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Construindo nas lutas a CUT e o PT. N° 250 - 1° a 7/6/1990 Preço de colaboração: Cr$ 15,00

Meio milhão de trabalhadores estão em greve. Um furacão sacode o país, exigindo o salário roubado, o emprego, a defesa das estatais. Esse furacão ainda fica mais forte , porque a Executiva Nacional da CUT marcou greve geral para o dia 12 e o seguinte plano para chegar a ela: De 23 a 30 de maio - assembléias de base em todas as categorias. Dia 30 de maio - plenária nacional das categorias em luta, como bancários, estatais, servidores, metalúrgicos e outras. Dias 2 e 3 de junho - plenárias regionais do movimento sindical e popular. Dia 5 de junho - plenária nacional do movimento sindical: CUT, CGT e independentes.

Manifesto a os

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Encontro Estodual do PT de São Paulo aprovou, no sábado passado, uma resolu~ão sobre a greve geral. Aqui, seus trechos mais importantes: "0 PT veio a público denunciar posta dos trabalhadores na defesa a natureza antipopular, antinaciode seus interesses de classe. nal e antidemocrática do plano O PT apóia a iniciativa da CUT Collor, desde o primeiro momenrumo à Greve Geral. incluindo as to. Dois meses após a decretação greves da categoria, no dia 6 de judo plano, a recessão, oficialmennho. e demais mobilizações e se te negada, já faz um record de traempenhará em levar adiante as banbalhadores desempregados, oudeiras, definidas pela Executiva tros tantos ameaçados de demisNacional da CUT, que unificam os são imediata, e pesadas reduções trabalhadores: salariais impostas pela chantagem 1 - Definição imediata de uma lepatronal. . gislação salarial que garanta a reO governo anuncia que a intlaposição plena da intlação mês a ção é zero, mas os preços são desmês; congelados e continuam subindo, 2 - Recuperação das perdas salaarrochando ainda mais os salários. riais referentes a março, abril e Os trabalhadores não podem maio de 1990. Intlação é dívida, se aceitar a continuidade de uma porepõe. Aumento real se negocia; lítica econômica que representa 3 - Fim das demissões e da reduarrocho de salário e desemprego ção de salários. Contra a recessão, e, além disso, ~ incapaz de estapelo desenvolvimento articulado da bilizar a economia (. .. ) economia; A proposta de Greve Geral da 4- Assinatura presidencial imeCUT para 12 de junho, que está diata das desapropriações rurais já sendo precedida de um amplo prorelacionadas pela União; cesso de consulta aos sindicatos de 5 - Em defesa do patrimônio base, deve envolver o conjunto público; das instâncias do PT. O PT con6 - Em defesa da democracia e das voca seus militantes nos sindicainstitui.ç ões democráticas. tos, movimentos populares, prefeituras. Parlamento, núcleos, diretórios e demais espaços de par"1 ÃO AO PLANO GOLLOR ticipação política a discutir e se TODO APOIO A GREVE empenhar nesse movimento. que GERAL DO DIA representa a primeira grande res12 DE JUNHO"

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NOSSAS TAREFAS marmção da greve geral pela CUT foi lima l'irôria dos Imbal/wdorcs" di7 Antonio Donize-

te, presidente do Sindicato dos Meta.lúrgicos de São José dos Campos. "Com ela. podelllos uni r esses 500 mil r'rabalhadores em gre\'e hoje, com outras centel/as de milhares que também querem IlIIar, para dar uma re~posta à alwra ao bl'lltal ataque que recebemos do plano Collor' '.

Dirigente de uma das categorias que já conquistou vitórias contra o plano, derrotando a redução salarial nas montadoras, Toninho lembra que uma grande greve só se consegue se a maioria dos trabalhadores participar das decisões.

As assembléias de base são decisivas. Elas têm que garantir que o maior número possível de categorias participe da plenária do dia 30. que vai, de fato, traçar o caminho para a greve geral. Bem representativa. a plenária terá força para definir, a própria realização da greve e votar que ela só poderá ser desmarcada por outra plenária de base. Além das assembléias das categorias, é muito importante que os sindicatos chamem reuniões com as entidades estudantis. moradores dos bairros e todo o movimento popular para Juntos, organizar a greve. Na plenária nacional do dia 5, não poderemos condicionaragreveà CGT. É muito importante seu apoio, mas sabemos que a maioria dos trabalhadores está na CUT. Seria antidemocrático. portanto, desmarcar a greve por vontade da minoria. Por outro lado. a CGT faz parte do governo; um de seus máximos dirigentes - Antonio Magri - é o ministro do Trabalho, o homem de Collor encarregado de fazer a tarefa suja de aplicar o arrocho e impedir nossas greves.

Dia 6, alavanca para a greve geral Os bancários e servidores tinham decidido parar no dia 6 caso a CUT não marcasse a gre-

No domingo dia 20, um ex-soldado israelense assass in ou a ti ros sete trabal hadores palestinos da construção civil, na localidade de Riahen Letzion, em Israel. O massacre desencadeou uma onda de protestos da população palestina, não só nos territórios ocupados desde 1967 (Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Leste).

mas também dent~ode Israel e nos países árabes. O estado sionista tenta conter a revolta com a uma repressão militar violentíssima, que já deixou outros 17 mortos, além de dezenas de feridos e presos. Mas a repressão não consegue segurar este novo levante da imitclda. a rebelião palestina que já dura dois anos e meio. Pelo contrário,

Tonínho: assembléías de base.

ve até a primeira quinzena de junho. Agora, com (I. marcação do dia 12, esses dois grandes batalhões do movimento devem manter a mobilização, transformando o dia 6 num Dia Nacional de Luta, com ações de rua e paralisações parciais, como um ensaio para a grande greve geral do dia 12.

mergulhou o governo israelense na crise, cercado pelo unânime repúdio internacional. Chamamos o Encontro Nacional do PT e a reafirmar nosso apoio à justa luta dos palestinos para se libertarem da opressão sionista e recuperarem suas terras que lhes foram tomadas. Repúdio ao massacre e à repressão israelense! Pela vitória da intifada! Por um Estado palestino único, laico e democrático!


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