Revista Pepper #31

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Ano 02 Maio/2015

CULTURA ESPORTE Entretenimento e nossos Colunistas


EDITORIAL

EDITORIAL

M

ês de maio , mês das noivas, das mães do céu azul e maravilhoso de Brasília. Mês de ir para as ruas , passear , curtir a nossa cidade em todos os seus cantos. De dia ou de noite temos programas para todas as faixas de idade. Seja

para ir em bares , restaurantes , fazer esportes , visitar parques , lagos , nosso concreto em todas artes e esculturas que merecem ser vistas, enfim um mês que vale a pena curtir muito. Neste espaço aberto vale muito a pena conhecer o Hipismo , ir ao

Zoológico, e logico sempre levar em mãos um exemplar da sua Revista Pepper para dar uma lida em nossas matérias e colunas que cada vez mais cai no gosto do Brasiliense. Boa Leitura.

EXPEDIENTE Publisher Sérgio Donato Contaldo jornalismo@revistapepper.com.br

Redação Natália Moraes Abner Martins jornalismo@revistapepper.com.br

Publicidade

comercial@revistapepper.com.br

Revisão Conttexto.com helenacontaldo@conttexto.com

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Estagiária

Silvia Bouvier

Site Natália Moraes e equipe Gráfica Gráfica 76 Colaboradores Sérgio Assunção Pedro Abelha J. Carlos JR Ramalho Romolo Lazzaretti Renata Costa Duarte

Fernando Cabral Carlos Henrique A. Santos Pedro Wolff Janaina Camelo Julyana Santos Taís Morais Fotos da Capa Divulgação Contatos (61) 3257.8434 faleconosco@revistapepper.com.br

www.revistapepper.com.br


TENDÊNCIA

Glamour, determinação e raça! Da Redação Fotos: Divulgação

C

onsiderado esporte dos reis e da nobreza – a que os súditos apenas assistem –, o hipismo surpreende pela diversidade daqueles que amam a atividade: na idade, nas condições financeiras, nos valores dos cavalos. Na realidade, um mundo sem fronteiras. Brasília teve a oportunidade de ver e acompanhar esse esporte neste mês de maio, quando foi realizada a Copa JK de Hipismo. Estiveram presentes mais de 300 participantes de todo o Brasil. O evento funciona, ainda, como uma seletiva para o Campeonato SulAmericano, a ser disputado na Argentina, para as categorias Mirim, Pré-júnior e Junior. Para se ter uma noção do tamanho do evento, as pessoas envolvidas na organização passam de 150, entre tratadores, juízes, etc.. Cavaleiros e amazonas

foram mais de 300 vindos de todo o país com os seus cavalos para formarem os conjuntos que disputam as provas e superam os obstáculos da pista. Todo o processo leva tempo, treinamento, concentração, e, claro, dedicação extrema aos cavalos, afinal de contas é uma competição. Que vençam os melhores! Vem mais competição nacional por aí: de 19 a 21/06 tem CSN Cel. Rabello e em agosto teremos o Campeonato Brasileiro de Salto Amador. Para quem não conhece, vale muito a pena assistir às provas. Tenham certeza de que a emoção toma conta da pista, do envolvimento do cavaleiro/cavalo e dos tombos, afinal até a nobreza pode cair. A Sociedade Hípica de Brasília fica próxima ao Zoo e vale uma visita.

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TENDÊNCIA

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PERFIL

Luiz Antunes de Souza Nome: Luiz Antunes de Souza Apelido: Ratão Publicitário, artista plástico, ilustrador e atleta nas horas vagas... Idade: 59 anos nascido no Rio de Janeiro, mas totalmente brasiliense... Hobby: Artes, jogar boliche e basquete. Para comer: Comida japonesa, sempre! Para conhecer: Nova York! Por mais vezes que vc vá lá, sempre tem coisas novas pra conhecer... Imperdível: Estar com quem vc gosta, num lugar perfeito, ouvindo qualquer coisa do Pink Floyd! Happy hour: Quintas, no Armazém do Ferreira com os amigos do boliche. Dentro da profissão ou hobby que lugar, local, para ir: para jogar boliche, Striker no Pier 21, pra jogar basquete, Clube do Exército no Setor Militar Urbano, para apreciar arte, CCBB, mas o bom mesmo é ficar em casa, perto do carinho da Laura!

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ESPECIAL BRASÍLIA

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gastronomia

RECEITA DO MÊS Impepata di Cozze con pomodorini cigliegini Mexilhões picantes ao molho de tomates cereja Foto ilustrativa Mês de maio, além da beleza que o céu azul de

calabresa e deixe dar uma douradinha; acrescente os

Brasília proporciona aos nossos olhos, temos

tomates cereja e cubra.

também uma outra beleza, as noivas! Lindas,

Deixe dar uma refogada, acrescente o vinho e um

maravilhosas e esperançosas, uma grande maioria

pouco do caldo dos mexilhões.

escolhe este mês para seu casamento. E a PEPPER,

Quando o molho tiver secado um pouco, coloque os

que não podia ficar de fora desta festa, foi buscar

mexilhões e deixe apenas uns 4 minutos e coloque a

na Velha Bota uma receita da região de Basilicata

salsinha picada.

que dizem serviu e inspirou a muitas noivas e

Sirva colocando o pão no fundo e os mexilhoões e o

princesas romanas pelo seu poder afrodisíaco.

caldo por cima.

Façam bom proveito na sua lua de mel!

Polvilhe com mais salsinha a gosto e uma moída de pimenta do reino e bom apetite!

Ingredientes

O vinho que acompanha o prato pode ser branco

Para 04 pessoas

frutado, verde, Verdichio, Vermentino... enfim,

Tempo de preparo 30 min.

qualquer um, só não pode ser vinho branco doce.

De cozimento 15 min. 1 kg de mexilhões com casca, de preferência frescos 400 gramas de tomates cereja 3 dentes de alho Pimenta calabresa ou dedo de moça a gosto 1/2 copo de vinho branco seco 4 colheres de óleo de oliva extravirgem Pimenta do reino (uma pitada) 3 ramos de salsinha picada 4 fatias de pão grosso, tipo pagnota, torrado e aromatizado ou não

Modo de preparo Lave e limpe as cascas dos mexilhões e ponha-os numa forma ou caçarola com tampa (depois de um tempo elas se abrirão). Retire-os das conchas e, se quiser, separe alguns para decorar. Filtre a água dos mexilhões e reserve. Coloque em uma frigideira grande o alho e a pimenta

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ESPORTES

Futebol:

da paixão ao fanatismo

Por Natália Moraes Fotos: Arquivo Pessoal

Quais são os limites do fanatismo? Torcedores contam as maiores loucuras que já fizeram pelo time do coração.

O

Brasil é o país do futebol. A paixão pela pelota, jabulani, brazuca e por tudo que a rodeia é óbvia. Por todos. Sim, todos. Vide a última Copa do Mundo. Mas e quando essa paixão vira um fanatismo a ponto de o torcedor fazer loucuras, viajar meio mundo, fazer uma tatuagem com o escudo, tudo isso por causa do time? Em uma breve pesquisa entre alguns torcedores, ficamos sabendo de casos em que alguns não usam roupas da cor do time adversário, quebram copos, pratos e tudo que tem na frente quando o time perde, fazem um “bate e volta” em uma cidade looonge só para ver um jogo... Mas até aí tudo bem. É até “normal”. Mas o que chamou a atenção foram as promessas. Ah, as promessas! Em 2010, Eduardo Fialho, administrador de 25 anos, fez uma promessa: Se o Fluminense ganhar o Brasileirão eu corro pelado na L2 Sul. Dito e feito. “Não me arrependo. Promessa é promessa”, disse. Além dessa história, Eduardo conta algumas outras loucuras que fez pelo Flu. “Tinha dois amigos do Rio lá em casa, mas ia ter a Libertadores contra o São Paulo, em 2008. Larguei os amigos aqui e fui pro Rio ver o jogo! A van quebrou, chegamos atrasados, mas deu tudo certo. O Flu ganhou e voltamos enchendo a lata”, lembrou. Emerson Teixeira, professor de matemática, torcedor do Atlético Mineiro e membro da torcida organizada Candangalo também contou as suas galoucuras. Além de viagens para o Chile e Marrocos para acompanhar os jogos, subiu na concha do Congresso Nacional depois do Galo ser campeão da Série B, e acabou sendo preso. Mas para ele o amor vale tudo. “Depois de eliminar o

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Brasiliense da Copa do Brasil, invadi o Serejão e subi na trave com uma bandeira. Todos ficaram de cara”, disse. Emerson foi até Belo Horizonte de moto só para ver um jogo. É muito amor mesmo. Emerson já chegou a abrir um bandeirão no Congresso escondido dos seguranças, abriu também essa bandeira no meio do carnaval e, segundo ele, deixou os cruzeirenses furiosos! “Já fiz muita coisa. Cheguei até a convencer o Pelé a dar um autógrafo na bandeira com um spray”, completou. E o Guarani? O Guarani já foi campeão brasileiro em 1978, mas hoje não está em sua melhor fase. Time de Campinas, com a maior torcida do interior, tem um representante mais do que fanático em Brasília. Rafael Rubem, analista de sistemas e doente pelo


ESPORTES

Bugre, conta que a história de amor vem de família e, além de acompanhar o time Brasil afora, estampou o escudo e um trecho do hino do Guarani em suas costas. Rafael contou que a tatuagem foi uma promessa (olha elas aí de novo). O Guarani tinha acabado de cair para a 2º divisão do Campeonato Paulista, e ele falou “Se o Bugre voltar para a 1ª divisão eu faço a tatuagem”. E voltou. No dia seguinte fez a tatuagem que ocupa metade das costas. “Fiz escondido dos meus pais. Um dia meu pai viu, falou: ‘sua mãe vai te matar, moleque’, e eu já imaginava isso. Duas semanas depois eu mostrei pra ela. Ela ficou doida. Me chamou de maluco e tudo mais. Mas depois ela se acostumou. Ela sabe que eu sou fanático e não tem muito o que fazer a respeito”, contou. Ainda sobre a tatuagem, Rafael lembrou de uma história com a sua vó, de 90 anos. “Um dia eu estava dormindo no sofá e minha vó pegou um paninho molhado e começou a esfregar a tatuagem pra ver se limpava. Eu acordei assustado, e ela: ‘Ué, isso não sai mesmo não?’. Ficou meio brava”, brincou. O fanatismo é tão grande que até o cachorro entrou no mundo bugrino. É. O nome dele é Bugre.

E existem também os torcedores fanáticos que gostariam de estar mais presentes nos jogos e na vida do clube. Pedro Pincer, jornalista, se diz muito fanático. “Eu torço por causa do meu pai, mas eu sou bem pior que ele. Ele não deixa de fazer as coisas por causa do Botafogo, eu deixo”, disse. Porém, Pedro tem paralisia cerebral, o que às vezes o impossibilita de estar tão presente no clube. “Apesar da minha condição, eu dou meu coração pelo Botafogo. Nunca deixei de ir nos jogos em Brasília, ou no Maracanã. Mas eu gostaria de ir mais ainda, de ir atrás do time pelo mundo”, completou. Para Pedro, o Botafogo é de tamanha importância, que estabeleceu um elo concreto com o pai. “Meus pais se separaram quando eu tinha 7 anos. E o Botafogo foi um elo muito grande entre eu e meu pai. Não existia aquilo de se ver de 15 em

15 dias. Ele me levava para todos os jogos, a gente se divertia e compartilhava o amor pela mesma coisa”. Pedro também lembrou que um dos seus primeiros trabalhos como jornalista foi escrever em um site sobre o Botafogo. “Era demais. Os mesmos caras que eu torcia nos estádios eram aqueles que eu estava entrevistando. Experiência única”, disse orgulhoso. Ah, e temos aqui mais um caso em que a cachorrinha entra no jogo. O nome dela é Estrela. Adivinha por quê? Esse país do futebol nos surpreende em vários sentidos. As loucuras estão autorizadas!

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SAÚDE

Os novos terapeutas latem, miam, galopam...

Por Natália Moraes Fotos: Arquivo Pessoal/ Divulgação

Em tratamentos alternativos, deficiências físicas, mentais e até doenças mais graves podem ser acompanhadas por animais. Equoterapia, Pet terapia e mergulho ganham espaço.

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oenças e deficiências físicas ou mentais nem sempre precisam ser tratados somente com os métodos convencionais. Atualmente existem inúmeros tratamentos alternativos que podem ser seguidos como uma extensão, ou até mesmo diversão e relaxamento para os pacientes. Mas o que poucos sabem é que esse cenário está abrindo cada vez mais espaço para os tratamentos ao lado dos animais. Entre cavalos, cachorros e até mesmo no fundo do Lago Paranoá, os pacientes se divertem e afirmam melhoras. Os resultados são impressionantes, e a distração para os professores, família e crianças é garantida. Em Brasília já existem centros e programas para vários tipos de interação com os animais e com a natureza.

Aqui os animais são os terapeutas! A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo e, normalmente, é um tratamento complementar de apoio à reabilitação para pessoas portadoras de necessidades especiais.

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Esse método busca melhorias no aspecto físico, psicológico e emocional do praticante. Assim, o paciente vê no cavalo um amigo. Segundo Andreia Belo, fisioterapeuta da Associação Nacional de Equoterapia, a equitação terapêutica é uma proposta diferente, atual e eficiente. “Serve como tratamento para muitas disfunções físicas e mentais, e proporciona aos participantes a percepção de suas potencialidades e minimização das suas deficiências”, explica. Os resultados apresentados pelas famílias e instrutores são impressionantes. “Uma mãe trazia seu filho, portador da Síndrome de Down, toda semana. Ela me contava com a maior felicidade as melhoras. O sorriso no rosto não escondia o resultado positivo”, completou. Na Equoterapia o cavalo é usado como instrumento de trabalho com uma abordagem disciplinar, mas precisa ser acompanhado paralelamente pelo médico. Os galopes chegam a emitir até 3 mil estímulos tônicos ativando o sistema nervoso, promovendo assim o desenvolvimento do paciente. “Durante toda a sessão, os terapeutas ajudam a estimular a fala, linguagem, tato, memória, raciocínio e muitos outros aspectos para a melhora do praticante”, disse a fisioterapeuta Andreia.


SAÚDE

Além da Equoterapia, existe também a Terapia Assistida por Animais, que nada mais é do que cachorrinhos, gatinhos, patinhos, minipôneis, etc, atuando como um coterapeuta. Conhecida como Pet Terapia, esse método de reabilitação também é utilizado como tratamento complementar de algumas doenças e deficiências, ajudando na interação e na socialização dos praticantes. Qualquer pessoa que deseja melhorar a qualidade de vida e a autoestima pode se beneficiar desse trabalho. O cachorro é sempre o mais requisitado para essa terapia. O principal benefício de se recorrer ao melhor amigo do homem nessa empreitada é a motivação que ele proporciona ao paciente. A pessoa pode construir um vínculo afetivo com o cachorrinho e despertar um grande conteúdo emocional que facilita as ações dos terapeutas. A Pet Terapia proporciona inclusão social, facilita a expressão de sentimentos, evita depressão, reforça o contato físico e mais mil e um benefícios que você pode encontrar no seu dócil e grande companheiro.

alguns limites impostos por sua deficiência. O criador do projeto e instrutor de mergulho Luciano Terra fala que a iniciativa mostra que qualquer pessoa, independente de sua deficiência, pode ir além do que se imagina. “Quero que as pessoas sintam o que eu sinto, sendo elas deficientes ou não. As pessoas com deficiência só precisam de mais estímulos”, afirma. Para Bruno Braga, o projeto foi um divisor de águas onde ele percebeu que conseguia ultrapassar todos os obstáculos e seguir em frente. “Eu decidi fazer o curso porque desde o acidente eu sempre procuro o que as pessoas dizem ser impossível para mim, e acabo provando para elas o contrário. Basta querer!”.

Mergulho adaptado no Lago Paranoá Com tantos tratamentos alternativos para portadores de necessidades especiais, fica fácil e divertido achar um que se encaixa no perfil da pessoa e que a ajuda a realizar algum de seus sonhos. Bruno Braga, atleta profissional de tênis de mesa, 24 anos, sofreu um acidente em meados de 2007 e se tornou tetraplégico. Felizmente o acidente não o desanimou. Agora Bruno tem um certificado de mergulho, e pode realizar a atividade nos quatro cantos do mundo. Em 2012 o atleta participou do Projeto Raia Manta, que ministra aulas e cursos de mergulho adaptado. Bruno fez o curso de três meses na piscina de sua casa. Depois de aulas teóricas, práticas e provas, o atleta finalmente pode desfrutar de seu sonho. A prova final foi realizada no Lago Paranoá e, segundo ele, a sensação é de total liberdade. “Foi incrível! Na água somos livres. É você, a natureza, e mais ninguém. Todas as preocupações somem e você se sente livre durante aqueles minutos lá no fundo, mergulhando”, disse animado. O Projeto Raia Manta surgiu para ajudar os portadores de necessidades especiais a ultrapassar

O lado da medicina Muitos médicos apoiam e recomendam alguns tratamentos alternativos para seus pacientes, sempre como uma extensão do tratamento convencional. Para o pediatra Fernando Ribeiro, esses tratamentos alternativos podem trazer benefícios importantes para a melhora do paciente. “A Terapia Assistida por Animais, por exemplo, traz benefícios que talvez nem mesmo a medicina consiga. A socialização do paciente e o interesse tem que vir de forma mais natural, e é assim que acontece com esses tratamentos”, afirmou. Os tratamentos podem ser vistos até como diversão. “Tenho uma paciente que é paraplégica e faz equoterapia. Cada vez que a encontro ela tem uma historinha nova para contar. Me conta o nome do cavalo, o que ele faz, que aprendeu a conduzir... A alegria dela já me faz acreditar que a terapia toda vale a pena”, completou.

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CIDADES

Vem aí o ENEM Da Redação Fotos: Divulgação / Reprodução

Para os estudantes desesperados, acreditem, a prova é a parte menos difícil

O

ENEM é uma prova aplicada anualmente pelo MEC e conseguiu a proeza de se tornar o melhor evento de tragicomédia do Brasil, superando grandes concorrentes como Especial de Fim de Ano do Roberto Carlos e votação do orçamento do ano na Câmara dos Deputados. A parte da comédia fica quase que exclusivamente com os estudantes. Todo ano temos casos de: atrasados sendo barrados e chorando; estudantes que fotografam as provas e depois são descobertos e eliminados; malandrões que colocam nas redações “Hoje é meu niver”, trechos de receitas e hinos de futebol e multidões correndo e caindo de cara no chão para entrar a tempo nos locais de prova.

unidades. O prêmio para quem ingressa numa dessas universidades é uma incrível graduação recheada de greves. Esse problema poderia ser resolvido caso o estudante optasse pelo FIES, programa que oferece bolsas em universidades particulares. Seria muito bom, se essas bolsas fossem devidamente pagas. Agora é o momento de inscrições, podemos aguardar que em breve começará o show de trapalhadas do MEC, até que em outubro os estudantes possam dar o tom cômico para o exame.

Já a tragédia é obra do governo e do ineficiente MEC. Locais de aplicação em condições lastimáveis, aplicadores mal treinados e falta de padrão são a norma nos dias de prova. É comum também que as questões vazem em algum momento, sempre gerando promessas por parte do ministro da educação de que isso não ocorrerá no ano seguinte. Já as correções de redação são sempre problemáticas, com notas muito distintas, falta de critério e avaliadores que nem mesmo leem o que foi escrito. Mas a verdade é que a prova é só a parte mais agradável da jornada que se inicia com o ENEM. Se o estudante se dedicar bastante e conseguir ser bem avaliado, poderá ingressar em uma das universidades públicas, que atualmente estão sem nem um tostão: pagamentos de funcionários de limpeza e segurança estão suspensos em muitas

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Se você se esforçar bastante, pode acabar estudando em uma excelente universidade pública, como a UFRJ.


ESPORTE

Todos os olhos em Berlim Da Redação

N

o dia 6 de junho, a capital alemã se

reergueu após alguns anos conturbados. Envolvida

transformará na capital mundial do futebol.

com polêmicas de compra de arbitragem, máfia

A partida final da Champions League,

e crime organizado, o time ainda está em meio à

entre Barcelona e Juventus, coloca duas escolas

crise italiana, que ocorre tanto no futebol quanto

de futebol diferentes na disputa do campeonato

no cenário político e econômico. Diferente dos

que atualmente é o mais importante do futebol

esquemas

internacional.

jogadores polivalentes, a Juventus joga no bom e

De um lado, o Barcelona. Depois de um tempo conturbado após a saída de Guardiola, os catalães conseguiram se reinventar, deixaram o batido tiktaka de lado e apostam em um futebol moderno e eficiente, muito bem representado pelo trio

mais

modernos

do

futebol,

com

velho 4-4-2 ao estilo italiano, com dois volantes de origem, dois armadores criativos e zagueiros que não brincam em campo. O craque do time é o excorinthiano Tévez, que vive fase iluminada e pode desequilibrar a partida.

ofensivo: Luisito Suárez, Neymar e o favorito à Bola

Mesmo quem não gosta muito de futebol não pode

de Ouro, Messi. Esse trio já se tornou o ataque que

perder o espetáculo do dia 6 de junho. Os europeus

mais marcou gols na história do time. O Barcelona

sabem como fazer um espetáculo, que vai desde

ainda vai disputar a final da Champions embalado

as apresentações antes da partida até o excelente

pela conquista do Campeonato Espanhol.

futebol desfilado em campo. A final de 2014, que

Do outro lado, a Juventus. A Velha Senhora se

consagrou o Real Madrid como campeão, foi um jogo de tirar o fôlego, decidido nos acréscimos.

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DEDO DE MOÇA

DEDO DE

MOÇA Por Taís Morais (taismoraiss@gmail.com)

Dona Dilma ......................................................................................... A presidente realmente conseguiu emagrecer, né? Será que foi a tal da dieta que custa milhares de reais ou foi a indigesta revolta do Congresso e do PMDB que a impede de comer direitinho?

Caiu a ficha do ministro da saúde ......................................................................................... Depois de alguns dias de polêmica sobre partos sem a presença de pediatras, o Ministério da Saúde fará mudanças no texto colocado em consulta pública com diretrizes para o parto. A proposta foi duramente criticada por entidades médicas. Com toda razão! Você deixaria seu filho nascer sem a assistência de um profissional especializado em reanimação neonatal?

Câmara dos deputados ou shopping center ......................................................................................... A câmara dos deputados aprovou o projeto que dá direito aos órgãos de, junto com uma parceria público-privada, aumentar a estrutura física da casa. O mais impressionante é que o projeto prevê construção de um shopping para os deputados se deliciarem nas suas muitas áreas nobres.

Distritais birrentos ......................................................................................... Nove deputados distritais participam da Frente Parlamentar Brasília Sem Crise, com o objetivo de discutir ações para aquecer a economia do DF. Durante os 15 dias de discussão com empresários e representantes de categorias, os deputados não votaram projetos polêmicos de autoria do Buriti. Ah, sim....

Distritais preocupados com a crise ......................................................................................... Os nossos deputados são uns fanfarrões. Se reúnem com empresários para um “acordo” de aquecimento da economia porque a nossa está indo para o brejo. No entanto, no início do mandato já votaram aumento dos próprios salários e não abrem mão das regalias com o dinheiro do povo.

Pátria educadora ......................................................................................... Alunos das universidades particulares do DF estão revoltados. A mudança no sistema de financiamento estudantil, o Fies, deixou muita gente na mão. Não bastassem as faculdades serem caríssimas, os alunos agora não conseguem recursos para continuar os estudos. Ótimo mote de campanha, D. Dilma, só faltava ser verdadeiro.

Estudar ou se defender ......................................................................................... As escolas públicas do DF estão cada vez mais perigosas. Em abril, menos de dois meses depois do início das aulas, foram registradas uma morte e 11 agressões. Em Ceilândia, o Centro de Ensino Fundamental 4 chegou a fechar os portões por medo de um grupo de traficantes que passou a vender drogas dentro do colégio e intimidar funcionários. SSP/DF, responda sobre isso e tome uma atitude.

Tá dengoso... ......................................................................................... Gastam-se rios de dinheiro com ações de combate à dengue. No entanto, só o DF registrou em abril 1.937 vítimas confirmadas. Já em maio, o número subiu para 4.339, de acordo com a Secretaria de Saúde do DF. Essas ações contra o mosquito parecem mais um trabalho em favor deles.

Mais que nunca

.........................................................................................

Brasília está feia demais, esburacada demais, cheia de mato e totalmente entregue ao lixo. A ciclovia do Lago Sul está lotada de buracos e de cacos de vidro. Do entorno, nem vou comentar. É até covardia o descaso. Tá difícil para todo mundo.

Pensamento do mês: “Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou. (Albert Einstein) 14


MARKETING / PUBLICIDADE

COISAS da

Propaganda “ALMA PENADA!” Por Junior Ramalho (ramalhojunior@gmail.com)

D

izem que a propaganda é a “alma do negócio”. Pura verdade, já que, sem ela, mesmo os melhores produtos do mundo ficam nas prateleiras; serviços sem clientela fiel e, políticos, sem votos e cargos eletivos. Triste é estar testemunhando, como todo o povo brasileiro, a alma boa transformar-se em assombração, através dos vários e repetidos casos de escândalo político que o nosso país atravessa. É óbvio que existem espíritos de porco em todas as profissões e maracutaias no negócio da propaganda, também, nunca foram nada de tão espantoso, mas quando isso começa a afetar a imagem da atividade e dos seus empreendedores e trabalhadores, como um todo, é melhor começar a rezar ou fazer logo um descarrego. Semana passada eu mesmo fui vítima de “bulling” profissional por parte de um humilde caseiro, para o qual eu havia acabado de ser apresentado por um amigo, dono da chácara onde ele trabalha: – E então, “doutô”, o senhor também mexe com fazenda? – respondi orgulhoso: “Não, não. Sou publicitário, trabalho com propaganda e marketing” – E lá veio a bomba: – “Ah, tendi”, é aqueles trem que faz os político parecê na televisão e ajudá eles a metê a mão nos dinheiro do Governo, né? Então o douto deve tá muntado no cascai”. Constrangimento geral e, fatalmente, as piadinhas por parte dos meus amigos que presenciaram a cena:“Pode deixar que eu levo cigarro”. Me incomoda muito também perceber que, atualmente, já não se tem um número tão alto de candidatos a publicitários nos vestibulares das grandes universidades. Não sei se isso tem a ver com as ladainhas que começaram desde a prisão do Marcos Valério e que abriram a porteira para várias outras denúncias do mesmo estilo, envolvendo outros renomados “managers” de grandes agências de publicidade. Sem contar a cara de desconfiança de pequenos anunciantes nas reuniões de

prospecção, onde já cheguei a ouvir a seguinte frase, ao apresentar uma proposta de campanha: – “Mas isso aí não dá nenhum problema não, né?” E no caso de clientes experientes que, ao analisarem os orçamentos nos planejamentos, trancam bem as portas e começam a sussurrar na reunião, como se estivessem tratando de um grande plano de assalto ao trem pagador. Triste, viu? Acho também que está demorando demais para que as entidades classistas, tanto as laborais, como as patronais, que representam e defendem os interesses do segmento publicitário, a nível nacional, coloquem no ar campanhas corporativas, institucionais e até didáticas, falando sobre a importância e a lisura das agências para os negócios e formação do PIB nacional, eximindo de culpa a esmagadora maioria dos publicitários que trabalham direitinho e se orgulham do que fazem. E, é claro, com a colaboração direta e ativa de todos os segmentos similares que dependem da propaganda: veículos, produtoras, anunciantes... Isso é igual bicho de pé: no começo é até engraçadinho e gostoso, mas, se demorar demais pra tirar, incha e dá uma dor danada que impede a gente de caminhar direito. Se não for dada uma resposta forte e convincente, daqui a pouco agência de propaganda vai virar sinônimo de empreiteira da construção civil, e nem uma nem outra merecem tratamento desconfiado por conta de uns ou outros que causam medo nos seus mercados, espalham má fama e geram a descrença por parte dos que consomem os seus serviços. A hora está boa para todos nós que botamos fé na atividade publicitária darmos as mãos e sairmos em romaria, enaltecendo os milagres que somos capazes de realizar, antes que o nosso negócio, que já não anda tão bom, acabe indo pra parte de baixo. “Credo em Cruz!”.

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