Relatório Campus Europae Neste breve relatório irei dar a conhecer a minha experiencia Campus Europae na universidade da Letónia, em Riga, durante o ano lectivo 2012/2013. Irei descrever como foi a minha experiencia tanto a nível académico, como por exemplo o sistema de ensino na Universidade da Letónia e as suas diferenças com o sistema de ensino da Universidade de Aveiro, e também dar a conhecer a minha experiencia a nível social tais como as amizades que fiz para a vida, viagens em grupos e muito mais. Irei também expor algumas dificuldades ou entraves durante o meu ano lectivo que dificultaram a minha estadia em Riga.
Experiencia a nível Académico A nível académico posso afirmar que o meu grau de satisfação foi Bom. De dez cadeiras curriculares em que me inscrevi e que constavam nos meus documentos relativos ao programa Campus Europae, apenas não consegui completar uma (Econometria II), pois esta unidade curricular não me foi possível inscrever devido a só existir para alunos que falassem letão. Quanto às notas das outras unidades curriculares posso dizer que foram bastantes razoáveis. Em geral, o sistema de ensino na universidade da Letónia é diferente do que aquele que é praticado na Universidade de Aveiro. Enquanto que na Universidade de Aveiro os exames são muito mais exigentes para os alunos a nível teórico, na universidade da Letónia os exames foram relativamente acessíveis, mas, no entanto, havia muito mais trabalhos de grupo e trabalhos individuais semanais na universidade da Letónia do que cá. Fiquei com a ideia que na Universidade da Letónia os alunos trabalhavam mais ao longo do ano e que a prioridade era desenvolver capacidade de o aluno se “desenrascar
sozinho” tanto a nível teórico como prático, com o professor a ser o seu tutor, dando umas dicas para facilitar a vida aos alunos. O ensino para os
alunos dos programas Erasmus e Campus
Europae era leccionado
totalmente em Inglês, mesmo que houvesse alunos letões na sala de aula. No entanto, houve duas unidades leccionadas no primeiro semestre que era extremamente difícil compreender professora,
a o
que
dificultava um pouco, pois haviam certos pontos cruciais do conteúdo das unidades curriculares que era difíceis de perceber. Mas já que o espírito entre os alunos estrangeiros era de cooperação e de entreajuda, no final da aula ou mesmo durante, lá nos reuníamos para perceber melhor e explicar a todos o que a professora tinha tentado explicar. Neste caso é de salientar que o espírito entre os alunos estrangeiros era espectacular, tanto dentro e fora da sala de aula. A faculdade de Economia e Gestão da Universidade da Letónia oferecia boas condições desde de boas instalações de estudo e de lazer, a uma boa cantina que oferecia alimentação com qualidade a um preço que variava entre três e cinco euros, mas o que me surpreendeu mais foi a biblioteca online da universidade onde era possível através da internet requisitar livros e estender o seu empréstimo, o que poupava tempo aos alunos. Em poucas palavras, posso afirmar que tive boas condições e professores competentes e com experiencia tanto académica como no mercado de trabalho, que me permitiram ter sucesso a nível académico.
Experiencia a nível social
Posso dizer que este ano lectivo ficou também marcado a nível social. Conheci pessoas dos cinco Continentes, com diferentes costumes e valores, mas todos com a mesma mentalidade de fazer amizades que durem para a vida inteira e de desfrutarem do melhor que a Letónia tem para oferecer. A maior parte das amizades que fiz foi na residência PRIMA que apesar de ser longe do centro da cidade e da faculdade de economia e gestão da Universidade da Letónia (cerca de 15 minutos) e de ser cara para as condições que oferece (160 Lats por quarto individual) foi o local onde tive o meu primeiro contacto com estudantes de várias nacionalidades e de diferentes culturas. Em Outubro de 2012 encontrei um grupo de quatro amigos (dois italianos, um portugues e uma francesa) e conseguimos alugar um apartamento mesmo na zona histórica de Riga, na cidade velha. As diferenças encontradas com a residência PRIMA foram facilmente reconhecíveis, primeiro porque estava a pagar menos, cerca de 130 Lats, apesar de estar a dividir o meu quarto. Segundo havia mais privacidade e as condições eram muito melhores, tais como televisão por cabo, cozinha com tudo o tipo de equipamento, sauna e limpa sobretudo. Terceiro as pessoas com que eu vivia eram organizadas, sociáveis e cooperativas e acabamo-nos por dar muito bem e viajar para a Suécia (Estocolmo) juntos e a ir a todos os tipos de eventos criados pela ESN Riga e afins. Gostei muito de ter o meu Campus Europae em Riga, pois a cidade oferece grande diversão tanto nocturna como diurna e boas instalações para jovens, tais como piscinas de diversão, parques verdes, viagens de barco no Rio Daugava, boa variedade de discotecas e bares, ginásios, restaurantes, museus, opera, etc. O lado negativo de Riga para mim foi o facto de as pessoas serem mais frias a exprimir-se e as vezes serem um bocado rudes com estrangeiros, principalmente a comunidade Russa residente em Riga. Mas para
mim o maior choque cultural era nos supermercados onde os trabalhadores de caixa nem sequer diziam “olá” ou um “ obrigado e volte sempre!” aos seus clientes, o que não acontece em Portugal. Em suma, a nível
social foi um
dos melhores momentos
da minha vida
onde
pessoas
espectaculares
e que entretanto já os fui
visitar (Itália).
Consegui
competências
conheci
adquirir
sociais que hoje em dia também
contam
ao
nível
mercado de trabalho e
sobretudo
posso
progredi
dizer
que
de e
muito no que toca a falar e escrever na Língua Inglesa.
Conclusão Este ano lectivo (2012/2013) na Letónia foi enriquecedor e único. Não só mudou a minha maneira de pensar no geral como me possibilitou desenvolver um carácter mais responsável e adulto, com o objectivo de alcançar sucesso no meu futuro, muito devido à mentalidade exercida na Universidade Da Letónia onde os alunos são puxados além das suas capacidades com o fim de obterem sucesso e serem bem preparados para o mercado de trabalho. Aprendi a ser um cidadão da Europa e do Mundo, onde conheci diferentes tipos de pessoas e culturas que me deram a conhecer um pouco sobre os seus países e costumes. Claro que retribuí o favor e tentei gratificar ao máximo Portugal, apesar de estarem repetidamente a comentar que estamos em crise e tudo mais.
Gostaria de acabar o meu texto agradecendo à Professora Elisabeth Pereira por me ter proporcionado esta jornada épica na Universidade da Letónia e também ao Gabinete de Relações Internacionais por ter sido muito organizado e prestável durante a minha estadia na mesma.
Stivan David Marques Martelo