Revista grito de alerta empresarial v

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NEPP - NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PSICANÁLISE

Empresarial V

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Prof Sérgio Costa


Projeto. 2013. Uma vida psíquica saudável . Revista psicanálise Empresarial n umero V

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Editorial: Qual o efeito da alienação sobre a saúde mental? Um assunto intrigante é o aparecimento de Timidez em pessoas com certos tipos de psicoses. Intrigante porque, partindo-se da concepção clássica de que as psicoses representam uma ruptura no eu, e a dissociação do indivíduo e a realidade, os julgamentos desfavoráveis, supostamente feitos pelos outros, não deveriam alterar o comportamento dessas pessoas. Mas, em muitos tipos de psicoses, altera. Essa alteração apresenta certas peculiaridades. Antes de dizer como ela ocorre, vou relatar brevemente a minha experiência com psicóticos. Nesse trabalho assistidezenas,isto mesmo,dezenasde pacientes psicóticos, quer no que chamávamos de quadro agudo ou de quadro crônico.


Uma outra particularidade desses pacientes é que eles não desenvolveram quadros de fobia social. Mesmo naquelas situações de perspectivas de catástrofes, quando o paciente era, voluntária ou involuntariamente conduzido às situações ameaçadoras, uma vez dentro delas, não era tomado de ansiedade intensa e tampouco de pânico, e muitas vezes se sentia confortável e até interagia ativamente. Assim, na minha experiência, os pacientes psicóticos não desenvolvem o quadro clássico de Fobia Social, mas podem apresentar comportamentos típicos de uma Timidez prévia. O processo de Timidez dessas pessoas sofre algumas mudanças, e passa a apresentar certas diferenças em relação ao que era. Portanto, pacientes psicóticos (exceto os que apresentam quadros de euforia) podem apresentar Timidez (após melhora do quadro psicótico), e seus componentes, dramáticos ou não, dependem, ao que parece, da Timidez prévia e do tipo de psicose desenvolvida.


Qual o efeito da alienação sobre a saúde mental?

A resposta depende, naturalmente, do que se entenda por saúde. Se significa que o homem pode desempenhar sua função social, dedicar-se à produção e reproduzir se é indubitável que o homem alienado pode ser um homem sadio

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Todas as paixões e esforços do homem são tentativas para encontrar uma resposta para a sua existência ou, também podemos dizer assim, são tentativas para evitar a loucura.

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Para Freud, a vida social e a civilização estão em oposição essencial às necessidades da natureza humana tal como ele a vê. O homem se acha na trágica alternativa entre a felicidade baseada na satisfação ilimitada de seus instintos e a segurança, e as realizações culturais.

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O sentimento de identicação e fusão, e com o mundo (sentimento oceânico) que é a essência da experiência religiosa e, especialmente, da experiência mística é interpretado, por Freud, como uma agressão a um estado primário de “narcisismo ilimitado”.

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Choque, entre viver e se adaptar a cultura.

CONFORMIDADE.

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Respostas possíveis? Psicose

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Ser Feliz

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SAÚDE MENTAL E PSICANÁLISE O conceito de saúde mental depende do nosso conceito de natureza humana. As necessidades que o homem compartilha com o animal (fome, sede, sono e apetite sexual) são importantes porque têm suas raízes na química interior do organismo e podem fazer-se onipotentes quando não atendidas. No tocante ao sexo, se não for satisfeito, não alcançará nunca a força das outras necessidades, ou pelo menos, não as alcançará por razões siológicas. Prof Sérgio Costa


Porém a satisfação total dessas necessidades não é ainda condição suficiente para uma boa saúde e para o equilíbrio mental: ambos dependem da satisfação das necessidades e paixões especificamente humanas, que nascemdas condiçõesda situaçãohumana (a necessidadede relação,de transcendência,de arraigamento).

As grandes paixões humanas podem ser listadas como: sede de poder, vaidade, desejo de conhecer a verdade, paixão de amor e fraternidade, tendênciadestruidorae tendênciacriadora. As necessidades psíquicas fundamentais que nascem das peculiaridades da existência humana devem ser satisfeitas de uma ou de outra forma, para que o homem não se torne mentalmente doente, assim comoas fisiológicastêm de ser satisfeitaspara ele não morra. Prof Sérgio Costa


O homem tem que se relacionar com os demais; porém se o faz de um modo simbiótico ou alienado, perde sua independência e integridade, debilita-se, sofre, torna-se hostil ou apático. Ele só pode sentir-se uno com os demais, e ao mesmo tempo preservar sua integridade, relacionando-se de um modo amorosocom os outros.

Entendemospor alienaçãoum modo de experiênciaonde que a pessoase sente como se fosseum estranho: não se sente o centro de seu mundo, criadora de seus próprios atos. Seus atos e suas consequências transformaram-se em seus senhores,aos quais ela obedecee, quiçá, até adore.

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Qual o efeito da alienação sobre a saúde mental? A resposta depende, naturalmente, do que se entenda por saúde: se significa que o homem pode desempenhar sua função social, dedicar -se à produção e reproduzir -se, é indubitável que o homem alienado pode ser um homem sadio. O indivíduo alienado é aquele que se submete, cegamente e sem questionamento, aos valores e instituições que o cercam. A alienação é, então, um problema de legitimidade do controle social, de poder, separando o indivíduo da sociedade. Para Karl Marx, quando o homem se aliena da sociedade, fatal e consequentemente, aliena -se de si. Prof Sérgio Costa


Temos vários agentes alienantes hoje em dia, tais como as religiões, os partidos políticos, a comunicação de massa, entre outros. Portanto, para nos proteger contra esse mal devemos nos prevenir aguçando nosso senso crítico e ficando atentos ao que tentam nos impor a cada dia.

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A religião é um dos principais fatores de alienação de um indivíduo : muitos conseguemencontrar nela uma verdade diferente da ciência ou que esta também não pode dar, ou mesmo que são infundadas e que batem de frente com o pensamento racional cientifico. Mas por que a religião é um fator de alienação?Justamentepelo não questionamento. A justificativa é sempre: “está escrito na Bíblia” ou “Deus nos revelou”. Não há uma busca efetiva pela verdade pois estajá foi supostamente“revelada”.

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Afinal de contas, criamos a máquina de produção mais poderosa que já existiu na terra, além de termos também criado a mais poderosa máquina de destruição ao alcance do demente. Se atentarmos para a definição psiquiátrica corrente de saúde mental, também poderemos concluir que somos sadios. Naturalmente, os conceitos de saúde e enfermidade são produtos dos homens que os formulam e, portanto, da cultura em que vivem. Os psiquiatras alienados definirão a saúde mental como o faria uma personalidade alienada e, em consequência, consideram sadio o que se pode considerar enfermo do ponto de vista do humanismo normativo.

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Nossas definições psiquiátricas da saúde mental atuais acentuam as qualidades que fazem parte do caráter social alienado do nossotempo: adaptação,espírito cooperativo, agressividade, tolerância, ambição e etc,. H .S.Sullivam, um dos psicanalistasmais brilhantes e profundos de nosso tempo, foi influenciado pela alienação que a tudo impregna em seusconceitosteóricos. O fato de que uma pessoa alienada careça de um sentimento de personalidade e sinta-se como respostaao que dela esperam os demais foi tomado por Sullivam como parte da natureza humana, assim como Freud admitiu como fenômeno natural o caráter competitivo do principio do século.

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Do ponto de vista da existência de uma só personalidade de "ilusão da individualidade única“. Igualmente clara é a influência do pensamento alienado em sua formulação das necessidades fundamentais do homem que, segundoele, são: - a necessidade de segurança pessoal, ou a libertaçãoda ansiedade, - a necessidade de intimidade, ou a necessidade de colaborar com pelos menos uma pessoa, - a necessidade do prazer sexual, ou a necessidadede atividade sexualaté chegarao orgasmo. Prof Sérgio Costa


Os critérios de saúdemental têm aceitação muito generalizada: - o homem livre é por necessidade inseguro e

-o homem que pensa é por necessidade indeciso. O homem moderno está essencialmente só, tem que manter-se sobre seus próprios pés e valer -se de si mesmo. Só pode atingir uma sensação de segurança desenvolvendo a entidade única e particular que é “ele”, até o ponto em que possa verdadeiramente dizer “eu sou eu”.

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O sentimento de identicação e fusão com o mundo (sentimento oceânico), que é a essência da experiência religiosa e especialmente da experiência mística, é interpretado por Freud como uma agressão a um estado primário de “narcisismo ilimitado”. De acordo com seus conceitos básicos, a saúde mental é, para Freud, a plena satisfação da capacidade de amar, que será conseguida se o desenvolvimento da libido alcançar a etapa genital.

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Transferência

Freud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que aquele havia tido com seus pais. e que inconscientemente projetava no terapeuta. O impasse que existiu nessa relação infantil criava impasses na terapia, de modo que a soluçãoda transferênciaera o ponto chave para o sucessodo método terapêutico. Embora Freud demorassea considerara questão inversa – a da atratividade do paciente sobre o terapeuta – esse problema se manifesta também nas empresas,com os líderes que se tornam pais totêmicospara seuscolaboradores.

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É nestas conformidades que as empresas vivem grandes problemas de ordem afetiva e relações amorosas perigosas para a sua saúde, gerando grandes transtornos internos, a um gasto muito grande de tempo e recursos financeiros, nos atrasos nos processos de produção e produtividade de seus funcionários, no despertar de invejas ou ciúmes, dentre tantos outros estados de natureza.

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