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Agosto 2016 | N.º 11
Divulgados vencedores do concurso Incubar+Lezíria Internacionalização
NERSANT com diversas ações de apoio no segundo semestre
+ Internacionalização de PME
Águas do Ribatejo vai investir 20 milhões de euros na região Festivo Começo “adoça” mercado árabe
Hélder Manuel Esménio, Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos “Somos um concelho amigo das empresas”
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ÍNDICE
08 Agosto 2016 | N.º 11
DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 08 13 15
Notícias das empresas
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Entrevista a Hélder Esménio, Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
Empresas: Pelarigo & Filhos Notícias Poder local Empresas: Águas do Ribatejo
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INFORMAÇÃO E APOIO 20
Portugal 2020
VIVER O TEJO 22
Praias Fluviais do Ribatejo
INFORMAÇÃO E APOIO
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25 26 28 30 32
Startups no distrito de Santarém Cheque-formação Microsoft Office 365 Comeres Ribatejanos Avaliação de riscos
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 34 36
2016
Notícias Divulgados vencedores do concurso Incubar+Lezíria
INTERNACIONALIZAÇÃO 38
NERSANT com diversas ações de apoio à internacionalização no segundo semestre
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Empresas: Festivo Começo Notícias
39 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL AUTOPIRÂMIDE COMEMORA 11 ANOS
Editorial
Ribatejo Invest
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a edição de agosto da Ribatejo Invest fazemos o balanço do 1.º concurso de ideias de negócio, lançado no âmbito do projeto Incubar+Lezíria e que teve como entidades promotoras a NERSANT, o Instituto Politécnico de Santarém, a Desmor e o Agrocluster. Foram 31 as candidaturas apresentadas, o que retrata bem o espírito empreendedor e inovador dos nossos jovens e empresários. Os projetos apresentados surpreenderam pela positiva, o que motivou a que, para além dos três projetos vencedores, todos os candidatos fossem convidados a continuar o processo de maturação das suas ideias de negócio, contando com o apoio em ações de Consultoria, Mentoria, utilização de ferramentas de Modelação de Negócio, Planeamento e Simulação, apresentação a potenciais parceiros e Financiadores e ainda a possibilidade de beneficiar, gratuitamente, dos espaços de co-working da Startup Santarém por um período de 6 meses. É neste apoio aos empreendedores e à criação de empresas que a NERSANT assume um papel de liderança. Desde 2013, a NERSANT já apoiou 1382 empreendedores, foram desenvolvidos 359 Planos de Negócio, criadas 302 empresas e 422 postos de trabalho e foram investidos 6,5 milhões de euros. Além de apoiar o processo de criação das empresas a NERSANT promove também o acompanhamento das mesmas nos dois primeiros anos de atividade, o que explica que a taxa de sobrevivência a 2 anos dos projetos acompanhados pela NERSANT seja de aproximadamente 92%, superior à média nacional, que não chega aos 50%. Números expressivos e que ficam para reflexão. Boas férias!
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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A Auto Pirâmide, Centro Auto, localizado no concelho de Abrantes, comemorou em julho 11 anos. Para comemorar a efeméride, a empresa ofereceu no dia exato do aniversário, o valor da mão-deobra a todos os clientes da oficina. Implementada neste território desde 2005, o conceito Centro Auto da Auto Pirâmide proporciona aos seus clientes, um serviço completo para os seus veículos, reunido num único espaço. Atualmente, o Centro Auto dispõe de oficina multimarcas (ligeiros e pesados), loja de peças (física e online), estação de serviços e posto de combustível. Tem um total de 19 colaboradores, que recebem uma constante formação adequada, permitindo-lhes estarem na vanguarda das tecnologias do ramo automóvel. A oficina está equipada com as mais diversas e atualizadas ferramentas de diagnóstico e utiliza material de qualidade para garantir a satisfação do cliente. A empresa aposta ainda na comodidade, tendo à disponibilidade do cliente uma viatura de cortesia de uso completamente gratuito, sempre que a reparação seja demorada.
BAU ABRE DELEGAÇÃO NA COVILHÃ O dia 01 de julho assinala a abertura da Delegação da BAU Special Solutions no PARKURBIS - Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã, S.A.. Este é mais um importante passo da empresa para poder prestar um serviço de proximidade na Beira Interior, no eixo estratégico da A23 e um dos objetivos a que a mesma se propôs desde o início da sua atividade em Portugal. Esta delegação juntase às de Lisboa e Beja, mantendo-se a sede da empresa na cidade de Torres Novas. A BAU Special Solutions nasce em Barcelona em 2009. Em 2010 face aos vários projetos no mercado nacional, passa a localizarse também em Portugal, na cidade de Lisboa. Aqui inicia-se também a abordagem às obras especiais no mercado nacional, nomeadamente com os trabalhos desenvolvidos em vários túneis no Funchal, na Região Autónoma da Madeira. Em dezembro 2012 é criada uma delegação em Torres Novas, passando, posteriormente, a sede em 2015. Esse ano veio a revelar-se um ano de crescimento com a abertura da delegação a sul, em Beja e com atividade em todo o território nacional, Geórgia e Argélia. A experiência adquirida ao longo dos últimos anos, o reforço contínuo na capacidade técnica dos seus colaboradores, e o uso dos melhores e mais eficientes materiais e tecnologias para obras especiais, tornam a BAU Special Solutions numa das empresas mais especializadas e na vanguarda da aplicação de soluções especiais para o setor da construção. Aos investimentos mencionados junta-se também o novo portal da empresa, que pode ser acedido em http://www.bau-ss.com/.
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SEM IR INSTALA CENTRAL FOTOVOLTAICA NO INTERMARCHÉ DA MALVEIRA A Sem Ir instalou uma Central Fotovoltaica de 170 Kw no Intermarché da Malveira, em Mafra. Esta infraestrutura comercial é uma referência dentro do Grupo “Os Mosqueteiros” e na região Oeste, sendo também conhecida pelas boas práticas de defesa do meio ambiente. Esta Central ficou concluída no fim de julho e irá produzir energia para consumo próprio, contribuindo largamente para uma autonomia energética superior a 40%. A Sem Ir Lda. é uma empresa de engenharia e manutenção industrial e residencial com sede em Santarém e formada por profissionais qualificados e de elevada experiência, conhecimento e formação. Está vocacionada para a prestação de serviços aos seus clientes com elevada qualidade e grande sentido de responsabilidade.
ARMAZÉM DA COR REPRESENTA DIASEN zona centro do país. Trata-se de produtos e soluções de alta tecnologia para as construções, nomeadamente isolamento térmico e acústico, impermeabilizações, revestimentos e outras soluções para todo o tipo de problemas de construção. Para aqueles que quiserem conhecer estes e outros produtos, refira-se que o Armazém da Cor tem como morada a Rua do Seixo, n.º 361 – Chainça.
O Armazém da Cor, em Abrantes, abriu portas ao público em abril de 2015 para comercializar tintas, vernizes e afins. A empresa apostou forte em duas marcas portuguesas de qualidade, a CIN e a ARGA e diferencia-se pelo aconselhamento técnico prestado a todos os clientes. Para se diferenciar ainda mais, a empresa decidiu “investir forte” na DIASEN, sendo atualmente o seu distribuidor oficial para a
CASA DE BESTEIROS JÁ TEM PISCINA A Casa de Besteiros, integrada na Quinta da Variorum, em Almeirim, está a funcionar desde finais de 2015 e continua a pôr em marcha o investimento de 2,4 milhões de euros previstos para este Turismo Rural. Neste momento, a Casa de Besteiros acaba de concluir a piscina, que está já disponível para os seus clientes. Além das 11 suites de uso privado dos hóspedes, há na casa e para uso coletivo dos hóspedes o salão com lareira e bar de apoio, casas de banho de apoio ao salão, sala de jogos, sala de pequenos-almoços, galeria
coberta e alpendrada de apoio com Jogo dos matraquilhos. No exterior, acaba de ser disponibilizada a piscina, com casas de banho de apoio. Está também disponível uma área de divertimento e barbecue, um campo de jogo da petanca e um campo de jogo da malha, área de parque de merendas e contemplação, um jardim romântico, em crescimento, uma pérgula abalaustrada, uma casa de Jardim e ainda uma zona agrícola e de mata. Reservas e informações são realizadas através do site em www.casadebesteiros.pt.
MONLIZ E KNORR DE MÃOS DADAS A conhecida marca de caldos Knorr organizou em Alpiarça em julho uma ação destinada à Comunicação Social, no âmbito de uma campanha direcionada sobretudo para as faixas de consumidores mais jovens, que não conhecem os produtos Knorr. A escolha do local não foi aleatória. A verdade é que os pimentos utilizados numa das mais recentes receitas da Knorr vêm da região do Ribatejo e são fornecidos pela Monliz. O facto de uma das últimas invenções da Knorr incluir pimento na sua receita, abriu portas a esta parceria com a empresa instalada em Alpiarça e foi por este motivo que Alpiarça foi escolhida pela Knorr para a realização desta ação.
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O evento iniciou exatamente com a visita a um campo de pimento com 65 hectares, em Vale de Cavalos, de um produtor da Monliz – Produtos Alimentares do Mondego e Liz. O grupo onde a Monliz se insere, detido pelas empresas de produtos ultracongelados Ardo e Crop’s, fornece à Knorr um leque alargado de legumes, sendo esta empresa de Alpiarça responsável pelo fornecimento não só do pimento, mas também do tomate, curgete e abóbora. Após a visita ao campo de pimento, seguiu-se a realização do workshop “Naturalmente Knorr”, que mostrou como se produzem os pimentos que a marca utiliza e quais os ingredientes de um cubo
de tempero. Depois do seminário, realizouse um almoço na Casa dos Patudos, onde puderam ser degustados alguns dos sabores dos caldos Knorr. De referir que a campanha Naturalmente Knorr quer realçar a sustentabilidade dos produtos desta marca, representada em Portugal pela Unilever Food Solutions.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Acelere os seus negócios com o XVII Karting NERSANT
Agromais organizou MaisMilho Tour 2016 No dia 26 de julho teve lugar na zona da Golegã o MaisMilho Tour 2016, que juntou técnicos e agricultores numa visita aos ensaios de milho para observarem os sintomas da cefalosporiose, doença do milho que provoca grandes perdas de produtividade e que preocupa os produtores pela falta de uma solução efetiva para o problema. A Agromais e a Anpromis, em parceria com Manuela Varela, coordenadora do projeto, têm desenvolvido todos os esforços para dar a conhecer a doença e sensibilizar os agricultores para a utilização de variedades tolerantes, de modo a minimizar os prejuízos devidos a este fungo do solo. O MaisMilho Tour 2016 tem como objetivo divulgar o trabalho realizado nos ensaios, no que concerne à identificação da doença, ao conhecimentos das variedades tolerantes que se encontram disponíveis no mercado e a outros meios de luta que possam complementar a variável genética. Este ano a Agromais antecipou a visita, de modo a dar um destaque especial à divulgação da doença numa fase inicial dos sintomas, o que pode ser confundido com um desequilíbrio fisiológico, com regas deficientes, solos mais fracos, falta de nutrientes ou ainda outros fatores. Estes primeiros sintomas no milho não dão a certeza da existência da doença no solo, tendo em conta as razões anteriormente mencionadas, mas contribuem em conjunto com os sintomas finais da cultura para o diagnóstico da cefalosporiose. O MaisMilho é uma iniciativa conjunta de diversos parceiros, onde, para além da Agromais, participa a Anpromis, bem como diversas empresas fornecedoras de fatores de produção, sob a coordenação técnica de Manuela Varela. Este projeto pretende ter uma atitude pedagógica junto dos produtores de milho, pelo que o conhecimento da existência da cefalosporiose numa parcela é fundamental para reduzir as perdas de produção da cultura, numa época em que o controlo dos custos e a maximização das produtividades são fatores fundamentais para a rentabilidade das explorações.
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O Grande Prémio Empresarial de Karting é uma das atividades de lazer e desporto aventura promovidas pela NERSANT para as suas empresas e que tem como objetivo aumentar a produtividade e impulsionar os negócios do Ribatejo. Este ano o evento é a 17 de setembro, em Almeirim. De facto, uma das muitas vantagens enumeradas pelas empresas participantes é o networking empresarial criado durante o evento, onde se juntam diversas empresas da região e seus colaboradores. Em ambiente descontraído, muitas empresas acabam por travar conhecimentos e trocar contactos comerciais com outras empresas participantes. Para além disso, os colaboradores de cada uma das empresas participantes, são obrigados a pensar numa estratégia que os leve ao melhor lugar do pódio, pondo em prática o aclamado team building, que reforça laços entre os colaboradores e promove a cooperação, colaboração e espírito de equipa entre os colaboradores de uma mesma empresa. Paralelamente à criação de espírito de equipa entre os participantes, a prova pretende ainda constituir um momento de descontração entre os
recursos humanos das empresas, longe do stress do dia-a-dia profissional, o que faz com que os colaboradores se sintam melhor no seu local de trabalho e, consequentemente, aumentem a sua produtividade. À semelhança de anos anteriores, o Grande Prémio Empresarial de Karting realizar-se-á no Kartódromo de Almeirim. Acontece no dia 17 de setembro, a partir das 09h00. A prova terá a duração de 6 horas, sem interrupções, o que significa que o kart nunca poderá estar parado. Cada empresa participante poderá apresentar equipas entre 4 a 9 colaboradores. As inscrições no evento são feitas online no site da NERSANT, em www. nersant.pt. Mais informações podem ser solicitadas junto do Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da associação através dos contactos 249 839 500 ou dame@nersant.pt.
Abertas candidaturas a Estatutos PME Líder e PME Excelência Turismo 2016 As empresas do Turismo já podem candidatar-se aos Estatutos PME Líder e PME Excelência 2016. O Estatuto PME Líder tem por objetivo distinguir as empresas com perfis de desempenho superiores, conferindo-lhes notoriedade e criando-lhes condições otimizadas de financiamento para desenvolverem as suas estratégias de crescimento. No caso das empresas do setor do turismo, o Estatuto é atribuído pelo Turismo de Portugal, numa parceria com os principais bancos a operar em Portugal, designadamente o Banco BIC, o Banco BPI, o Banco Popular, o Bankinter, a Caixa Geral de Depósitos, o Crédito Agrícola, o Millennium BCP, o Montepio, o Novo Banco, o Novo Banco dos Açores, e o Santander Totta. As empresas deverão manifestar o interesse na obtenção do Estatuto PME Líder junto de uma Instituição
de Crédito protocolada que efetuará a análise do seu perfil de risco e, no caso de cumprirem as condições de acesso definidas, formalizará a proposta ao Turismo de Portugal. Associados ao Estatuto estão o acesso em melhores condições a produtos financeiros e a uma rede de serviços, a facilitação na relação com a banca e a administração pública, e um certificado de qualidade na sua relação com o mercado. O grupo das PME Líder que apresentem os melhores desempenhos será também anualmente distinguido com o Estatuto de PME Excelência, criando condições acrescidas de visibilidade para estas empresas de perfil superior.
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Programa Capitalizar arranca com linha de 20 milhões para investimento em capital das PME O Programa Capitalizar arranca com dois Instrumentos Financeiros, com o objetivo de fazer chegar 1.100 milhões para investimento das PME. A Linha de Crédito com Garantia Mútua e a Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível enquadram-se na implementação do Programa Capitalizar e vão ser geridos pela Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), vulgarmente conhecida como Banco de Fomento. O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, assinou em julho com as quatro instituições que integram o Sistema Nacional de Garantia Mútua, e as instituições de crédito a ele aderentes, o protocolo bancário que define as condições para a aplicação de uma nova linha de crédito com garantia mútua que vai permitir um montante de financiamento às empresas superior a mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, ficou disponível online, no portal IFD, a linha destinada ao financiamento de operações de capital reversível, que tem uma dotação inicial de 20 milhões de euros e a previsão de alavancar um montante total de investimento superior a 50 milhões. Com estas duas linhas, o Governo assi-
nala o arranque do programa Capitalizar, o plano estratégico de apoio à capitalização das empresas. As linhas de financiamento agora disponíveis são geridas pela IFD e serão financiadas por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), a partir da lógica de coinvestimento de recursos públicos com investimentos privados: são instrumentos que potenciam um maior envolvimento dos agentes privados e uma maior alavancagem do financiamento europeu. A linha de crédito com garantia mútua, destinada às pequenas e médias empresas (PME), traz algumas alterações face aos mecanismos que estão no terreno. Por um lado, permite montantes de financiamento por empresa superiores aos atualmente praticados: mais de 4,2 milhões de euros, o que compara com os limites atuais entre um e 1,5 milhões. Por outro lado, prevê uma redução entre 20 a 30% dos limites máximos dos spreads a praticar pelas instituições financeiras que se associem a esta linha de crédito. De acordo com informação do Governo, estas linhas são especialmente concebidas para apoiar o desenvolvimento de novos
produtos e serviços, ou com inovações ao nível de processos e produtos. Já a linha de financiamento a operações de capital reversível prevê que a atribuição de verbas seja feita numa base first come, first serve, ou seja, os primeiros operadores que cumprirem os requisitos de elegibilidade têm os respetivos montantes aprovados. Esta linha é dirigida ao cofinanciamento de intermediários financeiros para a realização de operações de capital reversível junto das PME. Os operadores, entre os quais instituições bancárias, capitais de risco ou business angels, podem candidatar-se a realizar investimentos no capital de PME, podendo esta posição ser revertida, por iniciativa das empresas. A reversão é feita através da transformação das participações de capital em empréstimos de médio e longo prazo, assim que sejam assegurados os rácios de autonomia financeira previamente acordados.
EMEF com resultados positivos em 2015 A Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A. fechou o exercício de 2015 registando resultados positivos – pelo segundo ano consecutivo – de 1,378 milhões de euros (EBITDA de 3,1 milhões de euros), correspondendo a um aumento de 52% face aos resultados positivos registados em 2014. Com um aumento de 6% do volume de negócios – que atingiu os 58 milhões de euros – a EMEF conseguiu também reduzir o passivo total na ordem dos 20% (cerca de 600 mil euros) face ao exercício anterior. Em 2016 a EMEF inicia a execução de três grandes projetos cujo valor total ronda os 40 milhões de euros, nomeadamente a remodelação profunda dos comboios Alfa Pendular, durante os próximos três anos, no valor de 18 milhões de euros, a revisão geral dos 960 000 km de 35 veículos da frota Eurotram do Metro do Porto, no valor de 10,6 milhões de euros e a manutenção ligeira de toda a frota do Metro do Porto, durante os próximos dois anos, no valor
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de 11,3 milhões de euros. Para a execução destes trabalhos a EMEF iniciou, em abril, a contratação de mais de 85 trabalhadores qualificados para reforçar as equipas nas oficinas de Guifões e do Entroncamento. O Diretor Geral da EMEF, Alberto Castanho Ribeiro, destaca que estes resultados surgem no seguimento de uma gestão eficiente que tem sido implementada na EMEF, apostada no aumento da produtividade, na redução de custos e na procura de novos clientes e mercados, permitindo perspetivar com otimismo o futuro da EMEF, sobretudo se forem asseguradas as condições indispensáveis para uma maior competitividade nos mercados internacionais, nomeadamente o europeu e o ibérico. É neste contexto de mudança de paradigma que, no final do primeiro trimestre de 2016, foi implementado um novo modelo de gestão, baseado em unidades de negócio – numa fase inicial no Parque Oficinal do Centro, Entroncamento – que visa pre-
cisamente focar as equipas numa gestão por objetivos e um aumento da eficiência e da produtividade da empresa. Simultaneamente está a decorrer um esforço de digitalização de processos que visa ampliar e agilizar o fluxo de dados e de informação entre os colaboradores da empresa.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Pelarigo & Filhos a crescer É no coração da zona agrícola do Ribatejo, no concelho de Salvaterra de Magos, que a Pelarigo & Filhos desenvolve a sua atividade. Com o seu core business centrado na venda de fatores de produção, fitofarmacêuticos e fertilizantes, a Pelarigo tem vindo a crescer e a diversificar a sua atividade, acompanhando as necessidades dos agricultores e a evolução do setor.
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oi em 2001 que Bruno Pelarigo e o irmão se juntaram ao pai na empresa familiar que já existia, transpondo para os negócios a energia e a ambição característica dos jovens. A Pelarigo, que a partir dessa altura se passou a chamar de Pelarigo & Filhos, iniciou um processo de mudança e de expansão. A empresa, que se dedicava só à venda de batata de consumo e de semente, passou também a participar na venda dos fatores de produção para a agricultura profissional. “Passámos a trabalhar com o foco nos agricultores profissionais e junto de empresas nacionais e multinacionais. Começámos também com os adubos, agro-
Os nossos agricultores profissionais estão ao nível da tecnologia de ponta mundial, nós temos uma capacidade estrondosa para crescer! ” 8
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químicos e fitofarmacêuticos, rações e passámos a dispor de toda a panóplia de produtos que são necessários para produzir qualquer tipo de cultura no Ribatejo. Esta região tem uma grande variedade de culturas e foi para aí que direcionámos a nossa atividade”, conta Bruno Pelarigo. Porém, num setor sempre sensível a fatores externos e tão regulamentado pela União Europeia, como é a agricultura, a empresa deparou-se com algumas dificuldades. A diminuição da rentabilidade e das margens de comercialização em muitas
culturas levou a que muitos agricultores equacionassem deixar a agricultura o que, para a Pelarigo, significaria a perda de muitos clientes. “Aí, nós tínhamos duas hipóteses: ou continuávamos só com aqueles que ficavam ou tínhamos que mudar alguma coisa”, recorda Bruno Pelarigo. Surgiu assim a ideia de criar uma “espécie de cooperativa” com o objetivo de apoiar todos os agricultores que passavam por dificuldades. “Criámos uma área de negócio interna, não somos uma cooperativa mas fazemos exatamente o mesmo traba-
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Criámos uma área de negócio interna, não somos uma cooperativa mas fazemos exatamente o mesmo trabalho que uma cooperativa faz e que consiste em apoiar estas pessoas. Angariámos alguns agricultores para produzir para nós, damos-lhes todo o apoio técnico e logístico, e depois fazemos o escoamento desse produto.” lho que uma cooperativa faz e que consiste em apoiar estas pessoas. Angariámos alguns agricultores para produzir para nós, damos-lhes todo o apoio técnico e logístico, e depois fazemos o escoamento desse produto. Assim fechamos o ciclo em alguns produtos como a batata, a cenoura, o pimento, a curgete, a beringela, destinados ao mercado nacional. Beneficiámos porque não perdemos o cliente, e por sua vez, eles continuam ativos e a produzir no meio profissional”. A exportação acabou por ser uma alternativa para o escoamento de alguns desses produtos e a Alemanha e Holanda foram os mercados escolhidos. Atualmente, o mercado alemão absorve 80% da produção. O negócio até está a correr bem, apesar de, em 2016 a cultura da batata estar em
EMPRESA CERTIFICADA EM PARCERIA COM A NERSANT A Pelarigo & Filhos está certificada com o Sistema de Gestão de Qualidade ISO 9001, processo que realizou em parceria com a NERSANT. A empresa tem 45 colaboradores (24 na sede em Foros de Salvaterra, 8 na nova loja em Salvaterra de Magos, 7 na Lavritejo, em Valada) a que se juntam mais 6 colaboradores do Restaurante-Bar Tananas. A empresa dispõe de 4 camiões, dois deles equipados com gruas que lhes permite um serviço rápido e eficaz ao cliente.
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Bruno Pelarigo
quarentena devido ao surgimento de uma praga, o que impede os agricultores portugueses de exportarem para outros países. “Para o ano esperamos voltar a produzir de forma normal”. Apesar das dificuldades e da volatilidade do setor, o jovem empresário considera que a agricultura é um setor com um enorme potencial de crescimento, mas que durante muitos anos foi esquecida pelos governantes. “Os nossos agricultores profissionais estão ao nível da tecnologia de ponta mundial, nós temos uma capacidade estrondosa para crescer! Todos os nossos clientes e agricultores têm vontade de crescer, a questão que se coloca é onde, porquê e em que condições. Não basta produzir mais, porque temos um mercado cada vez mais global e produzir para não ter mais-valias não é interessante”. Por agora, nesta campanha agrícola, a Pelarigo & Filhos já exportou quase 2 mil toneladas. A empresa vende também para
o mercado nacional, não diretamente ao público, mas para outras empresas que fazem o embalamento e tratam da parte logística diretamente com o canal Horeca.
INVESTIMENTO NUM NOVO ESPAÇO COMERCIAL Foi a vontade de responder de uma forma cada vez mais imediata às necessidades dos clientes que levou a Pelarigo & Filhos a fazer um investimento de 2 milhões de euros num novo espaço comercial, localizado junto à EN 118 em Salvaterra de Magos. Ali se situam os novos armazéns, que vieram aumentar substancialmente a capacidade de armazenamento e de resposta aos clientes, e uma nova loja, aberta ao público 7 dias por semana, com estacionamento, cafetaria e um pequeno parque infantil. Ali se podem encontrar, para além dos produtos fitofarmacêuticos, materiais e ferramentas para bricolage, produtos para animais e para a agricultura
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e jardinagem. Para venda ao público estão também disponíveis outros produtos como vinho, azeite e fruta de época produzidos pelos seus clientes. Bruno Pelarigo explica que a abertura desta loja foi motivada pela vontade que a empresa tinha de se diferenciar da concorrência. “Nós fomos a última empresa a aparecer na região e no mercado, o que nos deu a possibilidade de fazer algo diferente e estar mais perto das pessoas”. “Fizemos todo o projeto para o IAPMEI mas com o desenrolar do projeto acabámos por não ter essa possibilidade, porque tínhamos obrigatoriamente de acompanhar alguns timings exigidos pelo IAPMEI e nós achámos que não eram coincidentes com o nosso objetivo. Desta forma acabámos por investir
Foi a vontade de responder de uma forma cada vez mais imediata às necessidades dos clientes que levou a Pelarigo & Filhos a fazer um investimento de 2 milhões de euros num novo espaço comercial, localizado junto à EN 118 em Salvaterra de Magos.” 10
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de uma forma 100 por cento própria.” Este investimento acabou assim por ser feito com capitais próprios, de onde resultou a criação de oito novos postos de trabalho. O empresário destaca o feedback positivo que tem tido das diversas entidades com quem a sua empresa se relaciona, mas defende que o Governo deveria legislar no sentido de uma maior flexibilização e alívio da carga fiscal das empresas, atendendo à especificidade de cada setor. Na agricultura, conforme explica, o volume de trabalho e de faturação não é constante ao longo do ano, o que obriga as empresas a um grande esforço financeiro para cumprirem com as obrigações legais e fiscais, uma vez que “os colaboradores trabalham todo o ano, não podemos ter uma pessoa a trabalhar apenas por uma campanha”. E continua: “Nós estamos numa área de negócio que está altamente profissionalizada, as pessoas têm que estar acreditadas para manusearem os nossos produtos fitofarmacêuticos, é um investimento que fazemos”. A certificação de agricultores para manuseamento de produtos fitofarmacêuticos é uma das atividades que a empresa tem vindo a realizar. Embora não esteja acreditada para poder ministrar formação, foi estabelecido um protocolo com uma empresa externa e desde janeiro foram já certificadas quase 500 pessoas. A Pelarigo tem organizado as turmas e disponibiliza salas para formação. Desde outubro do ano passado que a empresa passou também a marcar presença a norte do rio Tejo, nomeadamente em
Valada do Ribatejo, concelho do Cartaxo, onde já tinham alguma expressão. O projeto de expansão passou pela aquisição de uma empresa já existente que se dedicava à venda de adubos e produtos químicos, a Lavritejo. Este investimento permitiu à Pelarigo aumentar a sua abrangência geográfica. Contudo, foi decidido pela nova gerência manter o nome Lavritejo, que já estava implantado na zona.
O SEGREDO DE UM BOM NEGÓCIO Desde sempre Bruno Pelarigo se habituou a ouvir o avô dizer que um dos segredos para fazer bons negócios era ter uma taberna ao lado. Tanto assim é, que se torna difícil falar da Pelarigo & Filhos sem fazer uma referência ao Tananas Bar, um restaurante-bar estrategicamente localizado mesmo ao lado da empresa Pelarigo e que também integra os negócios da família. Hoje em dia, o empresário garante que o modo de fazer negócios mudou, mas reconhece que é importante “criar um ambiente onde o cliente se sinta mais tranquilo e tenha outro leque de ofertas. Os negócios hoje são conduzidos de uma forma mais profissional, mas não deixa de ser um aconchego”. Claro que os ensinamentos do avô não foram esquecidos e na nova loja não falta uma cafetaria com esplanada, onde os clientes podem descansar um pouco. Para já, a ambição da empresa, que adotou como assinatura “A crescer consigo” é ajudar os seus clientes a crescer, para também ela crescer com eles.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Chamusca inaugura CIVTRHI no Eco Parque do Relvão Foi inaugurado dia 12 de julho pelo Ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, o Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Hospitalares e Industriais (CIVTRHI) no Eco Parque do Relvão, Carregueira, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado. O CIVTRHI é constituído por uma Unidade de Incineração e uma Unidade de Tratamento de Resíduos Hospitalares, num investimento de cerca de 9,5 milhões de euros, nesta 1ª fase. O Centro surgiu tendo em vista uma solução integrada e sustentável para o tratamento de resíduos perigosos, de acordo com as melhores práticas internacionais, promovendo assim o melhor desempenho ambiental nos setores da saúde e indústria, bem como o aperfeiçoamento das práticas ambientais em toda a cadeia de gestão de resíduos. Numa próxima fase, deverá ser instalado no local uma Unidade de Triagem de Medicamentos, que permitirá criar sinergias entre esta atividade, o CIVTRHI e o seu objetivo.
Na cerimónia de inauguração estiveram também D. Manuel Pelino, Bispo de Santarém, Márcia Torres, Presidente do Conselho de Administração Somos Ambiente e Paulo Sousa, Presidente do Conselho de Administração da SUCH (Serviço de Utilização Comum dos Hospitais).
Câmara de Santarém dá incentivos à instalação de esplanadas no Centro Histórico
Alcanena dinamizou EXPOPELE 2016 A terceira edição da EXPOPELE decorreu de 14 a 17 de julho, no Pavilhão Multiusos de Alcanena. O evento procura dinamizar e promover o conceito “Alcanena Capital da Pele”, concretizando a expressão desta indústria e de toda a sua fileira no contexto das economias local, nacional e internacional. Para além da afirmação do conceito “Alcanena Capital da Pele”, o evento pretende, de igual modo, dar relevância à marca “Leather from Portugal”, que tem vindo a conseguir uma afirmação internacional por via das inúmeras participações em feiras internacionais levadas a cabo por empresas de curtumes, fruto das quais tem conseguido incorporar
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as peles acabadas produzidas em Portugal em produtos finais em pele cada vez mais exigente, com uma componente de valor acrescentado cada vez maior. A EXPOPELE 2016 assume, assim, uma vocação promocional para a excelência, inovação e design das peles e artigos acabados em pele, concebidos, desenvolvidos e produzidos em Portugal e de todos os agentes e operadores ligados a esta área de atividade. A EXPOPELE 2016 contou com a presença de diversos expositores do setor da pele, bem como promoveu a dinamização de diversas iniciativas como seminários e workshops sobre o setor, desfiles de moda, entre outras atividades.
A Câmara de Santarém, no âmbito das medidas de revitalização e harmonização do Centro Histórico da cidade de Santarém, disponibiliza material de esplanada aos comerciantes daquela zona da cidade, facilitando a estada no Centro Histórico durante os dias de Verão. Também no âmbito do incentivo ao comércio local, a autarquia dá continuidade à suspensão do pagamento da taxa municipal de ocupação de via pública para instalação de esplanadas no Concelho, até ao limite de 25m2. Esta medida, à semelhança dos anos anteriores, está disponível de junho a setembro, inclusive. Os comerciantes interessados em beneficiar destas medidas, devem dirigir-se à Divisão de Planeamento e Urbanismo, de modo a tratarem de todos os procedimentos, com vista à instalação da esplanada e consequente isenção de taxas, bem como, no caso dos que têm estabelecimentos no Centro de Histórico, para solicitar a cedência do material de esplanadas, no âmbito destas medidas. De referir que o material de esplanada, disponibilizado a título gratuito, é limitado ao stock existente.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Constância disponibiliza plataforma para acesso a serviços da autarquia O Município de Constância, no âmbito de uma candidatura conjunta com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), passa a disponibilizar uma nova plataforma online de acesso a serviços da Autarquia, que visa facilitar, agilizar e acelerar a interatividade entre os cidadãos e os serviços prestados pela Câmara Municipal. Esta iniciativa, desenvolvida no âmbito de uma estratégia alargada de modernização e simplificação administrativa, ambiciona responder às novas expetativas e necessidades dos munícipes e das empresas constancienses, que vêm agora ser-lhes disponibilizada uma nova ferramenta online que lhes permite aceder a diversos serviços. Nesta fase inicial a plataforma disponibiliza um total de 7 serviços: Águas e Saneamento; Ambiente e Saúde Pública; Educação e Urbanismo. Na área das Águas e Saneamento encontram-se já disponíveis os seguintes serviços: pedido de celebração de contrato de fornecimento de água e saneamento e o pedido de limpeza de fossa séptica. No âmbito do Ambiente e Saúde Pública pode ser solicitado o pedido de emissão de licença especial de ruído para espetáculos, diversões, manifestações desportivas, feiras e mercados. Na área da Educação opta-se por disponibilizar aos jovens do concelho a possibilidade de submeterem online Candidatura a bolsa de
estudo – Ensino Superior. É ainda possível, no âmbito do Urbanismo, efetuar o pedido de emissão de certidão para alteração à constituição do regime de propriedade horizontal, o pedido de emissão de certidão para efeitos de destaque de parcela e o pedido de emissão de informação relativa a instrumentos de planeamento e condições gerais para operações urbanísticas. A nova plataforma de Serviços Online permite a participação de dois tipos de utilizadores: Não Registados (que podem aceder aos serviços e consultar as instruções de cada tipo de serviço) e Registados (após validados pelos serviços da Autarquia, poderão, para além de aceder às funcionalidades disponíveis para os utilizadores não registados, preencher e submeter eletronicamente pedidos, bem como consultar o estado dos seus pedidos). Gradualmente, em função das necessidades e expetativas dos munícipes e das empresas e do desenvolvimento da plataforma dos Serviços Online, serão disponibilizadas novas funcionalidades, como o acesso a informação sobre todos os serviços prestados e o acesso a novos formulários para submissão digital, a partir de qualquer computador ligado à Internet. De igual modo serão também realizadas melhorias à plataforma dos Serviços Online, quer em termos de design quer em termos de usabilidade.
O Executivo Municipal crê tratar-se de um projeto com elevado potencial para o município. A disponibilização dos Serviços Online vem aproximar ainda mais os serviços da Câmara Municipal à comunidade constanciense, através de uma abordagem multidimensional do relacionamento entre o cidadão e o município. O acesso online aos serviços da Autarquia, 24 horas por dia e 7 dias por semana, facilitará o relacionamento com os munícipes através de procedimentos simplificados, tendencialmente desmaterializados e permitirá atingir maiores níveis de eficiência, eficácia e economia no desenvolvimento dos procedimentos administrativos e maior qualidade na prestação de serviços aos munícipes. Para aceder aos Serviços Online e efetuar o registo da sua conta de utilizador municipal deve aceder a http://servicosonline.cm-constancia.pt/.
Balcão único inaugurado no Sardoal No âmbito do Programa de Modernização Administrativa, o Balcão Único de Atendimento Municipal de Sardoal abriu ao público no dia 11 de julho, funcionando no rés-do-chão dos Paços do Concelho. Nesta primeira fase, encontram-se centralizados neste espaço os serviços de taxas e licenças, tesouraria, águas e urbanismo. Numa segunda fase, pretende-se disponibilizar mais serviços, de forma integrada e noutros suportes, nomeadamente através do atendimento virtual. A abertura deste Balcão Único de Atendimento representa um passo importante na implementação do Programa
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de Modernização Administrativa neste município, tendo como objetivo primordial qualificar o atendimento público
utilizando as novas tecnologias e centralizando a prestação de vários serviços municipais.
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Assinatura de contratos de adjudicação de empreitadas
Águas do Ribatejo vai investir 20 milhões de euros na região O Conselho de Administração da Águas do Ribatejo assinou em julho os contratos de adjudicação de empreitadas para realização de obras de saneamento e abastecimento de água no montante de cerca de 10 milhões de euros. Na ocasião foram divulgadas ainda mais sete candidaturas para novas obras no montante total de, igualmente, 10 milhões de euros. “Realizar 20 milhões de Euros em dois anos, não é normal. A Águas do Ribatejo é um exemplo de vitalidade e a aprovação destas candidaturas é um reconhecimento do mérito desta empresa e da confiança que a Comissão Diretiva do Programa POSEUR Portugal 2020 tem na Águas do Ribatejo e nos seus representantes”, disse Francisco Oliveira, Presidente do Conselho de Administração na cerimónia de assinatura dos contratos que contou com a presença dos órgãos sociais da AR e dos administradores das empresas construtoras Tecnorém, Manuel Joaquim Caldeira Lda. EcoEdifica Ambiente e Construções e OMS-Tratamento de Águas Lda.. As empreitadas apresentadas têm assegurado o financiamento da União Europeia através do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos POSEUR Portugal 2020. “Com a conclusão deste conjunto de obras atingiremos um volume de investimento superior a 120 milhões de euros realizado em sete anos. Podemos afirmar com humildade que demos um forte contributo para o desenvolvimento desta região e para a melhoria da qualidade de vida de 150 mil pessoas que vivem nos sete concelhos que integram a AR.”, referiu o líder da AR, Francisco Oliveira. Segundo Carlos Coutinho, vogal do Conselho de Administração e Presidente da
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Câmara Municipal de Benavente, a empresa municipal “revelou uma excelente capacidade na eficiente aplicação dos fundos comunitários que nos foram confiados”. O autarca salienta ainda o facto de ser possível “construir infraestruturas e prestar um bom serviço sem onerar a fatura paga pelos 75000 clientes” As dezenas de intervenções já concretizadas nos sete concelhos permitiram colocar a região ao melhor nível europeu em matéria de tratamento de água potável e das águas residuais. “Mas ainda há um longo caminho a percorrer. O nosso contrato de gestão é um compromisso que impõe uma dinâmica permanente. Temos consciência de que temos 150 mil olhos, ou melhor, 300 mil olhos atentos à nossa prestação”, frisou Francisco Oliveira. Segundo o Presidente da AR estão para análise mais sete candidaturas no montante global de 10 milhões de euros para a realização de obras de saneamento em Samora Correia, no concelho de Benavente com 4,5 milhões de euros de investimento e nos sistemas de Lamarosa (2 milhões de euros), Fulgavaz (750.000 euros) e Alcorochel (945.000 euros), todos no concelho de Torres Novas. Há ainda uma candidatura para a construção de um novo reservatório, requalificação do existente e construção de nova conduta em Torres Novas reforçando de forma expressiva as reservas de água na cidade. O Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas congratulou-se com o significativo volume de obras a realizar no seu
concelho. Pedro Ferreira, que é também vogal do Conselho de Administração da AR, referiu que espera concretizar os 30 milhões de euros previstos para o território do município, dotando todo o concelho com abastecimento de água e tratamento de efluentes de qualidade. “Torres Novas, Riachos, Brogueira e Vale da Serra já estão concluídos, agora vamos para a zona da Serra com obras que vão melhorar em muito a qualidade do ambiente. Temos um compromisso com as populações que está a ser cumprido”, disse o autarca torrejano. Só no concelho de Benavente serão investidos mais de 5 milhões de euros com destaque para uma nova ETAR em Benavente e a requalificação do sistema de tratamento em Samora Correia com nova ETAR a construir junto ao Rio Sorraia e afastada das zonas populacionais. A ETAR Almeirim/Alpiarça, que serve quase 29 mil habitantes dos dois concelhos vai ter nova intervenção na obra de entrada e lagoa de maturação. O investimento é de 240.000 euros e foi saudado pelo Presidente da Câmara Municipal de Alpiarça, Mário Pereira que reconheceu a importância das obras realizadas no seu concelho. “Temos vindo a melhorar de forma progressiva a qualidade dos serviços”, disse o autarca que realçou a manutenção da proximidade da AR com os seus clientes e utilizadores. “Prestamos um serviço público e temos de estar disponíveis para ouvir as populações e responder às suas solicitações”, adiantou. As obras anunciadas vão permitir um investimento superior a 20 milhões de euros na região para concretizar em dois anos. Estas intervenções estão preparadas para servir uma população estimada de 83140 residentes.
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ENTREVISTA
Hélder Manuel Esménio, Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
“Somos um concelho amigo das empresas” A Ribatejo Invest foi conhecer a estratégia da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para o desenvolvimento económico. Ficou a saber que o concelho é amigo das empresas, através da criação do Corredor Verde para a Empresa, e que Salvaterra de Magos tem duas áreas de negócio em franco crescimento: a agricultura e o turismo. O que é que não existe em Salvaterra e que deveria existir de forma a atrair mais investimento? Essa é a pergunta do milhão de dólares. Para o desenvolvimento das regiões contam muito, numa primeira fase, as acessibilidades existentes e depois, numa segunda fase, a disponibilidade que os autarcas e as estruturas das autarquias têm para receber e para estarem com empresários que já estejam sediados. No concelho procuramos valorizar a matériaprima que já temos instalada e que pode ampliar a sua atividade, gerar mais emprego, em função do êxito que tem. Portanto, a primeira aposta deve ser em quem está mais próximo e já nos escolheu e de quem, na medida do possível, procuramos estar próximos e ver se há alguma coisa do ponto de vista administrativo, técnico ou até de promoção do território que possa ajudar ao desenvolvimento destas atividades. A proximidade e o diálogo ajudam a percecionar essa realidade. É o caminho que nós temos percorrido. Qual é o principal problema do concelho? Elegemos o desemprego como uma das situações mais complexas que o concelho tinha, porque está muito dependente do setor primário. Há 3 anos tínhamos uma taxa de 15% a 16% de desemprego, era uma das piores taxas do distrito, senão mesmo a pior. Hoje vejo com satisfação que estará na casa dos 10%, o que é importante.
O Corredor Verde é uma espécie de uma via verde para empresas onde qualquer processo, qualquer iniciativa que entre nos nossos serviços é tratada de forma prioritária.” 16
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Hélder Manuel Esménio, Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos
Essa diminuição do desemprego registou-se em que faixa etária? Não tenho ainda essa informação. Sentimos que a agricultura teve uma retoma, e temos outros dados estatísticos que nos ajudam a verificar que estamos no bom caminho. Temos uma consultora internacional que fez um trabalho na avaliação de alguns parâmetros, nomeadamente do que é viver, visitar e fazer negócios em todos os concelhos do país. Em 2014, Salvaterra estava no lugar 207 e neste momento estamos próximo do 160, ou seja subimos 40 lugares. É mérito de todos, da Câmara, dos agentes económicos, de alguma capacidade de iniciativa, do trabalho das associações, etc..
vereador é alguém com formação académica na área e com disponibilidade para reunir com empresários. Fizemos também parcerias com a NERSANT, que é a parceira mais importante, com a Associação de Jovens Agricultores de Portugal, com diversas outras associações e com entidades bancárias. Fizemos também um estudo do nosso concelho em termos económicos, com um consultor externo, que serviu para a caraterização do nosso tecido económico, onde pudemos concluir que a maior parte das empresas do concelho são micro ou de pequena dimensão. Disponibilizamos esse estudo a quem nos pede e a quem pretenda estudar o nosso mercado.
Que outras iniciativas têm sido desenvolvidas pela autarquia? Criámos um portal do investidor e depois tentámos criar uma estrutura, através de um pequeno Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo, que tem dois funcionários e um vereador a tempo inteiro com esse pelouro. Isto é uma mais-valia pois este
E que conclusões é que se podem retirar desse estudo? A agricultura é o setor mais importante. As empresas mais representativas no concelho são as que prestam e vendem serviços e produtos à agricultura e que têm um volume de faturação muito significativo. Paralelamente a este esforço organizati-
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Temos uma consultora internacional que fez um trabalho na avaliação de alguns parâmetros, nomeadamente do que é viver, visitar e fazer negócios em todos os concelhos do país. Em 2014, Salvaterra estava no lugar 207 e neste momento estamos próximo do 160, ou seja subimos 40 lugares. É mérito de todos.”
vo, de disponibilizarmos informação e de sermos agentes facilitadores, já fizemos alguns workshops dedicados à agricultura e à floresta, geralmente associando-os aos novos quadros comunitários. Também quisemos passar para o exterior a imagem de um concelho amigo das empresas, do ponto de vista fiscal e dos procedimentos administrativos, criámos algumas regras internas a que demos o nome de Corredor Verde para a Empresa. E consiste em quê? O Corredor Verde é uma espécie de uma via verde para empresas onde qualquer processo, qualquer iniciativa que entre nos nossos serviços é tratada de forma prioritária. Os nossos técnicos estão autorizados e motivados a reduzir tempos, reunindo diretamente com os interessados por forma a poupar-se muita troca de correspondência. Ao nível dos impostos temos reduzido a taxação sobre licenciamentos, temos uma derrama zero para as microempresas, com volume de negócios até 150 mil euros e temos um dos IMI mais baixos da região, para não penalizarmos muito as pessoas. Que balanço pode ser feito neste momento desse trabalho? Neste período de tempo, que ainda não é muito longo, esta foi a aposta que fizemos. A par disto temos feito um esforço muito grande na promoção, através dos órgãos de comunicação social, principalmente das televisões, de produtos que criámos ou que ajudámos a complementar, como o Mês da Enguia e a Feira de Magos.
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Qual a importância destes eventos para a economia local? No caso do Mês da Enguia, as últimas três edições foram televisionadas pela TVI, e isso promove o evento. Também dinamizamos uma feira de artesanato regional, embora a nossa expetativa é que um dia venha a ter um âmbito nacional. Divulgar o nosso artesanato é também ajudar o artesão que criou um posto de trabalho e promover a economia local. Na Feira de Maio, que definhava, nós criámos um palco pensado para o setor económico mais importante que temos, que é a agricultura. Criámos uma mini-feira da Agricultura focada nos nossos produtores, nas nossas máquinas, nos equipamentos e produtos agrícolas, nos serviços associados à agricultura e é uma montra do que se vai fazendo neste concelho e do que temos para oferecer. A Feira de Magos também nos permite a divulgação do cavalo e da festa brava e do mundo do toureio. A dinamização do comércio local tem sido uma prioridade… Sim, desenvolvemos o projeto do mercado diário, o “Praça Comvida”, cujo objetivo foi dinamizar a praça de 15 em 15 dias, ou mensalmente, organizando lá atividades que ajudem a chamar a atenção para o mercado e para os produtores locais que estavam a perder para as grandes superfícies. É com agrado que nós registamos que esse esforço tem valido a pena, porque o mercado está praticamente cheio e tirámos muita gente que vendia na rua, isso é também uma aposta que fizemos nos players que já estão na nossa economia. Baixámos os custos e isso foi uma forma de os incentivarmos a permanecer nesse espaço.
Também criámos outros produtos, por exemplo uma iniciativa no Natal, para promoção do comércio local. Falou há pouco no trabalho que tem vindo a ser feito nos últimos 3 anos. Já há resultados visíveis, novos projetos de investimentos de que se possa falar? Conseguimos que um grande empresário de Lisboa ligado à Confeitaria Nacional, comprasse cinco armazéns da zona industrial de Muge que estavam ao abandono. Temos a expetativa e sabemos que se estão a desenvolver contactos no sentido de criar ali uma unidade de produção. É um projeto para candidatar ao Portugal 2020? É essa a intenção dos promotores. Um dos pontos fracos de Salvaterra é não ter uma zona industrial? A zona industrial é algo que se perdeu a oportunidade. Custa dizê-lo mas há decisões que se tomam e que depois alteram a forma de viver e, na vida política, também é assim. Uma decisão mal tomada tem consequências para o resto da vida. Compreendo que após o 25 de abril não se tenha tomado essa decisão porque não tínhamos boas acessibilidades, e por isso é que as empresas foram ficando nos concelhos vizinhos, que tinham outros acessos. Entretanto construiu-se a Ponte da Lezíria, a ponte de Benavente foi alargada e criou-se uma autoestrada. Infelizmente os autarcas não perceberam que o paradigma tinha mudado, o que antes era uma limitação deixou de o ser, e esse tinha sido o timing certo. E a revisão do PDM? No PDM que está agora em revisão
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ENTREVISTA temos essa intenção de criar uma pequena zona industrial nos Foros de Salvaterra, junto ao nó da autoestrada, mas ainda temos muitos anos de atraso até conseguir essa revisão. Apostámos neste processo há dois anos com a entrada de novos técnicos para reforçar essa área, mas não tenho muitas ilusões. O Portugal 2020 também veio dizer que Portugal tem muitas áreas industriais abandonadas, sendo que a prioridade é dinamizá-las, incentivá-las, não existindo meios financeiros para a construção de novas áreas. Nós vamos fazer esse caminho, não quero ser acusado daqui a uns anos de não ter pensado no assunto, se as 17 entidades que acompanham a revisão do PDM permitirem havemos de incluir a previsão de uma zona industrial nos Foros de Salvaterra. Agora se isso vai ser útil ou não, fica a previsão no ordenamento do território, se não o for no presente, quem sabe a médio e a longo prazo. Mesmo sem zona industrial bem localizada, o nosso Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo fez um trabalho muito importante, que foi o levantamento de todos os terrenos e armazéns com apetências industrial onde a indústria se pudesse localizar. Temos uma bolsa de armazéns e de terrenos e é isso que mostramos aos empresários que nos visitam. Os terrenos da zona industrial de Muge estão todos vendidos, mas a Câmara tem uma parcela de 10 hectares que pode servir para localizar uma ou outra indústria. Não podemos ficar a chorar sobre o leite derramado, temos que dar passos, mas o nosso concelho ficou um bocadinho ao lado, neste particular. Este é um dos handicaps que este município tem? Sim, mas com as comunicações que existem hoje, se os meus vizinhos tive-
A agricultura é o setor mais importante. As empresas mais representativas no concelho são as que prestam e vendem serviços e produtos à agricultura e que têm um volume de faturação muito significativo. ” 18
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rem sucesso nas áreas industriais deles eu também tenho emprego para a minha população. O que tenho é que criar as condições no meu território e melhorar as acessibilidades, criar condições para que as pessoas que residem no concelho de Salvaterra possam deslocar-se com facilidade para esses pontos de emprego. Ao mesmo tempo tenho que criar pontos de visitação no meu concelho, daí a aposta na Falcoaria Real, o registo da marca Salvaterra de Magos, capital nacional da Falcoaria, que é uma marca identitária deste concelho e que nos distingue dos outros. Somos todos do Ribatejo, mas nós temos um produto que nos distingue que é a Falcoaria e isso faz com que muita gente venha ao meu concelho. E o que tem o concelho para oferecer aos turistas? Nós temos os passeios de barco no rio Tejo, a gastronomia e um conjunto de atividades que vamos desenvolvendo ao longo dos fins-de-semana, apoiando as comissões de festas e outras organizações que promovem eventos. Não é por acaso que cuidámos da frente ribeirinha do Tejo com o intuito de termos mais visitantes, e que esses visitantes nos comprem coisas, que provem a nossa gastronomia. A aposta que fizemos na retoma da Praia Doce, na criação do produto Bico da Goiva, no Escaroupim, onde estamos a abrir um novo museu para termos mais produto turístico. Temos também a Albufeira da Barragem de Magos e é por aí que temos que ir, pela área da agricultura que é muito forte, pelo turismo, estimulando a visitação ao concelho e a grande aposta que temos feito na cultura.
O que é que Salvaterra tem que possa ser um fator de atratividade para os empresários? Nós não temos uma zona industrial mas temos um conjunto de armazéns disponíveis, como já referi. Para além das ligações rodoviárias que uns têm e outros têm menos, para além do acompanhamento que procuramos dar aos projetos empresariais que nos chegam e da baixa taxação de impostos, o que temos para oferecer é a tranquilidade de um concelho que ainda não sofreu a pressão urbanística que existe noutros concelhos. Claro que isto pode ter maior ou menor importância consoante a atividade industrial que se queira instalar, mas pode ser considerado uma maisvalia. Nem todas as empresas são da área industrial, se forem da área do turismo a proximidade do rio é importante e todo o nosso concelho confina, em toda a sua extensão, com o Tejo. Em relação ao Portugal 2020 a autarquia tem alguma estratégia que pretenda implementar nos próximos anos? Quais serão as grandes prioridades? Para as autarquias o Portugal 2020 é menos de metade do QREN, há muito menos dinheiro, foi excluída a rede viária o que impossibilita, em larga medida, a possibilidade de nós criarmos melhores condições de mobilidade à nossa população. Esse é um fator extremamente negativo e condicionante da atividade económica. Uma das nossas grandes apostas será no setor da educação, com a construção de mais um centro escolar e com a promoção de um projeto com os agrupamentos de escolas que visa combater o abandono e o insucesso escolar.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Internacionalização de PME
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internacionalização assume-se, mais do que nunca, no atual contexto económico de contração da procura interna, como uma estratégia necessária para o crescimento das empresas e da riqueza nacional. Constituindo um dos objetivos da Agenda da Competitividade, para além da aposta em setores produtores de bens transacionáveis ou serviços internacionalizáveis, ou seja suscetíveis de ser exportados, foram criados apoios diretamente orientados para a internacionalização das empresas, nomeadamente através da realização de ações de conhecimento dos mercados, do desenvolvimento e promoção internacional de marcas, da prospeção e presença em mercados internacionais e da promoção e marketing internacionais. Estes apoios consubstanciam-se no
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Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (SI PME), quer sob a forma de projetos individuais, quer sob a forma de projetos conjuntos
(apresentados por associações, entidades do Sistema Científico e Tecnológico ou Organismos Públicos, visando a intervenção junto das PME).
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Vale Internacionalização O Projeto Simplificado VALE é um programa do Portugal 2020, que permite às PME a contratação de serviços de consultoria em determinadas áreas, a entidades devidamente qualificadas para o efeito, como é o caso da NERSANT. Apresentado por uma PME, é um importante instrumento de apoio, vocacionado para pequenas iniciativas e / ou investimento/ lançamento, sendo uma das suas tipologias o Vale Internacionalização. O programa Vale Internacionalização é um projeto simplificado de internacionalização, direcionado a empresas com pelo menos 3 postos de trabalho, que não tenham iniciado o seu processo de internacionalização ou, tendo já iniciado, não registem atividade exportadora nos últimos 12 meses à data da candidatura. Para as empresas que procuram apoio para conhecer um novo mercado, angariar contactos e suportar custos com a deslocação e visita a mercados, a opção mais indicada poderá ser o projeto simplificado Vale Internacionalização com uma atrativa taxa de financiamento de 75% a fundo perdido da despesa elegível. • Incentivo máximo por projeto – 15.000,00 €
Internacionalização de PME Sistema de Incentivos às Empresas
Um balanço intercalar: • 581 candidaturas, 419 M€ de investimento; • 398 aprovações, 267 M€ de investimento elegível e 132 M€ de incentivo; • 350 empresas apoiadas em projetos individuais • 1.240 empresas nos Projetos Conjuntos Incentivo por Tipo de Instrumento:
Resultados Contratualizados:
Fonte: Compete
• Consultoria individualizada na área da Internacionalização; • Estudo de mercados; • Estratégia de Internacionalização da empresa; • Angariação de contactos de potenciais clientes e parceiros; • Visita aos mercados com agenda de contactos;
As candidaturas a este projeto simplificado encontram-se de momento suspensas, estando previstas abrir em outubro do corrente ano de 2016. A NERSANT, como entidade acreditada pelo COMPETE para prestar os serviços do Vale Internacionalização, apoia as empresas com interesse por este sistema de incentivo. MAIS INFORMAÇÕES: Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: portugal2020@nersant.pt Tel.: 249 839 500
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VIVER O TEJO
Praias Fluviais do Ribatejo
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sta rota dá a conhecer algumas das praias fluviais na região, dispondo de excelentes infraestruturas, equipamentos e serviços. Algumas destas praias são ex-libris da região, e são uma alternativa às praias da costa. Todas elas são acessíveis a pessoas de mobilidade reduzida e possuem um leque de opções em termos de atividades de lazer e recreio, que os seus visitantes poderão disfrutar mediante o seu aluguer no momento. Neste caso, iremos propor a visita a três praias fluviais: Olhos d’Água (Alcanena), Aldeia do Mato (Abrantes) e Carvoeiro (Mação). Destacamos a Praia Fluvial do Carvoeiro, no concelho de Mação, pela excelente qualidade dos seus recursos naturais, possuindo a bandeira azul.
Dia 1 Manhã
Praia Fluvial dos Olhos de Água Em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, esta praia fluvial, situada nas margens do rio Alviela, é uma zona de lazer muito aprazível e que apresenta águas cristalinas dada a proximidade da sua nascente. Este espaço, dispõe de um conjunto de infraestruturas como acesso a deficientes, instalações sanitárias e duche, parque de campismo, parque infantil e parque de merendas. Dispõe ainda de serviço de bar e de restaurante. Almoço • Almoço ligeiro ou picnic na Praia Fluvial. Tarde
Nascente do Rio Alviela Conjunto flúvio cársico da Ribeira dos Amiais.
Esta é uma das nascentes mais importantes do nosso país, chegando a debitar 30 m3 por segundo. Desde 1880 até bem próximo da atualidade, a Nascente foi uma das principais fontes de abastecimento de água da cidade de Lisboa e, ainda hoje, “abre portas” a um dos maiores reservatórios de água doce do país.
Centro de Ciência Viva do Alviela Carsoscópio Integrado na rede dos Centros de Ciência Viva, o Carsoscópio - Observatório do carso do PNSAC é um espaço interativo de divulgação científica e tecnológica, nomeadamente sobre a água, o carso e os morcegos. Jantar • Hotel Eurosol Alojamento • Hotel Eurosol
Dia 2 Manhã
Praia Fluvial da Aldeia do Mato (Abrantes) Na Albufeira do Castelo de Bode, na margem esquerda do rio Zêzere, equipada com infraestruturas para a prática de atividades balneares e náuticas, com facilidade de acesso para pessoas com mobilidade reduzida. Aqui poderá encontrar uma piscina flutuante e diversas embarcações como canoas, velas e remo, possui ainda bar/cafetaria com refeições ligeiras, instalações sanitárias, bungalows e serviços que incluem nadadores-salvadores. Almoço • Restaurante do Hotel Segredos do Vale Manso • Restaurante O Ramiro • Restaurante Ti Artur
Informações e reservas www.viverotejo.pt
Tarde
Praia Fluvial do Carvoeiro (Mação) Situada entre a Aldeia da Capela e a Vila de Carvoeiro. Uma praia fluvial, rodeada de uma imensa mancha florestal, permitindo que o contacto com a natureza seja uma mais-valia a quem o visita. Dela faz parte um paredão para contenção do caudal da ribeira que resulta num enorme espelho de água. Inclui uma piscina para crianças, balneários públicos, um bar, posto de primeiros socorros e uma zona coberta para refeições equipada com assadores. De noite a praia também pode ser utilizada havendo serviço de Bar e iluminação pública. Inicia a época balnear em Maio, mas pode ser utilizada para outras atividades durante todo o ano. É a única praia fluvial da região com bandeira azul.
INFORMAÇÃO E APOIO
Startups no distrito de Santarém
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e quisermos traduzir a palavra Startup podemos dizer que a mesma significa “Começar (start) com o intuito de crescer (up)” e assim, de uma forma abrangente, podemos considerar startups todas as empresas que estão a começar, sejam elas uma Padaria ou uma Fintech. No entanto esta não será a definição mais aceite de Startup se falarmos com especialistas ou investidores. Estes talvez estejam mais de acordo com a definição mais restrita de Steve Blank que classifica uma empresa como startup quando a mesma apresenta uma iniciativa inovadora, de forma incremental ou disruptiva, que está em busca de um modelo de negócios viável que seja repetível e escalável. No distrito de Santarém criaram-se, de janeiro a maio de 2016, 518 novas empresas, numa média de cerca de 100 empresas por mês. Destas apenas duas foram criadas em setores de alta ou média-alta tecnologia e 77 em serviços com forte intensidade de conhecimento. Teremos assim muitas empresas criadas, mas provavelmente poucas que se enquadram na definição mais restrita de Startup. Na realidade, no Ribatejo estamos abaixo da média nacional no que diz respeito à taxa de natalidade de novas empresas e muito abaixo da, já de si baixa, taxa nacional de nascimento de empresas em setores de alta e média-alta tecnologia e uso intensivo de conhecimento. Estes factos apenas poderão surpreender quem não conhecer a realidade da região onde, em média, nos deparamos com um empreendedor cujo perfil se encontra abaixo do desejável sobretudo em termos de qualificações, competências de gestão e
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capacidade de investimento, na maioria dos casos sem uma proposta de valor definida e com claras necessidades em termos de maturação e capacitação do projecto, e com uma taxa de empreendedorismo motivado pela necessidade (em oposição ao empreendedorismo motivado pela oportunidade) acima da média nacional. Com esta base de partida temos, naturalmente, uma enorme percentagem de empresas criadas nas áreas do comércio, das atividades administrativas e da cafetaria e restauração (juntas somam 51% das empresas criadas), e a tal baixíssima taxa de nascimento de empresas em setores de alta e média-alta tecnologia (menos de 1,4%). Não surpreende portanto que a taxa de sobrevivência das novas empresas (menos de 2 anos), embora em linha com a média nacional, não chegue aos 50%. Acresce que, na região, as taxas de atividade empreendedora e de intenção de empreender, sobretudo nos jovens qualificados, se encontram bem abaixo da média nacional e que embora haja diversas iniciativas desenvolvidas no apoio ao empreendedorismo, estas têm vindo a estar focadas na resposta aos problemas das pessoas (o tal empreendedorismo por necessidade) não estando vocacionadas para o empreendedorismo ligado a atividades de elevado valor acrescentado, nomeadamente de base tecnológica, e para a fixação e atração de empreendedores qualificados para a região. Conhecer esta realidade não significa que nos devamos sentar a chorar à beira Tejo mas sim que o esforço de fomento do empreendedorismo qualificado e de atração de projetos inovadores para o Ribatejo tem de ser continuado e aumentado,
nomeadamente dando a conhecer as vantagens competitivas de empreender no Ribatejo, como as competências e valências do ecossistema empreendedor regional e a possibilidade de acesso aos sistemas de incentivos ao investimento, e também dando a conhecer exemplos mobilizadores de casos de sucesso de startups nascidas nesta região. Neste âmbito será interessante ficarmos atentos à próxima edição do programa televisivo SHARK TANK na qual seremos surpreendidos por algumas startups ribatejanas e também aos resultados do 1º Concurso de Ideias de negócio do projeto INCUBAR+LEZÍRIA que nos revelaram algumas ideias verdadeiramente inovadoras a implementar no Ribatejo. É de salientar que a região apresenta hoje um conjunto de valências muito relevantes para servir e potenciar a criação e desenvolvimento de startups, sendo de destacar a ainda recente Startup Santarém, infraestrutura que, a pouco mais de meia hora do Aeroporto de Lisboa, junta um conjunto de condições físicas invejáveis com programas de apoio técnico, consultoria, aceleração, mentoria e networking nacional e internacional, ao nível do melhor que existe em Portugal. Não temos a ambição de competir na atração de startups em setores nos quais a nossa região pouco tem para oferecer mas temos a ambição de que no Ribatejo nasçam e cresçam as melhores startups nos setores onde somos competitivos a nível global como são a agricultura, a floresta, a agroindústria, a alimentação, a metalomecânica ligeira, os curtumes, a transformação de pedra, o papel, o desporto, a energia, o ambiente, etc.
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INFORMAÇÃO E APOIO
(Portaria n.º 229/2015, de 3 de agosto)
Cheque-formação O QUE É O CHEQUE-FORMAÇÃO? Apoio financeiro concedido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) às empresas, aos ativos empregados e aos desempregados inscritos no IEFP, que frequentem percursos de formação ajustados às necessidades das empresas e do mercado de trabalho.
QUAIS OS OBJETIVOS? • Reforçar a qualificação e empregabilidade, melhorando a produtividade e competitividade das empresas, através da aposta na qualificação profissional dos seus trabalhadores. • Potenciar a procura de formação por parte dos ativos empregados e dos desempregados e incentivar os percursos de aprendizagem ao longo da vida.
• Financiamento máximo de 90% do valor total da ação de formação, comprovadamente pago.
QUAIS SÃO OS APOIOS FINANCEIROS PARA OS DESEMPREGADOS?
dade empregadora quando candidata, devem, após o termo da formação, no período máximo de 2 meses, apresentar os comprovativos da sua frequência e conclusão, junto dos Serviços do IEFP, responsáveis pela aprovação da candidatura.
• Limite de 150 horas no período de dois anos;
QUEM SÃO OS BENEFICIÁRIOS? • Ativos empregados (independentemente do nível de qualificação); • Desempregados inscritos no IEFP (há, pelo menos, 90 dias consecutivos), detentores de nível 3 a 6 de qualificação (ensino secundário a licenciatura); • Entidades empregadoras, através participação dos seus ativos empregados.
QUAL É O APOIO POR TRABALHADOR? • Limite de 50 horas no período de dois anos; • Valor hora limite de 4€; • Montante máximo de 175€;
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• Apoio financeiro correspondente ao valor total da ação, até ao montante de 500€, comprovadamente pago.
QUEM PODE APRESENTAR CANDIDATURA AO CHEQUE-FORMAÇÃO? • Ativos empregados: a candidatura pode ser feita pelo próprio ou pela empresa onde trabalha; • Desempregados: a candidatura é feita pelo próprio.
DEMONSTRAÇÃO (COMPROVATIVO DA FORMAÇÃO REALIZADA)
CUMULAÇÃO COM OUTROS APOIOS O Cheque-Formação não é atribuído quando a ação de formação alvo do apoio é objeto de cofinanciamento público, não podendo igualmente ser utilizado pelos beneficiários para concretizar a realização de formação exigida no âmbito de outros apoios públicos atribuídos, nomeadamente pela Medida Estímulo Emprego.
MAIS INFORMAÇÕES: Departamento de Formação e Qualificação E-mail: dfq@nersant.pt Tel.: 249 839 500
Os beneficiários da medida, ou a enti-
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INFORMAÇÃO E APOIO
Microsoft Office 365
E
mbora já tenha sido lançado há 5 anos (28 de junho de 2011), foi com o aparecimento de novas funcionalidades nos últimos anos que o Microsoft Office 365 se começou a destacar, apresentando-se cada vez mais como uma solução de produtividade que pode vir a ser uma grande mais-valia para a maioria das empresas.
QUAIS AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O MICROSOFT OFFICE 365 E MICROSOFT OFFICE “TRADICIONAL”? Com o Microsoft Office “tradicional” as aplicações incluídas (Word, Excel, Outlook, etc.) são instaladas num computador e ficamos limitados a usar o Microsoft Office nesse computador. Caso queiramos utilizar o Microsoft Office em outro computador teríamos de comprar uma nova licença. O Microsoft Office 365 não funciona da mesma forma. Para o Microsoft Office 365, em vez de comprarmos uma licença existe um valor a ser pago mensalmente/ anualmente por utilizador, sendo que cada utilizador tem direito a instalar as aplicações do Office em 5 computadores, não estando assim totalmente limitado a uma única máquina. Para além disso, o Microsoft Office 365 disponibiliza também um conjunto de funcionalidades direcionadas para produtividade através da “Cloud” que facilitam a colaboração entre utilizadores dentro de uma empresa.
O QUE POSSO ESPERAR DO MICROSOFT OFFICE 365? Nem todas as versões incluem as mesmas funcionalidades, sendo que 1TB de armazena-
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mento no OneDrive e versão online do Office (com versões básicas do Word, Excel e PowerPoint) é algo que podemos encontrar em todas as versões do Microsoft Office 365. Alem disso, dependendo da versão, podemos também encontrar as aplicações comuns ao Office (Word, Excel, PowerPoint, OneNote, Publisher, Access e Skype para empresas), Office em tablets/ telemóveis (até 5 tablets e 5 telemóveis por utilizador), caixas de e-mail Exchange com 50 GB por utilizador, ferramentas para realização de reuniões online, portal de vídeos empresarial (para carregar e partilhar vídeos empresariais com toda a empresa), site intranet (com definições de segurança personalizáveis) e muitas outras funcionalidades.
QUANTO CUSTA CADA LICENÇA DO MICROSOFT OFFICE 365? O preço do Microsoft Office 365, nas versões destinadas a empresas, difere conforme a versão escolhida. A versão mais barata tem a mensalidade de 4,20€ por utilizador (Office 365 Empresas - Versão Essentials) e a versão mais cara a mensalidade de 34,40€ por utilizador (Office 365 Enterprise E5).
QUAIS AS VANTAGENS DO MICROSOFT OFFICE 365? O Microsoft Office 365 tem a vantagem de proporcionar uma certa mobilidade
aos seus utilizadores, pois tem uma lógica de funcionamento bastante orientada para a “Cloud”. Tem, assim, a vantagem de proporcionar aos utilizadores uma forma simples de acederem aos seus documentos e/ou e-mails, mesmo que se encontrem fora da empresa. Para além disso o Microsoft Office 365 vem com atualizações incluídas, pelo que, por um lado, temos a garantia de que estamos sempre a utilizar a versão mais recente do Office e, por outro, também faz com que o Microsoft Office 365 esteja em constante evolução nas funcionalidades que nos pode proporcionar. Em suma, o Microsoft Office 365 apresenta funcionalidades que procuram facilitar o acesso e partilha de documentos dentro da empresa. Neste sentido, apresenta se como uma solusolu senta-se ção interessante que pode vir a contribuir para o aumento de produtividade no dia-a-dia de uma empresa.
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Comeres Ribatejanos Armando Fernandes Gastrónomo
O
progresso científico e técnico no plano alimentar das populações conheceu extraordinários progressos nas últimas dezenas de anos, dirá o nefelibata dos nefelibatas. Nefelibata: aquele que anda nas nuvens, que está fora das realidades. Vivendo no irreal tem de comum connosco o facto de se alimentar. Eis verdade digna do Senhor de La Palice. O “aéreo indivíduo” ao comer participa em vários atos culturais, o famoso médico e higienista Hipócrates deixou-nos o conceito de cozinhar ser um acto de rés non naturalis (não natural). Por seu turno James Boswel quando inquirido sobre o que é o Homem respondeu: o homem é aquele que cozinha. Chegados aqui parece-me importante sublinhar os principais vigamentos da construção do sistema alimentar dos ribatejanos desde os primórdios da sua existência, sublinhando desde já a sorte
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dos ancestrais povoadores deste território a ser constituído por largas extensões de terrenos quatro efes – fundos, fortes, frescos, férteis –, contando ainda com formidável corda de água (Tejo) e respetivas afluências prenhas de peixes, ciclóstomos, moluscos e bivalves. Pensemos nos formidáveis vestígios denominados concheiros de Muge. Antes de dominar o fogo o Homem alimentava-se do cru, do fermentado e do podre, entenda-se raízes, rebentos, frutos, grãos, larvas, insetos, caracóis, minhocas, lesmas, aranhas, piolhos e tudo o mais que pudesse mastigar. Obviamente, a mastigação muitas vezes corria mal, isto é, o mastigado continha veneno. Os restantes homens e mulheres ao verificarem o efeito, abstinham-se de cair no mesmo erro. A seleção das espécies vegetais e animais custou a vida a milhares de experimentadores e essas escolhas chegaram até nós. Ainda antes da dominação do fogo o Homem obrigou-se a aprender através da observação dos restantes animais, apro-
veitava os despojos das presas vítimas da força e agilidade de animais de maior porte, até ao dia… que aprendeu a criar, fazer, conceber o fogo e a partir daí tudo se modificou. Na opinião de sábios de múltiplos pensares e saberes a dominação do fogo é a maior invenção da Humanidade, porque lhe permitiu sobreviver. Além disso ganhou incomensuráveis condições matérias de vida. Os alimentos passaram a ser cozinhados, posteriormente descobriu-se que as carnes defumadas se conservavam muito mais tempo. A cozedura dos produtos trouxe alterações na configuração dos rostos dos humanos, estes não tardaram a perceber quão valioso era o fogo no tratamento dos metais: primeiro o bronze, depois o ferro. O bronze e o ferro permitiram o fabrico de armas de elevada perfeição, também prioritários os utensílios de lavoura indispensáveis ao amanho dos campos sem tanto esforço. Desta forma, mercê das virtudes do fogo o processo civilizacional desenvolveu-se e aperfeiçoou-se.
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Avaliação de riscos Após a avaliação de riscos importa acompanhar a efetiva execução das recomendações que lhe hão-de conferir corpo, só assim se garantindo o seu controlo e a eficiência das medidas correspondentes.
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controlo de risco tem por finalidade a eliminação ou a redução da probabilidade de exposição a um perigo, que pode conduzir a um determinado acidente ou doença profissional. De acordo com SILVEIRA, A. (2016) os conceitos dos princípios gerais de prevenção de acordo com a matriz metodológica legalmente configurada numa definição de nove princípios gerais de prevenção (art.º 6.º da Directiva 89/391/CEE) são os seguintes:
ELIMINAR OS PERIGOS OU ELIMINAR OS RISCOS Esta constitui a primeira atitude a assumir no âmbito da prevenção. Este princípio traduz-se, fundamentalmente, nas seguintes acções: • Ao nível do projeto (previsão do risco e sua supressão definitiva através de adequadas soluções de conceção); • Ao nível da segurança intrínseca (seleção dos produtos, equipamentos e materiais de que esteja excluído o risco); • Ao nível dos métodos e processos de trabalho (organização do trabalho de que resulte a ausência de risco).
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AVALIAR OS RISCOS Uma vez caracterizados os riscos que não puderam ser evitados, estes deverão ser avaliados.
COMBATER OS RISCOS NA ORIGEM Este princípio resulta do critério geral de eficácia que deve orientar a prevenção. Com efeito, a eficácia da prevenção é tanto maior quanto mais se dirigir a intervenção para a fonte de risco. Eliminando-se, deste modo, a propagação do risco (ou reduzindo-se a sua escala), evitar-se-á, ainda, a potenciação de outros riscos, além de que se reduzirá a necessidade de recurso a processos complementares de controlo.
ADAPTAÇÃO DO TRABALHO AO HOMEM Este princípio aponta-nos a necessidade de se intervir ao nível das componentes materiais do trabalho, nomeadamente ferramentas, equipamentos, métodos, processos e espaços de trabalho, tendo em vista a adaptação do trabalho ao homem (humanização do trabalho com respeito pelas capacidades e características do homem).
ATENDER AO ESTADO DE EVOLUÇÃO DA TÉCNICA A prevenção não se pode limitar às
intervenções sobre o existente (como sejam os equipamentos e os materiais). Particularmente num momento, como o atual, caracterizado pelo contínuo e rápido desenvolvimento da técnica, haverá que, na prevenção, atender, permanentemente, ao estado da sua evolução.
SUBSTITUIR O QUE É PERIGOSO PELO QUE É ISENTO DE PERIGO OU MENOS PERIGOSO Daqui resultará, quanto ao processo produtivo, a escolha de componentes isentos de perigo ou menos perigosos ou a substituição de componentes perigosos por outros isentos de perigo ou menos perigosos. Deste princípio resultará ainda a escolha de equipamentos de protecção mais eficazes face ao risco, mais adequados ao trabalho e mais adaptados ao homem.
INTEGRAR A PREVENÇÃO NUM TODO COERENTE (produção, organização do trabalho e relações sociais)
A relevância deste princípio para a prevenção reside na necessidade de se associar à implementação de medidas organizativas (do trabalho), a avaliação do seu impacto ao nível das condições de segurança e saúde. Com efeito, da introdução de tais medi-
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das organizativas resultará sempre um determinado efeito ao nível da prevenção de riscos profissionais.
PRIORIDADE DA PROTEÇÃO COLETIVA FACE À INDIVIDUAL Este princípio deverá ser equacionado se e só se a eliminação do risco não for tecnicamente possível. A implementação da proteção coletiva consiste numa ação estabelecida preferencialmente ao nível da fonte do risco (componentes materiais do trabalho e meio envolvente) que, como tal, estabelece uma proteção de considerável eficácia face a toda e qualquer pessoa que a ele esteja exposta. Este princípio levar-nos-á a intervenções, fundamentalmente, no âmbito da escolha de materiais e equipamentos que disponham de proteção integrada e do envolvimento do risco, através de sistemas de proteção aplicadas na fonte.
A proteção individual, por sua vez, constituirá uma opção resultante de não se conseguir controlar eficazmente o risco, pelo que apenas se torna possível proteger o homem. Isto é, não tendo sido possível realizar a “verdadeira” prevenção (adaptar o trabalho ao homem), tenta-se adaptar o homem ao trabalho. Assim, a proteção individual deverá assumir, face à prevenção, uma natureza supletiva (quando não é tecnicamente possível a proteção colectiva) ou complementar (quando a proteção colectiva é insuficiente). A protecção individual pode, ainda, justificar-se como medida de reforço de prevenção face a um risco residual (imprevisível ou inevitável).
FORMAR E INFORMAR A “informação”, enquanto princípio de prevenção, significa um sistema institucionalizado (logo permanente) de alimentação
Graficamente teremos: Matriz metodológica dos princípios gerais de prevenção Princípios Gerais de Prevenção Eliminar perigos / Eliminar riscos Avaliar riscos
Matriz Metodológica AVALIAÇÃO DE RISCOS
Adaptar o trabalho ao homem Atender ao estado de evolução da técnica Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso
CONTROLO DE RISCOS
Integra a prevenção num todo coerente Priorizar a protecção colectiva face à protecção individual Formar e informar
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COMUNICAÇÃO DE RISCOS
GESTÃO DE RISCOS
Combater os riscos na origem
e circulação de conhecimento adequado ao processo produtivo. Apresentando-se sob a forma de diversos tipos de instrumentos, a “informação” deve: • Permitir um conhecimento mais profundo dos componentes do processo produtivo que possibilite a identificação dos riscos que lhes estão associados; • Integrar o conhecimento da forma de prevenir esses riscos; • Apresentar-se de forma adequada aos utilizadores (decisores, quadros e trabalhadores) e em estado de permanente acessibilidade; • A “formação”, por sua vez, consiste num processo estruturado de transmissão de conhecimento. Pela formação procura-se criar competências necessárias, ajustar atitudes corretas e interiorizar comportamentos adequados. Em última análise, a formação, enquanto princípio de prevenção, visa prevenir os riscos associados ao gesto profissional e garantir a eficácia da implementação das demais medidas de prevenção.
Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Comissão europeia lança dois novos instrumentos financeiros para novas empresas A Comissão Europeia adotou dois novos instrumentos financeiros “prontos a usar”, ou seja, “pré-preparados” no âmbito de investimentos a título dos FEEI, com o propósito de facilitar o acesso ao financiamento às jovens empresas e aos promotores de projetos de desenvolvimento urbano. A Comissão pretende assim incentivar os Estados-Membros a duplicarem, no período de 2014 a 2020 os seus investimentos ao abrigo dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI), através de instrumentos financeiros, tais como empréstimos, capitais próprios e garantias, em consonância com os objetivos do plano de investimento. A Comissária Europeia responsável pela política regional, Corina Crețu, afirmou que “os instrumentos financeiros são uma forma eficiente de investir em ideias e empresas novas, e no talento dos cidadãos, despendendo menos recursos públicos. A sua capacidade de mobilizar capital privado é enorme e há que explorá-la plenamente quando se mobilizam os Fundos Europeus Estruturais e de investimento.” Já conformes ao Regulamento dos FEEI e às regras em matéria de auxílios estatais, os instrumentos financeiros “prontos a usar” destinam-se a incrementar o recurso dos Estados-Membros ao financiamento renovável em lugar das subvenções clássicas, combinando recursos públicos e privados. Estão já disponíveis três instrumentos desta natureza. Os empréstimos com partilha de riscos, com base na partilha de riscos entre os recursos públicos e os recursos privados, e o instrumento de garantia máxima, em que as verbas públicas servem de garantia contra o risco de incumprimento no âmbito da carteira de empréstimos de um banco. Ambos os instrumentos visam proporcionar às PME um melhor acesso ao financiamento. O terceiro instrumento é um empréstimo para renovação, consagrado a projetos no domínio da eficiência energética e das
Corina Crețu, Comissária Europeia responsável pela política regional
energias renováveis no setor da construção habitacional. Dia 11 de julho, a Comissão lançou dois novos instrumentos: um instrumento de coinvestimento para proporcionar financiamento às empresas em fase de arranque e às PME. Este apoio permitir-lhes-á desenvolver os seus modelos de negócio e captar financiamento adicional através de um regime de investimento coletivo, gerido por um intermediário financeiro principal. O investimento total, combinando recursos públicos e privados, pode ascender a 15 milhões de euros por PME. Os fundos de desenvolvimento urbano irão apoiar projetos urbanos sustentáveis, por exemplo nos domínios dos transportes públicos, da eficiência energética ou da regeneração de zonas urbanas. Os projetos devem ser financeiramente viáveis e formar parte de uma estratégia de desenvolvimento urbano integrado sustentável. O investimento total, combinando recursos públicos e privados, pode ascender a 20 milhões de euros por projeto. O apoio assumirá a forma de um fundo de empréstimos a gerir por um intermediário financeiro, com recursos dos FEEI e uma contribuição de pelo menos 30% de capital privado.
CONTEXTO Comparativamente com as subvenções, os instrumentos financeiros captam mais recursos públicos e privados quando se trata de complementar o financiamento
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público inicial e podem ser reinvestidos ao longo de vários ciclos. O quadro dos FEEI para o período de 2014 a 2020 introduz mais flexibilidade e clareza, aumentando as possibilidades de recorrer a instrumentos financeiros. Em primeiro lugar, o âmbito de utilização destes instrumentos foi alargado a áreas de investimento que vão desde o apoio às PME, à eficiência energética, às tecnologias digitais, aos transportes sustentáveis, à investigação e ao desenvolvimento e à inovação. O novo quadro introduziu também estes novos instrumentos financeiros normalizados e “prontos a usar”, cujos termos e condições estão pré-definidos e que foram concebidos para uma utilização rápida. Para mais informações sobre a evolução do quadro para o período de 2014 a 2020 no que respeita à utilização dos FEEI através de instrumentos financeiros, clicar aqui. Está previsto aplicar mais de 20 mil milhões de euros dos FEEI através dos instrumentos financeiros no período de 2014 a 2020. A Comissão tem vindo a prestar assistência às autoridades de gestão e a outras partes interessadas, especialmente através do lançamento, em janeiro de 2015, da plataforma “FI-compass”, em parceria com o Banco Europeu de Investimento. Esta plataforma disponibiliza conhecimentos práticos e ferramentas de aprendizagem relativos aos instrumentos financeiros.
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Projeto da Escola Profissional de Salvaterra de Magos recebe galardão “Melhor Ideia Inovadora” A Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM) viu dia 12 de julho, em Oliveira do Bairro, galardoado com o Prémio “Melhor Ideia Inovadora”, um dos três projetos de eletrónica apresentados ao Concurso de Protótipos Técnológicos - AptiPro 2016: trata-se da E-Tox Box. O E-Tox-Box é um protótipo de um caixote de lixo hospitalar, totalmente inovador. É um equipamento com um kit eletrónico incorporado que, com o aproximar do técnico de saúde, abre a tampa e, após a colocação de lixo no mesmo, fecha-se e há uma desinfeção na ante câmara. Após esta funcionalidade, abrem-se umas pás e os resíduos passam para o saco do lixo. Este equipamento reduz o contacto com o lixo hospitalar, desinfeta-o e cria um ambiente hospital mais higiénico, protegendo a saúde. “Este é o resultado do ótimo trabalho desenvolvido pelos nossos alunos e professores”, referiu o diretor da Escola Profissional
de Salvaterra de Magos. Duarte Bernardo garantiu também que a EPSM vai continuar a apostar neste tipo de concurso a nível nacional e internacional. Estes eventos estimulam nos alunos “a motivação, a iniciativa, a criatividade, a qualidade da aprendizagem, a capacidade de concretizar projetos e o brio pessoal e profissional”, lembrou o responsável.
Investimento na Indústria 4.0 acelera com Call da Portugal Ventures
Portugal é um dos “líderes moderados” em inovação O nível de inovação da União Europeia aproxima-se cada vez mais dos níveis de inovação do Japão e dos EUA; a Suécia é líder da inovação e a Letónia tornou-se o país em que a inovação regista o crescimento mais rápido. Estas são algumas das conclusões dos resultados de 2016 do Painel Europeu da Inovação, do Painel de Avaliação da Inovação Regional e do Inobarómetro publicados pela Comissão Europeia. Portugal está no grupo dos “Líderes moderados”, em 6.º lugar em 14 países, um pouco abaixo da média europeia, mas à frente de países como Espanha, Polónia ou Hungria.
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A Call Indústria 4.0 é um novo programa de investimento da Portugal Ventures dirigido a empreendedores e empresas com o objetivo de promover a criação de startups e spin-offs empresariais e universitárias no âmbito do conceito de Indústria 4.0, contribuindo para acelerar o desenvolvimento e modernização da indústria nacional, tornando-a mais produtiva e rica, eficiente, flexível, e globalmente competitiva. A iniciativa integra-se na estratégia nacional que pretende colocar o país na “linha da frente” das tendências globais de digitalização da economia e segue em linha com a missão definida pelo Governo e por várias organizações, entre as quais a ACEPI enquanto associação da Economia Digital. O objetivo da Call Indústria 4.0 é investir em projetos de startups ou spinoffs de empresas que desenvolvam e integrem soluções baseadas nas tecnologias que caracterizam a 4.ª Revolução Industrial, com base em tecnologias/produtos/soluções “comercializáveis” globalmente e que demonstrem possuir fatores de competitividade internacional e forte potencial de escalabilidade. Nesse âmbito, o novo programa de investimento Call Indústria 4.0 promoverá novos desenvolvimentos orientados para a virtualização, integração e otimização de cadeias de valor globais, horizontais e verticais, nomeadamente com a integração, a montante e a jusante, de consumidores/clientes e fornecedores nos processos de conceção,
desenvolvimento e produção; definição e gestão de novas cadeias de valor virtualmente integradas com níveis crescentes de especialização nos diversos layers que as constituem, incluindo as fases de gestão do fim de vida dos produtos; e crescente digitalização dos processos de criação, produção e interconetividade de equipamentos, soluções e serviços através da utilização massificada dos conceitos, materiais e dispositivos, arquiteturas e aplicações de sistemas e software no espaço da internet das coisas e da incorporação de tecnologias de produção avançadas; novos modelos de negócio no espaço da economia do conhecimento que proporcionam um aumento significativo de valor para empresas e clientes, nomeadamente através de soluções customizadas. Os projetos selecionados para investimento pela Portugal Ventures beneficiarão de um investimento até 500 mil euros, por ronda. As candidaturas devem ser submetidas em inglês através do site www.portugalventures.pt, onde pode ser encontrada toda a informação referente a esta nova iniciativa.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
1º concurso de ideias de negócio
Divulgados vencedores do concurso Incubar+Lezíria Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e atrair projetos qualificados e inovadores para a Lezíria do Tejo, a NERSANT lançou aos empreendedores do país, um concurso de ideias de negócio, o 1.º de 4 previstos no âmbito do Incubar+Lezíria. Um projeto na área da eficiência energética para a iluminação pública, um projeto dedicado à valorização da carne de raça brava do Ribatejo e um projeto que cria alternativas ao queijo preparado com laticínios, são os três vencedores.
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om o objetivo de fomentar o empreendedorismo e atrair projetos mais qualificados e inovadores para a Lezíria do Tejo, terminou no passado dia 8 de julho o Concurso Incubar+Lezíria, o 1.º de 4 concursos que este projeto vai realizar e que se centrou nas temáticas da Alimentação, Agricultura, Agroindústria, Floresta, Energia, Ambiente e Recursos Naturais. Este 1.º concurso recebeu 31 candidaturas que foram avaliadas no dia 25 de julho pelo júri, composto pelos professores Maria do Rosário Partidário, docente no Instituto Superior Técnico e especialista na área ambiental, Francisco Avillez, docente no Instituto Superior de Agrono-
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mia e especialista em agricultura e Manuel Laranja, docente no Instituto Superior de Economia e Gestão e especialista em empreendedorismo e inovação, e também pelos representantes das quatro entidades promotoras do Incubar+Lezíria, Maria Salomé Rafael, Presidente da Direção da NERSANT, Maria Fernanda Pires, Coordenadora da Unidade de Empreendedorismo do Instituto Politécnico de Santarém, Diva Cobra, Presidente da Desmor e Carlos Lopes de Sousa, Presidente da Direção do Agrocluster. O júri teve como critérios de análise a integração numa das áreas temáticas do concurso (fator eliminatório), o grau de inovação do projeto, a resposta a neces-
sidade / oportunidade do mercado, ser atividade de alta, média-alta tecnologia ou uso intensivo de conhecimento, o potencial de convertibilidade da ideia em criação de valor na Lezíria do Tejo, o grau de maturação da ideia, o potencial de escalabilidade e o potencial de criação de emprego qualificado. Analisadas as candidaturas, o júri deli-
O 1.º concurso Incubar+Lezíria recebeu 31 candidaturas, de onde foram escolhidos os três vencedores. www.nersant.pt
berou que os 3 vencedores do 1º Concurso de Ideias de Negócio do projeto Incubar+Lezíria foram os projetos LED UP, apresentado pelo promotor Frederico Conde Vieira, o projeto TAUROBURGUER apresentado pelos promotores Manuel Gomes e Luís Figueiredo e também o projeto VEGAN CHEESY, apresentado por Mónica Venda. O projeto LED UP, candidatado na área da Energia, consiste na conceção e desenvolvimento de painéis de difusão luminosa utilizando a tecnologia LED, para aplicação sobretudo na iluminação pública, com caraterísticas específicas de difusão da luz, eficiência energética superior ao que existe no mercado e com sistema de isolamento de elevada resistência às condições meteorológicas adversas. É um projeto que apresenta um elevado estado de maturidade e que pretende avançar para apresentação ao mercado com a realização de uma primeira prova de conceito, tendo já contactos desenvolvidos neste sentido. O projeto TAUROBURGUER, apresentado nas áreas da Alimentação e Recursos Naturais, consiste no desenvolvimento de um projeto dedicado à valorização da carne de raça brava do Ribatejo (produto com Denominação de Origem Protegida) através da adoção de um conjunto de ino-
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vações de produto e de marketing, que permitirão acrescentar valor a um produto totalmente identificado com a Lezíria do Tejo e com a Charneca Ribatejana. O júri valorizou o grau de maturação da ideia e de preparação para a operacionalização do negócio, bem como a expressiva demonstração do potencial de criação de valor apresentada na candidatura. O projeto Vegan Cheesy, apresentado nas áreas da Agroindústria e Alimentação pretende fabricar e comercializar produtos vegetarianos, sem qualquer adição de ingredientes de origem animal, criando sobretudo alternativas ao tradicional queijo preparado com laticínios. O júri considerou esta uma ideia inovadora na área da produção e comercialização de produtos vegetarianos, muito bem estruturada e planificada, com potencial de mercado, de criação de valor, de desenvolvimento do negócio e de criação de vários postos de trabalho. É de salientar que, dada a qualidade dos projetos apresentados, além dos prémios
atribuídos aos vencedores, todos os candidatos foram convidados a continuar o processo de maturação das suas ideias de negócio, contando com o apoio do projeto Incubar+Lezíria, o que inclui Consultoria, Mentoria, utilização de ferramentas de Modelação de Negócio, Planeamento e Simulação, apresentação a potenciais parceiros e Financiadores, enquadramento em Sistemas de Incentivos e ainda a possibilidade de beneficiar, gratuitamente, dos espaços de co-working da Startup Santarém por um período de 6 meses. O próximo Concurso de Ideias do projeto Incubar+Lezíria realizar-se-á em outubronovembro de 2016, focado nas questões da Inovação no Desporto, Saúde e Bem-estar. Ainda antes deste terá lugar um outro Concurso de Ideias de Negócio aberto a projetos de todas as linhas das RIS3 do Centro e do Alentejo, este integrado no projeto RIBATEJO EMPREENDE que a NERSANT irá dinamizar. MAIS INFORMAÇÕES Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade datic@nersant.pt | 249 839 500 www.incubarmaisleziria.nersant.pt www.sitiodoempreendedor.nersant.pt
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INTERNACIONALIZAÇÃO
NERSANT com diversas ações de apoio à internacionalização no segundo semestre Até ao final do ano, a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, vai promover a realização de diversas ações de apoio à internacionalização das empresas do Ribatejo, com a realização de missões empresariais a Moçambique, Canadá e Marrocos. Organiza ainda em território ribatejano, mais concretamente em Tomar, o NERSANT Business – Encontro Internacional de Negócios do Ribatejo.
Missão Empresarial a Marrocos em novembro
Missão Empresarial a Moçambique em setembro O crescente desenvolvimento e crescimento económico que Moçambique tem registado, bem como o aumento sistemático do investimento português neste território africano, comprovam as oportunidades crescentes que existem neste mercado. Ciente destas oportunidades, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, vai realizar uma missão empresarial a Moçambique já em setembro. A viagem de negócios, que contará com a participação de diversas empresas portuguesas, realiza-se de 02 a 08 de setembro, em Maputo. Aqui, as empresas que vierem a integrar a missão empresarial terão oportunidade de reunir com empresas moçambicanas, de acordo com os seus objetivos. Para além dos diversos contactos, que serão agendados previamente pela NERSANT, as empresas participantes terão ainda acesso a um espaço onde poderão expor os seus produtos e/ou serviços
Marrocos continua a ser um mercado com potencial para as empresas portuguesas. Nos últimos anos, o número de empresas portuguesas a exportar para Marrocos quase que duplicou, sendo que o número de empresas portuguesas instaladas em Marrocos passou de 45 em 2004 para cerca de 150 presentemente, muito devido à proximidade geográfica com Portugal e às boas relações económico-políticas existentes. O país abrange uma área de 446.550 Km2 e tem cerca de 32,5 milhões de habitantes, a sua capital administrativa é Rabat, mas Casablanca é a capital financeira, industrial e económica do país. Ciente desta realidade, a NERSANT em parceria com a CCIP, vai realizar uma missão empresarial a Casablanca em Novembro, o que irá permitir às empresas participantes na missão, a exploração das muitas oportunidades de negócio deste país. A viagem de negócios, que contará com a participação de diversas empresas portuguesas, realiza-se de 20 a 24 de Novembro, tendo como foco a cidade de Casablanca. Aqui, as empresas que vierem a integrar a missão empresarial terão oportunidade de reunir com empresas marroquinas de acordo com os seus objetivos.
INSCRIÇÕES Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade • datic@nersant.pt • 249 839 500 • www.exportribatejo2020.nersant.pt
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Missão Empresarial ao Canadá em dezembro Muito devido à enorme comunidade portuguesa no Canadá, este país continua a ser um dos que mais oportunidades de negócio oferece às empresas nacionais. Por este motivo, está já agendada uma missão empresarial a Toronto onde as empresas da região do Ribatejo vão poder mostrar o seu potencial. Com 36 milhões de habitantes e uma enorme presença portuguesa no país - os dados apontam para cerca de 1 milhão de habitantes portugueses - a aceitação de produtos e serviços portugueses acontece de forma natural, motivo pelo qual exis-
tem no Canadá diversas oportunidades de negócio para as empresas nacionais, especialmente em setores como o alimentar, a construção, a metalomecânica, entre outros. Ciente desta realidade, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, vai realizar uma missão empresarial ao Canadá em dezembro, o que irá permitir às empresas participantes na missão, a exploração das muitas oportunidades de negócio deste país. A viagem de negócios, que contará com a participação de diversas empresas
portuguesas, tem como foco a cidade de Toronto. Aqui, as empresas que vierem a integrar a missão empresarial terão oportunidade de reunir com empresas canadianas de acordo com os seus objetivos. Para além dos diversos contactos, que serão agendados previamente pela NERSANT, as empresas participantes terão ainda acesso a um espaço onde poderão expor os seus produtos e/ou serviços, uma vez que a associação irá organizar ainda uma mostra dos produtos/serviços das empresas participantes na ação.
NERSANT Business 2016 bate recorde de países inscritos A 2 meses de realização do NERSANT Business 2016, o evento acaba de superar o número de países inscritos na sua última edição. Neste momento estão inscritos 18 países, muitos deles estreantes no encontro de Negócios do Ribatejo organizado pela NERSANT. Letónia, Bulgária, India, Hungria e Gana. Estes são apenas alguns dos países estreantes no NERSANT Business 2016 e que integram o leque de 18 países inscritos nesta edição do evento. De facto, o crescimento do Encontro de Negócios Internacional do Ribatejo tem sido uma constante desde a primeira edição, graças ao sucesso e oportunidade ímpar que o evento tem representado para as empresas nacionais e estrangeiras. Na sua primeira edição, o evento contou com seis delegações, um feito notável à data, uma vez que nenhum outro evento do género tinha sido organizado na
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região. Hoje, volvidos 4 anos, o evento alcança, a apenas dois meses da sua realização, 18 países inscritos, superando assim o número de delegações presentes na edição de 2015. Este ano, à semelhança do ano passado, o Encontro vai realizar-se em outubro em Tomar, onde as empresas terão um espaço privilegiado para a realização de reuniões B2B. Este ano, o evento conta com algumas novidades que podem alavancar a realização de negócios entre as empresas presentes. Uma delas é a possibilidade de as empresas nacionais inscritas remeterem à NERSANT a indicação de duas empresas estrangeiras que gostariam de convidar a estar presente no evento, dando-se assim continuidade a contactos estabelecidos anteriormente ou por outra via; e outro é a presença, em espaço contíguo ao evento, de stands de Embaixadas e Câmaras do Comércio que podem esclarecer algumas questões pertinentes durante a realização das reuniões.
Este ano, o NERSANT Business realizase de 24 a 26 de outubro. As empresas interessadas em efetuar inscrição no evento ainda o podem fazer, bastando para tal contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da associação, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500. O NERSANT Business tem ainda um site onde podem ser acompanhadas todas as novidades em relação à edição deste ano (www.business.nersant.pt).
MAIS INFORMAÇÕES Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade datic@nersant.pt * 249 839 500 www.business.nersant.pt
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Festivo Começo “adoça” mercado árabe Vítor Rego foi diretor fabril da Nova Lisboa, durante 18 anos. Reformado há apenas três meses e ciente das dificuldades da empresa, decidiu “arregaçar mangas” e restaurar o negócio ao qual se dedicara durante tantos anos. Fez uma proposta de aquisição de instalações e equipamentos e fundou a Festivo Começo há apenas 5 anos, mantendo todos os postos de trabalho da altura. Sediada em Santarém, a empresa tem vindo a crescer, adoçando a boca quer do mercado nacional, quer do mercado internacional.
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firmando-se como uma grande referência no fabrico de produtos alimentares de alta qualidade destinados à indústria transformadora, hotelaria e grandes cadeias de supermercados, é na produção de frutas cristalizadas, amêndoas e marmeladas que a Festivo Começo concentra grande parte da sua atividade. O segredo de sucesso da empresa, contou-nos Vítor Rego, continua a ser “a forma como todas as frutas são tratadas, escolhidas, transformadas e embaladas.
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A tecnologia complementa o tratamento artesanal que as nossas receitas exigem”, contou o administrador da empresa, afirmando que esta aliança é, de facto, fundamental para a qualidade dos seus produtos. Mas não só. O crescimento que a empresa tem verificado, especialmente numa altura em que muitas empresas do ramo entraram em declínio, tem a ver também com uma ambiciosa estratégia de internacionalização, levada a cabo apenas dois anos após a fundação da empresa. “Se num
PRODUTOS • Marmeladas Extra e Dietéticas • Frutas em Calda • Frutas Escorridas • Frutas Cristalizadas • Bebidas Concentradas de Fruta • Doces e Geleias • Amêndoas Cobertas de Açúcar
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Se num primeiro momento elencámos esforços para reconquistar o mercado nacional, decidimos logo de seguida que este seria limitado para uma empresa como a Festivo Começo.” primeiro momento elencámos esforços para reconquistar o mercado nacional, decidimos logo de seguida que este seria limitado para uma empresa como a Festivo Começo”, fez saber Vítor Rego. A estratégia de internacionalização foi posta em marcha em 2015, tendo o volume de exportação da empresa passado de 2% para 14% logo nesse ano, com vendas registadas para países como o Luxemburgo, França, Bélgica e Polónia, na Europa, e Estados Unidos da América e Canadá, na América do Norte. Paralelamente a estes mercados, o administrador da Festivo Começo sentiu que estava na altura de consolidar de uma vez por todas a estratégia de internacionalização da empresa, tendo delineado um plano de ação para o efeito. Escolheu o Médio Oriente, em especial o mercado saudita para o fazer e justificou esta escolha com o facto de, aqui, o setor alimentar “crescer 12% ao ano”, mas também com a forte capacidade financeira deste povo. Criou uma marca a pensar exclusivamente neste mercado – a Festa Internacional – que está já a vender os produtos Festivo Começo,
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Vítor Rego
mas também um rol de outros produtos alimentares, como arroz, grão-de-bico, mel, bolos, biscoitos e queijo saloio, fruto de parcerias firmadas com 5 empresas nacionais parceiras. Muito em breve, adiantou Vítor Rego à Ribatejo Invest, a empresa vai também entrar na área dos produtos dietéticos, que têm, neste mercado, um crescimento de 24% ao ano. Para além disso, a Festivo Começo está ainda a trabalhar no desenvolvimento de novos produtos para a Arábia Saudita. “Estamos a desenvolver um novo produto à base de folhas de videira. É um produto que vai à mesa todos os dias na Arábia Saudita e que estamos a reinventar a pedido deste mercado”, deixou escapar o empresário. Neste momento a Festivo Começo tem agentes a trabalhar na Arábia Saudita, nomeadamente nas cidades de Riade, Jedha e Dammam, o que resultou já na concretização de contratos com outros países do Médio Oriente. Para além da Arábia
A Festivo Começo admitiu recentemente nos seus quadros superiores, para coordenação das Áreas Comerciais, Comunicação, Design e Assessoria da Administração, um dos descendentes de Vítor Rego, licenciado em Comunicação e Artes Gráficas, garantindo-se assim a continuidade da empresa no seio familiar.
Saudita, os produtos Festivo Começo estão já, ou vão estar em breve, em países como o Bahrein, Omã, Qatar, Iémen, Jordânia, Palestina, Síria e Líbia, o que permitirá alcançar a meta de 42% de volume de exportação prevista para este ano. No entanto, adiantou-nos o empresário, “se estes valores não forem alcançados este ano, não desistimos de os alcançar ou até ultrapassar no próximo!” Mas se o mercado Árabe é já uma realidade bem doce para a Festivo Começo, a verdade é que a empresa não tem parado na sua luta por uma internacionalização cada vez mais consolidada. A empresa está neste momento a estudar a hipótese de colocar a marca Festa Internacional na Irlanda, Rússia e Egito. Ganhou ainda um concurso internacional para uma entidade humanitária da África Central, no valor de 3 milhões de euros. Esta aposta na internacionalização é notória nas contas da empresa. O ano passado, a Festivo Começo teve um volume de negócios na ordem dos 2,9 milhões de euros, este ano deverá chegar aos 5 milhões e para o próximo ano perspetivase um aumento substancial, não revelado. Factos que deixam Vítor Rego, naturalmente, orgulhoso. E a Ribatejo Invest também.
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21ª edição do INOV Contacto Programa procura jovens para estágios internacionais remunerados O Programa INOV Contacto é uma iniciativa gerida pela AICEP Portugal Global e cofinanciada pelo PO ISE – Programa Operacional de Integração Social e Emprego, Portugal 2020 e União Europeia, Fundo Social Europeu, Iniciativa Emprego Jovem. É reconhecido internacionalmente como exemplo de Boas Práticas e Case Study pela União Europeia, OCDE e FSE. Com 20 anos de experiência, cerca de 5.000 estágios realizados em mais de 1000 entidades espalhadas por 78 mercados, o programa prepara jovens talentosos para o mundo profissional através de estágios internacionais remunerados. As entidades e empresas de acolhimento, de reconhecido interesse e mérito têm a possibilidade de receber recursos humanos qualificados de elevado potencial. As inscrições estão abertas para os jovens licenciados, até às
15h00 do dia 15 de setembro e para as entidades de acolhimento, prolongam-se até ao dia 30 do mesmo mês. As candidaturas são feitas exclusivamente on-line em www.inovcontacto.pt. Neste link encontra-se também toda a informação necessária à candidatura.
Novo programa para internacionalizar empresas em marcha na Ribatejo Um novo projeto para promover as exportações da região do Ribatejo está a ser desenvolvido pela NERSANT Associação Empresarial da Região de Santarém. O projeto tenciona alavancar o aumento das exportações da região e também atrair investimento para o Ribatejo através da abordagem a novos mercados e da disponibilização de informação relevante e estratégica, quer sobre as potencialidades do Ribatejo, quer sobre os mercados externos. Prevê ainda a criação de uma rede de networking internacional assente numa plataforma tecnológica que potenciem as oportunidades de negócios para as empresas da região, bem como a realização de encontros de negócios na região e em diversos mercados prioritários. Ao fim e ao cabo, o objetivo da associação com estas atividades é a promoção do Ribatejo, suas empresas, produtos e
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serviços, através de uma política de apoio à exportação não só através dos canais tradicionais, mas criando ferramentas tecnológicas de apoio. De facto, a plataforma tecnológica assume neste projeto um especial destaque, uma vez que é na mesma que vai ficar disponibilizada toda a informação estratégica prevista no projeto - os manuais sobre as potencialidades do Ribatejo e os guias para o exportador para os diferentes mercados - , e onde vai ser gerida a rede de networking empresarial entre as empresas do Ribatejo e os diversos mercados. O projeto não esqueceu ainda a materialização das oportunidades de negócio decorrentes desta estratégia. Vão ser realizados, por este motivo, encontros internacionais de negócios, onde as parcerias e negócios vão poder ser exploradas. Decorrerão quer no Ribatejo, quer em território internacional.
Relativamente aos mercados externos a abordar, e operando numa lógica de diversificação de mercados, são prioritários países como Moçambique, Marrocos, Colômbia, Gana, Canadá, Turquia, México, Chile, Polónia e Austrália, pelo que os estudos e eventos previstos no estrangeiro irão incidir sobre os mesmos. O “Export Intelligence” – assim se denomina este novo projeto da NERSANT – é apoiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC. Todas as ações previstas ao abrigo desta nova aposta da NERSANT serão dinamizadas até ao final do ano de 2017. As empresas interessadas em conhecer de perto este projeto e / ou integrar algumas das ações previstas, devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.
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