O Cotidiano infantil no centro da cidade de São Paulo

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NATALIA PAIXÃO

O COTIDIANO INFANTIL NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO



NATALIA PAIXÃO

O COTIDIANO INFANTIL NO CENTRO DA CIDADE DE SÃO PAULO

Trabalho de iniciação científica apresentado ao Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luís Silva

São Paulo 2018



SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................... 07 PERCEPÇÕES CORPORAIS .................................... 15 ÁREAS LIVRES .......................................................... 31 ESCOLAS................................................................... 35 OCUPAÇÕES ............................................................. 39 ABRIGOS ................................................................... 43 CASAS DE DOCES .................................................... 47 FAST FOODS ............................................................. 77 LOJAS DE BRINQUEDOS ......................................... 87 LOJAS DE ROUPAS INFANTIS ................................. 99 CINEMAS/TEATROS ............................................... 107 ESPAÇOS CULTURAIS ............................................ 117 CONCLUSÕES ........................................................ 123 REFERENCIAS ........................................................ 127 LISTA DE IMAGENS ............................................... 129



INTRODUÇÃO

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INTRODUÇÃO

Este é um projeto desenvolvido dentro do pro-

grama de Iniciação científica do Centro Universitário Senac, seguindo a linha de pesquisa “CORPOCIDADE” juntamente com o grupo URBELAB. O projeto tem por finalidade apresentar e documentar as camadas de urbanidade na região central da cidade de São Paulo, investigando como é a relação das crianças com o espaço na qual habitam.

A cidade é constituída através de diversas cama-

das, uma sobre a outra, e com essas práticas sociais surgem efeitos, principalmente na vida social.

Sendo um local de encontro, o homem ao cami-

nhar começa a construção da paisagem na qual ele percorre. Quando caminhamos pela cidade, começamos a observar os diversos tipos de pessoas e afazeres, tanto nos bairros, como no centro. E ao observarmos isso, nos deparamos com a presença reduzida das crianças em comparação com os adultos. Não vemos elas se apropriando tanto das ruas, das praças, dos locais públicos nas quais são delas, com tanta frequência. Neste contexto surgem os questionamentos, onde elas se encon-

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tram? Quais os atrativos que elas têm fora do espaço escolar? Existem locais nos quais são convenientes para os interesses delas? Será que os projetos urbanos dão conta de atender esta parte da população?

Há algum tempo, as crianças e os adultos estão

vivendo dentro de locais cercados, como suas casas e seus condôminos, onde tem tudo ao seu alcance sem precisar sair, potencializando uma cidade vazia, não sendo mais um local de encontro. Para isso, os espaços públicos precisam estar mais abertos e receptíveis as pessoas, começando a ser locais pensados e vivenciados dentro da cidade e não serem apenas um local de passagem. Esses meios físicos precisam dar mais liberdade e segurança para o público infantil. Ultimamente existem um conjunto de locais “proibidos” nesse universo, locais que tem características para serem deles naturalmente, mas que estão em estado de abandono, pois não há alguém pensando nesse público.

Os projetos urbanos precisam dar mais importân-

cia ao pensamento da criança para desenvolver estes ambientes, geralmente apenas praças e parques são pensados a elas, mas limitando-se a brinquedos infantis, sem perceber o ponto de vista da criança através dela, e

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sim só percebendo o que o adulto enxerga que seja necessário. Já os outros espaços são projetados sem a inclusão deles, descartando totalmente que elas também utilizam desses locais na cidade. Devemos pensar em lugares que sirvam tanto para elas como para os adultos, um lugar de inclusão de públicos diferentes, trazendo um enriquecimento de perspectivas a cidade.

Seja em qualquer lugar que as crianças estejam,

sempre o inusitado chama a atenção. Elas começam a observar tudo ao seu redor, enquanto os adultos não se importam e até acham estranha essa curiosidade por tudo. Elas gostam de explorar tudo o que é novo, seja em objetos ou na cidade, tanto no espaço público como privado. Com isso as crianças sempre tentam aprender ou imitar, como se fosse um jogo da imitação, onde ela se espelha no adulto e tenta copia-lo como uma forma de diversão. Toda criança sabe perfeitamente quando está “só fazendo de conta” ou quando está “só brincando”. A seguinte estória, que me foi contada pelo pai de um menino, constitui um excelente exemplo de como essa consciência está profundamente enraizada no espírito das crianças. O pai foi encontrar seu filhinho de quatro anos brincando “de trenzinho” na frente de uma fila de cadeiras. Quando foi beijá-

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o, disse-lhe o menino: “Não dê beijo na máquina, Papai, senão os carros não vão acreditar que é de verdade”. Esta característica de “faz de conta” do jogo exprime um sentimento da inferioridade do jogo em relação à “seriedade”, o qual parece ser tão fundamental quanto o próprio jogo. Todavia, conforme já salientamos, esta consciência do fato de “só fazer de conta” no jogo não impede de modo algum que ele se processe com a maior seriedade, com um enlevo e um entusiasmo que chegam ao arrebatamento e, pelo menos temporariamente, tiram todo o significado da palavra “só” da frase acima. Todo jogo é capaz, a qualquer momento, de absorver inteiramente o jogador. (HUIZINGA, 2012, p.10)

As crianças inovam a todo momento de como

usufruir da cidade na qual habitam, e o seu modo de brincar. Quando ela é “proibida” de algo por conta dos locais que não são propícios ou da função do brinquedo, elas procuram alternativas novas para usufruir do espaço ou objeto para seu estar. Elas inovam nas habilidades para conseguir, como por exemplo quando utilizam os aparelhos de ginástica que estão espalhados pelos espaços públicos, onde tem a função de atividade física, especialmente para os idosos, com um uso diferente para o qual a agradam, quando brincam nas guias das ruas, apostando em quem chega primeiro do outro lado,

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sem que pise na calçada ou na rua, ou utilizam o corrimão de uma escada como escorregador. Assim começam reinventando os objetos existentes pela cidade com uma nova função que sejam adequadas a elas.

Sendo assim o campo de estudo para investigar

estas indagações, é a região do centro antigo de São Paulo: a República. Delimitando-se pelas avenidas São João, Nove de Julho, e o Elevado Pres. João Goulart.

Este local por ser uma parte do centro histórico,

tem um constante fluxo de pessoas desde o começo da construção da cidade, por conta dos seus variados usos, mas seus espaços públicos estão subutilizados para o cotidiano infantil, como a Praça da República, Largo do Arouche e Praça Ramos de Azevedo, sendo assim, atrai pouquíssimas crianças para a área.

Nos últimos anos o centro está passando por di-

versas transformações e se tornando um local com usos culturais, o que pode começar a dar visibilidade para que esse espaço se torne mais atrativo para o público infantil e que atenda às necessidades que eles têm para se apropriar.

Através dessa percepção o projeto de pesqui-

sa tem por finalidade perceber como as crianças estão

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inseridas e como usufruem do ambiente central da cidade de SĂŁo Paulo.

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PERCEPÇÕES CORPORAIS

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PERCEPÇÕES CORPORAIS: MAPEAMENTO DO MEIO FÍSICO

A partir de toda as problemáticas levantadas e

para conhecer mais sobre o trecho escolhido, permiti-me começar a perambular pelo bairro. O flanêur reinventa a cidade a cada passeio. [...] Em Baudelaire concentra-se a ambiguidade imanente do flâneur, na medida em que a assincronia entre a multidão e individuo imprime recortes na cidade, atribuindo-se sentidos particulares ao espaço público, aqui entendido como “sem proprietário”. O gesto de flanar, aliás, constitui-se por si só em uma atitude de presença e ausência – simultaneamente – na aglomeração, pois insere os indivíduos na multidão ao mesmo tempo em que aprofunda sua solidão, seu isolamento da grande massa. (BASTOS, p. 04)

Caminhando por este lugar, sei caracteristica-

mente que estou na região central da cidade, mas não consigo saber por um limite físico onde termina a República e começa a Sé, ou onde começa Campos Elísios.

Me perco facilmente andando pelas ruas, e quan-

do percebo já passei da minha delimitação e continuo achando características importantes para o uso da criança, como se não houvesse um fim. Percebendo que

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quanto mais eu andasse, mais e mais eu encontraria, por isso foquei apenas neste local.

Por já ter um certo conhecimento de uma parte

da área escolhida, achei que não encontraria locais do interesse infantil, mas foi onde me surpreendi, existem diversos lugares que por mais que você ande todos os dias, você não o enxerga, até o momento que realmente você quer enxerga-lo, lugares que sempre te passaram despercebido, mas que hoje vejo que são lugares com extremas características importantes para o universo infantil.

Busquei mapear características físicas da região,

e também colocar em mapas minhas percepções que tive ao caminhar pelas ruas.

A seguir, mostro uma sobreposição de mapas nas

quais fiz com as percepções que obtive.

O primeiro é um mapa de nomes, onde enuméro

cada ponto dos estabelecimentos e catálogo eles mais profundamente depois.

O segundo mapa mostra o processo de percep-

ção lúdica dos locais na área, onde tem um caráter infantil, como casa de doces, fast food, lojas de brinquedos, entre outros.

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O terceiro mapa a mostra os lugares de permanências de crianças, como as ocupações, os abrigos e as escolas Caetano de Campos e Patrícia Galvão

O quarto mapa mostra as áreas livres, sendo elas

algumas praças, como praça da República, praça Dom João Gaspar, praça Roosevelt, largo do Arouche, vale do Anhangabaú e suas ruas compartilhadas.

E o ultimo mapa mostra em destaque a área da

região do centro na qual estou desenvolvendo a pesquisa; a República.

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ÁREAS LIVRES

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ÁREAS LIVRES

Quando falamos de espaços para as crianças, o

primeiro lugar que surge na mente são as praças e os parques. Nesses locais, elas podem brincar em contato com a natureza e ao ar livre com a interação de mais pessoas.

No livro do W. Benjamin, quando ele volta a cida-

de onde viveu sua infância, ele cita os parques como um dos locais que mais o marcou. Nas proximidades havia caminhos e sobretudo refúgios afastados – bancos “só para adultos”. O canteiro circular continha as áreas onde os pequenos faziam suas escavações ou onde se deixavam ficar pensativos até que outra criança esbarrasse com eles ou até que, do banco, os chamasse a babá que, atrás do carrinho, lia docilmente sua novela e, quase sem erguer os olhos, mantinha o pequeno sob vigilância. (BENJAMIN W, 1887, p 112).

Sendo assim, nessa catalogação, não poderia

faltar estes locais marcados. Não se atentando somente a praças e parques, mas sim a todo o espaço livre que possui nesta área de estudo.

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ESCOLAS

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ESCOLAS

As crianças passam uma boa parte de sua infân-

cia dentro das escolas. Há uma pesquisa onde mostra que as crianças europeias passam aproximadamente 70% do tempo em ambientes internos.

Benjamin em seu livro, conta casos sobre sua ro-

tina vivida dentro da escola, como: O relógio do pátio da escola parecia ter sido danificado por minha culpa. Indicava “atrasado”. No corredor penetravam murmúrios de consultas secretas vindos das portas das salas de aula que eu roçava a passar. Atrás delas, professores e alunos eram camaradas. Ou então tudo permanecia em silêncio, como se alguém fosse aguardado. Inaudivelmente apalpei a maçaneta. O sol inundava o lugar onde eu me achava. Foi assim que violei meu dia que mal começara, e entrei. (BENJAMIN, 1987, p. 83)

Sabendo disso, precisamos enxergar esses es-

paços escolares de uma forma melhor para podermos atender esse porcentual. Pois as escolas são a base para a criança seguir com a vida adulta.

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OCUPAÇÕES

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OCUPAÇÕES

A mídia aborda os adultos nas ocupações, e re-

forçam o apagamento das crianças, como se elas não existissem. Não mostram sua realidade e a perca diária de direitos para uma vida humanamente digna.

Milhares de crianças compõem as ocupações,

e, apesar de todas as diversidades e os preconceitos alheios, elas vivenciam sua realidade de uma forma leve e acreditam que terá uma transformação. Os ricos mandavam os filhos à frente para comprar dos filhos pobres as ovelhinhas de lã ou para distribuir esmolas que, por vergonha, não davam pelas próprias mãos. (BENJAMIN W. 1887, p. 121).

As crianças das ocupações, mesmo nesse ce-

nário silenciado, possuem sua marca. Nas brincadeiras elas valorizam o compartilhamento, e isso fica extremamente visível. Nada é somente delas, pois elas sabem que precisam compartilhar com o próximo, para que todos estejam felizes. 2018

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ABRIGOS

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ABRIGOS

No Brasil, segundo o Conselho Nacional de Justi-

ça (CNJ), 47 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos.

Outro dado que chama atenção é que somente

8.420 crianças e adolescentes estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Ou seja, apenas 17,8% do total estão legalmente aptos a encontrar uma nova família.

Benjamin mostra em seu livro uma realidade da

sua infância e que acontece até nos dias atuais. Onde as crianças mais ricas não sabem da existência dos mais pobres, a não ser se forem moradores de rua. Nesse bairro dos proprietários, permaneci encerrado, sem saber da existência dos outros. Os pobres – para as crianças ricas da minha idade – só existiam como mendigos. (BENJAMIN W. 1887, p. 125).

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CASA DE DOCES

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CASA DE DOCES

As crianças são fanáticas por doce desde peque-

nas. Sabendo disso, surge a obsessão por mapear as casas de doces da região delimitada, pois são os locais na qual chama mais a atenção delas. Na fresta deixada pela porta entreaberta do armário da despensa, minha mão penetrava tal qual um amante através da noite. Quando já se sentia ambientada naquela escuridão, ia apalpando o açúcar ou as amêndoas, as passas ou as frutas cristalizadas. E do mesmo modo que o amante abraça sua amada antes de beija-la, aquele tatear significava uma entrevista com as guloseimas antes que a boca saboreasse sua doçura. (BENJAMIN, 1987, p. 87)

Se você observar e ficar por algum tempo próxi-

mo, ou dentro de uma loja de doce, não será difícil encontrar uma ou mais crianças felizes, pois estarão comprando algum doce para satisfazer sua vontade.

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01 - B/B MERCADO

Rua compartilhada Avenida S達o Jo達o, 334

02 - MINI MARKET YU

Avenida S達o Jo達o, 1080

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03 - MERCADINHO NOVEMBRO

Rua Conselheiro Crispiniano, 394

04 - BETY DOCES

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros

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05 - SEM NOME

Praça da República, 196

06 - KOPENHAGEN

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros, 158

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07 - SEM NOME

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros

08 - BOMBONIERE YASASHII

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga, 250

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09 - SEM NOME

Rua Formosa

10 - SEM NOME

Rua Coronel Xavier de Toledo

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11 - BOMBONIERE MARIBELLA

Rua 7 de Abril, 38

12 - CENTRAL DOS DOCES

Rua compartilhada Rua Conselheiro Crispiniano, 98

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13 - MINIMASE

Rua compartilhada Rua Conselheiro Crispiniano, 57

14 - CACAU MIX

Rua compartilhada Rua Conselheiro Crispiniano, 115

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15 - CHOCOLATES CACAU BRASIL

Rua compartilhada Rua Barão de itapetininga, 37

16 - HAWAÍ DOCES

Rua compartilhada Rua Barão de itapetininga, 41

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17 - BOMBONIERE MARCONI

Rua compartilhada Rua Marconi, 22

18 - EMPÓRIO GALAN

Rua compartilhada Rua Marconi, 79

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19 - EMPÓRIO CASA DE DOCE

Rua compartilhada Rua 7 de abril, 248

20 - SEM NOME

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros, 40

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21 - CACAU SHOW

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros, 95

22 - CHOCOLATES BRASIL CACAU

Rua compartilhada Rua 7 de Abril, 324

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23 - SEM NOME

Rua compartilhada Rua 7 de Abril

24 - NINADOCE

Praça da República, 138

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25 - ZÉ BOLACHA

Praça da República, 176

26 - DOCE ESTAÇÃO

Rua do Arouche, 608

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27 - CHOCOLATES BRASIL CACAU

Rua do Arouche, 82

28 - FÁBRICA DE BOLO

Rua Coronel Xaviel de Toledo, 200

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29 - SEM NOME

Rua Coronel Xaviel de Toledo, 216

30 - SHOW DO REAL

Rua Coronel Xaviel de Toledo, 310

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31 - AMARZÉM DA 7

Rua 7 de Abril, 87

32 - FESTIVAL DE GASTRONOMIA

Rua compartilhada Rua 7 de Abril, 381

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33 - O SEGREDO DOS DOCES

Rua compartilhada Rua 7 de Abril, 397

34 - SEM NOME

Rua do Arouche

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35 - SODIÊ DOCES

Rua do Arouche, 173

36 - CACAU SHOW

Rua do Arouche, 183

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37 - SEM NOME

Avenida 9 de Julho

38 - CANTINHO MASTER DOCES

Rua Coronel Xavier de Toledo, 153

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39 - FAZENDA DOS BOLOS

Rua compartilhada Rua da Consolação, 25

40 - SEM NOME

Rua Martins Fontes

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41 - PLANETA DOCE

R. da Consolação, 385

42 - DOCE MANIA

R. da Consolação, 222

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43 - YAMADA BOMBONIERE

Rua compartilhada Sem nome

44 - MONร CHOCOLATES

Rua Major Sertรณrio, 42

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45 - BENTO DOCES

Praça da República, 189

46 - SEM NOME

Rua Araújo

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47 - TAPERUABA DOCERIA E BOMBONIERE

Avenida Ipiranga, 73

48 - SEM NOME

Rua General Jardim

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49 - KAKÁ DOCES

Largo do Arouche, 329

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FAST FOOD

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FAST FOOD

Os fast foods agradam a maioria das pessoas,

mas para atrair as crianças eles optam especialmente por entretê-los com os brindes.

Muitos estabelecimentos trazem em seus brindes

brinquedos que estão famosos atualmente, para que eles comprem e façam coleções, tendo assim um investimento maior até que eles adquiram todos.

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01 - HABIB’S

Avenida Ipiranga, 794

02 - MC DONALD’S

Avenida Ipiranga, 764

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03 - MC DONALD’S

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga, 26

04 - MARIA AÇAÍ

Rua compartilhada Rua Dom José de Barros, 146

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05 - RAGAZZO

Rua compartilhada Rua Dom JosĂŠ de Barros

06 - SUBWAY

Avenida Vieira de Carvalho. 144

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07 - BURGER KING

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga, 99

08 - RAGAZZO

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga

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09 - BOB’S

Rua compartilhada Rua Doutor Bráulio Gomes, 36

10 - BURGER KING

Rua compartilhada Rua 7 de Abril, 257

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11 - STARBUCKS COFFE

Praça da República, 36

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LOJA DE BRINQUEDOS

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LOJA DE BRINQUEDOS

Os olhos das crianças, quando passam em frente

a uma vitrine cheia de brinquedos, se enchem de brilho vendo tantas novidades. E é assim que os lojistas conseguem atrair a atenção das crianças e dos pais, conseguindo que eles entrem nas lojas. Através do desejo da criança por algo novo para se divertir.

Os brinquedos também servem para construir o

aprendizado das crianças e não apenas para o divertimento delas. E Vygotsky explica isso. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não pelo dos incentivos fornecidos pelos objetos externos. (VYGOTSKY, 1998, p. 126).

Portanto, é importante incentivar a criança a brin-

car, tanto sozinha quanto em grupo, com diferentes tipos de brinquedos. Aprendendo assim a compartilhar com os demais.

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01 - SEM NOME

Rua 24 de Maio

02 - AMERICANAS

Rua 24 de Maio

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03 - SUPER BABY

Rua vinte e quatro de maio, 236

04 - SEM NOME

Praça da República, 390

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05 - ECONÔMICA

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga, 62

06 - SEM NOME

Praça da República, 473

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07 - LOJAS MEL

Rua Coronel Xavier de Toledo, 65

08 - SUPRIPEL

Rua compartilhada Rua Marconi, 118

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09 - SEM NOME

Rua compartilhada Rua Marconi, 28

10 - XXXXX

Rua compartilhada Rua 7 de Abril, 350

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11 - ESTADÃO

Viaduto 9 de Julho, 172

12 - SEM NOME

Rua da Consolação, 374

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13 - VIRÔ

Praça da República, 179

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LOJA DE ROUPAS INFANTIS

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LOJA DE ROUPAS INFANTIS

As lojas de roupas infantis também foram impor-

tantes para a leitura desse trabalho, pois sabendo da existência delas, conseguimos perceber mais locais onde as crianças possam estar ou passam pela área estudada. Pois, antes de sairmos para fazer uma visita ou compras, minha mãe acabava de descobrir que era preciso dar um retoque em minha roupa. [...] Em tais momentos, quando me subjugavam com severidade máxima os apetrechos de costura, começavam a brotar em mim a teimosia e a indignação. Não só porque esse zelo para com a roupa já vestida exigia de minha paciência uma prova árdua demais, mas também porque o que se fazia comigo não guardava a menor relação com o sortimento multicor das sedas, das finas agulhas e das tesouras de diversos tamanhos, que estavam diante de mim. (BENJAMIN W. 1887, p. 128).

Já faz algum tempo que a moda infantil vem mu-

dando. A cada ano os estilos de roupas dos adultos veem sendo incorporado para os modelos infantis, prezando pelo conforto e bem-estar da criança durante seus momentos de lazer.

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01 - KID STOK

Rua compartilhada Rua Barão de Itapetininga, 92

02 - MAGAZINE BEBÊ

Rua compartilhada Rua 7 de abril, 126

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03 - BEM TE VI

Rua compartilhada Rua Marconi, 45

04 - CHARIS

Rua compartilhada Rua Dom JosĂŠ de Barros, 75

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05 - SABOR DE INFÂNCIA

Rua do Arouche, 194

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CINEMAS E TEATROS

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CINEMAS/TEATROS

Nada mais atrativo que ir ao cinema ou em peças

de teatros com as crianças, elas sempre são atraídas para esses locais por conta dos cartazes ou comercias anunciando um novo filme ou peça infantis novas. Principalmente os de super-heróis e princesas.

Além de ser um programa superdivertido, as his-

tórias podem trazer muita inspiração e aprendizado para as crianças.

Para Vygotsky (1998), a imaginação surge origi-

nalmente da ação. Assim, podemos inverter a velha frase que afirma que o brincar da criança é a imaginação em ação. A situação imaginária de qualquer brincar está incutida de normas de comportamento. Dessa forma, é possível concluir que não existe brinquedo sem regras, mesmo que não sejam as regras estabelecidas a priori; o brincar está envolvido em regras da sociedade.

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01 - CINE OLIDO

Avenida São João, 473

02 - CINE MARABÁ

Avenida Ipiranga, 757

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03 - THEATRO MUNICIPAL

Praรงa Ramos de Azevedo

04 - INSTITUTO CULTURAL CAPOBIANO

Rua ร lvaro de Carvalho, 97

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05 - TEATRO JARAGUÁ

Rua Martins Fontes, 71

06 - TEATRO ITÁLIA

Avenida Ipiranga, 344

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07 - PICCOLO TATRO

Rua Avanhandava, 81

08 - TEATRO CULTURA ARTISTICA

Rua Nestor Pestana, 236

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09 - ESPAÇO PARLATÕES

Praça Franklin Roosevelt, 158

10 - TEATRO DO ATOR

Praça Franklin Roosevelt, 172

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11 - TEATRO DE ARENA

Rua Doutor Teodoro Baima, 98

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ESPAÇOS CULTURAIS

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ESPAÇOS CULTURAIS

Algumas crianças são atraídas pelos seus gostos

diferentes, como a leitura, e ficam fascinadas por bibliotecas e locais mais culturais.

Como exemplo W. Benjamin que em seu livro co-

menta que ele corria em direção a biblioteca. Às vezes aconteci-me voltar da escola ainda pela manhã, antes que minha mãe tivesse chegado da cidade e meu pai, dos negócios. Em tais dias, sem a mínima perde de tempo, acorria a biblioteca. (BENJAMIN W. 1887, p.123).

As crianças aprendem desde pequenas a não se

interessarem apenas pelos brinquedos. E que existem outras formas de brincar e se divertir. Assim se tornam criativas através das leituras, como se fosse uma tela de cinema onde podem imaginar o mundo que quiserem.

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01 - PRAÇA DAS ARTES

Rua compartilhada Avenida São João, 281

02 - SESC 24 DE MAIO

Rua compartilhada Rua 24 de maio, 109

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03 - CENTRO DE REFERÊNCIA DA DANÇA

Galeria Formosa Baixo do Viaduto do Chá

04 - BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE

Rua da Consolação, 94

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CONCLUSÃO

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CONCLUSÃO

Com essa pesquisa apresentada, foi criada esta

categorização de locais que possuem o carater infantil na região da República. Evidenciando ainda mais que os locais da cidade não são pensados ao uso da criança, pois elas não possuem segurança onde estão.

Os locais se tornam monótomos. As praças sem-

pre têm os mesmos briquedos, como se elas não tivessem outros interesses além de um parquinho. As ruas se tornam vazias, as crianças não estão ali presentes, elas somente usam para passagem juntamente com alguma pessoa.

Sabendo que é sempre construtivo refletir, aqui

podemos refletir sobre o que é a cidade para uma criança, como as crianças são afetas pelo espaço e que papel o arquitetos e as pessoas tem nesse meio. Resta então saber se a cidade está preparada para pensar nas crianças também. Entender que elas precisam estar presente nos locais e para isso trazer mais segurança e utilização para esses locais, para que elas reconheçam que também são delas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BASTOS, Marco Toledo. Flâneur, blasé, zappeur: Variações sobre o tema do indivíduo. BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas II: Rua mão única. São Paulo: Brasiliense, 1995 FERREIRA, Barros. Histórias dos bairros de São Paulo: O nobre e antigo bairro da Sé. Prefeitura municipal – Secretária de educação e cultura. HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2012. VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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LISTA DE IMAGENS

Capa: Foto da autora. 2018. Mapas: Elaborado pela autora, a partir de dados disponĂ­veis em <http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br> Acesso em 05 de setembro de 2018. Fachada das lojas: Foto da autora, 2018/2019. Contracapa: Foto da autora, 2018.

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