The Big CO.

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CO

THE BIG



NATANA CHAR SILVA Caderno de projeto, parte integrante do Trabalho Final de Graduação apresentado à Universidade Estácio Uniseb, como parte dos requisitos obrigatórios para a conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, orientado na primeira etapa pela Profa. Dra. Varlete Benevente e segunda etapa pelo Prof. Dr. César Muniz.

Ribeirão Preto, SP.

BANCADA EXAMINADORA, 2016

Gostaria de dedicar o agradecimento desta produção primeiramente à minha família, que sempre acreditou em mim e em meus objetivos. Me inspiram e formam quem sou. Aos meus pais Jones e Marisa em especial por dedicarem tanto por mim e às reflexões levantadas sobre tudo o que me questiona com minha amada mãe, e minhas irmãs, Janaisa e Midian. Ao meu companheiro Rodrigo, que tanto me ensinou no início da graduação com seus saberes ilustrativos como designer gráfico e bom leitor, e parceria também por compartilhar comigo todos os momentos mais relevantes do curso. Aos meus amigos amados quem também auxiliaram de alguma forma com o que têm de melhor a oferecer além de suas amizades, companheirismo e saber. Agradeço e dedico aos mestres quem gestaram esta etapa tão significativa, alimentando meu ser de saber além de arquitetônico, pessoal. Momentos e falas de alguns serão levadas eternamente com meu eu, sem dúvida como ensinamento. Em especial, aos queridos e muito admirados por mim, Profa. Dra. Varlete Benevente, quem deu início a elaboração deste projeto, e Prof. Dr. César Muniz, que se dedicou a elaboração da segunda etapa deste processo tão especial e inspirador que foi concluir o projeto final, meu muito obrigada! Em especial ao Prof. Francisco Gimenez, o qual me tornou uma pessoa apaixonada por história e muito mais, sem dúvida nutriu muito meu aprendizado. Para sempre em nossos corações. (Ilustração ao lado produzida pelo Prof. Francisco Gimenez.)



RESUMO Hoje, cada vez mais novos tipos de comunidades surgem e desfrutam de espaços criando links entre si, divulgando seus interesses em comum, como experiências profissionais e pessoais. Coletar dados e analisá-los, levantará argumentos sobre novos tipos de grupos e como os programas e necessidades perante aos espaços se modificam e tendem a ser futuramente. Qual a forma que os espaços contemporâneos de habitar, trabalhar e conviver de forma compartilhada podem acontecer da maneira mais flexível e diversificada como essa sociedade se define. Verificar possíveis hipóteses referentes aos impactos sociais e econômicos, se iniciam com a área a inserir um programa de espaço de trabalho, hospedagem/moradia e convívio coletivo. Identificar uma linguagem que tenha harmonia entre a simbologia projetual com o programa de compartilhamento proposto, a proposta materialidade com baixo impacto natural, programa sustentável e análise reflexiva comportamental da comunidade perante o espaço. Desde a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, muitas reorganizações surgiram nas cidades industriais como consequências da urbanística e utopias modernas. Desde então, o homem analisa e identifica as condições em que se vive. Após eventos históricos, sociais e econômicos decorrentes dessa revolução, o mundo passou por inovações tecnológicas e processos de novos materiais e formas de produção. Diante desse episódio, programas, espaços e necessidades da sociedade e da cidade começaram a se remoldar. Atualmente, presentes em uma era Pós-Industrial, apresentamos diversas formas de trabalhar, habitar e nos relacionar com espaços geográficos e virtuais, a partir de aplicativos, softwares, comunidades, linguagens de desenvolvimento, e outros mais. A área proposta para essa inserção projetual, situa-se no centro de Ribeirão Preto, SP. Como proposta de requalificação da baixada central e constraste da pré-existência, assim como seu programa e organização se apresentam.



definição e apresentação . coworking + coliving + community

superfícies e a revolução industrial modos de trabalhar o morar coletivo comunidades contemporâneas

a inserção do objeto em ribeirão preto . sp condicionantes urbanas + análises premissas projetuais projetos exemplares . leitura aprofundada

partido arquitetônico desenvolvimento projetual inserção do programa estudo volumétrico . o objeto e o entorno

The Big CO. desenhos técnicos ilustrações

referências bibliográficas

07 08 18

58 68 92


CO

LIVING WORKING MMUNITY

um coexistir contemporâneo


Um espaço de caráter contemporâneo, o coworking e coliving abrigam a possibilidade de trabalho compartilhado junto com a hospedagem, ambos temporarios, com o objetivo de obter um intercâmbio de experiências profissionais e pessoais constantemente, com a troca de profissionais o tempo todo. O conceito do espaço reflete na disponibilização de uma infra-estrutura técnica e visual de qualidade, como reflexo de vários eventos históricos, políticos e econômicos as quais a sociedade passou e ainda passa, refletindo em novas condições do modo de viver. Coworking e coliving não têm definições no dicinário formal, porém o termo dado é usado na língua inglesa; pode ser compreendido pela interpretação da soma do “co” mais working ou living. Working refere-se a palavra trabalho e living, morar. Unindo ambas com o termo “co”, temos que as palavras remetem a um significado de trabalhar e morar de forma coletiva. Compartilhar o espaço de produção tem sido uma condição atual presente no mercado. Francisco Gimenez questiona que “trabalho é condição humana, e por que então o trabalho parece ser tão terrível ao homem?” (informação verbal¹). O indivíduo dá início a uma busca e então criar novas condições de trabalho fortemente a partir da Segunda Guerra Mundial. A sociedade hoje em dia encontra-se em uma era pós-industrial, onde o trabalho físico é exercido por máquinas, e o mental por computadores, ainda que o homem ocupe o cargo prioritário de criação e novas idéias. Desde que a humanidade se viu durante a sociedade industrial (1760-1950), o foco era a eficiência; fazer o máximo possível de produção com o mínimo de material e tempo. “Pode-se dizer que a sociedade pós-industrial deu-se início ( junto com a Segunda Guerra Mundial), a partir do aumento de comunicação entre os povos, com a difusão de novas tecnologias e com a mudança da base econômica. Um tipo de sociedade baseada na produção de informação, serviços, símbolos e estética.” (LUCCI, Elian, 2016). Em sincronia, o morar em meio a uma comunidade e compartilhar espaços, não é novidade nos atuais temas. Antes mesmo da Segunda Guerra, surgiram várias formas de se repensar o habitar e o trabalho, para uma recuperção emergencial não apenas social, porém mental, por reflexo às drásticas perdas irreverssíveis causadas pela Primeira Guerra Mundial. Perante todas as referências históricas, sociais, econômicas e políticas em que a humanidade já passou, como segue hoje em dia tais possibilidades? A cada “revolução” em que nos encontramos, novas condições surgem, buscando definir o homem contemporâneo. O espaço de coworking e coliving possibilita uma nova forma de globalizar o trabalho em meio a troca de experiências profissionais e aventuras pessoais, conhecendo e convivendo com novas comunidades. Esta pesquisa busca como objetivo, chegar em uma hipótese de um modelo para trabalhar, conviver e hospedar temporariamente de forma coletiva de modo saudável ao indivíduo. O objeto traz uma relevância de como relacionar-se com o entorno e cidade a ser inserido, assim integrando à essa possibilidade de trabalhar e conviver com a cultura da sociedade pré-existente. Utilizar materiais de forma sustentável e distribuir os espaços de modo flexível e diversificado, assim como o programa a ser descrito procura. Trazer em reflexão um estudo a partir dos eventos ocorridos na história da humanidade, e associa-lo com a observação do modo como as comunidades contemporâneas acontecem, é importante para compreendermos e levantar hipóteses sustentáveis de como podemos conviver conforme nossas necessidades e os das cidades. Inserir um programa que busca ser universalizado tem como preocupação o modo de relacionar-se com a cidade e a sociedade que irá receber o objeto.

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SUPERFÍCIES E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Desde a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, muitas reorganizações surgiram nas cidades industriais como consequências das urbanísticas e utopias modernas. O êxodo rural ocasionado por esse momento, aumentou a população de algumas cidades, como Londres, Bélgica e Paris (BENEVOLO, 2004). Essa super lotação repentina deu origem a instalações indevidas, as quais começaram a refletir na cidade e na sociedade. A casa rural havia um entorno espaçoso, facilitando o descarte de dejetos sólidos e líquidos ou qualquer outro tipo de lixo. Após o êxodo rural, na cidade industrial, as habitações eram emendadas. Essa ocupação do espaço causava acúmulo de lixos e aumento no nível de insalubridade, resultando em diferentes epidemias ao decorrer do tempo. (BENEVOLO, 2004) Famílias habitavam como animais, típico de um conforto selvagem. Sujeira, falta de iluminação, ventilação e de espaço, caracterizavam o ambiente onde as pessoas se abrigavam. “Os recém-chegados são principalmente operários da indústria; suas habitações, como a remuneração e condições de trabalho, dependem unicamente da livre iniciativa e estão reduzidas ao nível mais baixo compatível com a sobrevivência”. (BENEVOLO, 1994). Na época, haviam os grupos de especuladores, conhecidos como jerry builders. Esses eram encarregados de construírem fileiras de casas para trabalhadores, porém, eram miseráveis e tão pouco convidativos. Não os importavam se tais habitações mal serviam para morar, se eram higiênicas, seguras, abafadas ou com iluminação natural, o único objetivo era o lucro e que ficassem em pé. (BENEVOLO, 2004) Simultâneamente, não era apenas o habitar que apresentava novo impacto perante o espaço. A primeira era industrial ocasionou também a forma como o operário relacionava-se com o ambiente de trabalho. As fábricas negras¹, além de exigirem mais horas de trabalho, utilizavam da mão de obra de homens, mulheres e crianças para operar as máquinas (BENEVOLO, 1994). O espaço insalubre e sem a setorização de funções comprometia a qualidade do trabalho e vida dos operários.

As fotos expostas acima, nos mostram como a cidade industrial funcionava dentro de seus espaços de produção. Homens, mulheres e crianças atuam na operação de máquinas e posteriormente, montagem (será citado a frente). O espaço disposto ao trabalhador não era sustentável, de qualidade e tão pouco seguro.


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Na ilustração abaixo, temos um modelo reproduzido, publicado pelo Jornal Britânico do Instituto de Arquitetos em 1948, demonstrando a disposição de uma moradia com o conforto selvagem. Os operários recém chegados do campo, acomodavam sua famílias em abrigos deste porte, como ilustra o gráfico. A forma como os membros se dispõem para dormir, com fendas no teto e apenas uma janela. Não há privacidade, nem mesmo banheiro ou salubridade .


alienação

FÁBRICA NEGRA

(insalubridade, insegurança no espaço)

FÁBRICA VERDE

(setorização, área adm., verde...)

CENTROS EMPRESARIAIS

(estrutura independente, disponibilizando maio espaço interno)

MODOS DE TRABALHAR Perante ao caos em que a sociedade se encontrava, a urbanística moderna impôs modificações nas leis buscando por uma melhoria na cidade, no trabalho e no modo de habitar. Além de todas as conquistas alcançadas pela urbanística moderna, a primeira grande guerra também foi incentivo para novos impactos para a sociedade e espaços. Durante o período entre guerras, final do século XIX e início do século XX, a produção passou a ser padronizada e a se preocupar com a especialização do trabalho, adequando-se ao sistema de produção Taylorismo¹. “Muitas das estratégias de produção e reprodução do capital passaram por transformações nas últimas décadas do século XX. Essas por sua vez, afetaram a organização do espaço da indústria e a localização dos empreendimentos industriais”. (BOTELHO, 2008) No decorrer dessas formas de produção, houve a alienação do trabalhador; situação decorrente da disposição do espaço, onde os equipamentos ocupavam a mesma superfície, gerando uma contaminação de barulho, cheiro e funções. O homem dessa indústria não possuia a essência e o reconhecimento do trabalho e se afastava das condições naturais e do mundo. Com o término da Segunda Guerra Mundial, a sociedade se encontrou em uma situação devastadora, sem condições de habitar, trabalhar e até mesmo de se relacionar com a cidade. Diante dessas circunstâncias, arquitetos do movimento moderno começaram a buscar uma solução universal para uma nova sociedade. No decorrer da reflexão moderna, direcionada pela causa e não pelo estilo, surge a fábrica verde, que dispõe de superfícies livres entre os pavilhões, separação de etapas da produção, área administrativa, serviços sociais, refeitórios, oficinas e áreas verdes para o contato direto com o sol nos intervalos de trabalho. Segundo Francisco Gimenes (informação verbal¹), a indústria verde busca uma relação maior entre o trabalhador e o trabalho, e respeito à sua função. O movimento moderno trouxe a ideia de universalização do modelo arquitetônico funcional, novos materiais e um novo desenho de habitação e disposição setorial do espaço urbano.

Taylorismo¹ segundo Antonio David Cattani (1997), é um sistema de organização do trabalho, especialmente industrial, baseado na separação das funções de concepção e planejamento das funções de execução, na fragmentação e na especialização das tarefas, no controle de tempos e movimentos e na remuneração por desempenho. Esse princípio de racionalidade produtivista do trabalho foi sistematizado e desenvolvido pelo engenheiro norte-americano F.W. Taylor (1856-1915). Quando a potencialidadeʼ produtiva do trabalho parcelado é levada ao limite no sistema fordista, Ford adota-se ao taylorismo, solucionando seu problema com a esteira. Deste modo o trabalhador não teria mais “tempo morto” se deslocando de seu posto para buscar ferramentas ou peças, dominando-o como “o serviço transporte”. “Tais inovações teriam levado ao extremo o desenvolvimento da divisão do trabalho no interior da fábrica, ao possibilitar a padronização das peças e, consequêntemente, aumentar a especialização de mão-de-obra. Assim, cada trabalhador, em seu posto de trabalho fixo, realizaria apenas uma tarefa específica.” (BOTELHO, 2008). (Foto por fisica-interessante)


100% HOME OFFICE escritório

casa

the ‘THIRD’ PLACE

COWORKING

COWORKING + COLIVING

escritório HOME OFFICE + EMPRESA

(dias estipulados pela empresa)

prestação de serviços em empresas + freelances

(encontros em lugares públicos para reuniões)

(escritórios que disponibilizam infra-estru(disposição do escritório tura e espaço físico para seu negócio ou igualitária todos trabalham no comunidades digitais usufruem das mesmo espaço) supefícies virtuais)

casa

(disposição do escritório igualitária todos trabalham no mesmo espaço com a possibilidade de hospedagem)

Em Nova Iorque, por exemplo, Mies Van der Rohe deu início aos grandes centros empresariais metálicos de estrutura independente. A ideia foi proliferada pelo mundo, principalmente nas grandes cidades. No decorrer dos anos, os centros urbanos foram se desenvolvendo, gerando novos fenômenos urbanos, como o trânsito caótico, e novos critérios de condições de trabalho e habitação. A busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional foi um dos fatores que fez as empresas repensarem suas estratégias de gestão ao funcionários. Uma somatória de fatores – trânsito, desgaste físico/mental e avanço tecnológico – resultou em uma nova condição de produção, o home office, o que possibilitou aos colaboradores a trabalhar em suas casas em dias estipulados de acordo com cada empresa, dependendo do serviço prestado. Essa rotação de funcionários não só agrada o trabalhador, mas o interesse das companhias, pelo aumento da produtividade e da redução de custos. Em meio às crises financeiras e a vasta diversidade do mercado de trabalho, muitos profissionais se tornaram autônomos e fundadores de pequenos negócios. Consquêntemente, esses atuam em suas casas e quando necessário marcam reunião em third places, como cafés, aeroportos, restaurantes ou qualquer outro espaço público. Ocasionalmente, esse profissional sente a necessidade do intercâmbio de ideias, como as quais ocorriam no ambiente empresarial. Diante dessa situação, cria-se uma nova condição de trabalho, o coworking, o espaço compartilhado. O coworking utiliza de diferentes formas a disposição do espaço, com salas de reuniões, videoconferência, produção individual em baias ou em um ambiente em comum, entre outros. Independente de como os usuários dispõem do espaço, todos têm o mesmo objetivo, trabalho sustentável, troca de experiências profissionais, internet segura, espaço de qualidade, universalização do trabalho e um bom café. Por ser uma prática atual e ainda em desenvolvimento, o coworking não está amplamente distribuído geograficamente. Diante dessa condição, os usuários que não residem em cidades que dispõem desse espaço de trabalho, migram em busca dessa experiência, causando a demanda de hospedagem. Visando solucionar esse problema, alguns coworkings deram a iniciativa de integração desse espaço colaborativo não só para trabalho, mas também para a habitação ou hospedagem, criando o conceito de coliving. Segunda aleitura feita no site Sun and Co, “Coworking é uma forma de globalizar o trabalho. É todo um misto e troca de experiências. [...] a partir do momento em que você aprende a viver bem em comunidade, adere uma sociedade.”

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O MORAR COLETIVO O pensamento de morar em meio a uma comunidade e compartilhar espaços, não é novidade nos temas atuais. Após a Primeira Guerra Mundial, ideias socialistas surgiram para recuperar, entre os membros, a esperança de recomeçar a vida pós-guerra. Com o objetivo de se transformar em um momento histórico e expandir mundialmente, a Revolução Socialista foi um irradiador de possiblidades. Para construir uma sociedade a qual ninguém ainda havia experimentado, essa revolução traz seis pontos à refletir: o papel predominante da indústria, pesquisa de solução em massa, crenças nas virtudes pedagógicas do ambiente construído, transformação social, revolução cultural, e a reconstrução do modo de vida. (informação verbal¹). Uma idealização arquitetônica da cultura soviética, foi um dos condensadores sociais: casa coletiva, com ação mais radical que separa a criança da família, modificando drasticamente a configuração da família burguesa. O programa dessa proposta de casa é formado por áreas coletivas, como cozinha, área de lazer e lavanderia. Otimiza-se também a casa como alojamento. As áreas de convívio permitem o desenvolvimento de todos. O Soviet aprende a gerenciar a comunidade como um processo sempre coletivo. (informação verbal¹).


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A preocupação de fazer com que a iluminação natural alcance todos os módulos da habitação, busca por um espaço novo e com salubridade. A idéia da edificação linear interessa não só dispor a fachada de forma similar para o alcance do sol, mas por questão de racionalização do edifício. A setorização restante, abriga espaços comunitários como área de serviço, cozinha e os espaços de trabalho que atuam dentro da habitação. As ilustrações foram retiradas das aulas do Prof. Francisco Gimenez¹ (informação verbal¹)


No passar dos anos, com as modificações dos espaços de trabalho e morar, diferentes configurações familiares surgiram. Segundo Ruy Sardinha (2011), “o ambiente segue modificando sua relação com o meio e a si próprio”. Em uma evolução contínua do indivíduo, com ele, seu espaço também passa por diferentes modificações, afinal, Maria Inês discorre, “o espaço é algo mutável, definido por objetos, ações com organização e dinâmicas próprias.” (FERNANDES, 2011). Com base na evolução tecnológica, a sociedade se encontra em uma situação onde o misto de diferentes profissionais buscam por inovações e novas experiências de vida. Ao mesmo tempo que a era tecnológica acaba por desenvolver uma certa individualização social, possibilita também a conexão de estranhos que se identificam por interesses em comum, como trabalho, linguagem de sistemas, fóruns, arte, gastronomia, relacionamentos, entre tantos outros. Essa facilidade de comunicação tecnológica possibilita encontros ou apenas conversas virtuais para a troca de idéias, com o auxílio de aplicativos digitais criados para esses fins. “Seu habitante parece ser um indivíduo que vive,

principalmente, sozinho, que se agrupa event ualmente em formatos familiares diversos, que se comu-

nica à dis tância com as redes às quais per tence, que t rabalha em casa mas exige de equipamentos públi-

cos para o encont ro com o out ro, que busca sua ident idade at ravés do contato com a informação” (T RAMONTANO, M. 2016)

Essa facilidade de comunicação tecnológica possibilita encontros ou apenas conversas virtuais para a troca de idéias, com o auxílio de aplicativos digitais criados para esses fins. Essa reflexão apresentada por Marcelo Tramontano, remete à ideia de que aquele profissional que opta pelo home office busca complementar seus conhecimentos. Atualmente, os usuários têm como possibilidade buscar por espaços compartilhados, onde disponibilizam o programa de third places, coworkings spaces ou coliving. A casa coletiva ou casa comum sempre ocorreu de diversas formas. No século XVI, “na França, as formas de habitação das comunidades familiares podiam variar: grandes casas maciças de planta basilicar, [...] casas longas, com múltiplas divisões.” (PHILIPPE, 2009).

As ilustrações acima, é referente a nova experiência de coworking e coliving da empresa de trabalho comparti- lhado WeWork em Nova Iorque. Em um artigo publicado pelo site Archdaily.com, publicado por Lidija Grozdanic do Archipreneur.com, diz que “as noções tradicionais de espaço "privado" e "público" estão a minar sob a influência de uma econômia de compartilhamento e avanço tecnológico. Espaço está sendo reconhecido como uma mercadoria rentável em si.”. O novo aspecto de trabalhar e conviver de forma coletiva, demonstra uma força transformadora até mesmo no setor imobiliário, seja residencial, comercial ou de hospedagem específica. Na mesma leitura feita sobre a publicação citada, “este fenômeno poderia modificar irreversivelmente a forma como nós projetamos edifícios e pensar sobre o desenvolvimento urbano.”


A casa coletiva ou casa comum sempre ocorreu de diversas formas. No século XVI, “na França, as formas de habitação das comunudades familiares podiam variar: grandes casas maciças de planta basilicar, [...] casas longas, com múltiplas divisões.” (PHILIPPE, 2009). A configuração da casa (multifamiliar ou coletiva), evoluiu com o passar dos acontecimentos. O espaço antes era super-protetor e escondia os ocorridos familiares e suas regras. No segundo momento, ele começa a expandir-se, possibilitando um contato maior entre a casa e o mundo (rua), com regras impostas pela sociedade. Já no terceiro momento, a habitação contém um espaço flexível e transparente. Possibilitando dividir um quarto (espaço privado) com até mesmo um estranho.

15 Com o passar dos acontecimentos, a configuração da casa multifamiliar evoluiu. O espaço antes era superprotetor e escondia os ocorridos familiares e suas regras. No segundo momento, ele começa a se expandir, possibilitando um contato maior entre a casa e o mundo (rua), com regras impostas pela sociedade. Já no terceiro momento, a habitação contém um espaço flexível e transparente (informação verbal¹). Possibilitando dividir um quarto (espaço privado) até mesmo com um estranho. Mesmo que dois indivíduos falem a mesma língua, sejam da mesma nacionalidade ou até mesma religião, sempre haverá possibilidade de intercambiar idéias, culturas e experiências. Espaços virtuais onde muito se inciam as comunidades contemporâneas, pedem por um espaço físico para tornar o contato pessoal. O coliving é uma nova condição para que os indivíduos possam viver em coletividade em cidades ou até mesmo no campo. Essa prática aumenta as habilidades dos usuários de diversas formas, no quesito pessoal (identidade), com o outro (relacional) e com a cultura e história comum, como discorre Marc Augé em Não-Lugares (2014). O espaço compartilhado é destinado a proporcionar comodidade, qualidade espacial e senso de comunidade. No espaço físico interno, o compartilhamento também acontece de diferentes formas, como em uma sala de lazer de um hotel, onde hóspedes mantêm contato uns com os outros em meio a uma mesa de sinuca, computadores ou no sofá ao ler um jornal pela manhã, porém de forma indireta, onde não há crescimento ou amadurecimento pessoal em um contato superficial e breve. Volker Grassmuck define compartilhamento como algo que temos a dar um ao outro, “quando cooperamos, podemos realizar algo muito maior do que se tentarmos sozinhos” (GRASSMUCK, V. 2010).


COMUNIDADES CONTEMPORÂNEAS Indivíduos que criam afinidades sobre determinados interesses em comum, formam uma comunidade. Atualmente, com o avanço tecnológico e da internet, formaram-se as chamadas comunidades virtuais como, redes sociais, fóruns, sistemas de mensagens instantâneas, blogues, entre outros. Um indivíduo pode pertencer a mais de uma comunidade, por uma questão de diversas afinidades em comum. Isso acontece pelo fato do termo comunidade ocorrer de inúmeras formas como, religiosa, política, artística, econômica, social, entre outras, como se fossem “tribos sociais”, comunidades de local, prática, de interesses, etc. Essas se realizam em um espaço físico, porém utilizam das redes sociais para divulgarem suas dinâmicas e globalizarem seus ideais, assim, atraindo cada vez mais novos membros para fortificarem a comunidade e consequentemente gerando um coletivismo. No quesito de comunidade artística, o grupo Fora do Eixo é um exemplo interessante de comunidade. Associados com outros grupos que visam garantir a democracia no país, por exemplo, trocam projetos e promovem eventos de carater social. O projeto Grito Rock por exemplo, consolidou-se a um caráter de festival independente por vários lugares da América, incentivando o espaço para artistas musicais e produtores que sempre lutaram pela oportunidade de expôr suas composições e produções no ramo musical. O Hospeda Cultura (Cultural Hosting), é um dos grupos colaboradores com Fora do Eixo. Situado em diferentes pontos e até mesmo outros países (EUA, México, Alemanha e todos da América Latina), têm como projeto um coletivismo de hospedagem solidária, formada por casas, apartamentos e repúblicas que garantem o atendimento dos residentes por um período desejado. No próprio site de relacionamento do programa, Hospeda Cultura descreve, “além da vivência, troca de conhecimento e fluxos de experiências, a campanha promove o aspecto solidário nas relações, otimizando os recursos. Vivencie, troque, promova o intercâmbio solidário de cultura. Mi casa, su casa.” Outra forma de conviver em comunidade parte para a questão do desenvolvimento profissional e pessoal. Atualmente, alguns espaços de trabalho compartilhado começaram a oferecer a opção de hospedagem simultaneamente.

Na rede social do grupo Fora do Eixo, descrevem

que “uma rede colaborat iva e descent ralizada de

t rabalho cons t it uída por colet ivos de cult ura pautados nos princípios da economia solidária, do associat ivismo e do cooperat ivismo, da divulgação,

da formação e intercâmbio ent re redes sociais, do respeito à diversidade, à pluralidade e às ident idades cult urais, do empoderamento dos sujeitos e alcance ges tão

e

da

autonomia

par t icipação

quanto

em

às

formas

processos

de

sócio-cul-

t urais, do es tímulo à autoralidade, à criat ividade, à inovação e à renovação, da democrat ização

quanto ao desenvolvimento, uso e compar t ilhamento de tecnologias livres aplicadas às expressões cult urais e da sus tentabilidade pautada no uso e

desenvolvimento de tecnologias sociais.”


estranhos que convivem na mesma casa por interesse em artee liberdade de expressão. Questionam as forma de viver na sociedade contemporânea. No ssite de relacionamento do grupo Fora do Eixo, citam que “ompartilham desde dinheiro até peças de roupas.”

viver no coletivo, coexistir, intercambiar algo em comum entre os membros

O escritório The Collective em Londres, criou novos espaços como esse, e no site visitado dizem que “nós fornecemos aos nossos membros uma comunidade com instalações compartilhadas surpreendentes e uma rede de apoio. Nossa missão é desbloquear cidades para o criativo e ambicioso”. O objetivo deste, é redesenhar o mundo entorno desta geração, unindo jovens profissionais com pensamentos em comum. Espaços comunitários como, cozinha, terraço, jardim, biblioteca e até mesmo uma sala de jogos, distribuem pela superfície o programa de trabalhar, habitar e ter o lazer nas horas vagas, de maneira coletiva na maior parte do tempo. empreendedores, autônomos e nômades digitais; compartilham experiências profissionais, idéias, etc. Flutuam pelas empresas, coworking spaces, thrid places, escritórios, e/ou cidades e países.

coworking ou coworking + coliving

novas formas de capitalismo. Continuam crescendo e estão presentes no mercado de trabalho.

O escritório Sun and CO na Espanha, propõe o mesmo tipo de programa onde disponibilizam espaços para o trabalho coletivo e hospedagem temporária em uma antiga casa local revitalizada para tal uso. Os ambientes apresentam uma qualidade e conforto ambiental adequada para a execução do programa, proporcionando um ambiente ideal para trabalhar, descansar e se divertir em meio ao convívio coletivo. Nas horas vagas a administração propõe programas de lazer dentro e fora da habitação, apresentando aos profissionais atividades em grupo, encontrando o equilíbrio perfeito entre o trabalho, lazer e bem estar. Afirmam no site sunandco.com que “um escritório não é uma secretária e internet mais, [...] Compartilhar uma cerveja ou sua ideia de negócio. Fazer amigos e fazer conexões.” Uma casa para acolher trabalhadores independentes. Um exemplo de comunidade digital ocorre com os membros do escritório Lab804 de Jaboticabal,SP, pertencendo ao Python Brasil, com o interesse de reunir grupos de usuários em todo o país interessados em difundir e divulgar a linguagem de programação, com eventos esporádicos e essenciais para a contínua troca de experiências e informações sobre os interesses em comum.

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INSERÇÃO DO OBJETO


(Fotos por Google Earth . street view)

RIBEIRÃO PRETO A cidade de Ribeirão Preto destaca-se por sua prestação de serviços e equipamentos para muitas das cidades vizinhas, como Sertãozinho, Serrana, Barrinha, Jaboticabal, Batatais, Dumont etc. Com tal relevância e presença, Ribeirão Preto é um marco regional no interior do estado de São Paulo. Fundada em 1856, a cidade recebeu muitos mineiros que saíam de suas terras já esgotadas para a mineração e procuravam pastagens para a criação de gado. No começo do século XX, a cidade passou a atrair imigrantes, para trabalharem na agricultura ou nas indústrias abertas na década de 1910. O café, que foi por algum tempo uma das principais fontes de renda, entrou em crise em 1929, perdendo espaço para outras culturas e principalmente para o setor industrial. Após a segunda metade do século XX, investimentos nas áreas de saúde, biotecnologia, bioenergia e tecnologia da informação foram incrementadas, sendo declarada em 2010 como “polo tecnológico”. Ribeirão Preto situa-se aproximadamente a 310 km da São Paulo e, interconecta com outras cidades pelas rodovias como Anhanguera e Cândido Portinari, havendo ainda disponibilidade do Aeroporto Leite Lopes. Tais critérios qualificam o município a desenvolver a cidade cada vez mais e receber visitantes ou mesmo, novos moradores. “No passado, o grande poder aquisitivo dos coronéis do café, fez com que a cidade se desenvolvesse a ponto de ser comparada a grandes metrópoles da época.” (ROMANO, 2016). Atualmente, os centros empresariais e comérico ainda situam-se em grande parte na região central e nas avenidas principais da cidade, como Av. Presidente Vargas, Independência, Francisco Junqueira, Nove de Julho, Maurílio Biagi, Caramuru e Jerônimo Gonçalves.

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coNéctar Disponibiliza um espaço de coworking full time (R$ 500) ou part time (R$ 300,00), ambos incluem a disponibilidade de sala para reunião com agendamento, telefone ilimitado, internet de alta velocidade, armário e café. Há também a possibilidade de aluguel diário por R$ 40.

C

B

A global hub

E

Oferece espaço coworking (planos baseados em diárias e em pacotes mensais), salas executivas (perfeitas para pequenas empresas em crescimento e equipes até 5 pessoas), e espaços de negócios (espaços perfeitos para palestras, convenções, cursos e treinamentos.).

D

green work Profissionais e empresários que buscam entender a revolução que a internet gerou no nosso dia-dia e as possibilidades que o marketing digital pode oferecer aos seus negócios. De um modo geral, as discussões serão introdutórias e não técnicas.

F mangava

G

escritório compartilhado que pensam além do trabalho compartilhado, infraestrutura e mesas. Mas em criar uma comunidade colaborativa, empreendedora e unida, gerando novas parcerias, amizades e troca de experiências.

H H

coWork 16

(Mapa por Google Earth)

Preocupam-se em não só uma infraestrutura de qualidade ao coworker, mas na qualidade do espaço também, com salas descontraídas e áreas abertas possibilitando a troca de experiências e idéias mais despojada e coletiva.


As fotografias demonstradas acima foram retiradas das redes sociais dos respectivos coworking presentes em Ribeirão Preto, como o CoNéctar, Mangava e CoWork 16. Ainda que apresentam um programa diferenciado perante aos escritórios das grandes empresas, proporcionando um espaço despojado e moderno, ainda se prendêm em uma questão tradicional como a setorização, mobiliários e usos.

quadrilátero central

B

av. jerônimo gonçalves

C

av. francisco junqueira

D

av. nove de julho

E

av. independência

F

av. presidente vargas

G

av. prof. joão fiuza

H

rod. prefeito antônio duarte nogueira

A área escolhida situa-se entre as Nove de Julho, Independência, Francisco Junqueira e Jerônimo Gonçalves, na baixada do quadrilátero central. As margens das avenidas demarcadas, têm vasta presença de comércio, prestação de serviços etc. As áreas demarcada como projetual, demonstra a localidade a inserir o objeto. Um dia ocupado por hotéis e uma ferroviária em frente, ainda hoje apresenta um uso não muito distante do que foi antigamente. Composta por uma população flutuante (imigrantes, visitantes e comerciantes que lucram com o comércio existênte), a baixada do quadrilátero central é tema de requalificação urbana no município de Ribeirão Preto. Estar em uma área bem localizada é um dos primeiros critérios para tornar o objeto em algo mais próximo da realidade, facilitando a mobilidade de quem vem de fora e mesmo de indivíduos da cidade ou municípios vizinhos, mas que dependam de transporte público, por exemplo. No mapa ao lado, podemos ter uma percepção que há diferentes formas de chegar até a área projetual, e todas as vias demarcadas, são relevantes e conhecidas pela cidade. Com foco no objeto de coworking e coliving, foram demarcados escritórios que categorizam-se como apenas coworking. Ao observar um ao outro, vemos que diferentes formas foram adaptadas ao escritórios. Uns mais próximos do real conceito de coworking (um espaço alternativo e uma disposição mais livre), enquanto outros nem tanto, com uma setorização de salas mais nítida, por exemplo. Ainda assim, todos apresentam em programa a ocupação estática de membros, sem que haja uma hospedagem flutuante, ou seja, são escritórios que compartilham um imóvel e idéias, porém não hospedam. Em relação às casas ou hospedagens coletiva, não foram encontradas nenhuma registrada.

área projetual A

COWORKING EM RIBEIRÃO PRETO E PROXIMIDADES

N

O programa de compartilhamento de forma mais flexível e diversa ainda é escassa no Brasil. Como veremos mais a frente em projetos exemplares, as casas coletivas e locais de produção compartilhada se aproximam mais do que o objeto desta pesquisa tem à oferecer. Além de compartilhar os momentos de produção com novos profissionais, a extensão para um coliving aumenta a possibilidade de interação entre os membros mais duradoura e possibilita a participação de nômades de outras cidades, estados ou mesmo países.

21


campos elĂ­sios A

3 baixada central

vila tibĂŠrio

2 1

centro B

C


1

As ilustraçõs acima retratam a história do município de Ribeirão Preto quando jovem. O retrato 1 apresenta um trecho da Praça XV de Novembro na década de 20. Na ilustração 2 temos outra perspectiva da mesma avenida, em 1927, a fundo podemos notar um barracão, onde hoje situa a rodoviária. E finalmente, o Hotel Brasil, após 1930.

CONDICIONTANTES URBANAS . ANÁLISES + DIRETRIZES USO PREDOMINANTE DO CENTRO E SEU ENTORNO A área para análise apresenta uma escala maior perante ao entorno imediato, para tornar possível uma compreensão mais completa em relação aos critérios de escolha para a inserção do modelo projetual. Neste trecho representado graficamente pela ilustração, situamos a baixada do quadrilátero central e dois bairros vizinhos como, Vila Tibério e Campos Elísios. Os bairros vizinhos, são compostos predominantemente por residências e comércio de pequeno porte ou prestações de serviços. Quanto mais se afastam da baixada central, mais residenciais se tornam. Enquanto a baixada central, é fortemente composta por comércio, porém, muitos “chamados hotéis” são utilizados como cortiços propondo um modo de morar inadequado aos indivíduos presentes. Prestação de serviço e residências também caracterizam o centro mais próximos ao sul da área. Algumas edificações são de uso institucional, como secretarias, hopitais e escolas,

área projetual comercio servico residencia area verde institucional em construcao

A

av. francisco junqueira

desativado

B

av. jerônimo gonçalves

C

av. nove de julho

curso dʼágua

50

150

N

3

2

Em fechamento a análise sobre o uso predominante do centro e seu entorno, nada mais do que definir como multiplicidade e diversidade o uso da superfície. A forma como a cidade se fez e cresceu a partir das praças XV de Novembro e Carlos Gomes, a maneira que o município aconteceu, hoje apresenta tais modos de utilização. Definir como área projetual a baixada central, arranja uma possibilidade de requalificação do uso (será demonstrado mais a fundo), ao apresentar como proposta um objeto de constraste em sua implantação, mas com a continuidade de servir à uma população flutuante, da mesma forma que se apresenta desde o surgimento da área, com a presença de hotéis, linha férrea e o ir e vir de inúmeras pessoas no decorrer dos anos, mas de forma sustentável e honesta.

23


campos elĂ­sios A

baixada central

vila tibĂŠrio

1 3

centro

B 2

C


1

A primeira ilustração segue a data de uma edição da Revista “A Cigarra” (no blog de pesquisa ibamendes.com) em 1934, retratando hoje o conhecido Pinguim, marco da cidade na quadra Paulista. No retrato 3 em outra perspectiva e momento, temos a construção do edifício Diederichsen, inaugurado em 1936, como o primeiro edifício de Ribeirão Preto. E Palacete Innechi (à esquerda) e Recreativa, na década de 1920, hoje MARP.

GABARITO PREDOMINANTE NO CENTRO E ENTORNO Como será dito mais a seguir, o centro já foi a cidade toda um dia, e primeiramente ao redor imediato das praças XV de Novembro e Carlos Gomes, as grandes casas dos barões compunham a fachada imediata. E a área que se nomeia “baixada”, já eram quadras compostas por comércio e hotéis, afinal, hoje, onde temos o equipamento rodoviário, um dia foi linha férrea, sendo ainda mais a favor dessa ocupação. Fazendo uma leitura da forma como o gabarito atual do centro se apresenta, podemos considerar que a presença de edifícios residenciais e empresariais estejam presentes em setores mais “dignos” como o miolo do centro e próximo a Av. Nove de Julho. No centro, a dinâmica diurna predominante complementa o uso das esdificações dispostas, como comércio, calçadão, agências bancárias, estúdios etc. Enquanto nas proximidades com a Av. Nove de Julho, o uso predominante seja de clínicas médicas.

área projetual 1 -3 pavimentos 3 - 5 pavimentos + 5 pavimentos área verde curso dʼágua

50

150

A

av. francisco junqueira

B

av. jerônimo gonçalves

C

av. nove de julho

N

3

2

Analisando o gabarito predominante aos arredores da área projetual, temos como identificado, edificações térreas até três pavimento. Esse dado acrescenta-se como um dos critérios de escolha para área projetual, com a possibilidade de oferecer uma boa iluminação natural, sem a projeção muito intensa de edifícios muito altos. Ter preferência a uma área que apresente maior “liberdade” com seu entorno pré-existênte, fará com que o objeto seja abrigado de forma mais acolhedora em sua superfície.

25


NO

sol da tarde O

sol bom L

campos elísios ventos predominantes SE

encontro de águas propício a cheia

ga lpõ e r es e ep str et iti anh vo os s

vila tibério

J

2

I

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A

B

B

A

7

1

6

D

E 5

4

Q3

Q-3

C

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7

8

8 9

10 6 5 4 3 2

2 1

fo

ia

VAZIO DE QUADRA

cid ad e...

H

VAZIO DE QUADRA

fluxo intenso de pedestres calçadão


A ilustração acima, demonstra uma perspectiva com foco na área projetual (em cinza), em relação ao gabarito imediato da área. O programa deve ser implantado em meio aos vazios das quadras escolhidas e então criar sua relação impactante e positiva com a pré-existência.

DEFINIÇÃO DA ÁREA PROJETUAL Em uma análise mais próxima à área projetual, podemos identificar como ocorrem alguns fluxos mais relevantes como os das Avenidas Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira. Estar próximos a vias arteriais também é um dos critérios levantado para a escolha da área.

área projetual 1

perspectiva da área

2

av. jerônimo gonçalves av. francisco junqueira

A

rodoviária

B

mercado municipal

C

parque maurílio biagi

D

teatro pedro II + pinguim

E

biblioteca

F

sesc

H

museu . marp pronto socorro

J

Os demais equipamentos apontados, adicionam ao uso do programa de modo complementar ao lazer e passeio dos indivíduos que estarão presentes se relacionando com a cultura pré-existênte, salientando uma questão de comunidade que citamos. É primordial refletir como o perfil que caracterizará o uso do objeto vai acontecer com aquilo que já está presente e o que tem à oferecer.

praça xv de novembro

G I

O programa oferece uma possibilidade de hospedagem à nômades digitais, e para facilitiar a localização, as Avenidas citadas são utilizadas como uma das referências de localidade e facilitadoras à mobilidade. O equipamento da Rodoviária, por exemplo, complementa ainda mais para essa questão presente.

praça

A N

7

6

Na escala de veículos automotivos ao pedestre, demonstramos como o todo B ao lado, já temos a forma ocorre com a implantação proposta, e nesta ilustração como será ocupada a área do objeto proposto. Assim como o programa, que abriga diferentes níveis de uso, seja ele semi-privado, semi-público e público, a mobilidade deve também abrigar diferentes níveis de ocorrência. Ônibus, carros e pedestres já são presentes nesta área, logo, a praticidade e diversidade cria harmonia com aquilo que será proposto.

5

4

27


LVE S

ON IMO

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av jerônimo gonçalves

JER

B

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5

4

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7

6

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A

Q3 Q-3

3 8 9

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8 9 10 B 4

C

7 8 D

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Q2 Q-2

11 12

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3

2 Q1

Q-1 9

10 6 5 4 3 2

1011

1 A

SÃ O

SE

BA

C

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2 1

VAZIO DE QUADRA

VAZIO DE QUADRA


(Fotos por Google Earth . street view)

As ilustrações acima são referentes a perspectivas de vistas retiradas a partir da Av. Jerônimo Gonçalves do site interativo Google.com.br/maps.

VAZIOS DE QUADRAS E LOTES RELOCADOS Os vazios de quadras, principalmente em seus centros, são parte de uma ocorrência bastante comum em parcelamento de lotes em bairros mais antigos. Na ilustração ao lado, podemos observar como isso ocorre e está presente nas quadras ao redor da área projetual. As quadras selecionadas para a inserção do objeto, são as que apresentam vazios maiores, sendo mais um dos critérios para a escolha da implantação. Propor um uso à esses espaços é uma forma de requalificar superfícies muitas vezes abandonadas. Na terceira quadra selecionada, praticamente a totalidade da área é dada por uma ocupação de estacionamento. O programa zela por um ideal de prevalecer o pedestre, dessa forma, não há hipóteses de situar dentro do objeto a proposta de estacionamento. Sem ignorar o uso e existência, para não ocorrer nenhum impacto frustrante, será identificado possíveis áreas como diretriz ao uso relocado desse pátio de estacionamento. Para criar aberturas e conexões de uma quadra à outra (assim o programa não perde ligação direta), foi necessário uma leitura mais próxima dos lotes existentes para ser escolhido aqueles que seriam relocados dentro do programa como uma proposta de continuação da comunidade já existente na área. É relevante pensar e dar um destino a esses lotes, e não ignorá-los como se não houvessem importância. Por mais que muitos na área apresentem uma característica não tão saudável, fazem parte do entorno e da realidade atual.

vazios existêntes possíveis conexões edifícios abandonados

A

av. francisco junqueira

B

rua josé bonifácio

C

rua são sebastião

figura e fundo curso dʼágua

N

A numeração dada a cada lote, está sendo representada pelas fotos registradas que seguem nas páginas seguintes. O registro dessas fazem parte da leitura e então escolha de rolocação dos mesmos, onde estarão representados por um “X”, demarcando esses lotes. Dar preferência aos lotes abandonados ou que se aproximem mais com a conexão da próxima quadra, enfatizaram as escolhas feitas.

29


4

C

7 8 D

5 6

B

11 12 3

1 13 2

Q1

Q-1 9

1011

1 A

2

1

C

A 4 3

B 5

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C 9 8

D

10

11

7

8


3 7

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C 8 9 10 D 4

7 8

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8

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A

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Q1

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1

31

C


C

7

B

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Q3 Q-3

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7 8

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Q2 Q-2

11 12 3

1 13 2

Q1

Q-1 9

1011

1

C

2 1

A


av jerônimo gonçalves

ÁREA PROJETUAL Os vazios de quadras, principalmente em seus centros, é uma ocorrência bastante comum em parcelamento de lotes em bairros mais antigos. Comércio, prestação de serviços, equipamentos, residências, instituições, avenidas, ruas locais etc. Diversidade define a área escolhida para a inserção do projeto, e pode definir também ao programa que está sendo proposto. O espaço de coworking e coliving, não é apenas um ambiente de trabalho compartilhado e um grupo que convive no coletivo. Uma habitação temporária para nômades digitais que buscam conhecimento, experiências e conhecer novos lugares. Essa dinâmica, movimentação do programa e conceito do objeto, devem ser encontradas no seu entorno e área, criando um laço entre o que a cidade tem à oferecer e o programa interno. Cultura, lazer, ensino, comércio, serviços etc, definem o uso dos equipamentos próximos a área. O centro de qualquer município sempre tem muito a contar. Sua história e como sua cidade desenvolveu-se é dita nesse lugar. Como um dos fenômenos urbanos, a degradação do centro talvez possa ser o mais comum e um tanto óbvio de acontecer quando o município cresce da forma como Ribeirão Preto cresceu. E requalificar uma área que apresenta adversidade de certa forma, merece atenção. Apresentar essa área ao nômade digital que chega e também relaciona-se com a cidade que o cerca e sua cultura, não apenas com os grupos no programa interno, concluo que a proposta de inserção do modelo na baixada central seja interessante para o de fora e para o que convive e faz parte do lugar.

área projetual

A partir dessa reflexão, análises e definição da área projetual, será visto como a reflexão para inserção do objeto e seu programa começou. As premissas projetuais que se seguem apresentam-se a partir de todas as análises e diretrizes levantadas sobre o pré-existênte e então o partido arquitetônico.

33


521,9

orientação solar ! om

L

O

522,6

522,1

523 522,4

522,9 523,2

527,2

523,1

NORMAS CONSTRUTIVAS DO CENTRO

523,3

sol

-do r ô p

523,3

527,6 TAXA DE OCUPAÇÃO : 80% CA : 3 RECUOS : 5m frontal e 3m lateral

ÁREA PROJETUAL TOTAL: aproximadamente 12.380 m²

523,1

b sol


1

2

Na simulação gráfica acima, podemos observar a orientação solar em três principais períodos ao longo do dia. A ilustração 1 representa a insolação ao nascer do dia, Observe qua as quadras laterais recebem maior claridade do que a central. Ao meio-dia, a insolação é geral nas três quadras e no pôr-do-sol, 3, a sombra é relativa ao da manhã, porém ao lado contrário.

3

por que preferir passar horas caminhando em shoppings centers do que alguns minutos no centro urbano

(francisco gimenez, informação verbal²)

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS As características físicas atuais da área, auxiliam através de uma análise e leitura, o levantamento de alguns dos critérios às premissas projetuais. Atualmente, presentes em uma era Pós-Industria, a maior parte da sociedade está ciente sobre o esgotamento dos recursos naturais do planeta, e ter uma atenção maior ao que a área apresenta, é essêncial que ocorra um aproveitamento do que é oferecido, como a insolação, orientação predominante dos ventos, compreender a topografia e causar o mínimo de impacto ambiental na inserção do objeto e posteriormente no decorrer da utilização. Citar sobre evitar impactos ambientais, conforto ambiental e segurança nos espaços construídos, estimula o início para uma reflexão sobre a estrutura e materialidade que irá elaborar o partido arquitetônico do objeto. É necessário identificar as necessidades descritas no programa do modelo e então concilia-los com o modo que determinados materiais funcionam na construção de um imóvel. O revestimento do solo, também precisa apresentar, por exemplo, um funcionamento poroso, que forneça a absorção de águas pluviais, evitando empoçamento em meio aos caminhos etc.

área projetual entorno imediato

ponto de ônibus calçadão . fluxo de pedestre predominante palmeiras imperiais arborização

vento predominante sentido SE - NO

topografia curso dʼágua

N

50

100

No gráfico representado ao lado, podemos observar que a presença de verde é escassa dentro da área projetual. Uma praça arborizada situa-se em frente a área, mas com a presença da avenida Jerônimo Gonçalves (que apresentam um fluxo mais intenso), a praça torna-se uma área não tão próxima. A inserção de uma área verde vasta é dada como uma necessidade para complementar o projeto que buscamos propor nesta pesquisa. Trazendo melhores condições para a requalificação da área e qualidade no projeto.

35


PREMISSAS PROJETUAIS Com base nas análises e diretrizes feitas a partir das reflexões e leituras da inserção do objeto, naturalmente premissas projetuais primárias surgem. A questão histórica do modo como a cidade situou-se a princípio no quadrilátero central, apresenta uma harmonia em relação a proposta temporal de hospedagem e trabalho como um dia ali esteve presente, por ser uma área com a presença marcante de indivíduos flutuantes. Os programas de habitar coletivo não são presentes no municípo - de modo como aqui iremos apresentar -, porém há alguns imóveis que indicam o trabalho compartilhado como proposta de uso. De certa forma, todos se diferem, comprovando que ainda se trata de um conceito contemporâneo no mercado imobiliário. Nenhum exibe da forma como esta pesquisa busca. Com uma relevância de relação desde urbana até ao indivíduo com o outro. E como vimos no gráfico de coworkings presentes, nenhum se apresenta na área proposta. Estar presente em uma superfície onde traz consigo a origem, história e cultura da sociedade que ali habita, enriquece o relacionamento do presente com o pré-existente. Na análise das condicionantes urbanas, identificamos que o uso predominante na área é primeiramente comercial, prestação de serviços e então, residencial e institucional. Analisar tal diversidade torna coeso a relação do objeto com o entorno apresentado . A inserção de áreas verdes é um dos parâmetros que deverão estar presentes na proposta projetual, e estar em um lugar onde há pouca incidência de sombra, podemos assumir como possibilidade a adição enriquecida do mesmo. Afinal, em dias atuais, é de extrema importância utilizar a favor de nossos modos de viver, as propostas naturais que o ambiente oferece e então se preocupar com o mínimo de impactos negativos, ocasionados por seja qual for, questão a modificar uma superfície. Estar tão próximo de um calçadão, realça a idéia de propor como uma das diretrizes, duas vias compartilhada, criando continuidade no passeio do pedestre e conectar as quadras de forma que o pedestre seja ainda mais preferêncial.


Como foi dito pelo Professor Francisco Gimenez (informação verbal²), o centro já foi toda cidade um dia e deve reviver!

Definir características específicas é essêncial para uma personalização do programa. Assim, a reprodução do modelo torna-se mais forte, tenha presença e originalidade!

The Big CO busca ser um programa que vem para fazer bem à cidade que será inserida. Instituições podem participar com eventos e palestras para que futuros profissionais conheçam uma nova forma de viver. Um modo respeitoso, onde o indivíduo vem exatamente para compartilhar idéias e

Adequar as propostas e objetivos que o objeto busca harmonicamente com a pré-existência da área projetual e sua vizinhança e então, seu entorno urbano, é o modo como o partido arquitetônico começa a criar forma e deixar de ser abstrato. Questões contemporâneas voltadas aos modos de coexistir, são parte da lista de critérios para a iniciativa projetual. Importar-se com questões ecológicas, sustentáveis e níveis de impactos ambientais e sociais são relevantes para uma qualidade do plano. O objetivo deste projeto não é apenas um espaço de trabalho compartilhado com uma proposta de hospedagem e relocação de um comércio que foi retirado para abrir caminho. Define-se como objetivo implantar um modelo de repetição de um modo possível de trabalhar, produzir, dormir, comer e conviver sustentavelmente. Utilizar um espaço onde seu entorno precisa de requalificação. A baixada central é tema de urbanismo do município de Ribeirão Preto, porque precisa de uma requalificação, (claro que há outras áreas, mas o programa proposto adeque-se melhor em uma área diversificada como tal). Unificando o programa proposto com a situação da área e o que ela tem de melhor ou pior para apresentar, foi definido o que de fato estaria presente na implantação projetual. Além de buscar desenvolver os modelos onde estarão dispostos um espaço para trabalhar, comer, dormir etc, o paisagismo será de caráter alimentar. Preenchendo todo a malha que pretende ser verde e agregar todas as utilidades de um paisagismo alimentar ao programa. O The Big CO, será acontece por toda área projetual, e o passeio estará disponível para todos. A inserção de uma área verde comestível pode adotar desempregados locais para cuidarem do canteiro, assim como os projetos de hortas comunitárias que estão acontecendo nas cidades. Para utilizar do programa interno de hospedagem, deverá ser feito uma reserva e acerto com a administração anteriormente, através do aplicativo disponível online.

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PROJETOS EXEMPLARES . ESTUDOS APROFUNDADOS naruse inokuma arquitetos O projeto de habitação coletiva, produzida pelo escritório Naruse Inokuma, situa-se no Japão. O objeto analisado tem como programa o critério coletivo para membros que buscam um local para habitar de forma sustentável em Nagoya. A distribuição dos espaços comuns e privados é realizade de forma sutil e harmônica, em uma construção de caráter novo, repensando o espaço arquitetônico residencial e os membros formados por um grupo de estranhos. Os interesses em comum de tais membros podem variar entre moradia sustentável (divisão de custos), estar na cidade a trabalho e serem sozinhos no local. (Fotos por Masao Nishikawa).

CASA SHARE


RELAÇÃO DA CASA COM O ENTORNO

NAGOYA JAPÃO

N

O projeto de habitação coletiva de exemplo, situa-se em Nagoya, Japão. Capital e maior região metropolitana da província de Aichi e quarto centro urbano mais populoso do país com mais de 2 milhões de habitantes. Nagoya é considerada maior centro econômico da região central do Japão por ser um dos principais centros de pesquisa e desenvolvimento, e indústrias automobilísticas do Japão. Com tais aspéctos urbanos e econômicos, a metrópole tende a abrigar diferentes tipos de profissionais de toda região, e mesmo de outros países. A cidade é composta por diferentes pontos turísticos, desde monumentos históricos culturais como o Castelo de Nagoya construído durante a Segunda Guerra Mundial, como até mesmo o belo Aquário Público de Nagoya, entre pubs, lojas, restaurantes e outros tipo s de comércio que possibilitam uma dinâmica aos moradores e visitantes.

4 4

PARQUE

NDE

D´ÁGU A

GRA N AVE IDA

CURSO

METRO STATION

1 3

PARQUE

1

1

2

A área que localiza o projeto é central da metrópole, em um bairro de característa mista (residencial e comercial), com centros empresarias, e habitações verticais. Próxima de dois parques que possibilitam o uso para lazer e qualidade ao entorno. Próxima de diversas estações 35 de metrô, equipamentos públicos, entre outros. Cidades com uma dinâmica econômica e vasta categoria de equipamentos, torna-se um centro de oportunidades para diversas áreas profissionais. O fato do Japão ser um dos países mais populosos, a idéia de habitação compartilhada, é bastante comum nos dias contemporâneos. Otimizando o custo da moradia àqueles que se mudam para a nova e grande cidade, e criando a possibilidade de conviver com novos amigos. (Fotos e mapa por Google Earth).

3

4


1

2

3

4

Nas fotos abaixo, podemos observar a distribuição dos espaços coletivos em diferentes perspectivas e exemplos de uso. Os espaços coletivos da casa, proporcionam a conexão entre os membros, facilitando um convívio e coleguismo mais harmonioso. As fotos 1 e 4 visualiza o balcão da cozinha e a sala de jantar, e a 2 e 3, o patamar comum quartos e escadas que criam acessos a outros dois quartos e terraços. (Fotos por Masao Nishikawa), (Diagramas por Naruse Inokuma Architects).

espaço privado

integração

FUNCIONALIDADE

espaço comum

O programa da habitação coletiva é divida em dois grupos funcionais, o comum e privado. Os espaços comuns refere-se às áreas como hall, sala íntima, sala de jantar, cozinha, e banheiros. No segundo pavimento, o espaço lag em meio ao patamar das escadas, e os dois terraços, complementam áreas em comum mais descontraídas. Os espaços privados são compostos pela divisão de dormitórios apenas, todo o resto, é compartilhado. Com 301 m², a habitação se distribui de forma equilibrada em meio aos cortes e espaços criando um conforto, iluminação natural e harmonia.


Ao lado, temos os percursos previstos pela disposição dos espaços internos, começando por coletivo e chegando ao privado (quartos). É interessante a forma como o espaço espalha os quartos privados, diferenciando totalmente da idéia de corredor e quartos.(Fotos por Masao Nishikawa) (Diagramas por Naruse Inokuma Architects.)

planta térreo

41 planta pavimento intermediário e meio

ESPAÇOS área comum área privada

PERCURSOS área comum área privada


SISTEMA ESTRUTURAL . MATERIALIDADE Sem que a altura da edificação alcance um gabarito de um pouco mais que 7m, a estrutura da residencial coletiva ocupa um pavimento intermediário criando uma área de iluminação natural junto com uma sala descontraída para os habitantes lerem um livro ou sentarem em uma roda e compartilharem idéias e experiências. O método bastante usado é de madeira e concreto, criando uma harmonia da estética visual da edificação. (Fotos por Masao Nishikawa) (Diagramas por Naruse Inokuma Architects.)


35

EXPRESSÃO FORMAL Observe que todo o percuso destaca-se pelo revestimento de madeira, no piso e nas escadas. Enquanto todo o resto da composição é revestida com tinta branca, neutralizando o espaço e definindo sua forma simples e funcional. (Fotos por Masao Nishikawa).

O programa da habitação coletiva é divida em dois grupos funcionais, o comum e privado. Os espaços comuns refere-se às áreas como hall, sala íntima, sala de jantar, cozinha, e banheiros. No segundo pavimento, o espaço lag em meio ao patamar das escadas, e os dois terraços, complementam áreas em comum mais descontraídas. Os espaços privados são compostos pela divisão de dormitórios apenas, todo o resto, é compartilhado. Com 301 m², a habitação se distribui de forma equilibrada em meio aos cortes e espaços criando um conforto, iluminação natural e harmonia.


TOULOUSE SITGES

Fab NEW YORK

HIDA

Fab Fab Fab

BARCELONA

Fab Fab Fab Fab BANGKOK

FABCAFE O mesmo escritório de arquitetos executaram um dos projetos de LabCafe. Com diversas filiais distribuídas pelo mundo, o modelo de café disponibiliza infra-estrutura para seus clientes e até mesmo uma comunidade interna. Em meio a eventos, reuniôes coletivas ou apenas uma boa xícara de café, os membros trocam experiências profissionais e ainda, podem utilizar a impressora a laser e ou 3D, disponíveis no café. Segundo o site da empresa (fabcafe.com), citam “vamos ajudar uns aos outros com idéias criativas e por favor partilhe o seu próprio conhecimento e experiência com a rede. FabCafe pretende tornar-se uma "comunidade criativa local" que se estende por todo o globo. Vamos compartilhar tanto o know-how criativo e gestão FabCafe know-how acumulado em cidades de todo o mundo com a comunidade como um todo”. (Diagrama por LabCafe)

TOKYO

TAIPEI


1

D

METRO STATION

N GRA

IDA

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FABCAFE

METRO STATION 2

N TOKIO JAPÃO

1

2

O FabCafe originou-se em Tokyo, Japão. Sucessivamente em outras cidades com algumas características em comum: oportunidade, desenvolvimento e dinâmica. Em tokyo especificamente, o projeto situa-se em um centro empresarial (comercial), e toda sua área de entorno, concebe o uso comercial. Estações de metrô, bares, pubs, mercados, hotéis entre outros equipamentos compôem a área. A interiorização das quadras a partir da avenida de grande fluxo, as ruas e edificações são mais tranquilas, possibilitando a caminha do pedestre de forma interessante com a vasta variedade de equipamentos.

estação de metrô avenida Tóquio possui 9 790 000 habitantes, e a região metropolitana com mais de 37 milhões de habitantes, tornado-a como a área urbana mais populosa do mundo. Em relação a econômia, muitas das maiores companhias de eletrônica do Japão fabricam seus produtos em Tóquio, como a Sony, Toshiba e Hitachi. A imprensa também é uma das principais indústrias da cidade e o poder de compra. Todo o potencial da grande cidade, a torna um lugar muito interessante para a multiplicidade de projetos contemporâneos, como por exemplo, o trabalho dos nômades digitais. (Fotos Google Earth).

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planta LabCafe Tokyo

FUNCIONALIDADE O programa do LabCafe é um modelo com a pretenção de expandir seu uso pelo mundo, possibilitando o espaço que vai além do café. Além de proporcionar um espaço para encontros, LabCafe é um exemplo de uma evolução dos thrid places. Com a diversidade de opções para trabalhar-se nos dias de hoje, a ideia de inovar o espaço de café para além de encontros e reuniões, torna-se comunidade de membros digitais. Sua funcionalidade é simples, porém completa. Como um simples espaço de café comercial, o espaço é distribuido por áreas públicas onde os clientes percorrem e áreas acessadas apenas por funcionários. “ Ao fornecer uma variedade de ferramentas de fabricação digital, incluindo cortadores de laser e impressoras 3D, os visitantes são capazes de trazer os seus dados digitais para a vida.” (FABCAFE, 2016). (Diagrama e fotos por FabCafe).

PERCURSOS percurso clientes percurso funcionários

ESPAÇOS banheiro área restrita área pública


Podemos notar nas ilustrções abaixo, a materialidade nos revestimentos e os espaços livres, ocasionados pela disposição do grande vão das vigas e os trilhos que são os suportes da iluminação do espaço.

oficina . eventos + meetup . colaboração empresarial

(Fotos e diagramas por FabCafe).

SISTEMA ESTRUTURAL . MATERIALIDADE Todo sistema estrutural é definido por vigas de concreto e revestimento de concreto também, possibilitando os trilhos de iluminação por todo o espaço. Toda mobília e piso é revestida com madeira e porcelanato que remetem a textura e aparência de madeira. Todos estes elementos, transmitem ao estilo de design industrial, com vigas e estruturas aparentes, buscando o mais próximo possível da origem do material. Esta disposição da estrutura abre o espaço sem ter pilares em meio ao espaço, deixado ainda mais livre para dispor as mesas de consumo e produção dos clientes.

EXPRESSÃO FORMAL O programa do LabCafe é um modelo com a pretenção de expandir seu uso pelo mundo., possibilitando o espaço que vai além do café. Além de proporcionar um espaço para encontros, LabCafe é um exemplo de uma evolução dos thrid places. Com a diversidade de opções para trabalhar-se nos dias de hoje, a idéia de inovar o espaço de café para além de encontros e reuniões, torna-se comunidade de membros digitais.

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THE SHARE

TOKYO SOCIAL STANDARD

REABITA ARQUITETOS Este projeto demonstra em um programa de habitação o coletivismo, o compartilhamento de áreas em comum e possibilitando outras atividades além de morar como um espaço para trabalho. O programa segue a proposta de habitação estável, por um aluguel e os direitos e regras do condomínio seguem como parte da funcionalidade. Interessante ver como a hierarquia dos espaços e áreas ocorrem no percorrer da edificação. (Foto e diagrama por ReBITA)


1

COMIDA

THE SHARE

CAFÉ

AVENID A 2

METRO STATION

METRO STATION CAFÉ

METRO STATION METRO STATION

N TOKIO JAPÃO

1

A relação do edifício com seu entorno é relevantemente complementar ao programa. O The Share situa-se em uma área de Tokyo próximo a diversos comércios como, restaurantes, cafés e bares. Como característica da metrópole, várias estações de metrô são presentes ao redor.

2 Estar próximo de avenidas de grande fluxo, facilitam a localização àqueles que sâo de fora e vieram a trabalho, avenidas muitas vezes tornam-se marcos referênciais junto com alguma edificação importante que esteja presente nela. Na internalização das vias, o caráter destas, tornamse de aparência local, estreitas e de mâo única, diminuindo drasticamente o movimento, possibilitando à área um funcionamento mais tranquilo e digno de vizinhança, oferecendo segurança ao pedestre. (Fotos Google Earth)

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planta segundo pavimento . escritório

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planta terceiro pavimento . apartamento

público comunidade privado 1

deck comunitário

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hall de entrada

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comércio

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área de serviço quarto privado

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estação de rádio

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quarto para sapatos

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espaço para evento

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banheiro

banho

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escritório compartilhado

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hall de entrada cozinha

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sala de reunião

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dispensa de comida

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hall

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dispensa

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pequeno escritório

sala de jantar sala de televisão

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biblioteca

banho

FUNCIONALIDADE A primeira planta térreo, é o contato direto da edificação com a rua. O espaço oferece ambientes para não somente os habitantes mas para o público, com algumas opções de comércio, um salão de eventos, estação de rádio e o hall de entrada, direcionado apenas ao moradores do The Share habitação. O segundo pavimento distribui salas e escritórios como possibilidade dos moradores trabalharem ou marcarem reuniões. (Plantas por ReBITA)

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planta térreo . comércio

N


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planta quarto + quinto pavimento . apartamento

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planta sexto pavimento . área comum

COMUNITÁRIO PRIVADO COMUNITÁRIO COMUNITÁRIO

PRIVADO

COMUNITÁRIO

23

COM 23

área de fumante

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jardim comunitário

(Diagrama com a disposição do uso conforme os pavimentos da habitação, autoria prórpia).

24

planta terraço . jardim comunitário

Os pavimentos três, quatro e cinco, são destinados as áreas de quartos privados (unitários), banheiros, lavanderia e sapateira (cultura oriental). No sexto pavimento, encontra-se além de mais três quartos privados, a área comum de tv, cozinha, sala de jantar, dispensa, e biblioteca. Por último, o terraço oferece um espaço para fumantes e um jardim coletivo aos moradores. É nítido a hierarquia dos espaços distribuídos aos moradores ou mesmo ao público. (Plantas por ReBITA)

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corte aa

SISTEMA ESTRUTURAL As ilustrações dos cortes da edificação, demonstra a distribuição dos espaços e a forma estrutural por modulação entre pilares e vigas de concreto, disponibilizando vãos em áreas com uma extensão maior, como na biblioteca, na sala de jantar e nos espaços de escritório.

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corte bb

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EXPRESSÃO FORMAL um ambiente de qualidade, conforto e dinâmica única e exclusiva à eles. O estar com o outro, cria o coletivismo e logo uma sociedade mais respeitosa, afinal, você usa o que o outro também deve usar, então todos respeitam um ao outro para o melhor conivívio. Na foto 2, temos um modelo de quarto privado. Nas fotos 3 e 4 demonstra a cozinha e a sala de jantar coletiva. A 5 e 6 demonstram a biblioteca, espaço despojado e coletivo também. Assim como a sala de cinema na foto 7 e o terraço na 8. (Fotos por ReBITA)


(ilustração do site Rede Interação)

HORTAS URBANAS E TECNOLOGIA SOCIAL Com outra formação de análise, já não tão projetual, mas em ralação ao programa, o estudo buscou compreender também sobre outra ocorrência contemporânea que são as hortas urbanas. É uma forma de unificar as áreas verdes que são indispensáveis em qualquer proposta projetual, com a configuração do ato comunitário. Hoje, várias cidades acataram a iniciativa, de diferentes formas, assim como podemos ver sobre os espaços compartilhados internos de habitação e trabalho, sempre com base nas necessidades ou critérios do município e da sociedade local, porém com o mesmo objetivo de uma reforma urbana. Com foco no Brasil, aqui será descrito um pouco sobre como esses programas sociais têm ocorrido atualmente. O Instituto Pólis com parceria a Fundação Banco do Brasil e a Rede Interação, publicou uma cartilha de Hortas Urbanas definindo como visam milhorar a alimentação de todos os envolvidos primeiramente, e definindo os inúmeros impactos positivos sobre o programa, voltados a Tecnologia Social Hortas Urbanas em um projeto de Moradia urbana. Favorecer a relação da comunidade com o bairro e entorno através do cultivo ecológico, inserindo alimentos, ervas medicinais, hortas, jardins, canteiros, entre outras possibilidades dependendo das necessidades local, como citado. (A cartilha pode ser encontrada para download no site polis.org.br) Inserir como área verde um programa de paisagismo alimentar, vai além de uma proposta dinâmica e coletiva. Trata-se de requalificação urbana e ambiental, acolhendo a diversas questões de coleta, captação de água, compostagem etc. Como uma das premissas projetuais, a inserção de paisagismo alimentar torna-se um desejo de propôr em meio ao modo de conviver contemporâneo modular, mais um modo de coletivismo, afinal é sobre uma realidade que estamos lidando atualmente em todo o planeta, e o planejamento urbano e social devem receber uma atenção relevante. Programas incentivadores estimulam o espírito-público, criando um vínculo da comunidade local com sua cidade. Cuidar, cultivar e compartilhar trabalhos que a horta comunitária abriga, elevam o nível de cidadania e inclusão social.

As reflexões feitas a partir de programas comunitários que envolvem hortas urbanas, retratam outro fator relevante ao objeto deste estudo. Demostrar a relação dos espaços compartilhados com a sociedade e necessidades do homem. Novas condições de viver são sempre um fator em busca para a espécie humana, e a relação dassas com os espaços e superfícies relacionam a arquitetura e urbanismo com o ser e sua essência no espaço.


(logos retirados do projeto descrito pelo site moradiaurbanats.org.br)

As Tecnologias Sociais referentes ao projeto de Moradia Ubana com Tecnologia Social, apresenta mais de uma intituição credênciada ao projeto. Vejamos acima algunmas dessas instituições que são aplicadas conforme o município que participa, acolhe.

Tecnologia Social, o que é? Segundo o site acessado, conciencia.net, tecnologia social trata-se de todo procuto, método, técnica ou processo desenvolvido para solucionar problemas sociais presentes, atendendo a quesitos de simplicidade, baixo custo, impacto social etc. Tem como objetivo buscar e identificar soluções e propostas inovadores reaplicáis em diferentes lugares, baseado em questõs de água, energia, habitação, saúde, meio ambiente e outras mais. Podem surgir a partir de comunidades locais ou ambientes acadêmicos que procuram desenvolver soluções que traga melhora às sociedades.

Arquitetura e Urbanismo hoje estão muito próximos a questões sustentáveis e tecnológicas, sempre acolhendo programas sociais junto a novas propostas e melhoria ambiental. Podemos concluir como uma nova condição que o homem busca para coexistir em suas superfícies e se relacionar em meio aos grupos, como tem feito desde sempre. Softwares que auxiliam pessoas à produzirem o próprio alimento, seja em casa (escala residencial), e aplicável até mesmo em instituições de pesquisa agrária, com estudos e informações levantadas desde a metereologia até aos períodos de irrigação e outros fatores. Um aplicativo desse perfil abre infinitas possibilidades da sociedade interagir ainda mais com a produção, cultivo do próprio alimento e novas configurações desde urbanas até habitacionais. No site Moradia Urbana com Tecnologia Social, é descrito como projetos de habitações sociais podem ter um funcionamento mais saudável e funcional para a comunidade. Como descrevem na rede, No site Moradia Urbana com Tecnologia Social, é descrito como projetos de habitações sociais podem ter um funcionamento mais saudável e funcional para a comunidade. Como descrevem na rede (moradiaurbanats.org.br),

“A Fundação Banco do Brasil tem como missão promover a inclusão socioprodut iva e cont ribuir para o desenvolvimento sus tentável do País.

O projeto Moradia Urbana com Tecnologia Social é uma ferramenta

que possibilita a ar t iculação com diferentes atores, Prefeit uras, entes

públicos, sociedade civil organizada e moradores, objet ivando o desenvolvimento social a par t ir de ações complementares, por meio de tecnologias

sociais,

nos

empreendimentos

habitacionais

do

Programa

Nacional de Habitação Urbana (PNHU).”

A seguir, veremos como algumas cidades brasileiras adequaram-se em comunidades com o foco em comum sobre a participação e organização de hortas coletivas.

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(foto retirada da rede social facebook hortelões urbanos)

1

(foto retirada do site SustentArqui.com.br)

PARCERIA QUALIDADE DE VIDA

2

COLET IVISMO REEDUCAÇÃO SOCIAL

HORTAS URBANAS RELACIONAMENTO MAIS PRÓXIMO DA VIZINHA E CIDADE

HORTAS URBANAS NO BRASIL O grupo SustentArqui publicou em página exemplos de cidades brasileiras que acataram a idéia de inserir o programa de cultivo alimentar e os métodos adotados. São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina entre outras, desenvolvem programas de inclusão com base referêncial nos cultivos de alimento. Um desses exemplos são os Hortelões Urbanos (1). Por via internet (rede social), se conectam para criar e apoiar iniciativas de hortas urbanas na capital de São Paulo. Criado em 2011 por duas jornalistas, o grupo organiza e divulga multirões para aqueles que tenham interesse em fazer parte, darem início à participação dessa comunidade. Os multirões ocorrem em hortas existêntes na cidade como Horta das Corujas, Horta do Ciclista, Horta Vila Pompéia, Horta da Vila Anglo, Horta Comunitária do Parque entre outras. Como segundo exemplo, o Projeto Germinar (2) foi implantado pela Prefeitura de Jaraguá do Sul (Santa Catarina), em 2013 com intenção de criar hortas comunitárias de modo estratégico à utilizar espaços abandonados e melhoria na qualidade de vida da população presente. Segundo depoimento do diretor da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura ao SustentArqui, “o custo para implantar e manter as hortas é muito baixo considerando o reflexo social que elas trazem.” Interação social, alimentação de qualidade e ocupação de pessoas aposentadas, cultivam muito mais do que produtos orgânicos, mas uma relação social saudável entre comunidade e cidade. E além dessa qualidade de vida proporcionada, a cidade se torna segura sem espaços vazios e carentes com a chegada dessa nova proposta de área verde.

ALIMENTOS MAIS PUROS E SAUDÁVEIS

REQUALIFICAÇÃO URBANA


3

(foto retirada por Inara Chayamiti , pela fonte SustentArqui.com.br)

4

(foto retirada do site SustentArqui.com.br)

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Na terceira ilustração (3), o modelo de horta urbana situa-se no teto do shopping Eldorado com uma área de aproximadamente 1000m². Um exemplo de ocupação urbana recentemente utilizada e encontrada em cidades como Nova Iorque também. Além de ocuparem terraços dos edifícios com teto verde, estão se tornando canteiros paracultivo alimentar. Segundo a fonte de pesquisa SustentArqui, A seguir, no Partido Arquitetônico, veremos como unificar ao programa The Big CO. tais condições contemporâneas apresentadas pela sociedade em relação aos espaços compartilhados e modos de coexistir. Levando em consideração critérios e diretrizes urbanas analisadas na Inserção do Objeto em relação a cidade de Ribeirão Preto (área projetual proposta), incluindo uma relevância da expressão do imóvel a ser proposto relacionado ao comportamento da sociedade. Os benefícios e impactos positivos à sociedade local e à área proposta!

“ a idéia inicial era diminuir a quant idade de lixo que a empresa enviava aos aterros sanitários, dessa forma, implemetaram o sis tema de com-

pos tagem com resíduos orgânicos da praça de alimentação. Depois, ao

pensar que des t ino seria dado ao compos to, o superintendente do shopping decidiu começar uma hor ta na cober t ura. O problema de 15 tonae-

ladas mensais de lixo orgânico desapareceu.”

O último modelo demonstrado com exemplo neste estudo, são as Hortas Carioca (4), projeto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Hoje, presente em 30 comunidades e Rede Municipal de Ensino da Cidades do Rio de Janeiro, o objeto busca alcançar uma ligação mais próximas de escolas, créches, famílias em risco social etc. O lucro tem fins para reinvestimento e parceiros colaboradores. Acolher famílias carentes e aproximar de escolas, viabilisa reeducar uma geração futura com qualidade de vida social e alimentar.


PARTIDO ARQUITETÔNICO


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MALHA ORTOGONAL PRÉ-EXISTÊNTE

LHA MA

L TUA E J PRO

a malha projetual, chamada de orgiem no decorrer da criação, define um caráter contrário À pré-existênte. Além de auxiliar no posicionamento contrário dos lotes presentes, ajuda na inserção e distibuição dos espaços ao longo da área disposta.

TRANSIÇÕES QUE INTERLIGAM OS USOS DEFININDO QUALIDADE E HIERARQUIA DOS MESMOS.

uma maneira de dar início a uma possível vista de como as transições poderiam acontecer, foi com o croqui ao lado, onde a própria edificação monta uma topografia que auxilia definir o uso e hierarquia dos espaços

NOS CROQUIS ABAIXO E AO LADO, O ESTUDO COMEÇA A BUSCAR POR UMA INTERATIVIDADE DO VOLUME PRELIMINAR COM O PRÉ-EXISTÊNTE COMO VIZINHOS INTERNOS DO OBJETO. FORMAS GEOMÉTRICAS SURGEM COMO UM DOS PRIMEIROS PARTIDOS PARA UMA FACILITAÇÃO DE REPRODUÇÃO E ADEQUAÇÃO ESTRUTURAL MODULAR.


DESENVOLVIMENTO PROJETUAL 61

Com base nos levantamentos feitos sobre a área, damos início aqui as etapas do desenvolvimento projetual, levando em consideração as premissas projetuais citadas anteriormente. Desde o princípio, o objeto busca ser um modelo capaz de reprodução, conforme a necessidade, e inserção em outras localidades, bairros, cidades, estados e pasíses. Desse modo, um critério gritante é que essa reprodução modular tenha a tarefa de atender ao programa e suas ações, com uma estrutura que crie identidade, seja sustentável, baixo impacto desde sua inserção, universal etc. Trabalhar com diferentes escalas de uso no programa, nos institui a pensar como distribuir esses espaços em meio a esse grande caminho aberto no meio de três generosas quadras, sem exprimir o programa em uma setorização tradicional e não interessante para a diversidade que o objeto, The Big CO, busca salientar. Estudos preliminares foram relevantes para uma implantação mais ideal possível, aproveitando as características físicas da área e todo comportamento atual de seu entorno. Agora com um pensamento mais interno e próximo à forma do objeto proposto, veremos a seguir o desenvolvimento da forma sólida de uma reflexão abstrada. Assim como a disposição da implantação se importa com vários critérios levantados, a disposição interna dos programas nas edificações também é relevante. Em uma escala já não tão urbana, adiante será demonstrado o funcionamento das edificações que abrigam o Coworking, Coliving, comércios relocados e novos, em meio aos caminhos de acesso, passeio e área verde. Como foi concluído a escolha dos materiais adotados no objeto e a forma como a comunidade, grupos e indivíduos desfrutam do espaço projetual e relacionam entre si.


A ilustração ao lado, representa uma distribuição breve do programa em relação a área projetual. Para que ocorra o grande “CO” em todo decorrer do passeio, a idéia de aproximar as edificações ao centro foram um dos critérios para dar início a proposta de inserção, criando uma grande linha de uso coletivo e aproveitamento solar. Dar espaço para áreas verdes é primordial não só por uma questão paisagística, mas como uso de paisagismo alimentar. Ou seja, faz parte do programa.

trabalhar, compartilhar, ter idéias, criar, desenvolver, conhecer, conectar, conversar, ouvir, aprender, estudar, crescer...

dormir, descansar, relaxar, comer, banhar, desaguar, sentar, deitar, estudar, criar, relacionar, compartilhar, conhecer, conviver, chegar, ficar, partir...

pr

é-

ex i

st ên te

comer, beber, comprar, precisar, conversar, conhecer, conviver, utilizar, interagir...

mo

du la çã o

pr

éex ist ên te

ca lç ad ão

50

modulação diferente da existênte modulação diferente da existênte

100

cultivar, relaxar, crescer, sentar, comer, sentir, observar, aprender, respeitar, participar, compartilhar, trabalhar...


Neste croqui podemos observar a intenção projetual de criar um caminho onde leva o indivíduo a desfrutar de todo o “CO” ao longo do passeio em meio as quadras, e aos redores, o paisagismo acontece, como margem às edificações e como proteção solar quando preciso. Neste plano de massa ainda não há uma definição específica sobre o porte da vegetação, mas será visto mais a frente.

área projetual

entorno imediato coworking - coletivo . semi-público coliving + alojamentos - coletivo . grupo . individual comércio relocado e novo - público sanitário - público acesso elevado acesso chão paisagismo alimentar 25

N 50

63

INSERÇÃO DO PROGRAMA Dormir, comer, pensar, produzir, criar, relaxar, relacionar e outras ações em meio a espaços coletivos, distribuem pela superfície o programa de trabalhar, habitar e lazer. Os ambientes apresentam uma qualidade e conforto ambiental adequada para a execução do programa, proporcionando um ambiente ideal para o “grande CO”. Em meio aos intervalos o programa propõe atividades dentro e fora de sua superfície, relacionando em níveis hierarquicos de uso (público, semi-público, semi-privado e privado). Fazer amigos e boas conexões. Atenta a implantação, a disposição do programa se forma a partir de uma malha não ortogonal contraditória a vizinhança existente, indicando a chegada do novo. Utilizar materiais na questão estrutural que concebem uma originalidade é essêncial para a repetição modular arquitetônica, que sejam flexíveis a novos espaços e de baixo impacto ambiental. Manobras a serem utilizadas nas transições entre usos, devem definir a qualidade nos espaços intermediários. A expressão formal busca acontecer como um “grande CO”. A somatória do trabalho (coworking), habitar (coliving), comércio e passeio, criam uma relação entre a cultura da comunidade existentênte com a temporária presente, definindo a forma como a edificação criará harmonia com esse uso coletivo.


Para uma compreensão melhor de como os planos serão sobrepostos sobre o terreno, o diagrama ao lado demonstra passo a passo como acontecem. Na primeira parte, em laranja está em destaque toda área projetual, inclusive as propostas de vias compartilhadas em meio uma quadra e outra. A partir da malha criada, os caminhos e implantações surgiram da seguinte forma:

área projetual

plano de acesso chão - extensão da calçada

plano de acesso elevado - leva às edificações

2

3

volumetria das edificações no térrreo e superior

volumetria do entorno

área verde permeável

1

N

acessos diretos ao projeto ( 1,2 e 3)


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23

A

Assim como foi feito a simulação de insolação da área projetual no capítulo anterior, agora com a volumetria implantada, repetimos a mesma para uma compreensão e análise de como o fenômeno natural poderá ocorrer durante o dia. O estudo é necessário para identificar possíveis aberturas no modelo das edificações de modo saudável ao uso.

C

B

SITUAÇÃO DO OBJETO Nos diagramas produzidos podemos ter uma convicção de como ocorre a implatação dos imóveis, caminhos e áreas verdes em relação a área projetual, a volumetria vizinha e ao entorno, tendo uma breve percepção da forma que ocorre o modelo “The Big CO.”. Este estudo volumétrico é importante para observar como o projeto se relaciona com seu vizinho, por exemplo como a insolação prejetará suas sombras, e como se distribui em relação a área geral disponível para a distribuição do programa proposto. Nas páginas seguintes teremos imagens que auxiliarão nessa percepção volumétrica, mais próximas à uma perspectiva humana.


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3

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2 1

As imgens produzidas em 3D seguem por um caminha no sentido do Sul ao Norte, partindo na ordem como indica a legenda do mapa e das fotos. Neste estudo buscamos compreender como seria o passeio na escala humana, em relação aos espaços mais abertos e fechados, e como o novo se apresenta perante aos edifícios vizinhos pré-existentes.

N

ESTUDO VOLUMÉTRICO . O OBJETO E O ENTORNO Como indicado no diagrama de layers nas páginas atrás, recordamos aqui, que o traçado em laranja ilustra o plano de acesso no chão, que se eleva em alguns momentos nos decks de acesso elevado, criando uma continuidade do decorrer das quadras. Ter como desenho um caminho que não segue reto, define um passeio mais calmo, fazendo com que o pedestre tenha um caminhar mais próximo com o que o programa oferece. Não só um espaço de coexistir, mas uma requalificação urbana na baixada central. Atentar-se como implantar as edificação nos vazios e então analisar como ocorreria a a relação do passeio na escala humana perante as alturas vizinhas e do projeto também são importantes para não propor nenhuma situação que não seja saudável ou segura.


no croqui ao lado, é demonstrado o questionamento de definir qualidades em espaços de transição de um uso ao outro. criar uma linguagem que explique no decorrer do uso, quando um espaço pode ser acessado e com qual frequência.

A idéia de estrutura independênte do fechamento, tráz continuidade ao pensamento moderno, quando o programa interno ocorre livremente conforme a necessidade que se apresenta e altera no decorrer dos dias, dependendo das mudanças que possam surgir. Esse método estutural tem harmonia clara com a sociedade contemporânea. As configurações e condições mudam em uma contante, e os espaços que ocupamos devem ser tão flexíveis e dinâmicos como essa sociedade se apresenta.

o croqui ao lado, define um plano de massa preliminar da disposição interna de um modelo de compartilhamento, podendo ser o cowrking e/ou coliving. dar preferência à uma circulação central, foi um dos critérios para o início do criar. serviços e equipamentos se afastam para as laterais, e o uso e circulação ocorre livremente ao centro. desprendendo de qualquer repartição, mobiliário ou uso tradicional.

modulação dos plainéis de container 2,40 x 2,75 m

MATERIAIS E REVESTIMENTOS Na parte de criação projetual intermediária, a proposta de modulação desde a malha contrária da atual, foi concluído dar continuidade à esse método. Dessa forma e com a relevância de utilizar um material de baixo impacto, foi adotado a estrutura metálica de aço. Para os fechamentos independentes, em meio a pesquisas, foi determinado a reciclagem de containers (tratados para o conforto interno), ou seja, a re-utilização de painés por exemplo (será detalhado a seguir). Vidro, será utilizado também como uma das manobras de transição, e revestimento de madeira sintética para os acessos elevados, criando a idéia referente aos descks e terraços. O piso que reveste o calçadão pré-existênte, dará continuidade à composição dos acessos diretos ao chão, como extensão das calçadas e criando uma relação direta com a funcionalidade pré-existênte.


9

4

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0 unidade . container

3

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5 8

1

CONTAINER O container é bastante utilizado nas obras hoje em dia, não mais apenas para o abrigo de materiais no canteiro de obras, mas até mesmo como o “galã” principal do projeto. Residências, escolas, institutos de pesquisas, empresas e escritórios, para todos os gostos, o container tem sido presente na construção contemporânea. Na maioria das vezes, são reutilizados como unidade, em alguns momentos sozinhos e outros com uma ampliação que se agrega composto por outros materiais, como alvenaria, concreto, madeira ou outros materiais metálicos.

1 1 plano metálico para fechamento do teto - 2,40 x 12,00 m 2 4 vigas metálicas de travamento - 2,40 x 0,16 m 3 4 vigas metálicas de travamento - 12,00 x 0,16 m 4 2 painéis metálicos laterais - 12,00 x 2,75 m 5 2 portas metálicas com travas 6 1 painél metálico de fundo - 2,40 x 2,75 m 7 plano de madeira como vedção do chão 8 plano estrutural metálico - 2,40 x 12,00 m 9 8 cubos de travamento das vértices metálico - 0,16 x 0,16 m

Empresas especializadas em elementos de container, vendem seu produto pronto para uso. Refirindo-se ao tratamento adequado dos painéis para um conforto térmico. Principalemente no brasil, placas metálicas merecem um revestimento adequado para não tornarem verdadeiras fornalhas. Um exemplo pesquisado, é a empresa Locamex situada em São Paulo capital. Ao visitar o site, encontramos que seus painéis de container variam em modulações múltiplas de 2,40 x 2,75m, pintura externa na cor branca, revestimento interno nas paredes de MDF na cor branca, revestimento do forro com réguas de MDP na cor branca também, piso vinílico (fácil manutenção), isolamento térmico e acústico em isopor de 30 a 50 mm, iluminação embutida no forro e elétrica pronta para o uso. Utilizar apenas alguns dos elementos disponíveis no container para revestimento e fechamento das edificações, tornam as buscas por esse material em específico como reciclagem. Não haveria a compra de modelos prontos, e sim restos reaproveitados no objeto projetual. Trabalhar com painéis prontos e de um material que não causa tanto impactos a partir de sua fabricação, como o aço (sua variedade de reciclagem posterior é infinita), torna uma obra limpa, sem muita produção de entulho e lixo no canteiro, e rápida montagem, relevante para não causar alvoroço na área e em seu entorno, causando desordem e conflito.

69


7.20

7.20

7.20

7.20

MODELO7.20. COWORKING

7.20 7.20

7.20

+3,40 +0,16

escada de acesso sobe

A +3,40

4.80

A

2.40 2.40

rampa de acesso sobe

4.80

ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA . ESC 1:200 ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA . ESC 1:200

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA . ESC 1:200 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA . ESC 1:200

B

+3,40

12.00

+0,16

B

4.80 4.72

B

2.40

B

IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200

4.80

As representações a seguir, serão demonstradas sem vínculo direto com a implantação pelo fato de repetirem ao longo da área e por buscarem o caráter modular de repetição, alteração conforme a necessidade ou novos lugares à serem implantados. Após a apresentação de cada modelo, será demonstrado o modo como seA repetem no geral da implantação deste projeto.

B

B

PLANTA PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

4.80

+0,16

IMPLANTAÇÃO . ES

IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200

B

PLANTA PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

+0,16

4.80 4.72

+3,40

12.00

4.80

4.76

7.20

7.20

2.40

+3,40

12.00

A

A

Nesta e nas seguintes A páginas, será apresentado os A desenhos técnicos das edificações. Dando início com o modelo de Coworking, compreen2.40espaço e deremos os critérios definidores do forma, dimensionamentos e estruturas, montagem e uso. Como citado nos objetivos, propor um modelo que seja adaptado em outros lugares, a estrutura e montagem busca simplificar a montagem para causar o mínimo de impactos possíveis. 4.76 Os desenhos apresentados retraram4.80 a identidade adquirida para os modelos. Observe a seguir:

4.80

4.80

12.00

rampa de acesso sobe

A

4.80

2.40 2.40

2.40 +0,16

+0,16

escada de acesso sobe

rampa de acesso sobe

+0,16

A A

7.20

7.20

A

PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

B

12.00

A

B

7.20

A

4.80

A

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

4.80

+0,16

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B

+3,40

ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200

ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200


6.65

2.75

B

.72

3.10

1.20

7.20

3.10

+3,40

A IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200

6.65

12.00

3.25

3.25

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7.20

2.75

3.10

+3,40

12.00

1.20 7.20

.72

2.40

rampa de acesso sobe

3.25 2.40

4.80

4.80

CORTE AA . ESC 1:100

B

4.80

A

CORTE AA . ESC 1:100

A

B

0

3.25

3.10

1.10

.50 1.10

2.75

7.20

71

B

3.25 3.25

3.25

3.10

3.10

3.10

.50 1.10

1.10

.72

2.75

2.75

.16 .16

3.40

A

2.75

pavimento superior Coworking

.72

.16 .16

B

3.40

CORTE BB . ESC 1:100

letreiro logo The Big CO.

VISTAS: CORTE BB . ESC 1:100

escada metálica de acesso unidade do banheiro público


Para a montagem estrutural, foi utilizado materiais complementares aos do container. O modelo que abriga o programa de Coworking, é definido pela cor vermelha, remetendo a idéia de utilização para trabalhos em grupos. A unidade de sanitário é levada para um anexo de acesso externo, definido pela cor laranja escuro. Assim, cria-se a possibilidade de uso público e sem interfirir em uma setorização interna da edificação de trabalho compartilhado, sem perder o desejo de criar uma circulação livre interna, ausente de repartições.

Os planos de vidro definem uma das transições utilizadas como manobra de diferenciação dos espaços e usos. Coworking apresenta um programa semi-público, ou seja, o vidro não veda diretamente o externo com interno. Apenas o plano central corre criando passagem para o externo. Aqueles que utilizarão do espaço, em determinados momentos e necessidades, podem fechar ou abrir o plano, permitindo acesso ou não, mas a visibilidade é dada infinita. As laterais fechadas por painéis metálico do container, protegem as bancadas flexívei e banquetas (serão demonstradas a frente), ou seja, os painéis metálicos protegem o uso interno de equipamentos e serviços, e o centro é livre para a circulação, produção etc.

Uma escada metálica ascende o indivíduo ao pavimento superior, dando acesso a outra área similar ao térreo para produção compartilhada. Um terraço aberto cria conexão direta do edifício com o externo, protegida por um guarda-corpo de cabo de aço apenas por segurança. Sem vedações para o paisagismo, vista externa, e vice-e-versa. Estar sempre próximo ao uso público e das áreas verdes, complementam a satisfação de fazer parte de uma comunidade e estar presente em um local que apresenta contraste de certa forma com a cidade.


Em ordem da montagem (de baixo para cima), definimos a quatidade e quais elementos foram utilizados para a montagem do modelo de Coworking. Containers dispõem de tamanhos definidos como 20’ e 40’. Neste modelo proposto, teremos elementos reciclados de ambos, conforme a disposição do espaço. Materiais complementares como vidro, concreto e estrutura metálica, se somam à formar o modelo proposto. Observe a lista abaixo:

A

B

C

G

Os planos de vidro definem uma das transições utilizadas como manobra de diferenciação dos espaços e usos. Coworking apresenta um programa semi-público, ou seja, o vidro não veda diretamente o externo com interno. Apenas o plano central corre criando passagem para o externo. Aqueles que utilizarão do espaço, em determinados momentos e necessidades, podem fechar ou abrir o plano, permitindo acesso ou não, mas a visibilidade é dada infinita.

E

D

F I

H

MODELO . COWORKING A 3 coberturas metálicas de aço . container 20ʼ B

1 laje de concreto . 7,20 x 7,20 x 0,10 m

73

J K L

O

C 3 estruturas metálicas de aço . container 20ʼ D guarda-corpo com 1,10 m de altura E

1 escada metálica . 1,20 x 4,80 m

F

6 planos de vidro com montante metálico . 2,40 x 2,75 m

P

N

M

G 6 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m H 4 pilares metálicos em formato “H” . 0,16 x 0,16 x 2,75 m I

1 laje de concreto com revestimento de piso vinílico . 12 x 7,20 m

J

1 viga metálica em formato “H” . 0,16 x 7,20 x 0,16 m

K

2 vigas metálicas em formato “H” . 0,16 x 7,20 x 0,50 m

L

2 vigas metálicas em formato “H” . 12 x 0,16 x 0,50 m

M 10 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m N 6 pilares metálicos em formato “H” . 0,16 x 0,16 x 2,75 m O 3 forrações de madeira . container 40ʼ P

3 estruturas metálicas de aço . container 40´

Q

radier de concreto estrutural

Q


C Os sanitários estão disponíveis para um uso público por estarem em uma unidade a parte da edificação do Cowroking. Porém, sua proposta é apenas de apoio. Banheiros privados para a complementação das necessidades vindas do programa de habitar temporário serão demonstrados a seguir no detalhamento das edificações de Coliving e alojamentos. Neste caso que observaremos abaixo, o sanitário de apoio ao Coworking, será disposto por pias independêntes dos dois boxes presentes, como podemos identificar na planta técnica demonstrada anteriormente. Seguindo a modulação proposta de 2,40 x 2,40 m, o sanitário (4,80 x 4,80 m) apresenta um dimensionamento apropriado ao uso para todas as pessoas, inclusive portadoras de necessidades especiais.

D A B

E H F

MODELO . SANITÁRIO PÚBLICO

G

N L M

K

J

A guarda-corpo de fio de aço com 1,10m de altura B

I

1 plano que complementa terraço do coworking . 2,4 x 4,80 m

C 1 laje de concreto permeável D 1 caixa dʼágua E

8 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 1,20

F

1 laje de concreto . 4,80 x 4,80 x 0,10 m

G 4 vigas metálicas formato “H” . 4,80 x 4,80 x 0,50 m H 2 estruturas metálicas de aço . container 20ʼ I

1 guarda-corpo de vidro, fixado abaixo na janela . 1,20 x 1,10 m

J

1 janela basculante de vidro com montante metálico . 1,20 x 1,65 m

K

1 porta metálica de aço . 1,20 x 2,75 m

L

6 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m

M 4 pilares metálicos em formato “H” . 0,16 x 0,16 x 2,75 m N 2 forrações de madeira . container 20ʼ O 2 estruturas metálicas de aço . container 20´ P

radier de concreto estrutural

O P


25


7.20 7.20

2.40 2.40

2.40

7.20 2.40

3,40

2.40

4.80

escada de acesso sobe

+0,16

+0,16 +0,16

7.20

7.20

4.80

7.20 escada de acesso sobe

7.20 12.00

A

3,40

3,40

3,40

7.20 7.20

7.20

7.20

7.20

7.20

+0,16

escada de acesso sobe

7.20

12.00

+0,16

3,40

12.00

A

3,40

4.80

+0,16

12.00

A

12.00

A

2.40

+0,16

7.20

+0,16

12.00

rampa de acesso sobe

IMPLANT PLANTA TÉRREO . ESC 1:200 A edificação defina Coliving, IMPLANTAÇÃO . ESC 1:2 apresenta um espaço que complementa os programas de habitação temporária. Seu térreo apresenta uma configuração muito próxima do edifício de Coworking, porém, com presença de equipamentos para cozinha. Flexível ao centro da mesma forma que o espaço de produção, o Coliving atende as A relaxar, conversar, comer, assistir, conhecer necessidades de etc, de forma A descontraída porém agora mais reservada. A Coliving precisa ser reservado para ter acesso, oferecen- A CORTE do um uso semi-privado, onde A o público é um grupo de pessoas que optam por se hospedarem A ali por um + determinado período. Definido por um tom de laranja queimado.

B

rampa de acesso sobe

IMPL

B

PAV. SUPERIOR . ESC 1:200 +0,16

B

PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

MODELO . COLIVING

B

rampa de acesso sobe

B

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

B

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

B

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

7.20

12.00

escada de acesso sobe

12.00

B

B

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA . ESC 1:200 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA . ESC 1:200 ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERDA . ESC 1:200

+0,16

7

12.00

B

ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA . ESC 1:200

B

B ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA . ESC 1:200 ELEVAÇÃO LATERAL DIREITA . ESC 1:200

B

B

12.00

Com uma possibilidade de alojamento no pavimento superior, podemos ver que a uníca divisão é composta pelos boxes do banheiro. Em layout, bicamas foram pensadas para comporem o espaço por economizarem espaço quando não estão sendo utilizadas, e o centro se torna livre para o uso que for necessário, de produzir só ou descansar.

ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200

ELEVAÇÃO LATERAL DIREI

ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200 ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200

ELEVAÇÃO LATERAL ESQUERD


1. .40 2.85

1.20

7.70

.40

3.25

2.85 7.70

2.75

7.20

7.20

A

1.20

3,40

7.20

7.20

B

2.75

CORTE AA . ESC 1:100

.50 1.10

B

6.50

B

77

2.75

CORTE BB . ESC 1:100

ELEVAÇÃO FRENTE . ESC 1:200

.72

.16 .16

ELEVAÇÃO FUNDO . ESC 1:200 escada metálica de acesso

pavimento superior Coliving 1.20

letreiro logo The Big CO.

2.75

reservatório para caixa dʼágua

3.25

6.50

.50 1.10 2.75

4.35

.16 .16

.72

1.20

3.25

2.75

2.75

4.35

7.20

CORTE BB . ESC 1:100

VISTAS:

A

A

.72

12.00 4.80

.16 .16

7.20

3.25

2.40

A

3,40

A

A

12.00

2.10

.72

2.40

3.25 2.75 7.20

7.206.66

2.40

3.25

7.20

7.20

B

C 1:200

1.20

IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200

B

20

C 1:200

B

7.20 7.20

C 1:100

2.10

2.40 B

PAV. SUPERIOR . ESC 1:200

rampa de acesso sobe

6

2.40

B

ÃO . ESC 1:200

ESC 1:200

7.20

alojamento no pavimento superior


O modelo definido como Coliving, apresenta diferentes modos de trasição definindo o acesso e relação interna x externa. Da forma que o programa aqui já não é semi-público, seu uso define-se por semi-privado, ou seja, de algum modo, com os planos que correm para a abertura de acesso ao Coliving revstidos de aço, inibem o acesso livre, como as aberturas do Coworking de vidro. As aberturas para aproveitamento de vento e iluminação natural, são planos de vidro com um guarda-corpo fixo, e o plano móvel, basculante, possibilita abertura mas de modo reservado.

IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200

B

:200

B 2.40

+0,16

2.40

2.40

A

A

A 4.80

7.20

7.20

A escadaria metálica, apresenta um desenho diferente da proposta do Coworking. Um caminho ou passagem com presença de curvas propositalmente, servem para um passeio ou acesso não tão direto. Essa escada com curva, eleva o indivíduo para uma opção de alojamento no pavimento superior ao Coliving. O guarda-corpo apresenta a mesma proteção de cabos de aço. Ainda que crie contato direto com o externo, o caminho do externo para essa edificação não é livre ou direta. Apenas para grupos que buscaram o programa para hospedagem habitacional.


A B Assim como o Cowrking, o modelo Coliving, remolda sua materialidade para abrigar suas necessidades próximas do habitar, porém coletivo, desprendendo-se da repatição e mobiliário tradicional. O layout do térreo, Coliving, utiliza Codescks como no Coworking, mesas que são guardadas nas laterais com suas banquetas, podem serbalcões refrigerados, pias ou com bocais para fogão. Codesck é uma invenção adaptada ao uso flexível e dinâmico do programa, e está presente em todas as edificações. São módulos adaptáveis aos programas conforme necessário.

D

F C G

I

MODELO . COLIVING A

1 laje de concreto permeável . 7,20 x 2,40 m

B

1 caixa dʼágua

C

8 painéis metálicos de aço . container . 2,40 x 1,20 m

D

2 coberturas metálicas de aço . container 20ʼ

E

1 escadaria metálica com curva . 1,20 x 4,80 m

F

1 laje de concreto . 7,20 x 7,20 x 0,10 m

G

3 estruturas metálicas de aço . container 20ʼ

H

guarda-corpo com 1,10 m de altura

I

1 planos de vidro com montante metálico . 2,40 x 2,75 m

J

6 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m

K

4 pilares metálicos em formato “H” . 0,16 x 0,16 x 2,75 m

I

1 laje de concreto com revestimento de piso vinílico . 12 x 7,20 m

J

1 viga metálica em formato “H” . 0,16 x 7,20 x 0,16 m

L

2 vigas metálicas em formato “H” . 0,16 x 7,20 x 0,50 m

M 2 vigas metálicas em formato “H” . 12 x 0,16 x 0,50 m N

2 planos metálicos . 2,40 x 2,75 m

O

4 planos de vidro com montante metálico . 2,40 x 2,75 m

P

4 guardas-corpo de vidro, fixado abaixo na janela . 2,40 x 1,10 m

Q

4 janelas basculantes de vidro com montante metálico . 2,40 x 1,65 m

R

8 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m

SN 6 pilares metálicos em formato “H” . 0,16 x 0,16 x 2,75 m T

3 forrações de madeira . container 40ʼ

U

3 estruturas metálicas de aço . container 40´

V

radier de concreto estrutural

J

I

K

E J L

79 M Q T

H

N

P

SN R

U V

O O programa oferece modelos de alojamentos com acesso ao térreo, para que possa alojar pessoas portadoras de necessidades especiais caso preciso. A disposição do seu espaço ocorre da mesma forma que o quarto situado no pavimento superior ao Coliving. O alojamento em si, independente de onde esteja locado, no térreo ou no pavimento superior, tem como única repartição os boxes higiênicos, Codescks adaptáveis para pia e escrivaninha com banquetas guardadas. Os alojamentos tem capacidade de acolher até 4 indivíduos com metragem de 7,20 x 7,20 m. (14,40 m²). Os quartos atentam-se ao uso de dormir, descansar, estudar, produzir, conversar, recolher-se, banhar, desaguar etc. O uso é o mais próximo do privado no The Big CO., mais ainda assim em convívio com um grupo, seja de colegas novos ou conhecidos.


edificação modelo . coliving + alojamento no pavimento superior acesso público no nivel do chão

alojamento modelo no térreo

inserção de touceiras

deck de acesso elevado ( + ,16 m)

rampa de acesso


vista coliving

acesso público no nivel do chão

passeio de indivíduos

27

vista coliving + alojamentos aberturas basculantes

arbustos frutíferos em composição com touceiras

acesso público no nivel do chão


B

B

IMPLANTA

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

B

1.20

7.20 +0,16

7.20 2.40

.16 .16

A

2.40

A

2.40

4.80

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

ELEVAÇÃO FRONTAL . ESC 1:200 (frontal e fundo)

+0,16

B

ELEVAÇÃO LATERAL . ESC 1:200 (esquerda e direita)

+0,16

4.61

3.41

3.25 2.75

.50

A

rampa de acesso sobe

ORTE AA . ESC 1:100

+0,16

.50

2.40

4.80

1.20

.72

2.40

4.80

2.40

1.20

7.20

A

ELEVAÇÃO LATERAL . ESC 1:200 (esquerda e direita)

1.20

2.44

2.90 4.10

.50 2.40

rampa de acesso sobe

A 4.80

2.40

1.20

.72

1.20

+0,16

B

B CORTE BB . ESC 1:100

A

A

2.90 4.10

4.80

1.20

+0,16

4.80

1.20

+0,16

B

.50

2.44

rampa de acesso sobe

2.40

4.61

3.41

2.40

4.80

2.40 rampa de acesso sobe

2.40

3.41

1.20 2.90 4.10

.72 .16 .16

2.40

.50 3.25 2.75

7.20

+0,16

A

+0,16 7.20

B

+0,16

CORTE AA . ESC 1:100 A

CORTE BB . ESC 1:100

IMPLANTAÇÃO . ESC A 1:200

B

1.20

+0,16

B

1.20

.50

2.44

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200

CORTE AA . ESC 1:100

+0,16

4.61

3.25 2.75 .16 .16

4.80

B

7.20

2.40

B

A

7.20

PLANTA TÉRREO . ESC 1:200 2.40

1.20

7.20

ELEVAÇÃO LATERAL . E (esquerda e direita)


ESC 1:200

B 4.80

A

LANTAÇÃO . ESC7.201:200

B IMPLANTAÇÃO . ESC 1:200 4.80

B

B

83

7.20

A 4.80

A

7.20

B VISTAS:

planos de vidro como abertura e vedação

B

ÇÃO FRONTAL . ESC 1:200 l e fundo)

00

A

ELEVAÇÃO FRONTAL . ESC 1:200 (frontal e fundo)

caixa dʼágua

fechamento com painéis metálicos container


Assim como todas as edificações dete modelo reproduzível, o come´rcio também é flexível o suficiente para sofre alterações conforme sua demanda. Um modelo básico e portátil, com capacidade de 34,5 m². Podem ser acoplados um em cima do outro, transferindo a caixa d’água para um pavimento superior, e adicionar uma escadaria metálica reta, como a do edifício modelo Cowrorking. O comércio está sendo representado pela cor laranja.


O programa oferece modelos de alojamentos com acesso ao térreo, para que possa alojar pessoas portadoras de necessidades especiais caso preciso. A disposição do seu espaço ocorre da mesma forma que o quarto situado no pavimento superior ao Coliving. O alojamento em si, independente de onde esteja locado, no térreo ou no pavimento superior, tem como única repartição os boxes higiênicos, Codescks adaptáveis para pia e escrivaninha com banquetas guardadas. Os alojamentos tem capacidade de acolher até 4 indivíduos com metragem de 7,20 x 7,20 m. (14,40 m²). Os quartos atentam-se ao uso de dormir, descansar, estudar, produzir, conversar, recolher-se, banhar, desaguar etc. O uso é o mais próximo do privado no The Big CO., mais ainda assim em convívio com um grupo, seja de colegas novos ou conhecidos.

85

MODELO . COMÉRCIO A guarda-corpo de fio de aço com 1,10m de altura B

1 plano que complementa terraço do coworking . 2,4 x 4,80 m

C 1 laje de concreto permeável D 1 caixa dʼágua E

8 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 1,20

F

1 laje de concreto . 4,80 x 4,80 x 0,10 m

G 2 vigas metálicas formato “H” . 4,80 x 0,16 x 0,50 m H 2 vigas metálicas formato “H” . 7,20 x 0,16 x 0,50 m I

2 estruturas metálicas de aço . container 20ʼ

J

6 planos de vidro com montante metálico . 2,40 x 2,75 m

K

4 painéis de revestimento metálico de aço . container . 2,40 x 2,75 m

L

2 forrações de madeira . container 20ʼ

M 2 estruturas metálicas de aço . container 20´ N radier de concreto estrutural


(esquerda e d

ELEVAÇÃO FRONTAL . ESC 1:200 (frontal e fundo)

av. je

rôn

imo

go

nça

lve s

curso d’água

ELEVAÇÃO LATERAL . ESC 1:200 (esquerda e direita)

ru a

du q

ue

de ca x

ru aj

os é

bo

nif ác io

ias

ge ne

rin

re ch

ma

.t

o

ca lç ad ão

da nh a

rio

ho

os ó

sa l

ra l

ru a

ru a


(frontal e fundo)

A

B

C

Nessas três representaçõs gráficas acima, podemos compreender a proporção hierarquica das espécies escolhidas para comporem o paisagismo alimentar. Em uma proximidade maior com a configuração de pomar, foi proposto espécies que não necessitam de tanta delicadeza e manuntenção diária como hortas. Árvores frutíferas como mangueira, goiabeira, pé-de-laranja, limão, jaboticabeira etc, são ideias de compor o nível mias farto de arborização. Arbustos se classificam no porte médio da proposta. Pé de acerola, pimenta, pitanga etc. Touceiras poderiam ser compostas por ervas como cidreira, camomila, boldo etc, podendo ser utilizadas para chás por exemplo. Se ocorrer forrageiras no canteiro das touceiras, tomate cereja seria uma boa opção para o consumo também.

87

PAISAGISMO ALIMENTAR área projetual entorno imediato edificação térreo edificação pavimento superior árvores de médio porte - até 12m de altura arbustos - até aproximadamente 6m (dependendo a espécie) touceiras e forrageiras acesso elevado acesso chão 25

N 50

Como uma das características adotadas para compor o programa do projeto The Big CO., o paisagismo alimentar é o que define os espaços de áres verdes. Levando em consideração a análise feita de insolação, as árvores frutíferas de médio porte, foram situadas em lugares estratégicos para protegerem o uso do pôr-do-sol. Os arbustos frutíferos, dependendo de sua espécie, podem atigir a uma altura de até 6m na ausência de poda, foram implantados em alguns pontos planejados podendo servir como manobra para a diferenciação de uso, por exemplo, em um caminho público muito próximo de alojamentos, arbustos podem servir como uma barreira . Touceiras poderão ser compostas por ervas ou forrageiras frutíferas, quando necessário por diferentes espécies, estarão presentes em canteiros com um dimensionamento mais restrito em meio a caminhos ou como borda. A forragem do solo será grama para árvores e arbustos, e pedregulho para touceiras ou forrageiras, atendendo as necessidades de todas as espécies. A manutenção poderá ser dada por pessoas que compõem a sociedade local, e será livre para o consumo coletivo. Escolas podem desenvolver atividades nas hortas para um aprendizado prático de como cuidar de plantas como as que estão sendo propostas, entre outras. Um paisagismo alimentar complementa o modo de trabalhar e habitar, mesmo que temporariamente, no sentido de comunidade e compartilhamento. O trabalho em grupo sempre desenvolve novas oportunidades desde social até profissional.


A3

V3

A implantação humanizada da situação projetual abaixo, localiza os usos, acessos e composições verdes definidas por fim. Algumas imagens ilustrarâo um pouco mais para a compreensão da relação criada entre as edificações e suas hierarquias de uso, dos caminhos, vegetação e volumetria do entorno presente. A ideia de continuidade está presente no modo que o programa The Big CO. acontece no decorrer e ao longo de toda extensão da superfície escolhida, fazendo com que os indivíduos flutuem ao longo de todo objeto projeto.

CM3 V2

curso d’água V1

CL3

C3 CM3

CW3 C2

A2

lve s

C1

nça

CM2

av. je

rôn

imo

go

CL2

ru a

CW2

du q

ue

de ca x

ru aj

os é

bo nif ác io

ias

ge ne

A1

rin

rio

ho

os ó

.t

re ch

ma

CM1

o

ca lç ad ão

da nh a

ra l

sa l

ru a

CW1

ru a

CL1


A1

A2

As ilustrações ao lado e acima, representam acessos das vias para dentro do The Big CO. Observe que um modo de definir o contraste do novo com o pré-existente, é a amplitude da área, a presença diversificada de vegetação, e edificações que apresentam esteticamente uma modificação do entorno e do posicionamento. Trechos do percurso onde se tornam mais estreitos são raros, e ainda assim, a continuidade dá procedimento ao caminho.

A3


CW1

CM1


CL3

AL3


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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