Fevereiro 2016 | N.º 5
Empreendedorismo
Parlamento Europeu quer impulsionar startups
Candidaturas abertas nas áreas de empreendedorismo, inovação e internacionalização
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Empreendedorismo Internacionalização
Colômbia
Projeto do Sítio do Empreendedor (NERSANT) vence Prémio EdP Expresso
Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Benavente Carlos Coutinho
Viver o Tejo
Viagem pelas Terras Templárias
ÍNDICE
Fevereiro 2016 | N.º 5
DESENVOLVIMENTO REGIONAL 12
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Breves Notícias das Empresas Produtos / Marcas: A Torre Poder Local Entrevista a Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente
INFORMAÇÃO E APOIO 28
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Portugal 2020 CLDS 3G Torres Novas Tudo o que precisa saber sobre domínios Ferramentas de Lean Manufacturing Novo seguro obrigatório de responsabilidade civil industrial Monitorização de Consumos de Energia O Volkswagen Golf GTE - Primeiro híbrido plug-in com ADN do Golf GTI
VIVER O TEJO 24
Terras Templárias
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 34 38
Notícias Empreendedorismo: Rodalgés
INTERNACIONALIZAÇÃO 40 42 44
Notícias Empresas exportadoras: Henriques & Henriques Informação de mercado: Colômbia
42 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL GARRIDO ARTES GRÁFICAS ABRE PRINT CENTER EM ALPIARÇA
Editorial
Ribatejo Invest
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xistem no Ribatejo aproximadamente 1815 empresas exportadoras, número que tem vindo a aumentar nos últimos anos. As empresas exportadoras, que representam apenas 15% do total de empresas da região, têm uma importância preponderante na estrutura económica e social da região, assegurando emprego a cerca de 43% do número total de trabalhadores. Importa ainda salientar que destas 1815 empresas, 435 exportam mais de 50% do seu volume de negócios. O sucesso das empresas ribatejanas nos mercados externos é visível no crescimento das exportações de bens e serviços registado entre 2013 e 2014, e que se situou na ordem dos 5,6%, número mais elevado que a média nacional, que no mesmo período, se ficou nos 1,7%. Estes números são bastante satisfatórios e demonstram que as empresas ribatejanas estão a responder positivamente aos desafios da economia portuguesa. Confirmam ainda que os nossos produtos e serviços são competitivos no mercado global, tendo tido a NERSANT um importante papel nessa orientação, fruto do relacionamento de proximidade, conhecimento e apoio que dá às empresas da região nas suas estratégias de internacionalização. Não obstante, são muitos os constrangimentos que afetam a competitividade das nossas empresas e as colocam em desvantagem face às suas congéneres europeias. Os custos de energia, a carga fiscal que continua elevadíssima, a legislação laboral desadequada, as dificuldades de financiamento são apenas alguns dos problemas que as nossas empresas enfrentam diariamente e para os quais a NERSANT tem repetidamente chamado a atenção. A reversão de algumas medidas que tinham sido recentemente acordadas (como a interrupção da descida gradual da taxa do IRC; o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos; o aumento dos impostos sobre o sector bancário, no que respeita ao imposto de selo) terão repercussão direta nos custos das empresas, quando estas já enfrentam custos de financiamento muito superiores aos seus concorrentes. Não obstante estas dificuldades que vão surgindo, a NERSANT continuará a fazer ouvir a sua voz e a apresentar soluções que contribuam sempre para o sucesso das empresas do Ribatejo.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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A empresa Garrido Artes Gráficas, situada na zona industrial de Alpiarça, decidiu abrir neste mesmo espaço, um print center que responde a todas as necessidades das empresas. “Tudo para apoio às empresas” é o mote deste print center que tem como serviços cópias (pequenos e grandes formatos), encadernações, fotocópias, picotes e furos. Segundo Joaquim Garrido, responsável da empresa, este novo centro de cópias e publicidade já começou a servir os primeiros clientes. A Garrido Artes Gráficas é uma das mais antigas empresas de Alpiarça e está, neste momento, prestes a comemorar 30 anos.
CARTAXO VAI ELEGER MELHOR VINHO NA PRODUÇÃO Até ao dia 4 de março, estão abertas inscrições para o “XVII Concurso de Vinhos do Tejo” e para o “XXXII Concurso de Vinhos do Concelho do Cartaxo – O Melhor Vinho na Produção - Colheita de 2015/2016”, data limite para os produtores do concelho e da região apresentarem os seus tintos, brancos e rosés. As amostras serão recolhidas de 7 de março a 1 de abril por técnicos da Câmara Municipal do Cartaxo e avaliadas por um júri constituído por sete provadores. Os resultados deste concurso serão divulgados durante a próxima Festa do Vinho.
QUERIDO MUDEI A CASA OBRAS CHEGA A SANTARÉM O Querido Mudei a Casa Obras já está disponível no distrito de Santarém. José Castelo assinou recentemente o contrato de franchising com o Querido Mudei a Casa Obras, pelo que quem vive no Ribatejo já pode chamar os Queridos para fazer obras em casa. Ligado à construção civil há vários anos, José Castelo decidiu recentemente aderir ao Querido Mudei a Casa Obras, em virtude das mais-valias em termos de formação e marketing do Querido Mudei a Casa Obras e da prosperidade do negócio. Os orçamentos são gratuitos e podem ser solicitados através do call center (707 201 105) ou do site www. queridoobras.pt. A nível nacional a rede de franchisados Querido Mudei a Casa Obras já conta com 43 Queridos espalhados no país. Esta marca faz parte da MELOM, a rede n.º1 de obras em Portugal, representada em 67 unidades em Portugal. Em 2014, a MELOM e o QMAC-O faturaram 7,3 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento de 33 por cento em comparação com o ano anterior. Estes valores referem-se a 2683 obras adjudicadas, mais 11 por cento do que em 2013. No ano passado foram realizadas cerca de 2000 pequenas intervenções com uma faturação correspondente de 800 mil euros. De referir que a MELOM é uma marca portuguesa especializada nas áreas da reabilitação de imóveis, que conta com uma rede de 104 franchisados espalhados por todo o território nacional, 37 dos quais associados ao Querido Mudei a Casa Obras. A MELOM é a primeira do setor a agrupar numa só insígnia várias empresas especializadas em áreas como a carpintaria, serralharia, pintura, pavimentos, canalização e vidros, entre outros serviços.
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LANÇADO ESPUMANTE PORTAS DO TEJO Foi lançado no dia 4 de dezembro o novo vinho da Adega de Almeirim, o Espumante Portas do Tejo. As castas Chardonnay e Arinto produzidas em vinhas da charneca ribatejana, implantadas em solos arenosos pobres e bem drenados originaram este vinho espumante de aromas elegantes com boca complexa e estruturada e bolha fina e persistente. De acordo com a Adega de Almeirim, este espumante “é excelente para servir como aperitivo e para acompanhar pratos de peixe gordo ou leitão assado. Deve servir-se á temperatura de 8ºc”.
NERSANT RENOVA FROTA AUTOMÓVEL COM CARROS ELÉTRICOS A NERSANT substituiu três das suas viaturas por carros elétricos com o objetivo de reduzir custos, mas também de dar o exemplo no que diz respeito a políticas de protecção ambiental. Neste sentido, a Associação tem desde o início do ano três novos carros da marca Renault que funcionam com motor elétrico, tendo sido instalado em Torres Novas, na sede da associação, um posto de carregamento para estas viaturas, embora as baterias possam ser carregadas também através de qualquer tomada elétrica. O modelo utilizado pela NERSANT, “ZOE” permite ainda carregar a bateria a partir da energia recuperada nas travagens. Ao contrário dos carros convencionais, um elétrico só tem acelerador e travão, assim como uma caixa de velocidades apenas com as mudanças de ponto morto,
marcha atrás e andamento. Como não tem velocidades, a condução de um carro elétrico é similar a um carro automático, mas é mais suave e cómoda, além de ser muito silenciosa. Duas das viaturas elétricas NERSANT estão ao serviço da sede da Associação em Torres Novas. O terceiro carro elétrico está ao serviço do Núcleo NERSANT do Sorraia.
NOVO HOTEL EM FERREIRA DO ZÊZERE Ferreira do Zêzere conta agora com uma nova unidade hoteleira, a Casa do Adro Boutique Hotel, que alia a tradição de um Solar de 1776 com as comodidades da era moderna. Dispõe de 42 quartos e está aberto há seis meses. Localizado no centro da vila de Ferreira do Zêzere, junto à igreja Matriz, o novo hotel distingue-se pela sumptuosidade e conforto da decoração, que, entre vários elementos, dispõe de um balcão em madeira lacada e um espelho. O lobby, antigo pátio de carruagens, apresenta tapetes cor de mostarda, num claro contraste com o piso negro, da mesma forma que a escadaria (ainda na pedra original) o faz com a cúpula de vidro. Já a cor das paredes – taupe – incrementa a sensação de calma e conforto. A Casa do Adro Boutique Hotel dispõe de
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42 quartos, aos quais se junta a piscina exterior e o bar de apoio, que, por estar localizada no último piso, permite desfrutar de uma esplanada panorâmica. Em termos de atividades o local é propício à pratica de desportos náuticos como os passeios de barco, o wakeboard e a canoagem. A recuperação/decoração do edifício onde está instalado este novo hotel, esteve a cargo do arquiteto Miguel Ponce Dentinho.
TRIGÉNIUS É PME EXCELÊNCIA 2015... A TRIGÉNIUS foi novamente distinguida como PME Excelência, um selo de reputação de empresas atribuído pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, a fim de reconhecer o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores a nível de gestão e ambiente económico-financeiro. Vendas e resultados muito acima da média são fatores que, aliados a uma autonomia financeira notável, decidem a atribuição de quem deve estar entre os “melhores dos melhores”. Após ter sido considerada PME Líder 2015, esta distinção de PME Excelência atribuída à TRIGÉNIUS reconhece a estratégia de crescimento partilhada por todos os colaboradores e parceiros da empresa. Filipe Cortez, Paulo Ribeiro e Sílvio Cruz, administradores da empresa de Tecnologias de Informação de Fátima, afirmam que é um orgulho a TRIGÉNIUS estar entre os “melhores dos melhores”. “Não trabalhamos à procura de prémios mas é sempre agradável ser reconhecido pela nossa estratégia em oferecer produtos e serviços de qualidade, ser um parceiro de confiança e sempre focado em oferecer soluções profissionais com forte caráter de inovação.” Para a TRIGÉNIUS, o ano de 2015 foi mais um ano de crescimento consolidado e focado na Inovação. Existiu um reforço de competências e soluções em diversas áreas, nomeadamente na área de negócio Telecomunicações como também foi feito um upgrade do Portal do Cliente permitindo aos clientes consultarem ainda mais informação detalhada dos seus contratos e serviços. A empresa na área das tecnologias desenvolveu igualmente uma plataforma de Recursos Humanos totalmente integrada com o software de gestão PRIMAVERA, onde cada colaborador pode aceder à sua informação e realizar diversas ações de Recursos Humanos.
…E FEZ PARCERIA COM IPSS Inserido na política de Responsabilidade Social da empresa, a TRIGÉNIUS realizou um protocolo de Cooperação com o Centro João Paulo II, instituição com uma vasta experiência no apoio a pessoas portadoras de deficiência. O principal objetivo desta parceria consiste na implementação e desenvolvimento de ações de formação na área de informática, destinadas aos residentes do Centro, promovendo deste modo conhecimentos e competências em Tecnologias de Informação.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
RENOVA lança produtos para uso profissional… A Renova acaba de lançar uma nova gama de produtos para uso profissional, Renova Tex, em tecido não tecido, uma linha de produtos descartáveis de limpeza “com elevada performance, grande capacidade de absorção e resistência, aliada a uma textura única com a suavidade de um têxtil”. “A nova gama Renova Tex, vocacionada para meios industriais, hotelaria e restauração, é uma gama versátil destinada às mais diversas utilizações e necessidades, combinando soluções práticas aos níveis de qualidade e eficiência que diferenciam
os profissionais de topo”, refere a marca em comunicado de imprensa. Os panos de limpeza em rolo, adequados para a utilização em seco ou em húmido, especialmente indicados para o canal Horeca, disponibilizados numa prática caixa dispensadora de fácil transporte; o Rolo Industrial, extra resistente para o contacto com ácidos e solventes, ideal para ambientes oficinais e industriais; as Toalhas de Mão interfold, que proporcionam um maior conforto e rapidez de utilização de forma racional, prometem surpreender os mais exigentes pelas suas características únicas.
…E ganha prémio Cinco Estrelas com Renova Skin Care
A gama de papel higiénico Renova Skin Care foi distinguida com o galardão “Produto Cinco Estrelas 2016”, tendo a marca Renova obtido a pontuação mais elevada desta edição no critério “Confiança na Marca”. As três variedades que compõem esta gama destacaram-se, em particular, na avaliação da satisfação com a sua utilização, um indicador dedicado à qualidade e que engloba critérios como a suavidade, resistência, eficácia e tamanho do rolo. Esta nova geração do papel higiénico de 3 folhas Renova Skin Care resulta de uma seleção de fibras naturais que garantem uma agradável sensação de suavidade. Lançada em lojas de referência de toda a Península Ibérica, a gama conta com três variedades: Skin Care Macadamia Lotion, disponível em branco e em rosa, e Skin Care Purissimo.
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Pioneira no uso de tecnologia de microdifusão para o revestimento das fibras de papel, a Renova tem no Skin Care Macadamia Lotion um papel higiénico cujas fibras são envoltas e enriquecidas com uma loção baseada em óleo de noz de macadâmia. Com propriedades nutritivas e hidratantes, a aplicação deste componente inova na categoria e resulta em folhas ainda mais macias e resistentes. O papel é ainda perfumado com uma fragrância subtil, mas cativante, proporcionando uma completa experiência sensorial de conforto a cada utilização. Skin Care Purissimo destina-se aos consumidores que preferem a qualidade no seu estado mais puro, sem perfume ou loção, beneficiando das selecionadas fibras naturais que caracterizam esta gama e com um comprimento extra.
Gallo aposta em energias renováveis Dando cumprimento à sua política de sustentabilidade, a Victor Guedes, empresa que produz e comercializa o azeite Gallo, adjudicou à Vivapower Selfenergy a execução de um projeto de produção de energia renovável para autoconsumo, com o objetivo de tornar a unidade fabril em Abrantes energeticamente mais eficiente. Com a instalação de 412 painéis fotovoltaicos na cobertura da fábrica, a central fotovoltaica tem uma potência de ligação total de 107 kWp e a capacidade para produzir 174 MWh de energia por ano para consumo próprio, o que permitirá reduzir a fatura de energia, ao diminuir a dependência de compra de energia elétrica à rede. Com um investimento total de cerca 100 mil euros, este projeto de co-investimento (50%/50%) prevê a partilha de custos de investimento e proveitos da produção da energia durante 15 anos, período durante o qual serão partilhadas as economias energéticas totais, estimadas em mais 18 mil euros/ ano. De acordo com o Vice-Presidente Global de Operações da Victor Guedes, Luís Simões “este é um projeto estratégico para a melhoria da sustentabilidade das nossas operações. O aproveitamento do Sol, um recurso natural e inesgotável, para a produção de energia elétrica é uma das diversas medidas que temos vindo a adotar no sentido de reduzirmos continuamente o impacte ambiental.” O co-investimento do projeto com a Victor Guedes será assegurado pelo Programa “Grow With Energy” da Vivapower, que disponibiliza 30 milhões de euros às empresas para projetos de produção de energia e eficiência energética. As empresas interessadas poderão submeter as suas candidaturas através do website www. growwithenergy.pt. A Vivapower Selfenergy é atualmente líder no mercado empresarial na execução de projetos de autoconsumo. A Gallo é a marca portuguesa de azeite número um no mundo, presente nos 5 continentes e em mais de 40 países.
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Oficina da EMEF no Entroncamento vai rejuvenescer Alfa Pendular Foi na sede da EMEF na Amadora, que decorreu a apresentação da intervenção de meio de vida dos comboios pendulares da CP, que desde 1999 operam serviços a 220 km/h no corredor Braga – Porto – Lisboa – Faro. Depois de acumularem mais de 40 milhões de quilómetros, estas dez unidades adquiridas à Fiat Ferroviaria / Alstom vão passar por um rejuvenescimento que vai ser levado a cabo no Grupo Oficinal do Entroncamento, onde a série realiza as suas intervenções mais profundas desde que entrou ao serviço. A execução desta remodelação representa um investimen-
NOVO SITE JÁ ONLINE Aproveitando a exposição mediática conseguida com o lançamento da renovação dos comboios Alfa Pendular, a EMEF lançou um novo site. A empresa do grupo CP, dedicada à manutenção ferroviária, despediuse do seu site antigo e abraçou um design mais moderno e intuitivo. O grande destaque do novo site é, naturalmente, a profunda intervenção nos comboios pendulares. Além de informação sobre o projeto, é possível aceder aos produtos e serviços da companhia, bem como informações úteis sobre a empresa.
to que ronda os 18 milhões de euros por parte da CP. O processo de intervenção terá uma duração de cerca de 3 meses em cada um dos dez comboios Alfa Pendular que compõem a frota. Cada comboio pressupõe um investimento de 1,8 milhões de euros na sua revisão e modernização, envolvendo cerca de 60 profissionais da EMEF e subcontratados na sua realização. As maquetes apresentadas publicamente permitiram perceber em que condições viajarão os passageiros a bordo dos renovados comboios, que começarão agora a entrar na oficina gradualmente. Cada comboio estará até 3 meses nas oficinas do Entroncamento, num processo longo e complexo mas que prepara os comboios para mais 15 anos de serviço com a máxima atualização de equipamentos. Os comboios Alfa Pendular irão beneficiar de uma intervenção a vários níveis, melhorando o conforto e a segurança dos passageiros, em particular através da introdução de novos bancos e materiais de revestimento, novos sistemas de iluminação e remodelação do Bar e das casas de banho. Serão ainda realizadas manutenções mecânicas e hidráulicas. A nova geração do Alfa Pendular reforça também o seu posicionamento como um meio de transporte que permite a conti-
nuação do trabalho ou o usufruto de experiências multimédia: serão melhoradas as condições de acesso Wi-Fi às redes de comunicações móveis e todos os bancos terão tomadas elétricas individuais. Os primeiros comboios Alfa Pendular da CP iniciaram o serviço em 1999, tendo entretanto percorrido mais de 41 milhões de quilómetros e transportado cerca de 26 milhões de passageiros. A realização do projeto irá envolver mais de 60 trabalhadores da EMEF e conta ainda com a participação de vários prestadores de serviços nacionais especializados. A incorporação de tecnologia, materiais e serviços nacionais permitirá, assim, reforçar as competências da indústria no setor dos transportes e, em particular, na construção e manutenção de equipamentos ferroviários e similares.
SOBRE A EMEF A EMEF S.A. desenvolve a sua atividade na área da metalomecânica ferroviária. Criada em 1993, surge como resultado da autonomização da área industrial da CP destinada à reparação e reabilitação do material circulante. Desde então tem vindo a alargar as suas áreas de intervenção, quer em termos de indústria, quer em termos geográficos, atuando também em território internacional.
Macrofal tem novos produtos A Macrofal apresentou no início do ano, dois novos produtos: o novo pavimento flutuante Berry, sistema “Dream Click” e as novas cortinas Velux, coleção “Star Wars”. Para este último produto, a Macrofal espera um importante sucesso comercial. O pavimento flutuante Berry Alloc Pure Click_40, é um compósito 100% resistente à água, apresentando, no entanto, padrões tão reais como as próprias madeiras, e é revolucionário no seu sistema de encaixe que para além da total simplicidade, permite a aplicação no sentido tradicional e também na perpendicular. Trata-se de um material anti-estático, e cuja superfície
ostenta a máxima classificação em termos de segurança por não permitir que se escorregue, sendo ainda adequado para áreas comerciais e domésticas, sendo que, neste último caso, goza de uma garantia vitalícia em termos de utilização. As cortinas Velux_StarWars resultam de uma parceria deste fabricante com a Disney, e embora se trate de uma cortina que já existia, só agora poderá ser adquirida com estas imagens, cujo impacte decorrente da conhecida saga se espera que seja realmente um importante sucesso comercial. Há 4 padrões disponíveis, Darth Vader/A Death Star/ Kylo Ren/ Robots. De
momento, os prazos de entrega ainda são os normais, tal como na restante gama Velux. Fundada em 1995, a Macrofal está situada em Santarém. A sua imagem está associada a marcas conceituadas que representa e distribui, tendo como segmento de mercado os mais variados profissionais ligados ao setor da construção civil.
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Tecnorem ganha concurso para construção de colégio em Lisboa A Tecnorém, Engenharia e Contruções S.A. classificou-se com o 1.º lugar no concurso para a execução da construção do Colégio Mira-Rio, Lisboa, que terá, no total 7625m2. Durante longos anos, o edifício do Convento de Telheiras, em Lisboa, mantevese vazio enquanto a cidade evoluía à sua volta. Esse crescimento urbano fez desaparecer os terrenos afetos ao Convento e grande parte do traçado da Estrada de Telheiras original, restando hoje apenas um troço entre a torre da igreja do Convento e o antigo Solar de S. Vicente, que funciona como Biblioteca Municipal. Apesar de tudo, a escala das construções da envolvente mais próxima, bem como a presença de grandes manchas ajardinadas, permitiram ao antigo Convento de Telheiras manter um protagonismo urbano próximo do seu carácter original, ilustrando (parcialmente) um mundo já desaparecido de relação entre rural e urbano, típico de Lisboa. A intenção de agora aí instalar um colégio surge como uma oportunidade para recuperar e valorizar essa memória da
cidade, ainda pressentida, ao mesmo tempo que se procura compreender, satisfazer e superar as necessidades associadas ao novo programa funcional. A autoria do projeto de arquitetura para a reabilitação e ampliação do Convento para o Colégio Mira-Rio é de LGLS Arquitectos, Lda. e CVDB Arquitectos. Interiormente no Convento, os usos procuram adequar- se à estrutura espacial e construtiva existente, com um mínimo de alterações e adequando a imagem proposta à especificidade da natureza programática: espaços de direção, de professores, salas de estudo e de silêncio, biblioteca e espaços multiusos.
Na ampliação do Convento, localizaramse os espaços letivos - de creche, jardim infantil, escola primária e secundária – e os espaços complementares – cantina, zonas desportivas, capela e átrio formal, servidos por uma estrutura de circulação que retoma o tema do claustro e celebra o uso de diferentes pátios e espaços exteriores, do ponto de vista do uso, da escala, da permanência ou da sua leitura simbólica. Esta ampliação apenas toca na pré-existência do Convento, através de passagens e propostas de leitura da paisagem. Volumetricamente, procura criar um embasamento para o Convento, sem interferir com a imagem deste para a cidade.
Molhos Guloso em primeiro lugar na Escolha do Consumidor 2016 A Guloso, marca líder no mercado de molhos à base de tomate é a favorita dos consumidores portugueses na categoria de molhos preparados, pelo segundo ano consecutivo. De acordo com Tânia Caria, gestora da Marca Guloso “estamos muito satisfeitos com esta distinção e orgulhosos por ter este selo de qualidade no momento em que a Guloso está a festejar o seu 70.º aniversário junto dos seus consumidores”. Com este prémio, atribuído pela consultora ConsumerChoice, e aferido através de prova por 2676 consumidores que entre 9 marcas avaliadas escolheram a Guloso, os produtos Molho Francesinha e QB Original passam a ostentar o selo “Escolha do Consumidor 2016” apresentando-se em linear de ponto de venda com um índice de satisfação de 85.3%. O selo anual Escolha do Consumidor baseia-se na consulta a 62.213 consumidores e 741 marcas, realizada pela Netsonda. Esta é a 4.ª edição dos prémios e apresenta este ano a novidade da obrigatoriedade de menção do índice de satisfação, número de marcas avaliadas e consumidores envolvidos, com o objetivo de trazer a
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este mercado uma maior transparência e informando melhor os consumidores do valor que representa uma marca premiada “Escolha do Consumidor”. A marca Guloso incorpora a seguinte gama de produtos: polpas, tomate pelado, tomate em pedaços (simples e com sabores); molhos já prontos da Gama QB nas variedades de Bolonhesa, Original, l´Italiana, Cogumelos e Tomate Cherry&Chili; Molho Francesinha, Molho
para Pizza, Concentrados de Tomate e Ketchup. A excelente aceitação dos produtos Guloso no mercado deve-se ao “forte” compromisso com a qualidade, baseada em rigorosos métodos de controlo que acompanham o processo produtivo, desde o campo até ao produto final. De referir que a Guloso é uma marca oriunda do Ribatejo, detida pela empresa Sugal, situada em Benavente e Azambuja.
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A Torre, a crescer há 40 anos Estrategicamente localizado na rotunda do Porto Alto (Samora Correia), onde as EN 118 e EN10 se cruzam, o restaurante marisqueira A Torre é um dos espaços de restauração mais emblemáticos da região do Ribatejo. A Torre conta já com 40 anos, ao longo dos quais soube evoluir e adaptar-se às necessidades dos novos tempos e às expetativas de uma clientela sempre exigente.
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esde que, há 40 anos, Delfim Paiva, empresário de Samora Correia com sentido apurado para o negócio, comprou as pequenas instalações de uma antiga bomba de gasolina, pertencente à extinta Somape, para ali abrir um restaurante, muita coisa mudou. Por força dos tempos, os antigos campos agrícolas onde cultivavam batatas deram lugar a vários prédios de habitação. É no rés-do-chão de um desses edifícios, virado para a famosa rotunda do Porto Alto, que encontramos A Torre. Delfim Paiva recorda o tempo em que “para passar para Lisboa só havia três pontes: a ponte de Vila Franca, a ponte de Santarém e a ponte sobre o Tejo. Nos dias de caça, na altura da Feira de Santarém, na Feira de Vila Franca ou noutros dias festivos, as filas eram tão grandes que iam desde a rotunda do Infantado até Lisboa. As pessoas demoravam quatro horas para chegar a Lisboa”. O Porto Alto era então um ponto de passagem e de paragem obrigatório para quem fazia a ligação Norte-Sul, e para quem se deslocava de e para Lisboa. Aos fins de semana, dezenas de camionetas de excursões paravam ali, enchendo de vida e de clientes os 23 restaurantes que ali chegaram a existir. Os restaurantes, sempre cheios, não tinham mãos a medir para atender rapidamente os clientes que não paravam de chegar. Quando o restaurante A Torre abriu as suas portas tornou-se o 16º restaurante naquele local. A concorrência não assustou o empresário Delfim Paiva, pois os clientes chegavam para todos. Ainda hoje, o empresário considera que a concorrência e a diversidade de escolha só faz bem ao negócio, pois “as pessoas sabem que se não vão a um [restaurante] vão a outro, mas vêm, que é o mais importante!”. Mas depois… depois tudo mudou. Construíram-se novas acessibilidades, como a Ponte Vasco da Gama e a Ponte da Lezíria, que liga diretamente a A1 (autoestrada do Norte) à A13 e à A2 para o Algarve e o trânsito desviou-se para outras paragens. Para piorar a situação, o mau estado em
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Delfim Paiva, proprietário do restaurante “A Torre” que se encontra o pavimento da Reta do Cabo (um dos pontos de maior sinistralidade rodoviária no país), e a construção de um separador central com mais de 1000 metros entre as duas faixas de rodagem na zona de passagem pelo interior do Porto Alto, foi a machadada final no setor da restauração do Porto Alto. Sem estacionamento e com tantos obstáculos criados, os carros e os clientes deixaram de parar. E os restaurantes, alguns com décadas de história, começaram a fechar. “Infelizmente, hoje somos meia-dúzia”, lamenta o dono da Torre. “Quem acompanhou a evolução, a modernidade, e apostou numas instalações condignas aguentou-se, os outros caíram”, diz. E entre os que ficaram, para além da
qualidade do serviço, tornou-se fundamental possuir estacionamento para os clientes, caso contrário as pessoas não vêm, porque não têm onde parar e deixar o carro, explicou o empresário, apontando como bom exemplo o que foi feito na Mealhada ou no Canal Caveira “onde as câmaras construíram estacionamentos para que as pessoas pudessem continuar a parar. Aqui não se fez nada”, reclama. Quanto ao restaurante de que é proprietário, Delfim Paiva acentua que “foram 40 anos em constante investimento”. As antigas e modestas instalações onde abriu pela primeira vez as portas rapidamente deram lugar a um espaço maior, com mais conforto e com outras perspetivas de crescimento. E ao longo dos anos A
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Torre não tem parado de crescer e de se reinventar. O restaurante possui hoje três salas de refeição, com capacidade para 250 pessoas. Ao longo dos anos houve clientes que se tornaram assíduos mas Delfim Paiva aposta na discrição sobre os “notáveis” que frequentam o seu estabelecimento. “Temos muitos clientes, alguns muito importantes, mas quem os vê nem os conhece, porque eles quando vêm não querem dar nas vistas, só querem comer descansados. “Há um deles, um dos maiores empresários do país que vem aí quase todas as semanas e tem sempre mesa marcada, ali ao cantinho”, diz, apontando com o dedo uma mesa escondida. O nome? Esse não o revela. A exceção quebra-se com Mário Soares, o único nome que se permite revelar. “Era um cliente muito assíduo, hoje já não vem pois está muito frágil”, recorda. “Isto era uma casa que servia a fina flor deste país. Quando começou a ser chique ir para o Algarve toda a gente parava aqui. Como não havia outros caminhos as pessoas saíam de Cascais depois do trabalho, demoravam duas horas a chegar aqui e paravam para jantar, só depois seguiam para o Algarve”. E hoje? - Perguntamos. “Hoje tenho desde o cliente que quer gastar 10, 12 euros numa refeição, ao que quer gastar 120”. Na ementa não existe apenas marisco, há mais oferta e para todas as bolsas. Aliás, há pratos que se mantêm inalterados há 40 anos e continuam a ser dos que mais saem, como o ensopado de enguias, enguias fritas, cabrito assado no forno,
lombo de bacalhau à Torre. Hoje vamos começar a ter pratos de sável e lampreia”, informa o proprietário, em jeito de convite. Apesar de tudo, o marisco continua a ser o ponto forte d’ A Torre, que o cliente pode escolher num dos três viveiros de marisco disponíveis. A crise económica que se fez sentir a partir de 2011 trouxe um dos momentos mais difíceis da história desta empresa, que se viu forçada a dispensar cerca de 20 funcionários, ficando apenas com 15. A situação melhorou, entretanto, e A Torre voltou a contratar. Hoje já tem ao serviço 26 colaboradores, alguns deles já quase com quatro décadas de casa. “Há outros que vão entrando e saindo.” Para Delfim Paiva, a restauração é um setor que depende de muitas variáveis. “Quando as pessoas não estão tranquilas,
1975 “A Torre” inaugurada
1985 “A Torre” em pleno
a 25 de Setembro
funcionamento
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1995 “A Torre” em transformação
CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA O Restaurante A Torre participou recentemente no projeto Ribacertifica, desenvolvido pela NERSANT, no âmbito de eficiência energética. A empresa já obteve a certificação e já implementou este projeto cujo objetivo é a redução de custos ao nível do consumo energético. têm dúvidas sobre o futuro, não saem para jantar fora”. Por isso, explica, “de há um ano e meio para cá sentiu-se uma melhoria, agora há umas semanas, baixou outra vez”. Sobre a redução da taxa do IVA de 23% para 13%, o empresário saúda esta descida na carga fiscal, mas assegura que abdicaria destes 10%, em troca de medidas mais estruturais, que permitissem ao país reduzir a dívida pública e recuperar desta crise.
2005 “A Torre” para o século XXI
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Mação aposta na reabilitação da rede viária em 2016 A Câmara Municipal de Mação aprovou para 2016 um orçamento de 11.680.288 euros que prevê a requalificação no corrente ano numa série de estradas municipais, nomeadamente nos troços entre Aboboreira/Alto do Pereiro, Maxieira/Venda Nova, Avessada/Envendos e acesso sul a Mação, bem como a reabilitação de estradões e caminhos municipais e arruamentos vários. Do plano de atividades consta também a reabilitação das antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Mação. A vertente social é outra das prioridades do município, que irá distribuir gratuitamente as refeições nas escolas do 1.º ciclo e jardins de infância e reforçar o apoio social aos mais carenciados, através de ajudas diretas sempre que tal seja considerado fundamental e dentro dos condicionalismos legais. O Clube Sénior terá mais meios para prosseguir o seu trabalho junto da população sénior do concelho e a autarquia quer também dotar o concelho de um Centro de Atividades Ocupacionais para pessoas/jovens portadores de deficiência. O município pretende também iniciar os processos necessários para que os núcleos museológicos de Ortiga e Envendos se tornem realidade e proceder à construção de um campo de jogos na EB/JI de Mação se já houver fundos comunitários do Portugal 2020. Promover o concelho, os seus produtos e as suas potencialidades em feiras e outros eventos e consolidar a aposta na Feira Mostra de Mação, avaliando a possibilidade da feira ter mais dias de duração são outras apostas. Está também nos planos da autarquia a aposta nos percursos pedestres, potenciar as praias fluviais existentes e elaborar um Plano de Intervenção Florestal. O executivo liderado por Vasco Estrela propõe-se também apresentar um programa de incentivo ao empreendedorismo jovem e incentivar a utilização do Gabinete de Apoio ao Jovem, através de instalações cedidas para que os mesmos possam iniciar a sua atividade.
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Futuro Parque Empresarial do Sorraia é já uma realidade O futuro Parque Empresarial do Sorraia é já uma realidade incontornável, dado que o terreno para a instalação desta infraestrutura já é propriedade da Câmara Municipal de Coruche. O futuro parque empresarial ficará situado numa zona contígua à atual Zona Industrial do Monte da Barca, terá cerca de 47 hectares e 94 lotes disponíveis para a instalação de mais empresas no concelho, tendo em conta que a procura continua a ser uma constante. De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, a criação do Parque Empresarial do Sorraia “é o motor da visão que temos para o concelho de Coruche. Neste momento já adquirimos o terreno, já formalizámos a escritura pública e pretendemos iniciar o quanto antes a primeira fase da obra de infraestruturação do Parque Empresarial, que será feita de forma faseada e que cumprirá a real prioridade que tenho para o concelho: mais desenvolvimento económico, mais investimento de empresas e consequente criação de emprego. Criar as condições para que haja mais emprego e fixação de pessoas e empresas no concelho é a verdadeira prioridade que está ligada ao investimento no parque empresarial.”. A excelente localização geográfica e boas acessibilidades, a dimensão dos lotes, uma fiscalidade competitiva e o baixo valor por m2, a proximidade ao maior centro agroflorestal do país e acesso a gás natural, são algumas das principais vantagens competitivas deste novo parque empresarial. Recentemente foram atribuídos dois
lotes, dos poucos ainda disponíveis na Zona Industrial do Monte da Barca, à empresa IVD – Health Plastic Innovation, Lda. que comercializa plásticos na área da saúde com a marca HEPI e ainda à empresa da área da tecnologia de smartphones IKI Mobile que irá instalar aqui a sua sede social perspetivando a compra de um novo lote no Parque Empresarial do Sorraia, para a instalação da sua primeira unidade industrial em Portugal. Paralelamente, o Município de Coruche aprovou recentemente a criação do “Coruche Empreende – Núcleo de Inovação e Empreendedorismo”, enquanto infraestrutura de incubação de empresas destinada a estimular a capacidade criativa e empreendedora e modernizar o tecido empresarial no concelho e na região, em parceria com a NERSANT e com o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.. Será disponibilizado no mesmo espaço físico, áreas individualizadas e um conjunto de serviços comuns com o objetivo de promover e acolher ideias, projetos e empresas, especialmente os que revelem natureza inovadora, preferencialmente no setor agroflorestal e agroindustrial/alimentar. As empresas são instaladas em espaços preparados para o efeito no edifício sito na Av. 5 de Outubro, n.º 24, em Coruche, conforme Protocolo de Colaboração estabelecido com o INIAV. Pretende-se assim criar as condições essenciais para a incubação de empresas, durante os dois primeiros anos de atividade, que posteriormente se possam vir a instalar no futuro Parque Empresarial do Sorraia.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Barquinha renovou sinalética turística e cultural
Primeiro Encontro Micológico do Observatório do Sobreiro e da Cortiça O Observatório do Sobreiro e da Cortiça organizou em janeiro o Primeiro Encontro Micológico com o objetivo de proporcionar aos seus participantes um conhecimento mais aprofundado sobre cogumelos. Tem-se verificado um aumento significativo do interesse por este recurso que faz parte dos produtos que podemos encontrar no ecossistema florestal como é o caso do Montado de Sobro, e que constitui uma nova fonte de rendimento para os produtores florestais e populações locais. Os cogumelos hoje têm não só aplicações gastronómicas, como também turísticas e outras associadas à indústria farmacêutica, o que tem provocado um aumento da procura destes produtos e consequentemente alguma desregulação na forma como este recurso é recolhido, comprometendo de certa forma a sua sobrevivência. Este primeiro encontro com a participação de vários especialistas portugueses e espanhóis nas diversas áreas, tanto científicas como comerciais, enquadrou, precisamente, estas matérias, contando ainda com uma visita a uma unidade de produção de cogumelos ii-shiitake em troncos, na Zona Industrial do Monte da Barca em Coruche. De referir que o Observatório do Sobreiro e da Cortiça ganhou uma Menção Honrosa na Categoria de Melhor Projeto Público 2014, atribuída pelos Prémios de Turismo do Alentejo e Ribatejo 2014, iniciativa que distinguiu as empresas e as entidades públicas que desenvolveram no ano anterior projetos de interesse turístico maior. E em 2015, o Município de Coruche ganhou o Prémio Município do Ano Portugal 2015, da região do Alentejo, com o projeto do Observatório do Sobreiro e da Cortiça, atribuído pela Plataforma UM Cidades.
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O Município de Vila Nova da Barquinha colocou nova sinalética turístico-cultural nas principais vias e entradas do concelho. Os trabalhos realizaram-se nos dias 14 e 15 de janeiro, em diversos pontos das quatro freguesias de Vila Nova da Barquinha. As novas placas pretendem reforçar a sinalização indicativa dos mais recentes equipamentos turísticos do concelho, nomeadamente o Parque de Escultura de Contemporânea Almourol e o Centro Integrado de Educação em Ciências, bem como do ícone do património do território do Município – o Castelo de Almourol. Esta medida tem como objetivo o aumento do número de visitantes a estas atrações, estando em estudo a colocação de sinalética alusiva a outros equipamentos. Inaugurado em julho de 2005, o parque de Vila Nova da Barquinha conquistou o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”. Em 2012, este espaço reconhecido e premiado acolheu um projeto único em Portugal, o Parque de Escultura Contemporânea Almourol, nomeado para melhor Exposição de Arte Contemporânea 2012 pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
Aqui os visitantes podem apreciar o melhor da escultura contemporânea portuguesa, com trabalhos de Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho. Vila Nova da Barquinha é também um território rico em património, sendo merecedores de uma visita os incontornáveis monumentos nacionais Castelo de Almourol e a Igreja Matriz de Atalaia, numa região marcada pela boa gastronomia com base nos sabores do rio. O novo Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC), é um dos mais recentes centros de divulgação da ciência em Portugal, atração ideal para todas as idades. Aqui é possível visitar as exposições interativas ou realizar a festa de aniversário para os mais novos.
Loja do Cidadão em Sardoal entra em funcionamento a 22 de fevereiro As obras nas instalações da Loja do Cidadão de Sardoal já se encontram concluídas, sendo que, por motivos técnicos, os serviços irão entrar em funcionamento em 22 de fevereiro próximo. A Loja do Cidadão de Sardoal vai funcionar nas instalações da antiga União Panificadora Sardoalense, num edifício que foi adquirido pela autarquia para o efeito e que foi alvo de obras de adaptação e reabilitação. A intervenção no espaço orçou de cerca de 400 mil euros, com um financiamento de 85% oriundo de fundos comunitários do anterior quadro de apoio. Neste novo espaço, a população concelhia terá acesso aos serviços da Autoridade Tributária e da Segurança Social, sendo que ali funcionará igualmente o Gabinete de Inserção Profissional. Neste edifício existirá também o Espaço Empreende, um espaço dedicado aos empresários e empreendedores, e um Balcão Multisserviços com dois postos de atendimento que poderão ser reservados
por diversas entidades. Será também neste novo edifício que irão passar a funcionar o Arquivo Municipal e o Arquivo Histórico Municipal, num espaço que garante as condições de conservação e tratamento necessárias a este tipo de documentos. Recorde-se que o Protocolo para a criação desta Loja do Cidadão no Concelho de Sardoal foi assinado em junho passado e que o assumir da gestão deste espaço é a resposta aos esforços desenvolvidos pelo Município de Sardoal no sentido de garantir a continuidade de serviços públicos neste Concelho, garantindo o acesso da população aos serviços numa lógica de proximidade.
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Novo GIP em Vila Nova da Barquinha Vila Nova da Barquinha abriu ao público em fevereiro, o seu Gabinete de Inserção Profissional (GIP). A iniciativa do Município, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) funciona agora nas instalações do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, no Largo 1.º de Dezembro, onde uma técnica da autarquia fará o atendimento aos utentes, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30. O serviço pode ser solicitado por marcação, através do telefone 249 720 358. O IEFP dispõe de uma rede de Gabinetes de Inserção Profissional (GIP) promovidos por entidades públicas e privadas sem fins lucrativos credenciadas para prestar apoio a jovens e adultos desempregados no seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho. Os GIP, em estreita articulação com os serviços de emprego, podem desenvolver atividades como ações de apoio à procura ativa de emprego e desenvolvimento da atitude empreendedora, captação e divulgação de ofertas de emprego e apoio à colocação, divulgação de medidas de apoio ao emprego, formação profissional e empre-
endedorismo e apoio ao encaminhamento de candidatos, divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no emprego e na formação profissional no espaço europeu, controlo de apresentação periódica dos beneficiários das prestações de desemprego, encaminhamento para ações promotoras do desenvolvimento de competências de empregabilidade e criação do próprio emprego, apoio à inscrição
online dos candidatos a emprego, ações previstas no eixo 1 - Emprego, formação e qualificação do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social - CLDS+, informação sobre o conteúdo e abrangência de alguns serviços e apoios em matéria de segurança social e outras atividades consideradas necessárias, pelos serviços de emprego, para apoio à inserção profissional dos desempregados.
Benavente aposta forte na reabilitação urbana O município de Benavente prevê um investimento de 29,4 milhões de euros na reabilitação urbana de Benavente e Samora Correia. O plano Estratégico de Reabilitação Urbana de Benavente e Samora Correia foi apresentado na câmara municipal na última reunião pública do executivo e mostrou que estão previstas intervenções nas zonas mais antigas dos centros históricos das duas localidades, por forma a aproveitar os estímulos dos fundos europeus do Portugal 2020. “O objetivo é estimular os proprietários a aproveitar e reabilitar os edifícios que possuem, devolutos ou em mau estado, para se conseguir dar vida a estas zonas e a ter um aproveitamento turístico das mesmas. Queremos ter uma revitalização económica, fixar população, reforçar a centralidade das populações, promover a oferta cultural e valorizar a identidade das localidades”, explicou o presidente da autarquia, Carlos Coutinho (CDU). Com este plano, prevê-se intervenções em locais como o Cruzeiro do Calvário, a Praça do Município e a Praça da República, em Benavente, aproveitar o Celeiro da
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Companhia para dar lugar ao Museu do Campino e requalificar o largo Fernando Pratas, em Samora Correia. Mas é para os edifícios privados que aponta mais este plano e, para isso, como instrumentos de incentivo aos proprietários, a autarquia adoptou várias medidas, entre as quais a isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) após a reabilitação, a isenção do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) na primeira transmissão, redução do IVA para 6% nas empreitadas, além de baixar a tributação do IRS de 26% para 5% no caso de arrendamento. Carlos Coutinho disse ainda que a câmara vai afetar 5% dos fundos que receber do quadro comunitário de apoio Portugal 2020 para este programa. “Vamos ter de divulgar esta estratégia para termos adesão. Fizemos uma candidatura coerente e estratégica aos fundos europeus e, do que me foi dito pela entidade que gere as candidaturas do Portugal 2020, a nossa candidatura está muito bem encaminhada”, referiu. Da oposição, o vereador do PSD, José da Avó, questionou o executivo sobre
como vai atuar perante os proprietários que tenham edifícios identificados neste estudo, que abarcou cerca de 1160 propriedades por contacto porta a porta, mas que não desejem intervir nos mesmos, mesmo que necessitem manifestamente dessa intervenção. “A câmara pode substituir-se como promotora das reabilitações necessárias por vários meios como a expropriação, mas creio que não será necessário. Gostaria que as coisas acontecessem por via do diálogo, beneficiando do facto de termos conseguido sempre dialogar com a nossa gente”, explicou Carlos Coutinho.
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ENTREVISTA
Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho
“Temos assistido à consolidação de muitas empresas” A proximidade à Grande Lisboa e as boas acessibilidades rodoviárias do concelho de Benavente são alguns dos pontos fortes que a autarquia procura valorizar na estratégia de captação de novos investimentos. A Ribatejo INVEST falou com o Presidente da Câmara, Carlos Coutinho, que revelou as áreas estratégicas onde a autarquia pretende investir nos próximos anos. Como caracteriza o concelho de Benavente? Benavente é um município estuarino, parte do território integra a Reserva Natural do Estuário do Tejo, outra parte integra a Zona de Proteção Especial. É um município que cresceu bastante nas últimas décadas, tem dois núcleos urbanos significativos: Benavente, que é a sede de concelho e Samora Correia, que será, neste momento, um dos maiores núcleos populacionais do distrito, com 18 mil habitantes. Benavente é o município mais periférico do distrito de Santarém, mas que tem a particularidade de fazer a ligação à Área Metropolitana de Lisboa, o que tem sido fundamental para o nosso processo de desenvolvimento. É um município que oferece boas condições de vida e onde o crescimento demográfico foi acompanhado por um crescimento económico e pela criação de postos de trabalho. A nossa estratégia tem a diferenciação da área metropolitana de Lisboa, com um modelo urbanístico de baixa densidade
Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente
Julgo que somos o município do distrito de Santarém com menor índice de envelhecimento, o que é muito bom. De 2011 para cá, ganhámos 1000 novos habitantes, ou seja, continuámos a crescer embora de uma forma mais moderada. ” 18
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populacional. Ainda o facto de termos aqui uma mancha florestal muito significativa essencialmente composta por montado de sobreiro, no Estuário do Tejo e na Companhia das Lezírias, e que é o verdadeiro pulmão de Lisboa. É um município de oportunidade para os investimentos e para todos os que procuram aqui fixar a sua residência e que queremos que sejam efetivamente integrados na comunidade. Contamos para isso com um movimento associativo muito forte, que envolve centenas de pessoas que trabalham em projetos
muito importantes, projetos que a Câmara apoia e procura estimular. Falou há pouco no crescimento demográfico, mas muitos dos municípios perderam população nos últimos anos devido à crise económica. Como é que este fenómeno foi sentido neste concelho? Também sentimos os efeitos desta crise económica muito grave, porém, nas últimas décadas crescemos acima dos 25%, ou seja, ganhámos cerca de 500 novos habitantes por ano. Julgo que este foi o maior
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Os últimos dados que temos disponíveis apontam para que estejamos já muito próximos dos 900 milhões de euros de volume de negócios gerados pelas nossas empresas.”
crescimento registado a sul do Tejo. Contudo, em valores absolutos, permitiu-nos sempre uma situação muito controlada. Naturalmente que um crescimento desta natureza acarreta muitas exigências em termos de infraestruturas. Veio muita gente jovem, e julgo que somos o município do distrito de Santarém com menor índice de envelhecimento, o que é muito bom. De 2011 para cá, ganhámos 1000 novos habitantes, ou seja, continuámos a crescer embora de uma forma mais moderada. Benavente conseguiu então escapar à perda de população? Sim, continuámos a crescer, fruto da nossa estratégia de desenvolvimento, que assenta com constituir-nos como alternativa à Grande Lisboa, da qual estamos apenas a 30 minutos de distância. Mantemos uma identidade muito própria, assente nos valores ligados à Lezíria e ao Ribatejo, e quem escolhe esta zona para residir fá-lo também por causa desta qualidade de vida que temos para oferecer. Essa é uma estratégia que não vamos perder de vista, não queremos repetir o que se pas-
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sou em Lisboa, uma pressão urbanística muito forte que levou à massificação do cimento. Nós não queremos ser um dormitório, e a Câmara não o permite. Mesmo ao nível empresarial, fomos nós que definimos o que queríamos e definimos que queríamos empresas de média dimensão. Nunca aceitámos grandes empresas, pelo impacto que elas poderiam vir a ter no futuro, como a deslocalização, impactos ambientais, etc. Mesmo assim assistimos nos últimos anos ao encerramento de muitas empresas no concelho… Os efeitos da crise no nosso município e que levaram ao aumento do desemprego, fizeram-se sentir muito em função dos problemas nas micro e pequenas empresas, algumas das quais fecharam, e aos problemas no setor da construção civil. Este era um setor muito importante neste concelho e que foi completamente dizimado. Em relação às empresas de maior dimensão, para além da SOCTIP e da Martifer, que foram as únicas de média dimensão e com maior impacto que fecharam, as outras mantêm-se e têm tido um desempenho extraordinário. Temos assistido à consolidação de muitas dessas empresas, ao aumento do volume de negócios e ao aumento dos postos de trabalho. Os últimos dados que temos disponíveis apontam para que estejamos já muito próximos dos 900 milhões de euros de volume de negócios gerados pelas nossas empresas. Eu tenho dado ênfase a uma situação que, para mim, é muito importante, e que são as exportações, um desígnio do nosso país, e para o qual Benavente tem contribuído bastante. Destes 900 milhões, mais de 200 milhões provêm
das exportações. É um desempenho muito bom e que nos abre boas perspetivas de futuro. Quais são os setores de atividade mais representativos neste concelho? O nosso município tem uma estratégia que julgo que foi bem desenhada, fruto também de alguns ensinamentos. Na década de 80, a crise fez-se sentir de uma forma muito acentuada em Benavente. Nós tínhamos dois setores que eram muito fortes, que eram as indústrias das madeiras e da metalomecânica. Essas empresas fecharam todas e na altura foi a Câmara que teve a capacidade de recrutar muitas dessas pessoas. A partir daí, a nossa estratégia passou por diversificar o tecido empresarial, procurando selecionar empresas que não fossem muito grandes e que não fossem poluentes. Por isso, hoje temos um tecido empresarial diversificado, assente na indústria transformadora, na área do agroalimentar, nos plásticos, na indústria automóvel, logística e isso foi importantíssimo para a situação que vivemos recentemente. O concelho mantém o que esteve na sua génese, um concelho rural, com um setor primário que tem aqui uma importância significativa. Tem aqui a Companhia das Lezírias que é a maior empresa agrícola do país… Mas não temos só a CL, que é uma referência. Temos também os nossos solos, que são muito ricos, são solos de aluvião, com duas culturas predominantes: o tomate e o arroz. Os nossos agricultores passaram também por um processo de adaptação e redimensionamento das suas explorações, o que permite que hoje sejam bastante competitivos e com boas produções.
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ENTREVISTA
A nossa estratégia passou por diversificar o tecido empresarial, procurando selecionar empresas que não fossem muito grandes e que não fossem poluentes. O concelho mantém o que esteve na sua génese, um concelho rural, com um setor primário que tem aqui uma importância significativa.”
Falando agora das zonas industriais, ainda existem lotes disponíveis para acolher quem queira instalar-se em Benavente? O concelho de Benavente tem uma particularidade, temos empresas instaladas ao longo de todo o território, principalmente junto da EN118, de Samora a Benavente. Isto resulta de um processo dos anos 70, e hoje temos uma situação que existe e que resulta numa diversificação na ocupação dessas zonas. As zonas industriais estão com boas taxas de ocupação mas existem ainda lotes disponíveis. Contudo, a grande aposta passa pela revisão do PDM, onde aumentámos bastante a capacidade de instalação da atividade económica, em função daquilo que é a excelência das vias de comunicação que servem o município. Junto aos nós de acesso da autoestrada ampliámos significativamente as áreas para localização de atividades económicas na expetativa de nos prepararmos para aquilo que pensamos vir a acontecer e de podermos continuar a atrair novas empresas. A autarquia está a procurar novas empresas para se instalarem em Benavente? O município está a preparar-se para isso. Seguindo sempre a nossa estratégia, que passa pela promoção de um desenvolvimento sustentável, recusando sempre tornarmo-nos um dormitório de Lisboa. Tem conhecimento de alguns projetos empresariais em curso neste momento? Recentemente tivemos a instalação de uma empresa que está ligada à confeção de pizzas, com uma área de 5 mil metros
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quadrados, que pretende alargar já a sua atividade; estamos com um projeto de grande crescimento, trata-se da construção de um empreendimento com 270 armazéns por comércio por grosso, que está a ser realizado por empresários chineses. É um investimento de cerca de 40 milhões de euros que está numa fase bastante adiantada. A intenção dos promotores é concluírem no próximo ano, nós estamos com alguma expetativa porque pode haver aqui a possibilidade de criar emprego para a população deste concelho. Tem falado na demora da revisão do PDM com alguma frequência. Em que ponto está essa situação que se arrasta há 14 anos? O PDM em vigor tem mais de 20 anos. Trata-se de um PDM de 1ª geração, dos PDM que foram construídos para dar cumprimento aos requisitos do 1º Quadro Comunitário. Obviamente, foram primeiras experiências, com muitas debilidades, e a previsão era que pudessem ser revistos ao fim de 10 anos. Ora, passaram 20 anos e esse é um instrumento que ainda não está disponível no município de Benavente nem, de uma forma geral, no resto do país. No distrito de Santarém apenas dois processos de revisão, entre eles o de Benavente, se encontram numa fase mais adiantada, já aprovados em Assembleia Municipal. Isto traduz bem o que é a burocracia associada a este processo, que tem tido sucessivos avanços e recuos. Desta forma, um concelho que cresceu acima dos 25% tem hoje um PDM que está totalmente desajustado para a nossa realidade. Houve abordagens de empresas às quais não tivemos resposta para dar devido a esta situação. Os limites à construção nas zonas mais rurais, onde os filhos não
podem construir a sua habitação junto aos pais, gerou também outras situações, como o abandono dessas localidades e a consequente perda de serviços, como o encerramento de escolas, postos médicos, etc. Se tivéssemos outros instrumentos de ordenamento do território hoje teríamos outras ferramentas para combater esta situação, criando condições para as pessoas lá viverem. Mas temos um caso paradigmático que é o caso de Santo Estêvão… A aldeia de Santo Estêvão está associada a outro projeto do município, de valorização do turismo. Temos condições excelentes, um património ambiental e paisagístico, o estuário do Tejo, a Companhia das Lezírias. Há muito que a Câmara definiu para essa zona o seu plano de desenvolvimento turístico. No PROT-OVT, esta zona do vale do Sorraia foi definida como área emergente para o turismo de natureza. Estamos a iniciar, em colaboração com a Região de Turismo do Alentejo e Ribatejo, o plano estratégico de desenvolvimento turístico do concelho, muito assente neste turismo de natureza complementado com outras intervenções e com o que já temos, designadamente o golfe. Mas existem outros tipos de projetos para os quais temos sido abordados e que esperamos venham a concretizar-se. Esperamos poder vir a beneficiar desta relação de proximidade que temos com Lisboa, em redor da qual estão 3 milhões de pessoas, e que também tem grandes fluxos turísticos. E que projetos são esses? Alguns projetos são de grande dimensão, ainda não podemos adiantar muito, mas estão associadas à natureza, ao cavalo e ao
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golfe. Há um projeto para um parque de ski aquático “Wake Park”, que está para ser instalado em Santo Estevão, mas não posso ainda falar de outros projetos. A promoção da gastronomia e dos produtos endógenos, como arroz, está também integrado nesta estratégia do município? O arroz é muito importante para Benavente. Somos o 2º município do país em área afeta à produção de arroz, onde produzimos o arroz carolino. A nossa estratégia passa por afirmar a qualidade deste arroz e dar escala aos nossos agricultores. Temos no concelho organizações como a Orivárzea e agora a Benagro que quer replicar esse projeto, o que será bom para os nossos orizicultores ganharem escala e encararem o futuro de forma diferente. Passam a participar em todas as fases do processo, desde o cultivo, produção, transformação e comercialização associada à marca. A Câmara tem de ajudar a divulgar este produto que é de muita qualidade e associá-lo à gastronomia. Vamos realizar o primeiro Festival do Arroz Carolino, no final de Maio, em colaboração com a Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo e temos a elevada expetativa que possa ser um ponto importante para a valorização deste produto e para a dinamização da restauração.
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O arroz é muito importante para Benavente. Somos o 2º município do país em área afeta à produção de arroz, onde produzimos o arroz carolino. A nossa estratégia passa por afirmar a qualidade deste arroz e dar escala aos nossos agricultores.”
Outra das áreas estratégicas do município incide na reabilitação urbana, principalmente nas áreas urbanas de Benavente e Samora Correia. Pode confirmar? A degradação das áreas urbanas antigas é um problema do país. No nosso caso, temos Benavente e Samora Correia que são atravessadas por estradas nacionais, onde circulam diariamente 20 mil viaturas. Definimos assim duas ARU´s, que abrangem estas duas zonas antigas. Os planos estratégicos estão concluídos e é nossa expetativa poder avançar, de acordo com o que está definido nos PEDU, que candidatámos aos fundos comunitários. Esperamos requalificar o espaço público,
com alguns equipamentos que vão ser também objeto de requalificação e temos a expetativa que possam vir a existir condições para estimular os proprietários, apesar de já vermos alguns exemplos. Os incentivos fiscais já têm alguma dimensão mas, na nossa ótica, deve existir um instrumento financeiro, ou uma outra solução, que permita aos proprietários fazerem a recuperação dos seus imóveis. Alguns destes prédios são muito antigos, não oferecem as condições de habitabilidade que são hoje solicitadas, são casas de dimensões muito reduzidas, e em alguns casos terão de se associar duas habitações. E a Câmara tem o levantamento de todas as habitações, conhece todos os proprietários? Fizemos um trabalho no plano estratégico e no âmbito da ARU e todos os imóveis estão caracterizados. Uma percentagem significativa tem identificado o seu proprietário e outra parte tem também o seu cadastro com identificação da matriz. Este projeto da autarquia procurará requalificar o espaço público, trazer animação para estes espaços, trazer gente para morar nas zonas antigas e revitalizar o comércio tradicional. Não há varinhas mágicas para resolver este problema, mas é necessário que existam as condições e que estas sejam estimulantes para que os proprietários possam avançar. Este será um dos projetos mais importantes para o município nos próximos anos.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Candidaturas abertas nas áreas de empreendedorismo, inovação e internacionalização O programa Portugal 2020 dispõe de um portal com informação atualizada sobre os diversos Sistemas de Incentivo ao Investimento Empresarial disponíveis.
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cedendo a www.portugal2020. pt na área Candidaturas Abertas as empresas poderão ter acesso aos avisos de candidaturas abertas que contêm informação tais como a tipologia das operações abrangidas, âmbito setorial, despesas elegíveis, taxas de financiamento, dotação. Neste contexto, encontram-se disponíveis até ao dia 31 de março, os seguintes Sistemas de Incentivo de interesse, enquadráveis para algumas empresas: • Aviso N.º 02/SI/2016- Sistema de Incentivos “Empreendedorismo Qualificado e Criativo”
• Aviso N.º 01/SI/2016 - Sistema de Incentivos “Inovação Produtiva” Estes dois Sistemas de Incentivo já abordados em edições anteriores da revista permitem a elegibilidade de despesas, tais como a compra de máquinas e equipamentos, despesas de formação de Recursos Humanos, e para alguns CAE’ s despesas com construção e remodelação de edifícios. A NERSANT dispõe de informação resumo destes sistemas de incentivo também no seu site em http://www.nersant.pt/noticia/ portugal-2020-candidaturas-abertas. A apresentação de candidaturas ao Portugal 2020 é feita sempre no próprio portal através de formulário eletrónico, sendo necessário que a empresa proceda ao seu
registo na área Balcão 2020. Gostaríamos ainda de relembrar, alguns dos critérios de elegibilidade necessários para apresentar candidaturas, transversais à generalidade das diferentes tipologias de investimento, alertando para o fato destes critérios terem que se verificar à data da candidatura. São eles: − A empresa estar legalmente constituída; − Dispor de contabilidade organizada; − Ter a situação regularizada perante a administração fiscal e a segurança social; − Não ter salários em atraso aos seus trabalhadores (verificado através de declaração da empresa); − Licenciamento da atividade; − Não ser uma empresa em dificuldade; − Não estar sujeita à recuperação de apoios anteriores; − Verificar-se o início dos trabalhos posterior à data da candidatura e não incluir despesas anteriores à data da candidatura (exceto adiantamentos até 50% e estudos de viabilidade); − Projeto de investimento sustentado por uma análise estratégica da empresa; − Demonstrar que se encontram asseguradas as fontes financiamento; − Iniciar o projeto no prazo de 6 meses após a comunicação da aprovação; − Cumprir os critérios de PME (certificação PME no site do IAPMEI);
− Ter uma autonomia financeira igual ou superior a 15% no ano pré-projeto (20% para não PME); − Ter concluído projetos anteriormente aprovados ao abrigo da mesma tipologia. Por último, para as empresas com interesse na internacionalização, encontram-se abertas candidaturas até ao dia 31 março ao Sistema de Incentivo à Internacionalização PME – Vale Internacionalização: • Aviso N.º 14/SI/2015 - Sistema de Incentivos “Internacionalização das PME” – Vale Internacionalização Este Sistema de Incentivos apoia com financiamento de 75% a fundo perdido, a contratação de serviços de consultoria e prospeção de mercados, angariação de contactos de potenciais clientes e parceiros, presença em feiras, deslocação aos mercados. É direcionado exclusivamente a empresas que pretendam iniciar o seu processo de internacionalização, que não tenham registo de exportações nos últimos 12 meses e disponham de pelo menos 3 trabalhadores inscritos na segurança social.
Mais informações: Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: portugal2020@nersant.pt Tel.: 249 839 500
Contrato Local de Desenvolvimento Social 3G de Torres Novas Torres Novas beneficia, pela primeira vez, do programa de Contrato Local de Desenvolvimento Social, agora designado de 3.ª Geração (CLDS-3G), um instrumento de intervenção ao nível das problemáticas do desemprego, da pobreza e exclusão social.
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ste projeto entrou em atividade no dia 2 de novembro de 2015 e estará em vigor até 31 de outubro de 2018, tendo sido uma candidatura submetida ao Programa Operacional de Inclusão Social e Emprego – PO ISE, em que o Centro de Reabilitação e Integração Torrejano (CRIT) surge como a Entidade Coordenadora Local da Parceria e o Centro de Bem-Estar Social da Zona Alta de Torres Novas, a Santa Casa da Misericórdia de Torres Novas e o Jardim de Infância de S. Pedro de Torres Novas, a par do CRIT, como Entidades Locais Executoras das Ações. Sendo um projeto da comunidade e para a comunidade do concelho de Torres Novas, o CLDS 3G tem como grande missão potenciar o território e a capacitação dos seus cidadãos e famílias no atual ciclo de crescimento económico, promovendo a equidade territorial, a igualdade de oportunidades e a inclusão social nas suas mais diversas dimensões, de forma multissetorial e integrada, através de ações a executar em parceria. Toda a intervenção foi desenhada tendo como foco as características do território, nomeadamente na caraterização apresentada no aviso de abertura de candidatura - TERRITÓRIOS ESPECIALMENTE AFETADOS POR DESEMPREGO - enquadrando-se as ações previstas em três grandes eixos (Eixo 1: Emprego, formação e qualificação; Eixo 2: Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil e Eixo 3: Capacitação da comunidade e das instituições) que, no caso específico de Torres Novas, deram origem aos 4 núcleos que aglomeram as atividades constituintes do referido projeto: Núcleo de atendimento e encaminhamento ao emprego; Núcleo de formação e qualificação; Núcleo terapêutico e Núcleo de dinâmicas na/com a comunidade. O CLDS3G de Torres Novas, ao longo da sua intervenção, privilegiará o contato com a comunidade do concelho de Torres Novas através do Gabinete Emprego +, que disponibiliza diversos serviços de forma gratuita, entre os quais os servi-
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ços de atendimento e encaminhamento ao emprego, o placard informativo com ofertas de emprego e formações, o serviço de apoio e acompanhamento a pessoas empreendedoras, o serviço de apoio ao emprego jovem, o serviço de informação a empresas/organizações e a famílias em situação de desemprego. Para marcação de atendimento e/ou outros esclarecimentos, poderá dirigir-se ao nosso gabinete, sediado na Rua Alexandre Herculano, 112, 2350-439, Torres Novas, aberto no horário abaixo indicado, ou contatar o 249 836 061 e/ou o e-mail cldstorresnovas@crit.pt.
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VIVER O TTEJO EJO
Terras Templárias
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sta rota propõe uma visita temática aos principais monumentos templários na região presentes em Tomar, Almourol (Vila Nova da Barquinha) e Dornes (Ferreira do Zêzere). Estes locais são um mundo de histórias, segredos e surpresas. Venha connosco Viver o Tejo!
Dia 1 Tomar Manhã
Convento de Cristo Conjunto monumental reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade desde 1983. É representativo de seis séculos da história e da arquitetura portuguesas e considerado fundamental para a aprendizagem da nossa história, desde a conquista do território e as Cruzadas, até aos Descobrimentos. Almoço: • Amor Lusitano - A Portuguese House; • Restaurante O Alminhas; • Restaurante A Lúria (Portela de São Pedro).
Tarde:
Igreja de Santa Maria do Olival em Tomar Igreja e panteão de Mestres Templários. Da primitiva construção resta a fachada gótica assinalada pelo “Signum Salomonis”, marca dos cavaleiros templários, contraposta na enorme rosácea. Foi a Igreja Matriz dos Descobrimentos.
Mata Nacional dos Sete Montes Antiga cerca dos freires do Convento de Cristo, é um belo parque natural, valorizado pela ligação ao Convento e ao centro histórico de Tomar. Tem percurso de manutenção e parque de merendas. Tem como bons complementos o Rio Nabão e o Jardim da Várzea Pequena.
Centro Histórico Praça da República e ruas adjacentes.
Sinagoga Situada na antiga Judiaria de Tomar, é o mais antigo templo hebraico medieval de Portugal. Mandado erigir pelo Infante D. Henrique como agradecimento pela ajuda prestada pela comu-
nidade judaica durante o período dos Descobrimentos, o Templo é um espaço de planta quadrada, suportado por quatro colunas que representam as mães de Israel. Jantar • Restaurante Taverna Antiqua; • Restaurante O Sabor da Pedra (Alverangel) • Alojamento: • Casa da Avó Genoveva (Curvaceiras); • Quinta do Troviscal (São Pedro); • Parque de Campismo de Alverangel.
Dia 2 Manhã
Castelo de Almourol Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da altura, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários. Almoço • Restaurante Almourol (Tancos) • Restaurante O Ribeirinho Tarde
uma antiga torre romana. No interior é possível encontrar algumas inscrições funerárias templárias. No século XVI, perdida a função guerreira, foi transformada em torre sineira. Propomos, no final da rota, e para relaxar, um breve passeio de canoa no fantástico espelho de água, onde poderá desfrutar de um final de tarde com vista para a Vila de Dornes.
Gastronomia a não perder
Torre Pentagonal de Dornes
−Doce de Pão
A Torre de Dornes constitui um raro exemplar da arquitetura militar da Reconquista. Mandada edificar por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, para defesa da linha do Tejo, terá sido construída sobre a base de
−Beija-me Depressa −Fatias de Tomar
Informações: www.viverotejo.pt
INFORMAÇÃO E APOIO
Tudo o que precisa de saber sobre Domínios Nos tempos que correm a presença das empresas na internet quase que deixou de ser uma maisvalia, passando a ser praticamente uma necessidade. Com a presença de uma empresa na internet surgem cada vez mais novas oportunidades de negócio. Para isso nada melhor que a aquisição de um domínio para a sua empresa. O QUE É UM DOMÍNIO? Um domínio pode ser considerado como a morada digital da sua empresa na internet. Quando visitamos um site ou quando enviamos um e-mail é através de um domínio que identificamos a localização do site que queremos aceder ou para onde queremos enviar um e-mail. Um domínio é composto por duas partes, a keyword (palavra escolhida para identificar o domínio) e a extensão (.pt, .com, .com. pt, .eu e entre outras). Utilizando o domínio nersant.pt como exemplo, a keyword seria nersant e a extensão seria .pt. Os domínios são registo únicos na internet, não podendo duas empresas diferentes serem proprietárias do mesmo domínio, garantindo desta forma uma identificação fidedigna para onde somos encaminhados. Por exemplo, quando acedemos ao site nersant.pt ou enviamos um e-mail para um endereço com a terminação nersant.pt temos a garantia que a informação chegará ao destino correto.
SUBDOMÍNIOS Um subdomínio funciona como uma morada alternativa do nosso domínio, sendo que a terminação do subdomínio será sempre igual ao domínio. Utilizando
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novamente o domínio nersant.pt como exemplo, dentro do domínio nersant.pt existe o subdomínio club.nersant.pt. Um domínio pode possuir um conjunto ilimitado de subdomínios (sem qualquer custo adicional).
AQUISIÇÃO DE UM DOMÍNIO As aquisições de domínios são feitas através de entidades intermediárias na venda de domínios. A essas entidades chamamos “registar”. Em Portugal existem várias entidades em que podemos registar o nosso domínio, podendo sempre escolher a entidade que possua os serviços que mais se adequem às suas necessidades. A aquisição de um domínio passa essencialmente por escolher qual o domínio que pretendemos utilizar e verificar se esse domínio ainda não se encontra registado (algo que normalmente pode ser visto no site de um “registar”). Os domínios, idealmente, devem ser nome curtos e que possam facilmente identificar a empresa, facilitando desta forma a memorização da morada digital da mesma. Após a escolha do domínio que esteja disponível, resta apenas fazer o seu registo através de uma entidade “registar”.
RENOVAÇÃO DE UM DOMÍNIO Ao ser adquirido um domínio não ficamos proprietários vitalícios do mesmo. Os domínios têm de ser renovados, e o preço dessa renovação pode variar conforme a extensão escolhida para o domínio. A partir do momento em que deixamos de pagar o registo de um domínio, esse domínio deixa de ser nossa propriedade, ficando livre para ser registado por quem estiver interessado.
DOMÍNIO NÃO É ALOJAMENTO Um domínio é apenas a nossa morada na internet, mas apenas essa morada não é suficiente para termos um site ou um serviço de e-mail a funcionar. A aquisição de um domínio e a aquisição de serviços de alojamento são serviços totalmente diferentes, embora normalmente possam ser adquiridos através da mesma entidade. O preço de um serviço de alojamento varia conforme a entidade onde estamos a adquirir os serviços e conforme as especificações do alojamento. Imaginemos que apenas queremos utilizar o nosso domínio para criar um serviço de e-mail para a nossa empresa. Nesse caso não existe necessidade adquirirmos os serviços de alojamento do site dessa mesma empresa.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Ferramentas Lean Manufacturing contribuem para o aumento da produtividade e a redução de custos das empresas Empresas da região vão ter acesso a apoio a fundo perdido para investimentos na área da Qualidade e Segurança Alimentar com recurso a metodologias LEAN. Outra área de investimento é a área da Inovação, através da criação e desenvolvimento de novos produtos e/ou processos
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stes investimentos são possíveis face à aprovação do RING – Ribatejo Inovação na Gestão, projeto submetido pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, no âmbito do Portugal 2020, o qual conta com o financiamento a fundo perdido de 50%. É objetivo do projeto RING o desenvolvimento de ações de modernização e melhoramento das metodologias e processos de gestão, nas áreas da optimização de processos ou da inovação, o qual inclui a certificação de sistemas de gestão a implementar, podendo cada empresa escolher o tipo de certificação que pretende consoante os seus interesses entre as opões ISO9001 (incluindo transição para o novo referencial ISO9001:2015), FSSC22000 ou NP4457. Na área da optimização dos processos de gestão, o projeto visa com o recurso a soluções “LEAN” a redução de custos e uma maior eficiência e eficácia do processo produtivo. O Lean baseia-se nos princípios produtivos que resultem em produzir o máximo com o mínimo possível, que se traduz em reduzir ou eliminar as atividades que não agregam valor ao produto/serviço final, tais como movimentação, tempos de espera, tempos de manutenção, movimentações (de equipamentos, materiais, pessoal). Pro-
Ilustração 2 - Metodologia 5S postas como a redução de movimentação, organização do posto de trabalho, balanceamento de linhas, a aplicação da metodologia 5S entre muitas outras, dependendo do diagnóstico inicial à empresa, contribuem para a eliminação de desperdícios como Inventários, Sobreprodução, Tempos de Espera, Defeitos (Não Qualidade), Movimentações, Sobreprocessamento. Nesta área de intervenção, o término do projeto, verifica-se cumulativamente com a implementação e certificação de Sistemas de Gestão da Qualidade ISO9001 (incluindo transição
Ilustração 1 – Tipos de Desperdícios
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para o novo referencial ISO9001:2015) ou Segurança Alimentar (FSSC22000); Já na área da INOVAÇÃO, pretende-se com o projeto RING introduzir metodologias e ferramentas Inovadoras na empresa, que permitam a criação e desenvolvimento de novos produtos e/ou processos. Inovar constitui-se um imperativo estratégico para as empresas, pela sua influência na competitividade, o que é reconhecido pela generalidade dos agentes económicos. Embora se tenha vindo a assistir a um envolvimento crescente do tecido empresarial português nas atividades de inovação, a maioria das PMEs tem ainda um longo caminho a percorrer neste processo, sendo a Inovação de produtos e/ou processos, uma ferramenta relevante para potenciar a competitividade das empresas, através da adoção de metodologias simples, mas inequivocamente eficazes e eficientes. Pretende-se assim com o projeto, a definição e implementação de sistemas de gestão do processo de inovação, desde a geração de ideias inovadoras até ao processo de análise e evolução das mesmas, com a concretização de dois casos piloto. O projeto culmina com a implementação e certificação do normativo - NP4457:2007 - SGIDI (Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação). Mais informações: datic@nersant.pt * 249 839 500
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Novo seguro obrigatório de responsabilidade civil industrial
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m setembro de 2015 entrou em vigor a Portaria n.º 307/2015 que define as regras aplicáveis ao seguro obrigatório de responsabilidade civil extracontratual para estabelecimentos industriais de tipo 1 e 2 e entidades acreditadas no âmbito do SIR – Sistema Industrial Responsável. Criado no âmbito do licenciamento industrial, o SIR tem por objetivo prevenir os riscos e inconvenientes resultantes da exploração dos estabelecimentos industriais, visando salvaguardar, entre outros: • Saúde pública e dos trabalhadores
obrigatoriedade de contratação da apólice. De forma muito resumida, podemos definir que a classificação nas distintas tipologias é efetuada pelo enquadramento de cada empresa conforme estabelecido no artigo 11.º da Portaria que regulamenta este sistema:
• Segurança de pessoas e bens • Segurança dos locais de trabalho • Qualidade do ambiente • Correto ordenamento do território Para tal, ficam obrigados à celebração de seguro de responsabilidade civil: • O industrial titular da exploração de estabelecimento industrial incluído nas tipologias 1 ou 2, tal como definidas no artigo 11.º do SIR; • As entidades acreditadas a que refere a alínea j) do artigo 2.º do SIR. O diploma estabelece ainda que cada contrato de seguro não pode abranger senão um único estabelecimento industrial. Os capitais seguros obrigatórios variam consoante estejamos perante um estabelecimento do tipo 1 (Responsabilidade Civil Exploração de € 187.500,00 e € 125.000,00 de Poluição Súbita e Acidental) ou de tipo 2 (Responsabilidade Civil Exploração de € 150.000,00 e € 100.000,00 de Poluição Súbita e Acidental). Não é propriamente fácil perceber quais as empresas que efetivamente estarão obrigadas à contratação deste novo seguro pois como se poderá verificar seguidamente, a resposta do legislador remete-nos para uma série de regimes jurídicos, mediante a qual só através de uma análise casuística e detalhada da circunstância de cada empresa se poderá determinar se esta tem ou não
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TIPOLOGIAS DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS 1 – Os estabelecimentos industriais classificam-se, em função do grau de risco potencial inerente à sua exploração, para a pessoa humana e para o ambiente, em três tipos. 2 – São incluídos no tipo 1 os estabelecimentos cujos projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias: a) Regime jurídico de avaliação de impacte ambiental (RJAIA); b) Regime jurídico da prevenção e controlo integrado de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II do Regime das Emissões Industriais (REI); c) Regime jurídico de prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas (RPAG); d) Realização de operação de gestão de resíduos que careça de vistoria prévia ao início da exploração, à luz do regime de prevenção, produção e gestão de resíduos; e) Exploração de atividade agroalimentar que utilize matéria-prima de origem animal não transformada, de atividade que envolva a manipulação de subprodutos de origem animal ou de atividade de fabrico de alimentos para animais que careça de atribuição de número de controlo veterinário ou de número de
identificação individual, nos termos da legislação aplicável. 3 – São incluídos no tipo 2 os estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1, desde que abrangidos por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias: a) Regime do comércio europeu de licenças de emissão de gases com efeitos de estufa (CELE); b) Necessidade de obtenção de alvará para realização de operação de gestão de resíduos que dispense vistoria prévia, nos termos do regime geral de gestão de resíduos, com exceção dos estabelecimentos identificados pela parte 2-A do anexo I ao SIR, ainda que localizados em edifício cujo alvará admita comércio ou serviços, na condição de realizarem operações de valorização de resíduos não perigosos. A NERSANT Seguros, em colaboração com o Grupo Rego disponibiliza-se, através dos seus serviços de consultoria, na avaliação do enquadramento da sua empresa, bem como no desenho de uma nova apólice ou na alteração da apólice actual por forma a cumprir com o novo normativo que define como prazo limite para implementação o mês de fevereiro de 2016. A consulta deste documento não substitui nem dispensa a consulta da legislação em vigor. Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt
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Monitorização de Consumos de Energia Uma ferramenta diferenciadora na gestão de energia das empresas e um passo de gigante para a eficiência energética. Jorge Rodriguez Consultor da Índice ICT & Management, Lda.
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uando monitorizamos de forma instantânea os diversos consumos nas nossas instalações, conseguimos de forma expedita assumir o controlo sobre os custos associados aos diversos usos. De um modo geral, a definição de um Sistema de Monitorização de Energia ultrapassa as diferentes realidades organizacionais, isto é, de forma simples considera-
se que a incorporação de dispositivos de contagem de energia (qualquer que seja a forma de energia) com períodos horários de integração definidos e associados a ferramenta (s) de análise que permitam a produção de relatórios serão um Sistema de Monitorização de Energia. A este respeito a evolução tecnológica tem permitido o aparecimento de diversas ferramentas standard, que podem ser adaptadas de forma simples a cada organização/instalação específica. A título de exemplo podemos referir o Software desenvolvido no âmbito do Projecto RIBACertifica. A ferramenta desenvolvida para as empresas que implementaram e certificaram o seu Sistema de Gestão de Energia, pelo referencial ISO 50001 tiveram oportunidade de usufruir do ENER+. Trata-se de um Software de Monitorização de Consumos de Energia Elétrica, que permite a leitura, visualização dos consumos de energia em diversos pontos
da instalação e a produção de relatórios de acordo com as definições do gestor do sistema. É uma ferramenta de consulta online ainda que restrita aos seus administradores e utilizadores credenciados, simples e dinâmica, e que permite uma análise detalhada e em tempo real dos consumos da empresa. O Sistema pode monitorizar todos os pontos de consumo identi¬ficados na instalação de acordo com os contadores de energia disponíveis. A monitorização de consumos permite tornar as empresas mais conscientes sobre o caminho a seguir num trajecto de estratégia e competitividade. Apesar da abertura dos mercados é um facto que os preços da energia continuarão a subir e os Sistemas de Monitorização de Energia devem ser encarados não apenas como elementos de recolha de informação, mas como ferramentas expeditas de suporte à decisão.
BENEFÍCIOS DA MONITORIZAÇÃO DOS CONSUMOS DE ENERGIA: • Evolução histórica dos diferentes consumos de energias; • Compreensão dos fatores que afetam o consumo energético/desempenho de sectores ou equipamentos; • Identificação rápida da necessidade de intervenção na manutenção dos equipamentos; • Alarme em caso de desvio aos limites estabelecidos; • Medição real dos projetos de e¬ficiência energética (melhoria implementadas); • Gestão das faturas de energia.
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O Volkswagen Golf GTE
Primeiro híbrido plug-in com ADN do Golf GTI O Golf GTE é um dos modelos compactos mais inovadores dos nossos dias, para além disso, é desportivo como os lendários Golf GTI e Golf GTD. No entanto, pode ser conduzido com zero emissões (como acontece com o e-Golf), bastando para tal pressionar um botão.
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design, as características dos equipamentos GT e caráter pleno de agilidade do Golf GTE foram adaptadas diretamente do Golf GTI e GTD e, ao mesmo tempo, foram transferidos para o conceito do mundo das unidades eletrificadas. O fornecimento da energia propulsora no Golf GTE acontece através do motor turbo a gasolina de injeção direta com 150 Cv (1.4 TSI) e do motor elétrico com uma potência de 75 kW/102 Cv. Estas duas fontes de energia combinamse para formar uma unidade de potência em que ambas oferecem uma notável sustentabilidade e desempenho dinâmico, em conjunto com uma transmissão automática DSG de 6 velocidades de dupla embraiagem desenvolvida especialmente para modelos híbridos. O sistema total oferece uma potência de 204 Cv. Essencialmente, estes dois sistemas são o coração do novo GTE: um que lhe transmite uma dinâmica
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GTI/GTD e outro que o transforma num veículo silencioso com emissões zero como acontece no e-Golf.
Excecionalmente eficiente: o Golf GTE tem um consumo médio de combustível de 1,5 l/100 km de gasolina (equivale a
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Dez informações importantes sobre o Golf GTE 1. O Golf GTE percorre uma distância até 50 km em modo totalmente elétrico; a autonomia total é de cerca de 939 km.
35 g/km de CO2) e 11,4 kWh/100 km de energia elétrica (NEDC, classificação para veículos híbridos). O Golf GTE percorre uma distância até 50 km em modo totalmente elétrico; a autonomia total é de cerca de 939 km. E-mode – com zero de emissões, premindo um interruptor: aqueles que realizem principalmente viagens de curta duração podem, teoricamente, conduzir todo o tempo no “E-mode” (ativado pelo botão) e, assim, circular com zero de emissões. Durante a noite, o condutor pode simplesmente carregar a bateria de alta tensão a partir de uma tomada convencional de uma rede doméstica (3 horas e 45 minutos até atingir 100 por cento da capacidade de carga). Se a bateria for carregada numa wallbox para a garagem ou numa estação de carregamento público, a operação leva apenas 2 horas e 15 minutos para chegar a uma taxa de 100 por cento. Eletrizante: mesmo em viagens mais longas, e graças às características de controlo inteligentes do Golf GTE, o condutor pode garantir uma energia elétrica reservada para o final da viagem; assim pode
conduzir exclusivamente com o motor elétrico com zero emissões – se o seu destino final for uma zona urbana, por exemplo. Deste modo, o Golf GTE é um veículo versátil, dinâmico e extremamente eficiente em termos de combustível para longas viagens, podendo também ser utilizado como um veículo de emissões zero de CO2. Modo GTE: um verdadeiro desportivo com o pressionar de um botão. As propriedades sustentáveis do veículo contrastam com o elevado nível de dinâmica de condução, o que faz jus à designação do modelo GT (Grand Turismo). Quando a potência do motor TSI é utilizada no modo GTE, as acelerações do Golf GTE são de escassos 4,9 segundos (0-60 km/h) e de 7,6 segundos (0-100 km/h). A velocidade máxima atinge os 222 km/h. No entanto, a denominada “Vmax” é de importância secundária; o que haverá a destacar em especial é a combinação entre o motor a gasolina e o motor elétrico para produzir uma força propulsora impressionante ao Golf GTE, graças a um binário máximo de 350 Nm.
2. Um consumo médio de combustível de escassos 1,5 l/100 km e 11,4 kWh/100 km segundo a norma NEDC, equivalente a emissões de CO2 de 35 g/km. 3. Com o GTE, o Golf torna-se no primeiro veículo do mundo a oferecer todos os tipos relevantes de sistemas de acionamento de condução. 4. O Golf GTE combina uma condução de zero emissões com uma longa distância em ritmo de cruzeiro num único carro. 5. O motor de injeção direta turbo (TSI) desenvolve uma potência de 150 Cv e o motor elétrico até 75 kW/102 Cv. 6. O sistema híbrido plug-in transmite uma energia total ao sistema de 204 Cv; o binário máximo é de 350 Nm. 7. O GTE é a terceira variante da série GT após os ícones Golf GTI e GTD; destaca o mesmo ADN desportivo. 8. O Golf GTE atinge uma velocidade máxima de 222 km/h e acelera dos 0-100 km/h em apenas 7,6 segundos. 9. O equipamento base do Golf GTE inclui faróis em LED e sistema de navegação “Discover Pro” com um ecrã de 8 polegadas. 10. O Golf GTE foi lançado em Portugal em maio de 2015 e atualmente tem um preço a partir de 42.660 €. É comercializado, numa primeira fase nos concessionários Soauto Expo (Lisboa), Soauto Rolporto (Porto) e Lubrigaz (Leiria). Mais informações: www.sivaonline.pt | www.volkswagen.pt
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Mater Dynamics foi a grande vencedora da quarta edição do Energia de Portugal
Projeto do Sítio do Empreendedor (NERSANT) vence prémio EdP-Expresso O cenário imponente do Museu da Eletricidade, em Lisboa, serviu de palco para o dia decisivo da quarta edição do Energia de Portugal. A Mater Dynamics sagrou-se vencedora do prémio de 20 mil euros para a melhor equipa, no âmbito da quarta edição desta iniciativa da EdP e do Expresso. A ideia de negócio foi acompanhada pelo Sítio do Empreendedor, programa de apoio ao empreendedorismo e à criação de empresas ma região do Ribatejo. O projeto da Mater Dynamics assenta no desenvolvimento de sensores para monitorizar a qualidade dos produtos com recurso ao nanosensor QStamp, produto com enorme potencial de utilização no setor agroalimentar, tão relevante na economia Ribatejana. Antes de passar pela quarta edição do Energia de Portugal, esta ideia de negócio beneficiou do acompanhamento técnico da NERSANT no âmbito do Sítio do Empreendedor, onde foi apoiado na identificação
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de potenciais clientes/testers e na busca de financiadores, e tendo inclusivamente participado no Mercado de Financiamento realizado em maio de 2015 durante o Fórum da Inovação e do Empreendedorismo que a NERSANT organizou no Convento de São Francisco em Santarém.
O QUE É? O projeto Energia de Portugal (EdP) é uma iniciativa conjunta do Expresso e da EDP. Nasceu em 2012 com a missão de promover a veia empreendedora dos portugueses, ajudando-os a criar negócios. É um programa de aceleração de startups que estão na fase inicial de implementação da sua ideia de negócio. Durante dois anos, a iniciativa desmistificou as dificuldades inerentes ao lançamento de empresas em Portugal. Nesta última edição, cujos vencedores foram divulgados no final do ano, a iniciativa reforçou o alcance do Energia de Portugal aos mercados internacionais, com uma aposta ainda maior no Brasil,
após o sucesso do alargamento em 2014, em que a China fez igualmente parte do projeto. Na edição 2015, o Energia de Portugal focou-se nas ideias inovadoras e globais, nomeadamente nas áreas da tecnologia, cidades, produtividade, energia, mobilidade, inovação, ambiente, comunidade e clean tech. A organização e realização dos bootcamps foi da responsabilidade da Fábrica de Startups.
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Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2016 A Comissão Europeia está novamente a promover os Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2016. Lançados em 2005, estes prémios têm como objetivo distinguir boas práticas de promoção do empreendedorismo na Europa e são dinamizados pela DG Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, em parceria com entidades nacionais de coordenação em cada Estado-Membro. O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. é o coordenador da iniciativa em Portugal. O prazo para submissão de candidaturas decorre até 04 de abril. Através deste concurso privilegia-se o papel do setor público, a nível local, regional e nacional, na criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento das empresas e do empreendedorismo, através de projetos ou iniciativas já desenvolvidas ou em desenvolvimento. Os projetos devem existir há pelo menos dois anos e podem ser financiados por fundos da União Europeia. Podem concorrer organizações nacio-
nais, municípios, regiões e comunidades, bem como parcerias público-privadas entre entidades públicas e empreendedores, programas educativos e organizações empresariais. Os Prémios Europeus de Promoção Empresarial distinguem projetos desenvolvidos em seis grandes categorias. São elas: Promoção do espírito de empreendedorismo; Investimento nas competências empreendedoras; Desenvolvimento do ambiente empresarial; Apoio à internacionalização das empresas; Apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à eficiência dos recursos; e Empreendedorismo responsável e inclusivo. Numa primeira fase, serão selecionados
dois projetos nacionais que irão representar o país na final europeia. Na edição de 2015, o Júri nacional elegeu os projetos ACT - Acelerador de Comercialização de Tecnologias, desenvolvido pela COTEC Portugal, e Lisboa Empreende, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa, para representarem Portugal na fase europeia da competição, tendo este último saído vencedor da competição, trazendo para Portugal, pela primeira vez, o Grande Prémio do Júri. Para obter mais informações sobre os Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2016, os interessados podem consultar o IAPMEI, através do link http://www.iapmei.pt/iapmei-mstplindex.php?msid=4.
Parlamento Europeu quer impulsionar startups Como estratégia para o Mercado Único Digital na Europa, o Parlamento Europeu quer acabar com o bloqueio geográfico e impulsionar startups europeias a desenvolverem as suas atividades. Num relatório aprovado pela maioria dos eurodeputados, o PE apela à adoção das 16 iniciativas anunciadas pela Comissão Europeia em maio do ano passado, dizendo que práticas como a discriminação com base no endereço de IP, endereço postal ou país de emissão do cartão de
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crédito têm de acabar para que se possa melhorar o acesso dos consumidores europeus a bens e serviços. Neste mesmo relatório considera-se essencial que a Europa aproveite as oportunidades que as novas tecnologias, como a computação em nuvem, a Internet das coisas e a impressão 3D, oferecem pois são inúmeras as vantagens para a economia e a sociedade. Por um lado, permitem novos serviços inovadores a preços competitivos. Por outro, pretende-se quebrar as barrei-
ras entre Estados-Membros facilitando o acesso das empresas, especialmente startups, ao mercado estrangeiro. É importante que os consumidores possam usufruir de um nível de protecção equivalente independentemente de comprarem conteúdos digitais online ou offline, diz o relatório. Outra recomendação feita pelo PE destina-se à necessidade de encontrar soluções inovadoras para melhorar os serviços e baixar os custos de entrega de encomendas transfronteiras.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Santarém cria INcubadora d’Artes Foi apresentado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santarém, o projeto INcubadora d’Artes, que vai funcionar na antiga Escola Básica de Salvador. Este projeto, que se destina a pessoas singulares ou coletivas, de dentro e fora do concelho de Santarém, e que sejam titulares de ideias e projetos inovadores e criativos, tem como objetivos a produção da cultura, estimular a criatividade, explorar o potencial criativo dos artistas, mais ou menos consagrados, e incentivar o surgimento de novos artistas. A INcubadora d’Artes pretende-se afirmar como um espaço privilegiado de apoio à criação artística. “O artista tem a ideia, o talento, o mérito e o engenho; a Câmara quer proporcionar os meios necessários para que os seus projetos possam, no futuro, ser autossustentáveis”, conforme refere Susana Pita Soares, vereadora com pelouro da cultura. Os projetos a instalar nesta incubadora são de base criativa e cultural e, segundo Susana Pita Soares, “devem assumir-se como atividades complementares porque entendemos ser necessário que se gerem as sinergias e as economias de escala fundamentais para que a incubadora se constitua como um verdadeiro nicho de indústrias criativas”. Em Santarém, existem muitos agentes culturais em emergência e com um extraordinário entusiamo empreendedor, mas com uma enorme a carência de infraestruturas e, com este projeto, a autarquia
possibilita condições infraestruturais para a criação e sustentabilidade dos projetos de cada um destes agentes numa fase inicial. A partir da fisionomia do espaço existente e depois do levantamento de propostas junto dos criadores do concelho, a Câmara realizou algumas adaptações. No entanto e numa fase inicial, o edifício está dotado de uma sala vocacionada essencialmente para estúdio de gravação e de ensaios; uma sala pequena para apoio administrativo e pequenas reuniões; uma sala polivalente para acolher objetos de maior dimensão e que possam coadunar-se ao espaço e para pequenas apresentações do processo de construção dos trabalhos em desenvolvimento de ações performativas; uma sala vocacionada para alojamento coletivo; e quatro salas para as diversas atividades artísticas que se proponham ser realizadas e que as salas tenham capacidade de aceitação. Este espaço destina-se a áreas como as artes digitais, webdesign, multimédia,
TIC – jogos criativos, audiovisuais, imagem em movimento, cinema de animação, fotografia, artes plásticas, pintura, desenho, escultura, gravura, ilustração/banda desenhada, teatro, marionetas, novo circo, dança, música – ensaios de grupos informais, moda, design, arquitetura, joalharia, artesanato tradicional e contemporâneo. Para Ricardo Gonçalves, presidente da autarquia, este é “um projeto muito aliciante que vai ao encontro das necessidades do nosso concelho. Nós temos um centro histórico que temos que revitalizar e são projetos como este que o fazem revitalizar”. Indo ao encontro desta ideia, Luís Farinha, vereador da autarquia, referiu que este projeto, ao estimular a criatividade em Santarém, permite o desenvolvimento do centro histórico através do conjunto de atividades que ali se vão realizar. A abertura deste espaço está prevista para março sendo que, durante o mês de fevereiro, a autarquia está a rececionar propostas, através de um formulário próprio.
Tem uma ideia de negócio? A Comissão Europeia ajuda-o a concretizá-la Até 21 de fevereiro, todos aqueles que possuam uma ideia de negócio podem candidatar-se à 3.ª edição do concurso “Elevator Pitch – Ideias Que Marcam”, organizado pela Representação da Comissão Europeia em Portugal. A representação da Comissão Europeia atribui dois prémios, no valor de 5000 euros cada, aos vencedores nas categorias “Projetos nascentes” e “Projetos consolidados”. Para além disso, toda a formação e acompanhamento especializado que as equipas selecionadas recebem durante o concurso constituem também um valor acrescentado para os seus projetos. A iniciativa dirige-se a todos aqueles que possuam uma ideia de negócios. Os candidatos selecionados vão ter cinco
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módulos de formação (que terão lugar entre 7 e 11 de abril), centrados no desenvolvimento de competências consideradas essenciais para um empreendedor. Terão ainda sessões de coaching personalizado (entre 4 e 8 de abril) e acesso a uma rede de contactos de possíveis parceiros. Desta iniciativa sairão dois vencedores, que receberão 5000 mil euros cada
um. Este concurso corresponde apenas à primeira fase de uma iniciativa mais vasta (a Bolsa de Empreendedorismo 2016) que integra ainda o evento “Bolsa de empreendedorismo”, que vai ter lugar a 9 de maio, e o concurso “Canvas – projetos que marcam”, que decorrerá na mesma data. As candidaturas podem ser feitas em www.bolsadoempreendedorismo.pt.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Rodalgés, uma empresa sobre rodas Quando os nossos antepassados inventaram a roda estavam longe de imaginar as consequências que a mesma iria ter no desenvolvimento mecânico e tecnológico da humanidade. Por ser uma peça hoje tão banal, é fácil esquecermo-nos de que o mundo e todas as atividades económicas e industriais se mantêm em funcionamento devido ao movimento constante de biliões e biliões de rodas, de diversos tamanhos e com variadas funções.
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uando vamos ao supermercado, os carrinhos de compras movimentam-se devido às suas rodas; no aeroporto, os equipamentos para transporte das bagagens são suportados por rodas, assim como um porta-paletes ou uma simples cadeira de escritório”, lembra Ivo Paiva, diretor comercial da Rodalgés. São apenas alguns dos milhares de exemplos que poderíamos enumerar para comprovar a importância desta pequena invenção. É precisamente no setor das rodas e rodízios que a Rodalgés tem o seu “core business”, sendo hoje uma das maiores empresas portuguesas especializadas no fornecimento destas e de outras pequenas peças, que apesar de quase invisíveis aos nossos olhos, são essenciais para a grande maioria das atividades económicas. A Rodalgés fornece soluções profissionais para armazéns e unidades fabris, centros de produção, distribuição e centros logísticos, comercializando equipamentos para elevação, movimentação e transpor-
te de cargas. A empresa não faz venda direta ao público, mas possui um leque diversificado de clientes que vão desde as serralharias, metalomecânicas, empresas do setor automóvel e centros logísticos de armazenamento e distribuição. Do seu portfólio constam diversos equipamentos de movimentação e manuseamento de cargas, e equipamentos e acessórios de elevação, tração e fixação de cargas, plataformas de acesso e trabalho para todo o tipo de usos industriais, automatismos e ferragens para portões, escadotes e andaimes.
Inserida num setor tão específico, mas transversal a vários setores de atividade, Ivo Paiva refere que a empresa tem superado bem este período mais difícil da nossa economia. “Nota-se que há crise em alguns setores. Em alguns clientes houve uma quebra, mas se desceu de um lado, subiu de outro. Temos vindo a manter o nosso nível de crescimento, este ano correu-nos muito bem e não nos podemos queixar”, afirmou. Em 2015 a empresa faturou acima de um milhão de euros e as expetativas para o futuro são otimistas, fruto das
Temos vindo a manter o nosso nível de crescimento, este ano correu-nos muito bem e não nos podemos queixar.” 38
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Rui e Ivo Paiva, ocupam, respetivamente, as funções de diretor financeiro e diretor comercial
Outra das caraterísticas que distinguem a Rodalgés é a imagem inovadora e apelativa que tentam incutir nos produtos que comercializam. “Como trabalhamos com produtos utlizados por setores mais
Como trabalhamos com produtos utlizados por setores mais conservadores, procuramos que os nossos catálogos apresentem um ar mais jovial, mais alegre, mais atrativo, sem nunca descurar a qualidade e a eficiência do produto.” parcerias estabelecidas. “O mercado tem potencial de crescimento, conhecemos a concorrência e os valores anuais deles. Tentamo-nos distinguir pelas marcas que temos, trabalhamos com marcas conceituadas internacionais de grande qualidade, com quem trabalhamos em exclusividade e temos um preço competitivo, explica Ivo Paiva. Apostando na proximidade e na rapidez de resposta ao cliente, a Rodalgés tem quatro comerciais sempre na rua e tem ainda uma loja online, a partir da qual os clientes podem efetuar encomendas.
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conservadores, procuramos que os nossos catálogos apresentem um ar mais jovial, mais alegre, mais atrativo, sem nunca descurar a qualidade e a eficiência do produto”.
Empresa familiar A história da Rodalgés conta-se como a história de muitas empresas familiares. Fundada em 1998 pelo pai de Rui e de Ivo Paiva, a empresa deu os primeiros passos em Lisboa. Mais tarde, o negócio começou a crescer e surgiu a necessidade de encontrar um local onde se pudessem expandir. Nessa altura, a família já tinha um pequeno terreno em Coruche, vila onde costumavam passar os fins de semana, pelo que a escolha por este concelho surgiu como natural. “Como não fazemos venda ao público, era indiferente estarmos num lado ou no outro”. Coruche oferecia excelentes condições, possuía uma zona industrial, tem uma localização excelente no país, central e muito próximo de Lisboa, muito boas acessibilidades. O apoio e a disponibilidade que têm encontrado por parte da autarquia é também um fator destacado pelo jovem gestor. Em 2006, a morte repentina do pai
apanhou-os de surpresa e os irmãos Ivo e Rui tiveram de tomar uma decisão acerca do futuro da empresa. Decidiram continuar e não se arrependem. Hoje, Ivo e Rui Paiva, ocupam, respetivamente, as funções de diretor comercial e diretor financeiro e lideram uma equipa de 11 colaboradores, cuja média de idades ronda os 32 anos. Nos últimos anos, em parceria com a NERSANT, têm participado em diversos projetos, nas áreas de Internacionalização, certificação de qualidade e formação, que visam qualificar e preparar a empresa para novos desafios. De destacar que foram distinguidos com o Prémio Jovens Empresários no Galardão de 2011, promovido anualmente pela NERSANT e pelo jornal O MIRANTE e, em 2015, a RODALGÉS foi reconhecida pelo seu perfil de desempenho superior com o estatuto PME Líder atribuído pelo IAPMEI.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Agrosport entra no mercado americano A Agrosport – Cofragens de Alumínio, Lda., empresa localizada na estrada das Várzeas, Casal 3 Pinheiros, no concelho do Cartaxo, está no mercado americano desde outubro de 2015, em Manhattan. A empresa, liderada por Paulo Neves, está a exportar cofragem de alumínio para este país, tendo já vendido quatro contentores deste produto, estando o quinto em preparação neste momento. De acordo com o responsável pela empresa, “a necessidade de abordar novos mercados teve a ver com o saturamento do mercado nacional e europeu, com o qual trabalhávamos habi-
tualmente. Tendo em conta a dimensão do mercado americano e oportunidades do mercado americano, decidi realizar em outubro do ano passado uma primeira viagem aos Estados Unidos da América. Aterrei em Manhattan e fui de imediato visitar algumas obras. Os empresários que encontrei ficaram bastante agradados com o produto que fui apresentar”, revelou Paulo Neves, afirmando que a cofragem de alumínio não existia ainda neste país até à data e tem feito um grande sucesso junto dos construtores locais, por se tratar de um material mais leve e de fácil manuseamento. Paulo Neves classifica a entrada no mercado americano como uma aventura. “Realizei, sozinho, um estudo de mercado sobre os Estados Unidos da América e verifiquei que havia espaço para o meu produto. Depois decidi visitar o país e apre-
Paulo Neves
sentar o meu produto. Fi-lo sozinho, sem qualquer tipo de contactos prévios”, disse o empresário, visivelmente satisfeito com a aceitação que o produto tem tido neste mercado. “Felizmente, o que acontece é que os empresários americanos vão passando a palavra e começo já a fazer orçamentos para diversas empresas. Devido à diferença horária, estou muitas vezes durante a noite a enviar orçamentos e a esclarecer questões via internet com potenciais clientes americanos”, revelou.
A AGROSPORT A Agrosport iniciou a sua atividade em 1990, dedicando-se à comercialização de equipamentos para a construção civil. Em 1993 alargou a sua atividade e passou
a disponibilizar o serviço de pós venda direto, em oficina própria inaugurada nesse mesmo ano.
Intermarché aposta na exportação de produtos portugueses A marca Intermarché, do grupo Os Mosqueteiros, assinalou os seus 25 anos de atuação em Portugal com um evento em Santarém, onde reuniu empresários de hortofrutícolas e de produtos agroalimentares. A cadeia de supermercados trouxe a Portugal responsáveis de lojas em França e estabeleceu assim a ponte entre estas duas geografias. O encontro teve como objetivo desafiar e incentivar os produtos nacionais a apostarem na internacionalização aproveitando a cadeia de lojas Intermarché. Em Portugal, o Intermarché já ajudou à exportação de produtos no valor total de três milhões de euros. O setor agroalimentar – sumos, café, azeite – é o mais representativo, mas em 2015 a marca exportou “1.000 toneladas de pêra Rocha” um número que quer “duplicar” este ano e ao qual vai juntar laranja do Algarve, afiança Vasco Simões, administrador do Intermarché em Portugal. No decorrer do evento, teve lugar o seminário “Desafios da Exportação”, que contou com a presença de Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Paulo Águas, vice-presidente da Confederação
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dos Agricultores de Portugal (CAP), Manuel Évora, presidente da Direção da Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, Amândio Santos, presidente da Portugal Foods, e Vasco Simões, que salientaram a importância das exportações para a economia nacional, quer para equilíbrio da balança comercial, quer para rentabilidade dos empresários. No evento esteve também o ministro da Agricultura, das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos,
que enunciou alguns dos seus objetivos setoriais, nomeadamente “a manutenção de um ritmo de crescimento superior ao da economia nacional”. Garantiu ainda que tudo fará para garantir “a duplicação do valor da exportação de frutas e legumes nos próximos quatro anos”. Atualmente, existem mais de 3.500 lojas Intermarché espalhadas por países como França, Bélgica e Polónia. Em Portugal conta com 240 espaços. A sede do grupo Os Mosqueteiros em Portugal situa-se em Bugalhos, concelho de Alcanena.
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AICEP vai abrir delegação no Irão ainda neste semestre… O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, anunciou a abertura de uma delegação da agência no Irão, ainda no primeiro semestre deste ano. Em declarações à Lusa, na sequência do levantamento das sanções internacionais ao Irão, o dirigente da AICEP afirmou que se trata de “uma oportunidade extraordinária para as empresas portuguesas”, embora considere que “ainda é cedo para fazer uma antevisão dos resultados que poderão ser obtidos, nomeadamente ao nível das exportações”. Contudo, salientou, “o mercado iraniano é um mercado de mais 80 milhões de consumidores, é o maior país daquela região. Quero deixar um sinal de otimismo e confiança aos empresários portugueses que irão poder contar com o apoio e a presença portuguesa da AICEP em Teerão”. “Significará um aumento das trocas comerciais entre os dois países, mas queremos fazer mais, queremos colocar Portugal na rota do capital iraniano”, acrescentou. Miguel Frasquilho referiu que “uma das prioridades da agência é a captação de
investimento, a nível global, e agora com as sanções levantadas ao Irão pode haver um interesse acrescido dos investidores iranianos em olhar para o nosso país”. Os setores que mais poderão beneficiar com o fim das sanções ao Irão são o agroalimentar, que já tem “registado uma evolução muito positiva nos mercados da região”, e o da construção civil. “Outro setor onde claramente vamos apostar é o
das tecnologias de informação e comunicação, onde Portugal dá cartas, e ainda mais agora, com a realização do Web Summit em Lisboa”, acrescentou. O dirigente da AICEP considerou que “é cedo para fazer estimativas”, porque a decisão acabou de ser tomada, mas é “uma decisão que terá um impacto muito positivo nas nossas exportações para o Irão e nas relações comerciais entre os dois países”.
AIP leva empresas aos EUA
…E já abriu em Zurique O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho presidiu à abertura oficial de uma delegação daquela entidade em Zurique, que representa o compromisso com a promoção das relações bilaterais entre Portugal e a Suíça. Entre janeiro e novembro do ano passado, as exportações de bens portugueses para a Suíça subiram 7,6% para 428,6 milhões de euros, face a igual período de 2014, e as importações recuaram 2,7% para 245,6 milhões de euros, o que representava um saldo da balança comercial positivo para Portugal em 183,1 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em novembro do ano passado, a Suíça era o 15.º cliente de Portugal e o seu 28.º fornecedor. Em 2014, havia 3.441 empresas portuguesas a exportar para a Suíça. Portugal era, há dois anos, o 37.º cliente do mercado suíço e o seu 39.º fornecedor
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A Associação Industrial Portuguesa (AIP) irá realizar uma missão empresarial aos EUA entre os dias 13 e 19 de março, no âmbito do projeto “Business Beyond Borders”, focada nos setores da construção, metalomecânica, indústrias transformadoras, tecnologias de informação, alimentar e bebidas, plásticos e moldes e calçado. O Departamento de Internacionalização da AIP, na voz do seu diretor Paulo Caldas, considera que “os EUA são um mercado sofisticado e com vários polos de atratividade e de equivalente dimensão económica, dada a sua extensão geográfica. As empresas deverão procurar desenvolver estratégias diferenciadas para, por exemplo, as costas Leste (onde se localizam Boston, Nova Iorque, Filadélfia ou Washington D.C.) e Oeste do país (Seattle, São Francisco, Los Angeles), tendo em conta as
suas dinâmicas e idiossincrasias locais. A Califórnia, maior estado americano se considerarmos a sua economia, tem um claro potencial para os produtos e serviços portugueses, através do estabelecimento de parcerias ou investimento direto”. Da agenda faz parte um conjunto de reuniões bilaterais com empresários locais, a realizar nas várias cidades que constituem a baía de São Francisco. Nos encontros institucionais está prevista uma reunião com a delegação da AICEP em São Francisco, para a habitual troca de impressões sobre a dinâmica do mercado e partilha de oportunidades de negócio. A missão empresarial será chefiada pelo vice-presidente da AIP, Jorge Pais. O projeto Business Beyond Borders é cofinanciado pelo Compete ao abrigo do Portugal2020.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Henriques & Henriques S.A. tem “o mundo” como horizonte É em Vilões, Ourém, que se situa a empresa Henriques & Henriques SA, especializada no fabrico de reservatórios metálicos há mais de 35 anos. A empresa tem apostado na diversificação de mercados, em novos produtos inovadores e ainda na certificação para se afirmar na rota do comércio internacional.
É
certo e sabido que Portugal atravessou uma grave crise económica que contribuiu em muito para a destruição de muitas empresas no nosso pequeno país. Só aquelas que souberam adaptar-se à nova realidade económica subsistiram, estando hoje mais e melhor preparadas para responder aos desafios do comércio mundial. “No ano 1999, a Henriques & Henriques deu início ao seu processo de internacionalização, essencialmente para Espanha. Até então, a empresa tem-se dedicado essencialmente ao mercado ibérico, o que verificámos ser um erro tremendo”, disse à Ribatejo Invest, João Henriques, um dos administradores da empresa. Com a crise económica, continuou o empresário, o mercado português e espanhol ressentiuse severamente, pelo que “a faturação da Henriques & Henriques foi algo abalada”. Percebendo onde estava o erro, a empresa depressa se adaptou às novas condicionantes do mercado e percebeu que o futuro seria iniciar um processo de internacionalização forte e assente, essencialmente, na diversificação de mercados. Para tal, explicou João Henriques, foi
João Henriques, administrador da Henriques & Henriques, S.A.
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necessário acrescentar ao leque de produtos da Henriques & Henriques, um produto com maior valor acrescentado e, logo, mais facilmente exportável. A empresa juntou assim, ao seu leque de reservatórios, nomeadamente reservatórios metálicos para combustíveis líquidos e outros, equipamentos sob pressão, silos e caldeiraria em geral, um outro tipo de produto para o setor das águas e ambiente. “Em 2010 começámos por focarmo-nos mais, no fabrico de reservatórios e filtros para tratamento de águas e de ar, reservatórios para GPL, reservatórios para água sob pressão”, revelou João Henriques, acrescentando que foi com estes produtos que iniciou esta nova etapa rumo à internacionalização. Para dar a conhecer este novo segmento de produto, a Henriques & Henriques tem apostado na presença em feiras, estando em “cerca de 10 certames a nível mundial por ano”. “Sabemos que este é um trabalho moroso e que requer continuidade, mas começamos já a ver frutos desta nossa aposta. Antes da crise, a empresa exportava 50 por cento da sua produção para Espanha, que caiu, após 2010, para metade. Neste momento, o nosso volume de exportação já ultrapassa os 45 por cento e está a
crescer cada vez mais, com todo o investimento que estamos a fazer nesta área”, fez saber João Henriques, que referiu ainda que neste momento a empresa já trabalha com mais de 25 mercados internacionais. “A nossa estratégia é vender para diversos mercados internacionais. Se algum deles cair, temos sempre os outros que suportam as vendas”, concluiu. A necessidade de crescer no mercado internacional levou, naturalmente, a uma restruturação da empresa ao nível dos recursos humanos. A empresa, revelou o empresário, teve de colocar mais três comerciais na área internacional com conhecimentos de línguas e que fazem toda
Há mais de 35 anos no mercado, a Henriques & Henriques tem atualmente 36 trabalhadores e um volume de negócios na ordem dos 4 milhões de euros.”
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A nossa estratégia é vender para diversos mercados internacionais. Se algum deles cair, temos sempre os outros que suportam as vendas.” a prospeção de negócio além-fronteiras e acompanhamento ao cliente internacional, para além da participação nos diversos certames a nível internacional. Mas, o trabalho da Henriques & Henriques SA não se fica por aqui. “O nosso horizonte é o mundo”, lançou João Henriques, dando a conhecer à Ribatejo Invest outras iniciativas da empresa com o objetivo de abrir portas à internacionalização. “Neste momento, estamos a criar um produto exclusivamente para a exportação e que acreditamos que será um sucesso nos diversos mercados internacionais”, revelou o empresário, deixando escapar que se trata de “um equipamento que está em fase de desenvolvimento de protótipo”. E por falar em desenvolvimento, podemos avançar também que a empresa tem em desenvolvimento um novo portal, que contará com oito línguas estrangeiras diferentes! Mas se pensa que o investimento em internacionalização se fica por aqui, engana-se. A Henriques & Henriques SA está neste momento a implementar uma certificação americana, sem a qual não conseguirá entrar no mercado norteamericano, considerado prioritário pela empresa. “Em Portugal só existem, seis ou sete empresas com este tipo de certificação”, revelou orgulhoso João Henri-
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ques. A American Society of Mechanical Engineers, explicou o empresário, para além de publicar normas técnicas para a construção de caldeiras e reservatórios de pressão, também certifica fabricantes de todo o mundo. Esta certificação atesta a capacidade do fabricante de construir caldeiras e/ou reservatórios de pressão de acordo com as normas americanas, e sem ela, os produtos da Henriques &
MERCADOS CLIENTES Espanha França Bélgica Irlanda Suécia Noruega Marrocos Argélia Tunísia Arábia Saudita Oman Ruanda Sri Lanka
Cabo Verde São Tomé e Príncipe Angola Namíbia Maurícias Congo Gana Jordânia Uganda Tanzânia Sérvia Emirados Árabes Unidos
Henriques, não poderão ser vendidos nos Estados Unidos da América. As certificações são, aliás, algumas das ferramentas de suporte à internacionalização e que a empresa tem vindo a usufruir ao longo dos tempos. Em 1994, a Henriques & Henriques SA certificou o sistema de gestão da qualidade pela ISO 9002 (atual ISO 9001), em 2012, implementou a norma ambiental ISO 14001 e a norma 18001 relativa à Higiene e Segurança no Trabalho. “Tudo para termos mais acreditação no mercado internacional”, avançou o empresário João Henriques. Questionado sobre se todo este investimento compensa, João Henriques não hesita. Responde sem mais demoras que o investimento em internacionalização compensa e que os resultados já se começam a notar. Acredita ainda que este, é apenas, o ponto de partida para uma Henriques & Henriques mais internacionalizada e mais competitiva. “Daqui a 5 anos, vamos estar numa posição completamente diferente da que temos hoje em dia”, disse, confiante, o empresário. A Ribatejo Invest estará por cá, para noticiar o sucesso da empresa.
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INTERNACIONALIZAÇÃO Informação de Mercado
Colômbia A Colômbia é um país com cerca de 49,5 milhões de pessoas (estimativa 2014), o que a torna no terceiro maior mercado em potência da América Latina, depois do Brasil e México. Tem uma extensão territorial considerável, com uma área aproximadamente equivalente à Península Ibérica e França juntas.
C
om base em dados do Banco Mundial para 2013, a Colômbia é a 31ª economia mundial e goza dum ambiente de negócios encorajador, com sólidas perspetivas de crescimento num horizonte temporal muito alargado. O país integra o grupo de novos mercados emergentes (os chamados CIVETS), ao lado da Indonésia, Vietname, Egito, Turquia e África do Sul. Desde março de 2011, a Colômbia recuperou o estatuto de investment grade, tendo ainda a Fitch e a Standard & Poor revisto em alta o rating para BBB, como corolário de progressos consideráveis nos domínios político, de segurança, orçamental e económico. Como toda a América Latina, a Colômbia é um país marcado por grande estratificação social, com assimetrias económicas e geográficas consideráveis. A classe média, caracterizadora da maioria das sociedades modernas, é ainda uma classe de reduzida expressão demográfica. Por força das suas características geográficas e do recente período de insegurança, o país regista ainda atrasos muito consideráveis em matéria de infraestruturas, pelo que as distâncias dentro do país são imensas, medidas em horas e não em quilómetros, e cobertas ineficientemente por avião ou “trato-mula” (i.e. camião TIR). O relacionamento comercial entre a Colômbia e Portugal é ainda muito incipiente. Embora a economia colombiana seja de uma dimensão equivalente à da Dinamarca ou da Venezuela (e 40% maior do que a portuguesa), as exportações de Portugal para esses dois países são 11 vezes maiores. Esta situação reflete fatores de ordem geográfica e histórica, mas é uma ilustração do potencial que existe. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de Portugal (apenas de bens) deverão ter terminado 2014 com um montante da ordem de 63,8 milhões de euros, num
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aumento de 57,3% face a 2013. Somando as exportações de serviços, e tendo por base os dados das alfândegas colombianas, é admissível que o valor total das nossas exportações tenha atingido os 90-100 milhões de euros. Não existe uma categoria de produtos que sobressaia em termos de exportações portuguesas para a Colômbia, repartindo-se essencialmente entre bens de equipamento e commodities, ou algu-
mas tecnologias de informação e produtos farmacêuticos. Pelo fraco poder de compra, os bens de consumo ainda primam muito pela ausência. Mesmo o investimento em curso do grupo Jerónimo Martins, tomando em consideração o mercado-alvo, deverá recorrer ao sourcing eminentemente local. A entrada em vigor, em 2013, do Tratado de Livre Comércio entre a União Europeia e a Colômbia, um ano após o
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estabelecimento de um tratado semelhante com os EUA, tem contribuido para abrir a porta a mais exportações portuguesas. Não obstante, não deve perder-se de vista o facto de a oferta portuguesa não se diferenciar em muitos casos da oferta de
outros países com os quais a Colômbia tem um relacionamento histórico privilegiado - EUA, Chile e Espanha. O investimento português na Colômbia, com exceção dos grupos Jerónimo Martins ou Prebuild (materiais de cons-
Área:
1 038 700 km2 (fonte EIU)
Clima:
A proximidade da linha do Equador faz com que não se possa falar de estações do ano. O clima é estacionário, determinado pela altitude e proximidade ao mar. No caso de Bogotá, situada a 2 700 metros acima do mar, assemelha- se ao clima de outono em Portugal. Medellín, a 1 600 metros de altitude, goza dum clima de primavera constante. No demais território, tal como em Cali ou na costa, o clima é tropical.
Recursos naturais:
A Colômbia, também designada de “Eldorado”, é conhecida desde há vários séculos pela sua abundância em recursos naturais, sejam eles de origem mineral ou agrícola. O país é o maior produtor mundial de esmeraldas, o segundo maior produtor de ouro e platina, o quarto maior produtor de carvão e possui ainda as maiores reservas de carvão, as segundas maiores de petróleo e as terceiras maiores de gás natural da América do Sul. Esta abundância de recursos naturais colocou a Colômbia como um destino de investimento internacional prioritário para a exploração e mineração, agora que o quadro de segurança evoluiu favoravelmente.
População:
49,5 milhões de habitantes;
Densidade populacional:
44 hab./km2 (World Bank 2013)
Capital:
Bogotá (8,7 milhões de habitantes)
Outras cidades importantes:
Medellin (3,5 milhões), Cali (2,4 milhões), Barranquilla (1,8 milhões)
Língua oficial:
Espanhol
Unidade monetária:
Peso colombiano (COP)
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trução), tem sido eminentemente em pequenas empresas de serviços, apoiando localmente as vendas.
SITUAÇÃO ECONÓMICA E PERSPETIVAS A Colômbia ao nível do produto interno bruto (PIB), em termos de paridade do poder de compra e com base nos valores estimados para 2013, ocupou a 4ª posição face aos países da América Latina, situando-se depois do Brasil, do México e da Argentina, e foi a 29ª economia do mundo. Com uma enorme diversidade territorial e detentora de uma grande variedade de recursos naturais, o país conta com importantes recursos energéticos, sendo a exploração do petróleo uma das suas principais atividades económicas, possuindo também gás natural e carvão e produzindo energia hidroelétrica. De referir, igualmente, em termos de recursos naturais, o ouro, as esmeraldas, o minério de ferro, o níquel e o cobre. Ao nível dos produtos agrícolas, destacam-se o café, as flores, as bananas, o arroz, o tabaco, o milho, a cana-de-açúcar, o cacau, as oleaginosas e os legumes. O
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INTERNACIONALIZAÇÃO melhoria do nível da segurança e um regime favorável ao investimento estrangeiro, contribuíram para um aumento significativo do IDE nos últimos anos. O respetivo montante foi de quase 16,8 mil milhões de USD em 2013, mais do dobro do valor registado em 2009. O país ocupava a 37ª posição no ranking mundial, enquanto recetor de IDE, em 2009, passando para o 20º lugar em 2012, que se manteve no ano seguinte (dados da UNCTAD).
RELAÇÕES ECONÓMICAS COM PORTUGAL
Grupo Jerónimo Martins está presente na Colómbia com 142 lojas em operação. camarão e os produtos florestais também são relevantes. No que respeita às principais indústrias, são de mencionar os têxteis, os alimentos transformados, o petróleo, o vestuário e o calçado, as bebidas, os químicos, o cimento, o ouro, o carvão e as esmeraldas. A administração do atual Presidente Juan Manuel Santos, pretende continuar a seguir políticas de estabilidade macroeconómica no período 2015-2019, procurando promover o crescimento e a criação de empregos ao nível da economia formal, assim como a implementação de programas tendo em conta o elevado índice de pobreza, o desemprego e as desigualdades. O governo está focado também na atração de investimento direto do exterior e na melhoria da envolvente tendo em vista a participação do setor privado. A economia colombiana registou taxas de crescimento não inferiores a 4% nos últimos quatro anos. O aumento do PIB estimado para 2014 é de 5%. Perspetivase que possa existir um incremento da despesa pública, um forte nível de confiança dos consumidores e significativos fluxos de investimento direto do exterior no país.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO A América Latina continua a ser uma região importante na captação de investimento direto do exterior (IDE), encontrando-se nas vinte primeiras posições do respetivo ranking, em 2013, as economias do Brasil (6ª posição), do México (11ª), do Chile (18ª) e da Colômbia (20ª). Este país possui uma excelente posição estratégica no continente americano, estando virado para o Pacífico e para o Atlântico, e
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FEVEREIRO 2016
conta com uma moderna infraestrutura portuária. Tem fácil acesso ao mercado norte-americano, europeu, asiático e latino-americano. A zona horária colombiana também representa uma vantagem face a outros países, já que é a mesma da costa leste dos Estados Unidos, o que facilita as atividades de Call Center e de Business Process Outsoursing (BPO) desde a Colômbia. Devido à celebração de diferentes acordos de livre comércio e preferências tarifárias unilaterais outorgadas, a Colômbia tem acesso a um vasto mercado de consumidores. A estabilidade macroeconómica, a
FORMALIDADES DE ENTRADA NO PAÍS A Colômbia é um país que não oferece quaisquer dificuldades de acesso. Os cidadãos portugueses estão dispensados de visto para períodos de permanência inferiores a 90 dias. Não são exigidas vacinas especiais, não havendo quaisquer riscos para a saúde nas principais cidades do país. As consultas do viajante são recomendáveis, e a vacina contra a febre-amarela é exigida apenas para algumas regiões rurais e da costa. Todavia, é altamente recomendável munir-se dum seguro de saúde dado que não existe resposta adequada em termos de medicina pública.
A Colômbia tem mais importância no comércio externo português enquanto fornecedor do que como cliente. O país ficou em 58º lugar no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2013, com uma quota de 0,09%, sendo a melhor posição e o valor percentual mais elevado dos últimos cinco anos. No ranking de fornecedores, o mercado colombiano ocupou o 34º lugar em 2013, representando as importações 0,35% do respetivo valor global. A posição e a quota desse ano ficaram aquém das registadas nos dois anos anteriores. As exportações portuguesas de bens para a Colômbia aumentaram bastante no período 2009-2013. Verificou-se um acréscimo de 100,3% em 2010, situandose os incrementos dos três anos seguintes entre cerca de 42% e 48%. Assim, o respetivo crescimento médio anual foi de 59,1%. As nossas compras de bens provenientes do mercado colombiano diminuíram em 2010 e em 2013 (variações percentuais de -2,6% e de -28,6%), aumentando 145,2% em 2011 e 14,3% em 2012. A taxa média de crescimento anual ao longo do período em análise foi, neste caso, de 32,1%. De janeiro a setembro de 2014, as vendas portuguesas de bens para a Colômbia aumentaram 47,3%, tendo o acréscimo das importações sido de 2,3%, relativamente ao período homólogo do ano anterior. No que concerne às exportações portuguesas para a Colômbia por grupos de produtos, nas duas primeiras posições surgem as máquinas e aparelhos e os metais comuns, respetivamente, com 32,1% e 28,6% do valor global em 2013. Seguiram-se, nesse ano, os minerais e minérios (10,1%), os plásticos e borracha (9%) e os veículos e outro material de transporte (8,5%). Os cinco primeiros agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 88% do respetivo total.
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