é Afonso Arinos. A idéia mais moderna de te senador pelo Rio de Janeiro, é que "lugar da mulher é na cozinha ". É quase certo que ele erá escolhido para dirigir o etor feminino do PSDB.
Liberdade vigiada a semana que passou assistimos um exemplo relevante de "liberdade de imprensa": o jornalão Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro. O JB está endividado até o pescoço. Por essa razão a nova diretoria do jornal foi pedir dinheiro emprestado ao Citibank, simplesmente o maior credor da dívida externa brasileira. O banco aceitou emprestar o dinheiro, mas, como sempre, quis introduzir cláuulas no contrato, em que e dá o direito de interferir no jornal. Como se vê, o conceito ocidental de "liberdade de expressão", tão árduamente defendido pelos jornalOe ,tem como condicionante a liberdade do banqueiros. O jornal O Estado de S.Paulo, que também optou pelo me mo caminho do JB, poderia um dia de ses revelar as cláusula de eus contrato com os banqueiros norteamerican . Que tal?
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Asemana
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Esta sema1UlSarney novamente imitou Salomé, entregando a Mailson (diga-se ao FMI) a cabeça do presidente da Petrobrás, Ozires Silva. Como andaram surgindo boatos' e pressÕft dos governadores contra o ministro da Fazenda, OI banqueiros apressaram o anúncio de um acordo com o governo brasileiro, no que parece uma manobra de fortalecimento das posições entreguistas atuais. As conseqüências diversas da "política do feijão com arroz" são evidentes e com o acordo informal anunciado vão se agravar, pois a sangria de dólares vai se acelerar imensamente.
Ozires caiu A eqüência dos últimos acontecimentos vem revelando um fortalecimento das po içOe do ministro Mailon, o homem do ditado. Já caíram, pela ordem, Camilo Calazans, do Banco do Brasil, o chefe do EMFA, brigadeiro Camarinha e agora o presidente da Petrobrás, Ozires Silva. O caso do primeiro e do último parecem semelhantes: ambos dirigiam as duas maiores empreas e tatai brasileiras, o Banco do Brasil e a Petrobrás. Diga-se de passagem, duas empresas altamente lucrativas. Evidentemente que ambas são, por isso mesmo, um péssimo exemplo para o governo, que tem sua estratégia baseada na desmoralização e posterior privatização de estatais. Veja-se o caso da Usiminas, que teve sua diretoria destituída e substituída por politiqueiros. De de então a Usiminas vem encabeçando a lista de privatizáveis. Tanto Ozires quanto Calazans estão longe de serem defensore dos salários dos trabalhadores. O que preocupava ambos era a defesa de uma aristocracia de executivos e técnicos altamente qualificados e, por fim, seu próprio prestígio. Acontece que acabaram ficando involuntariamente no meio do caminho de Sarney e dos grande apetites nacionais e multinacionais.
Mas o problema continua .=~'''' política acima é um campo onde o
governo joga com a quase unanimidade da burguesia. Há, no entanto, um outro campo onde a situação já não é tão tran-
qüila. Depois do anúncio de acordos com os bancos, e tá claro que o governo terá que seguir à risca o compromi o aceitos. Um deles é o de evitar qualquer gasto que po a remotamente beneficiar o povo e o trabalhadores. É o que ele costumam chamar de austeridade. Acontece que os governadore que apoiaram Sarney têm ambiçOes políticas e fizeram promessas eleitorai . Agora e tão cobrando do governo os recurso para implementar obras. O epi ódio com o governo Quércia não está encerrado. Foram duas semanas de atritos entre o governo de São Paulo e o ministro Mailson. O que se anuncia é que chegaram a um acordo, onde ambo cedem. O governador de Minas Gerais já avisou que vai pedir seu dinheiro de volta, pois se o governo permite a "rolagem da dívida" (adiamento de pagamento) para São Paulo, tem que fazê-lo também com Minas. Este é um caso; o outro são todos aqueles deputados e senadore que compõem o "Centrão", que também poderia ser chamado de "mamãe eu quero mamar". Todo estão apre entando a conta agora. E Sarney, o que fará?
Mais acordo, menos comida Já podemos ter alguns critérios objetivos para analisar os custos sociais da política do governo. Esta semana foram publicados vários dado a respeito da situação de crise. A corrosão salarial que já havia levado a um corte no consumo de roupas, calçados, está agora atingindo em cheio a alimentação. Os dados
Este Jornal. com exceçao dos artigos assinados e des oplnl08S emitidas nas en tr •• !stes. rellete o pensamento da Converg'ncla Soclall,ta. que 6 uma corrente Int_na ao Partido dos Trabalh dor ••. Deeta maneIra. de acordo com a re oluçto aprovada no 5" Encontro Nacional do PT em dezembr0/87. circula ltxclusi.amente entre petlstas.
Con.ergêncla SOCIalista 6 uma publicaçao da ACS Editora lida - Rua Tra.tu. ba. 323 - Bosque da Saude - S Paulo - CEP 041.2 - Fone 581~71 Diretor R.pon vel. A Schre.ner Registro na Junta Comerciai do Estado de S Paulo 158.831181 - CGC .:3.983.3111000120. Composlçto, past·up e fotolitos: Proposta Editorial. Fone 282·5992.
do upermercados demonstram que o con umo caiu em todos os itens, desde carne, massas, até bebidas alcoólicas. E te último item foi re ponsável por uma queda de 14070 no primeiro quatro me es de te ano. Pelo dado da Asociação Brasileira da Indústria de Alimento , a produção industrial de alimento e tá no mesmo nível de 1978. Iso não seria extremamente grave e de 78 para 88 a população brasileira não tivese cre cido de 119,6 milhõe para 144,2 milhOes de pe oas. O etor de massas, pão, leite, que tiveram eus preços reaju tados acima da inflação, tiveram seu consumo reduzido também, a ponto de indústrias de laticínios estarem fechando em Minas.
Recessão e arrocho Outros dados para confirmar a crise do país: a Confederação acional da Indústria está demonstrando que a produção industrial, bem como as horas trabalhadas e o salário real, deverão estar abaixo do que estiveram em 1987, configurando recessão. Em quase todos os estados pesquisados caíram as vendas industriais, liderados por Santa Catarina, vindo depois Pernambuco, Rio Grande Sul, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo. A queda nos salários foi maior no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, todos com quedas acima dos 11 %. A inflação de junho já está sendo avaliada em quase 20% novamente. Segundo Mailson isso não é problema, pois sendo de 20%, ela Unãochegou aos 40-;, "!
Assine o Convergência Socialista Recorte e envie, junto com cheque para a ACS Editora _ Rua Traiutuba, 323 - Bosque da Saúde - sao Paulo-SP _ CEP 04142. Nome: •.•••...•....•.•..•....•••••....••....•.....•..•.. Endereço .•.....•...•.....•....•••.•.•......•.•.•••...•. Assinatural semestral (24 ediç06s)
cza 1.200,00
SAIU O ACORDO DA DíVIDA
VOA,
O, OA•••
o ministro Mallson da Nóbrega anunciou, na semana passada, o lecluunento de um novo acordo com os banqueiros internacionais, que ele - com sua habituallalta de modéstia - considerou "o melbor acordo fecbado por um pais do Terceiro Mundo". Já o presidente Sarney afirmou que "o Brasil volta à comunidade financeln de cabeça erguida" • Perante tamanho lestival de cinismo, só nos cabe perguntar uma coisa: melhor acordo, para quem? resposta a esta pergunta é curta e simples: foi um ótimo acordo, mas para os banqueiros. O Brasil perdeu, e de goleada. Vejamos se é ou nlo assim. O governo decretou a moratória da divida externa brasileira aos bancos privados em fevereiro do ano passado. Mas a moratória nlo durou muito tempo: a covarde burguesia brasileira nIo resistiu às pressões do imperialismo e já em setembro do mesmo ano o entlo ministro Bresser Pereira iniciou as negociações, pedindo, como condiçlo para que o Brasil voltasse a pagar, um empréstimo de mais de 10 bilhões de dólares, sem taxa de risco e sem nenhuma condiçlo prévia, nem acordo com o FMI. O que aconteceu até hoje? O governo abriu mio da formidável arma que tinha na mio, a moratória, para agradar aos banqueiros e assim, supostamente, melhorar as negociações. O resultado foi exatamente o inverso. Os banqueiros, aliviados, foram sempre pedindo mais. Até agora, o Brasil só pagou bilhões de dólares. E o prometido empréstimo ainda nem chegou. E quando "chegar", na verdade nem vai entrar no pais:
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vai ficar já nos próprios bancos, por conta do pagamento dos juros. P
mOllCOrdo
Vale a pena comparar o acordo a que finalmente se chegou com a primeira proposta de Bresser. Ele pedia 10,2 bilhões de dólares de empréstimo em setembro de 1987. Agora, em junho de 1988, Mailson conseguiu pouco mais da metade: S,6 bilhões. Bresser tinha pedido uma taxa de risco, ou spread (uma taxa que é cobrada além dos juros) de zero. A taxa acertada por Mailson é 0,81S'I. - o que pode parecer pouco, mas ninguém pode esquecer que estamos falando em bilhões de dólares. Além disso, existe uma outra taxa ainda, paga aos bancos que aderirem logo ao acordo. Mas há mais: o tal dinheiro que é emprestado pelos banqueiros e que nunca chega ao pais nem sequer vai
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ser desembolsado já. Apenas quando a maioria dos 700 bancos credores assinar o acordo é que esse dinheiro será liberado. Mas em tres parcelas, sendo que a segunda e a terceira estarlo condicionadas a que o Brasil cumpra as metas econômicas do FMI e do Banco Mundial. Entretanto, o Brasil já pagou, na última sexta-feira, 34S milhões de dólares, e se comprometeu a pagar mais um bilhlo até o ruo do mes. É sempre a mesma história: quem entra com dinheiro real, extraido da brutal exploraçlo a que nós, trabalhadores, somos submetidos, é o Brasil. Os bancos prometem, mas, de fato, não dlo nada. Só recebem.
Congresso da CUT de Belo Horizonte
3? CongresSO Nacional da CUT
Umgrande avanço!
polê_ica COArticulação
o Congresso da CUT Regional de Belo Horizonte, realizado neste fim de semana último, representou um grande avanço em relação à falta de perspectiva frente às lutas e às tentativas de golpe na democrcia da CUT expressos nas teses da corrente Aniculação. A maioria dos seus 421 delegados soube identificar os enormes prejuízos destas teses no processo de fortalecimento e consolidação da nossa central e responder a elas com a aprovação de resoluções que apontam para um plano de lutas capaz de unificar nossas campanhas salariais e para a defesa da democracia interna.
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A discussão em torno às teses da corrente Articulação se intensifica no interiordaCUT. Contra os seus ataques aos estatutos democráticos da Central (ver CS n~s171e 172) se posicionaram o Congresso da CUT Regional de Belo Horizonte e também o Encontro das Oposições Sindicais Cutistas de São Paulo. Nestas páginas, damos prosseguimento à polêmica, analisando as caracterizações equivocadas da Articulação sobre as lutas e o ascenso grevista, e apresentamos as principais resoluções do Congresso de Belo Horizonte.
Ao final do Congresso, foi respeitada a proporcionalidade dos votos obtidos pelas quatro chapas que se apresentaram: CUTPelaBase, com 144 votos; CUTépraLutar (identificada com as teses nacionais Democracia e Luta e que teve à sua frente o Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem), com 102; Articulação, com 46; e Unir o Campo e a Cidade, com 24. A partir deste resultado, compôs-se uma direção cuja Executiva é formada por 4 companheiros da CUT Pela Base, 2 da CU~ é pra Lutar e 1 da Articulação.
AS PRINCIPAIS R Unificaras Campanhas Salariais
As lutas avançam ou recuam? Uma discussão que ressurge Desde 1987 o óbvio ululante vem sendo objeto de discussão no interior da CUT. O óbvio em questão é o fato de que a classe trabalhadora não só tem lutado incansavelmente contra os planos de arrocho e desemprego disparados pelo governo e pelo FMI, como o de que, neste processo de lutas, vive o maior ascenso dos últimos anos. Em 1986, os grevistas totalizaram 8.254.140. Em 87, este úmero subi u para 12.047.000 dados do DESEP-CUT), J á a discussão em torno deste fato óbvio existe porque, desde o ano passado, alguns companheiros da corrente Articulação (maioria da direção nacional da CUT), acompanhados pelos companheiros da corrente CUT Pela Base, teimam em negá-lo, afirmando que, ao contrário de tudo o que vemos à nossa volta, o movimemo dos trabalhadores está em refluxo e, até mesmo, ... derrotado. Todos os ativistas e lutadores da CUT lembram-se que nos congressos regionais realizados nos últimos meses de 87 não faltaram dirigentes que disseram que o movimento vinha acumulando derrotas, que o ascenso não era tão grande e que, inclusive, havia elementos de refluxo que dificultavam a preparação das próximas
lutas. Felizmente, na maioria destes congressos a realidade falou mais alto e os seus delegados aprovaram (como no da CUT Regional da Grande São Paulo) planos de lutas que corretamente apontavam para a unificação das campanhas salariais.
As teses da Articulação retomam a polêmica No entanto, esta polêmica, que parecia superada, ressurge nas teses da Articulação para o 3? Congresso Nacional da CUT. Mesmo reconhecendo que tem se verificado desde 85 "uma tendência ao ascenso", os companheiros da Articulação afirmam que esta "pode começar a sofrer uma certa reversão " neste ano de 88. Tal reversão seria decorrência do desemprego crescente e do início de uma recessão mais acentuada na economia. E, para fundamentar sua caracterização, comparam o número de grevistas nos três primeiros meses de 87 (2.357.116), com o do mesmo periodo em 88 (1.077.144). Por fim, dizem que esta queda se dá principalmente no setor privado, responsável por apenas 22% das greves dos últimos meses (teses 43 a 46 do documento da Articulação). O curioso é que, em nenhum momento, os companheiros se referem à poderosa greve dos traba-
lhadores das estatais e do funcionalismo, nos dias 3 e 4 de maio. Com esse "esquecimento", não só deixam de computar mais um milhão de grevistas nos seus cálculos, como também deixam de fora de suas análises uma paralisação setorial proporcionalmente mais forte do que as greves gerais ocorridas em dezembro de 86 e agosto de 87. Um movimento que prova categoricamente que o ascenso não apenas continua, como tende a crescer, na medida em que se intensifiquem os ataques do governo. Mesmo porque as greves não pararam após os dias 3 e 4. As paralisações posteriores dos metalúrgicos da CSN, dos professores e do funcionalismo do Rio, da Saúde em São Paulo, entre outras, já contribuíram para totalizar três milhões de grevistas até agora.
Por trás de uma caracterização errada, uma política errada Na nossa opinião, a insistência da Articulação no erro de caracterizar um refluxo inexistente só pode ter uma explicação política. Não são os trabalhadores que não querem lutar. O problema é outro. As direções majoritárias da CUT é que vêm dando uma orientação equivocada ao movimento. Ao invés de se dedicar prioritariamente a apoiar e unificar as lutas
que ocorrem na cidade e no campo, a maioria dos dirigentes cutistas tem se dedicado nos últimos meses a, prioritariamente, pressionar a Constituinte, onde, junto com o PT, buscou alianças com o PDT de Brizola e com o setor de Mário Covas em torno aos quatro anos e ã manutenção das pequenas conquistas dos trabalhadores incluídas, até aqui, no projeto de Constituição. Foi por esta razão que a greve de agosto de 87 não foi bem preparadaesaiu fraca. Foi porque a maioria das direções apostou na Justiça e nas pressões sobre a Constituinte que a greve dos dias 3 e 4 não teve continuidade com uma greve ainda maior. As caracterizações equivocadas da Articulação em suas teses mostram que ela mantém inalterada esta orientação igualmente equivocada, que desarma o nosso 3? Congresso Nacional. Tanto isso é verdade que não encontramos nestas teses qualquer proposta concreta de ação para os trabalhadores, qualquer plano de lutas concreto que aponte para a unificação das campanhas salariais, greves e mobilizações. É a esta total falta de perspectivas e de orientação para nossas lutas que os delegados ao 3? Congresso também terão que responder.
Todos os ativistas e lutadoconcretizar os passos reais que res sabem da importânéia de nos permitirão a sua construtermos uma resposta unificada ção. dos trabalhadores neste moNeste sentido, a resolução do m\..ílto, quando o governo e os Congresso da CUT de Belo Hopatrões nos atacam centraliza- , rizonte aponta no caminho damente. Não podemos nos licerto. mitar ao âmbito das lutas isolaCUT -DO: rumo à das, por categorias ou sindicaconstrução de um plano tos, sob pena de sermos derrode lutas real tados um a um. Diante desta constatação elementar, o 3? O Congresso aprovou como Congresso Nacional da CUT eixo central do ponto sobre as surge como o fórum privilegialutas a preparação da Campado para definir a resposta uninha Salarial Unificada para o tária de todos os trabalhadores segundo semestre. Preparação aos planos de fome e arrocho. que será centrada num Plano É por este motivo que, conde Lutas construido num protra a falta de perspectivas excesso de discussões envolvendo pressa pelas teses da Articulação frente às nossas greves e as direções e as bases cutistas. Em Minas, este processo de mobilizações, devemos avandiscussões terá os seguintes çar na discussão de um plano de passos: desde já as Executivas lutas que aponte para a unificaEstadual e regionais da CUT ção, no segundo semestre, das começam a elaborar uma pauta campanhas salariais dos trabaconjunta de reivindicações, lhadores privados e estatais. que será submetida a uma PleUma Campanha Salarial Unifinária Estadual, a se realizar encada que seria ainda coordenatre a segunda quinzena de julho da com os trabalhadores rue a p,rimeira de agosto. Definirais, construindo a ação conda a pauta, esta será levada às junta da nossa classe na cidade bases, que, através de plenárias e no campo, a partir de uma e assembléias nos sindicatos, bandeira unificadora central: irão referendá-la ou modifiFora daqui o FMII cá-la, concretizando-a ainda Esta proposta é distinta não mais. Nestas várias instâncias só em relação às teses apresen- serão discutidas também as tadas pela Articulação (total- ações unitárias que marcarão a mente vazIas), como também luta das várias categorias pela às apresentadas pelos compapauta de reivindicações conheiros da corrente CUT Pela mum. Sem dúvida, um grande Base, extremamente genéricas, exemplo a ser seguido pelo 3? ao propor a greve geral, sem Congresso Nacional.
Convergência Socialista
"Em defesa da democracia na CUT" Sobre a democracia interna da CUT, o Congresso de Belo Horizonte aprovou o seguinte manifesto, que desde já se constitui num referencial para as discussões preparatórias ao 3? Congresso Nacional:
base de cada sindicato, como é hoje. Com isso quer reduzir burocraticamente o tamanho dos congressos; 3 - A umentar a periodicidade dos congressos e, além disso, deixá-la a critério das direções;
"Neste momento de preparação do 3.0 Congresso Nacional da CUT, dirigimo-nos aos companheiros sindicalistas e ao movimento sindical em geral a fim de levantar questões que, a nosso entender, são fundamentais no processo de construção de uma central de massas, democrática e construída a partir da base, instrumento imprescindível para a unificação da lUla dos trabalhadores e para a construção do socialismo.
4 - Dificultar extremamente, o que quase exclui, a participação das oposições sindicais nos congressos, impondo que seus delegados sejam proporcionais aos votos conseguidos nas últimas eleições controladas pelos pelegos, ou no caso de não terem participado de eleições, seu número de delegados seria no máximo igual ao do menor sindicato do departamento profissional;
O fortalecimento da CUT exige a garantia e o aprofundamento da democracia operária no seu interior.
5 - Colocar na mão das direções a definição do número máximo de delegados aos congressos regional e estadual;
Nas vésperas do 3.D Congresso Nacional, a corrente A rticufação apresenta em suas teses nacionais propostas de mudanças dos estatutos que atacam diretamente a vida e a democracia interna da nossa central. As teses da Articulação propõem: f - Acabar com os delegados de base para os congressos nacionais, com os congressos estaduais elegendo os delegados para o nacional;
6 - Reduzir os membros da direção nacional e, além disso, dar direito a voz e voto nesta aos presidentes das CUTs estaduais e dos departamentos nacionais, distorcendo, destaforma, a representação definida no congresso nacional com base na proporcionalidade.
2 - Tirar delegados com base no número de sindicalizados de cada categoria, ao invés do número de trabalhadores da
Estas propostas têm um significado claro: afastam a base dos congressos e da vida interna da Central, jogando praticamente todas as decisões nas mãos dos dirigentes, significando, portanto, um grave risco de burocratização da CUT. A necessidade de mudanças
qw devam ser J~itas, no sentido de aprimorar os atuais estalutos no 3.° Congresso Nacional, não podem, em hipótese alguma, servir como pretexto, como uma manobra, para alacor a essência democrática dos atuais estatutos da CUT.
o 31' Congresso Regional da CUT de Belo Horl:.onte se opõe firmemente à intenção da Articulação de atacar a democracia da central.
o 31' Congresso Regional da CUT de Belo Horizontefar. um chamado a todos os ativistas e dirigentes da CUT em todo o país a se contraporem a tal intento da Articulação e cerrar fileiras em defesa da democracia interna da CUT, definida nos atuais estatutos. " Este manifesto foi aprovado pelos delegados das chapas
CUT Pela Base, CUT é pra Lutar e Unir o Campo e a Cidade, além de ser assinado por 18 dirigentes sindicais entre os quais destacamos: Paulo Cesar Funghi (do Sindicato dos Metalúrgicos de BH e da CUT é pra Lutar); Robério Paulino (do Sindicato dos Gráficos de BH e da CUT é pra Lutar), Marcelo D'agostini (do Sindicato dos Bancários de BH e da CUT Pela Base), José Prata (do Sindicato dos Bancários de BH e da CUT Pela Base), Carlos Calazans (do Sindicato dos Marceneiros e da CUT Pela Base) e Ney Alencar (do Sindieletro MO e da Unir o Compo e a
Cidade).
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Estudantes protestam naUSP
Os estudantes estio em luta nas escolas públicas contra a politica de Educação da" 0va República". O governo de José Sarney, que manteve a falta de democracia nas escolas, impedindo eleições diretas para reitor e outras formas de participação da comunidade na gestlo das universidades, aplicou recentemente medidas econômicas que tiveram reflexos na universidade. A pretexto de combater o d~ficit público, para fazer um acordo com o FMI para o pagamento da divida externa, o governo resolveu cortar verbas para a Educação, o que implica na ameaça de demisslo de professores e funcionários e no fechamento de diversos cursos. Esta politica, por~, enfrenta resistência em algumas escolas, e, em particular, na USP. a Universidade de São Paulo, os estudantes de jornalismo da ECA entraram em greve, há algumas semanas, contra o fechamento do curso noturno na escola, e foram vitoriosos. Pouco depois, aconteceram passeatas e atos públicos contra a votaçAo do estatuto da USP no Conselho Universitário, sem a menor participação democrática da comunidade nas decisões. O projeto de estatuto apoiado pelo reitor, José Goldemberg, ameaça de privatização alguns departamentos da USP, como a Escola de Medicina e a Politknica, que seriam desmembradas da Universidade. Os estudantes fIZeram uma grande passeata, at~ o pr~o da Gazeta, na Avenida Paulista, manifestando o seu repúdio, após já terem invadido o Conselho, poucos dias antes. Esta luta se soma a outras que já foram travadas na USP, contra os aumentos das refeições, pelo direito à moradia e contra a presença de policia no campus. Os estudantes, que já salram em solidariedade às greves dos fUDcionários em 8S e 86, tomam agora a bandeira da defesa do ensino público, contra a falta de democracia e pelo direito à Educação. it'ria de "Barricada" este clima de luta - as mobilizações estudantis coincidiram com uma greve dos professores por aumento de salários - foi realizada a eleição para o DCE da Universidade. A chapa vitoriosa, "Barricada", formada por estudantes petistas, defendeu um programa bastante avançado. Segundo o companheiro Wilson, estudante de História e membro da nova diretoria do DCE, "Barricada" defende o ensino público e gratuito, eleições diretas para reitor, um Conselho Universitário com paridade entre estudantes, professores e funcionários, e a oposição intransigente ao atual reitor, Jos~ Goldemberg, indicado pelo governador Orestes Qu~rcia. No campo politico, afumou Wl1son, "Buricada" dá o seu apoio às greves dos trabalhadores contra o arrocho e o FMI, defende o nlo-pagamento da Dívida Externa e o repúdio à Constituição burguesa que está sendo elaborada no Congresso. Para finalizar, Wilson afirmou que o DCE deve estar presente em todas as mobilizações dos estudantes.
E\e\çOes bancãr\~s de São José e reQ\ão Plásticos São Paulo
Formada a chapadaCUT Nos dias 11 e 12 os bancários de Slo Jos~ dos Campos, Mogi das Cruzes, Jacarel e mais IS cidades da regilo, com uma base de SOOO trabalhadores, terlo eleições para o seu sindicato. É a chance de colocar definitivamente para fora a dupla arquipelega de Armando e Alvarelli. Para falar das eleições entrevistamos a companheira lcia Bosco, secretária-gerai, e Mário Baere, I~secretário, da chapa de oposição cutista. : Por que foi formada a oposição? leia: Porque o Armando e o Alvarelli estio ai há mais de seis anos e nunca fizeram nada pela categoria e tam~m porque eles em vez de fazerem do sindicato uma arma dos bancá· rios contra os banqueiros, o transformaram numa agência de beneficio dos diretores do sindicato. Da mesma forma que o Sarney quer ficar cinco anos no -governo para ficar mandando no Planalto às custas dos trabalhadores, o Armando e o Alvarelli querem ficar nove anos no sindicato mamando às custas dos bancários. O sindicato nlo tem democracia e sim uma trajetória completa de assembléias fantasmas, expulsão de diretores e proce sos contra os bancários que protestam contra a propostas do Armando,
deduragens de ativistas dentro dos bancos e negociatas por trás dos panos às costas da categoria. Quer dizer, para formar uma oposição existem motivos de monte. : Quais as propostas da chapa para a categoria? Ma ro: É preciso mudar essa situação. Desde que eu sou bancário, a categoria tem dado várias demonstrações de luta, quer seja nas campanhas nacionais, como em lutas específicas por bancos, e a referência sempre foram os sindicatos de São Paulo e do Rio. A nossa proposta é exatamente integrar São José e região na luta nacional, nIo como caixa de ressonAncia, mas com participação ativa e democrática. Por exemplo: agora o Banerj está em luta contra a intervenção e as demissões devido à politica do governo a mando do FMI, para abrir o mercaclo-para os bancos privados internacionais. Em São José e região o sindicato não faz nada, e os funcionários desamparados ao inv~ de lutar, como nas cidades onde a CUT dirige os sindicatos, estão com medo das demissões e não tomam uma atitude ofensiva contra a patronal. É o mesmo caso do Bemr,~que não recebeu os 15'0 do acordo com a Fenabar. .
A convenção dos trabalhadores de indústrias plásticas em São Paulo, realizada no domingo, dia 19, contou com a presença de 212 trabalhadores. Nela foi escolhida a chapa que ~ composta por S9 membros, englobando as principais fábricas da categoria. Essa ~ a chapa 1 da CUT, que tem na presidência o companheiro Matizalem Covas Ponte, que ~ o atual presidente do sindicato e concorre ao segundo mandato. At~ agora a oposição pelega não registrou a sua chapa. Ao que tudo indica, a pelegada nlo está conseguindo montá·la. A eleição será nos dias 2, 3, 4 e S de agosto. A chapa 1 já está com a campanha nas fábricas. A vitória da CUT ~ certa.
Congresso
Unificação dos profissionais do ensino o final de semana reali· zou-se o congresso do CEP, Centro Estadual dos Professores. Nele discutiu-se os estatutos da entidade, mantendo-se no geral o seu caráter bastante democrático, onde a base tem grande poder de decisão e participação. O congresso votou a al-
teração do nome da entidade, que passará a ser chamada Cepe, Centro dos Profissionais do Ensino, abarcando todos os funcionários. O ponto d~bil do congresso foi não ter discutido nenhum plano de lutas para o segundo semestre. Esse ponto seria discutido por último, nlo havendo a discus510 por falta de quõrum.
Extraordinário do CEP
Professores em greve Em Contagem, a greve dos professores passa dos 3S dias, enfrentando a instransigência do prefeito Guido Fonseca do PMDB, que se nega terminantemente a atender as reivindicações. Os profe sores já realizaram várias manifestaçaões, que contaram com o apoio dos alunos e dos pais. Hã mais de uma semana, cinco diretores da APC, As ociação de Professores de Contagem, estio em greve de fome. Diversos sindicatos já estio prestando solidariedade, que neste momento passa a ser uma questão fundamental. Em São Paulo, milhares de professores fizeram uma paralisação de protesto de 24 horas no dia 24. o final da tarde foi realizada uma manifestaçlo que contou com a participação de mais de 2 mil professores. Agora, nova mobilização está sendo preparada para agosto, pois só na luta ~ possível enfrentar o arrocho do governador Orestes Quércia.