Ferramentas Digitais

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Ferramentas Digitais: Novas Dinâmicas de Comunicação


Paulo A C Costa navax0@gmail.com Twitter: Facebook: Flickr: Delicious: LinkedIn:

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- Pioneiros, Idéias e Inovações – a era pré Web - Web 1.0 - Web 2.0 - A morte da Web - Ferramentas 2.0


Big Bang: a primeira conexão da ARPANET foi estabelecida entre a Universidade da Califórnia e o Instituto de Pesquisas de Stanford às 22h30 do dia 23 de outubro de 1969. O mapa mostra adesão de novos pontos de conexão na costa leste dos EUA, em 1971.


J.C.R. Licklider (1915-1990) Em 1963, Lick difundiu o conceito de “time-sharing”(formação de uma rede de compartilhamento de computadores). Suas idéias levaram ao estabelecimento da ARPANET (futura internet) Nos artigos “Man Computer Symbiosis” e “The Computer as Communication Device”, promoveu o uso da computação no auxílio de tarefas colaborativas. Licklider e estudantes do MIT

Computadores utilizados na era da Arpanet – o input de dados era realizado por teletipos ou cartões


Douglas Engelbart (1925) Influenciado pelo artigo “As we may think” (Vannevar Bush), Engelbart desenvolveu interfaces que facilitavam a interação entre humanos e computadores. Financiado pela ARPA, criou o “Augmentation Research Center” e em 1968 apresentou o “On-Line System” (NLS), um sistema inovador que demonstrou a integração entre mouse, teclado e monitor – além de teleconferência em telas integradas, hiperlinks e manipulação direta de textos e diagramas. Sua equipe acabou integrando o “Palo Alto Research System” (XEROX) – posteriormente responsável pelo desenvolvimento de computadores pessoais e interfaces gráficas. Montagem – registro da apresentação do NLS (1968) – utilização de mouse E manipulação de textos.


Ted Nelson (1937) Filósofo e antropólogo, criou os termos hipertexto e hipermídia em 1963. Durante 20 anos de sua carreira, Nelson dedicou-se ao XANADU, projeto que buscava uma estrutura informacional pela qual documentos de hipertextos pudessem ser conectados de forma bidirecional.

Modelo de hipertexto - Ted Nelson

Interface da última versão (Windows) do Software Xanadu – links entre documentos podem ser visualizados numa estrutura espacial


Transliteratura

Diagrama -transclusão. Fonte: Wikipedia

Um dos conceitos fundamentais difundidos por Nelson é o da transclusão. Por este processo, partes de um documento podem ser inseridas por referência em outros documentos. Desta forma, as partes apropriadas são armazenadas apenas uma vez, permitindo a formação de documentos híbridos e a localização e autoria de suas partes constituintes. A Transliteratura seria uma crítica aos atuais formatos de escrita eletrônica (editores de texto, html), pois propõe um formato que vai além da simulação do papel. Para Nelson, os hipertextos devem ser distribuídos espacialmente, contemplando a visibilidade das conexões e o paralelismo entre conteúdos.

Documentos livremente conectados – esboços (Ted Nelson)


Forty years from now (if the human species survives), there will be hundreds of thousands of files servers, and there will be hundreds of millions of simultaneous users... All this is manifest destiny. There is no point in arguing it, either you see it or you dont. Ted Nelson, 1981

Literary Machines Livro publicado inicialmente por Ted Nelson em 1980, apresentava um conteúdo não linear – sobre hipertexto, transclusão e projeto Xanadu.


Internet A rede ARPANET (1968) estabeleceu o início da formação de outras redes de conexão pelo continente europeu e Ásia. A partir de 1973, um sistema de protocolos (TCP/IP) foi descrito por Vinton Cerf e Robert Kahn no intuito de normalizar a distribuição de pacotes informacionais entre as redes. Atualmente, a Internet define uma estrutura global de comunicação de dados , constituída de redes ou infraestruturas baseadas no protocolo TCP/IP.

Opte Project – mapeamento das rotas dos pacotes de informação (2005)


World Wide Web Localizado em Geneva, o CERN (Organização Européia para a Pesquisa Nuclear) foi uma das primeiras instituições européias a adotar o TCP/IP. Foi neste ambiente, em dezembro de 1990, que o pesquisador Tim Berners-Lee implementou os softwares que deram origem a rede WWW.

Tim Berners-Lee e o browser WWW

Computador Next – primeiro web server

Com a revolução dos computadores pessoais, os sistemas de hipertextos já eram conhecidos pelos usuários do aplicativo Hypercard(Apple-1987) ou do protocolo Gopher (rede Usenet).Porém, Berners-Lee aproveitou a difusão do protocolo IP para elaborar um sistema de transferência de hipertextos (HTTP) Aqueles documentos poderiam ser transferidos de um servidor, a partir de um endereço definido (URL) e lidos por um software cliente (browser) conectado na Internet.. O primeiro “website” foi publicado pelo CERN em 1991, e posteriormente o sistema foi liberado para uso gratuito aos usuários da Internet. Posteriormente, a adoção dos serviços web foi difundido principalmente pela publicação do Mosaic, primeiro browser a utilizar gráficos (1993) e que prenunciou a fundação da Netscape.


Interfaces do sistema criado por Tim Berners-Lee – o browser WWW que tambÊm integrava um editor de documentos hipertextuais.


Banners e botĂľes - grĂĄficos e logos da web em sua fase inicial


Web 1.0 ? A primeira fase da web foi caracterizada pela predominância de conteúdo estático e de links unidirecionais entre os websites. O domínio da linguagem HTML possibilitou aos usuários a criação de páginas pessoais (homepages) que se proliferaram por serviços de hospedagem gratuitos. As principais tecnologias empregadas neste contexto foram: - conexões discadas (baixa transferência de dados) - HTML (extensões proprietárias) - javascript - Perl, PHP - gifs (animações de baixa resolução) - Macromedia Flash - Shockwave - VRML - chat O conceito inicial da Web foi a aproximação de usuários espalhados globalmente pelo simples compartilhamento de documentos e conteúdos multimídia baseados num sistema de hiperlinks. Porém , esta primeira fase também foi dominada pela especulação de investidores interessados em empresas (ponto coms), direcionadas exclusivamente pela expansão do comércio online (1995-2000).


Mapa Web 2.0 - logos das principais aplicações surgidas na próxima fase da web


Web 2.0 ? A segunda fase da web marca a adequação tecnológica e social das empresas que sobreviveram ao declínio do modelo comercial especulativo. Já amadurecidas, as tecnologias existentes desde o início são reutilizadas para a elaboração colaborativa de conteúdos dinâmicos e serviços que favorecem o processo de interação e participação dos usuários. Em 2004, o termo “Web 2.0” foi difundido por uma conferência realizada entre Tim OReilly e MediaLive. Nesta ocasião, algumas características da nova web foram apontadas pelo debate: Dois Cliques Sites pessoais Publicação Diretórios

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Google AdSense Blogs Participação Tagging (“folksonomy”)



A principal característica desta fase é a valorização da produção e organização dos conteúdos gerados pela própria comunidade de usuários. Os meios para a produção deste conteúdo são viabilizados por aplicações online que faciltam a edição, difusão, classificação e armazenamento. Na combinação destas funções, a web tornou-se uma plataforma de serviços. Estes são os termos mais comuns utilizados para a definição destas tecnologias: - Blog, podcast ( plataformas de publicação) - Web feed ( RSS syndication – difusão de conteúdo) - Folksonomy (forma de classificação, uso de tags) - Wiki (plataforma para a produção colaborativa) - Software social (participação, comunicação) - API ( interface para acesso as aplicações) - Mashup (combinação de conteúdos e funcionalidades) - RIA (Rich Applications - Adobe Flash / Flex) - Ajax (Javascript e XML – programação de sites dinâmicos) - JQuery (biblioteca opensource de javascript ) - Browse Plugins (integração com mídias sociais)




A morte da Web ? Segundo um artigo recente, publicado por Chris Anderson e Michael Wolff (Wired) , a fase adulta da web apresenta um declínio na oferta de possiblidades comerciais.O amadurecimento implica na adoção permanente de tecnologias e consequente dominação e controle pela formação de monopólios Para Anderson, o Facebook isola os jardins da web num “universo paralelo” habitado por 500 milhões de usuários e desenvolvedores acorrentados ao império de Mark Zuckerberg. O Google trouxe a promessa de uma plataforma aberta, mas ironicamente domina esta “abertura” pelo controle do tráfego e anúncios. O mercado publicitário volta a atuar no modelo da mídia televisiva, retomado por Steve Jobs: total controle sobre a produção, venda e distribuição de conteúdos.



O decréscimo no tráfego de documentos HTML deve-se ao aumento de plataformas semi abertas, que utilizam a Internet para o transporte de dados mas que não necessitam do browser como display. Outro fator: a mudança de hábitos dos usuários, ligados aos dispositivos móveis como o IPhone. A adoção desses dispositivos revela a busca por qualidade nos serviços online, atualização constante de conteúdos e por aplicativos funcionalmente confiáveis. Alguns exemplos de tecnologias que não utilizam o protocolo HTTP (web): E-mail (comunicação) Peer-to-peer (compartilhamento arquivos) Skype (comunicação) ITunes (venda conteúdos áudio, vídeo, apps) VoiceIP (comunicação) Xbox, Playstation (jogos online) NetFlix (streaming vídeo) Máquina-Máquina (comunicação entre Apps e APIs)


Blog WordPress (produção) http://pt-br.wordpress.com/ Blogger (produção) http://www.blogger.com/home?pli=1 Tumblr (publicação e compartilhamento) http://www.tumblr.com Technorati (busca na blogosfera) http://technorati.com/ BlogLines (leitor de feeds) http://www.bloglines.com/ Google Reader (leitor de feeds) http://www.google.com.br/reader/


Podcast Podomatic (produção e publicação) http://www.podomatic.com/ Podcast.com (busca por podcastings) http://podcast.com/ Juice Receiver (leitor gratuito – open source) http://juicereceiver.sourceforge.net/ i Tunes (Apple) http://www.apple.com/br/itunes/


Screencast Screencast-O-Matic

http://www.screencast-o-matic.com/


Bookmarking Delicious (compartilhamento links) http://www.delicious.com/ Weblist Me (compatilhamento de listas) http://weblist.me/


Mídia Social - Comunidades de Conteúdo You Tube (vídeo) http://www.youtube.com/ SynchTube (salas para visualização coletiva do Youtube) http://www.synchtube.com/# Vimeo (vídeo) http://www.vimeo.com/ Sound Cloud (áudio) http://soundcloud.com/ Flickr (imagem) http://www.flickr.com/ Picasa (imagem) http://picasa.google.com.br/ Photobucket (vídeo e imagem) http://photobucket.com/ Ustream (live streaming) http://www.ustream.tv


Produção e Edição de Conteúdo Creaza (mins maps, áudio, vídeo, cartoon) http://www.creaza.com/ Photoshop Express (edição imagem online) http://www.photoshop.com/tools?wf=editor Splash Up (edição imagem online) http://www.splashup.com/ Audacity (edição áudio opensource) http://audacity.sourceforge.net/ Myna (edição áudio online) http://www.aviary.com/tools/audio-editor Google Docs https://docs.google.com/ Time Toast e Time Glider (timelines) http://www.timetoast.com/ http://timeglider.com/


Produção e Edição de Conteúdo Editor Vídeo Youtube http://www.youtube.com/editor Many Eyes (visualização dados) http://www-958.ibm.com/software/data/cognos/manyeyes/ Issuu (publicação online de flip books) http://issuu.com/


Comunicação Twitter (microblogging) http://twitter.com/ HootSuite (aplicativo integra múltiplas redes) http://hootsuite.com/ Skype (áudio e videoconferencia) http://www.skype.com/intl/pt-br/home

Rede Social Facebook (relacionamento) http://www.facebook.com/ LinkedIn (contatos profissionais) http://www.linkedin.com/home


Dispositivos móveis Qik (video streaming) http://qik.com/ Stickam (live streaming) http://www.stickam.com/ Foursquare (rede social baseada em geo localização) http://foursquare.com/ Latitude (Google – rede social baseada em geo localização) http://m.google.com/latitude App Inventor (desenvolvimento de aplicativos para Android) http://appinventor.googlelabs.com/about/ TweetDeck (aplicativo – integra twitter, Facebook, LinkedIn....) http://www.tweetdeck.com/


Busca Conteúdo Livre Creative Commons Search http://search.creativecommons.org/ Internet Archive http://www.archive.org/ Wikipédia (enciclopédia baseada em plataforma colaborativa wiki) http://pt.wikipedia.org/


Ambientes de Interação Second Life (Metaverso) http://secondlife.com/


Links (Internet e Web) A Web Tha Wasnt http://www.youtube.com/watch?v=72nfrhXroo8&feature=related Entenda os Mashups http://idgnow.uol.com.br/internet/2007/05/24/idgnoticia.2007-05-24.3179902089/ Multimedia from Wagner to Virtual Reality http://www.w2vr.com/contents.html The history of Social Media http://www.webdesignerdepot.com/2009/10/the-history-and-evolution-of-social-media/ Why The Web is Like a Rain Forest (Steven Johnson) http://www.press.umich.edu/pdf/9780472031955-ch7.pdf


Links (Web 2.0 e Educação) Manual das Ferramentas Web 2.0 para Professores http://www.crie.min-edu.pt/publico/web20/manual_web20-professores.pdf The Super Book of Web Tools for Educators http://www.docstoc.com/docs/document-preview.aspx?doc_id=66326425


Referências (Web 2.0 e Educação) JOHNSON, Steven. Cultura da Interface: Como o computador transforma nossa maneira de criar e comunicar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,2001. RHEINGOLD, Howard. Smart Mobs: The Next Social Revoution. Cambridge:Best Books, 2002. VALENTE, Carlos; MATTAR, João. Second Life e Web 2.0 na Educação. São Paulo: Novatec, 2008.


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