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Medida Compromisso Emprego Sustentável com apoios financeiros à contratação P. 34
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insiste na construção de fábrica de processamento de cenouras em Almeirim P. 43
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EDITORIAL
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Domingos Chambel Presidente da Direção da NERSANT
FICHA TÉCNICA Diretor: Domingos Chambel Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Elsa Duarte ribatejo.invest@nersant.pt
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em com cimeiras mundiais, geoestratégias militares, políticas e económicas, organizações mundiais para a paz, fome e guerra, conselheiros, analistas, espionagem e contraespionagem á escala mundial se consegui prever o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia no passado dia 24, no sentido de acautelar os seus efeitos destruidores sociais e económicos. Esta falha grave de capacidade de análise de todo o Ocidente, em conjunto com as pretensões da Rússia, vai provocar realinhamentos económicos, políticos e bélicos, redesenhado uma nova ordem mundial. Tudo isto seria mais um episódio da devastação da guerra a Leste, se todo o Ocidente não fosse arrastado nos seus efeitos económicos colaterais. Torna-se público agora que a U.E, com o seu Conselho Europeu, Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho da Energia, não tinham um ligeiro esboço do plano B de alternativa a dependência da energia Russa. Esperamos que com esta nova realidade saibamos aprender com os nossos erros, os quais se pre-
Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
veem repercutir-se em todos nós com custos e sacrif ícios incomensuráveis. A U.E, para se poder afirmar no mundo, poupando-nos a situações altamente fragilizadas e desvantajosas, não se pode cingir só a um projeto económico, deve e tem, com respeitabilidade pelas suas diferenças culturais, ser um projeto também político e militar de dissuasão no âmbito da NATO. Com o barril de petróleo segundo os analistas a poder atingir aos 200 dólares por barril e a energia acima dos 600€ megawatt hora, são inevitáveis impactos altamente negativos na economia nacional e em particular na nossa região, os custos de interioridade, mais uma vez nesta conjuntura, são mais um handicap que vai por à prova a nossa resiliência. Co n d i çõ e s e s p e c i a i s , ex i ge m medidas especiais, é tempo do Estado chamara a si a assunção da responsabilidade da sua quota-parte na resolução do problema, o qual no nosso entender, incontornavelmente, só pode passar pela redução da violenta carga fiscal que toda a energia tão necessária à criação de riqueza e bom funcionamento das empresas é submetida.
Periodicidade: Mensal
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
Tiragem: 250 exemplares
Capa por: Cottonbro - Pexels
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Viver o Tejo
Desenvolvimento Regional
36 Ex-libris turístico do concelho, Salinas de Rio Maior poderão vir a ser enriquecidas com a criação de um Museu do Sal
05 Notícias 16 Conferência “Crescimento e Sustentabilidade no concelho de Sardoal” em debate 18 Banco Europeu de Investimento financia em 45 milhões de euros aquisição de locomotivas elétricas pela Medway
Empreendedorismo e Inovação
20 BoopIT apoia as empresas na transformação digital
Informação e Apoio 22
NERSANT com vasta oferta formativa para empresas e colaboradores
24 Notícias 26 Entrevista Mário Machado, presidente da União das IPSS do distrito de Santarém 30 Resumo do programa TRANSFORMAR TURISMO 34 Medida Compromisso Emprego Sustentável com apoios financeiros à contratação
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40 Notícias 43 Fresh 52 insiste na construção de fábrica de processamento de cenouras em Almeirim 44 Bagas do Almonda Aguardentes de mirtilo e figo preto vencedoras de concursos nacionais
Internacionalização 46 Notícias 48 NERSANT BUSINESS 2022 iniciou com mais de 170 importadores de 62 Países 50 Empresa Águas do Ribatejo aderiu ao Conselho Mundial da Água
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Turismo do Alentejo e Ribatejo dá apoio financeiro a eventos Estão abertas, até dia 16 de fevereiro, as candidaturas ao programa “Alentejo/Ribatejo Events” promovido pelo Turismo do Alentejo e Ribatejo. Este apoio financeiro destina-se a eventos de âmbito artístico, desportivo, cultural, de animação, natureza ou negócios, de empresas ou associações, que promovam o turismo nos 58 municípios da região. A iniciativa tem uma dotação m á x i m a d e 2 5 0 m i l e u ro s p o r evento, sendo que a comparticipação pode ir até aos 50%. Além de ter de beneficiar o turismo regional, os critérios para a participação incluem ainda que o evento decorra entre 31 de março e 31 de dezembro deste ano. O s p ro m o t o re s i n t e re s s a d o s em candidatar-se devem fazê-lo online, através do formulário disponível no site da Entidade Regional do Turismo do Alentejo e Ribatejo.
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Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo ultrapassa execução prevista para 2021 no Centro 2020 A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo alcançou uma execução de cerca de 69% do seu Pacto de Desenvolvimento e Coesão Territorial (PDCT). Esta execução do PDCT da CIM do Médio Tejo é bastante significativa uma vez que foi superior aos 60% propostos para a execução do programa na região centro do país em 2021. Considera a CIM do Médio Tejo que “com este nível de execução deu-se um contributo muito significativo na meta definida para o Programa Operacional Regional do Centro 2020 e para o nível de execução global dos fundos comunitários em Portugal”. Para este nível de execução, foi premente o contributo dos municípios e das empresas apoiadas através do Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial. O PDCT pressupõe o apoio financeiro comunitário, de projetos municipais, intermunicipais e de micro e pequenas empresas, pelo que os mesmos estão centrados em diversas áreas de intervenção e que têm como objetivo primordial garantir a qualidade de vida das nossas populações e o crescimento económico da região. O PDCT da CIM do Médio Tejo com uma dotação de fundo de cer-
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ca de 54 milhões de euros tem apoiado projetos, que vão desde a área da Modernização Administrativa, Eficiência Enérgica, Património Cultural, Apoio ao Emprego e às Empresas, Cultura e Inclusão, Infraestruturas de Saúde e Escolares e Promoção do Sucesso Escolar, sendo este último âmbito, executado diretamente pela CIM do Médio Tejo, através do seu Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação no Médio Tejo (PEDIME). Entre os vários projetos concretizados, e ainda por concretizar, está a construção e/ou requalificação de centros escolares e de saúde, a requalificação e valorização de património edificado e espaços de lazer, ações que preveem uma maior eficiência enérgica dos edifícios públicos, a promoção do sucesso escolar, através de equipamentos e ações concretas, entre outros. Recorde-se que o PDCT consiste na definição de uma Estratégia de Desenvolvimento para a região do Médio Tejo, baseada num Plano de Desenvolvimento Estratégico que estará vigente até 2023 e que aponta o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo enquanto elementos essenciais para a evolução territorial.
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Endesa com nota mais alta no concurso para a conversão da central do Pego
A Endesa obteve a melhor pontuação do júri, entre as seis propostas participantes, para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes (Santarém), segundo o relatório preliminar divulgado pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Num comunicado, a Endesa adianta que “não tem dúvidas sobre a solidez do projeto apresentado que compreende não só a instalação de uma
importante capacidade de produção renovável, mas também um plano socioeconómico de criação de valor partilhado na região”. Para a empresa, o projeto de transição justa enquadra-se no “compromisso da Endesa com o crescimento das energias renováveis e com uma descarbonização justa e equitativa”. A proposta apresentada pela empresa espanhola que atua na distribuição de gás natural e na geração e distri-
Águas de Santarém investe 4,5 milhões de euros A empresa municipal Águas de Santarém (AS) prevê investir cerca de de 4,5 milhões de euros em 2022, no sistema de abastecimento de água e saneamento no concelho de Santarém. O Plano de Atividades e Orçamento da Águas de Santarém para o ano de 2022 prevê um investimento de 3,2 milhões de euros no abastecimento de água, destacando-se a substituição de cerca de 8 km de condutas, a conclusão da reabilitação dos reservatórios de S. Bento,
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a implementação do novo sistema de telegestão, a continuação dos projetos de telemetria, aliadas ao esforço de modernização e redução de per-
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buição de energia elétrica obteve uma pontuação de 3,72, batendo as propostas da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA. Na segunda posição ficou a Tejo Energia SA (atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego), com 3,27. A Greenvolt ficou em terceiro lugar, o consórcio da Brookfield Ltd & Bondalti SA em quarto, a Voltalia SA em quinto e a EDP Renováveis em último lugar.
das de água, assim como a substituição de contadores. O sistema de saneamento de águas residuais do concelho de Santarém, com cerca de 508 km de extensão, constituído por 21 ETAR (estações de tratamento de águas residuais), deverá beneficiar de obras nas infraestruturas mais antigas, que deverão ser realizadas com recurso a fundos do próximo quadro comunitário de apoio. A empresa prevê a realização de obras de remodelação da ETAR de Santarém, estando a elaborar o projeto para que possa proceder à abertura do concurso público internacional, o que deverá atirar o início das obras para final de 2022 ou início de 2023.
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Parque de Astronomia de Constância assinala 18 anos O Centro Ciência Viva de Constância – Parque de Astronomia – assinala este ano o seu 18.º aniversário. O Centro foi inaugurado em 19 de Março de 2004, tendo como principal missão divulgar a ciência através das diferentes áreas científicas, nomeadamente a astronomia.
Especialmente construído para este fim, o Parque de Astronomia é composto por um edifício principal com auditório, observatório e planetários e vários módulos exteriores (representação do Sistema Solar, carrossel representando o Sol, a Terra e a Lua, um Globo terrestre, uma Esfera Celes-
te e um Relógio de Sol Analemático). O C e n t ro e s t á e s t r a t e g i c a m e n t e situado no Alto de Santa Bárbara com uma excepcional vista panorâmica e um céu noturno de grande qualidade, uma vez que está fora das zonas de poluição luminosa. É dirigido a todos os públicos, crianças, jovens e adultos, tendo uma p ro g r a m a ç ã o m u i t o e s p e c i a l p a r a escolas, com atividades relacionadas com os conteúdos programáticos definidos para diferentes níveis de ensino. Integrado na Rede Nacional de Centros Ciência Viva, o Parque de Astronomia é gerido por uma Associação privada sem fins lucrativos, e tem como associados a Câmara Municipal de Constância, a Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e o Instituto Politécnico de Tomar. O concurso vai avançar agora para audiência de interessados, permitindo a todos participantes contestar a avaliação do júri.
Ampliação da Zona Industrial do Souto será realidade para fixar novas empresas O projeto de expansão da Zona industrial do Souto, em Vila de Rei, vai finalmente entrar em marcha com intuito de atrair e fixar novas empresas, correspondendo à procura por investidores interessados e dentro da estratégia de desenvolvimento económico da autarquia. A empreitada terá um valor de cerca de 375 mil euros. A realização das obras de urbanização e ampliação da Zona industrial do Souto resultam da aprovação de candidatura que já está em curso, e que “prevê criar três novos lotes para implementação de empresas, de forma a dinamizar e atrair assim mais atividade económica para o concelho”.
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Seca: Governo restringe uso de barragens para eletricidade e rega O Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de e l e t r i c i d a d e e p a r a re g a a g r í c o l a devido à seca em Portugal continental. Em conferência de imprensa conjunta com a ministra da Agricultura após uma reunião da comissão de acompanhamento da seca, João Pedro Matos Fernandes afirmou que, de acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, há “80% de probabilidade” de 2022 ser um ano seco. Para fevereiro não há expectativa de que chova o suficiente para inverter a situação de seca meteorológica, mas março ou abril poderão trazer alguma mudança, embora não seja possível de prever a esta distância. A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, afirmou que o Governo já contactou a Comissão Europeia para fazer “um reforço e simplificação dos adiantamentos” de
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apoios aos agricultores para fazerem face à situação. As culturas de inverno e pastagens foram lançadas, mas a falta de chuva perturbou-as, exigindo aos agricultores “custos acrescidos” para as manter viáveis, indicou. Para já, há quatro barragens cuja água só será usada para produzir eletricidade cerca de duas horas por semana, garantindo “valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Cabril (Castelo Branco) e Castelo de Bode (Santarém). A água da barragem de Bravura, no Barlavento algarvio, deixou de poder ser usada para rega. Para estas cinco, foi adotada uma cota mínima a manter destinada a garantir o abastecimento de água para consumo humano durante dois anos. Matos Fernandes indicou que há bacias hidrográficas com enchimento acima da média, como Douro e
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Guadiana, e que poderão ser usadas, tal como a água armazenada nas barragens de Alqueva, Alto Sabor e Tua, para compensar o que falte em outras barragens com menos água. Essa “capacidade de gestão” permite para já suprir as necessidades mas J o ã o P e d ro M a t o s Fe r n a n d e s n ã o descartou que no princípio de março sejam tomadas mais medidas, ou mais alargadas, de restrição ao uso de água. Tudo dependerá do que se passar durante este mês, em que a evolução será “acompanhada ao dia”. Maria do Céu Antunes afirmou que ainda não há situações em que esteja comprometido o abastecimento de água para fins agrícolas mas que as direções regionais de agricultura estão prontas para assegurar que haja transporte e disponibilização de cisternas com água para as necessidades. A comissão de acompanhamento da seca vai voltar a reunir-se no início de março.
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Autarquia investe 340 mil euros na eficiência das piscinas de Torres Novas... A empreitada «Eficiência Energética das Piscinas Municipais de Torres Novas» foi adjudicada pela Câmara Municipal de Torres Novas à empresa Instruel, Sistemas de Controlo de Processos Industriais, pelo valor global de 339 874,46 euros (acrescido de IVA) e prazo de execução de 140 dias. Esta obra tem como principais objetivos a redução do consumo de energia do edifício, a diminuição das emissões de CO2 associadas, a redução dos custos de exploração da infraestrutu-
ra, a melhoria das condições ambientais de temperatura e de humidade e a promoção de boas práticas energético-ambientais. Os trabalhos a executar são a revisão dos equipamentos de renovação de ar de motores e bombas; instalação de coletores solares e todos os acessórios; instalação de sistema solar térmico, cobertura de plano de água e sistema de gestão de energia; substituição dos UTD existentes por unidades novas com tecnologia avançada e
elevados índices de eficiência energética (Eurovent); instalação de ventiloconvectores e adaptação do sistema de controlo da unidade de climatização (UTA) dos balneários, para otimização da qualidade do ar com poupança de energia; instalação de uma caldeira de condensação a gás natural e adaptação de toda a rede de hidráulica; aumento da eficiência de bobagens de sistema de tratamento de água; substituição de desumidificadores, condutas e ligações.
... e abre concurso para construção de elevador de acesso ao Castelo de Torres Novas A Câmara de Torres Novas abriu concurso público para a empreitada «Acessibilidades ao Castelo de Torres Novas (Elevador)» com um valor base fixado em 300 000 euros e prazo de execução de 210 dias. A autarquia considera que o Castelo de Torres Novas se encontra bem conservado, mas as características topográficas do seu assentamento sobre uma plataforma, o Alambor, com um desenvolvimento geométrico e topograficamente muito diferenciado e a forma como perimetricamente “toca” na malha urbana circundante, torna a acessibilidade ao seu interior difícil e restritiva. Esta e m p re i t a d a p re t e n d e , a p a r t i r d a s diversas intervenções que serão realizadas, resolver os problemas de acessibilidade ao Castelo com a criação de percursos lúdicos e urbanos, restauração de caminhos interrompidos e construção de elevador de acesso, de forma a contribuir para a sua requalificação.
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A nível do elevador propõe-se uma estrutura de betão armado aparente, em que todas as faces visíveis sejam desativadas, conseguindo uma textura mais próxima da pedra, com as antecâmaras do corpo do elevador a serem convenientemente iluminadas através de aparelhos. Frente ao corpo do elevador, propõe-se ainda a construção de um acesso alternativo por escada e um passadiço metálico que liga o patamar do elevador à porta do Castelo. As guardas com prumos verticais em varão de aço e o corrimão em perfil de aço retangular, serão devidamente metalizados e pintados, com a iluminação LED a ser integrada na solução a adotar para o corrimão. Os patamares dos pisos do elevador e o tabuleiro metálico do passadiço serão revestidos com lajetas de betão pré-fabricado, pretendendo-se que os inertes tenham características litológicas idênticas as que formam as muralhas.
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N o q u e d i z re s p e i t o a o p e rc u rs o interno, rampa e escada, propõe-se a construção de um estrado metálico na zona da soleira da porta noroeste de acesso, que dando continuidade ao passadiço, antecede o patamar de onde parte, ficando à direita um percurso acessível e à esquerda um lanço de escadas. O percurso será revestido com um pavimento de areia estabilizada com betão e os degraus da escada serão em betão pré-fabricado de cor idêntica ao betão desativado. Está previsto ainda iluminação LED integrada no corrimão metálico, que será instalada no muro, sendo complementada com iluminação LED de encastre no pavimento. No âmbito da candidatura ao programa «Turismo de Portugal – Linha de apoio ao Turismo Acessível», foi aprovado o financiamento de 150 013,80 euros para a construção do elevador de acesso ao castelo.
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Questão demográfica é o grande desafio ao desenvolvimento de Constância A questão demográfica e o declínio populacional, a par do excesso de burocracia na gestão do território, muitas vezes impeditivo da fixação de pessoas e concretização de investimento, são os principais desafios ao desenvolvimento do município de Constância. As conclusões são de Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Constância, apresentadas, no dia 10 de fevereiro, na conferência “Crescimento e Sustentabilidade na região de Constância” e que juntou à mesa os diferentes agentes económicos do concelho para debater o futuro deste município ribeirinho, em sessão organizada pela autarquia e Grupo Editorial Vida Económica. “O desafio chapéu de tudo é a questão demográfica”, disse Sérgio Oliveira, tendo feito notar que, não sendo um problema exclusivo deste município, Constância tem vindo a perder população – 200 pessoas segundo os Censos de 2021 – “180 das quais
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na freguesia de Santa Margarida da Coutada”, uma das três freguesias do concelho e a única separada das demais pelo rio Tejo. Na leitura do autarca, os números indicam que o concelho “está a fixar e a crescer a duas velocidades”, com as freguesias de Constância e Montalvo, “na margem norte, a fixar população e a fixar empresas”, e Santa Margarida da Coutada, na margem sul, a perder população e com mais dificuldades na sua afirmação” no contexto do desenvolvimento concelhio. A relação direta estabelecida foi a localização e as acessibilidades, com as “freguesias a norte bem servidas” pela proximidade de vias rápidas, como a A23, A1 e A13, e com a zona a sul a ressentir-se da “falta de uma nova travessia sobre o Tejo e que permita a passagem de veículos pesados e onde se circule nos dois sentidos”, o que agora não sucede, num “problema com décadas”, sublinhou Sérgio Oliveira.
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Na sua intervenção, na qual abordou três perspetivas relativamente ao tema em discussão – “diagnóstico atual do concelho, desafios pela frente e dificuldades ao desenvolvimento”, o autarca socialista insistiu na “necessidade de o país, como um todo, tomar medidas efetivas para apoiar a natalidade e inverter este ciclo negativo de declínio populacional das últimas décadas”, a par da necessidade de “deslocalização de um conjunto de investimentos privados do litoral para o interior” do país. “Só conseguimos fixar pessoas neste território se cá houver emprego e oportunidades para constituírem família e se fixarem”, defendeu, tendo reiterado ser este o “principal desafio para os concelhos do interior” do país. Ressalvando que Constância “é um concelho pequeno, em dimensão e em termos populacionais”, com 3.801 habitantes segundo os Censos 2021, menos 6,3% relativa-
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mente a 2011, Sérgio Oliveira elencou alguns dos projetos que quer implementar em termos turísticos, c u l t u r a i s e a g ro f l o re s t a i s , e n t re outros, lembrou a “pouca capacidade de gerar receita própria”, uma “dependência financeira de 70% das verbas do Orçamento de Estado”, e a importância dos quadros comunitários de apoio enquanto “instrumentos fundamentais para a estratégia de desenvolvimento” e de apoio financeiro. “Só com a união de todos é possível levar para a frente a sustentabilidade e desenvolvimento do concelho”, afirmou o autarca, numa mensagem em forma de apelo aos presentes, tendo ainda destacado a “burocracia” e os “instrumentos de gestão do território” como outros entraves ao crescimento e desenvolvimento de Constância. “No mesmo território continuamos a ter três ou quatro entidades a mandar, a exigir pareceres e autori-
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zações, o que limita, em muito, aquilo que é a capacidade de investimento do município e de particulares, com excessiva burocracia e morosidade” na condução de processos, afirmou, defendendo a necessidade de uma “reforma administrativa profunda”.
Numa iniciativa que contou com a intervenção de vereadores e empresários, houve ainda espaço para um momento de intervenção do público e para uma mesa-redonda em foi debatido o tema do crescimento sustentável de Constância.
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7 anos a alimentar cães e gatos com a garantia de qualidade petMaxi A petMaxi, empresa 100% portug u e s a , l o c a l i z a d a e m Fe r re i r a d o Zêzere, foi inaugurada a 13 de fevereiro de 2015. Fabrica alimentos para cães e gatos e está vocacionada para o fabrico de alimentos premium e super premium Com o slogan “Feeding Happiness”, tem como principal preocupação ajudar a garantir a
saúde e bem-estar dos animais e dos seus tutores. A petMaxi é certificada pela IFS Food desde 2017, tendo vindo a renovar todos os anos com a nota mais alta – Higher Level. Em 2021, a petMaxi atingiu um volume de faturação de 29 milhões de euros e lançou uma visita virtual online à fábrica.
Empresa MOMSteel prepara nova fase de expansão A empresa especializada na conceção e fabrico de estruturas metálicas está instalada no Parque Industrial de Abrantes desde 2001 e acaba de ver aprovada pelo Município de Abrantes a candidatura à aquisição de novo lote. A MOMSteel, sétima empresa em Portugal especializada na conceção e fabrico de estruturas metálicas, instalada no Parque Industrial de Abrantes (zona norte) desde 2001, vai iniciar a 3.ª fase de expansão, tendo visto aprovada
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em reunião de Câmara a candidatura à aquisição de mais um lote no Parque Industrial, com uma área de 9.254 m 2 e uma área máxima de construção de 4.164,3 m2. A empresa considera “expectável que o mercado das estruturas metálicas continue a crescer na europa”, pelo que está já a projetar a expansão da 3ª nave e a conceção de uma 4ª infraestrutura. Neste projeto vai incluir a plantação de 500 arvores na periferia dos terrenos e
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o plano prevê a criação de mais 20 postos de trabalho até 2025. A MOMSteel tem sede em Abrantes e está presente no mercado francês com uma empresa especializada em construções metálicas de edifícios fotovoltaicos industriais, comerciais, agrícolas e desportivos onde também presta serviços nas áreas de gestão de projetos, engenharia, produção metalomecânica, logística, construção/ montagens e assistência após-venda.
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Investimento de 6,3 milhões de euros para manter 491 empregos e criar 67 novos no Médio Tejo Os 42 projetos financiados pelo Programa de Apoio à Produção Nacional na região do Médio Tejo, num investimento total de 6,3 milhões de euros, vão permitir manter 491 empregos e criar 67 novos, disse a presidente da CIMT. A presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), A n a b e l a F re i t a s , a f i r m a q u e a s 4 2 candidaturas aprovadas no âmbito do Programa de Apoio à Produção Nacional (PAPN) vão receber 3,3 milhões de euros do Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), não reembolsáveis, num investimento global de 6,3 milhões de euros, representando um apoio de 40%, percentagem que vigora para investimentos no interior do país. A assinatura dos contratos das 42 candidaturas aprovadas, 26 na área industrial e 16 ligadas ao turismo, realizou-se no dia 10 de fevereiro, na Biblioteca Municipal de Tomar, numa cerimónia que contou com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e das presidentes do Programa Operacional Regional Centro 2020, Isabel Damasceno, e da CIMT, Anabela Freitas.
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Anabela Freitas realçou a importância do financiamento disponibilizado às micro e pequenas empresas, predominantes no tecido empresarial da região, sobretudo num período que se segue a uma crise pandémica, “que trouxe associada uma crise económica e uma crise social”. A também presidente da Câmara Municipal de Tomar afirmou que a CIMT recebeu um total de 96 candidaturas, que totalizam um investimento de 7,7 milhões de euros, correspondendo 6,3 milhões aos 42 projetos formalizados hoje, os quais vão ser desenvolvidos em 12 dos 13 concelhos que integram a comunidade intermunicipal. “Nesta altura, virem estes apoios para as empresas, e o nosso tecido empresarial é essencialmente de micro e pequenas empresas, é muito importante para o território”, afirmou. Anabela Freitas afirmou que estas foram as primeiras candidaturas submetidas à CIMT e apresentadas depois à Comis-
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são de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Centro, estando as restantes em fase de apreciação. O PAPN apoia a aquisição de máquinas, equipamentos, serviços tecnológicos/digitais, sistemas de certificação, transição digital e energética e a introdução de processos de produção mais sustentáveis, sendo objetivo estimular a produção nacional, tornando o país menos dependente do exterior. Segundo a informação disponível no Portal dos Incentivos, as empresas beneficiárias assumem “o compromisso de manter os postos de trabalho existentes, não havendo a exigência de criação de novos postos de trabalho”.
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Empresa investe 380 milhões para construir central solar em Coruche, anuncia autarquia O projeto visa a construção de uma central com 420 megawatts por uma empresa privada, no que pode vir a ser a maior central solar do país. A autarquia de Coruche, distrito de Santarém, anunciou hoje um investimento de 380 milhões para construção de uma central solar fotovoltaica no concelho. O projeto vai ser desenvolvido pela Basadre Energias Renovables 4, que vai construir uma central com 420 megawatts (MW). “A câmara municipal de Coruche aprovou em reunião de Câmara um protocolo de colaboração com a Basadre Energias Renovables 4, empresa produtora de energia elétrica renovável, com vista a maximizar externalidades positivas do projeto de construção de um centro eletroprodutor de energia fotovoltaica (420 MW), que significa um investimento de aproximadamente 380 milhões de euros no Concelho”, segundo comunicado da autarquia divulgado no dia 15 de fevereiro. “Além do forte investimento, que se prevê impulsionar o desenvolvimento local, o protocolo visa contribuir de forma líquida para a suficiência energética nacional, com consumo neutro de carbono, produção per capita de 56 Mwh/ano e poupança anual de 420 mil toneladas de emissões de CO2”, refere
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o comunicado. Segundo a autarquia, a Basadre comprometeu-se a “financiar anualmente 20 bolsas de estudo pelo período de 20 anos, entra no mercado da energia elétrica renovável nacional no concelho que escolheu para desenvolver o seu projeto de referência na Península Ibérica. Ao mesmo tempo também foi assinado um protocolo entre a autarquia a e empresa que “entra em vigor após a conclusão do processo de licenciamento e que terá a duração de 20 anos, tem por objeto “estabelecer os termos de colaboração entre a Basadre e o Município de Coruche com vista a maximizar as externalidades positivas do projeto em prol do desenvolvimento local”. O documento “rege-se por um conjunto de cláusulas que asseguram a prossecução de objetivos que abrangem dimensões de sustentabilidade energética, mas também de sensibilização, formação e responsabilidade social e ambiental. Desde logo, serão elaborados estudos energéticos municipais, identificando a matriz energética do concelho e caracterizando detalhadamente os níveis e as tipologias de consumo. Desse momento serão definidos descritivos de poupanças e potenciais de produção, de forma a desenvolver-se um plano energético e climático”.
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Simultaneamente, “está também prevista a cooperação da Basadre na elaboração de um estudo técnico de eficiência energética e do respetivo plano de implementação para todos os equipamentos e edifícios municipais, de forma a reduzir o consumo energético. Dos estudos decorrerá ainda a elaboração de um plano municipal de combate à pobreza energética, de acordo com o plano nacional de combate à pobreza energética, e a organização do evento Jornadas Anuais Energéticas, aberto a toda a população, de forma a tornar a informação energética acessível a todos, sobretudo no que respeita à eficiência e à produção descentralizada”. A Basadre também se compromete, durante 20 anos a partir da data de emissão da licença de produção, a “participar anualmente no financiamento de 20 bolsas de estudo no valor de dois mil euros cada, cabendo ao município a seleção dos beneficiários de acordo com o regulamento de atribuição de bolsas de estudo. Refira-se também que, durante os 16 meses de construção da central, a Basadre dará s e m p re p re f e r ê n c i a à c o n t r a t a ç ã o direta e indireta local, incluindo para as fases de operação e manutenção, e compromete-se a estabelecer a sua sede societária em Coruche”.
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Tejo Energia recorre da avaliação preliminar no concurso para conversão da central do Pego A Tejo Energia vai recorrer da avaliação preliminar do júri para a reconversão da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, que a posicionou no segundo lugar entre as seis propostas participantes, disse fonte oficial da empresa. “A Tejo Energia vai-se pronunciar porque há um ponto onde a Tejo Energia é penalizada e, como temos uma visão diferente, vamos apresentar os nossos argumentos”, disse fonte oficial da empresa, atual proprietária da Central Termoelétrica do Pego, que tem mais duas semanas para apresentar a contestação. O prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego se pronunciarem sobre a decisão preliminar, que põe a Endesa à frente, foi prorrogado por mais 10 dias úteis, segundo despacho do Governo. No relatório preliminar divulgado no dia 04 de fevereiro pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Endesa obteve a melhor classificação do júri, entre as seis propostas participantes, com uma pontuação de 3,72, batendo as demais, nomeadamente a da Tejo Energia SA, que ficou na segunda posição, com 3,27. Segundo o documento o “critério de majoração M8, relativo aos postos de carregamento de veículos elétricos”, na proposta da Tejo Energia SA, lê-se que “a instalação de postos não abertos ao público em geral não confere a atribuição desta majoração”. Segundo a mesma justificação, os postos devem ser “num local do domínio público com acesso a uma via pública ou equiparada, ou em local privado que permita o acesso do público em geral”, entendimento que a empresa não acompanha, avançando assim para recurso. No relatório preli-
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minar divulgado pela DGEG, a proposta apresentada pela Endesa, empresa espanhola que atua na distribuição de gás natural e na geração e distribuição de energia elétrica obteve uma pontuação de 3,72, batendo as propostas da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA. A Greenvolt ficou em terceiro lugar, o consórcio da Brookfield Ltd & Bondalti SA em quarto, a Voltalia SA em quinto e a EDP Renováveis em último lugar. O concurso está em fase de audiência de interessados, permitindo a todos os participantes contestar a avaliação do júri. “Face à elevada complexidade das matérias e da avaliação em causa, e por forma a permitir que todos os concorrentes possam, de forma fundamentada e ponderada, pronunciar-se
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relativamente ao relatório preliminar do Júri do Procedimento, considera-se justificada a concessão de um prazo mais alargado do que o proposto”, lê-se num despacho assinado pelo secretário de Estado adjunto e da Energia, João Galamba, publicado na quinta-feira, ao final do dia. Assim, o prazo foi alargado por mais 10 dias úteis, “até às 23:59 do dia 25 de fevereiro”. Fonte oficial do Ministério do Ambiente tinha confirmado à Lusa que o prazo para os concorrentes ao ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, cuja produção a carvão foi encerrada em 2021, se pronunciarem relativamente ao relatório preliminar terminava hoje às 23:59, conforme o calendário inicial, que previa cinco dias úteis para o efeito.
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CONFERÊNCIA
“CRESCIMENTO E SUSTENTABILIDADE NO CONCELHO DE SARDOAL” EM DEBATE
O Centro Cultural Gil Vicente recebeu no dia 11 de fevereiro uma Conferência subordinada ao tema “ Crescimento e Sustentabilidade no Concelho de Sardoal”
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sta iniciativa foi organizada pelo Grupo Editorial Vida Económica e pelo Município do Sardoal. Estiveram presentes um leque de oradores de renome, como Augusto Mateus, antigo ministro da Economia, Conceição Pereira, Coordenadora da Tagus, Sérgio Nunes, professor do Instituto Politécnico de Tomar, Pedro Machado, Presidente do Turismo Centro e o Presidente do Município, Miguel Borges. A conferência contou ainda com uma mesa-redonda e com o debate sobre o “Crescimento Sustentável na Região”. Este debate contou com a participação de Rui Serras, Presidente da Associação Comercial e Empresarial de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila de Rei, Pedro Costa, sócio gerente da empresa Modo Associados – Arquitetura e Engenharia, Pedro Gonçalves, sócio gerente da Hijiffy e o Presidente de Direção da NERSANT – Associação Empresarial, Domingos Chambel. O Presidente da NERSANT, Domingos Chambel, abordou o tema do Desenvolvimento Sustentável, mencionando que este exprime o uso dos recursos naturais das presentes gerações, de forma equilibrada no sentido de proporcionar uma qualidade de vida condigna, mas
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sem hipotecar o futuro desses recursos para as futuras gerações. Como exemplo, Domingos Chambel alertou para a situação do Rio Tejo, que já foi navegável e altamente interessante do ponto de vista económico e de interesse turístico estando hoje, com caudais ínfi mos, ou seja, não conseguimos preservar o que recebemos de outras gerações. Relativamente ao Sardoal, na opinião do Presidente da NERSANT, este território de 92 km 2 e perto de 4000 habitantes, apesar da sua pequena dimensão, tem boas perspetivas de crescimento, mas não consegue isso sozinho, uma coligação com concelhos vizinhos na troca das suas potencialidades seria sempre uma boa opção, pois poderiam daqui emergir novas sinergias e serviços para uma melhor oferta das potencialidades da região. O Presidente elogiou o projeto que está a ser desenvolvido para os Andreus, e informou que a NERSANT já demonstrou a sua disponibilidade para algum apoio necessário. Referiu ainda que o Município do Sardoal enquanto instituição tem exercido um excelente trabalho a nível social, dando emprego uma grande percentagem da população residente, fixando assim a
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população na região. Outra questão preocupante para a Região foi o fecho da Central do Pego, a qual contribuía para o emprego de muitos residentes. Compreende-se que esta ao trabalhar a carvão era altamente poluente para o meio ambiente e que não teria futuro. Como reflexão, podemos analisar, estando nós inseridos na maior mancha florestal, é aconselhável, que parte da energia dos 600MW postos a concurso, passem pelo aproveitamento da biomassa existente para a produção de hidrogénio, caso contrário estamos a perder uma oportunidade única de desenvolver uma fileira logística na limpeza florestal, minimizando a devastação anual provocada pelos inevitáveis fogos. No fim do seu discurso ainda alertou que existe uma enorme escassez de mão de obra, qualificada nas nossas empresas, muitas neste momento estão já a recusar encomendas por não terem forma de cumprir prazos. Na opinião do Presidente, Domingos Chambel é urgente apostar mais na formação e qualificação dos alunos das escolas profissionais e dos Politécnicos.
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egundo um comunicado do BEI, este financiamento “facilita o tráfego transfronteiras na Península Ibérica e reduz os custos de transporte para a importação e a exportação de mercadorias”. “Os novos serviços de transporte ferroviário de mercadorias deverão estar disponíveis predominantemente nas regiões de coesão de Portugal e Espanha”, adianta o referido comunicado. “O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou um acordo no valor de 45 milhões de euros com a Medway ROSCO, uma filial da Medway Operador Ferroviário de Mercadorias (Medway OFM), o maior operador
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privado de transporte ferroviário de mercadorias da Península Ibérica, estabelecido no âmbito do Grupo Medlog. O projeto apoia a expansão dos serviços de transporte ferroviário de mercadorias em Portugal e Espanha (incluindo transfronteiras), permitindo assim cadeias de abastecimento mais eficientes nos dois países. O BEI cofinancia esta operação com o Banco Santander Totta, a fi lial portuguesa do Banco Santander, com base numa estrutura de financiamento de projetos”, explica o comunicado em questão. Ainda de acordo com esse documento, “os novos serviços oferecidos pela Medway OFM visarão predominantemente as regiões menos desenvolvidas
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ou em transição em Espanha e Portugal, contribuindo assim para reforçar os objetivos de coesão económica, social e territorial da UE e promover transportes sustentáveis”. “O projeto terá um impacto positivo no emprego, uma vez que se prevê que venha a criar cerca de 940 postos de trabalho durante a fase de execução (2022-2023) e 56 novos postos de trabalho durante a operação”, acreditam os responsáveis do BEI. O mesmo comunicado adianta que, “graças ao financiamento do BEI, a Medway OFM expandirá a sua frota através da aquisição de 16 locomotivas elétricas e 113 vagões intermodais pela Medway ROSCO, o que contribuirá para a expansão dos serviços
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Banco Europeu de Investimento financia em 45 milhões de euros aquisição de locomotivas elétricas pela O BEI – Banco Europeu de Investimento assinou no dia 1 de fevereiro, o contrato de financiamento, em 45 milhões de euros, para a aquisição de 16 locomotivas elétricas e 113 vagões intermodais pela Medway Rosco, empresa de transporte ferroviário de mercadorias a operar em Portugal.
de transporte ferroviário de mercadorias e permitirá uma transferência modal do transporte rodoviário para o ferroviário”. “A l é m d i s s o , o p r o j e t o a p o i a o desenvolvimento do transporte ferroviário elétrico, uma tecnologia de transporte com zero emissões diretas, e facilitará o tráfego transfronteiras, bem como a intermodalidade (circulação de contentores por modos de transporte sucessivos), melhorando assim a eficácia das cadeias de transporte de mercadorias. As novas locomotivas assegurarão uma capacidade adicional de cerca de 1.500 milhões de toneladas/km (equivalente a cerca de 54 % do mercado global do transporte ferroviário de merca-
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dorias em Portugal) para novos serviços que poderão incluir o transporte de lítio, madeira, produtos químicos e outros produtos, bem como novas linhas regulares de contentores do porto de Sines para diversos destinos em toda a Península Ibérica”, detalham os responsáveis do BEI. “O BEI está fortemente empenhado em apoiar transportes sustentáveis e fomentar a coesão, promovendo a concorrência em toda a Europa. As novas locomotivas e vagões intermodais melhorarão a interconectividade em Espanha e Portugal, reduzindo simultaneamente o tráfego, a poluição e os custos de transporte. Enquanto Banco do Clima da UE, colocamos à disposição dos cida-
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dãos espanhóis e portugueses os nossos conhecimentos e experiência no setor ferroviário e nas estruturas de financiamento de projetos para implementar com sucesso essas operações”, afirmou Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI. Por seu turno, Carlos Vasconcelos, presidente da transportadora ferroviária, considerou que “este investimento reflete o compromisso da Medway de melhorar a sua atividade e eficiência, a fim de satisfazer não só o difícil programa de expansão em que estamos envolvidos, mas também as exigências de descarbonização e de economia sustentável, bem como as necessidades dos nossos clientes e de toda a indústria logística”.
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A empresa BoopIT - Engenharia de Software foi criada no final do ano de 2020, em plena pandemia, crise que veio realçar ainda mais a importância do digital no mundo empresarial.
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pós concluir o Mestrado em de alumínio e serralharia civil”, afirma o Engenharia Informática na empresário. Universidade da Beira inte“O software pode ser totalmente adaptável rior, Francisco Vigário adquiriu de forma a ir ao encontro das necessidades experiência a trabalhar durante do negócio, porque na nossa perspetiva é o cerca de 6 anos em empresas da área, após software que se tem de adaptar à empresa o que decidiu abraçar este desafio e decidiu e não o contrário”, adianta. avançar com a criação da empresa em Ourém. “Com o nosso software consegue acom“Se estivéssemos à espera da altura ideal panhar, em tempo real todos os custos inenunca iriamos fazer nada. Este foi sempre rentes a um trabalho que esteja a ser realio meu sonho, ter um projeto meu e por isso zado, permitindo por vezes tomar decisões decidi que era agora ou rápidas que podem fazer a nunca e avancei”, afirma diferença na viabilidade de “A evolução Francisco Vigário. Acresempresa, através da gestão da BoopIT tem sido centa que passados estes de orçamentos e controlo muito positiva, dois anos não está “nada de custos”, salienta Franarrependido por ter assucisco Vigário. O software graças à crescente mido este desafio”. também a gestão de froadesão das empresas faz “Nascemos com o printas de veículos da empresa ao processo cipal objetivo de ajudar os (registos de manutenção, nossos clientes a evoluir seguros, inspeções, etc.), de transição tecnologicamente, tentandos recursos humanos digital” do desta forma construir (férias, horas de trabalho, soluções que tornem os etc.), entre outros elemenprocessos das empresas mais simples, rápitos do negócio. dos e eficazes”, adianta o empreendedor. A evolução da BoopIT tem sido muito posiNo leque de serviços disponibilizados pela tiva, com o crescimento a permitir criar um empresa destaca-se o desenvolvimento softnovo posto de trabalho, ocupado por Duarte ware à medida, o desenvolvimento websites Pereira, Técnico Superior Profissional de Pro/ loja online, a implementação de Serviço gramação de Sistemas de Informação, diplode Email. mado pelo Instituto Politécnico de Leiria. “Neste momento, com a crescente adesão DESENVOLVIMENTO ASSINATURA DE EMAIL das empresas ao processo de transição digital, A ideia de criar uma solução de software à estamos com um aumento de trabalho que medida do cliente surgiu a Francisco Vigário nos leva a recrutar um em breve um novo ao verificar o trabalho que um amigo tinha estagiário também formado pelo Instituto para fazer, manualmente, a gestão das horas Politécnico de Leiria”, adianta Francisco de trabalho e custo de obra. O BoopGest 4.0 Vigário. A empresa está sediada no Centro é uma plataforma que permite realizar a de Empresas de Ourém localizado no edifício gestão do negócio em qualquer local, do Mercado Municipal de Ourém. Além do visto que é 100% web. “Os nossos desenvolvimento software à medida, software primeiros clientes foram de gestão, desenvolvimento websites / loja empresas de consonline, a empresa oferece também serviços trução, de caide alojamento e domínios de sites, e conxilharia sultoria.
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NERSANT com vasta oferta formativa para empresas e colaboradores
O MOVE PME
São várias as ofertas de formação que a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém tem ao dispor das empresas da região: MOVE PME, Melhor Turismo 2020, Formação Modular Certificada, Emprego + Digital, Formação Pedagógica Inicial de Formadores, Formação à Medida.
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p ro j e t o M O V E P M E é um programa de formação-acção (formação e consultoria) desenvolvido pela NERSANT em parceria com a AIP/CE - Associação Industrial Portuguesa/ Confederação Empresarial. Tem como objetivos intensificar a formação de empresários e gestores para a reorganização e melhoria das capacidades de gestão. Proporciona formação aos trabalhadores devidamente enquadrada na estratégia e necessidades da empresa. O programa de formação e consultoria permite aumentar as capacidades de gestão das empresas para encetar processos de mudança e inovação, assim como a qualificação específica dos trabalhadores em domínios relevantes para a estratégia de inovação, internacionalização e modernização das empresas. No final, pretende-se promover o aumento da produtividade, da capacidade competitiva e a introdução de processos de mudança/inovação nas empresas. O projeto inice nas seguintes áreas temáticas: Organização e Gestão; Implementação de Sistemas de Gestão; Qualidade; Ambiente; Saúde e Segurança no Trabalho; Inovação; Internacionalização; Capitalizar:
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otimização de recursos financeiros; Economia digital; Indústria 4.0; e Gestão Estratégica. MELHOR TURISMO 2020 O MELHOR TURISMO 2020 é um programa de formação-ação (formação e consultoria) desenvolvido pela NERSANT em parceria com a CTP - Confederação do Turismo Português. Tem como objetivos aumentar a capacidade de gestão das empresas participantes: Pretende promover a reorganização, a inovação e a mudança. O programa incide na qualificação dos seus recursos humanos em domínios relevantes. Com a participação neste programa, as empresas poderão modernizar os modelos de negócio, a organização e as práticas de gestão. Desta forma, pretende-se diversificar a oferta e contribuir para a afirmação de Portugal como destino turístico de referência. O programa desenvolve-se em torno de Ciclos metodológicos. O Ciclo de Gestão de Microempresas pretende responder às necessidades das PME até 5 trabalhadores, com necessidade de reforçar as competências de gestão. Promove o desenvolvimento e reforço das capacidades de gestão, através de formação/consultoria mais prática e
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menos teórica. As temáticas a intervir: Capitalizar: otimização de recursos financeiros + Economia Digital. O Ciclo de Planeamento pretende responder às necessidades das PME com mais de 5 trabalhadores, com necessidade de reforçar as competências de gestão/organização. Propõe-se resolver problemas de gestão, organização e funcionamento, identificados e caracterizados no diagnóstico. Temática a intervir: Gestão de Empresas Turísticas. O Ciclo Temático - Turismo 4.0 pretende responder às necessidades das PME com mais de 10 trabalhadores, desenvolvendo estratégias de crescimento através de soluções digitais que potenciem processos produtivos mais eficientes e interconectados, criando novos modelos de negócio e novas cadeias de valor, alinhadas com os desafios da 4ª Revolução Industrial. Aposta no desenvolvimento das competências dos empresários e trabalhadores do setor, através da realização de formação/consultoria que permita reforçar a sua qualificação nesta temática. Temática a intervir: Turismo 4.0. O MELHOR TURISMO 2020 INCIDE EM QUATRO ÁREAS TEMÁTICAS. A á re a t e m á t i c a C A P I TA L I Z A R : OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS pretende dotar as PME do Turismo de capacidades técnicas e fomentar a mudança de atitudes que contribuam para uma atuação mais esclarecida, acautelando problemas de natureza financeira, aumentando a resiliência e o crescimento dos negócios e que para isso desenvolvam processos de gestão mais ajustados, elaborem uma estratégia e modelo de negócio mais eficazes, otimizem o planeamento, organização e gestão das várias áreas funcionais. A área temática ECONOMIA DIGITAL visa a aquisição de competências básicas digitais nomeadamente uma estratégia de marketing digital em especial nas vertentes da comunicação e comercialização em ambiente digital. Entre outras soluções, é marcante a crescente relevância dos recursos de base tecnológica, nomeadamente, a Internet como canal de comunicação, informação e comer-
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cialização, assim como as redes sociais. A á r e a t e m á t i c a G E S TÃO D E EMPRESAS TURÍSTICAS pretende que as PME saibam utilizar as principais ferramentas de gestão tendo em conta as especificidades da atividade turística e a complexidade das suas empresas no âmbito da adaptação ao novo contexto empresarial; aplicação do conceito valor-cliente ao seu negócio; marketing e gestão da qualidade: na orientação para o cliente/turista; fidelização, criação e gestão de clube de clientes; gestão das marcas e do posicionamento de mercado; importância do yield management na gestão; Evolução do marketing eletrónico e dos desafios futuros; negócio eletrónico e dos seus modelos; execução de práticas de gestão nomeadamente na preparação e elaboração de planos de atividades. A á re a t e m á t i c a T U R I S M O 4 . 0 pretende desenvolver estratégias de crescimento através de soluções digitais que potenciem processos produtivos mais eficientes e interconectados, criando novos modelos de negócio e novas cadeias de valor. Incrementar a atividade de empresas em processo de transformação tecnológica, alinhadas com os desafios da Quarta Revolução Industrial. A metodologia de intervenção do programa MELHOR TURISMO 2020 parte de um diagnóstico que constitui a base orientadora para elaboração do plano de ação de cada empresa. É nesta fase que são definidos os domínios de intervenção, a abordar em cada PME. Segue-se a fase de planeamento que estabelece o referencial estratégico do projeto formativo, definindo os problemas a re s o l v e r e o s o b j e t i vos a atingir em termos de desenvolvimento de competências e de evolução organizativa e de performance de cada empresa. Nesta fase onde será elaborado um plano de ação que explicite objetivos
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claros do ponto de vista da intervenção a prosseguir e as competências a desenvolver para a realização de cada um desses objetivos. Por fim, a implementação constitui o passo central do processo e articula-se a consultoria, para implementação das medidas definidas no plano de ação, com a formação. Após a implementação será realizada a avaliação, processo transversal a todo o programa que dá resposta à necessidade de aferir o grau de realização dos projetos e o nível de resultados alcançados, nomeadamente no que se refere à realização das atividades previstas e ao desenvolvimento das competências identificadas.
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RIBATUBOS, LDA. Venda a retalho de tubos e acessórios NO VO
JFERTEC Comercialização de equipamento hoteleiro e assistência técnica NO VO
Protocolos NERSANT
NO VO
Protocolos NERSANT com novas empresas aderentes
MANERGY, LDA Manutenção industrial
SANDRA SILVA Medicina Tradicional Chinesa
CAIXA AGRICOLA Banco
MINIMERCADO CARDOSO Comércio de produtos alimentares e não alimentares
SCALOTEL Hotel
NERSANT SEGUROS Mediação de Seguros
SEM PRESSA Restaurante
DOMINGOS E EDGAR DE CATERING, LDA Serviços de Catering e eventos
NUNO MIGUEL DE SOUSA TRINDADE Sapateiro, reparação de calçado e outros artigos de pele
SGS PORTUGAL Formação Profissional
FONTEVAL Captação e Tratamento de água
RESTAURANTE NERSANT Restaurante
TEMPLUM EVOLUTTO Consultoria em Sistemas Gestão ISO e de outras normas técnicas
NO VO
AVIS Aluguer de viaturas
NO VO
COLÉGIO OS TIMONEIROS, LDA. Ensino pré-escolar, 1º ciclo e apoio escolar
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2ª Feira Social Digital NERSANT decorre em março
CAFÉ IN Digital Social realiza-se durante o evento com vários temas da economia social em debate A NERSANT, em parceria com a UDIPSS de Santarém, estão a organizar a 2ª Edição da Feira Social Digital, que decorrerá de 1 a 31 de Março de 2022. A realização deste certame em formato digital, reúne um conjunto de vantagens, nomeadamente será sem qualquer custo de inscrição para as instituições da economia social. Também será um momento que poderão dar a conhecer as atividades que desenvolvem e participarem numa iniciativa de âmbito regional. Entendemos como fundamental a atividade e intervenção das instituições da economia social, devendo-se criar condições para a sua promoção e conhecimento junto da comunidade em geral. Cumulativamente, é fundamental que as empresas que pretendam alargar o seu leque de parcerias e negócios, também possam estar presentes num espaço especializado deste setor da economia social. As entidades participantes terão direito a um espaço virtual próprio, onde podem apresentar os seus serviços, instalações e valências. Para facilitar a visita do público, o acesso é livre e sem necessidade de registo. O certame é promovido junto de uma base empresarial nacional e interna-
cional, bem como nos diversos meios digitais da associação. Os interessados em visitar o evento ou participar na edição 2022, podem consultar o portal das feiras NERSANT em https://compronoribatejo.pt/ feiras/. Na 1ª Edição da Feira Social Digital, em 2021, obtivemos os seguintes resultados: • Expositores: 120 • Produtos/serviços: 825 • To t a l v i s u a l i z a ç õ e s 1 º Fe i r a Social Digital: 14 086 • Seminários online, com participação de mais de 400 inscritos. Em 2022, juntamente com a UDIPSS de Santarém, o Centro Distrital
de Segurança Social de Santarém e outras Entidades e Personalidades do Setor Social, também iremos promover um conjunto de Seminários informativos para o setor social, direcionados tanto a dirigentes como a técnicos das entidades do Setor Social (IPSS, misericórdias, etc.), e às empresas da região. As inscrições são gratuitas em https://www.nersant.pt/agenda/ , mas obrigatórias para acesso à sessão.
CAFÉ IN Digital Social
(workshops online em agenda, a iniciar pelas 14h30 e de duração curta) DATA
TEMA
03 | março
Desafios para a Sustentabilidade do Setor Social
08 |março
Diagnóstico, Implementação e Certificação da Independência Energética de Infraestruturas Sociais
10 | março
A importância da Transparência na Governança das IPSS
15 | março
Beneficiar do Alinhamento a Critérios ESG (Ambiental, Social e Governança) nas Organizações do Setor Social
17 | março
Otimizar a Transição Digital e o RGPD nas Organizações
21 | março
Oportunidades para as IPSS no Quadro da Transferência de Competências da Segurança Social
24 | março
O Futuro do Desempenho e a Capacitação Profissional nas IPSS
29 | março
A Liderança Inspiradora e Motivação de Equipas nas IPSS
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Entrevista Mário Machado, presidente da União das IPSS do distrito de Santarém
“É preciso pensar na Sustentabilidade do futuro do Setor Social“ A UDIPSS - União Distrital das Instituições de Solidariedade Social do Distrito de Santarém é parceira da NERSANT na organização da Feira Social Digital, a realizar durante o mês de Março.
P
ara o presidente da UDIPSS, Mário Machado esta Feira Social é uma iniciativa da NERSANT com grande interesse para as instituições e empresas, que têm aqui a oportunidade de apresentarem e divulgarem os seus serviços e produtos, funcionando como uma montra digital da economia social da região. Mário Machado destaca nesta 2.ª edição da Feira Social Digital a realização de um conjunto de sessões informativas online sobre os temas da atualidade e do maior interesse para as IPSS. Estas sessões informativas vão contar com a participação de especialistas, técnicos e dirigentes das instituições. FEIRA SOCIAL DIGITAL As sessões irão abordar temas
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como o Plano de Ação para a Econoda transferência de competências que mia Social (3 de março), Diagnóstico, está a gerar muita expetativas nas insImplementação e Certificação da Indetituições, atendendo a que irá trazer pendência Energética de Infraestrutualguns constrangimentos, nomeadaras Sociais (8 de março), A importânmente com a necessidade de reafeccia da transparência financeira das tação (ou dispensa) de pessoal e que IPSS (10 de março), Transparência e poderá causar desequilíbrios financeiPrestação de Contas no setor da Ecoros adicionais nas IPSS. nomia Social – Da Teoria à Prática, (15 de março), Transição Digital e CANDIDATURAS DAS IPSS AOS FUNDOS RGPD nas Organizações da Economia COMUNITÁRIOS A UDIPSS procura acompanhar o Social (17 de março), Oportunidades processo das candidaturas das IPSS para as IPSS no quadro da Transfeaos financiamentos do PRR, contabilirência de Competências da Segurança za através de inquéritos que tem vindo Social (22 de março), O Futuro do traa concretizar, a intenção balho nas IPSS (24 de serem apresentadas de março), e a Sus“As sessões cerca de duas dezenas tentabilidade e Motide candidaturas das 186 vação de Equipas informativas associadas da UDIPSS, (29 de março). Estes da Feira Social segundo as que particiworkshops online poderão originar param no levantamento. realizam-se sempre a realização “Entretanto estão para às 14h30. ser formalizados com a Na opinião de posterior de ações Segurança Social as 22 Mário Machado, de formação candidaturas contemalgumas destas sespara aprofundar pladas no distrito, no sões informativas âmbito do programa de poderão originar os temas” alargamento da rede e a realização postea capacidade das IPSS, rior de ações de forcujos projetos detém uma maturidade mação para aprofundar os temas, de elevada, ou seja estão em condições de acordo com o interesse para as instiefetiva execução”, adianta o presidente tuições do setor social. da UDIPSS. Mário Machado destaca a questão
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“Pode parecer que fica aquém do desejável, atendendo que foram formalizadas cerca de 90 candidaturas, mas as IPSS deverão dar continuidade aos projetos, tem a oportunidade de candidatar-se agora ao PRR e provavelmente, a breve prazo, aos programas de apoio das medidas do Portugal 2030”. Mário Machado considera que os aumentos de preços praticados pelo setor da construção estarão já a causar constrangimentos às instituições na realização dos concursos para obras, quer por falta de concorrentes, de empreiteiros, quer com os preços médios a quase duplicarem nos últimos 6 anos. A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO A aposta na formação de técnicos e dirigentes das IPSS é uma das priori-
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dades da direção presidida por Mário Machado. “É muito importante que em especial os dirigentes não fiquem alheados das ações de formação; é v e rd a d e q u e s ã o v o l u n t á r i o s , m a s devem fazer um esforço para acompanhar as questões e procurar ser ainda mais profissionais, chamando a si as decisões e as iniciativas, não se limitando a delegar nos técnicos”, afirma Mário Machado. Aponta o exemplo da formação gratuita oferecida pela Fundação Vasco Vieira de Almeida, sobre o Estatuto do Maior Acompanhado, realizada online nos dias 15 e 16 de fevereiro, tratando-se de uma oportunidade de apreender como dignificar a própria intervenção social e com condição humana do acompanhado, sobre essas pessoas mais vulneráveis na sua autonomia.
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UDIPSS PRESTA ASSESSORIA JURÍDICA ÀS INSTITUIÇÕES A par da formação, a UDIPSS oferece às instituições associadas serviços de assessoria jurídica. Mário Machado afirma que esta “é uma área que tem muita procura das IPSS, mas 99% das questões têm a ver com área laboral, pelo que gostaríamos de ter maior solicitação de serviços de assessoria jurídica noutras áreas como as respostas sociais, projetos, questões técnicas do dia a dia, empreendedorismo, inovação, e dar também maior notoriedade às instituições como entidades muito relevantes na comunidade pelo seu impacto social – gostaria que fossem mais exigentes connosco também nesta área”. Voluntário no Centro de Bem Estar Social Malaqueijo Solidária, onde exer-
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ce o cargo de presidente da assembleia-geral, Mário Machado conta com uma vasta experiência profissional nesta área, como consultor e formador “informal”, tendo sido um responsável dinamizador pela área da economia social no Montepio.
tes vantagens: Desconto direto no valor do prémio antes de impostos para os seguros que se verifique a mudança da mediação, nas próximas datas de renovação; Realização de uma análise e avaliação do programa de seguros, com validação de obrigações legais e recomendações para gestão de risco; Oferta O APOIO DA NERSANT AO SETOR SOCIAL de um Cartão de Saúde, por Instituição/ Nesse sentido, Mário Machado salienCliente da Nersant Seguros, da rede ta o bom trabalho que a NERSANT tem Advance Care, ao atingir uma carteira desenvolvido em de 2.500€. Poderão ser prol do setor social. atribuídos cartões adi“Além das Salienta a criação cionais, quando atingivantagens pela NERSANT de dos múltiplos de 2.500€. financeiras, um site dedicado ao Para Mário Machado, setor social do distrieste protocolo permio protocolo com to e a organização da às IPSS gerirem da a NERSANT Seguros te Feira Social agora na melhor forma a sua carproporciona 2.ª edição. “É muito teira de seguros. importante o traba“As IPSS devem aplitambém lho de divulgação, a c a r a s re g r a s d e c o n a possibilidade das formação, a partilha tratação pública, com IPSS encontrarem de experiências e o elaboração de cadernos as soluções mais trabalho em rede, de encargos e consulpara que todos postas prévias ao mercado, ajustadas às suas sam beneficiar das de forma a respeitar as necessidades” melhores práticas”, regras de transparênafirma o presidencia e obter as melhores te da UDIPSS. “Com o desenvolvimento condições fi nanceiras”, defende o dirido digital registado nestes últimos anos, gente da UDIPSS. “Além das vantagens passou-se da teoria à prática, ao possibifinanceiras o protocolo com a NERlitar uma maior partilha de experiências SANT Seguros proporciona também a e de conhecimento”. possibilidade das IPSS encontrarem as soluções mais ajustadas às suas necesPROTOCOLO NERSANT/UDIPSS sidades, mediante um acompanhamenA UDIPSS e a NERSANT Seguros – to personalizado, por exemplo em terSociedade de Mediação de Seguros assimos da taxa de absentismo, acidentes naram um Protocolo de Colaboração, de trabalho, baixas por doença, etc., em que permite criar melhores condições que os conhecimentos especializados para os seguros das IPSS. Este protocode uma seguradora podem ajudar”. lo servirá de “chapéu” para o estabelecimento de acordos com seguradoras SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DA UDIPSS A sustentabilidade financeira da especializadas em determinados tipos UDIPSS é o objetivo da atual direção, de seguros. A NERSANT Seguros proafirma Mário Machado, acrescentanporciona todas as vantagens oferecidas do que perto de 90% das receitas da pelo trabalho prévio de consultoria e U D I P S S p ro v ê m d a q u o t i z a ç ã o d a s aconselhamento nas melhores soluções associadas, uma vez que deixou de ter para a defesa e salvaguarda dos intefinanciamento da segurança Social resses das suas associadas. Estas condesde 2018. “Procuramos obter algum dições especiais poderão também ser financiamento através de algumas comdisponibilizados aos colaboradores das pensações que possamos obter atrainstituições, em condições mais vantavés dos protocolos que oferecemos aos josas. nossos associados, como por exemplo No essencial e de forma direta e autoo recente protocolo com uma empresa mática, o protocolo permitirá as seguin-
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de equipamentos geriátricos, que oferece formação técnica para a utilização desses equipamentos, e também vamos ter patrocínio para oferecermospor exemplo formação para o uso de desfibrilhadores, como pode ser na áreas da higiene e segurança no trabalho ou salubridade dos edifícios, com outros parceiros”. “Estamos a realizar um trabalho junto de todas as câmaras municipais do distrito, para apresentar o nosso plano de ação e o modelo de financiamento, deforma a que as autarquias também possam apoiar as atividades desenvolvidas junto das IPSS de cada concelho”, afirma Mário Machado. PANDEMIA E MISSÃO RECUPERAR PORTUGAL Para o presidente da UDIPSS, “a pandemia veio trazer novos desafios ao setor, que teve de se reinventar, e veio também mostrar um lado menos favorável desta atividade que são os lares ilegais que não estavam a cumprir os requisitos. Na resposta a este problema premente, o Governo veio lançar a Missão Recuperar Portugal com os apoios do PRR, para aumentar a resposta a nível de equipamentos sociais. E a abertura aos privados, além do setor social, poderá resultar numa requalificação de todo o sistema que, a confirmar-se será uma medida ótima”. Mário Machado considera que “há a necessidade de criar respostas sociais diferentes, com inovação, respondendo por exemplo ao desejo das pessoas fi carem nas suas casas até ao mais tarde possível. O que deve levar as IPSS a pensar em desenvolver atividades de âmbito lucrativo, desde que os resultados sejam aplicados no setor social, avançando por exemplo na prestação de serviços de lavandaria, takeaway, produção agrícola, etc.” “A p a n d e m i a t e m o b r i g a d o a u m processo de aprendizagem, para responder ativamente e positivamente aos desafi os e está a contribuir para o fortalecimento das instituições, uma capacidade de reinvenção e otimização de processos, sempre característico do setor social, que esperamos venha fazer a diferença e traga melhorias duradouras, pela sustentabilidade do futuro do setor social”, conclui Mário Machado.
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Resumo do programa
TRANSFORMAR TURISMO
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ransformar Turismo é um programa do Turismo de Portugal de apoio ao investimento dirigido a agentes públicos e privados que atuam na área do turismo, com o objetivo de fomentar a valorização e qualificação do território, assim como o desenvolvimento de produtos, serviços e negócios inovadores. A dotação global é de 20 milhões de euros, dividida em duas linhas de apoio: • Linha Territórios Inteligentes, com uma dotação de 4 milhões de euros; • Linha Regenerar Territórios, com uma dotação de 16 milhões de euros. O programa aplica-se a todo o território nacional. Os beneficiários são:
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• Micro, pequenas ou médias empresas, com certificação eletrónica IAPMEI; • Entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante; • Outras entidades privadas, nomeadamente de natureza associativa. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DOS BENEFICIÁRIOS: • Dispor de situação tributária e contributiva regularizada perante a administração fiscal, a segurança social e o Turismo de Portugal, I. P.; • Possuírem ou assegurarem os recursos humanos e físicos necessários ao desenvolvimento dos projetos • Disporem de contabilidade orga-
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nizada nos termos da legislação aplicável; • Quando aplicável em função do projeto candidato, encontrarem-se os respetivos estabelecimentos devidamente licenciados para o exercício da atividade e, se aplicável, registados no RNT; • No caso de empresas, possuírem uma situação líquida positiva à data de 31 de dezembro de 2019 ou, não possuindo, demonstrarem que a possuem à data da candidatura, assim como disporem de certificação eletrónica atualizada que comprove o estatuto de PME; • Não terem sido objeto de aplicação, nos dois anos anteriores à data da candidatura, de sanção administrativa ou judicial pela utilização ao seu serviço de mão-de-obra legalmente sujeita ao pagamento de impostos e
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contribuições para a segurança social, não declarada nos termos das normas que imponham essa obrigação, em Portugal; • Não terem sido condenados nos dois anos anteriores à data da candidatura, por sentença transitada em julgado, por despedimento ilegal de grávidas, puérperas ou lactantes. A. LINHA TERRITÓRIOS INTELIGENTES CANDIDATURAS: As candidaturas decorrem em contínuo durante o ano de 2022, com 4 fases de avaliação por ano ou até ao esgotamento do respetivo orçamento (4 milhões de euros). PROJETOS ELEGÍVEIS: Projetos que contribuam para os objetivos do programa Transformar Turismo e estejam suportados em tec-
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nologias e em aceleradores de inovação (Internet of Things (IoT), inteligência artificial (IA), impressão 3D, novas interfaces humanas e digitais, robótica e blockchain), com o seguinte âmbito: • Visem a captação de dados sobre o território e sobre a atividade turística e sua conversão em informação com valor para organizações, entidades públicas, empresas e turistas, incluindo para a geração de novos serviços para turistas; • Promovam a redução da sazonalidade e/ou dispersão territorial dos fluxos turísticos e melhoria da experiência dos turistas, em particular no que se refere à fruição dos recursos e equipamentos turísticos, nomeadamente ao nível da informação, acessibilidade, bilhética e pagamento, em tempo real; • Promovam mobilidade inteligente no território, incluindo a interoperabilidade entre transportes e a desmaterialização de procedimentos de compra e de verificação de títulos de viagem, para uma experiência fluida dos turistas; • Promovam a avaliação e gestão de impactos sobre a capacidade de carga de um recurso, evento ou território, incluindo a dimensão da pegada carbónica de fluxos turísticos; • Implementem soluções de base digital que contribuam para uma gestão eficiente da energia, da água e dos resíduos e para a descarbonização da atividade turística. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DO PROJETO: • Estarem alinhados com a visão, prioridades e metas da Estratégia Turismo 2027 e do Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro; • Assegurarem o cumprimento do processamento, armazenamento, tratamento e transmissão de dados pessoais em alinhamento com as melhores práticas e com a legislação nacional e europeia para a proteção de dados; • Preverem o desenvolvimento de ações de disseminação dos resultados alcançados com a execução do projeto, assim como o desenvolvimento das ações de capacitação adequadas à correta implementação do projeto; • Não se iniciarem antes da data da candidatura, com exceção dos adiantamentos para sinalização, até
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ao máximo de 50% do respetivo custo, e das despesas relativas aos estudos e projetos, realizados há menos de seis meses; • Não terem uma duração superior a 18 meses e iniciarem-se no prazo máximo de três meses após a data da aprovação da candidatura, sob pena de caducidade do direito ao apoio financeiro; • Evidenciarem um contributo relevante para as dimensões económica, social e ambiental da sustentabilidade, avaliado e ponderado pelos indicadores e metas propostas pela entidade beneficiária na estratégia de sustentabilidade associada ao projeto para cada uma das seguintes áreas: criação de valor; redução da sazonalidade; coesão do território; impacto nas comunidades locais; ambiente e recursos. DESPESAS ELEGÍVEIS: Despesas diretamente relacionadas com a execução do projeto: • Implementação de infraestruturas e de tecnologia, incluindo a aquisição de hardware e software; • Aquisição ou desenvolvimento de sistemas e plataformas tecnológicas que permitam o fornecimento de dados em formato aberto, bem como o seu uso automatizado; • Implementação de plataformas para aumentar a interação e conexão colaborativa; • Prestação de serviços profissionais por parte de terceiros, incluindo assistência técnica, científi ca e consultoria, pelo período estritamente necessário ao desenvolvimento do projeto; • Ações de formação dos colaboradores para desenvolvimento e implementação do projeto; • Intervenção de revisores oficiais de contas ou contabilistas certificados externos. TAXA DE FINANCIAMENTO E APOIO: • Incentivo não reembolsável, fundo perdido, com limite máximo de 150.000 euros, por projeto ou por cada entidade (no caso de se tratar de uma candidatura conjunta); • Taxa base de 30%, podendo ser aplicadas as seguintes majorações: ᧐ 20% — Territórios de baixa
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densidade e projetos transfronteiriços; ᧐ 20% — Projetos que se integrem em estratégias de eficiência coletiva (já reconhecidas ou que venham a ser reconhecidas pelo Turismo de Portugal) Nota: Estratégias de efi ciência coletiva são um conjunto coerente e estrategicamente justifi cado de iniciativas, integradas num programa de ação, que visem a inovação, a qualifi cação ou a modernização de um agregado de empresas do setor com uma implantação espacial de expressão nacional, regional ou local, através, nomeadamente, da cooperação e do funcionamento em rede, entre empresas e entre estas e outros atores relevantes para o desenvolvimento de setores a que pertencem e dos territórios em que se localizam. LEGISLAÇÃO: • Despacho Normativo n.º 1-B/2022, de 7 de janeiro; • Despacho Normativo n.º 1-A/2022, de 7 de janeiro. B. LINHA REGENERAR TERRITÓRIOS CANDIDATURAS: As candidaturas decorrem em contínuo, com 4 fases de avaliação por ano, durante 2022 e 2023 ou até ao esgotamento do respetivo orçamento (16 milhões de euros). PROJETOS ELEGÍVEIS: São enquadráveis os projetos que, contribuindo para os objetivos do Programa Transformar Turismo, reforcem a atratividade turística dos territórios e lhes acrescentem valor através da regeneração dos respetivos recursos, desenvolvam produtos ou segmentos inovadores para o território onde se instalam e deem resposta às necessidades e interesses de uma procura de maior valor acrescentado, assentes em modelos de desenvolvimento em rede. Privilegiam-se os projetos que, reunindo as caraterísticas enunciadas no número anterior, fomentem o desenvolvimento de produtos turísticos de valor acrescentado, tais como o turismo cultural e patrimonial, o turismo industrial, o turismo ferroviário, o turismo desportivo, o turismo náutico, o enoturismo,
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o turismo militar, o turismo literário, o turismo científico, o turismo religioso, o turismo de saúde, o turismo gastronómico e o turismo de natureza. São ainda enquadráveis projetos que estimulem a mobilidade descarbonizada ou facilitem a sua adoção. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE DO PROJETO: • Estarem alinhados com a visão, prioridades e metas da Estratégia Turismo 2027 e do Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro; • Enquadrarem -se numa estratégia de desenvolvimento em rede, entendendo-se por tal o desenvolvimento de ações integradas entre, pelo menos, duas entidades, ou o desenvolvimento de um projeto que se integre numa rede de oferta existente; • Se aplicável, encontrarem-se os respetivos projetos de arquitetura aprovados pela edilidade camarária competente, nos casos em que seja legalmente exigida a instrução de um procedimento de licença administrativa, ou terem sido apresentadas, e não rejeitadas, as comunicações prévias, nos casos em que seja legalmente permitido o procedimento de comunicação prévia, devidamente instruídos com os pareceres legalmente exigíveis; • Não se iniciarem antes da data da candidatura, com exceção dos adiantamentos para sinalização, até ao máximo de 50% do respetivo custo, e das despesas relativas aos estudos e projetos, realizados há menos de seis meses; • Não terem uma duração superior a 24 meses e iniciarem-se no prazo máximo de três meses após a data da aprovação da candidatura, sob pena de caducidade do direito ao apoio financeiro; • Evidenciarem um contributo relevante para as dimensões económica, social e ambiental da sustentabilidade, avaliado e ponderado pelos indicadores e metas propostas pela entidade beneficiária na estratégia de sustentabilidade associada ao projeto para cada uma das seguintes áreas: criação de valor; redução da sazonalidade; coesão do território; impacto nas comunidades locais; ambiente e recursos.
grados em rede, no caso de os mesmos demonstrarem um contributo determinante para o desenvolvimento de um ou mais produtos turísticos a nível nacional. DESPESAS ELEGÍVEIS: • Estudos, projetos e assistência técnica, bem como fiscalização externa da execução dos investimentos, até ao limite de 10 % do valor total das despesas elegíveis; • Obras de construção e de adaptação; • Aquisição de bens e de equipamentos; • Aquisição de sistemas de informação, software e equipamentos informáticos para obtenção de dados analíticos;
Nota: É excecionalmente permitido o enquadramento de projetos não inte-
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• Implementação de plataformas para aumentar a interação e conexão colaborativa; • Intervenções para incremento da acessibilidade física e comunicacional para todos; • Ações de marketing que visem a comercialização da oferta; • Obtenção de certificação na área da sustentabilidade, tais como a ISSO 14001, Rótulo Ecológico da União Europeia, Green Key ou EMAS — Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria; • Serviços de consultoria especializada para a definição da estratégia de sustentabilidade a implementar; • Intervenção de revisores ou contabilistas certificados externos, no contexto do desenvolvimento do projeto.
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TAXA DE FINANCIAMENTO E APOIO: • Taxa base de 30%, podendo ser aplicadas as seguintes majorações: ᧐ 20% — Territórios de baixa densidade e projetos transfronteiriços; ᧐ 20% — Projetos que se integrem em estratégias de eficiência coletiva (já reconhecidas ou que venham a ser reconhecidas pelo Turismo de Portugal) Nota: Estratégias de efi ciência coletiva são um conjunto coerente e estrategicamente justifi cado de iniciativas, integradas num programa de ação, que visem a inovação, a qualifi cação ou a modernização de um agregado de empresas do setor com uma implantação espacial de expressão nacional, regional ou local, através, nomeadamente, da cooperação e do fun-
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cionamento em rede, entre empresas e entre estas e outros atores relevantes para o desenvolvimento de setores a que pertencem e dos territórios em que se localizam. • Incentivo reverte a forma hibrida com 50% reembolsável e 50% não reembolsável, fundo perdido, com limite máximo de 150.000 euros, por projeto ou por cada entidade (no caso de se tratar de uma candidatura conjunta); • Reembolso em 7 anos, com 2 de carência de capital, e sem juros. LEGISLAÇÃO: • Despacho Normativo n.º 1-C/2022, de 7 de janeiro; • Despacho Normativo n.º 1-A/2022, de 7 de janeiro.
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Medida Compromisso Emprego Sustentável com apoios financeiros à contratação
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M e d i d a C o m p ro m i s s o Emprego Sustentável tem um “caráter excecional e transitório que consiste na concessão, à entidade empregadora, de um apoio financeiro à contratação sem termo de desempregados inscritos no IEFP, conjugado com um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a segurança social, no primeiro ano de vigência dos contratos de trabalho apoiados. DESTINATÁRIOS São destinatários desta medida os desempregados inscritos no IEFP, há pelo menos 6 meses consecutivos; ou há pelo menos 2 meses consecutivos quando se trate de pessoa com idade igual ou inferior a 35 anos ou com idade igual ou superior a 45 anos. Independentemente do tempo de inscrição, são igualmente destinatários os beneficiários de prestação de desemprego; beneficiários do Rendimento Social de Inserção; pessoas com deficiência e incapacidade; pessoas que integrem família monoparental; pessoas cujo cônjuge ou pessoa com quem viva em união de facto se encontre igualmente em situação de desemprego e inscrito no IEFP; pessoas a quem tenha sido aplicada medida de promoção e pro-
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teção de acolhimento residencial; vítimas de violência doméstica; refugiados; ex-reclusos e aqueles que cumpram ou tenha cumprido penas ou medidas judiciais não privativas de liberdade em condições de se inserir na vida ativa; toxicodependentes ou alcoólicos em processo de recuperação; pessoas que não tenham registos na Segurança Social como trabalhador por conta d e o u t re m n e m c o m o trabalhadores independentes nos últimos 12 meses consecutivos que precedem a data do registo da oferta de emprego; pessoas que tenham prestado serviço efetivo em Regime de Contrato, Regime de Contrato Especial ou Regime de Voluntariado nas Forças Armadas e que se encontrem nas condições previstas no n.º 2 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 76/2018, de 11 de outubro; pessoas em situação de sem-abrigo ou em processo de inserção social em resposta definida para o efeito; pessoas
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a quem tenha sido reconhecido o Estatuto do Cuidador Informal e que tenham prestado cuidados enquanto cuidador informal principal; pessoas que tenham concluído há menos de 12 meses estágio financiado pelo IEFP no âmbito de projetos reconhecidos como de interesse estratégico, incluindo os projetos apresentados
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(RMMG); posto de trabalho localizado em território do interior, nos termos definidos pela Portaria n.º 208/2017, de 13 de julho, na sua redação atual; a entidade empregadora que seja parte de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho (IRCT) negocial, nos termos do artigo 2.º do Código do Trabalho. A majoração aumenta para 35% quando esteja em causa a contratação de pessoa com deficiência e incapacidade.As majorações previstas nos pontos anteriores são cumuláveis entre si até ao limite de três. Este apoio é ainda majorado em 30%, ao abrigo da medida Promoção de Igualdade de Género no Mercado de Trabalho (Portaria n.º 84/2015, de 20 de março), quando se trate de contratação de desempregados de sexo sub-representado em determinada profissão (profissão em que não se verifique uma representatividade de 33,3% em relação a um dos sexos). No caso de celebração de contrato de trabalho a tempo parcial, o apoio financeiro é reduzido proporcionalmente, tendo por base um período normal de trabalho de 40 horas semanais.
conjuntamente por entidades promotoras e centros de interface tecnológico. APOIOS FINANCEIROS À CONTRATAÇÃO O apoio financeiro à contratação é correspondente a 12 vezes o valor do IAS - indexante dos apoios sociais (5.318,40€). O valor do IAS - Indexante dos Apoios Sociais em 2022 é de 443,20€. É atribuída uma majoração do apoio de 25% (6.648€) quando esteja em causa: a celebração de contrato com jovem com idade igual ou inferior a 35 anos; a celebração de contrato com remuneração base igual ou superior a 2 vezes o valor da retribuição mínima mensal garantida
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APOIO FINANCEIRO AO PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURANÇA SOCIAL É concedido um apoio financeiro ao pagamento de contribuições para a segurança social, correspondente a metade do valor das contribuições a cargo da entidade empregadora, durante o primeiro ano de vigência do contrato, não podendo ultrapassar o limite de 7 vezes o valor do IAS (€3.102,40). O montante do apoio financeiro é apurado tendo em conta a retribuição base estabelecida no contrato a apoiar e com referência a um período de 14 meses. O apoio máximo, incluindo as majorações cumuláveis até ao limite de três, mais a majoração de igual-
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dade de género, somam um valor total de 11.434,56€. FORMAÇÃO PROFISSIONAL A e n t i d a d e e m p re g a d o r a t e m a o b r i g a t o r i e d a d e d e p ro p o rc i o n a r formação profissional ajustada às competências requeridas pelo posto de trabalho, numa das seguintes modalidades: Formação em contexto de trabalho ajustada às competências do posto de trabalho, pelo período mínimo de 12 meses, mediante acompanhamento de um tutor designado pela entidade empregadora; Formação ajustada às competências do posto de trabalho, em entidade formadora certificada, com uma carga horária mínima de 50 horas, realizada, sempre que possível, durante o período normal de trabalho. CONDIÇÕES PARA ATRIBUIÇÃO DOS APOIOS São requisitos para a concessão dos apoios: a publicitação e registo de oferta de emprego, no portal https://iefponline.iefp.pt/ , sinalizada com a intenção de candidatura à medida Compromisso Emprego Sustentável; a celebração de contrato de trabalho sem termo, a tempo completo ou a tempo parcial, com desempregado inscrito no IEFP; A criação líquida de emprego e a manutenção do nível de emprego atingido por via do apoio, durante pelo menos, 24 meses a contar do primeiro mês de vigência do contrato apoiado; a realização de formação profissional durante o período de duração do apoio; a observância do previsto em termos de retribuição mínima mensal garantida e, quando aplicável, do respetivo instrumento de regulamentação coletiva de trabalho, nomeadamente na determinação da remuneração oferecida no contrato. CANDIDATURAS A candidatura é efetuada no portal iefponline ( https://iefponline.iefp. pt) em formulário próprio, após a sinalização de oferta de emprego que reúna os requisitos para concessão do apoio financeiro, e na qual conste a manifestação expressa da intenção de submeter uma candidatura à presente medida.
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Ex-libris turístico do concelho,
Salinas de Rio Maior poderão vir a ser enriquecidas com a criação de um Museu do Sal
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x-libris turístico do concelho, as salinas de Rio Maior poderão vir a ser enriquecidas com a criação de um Museu do Sal – Centro Interpretativo das Salinas de Rio Maior. Assim o pretendem os promotores do projeto Salarium que reuniram um conjunto de palestrantes em torno do Fórum Salinas 2021/2022 realizado a 8 de julho do ano passado,
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e cujas conclusões foram recentemente divulgadas. Iniciativa do Projecto Salarium Turismo que integra: Salinas - Restaurante – Museu, o Fórum é uma medida do projeto Melhor Turismo da Nersant. Sob a temática “Sal e Turismo - Património das Salinas de Rio Maior”, o fórum contou com as intervenções de Vítor Fernandez da Silva, presidente da Entidade de Turismo do Alentejo/Riba-
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tejo, António Manuel Rola, comentador televisivo, Alexandre Caldas, diretor Tecnologias ONU / Ambiente, Eduardo Rêgo, presidente da Loving the Planet, Miguel Santos, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Rio Maior, e António Campos, presidente da comissão executiva da NERSANT. A criação do Museu do Sal é uma das propostas do Fórum Salinas. Investimento privado fazendo parte do plano
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de desenvolvimento do projeto Salarium que inclui Salinas-Restaurante-Museu. “Objectivo muito importante para garantir atração turística e visitação permanente ao longo de todo o ano nas Salinas. Possibilitando aos visitantes, às escolas e às universidades, ateliers experimentais e ao turismo, toda a informação relevante sobre as Salinas, a safra do sal, a sua milenar história e o seu património”. “A Salarium através do conceito Discovery Salinas já vem trabalhando com os operadores de turismo e recebendo grupos de turistas aos quais proporciona visitas guiadas a salinas. A forma pioneira como atua com total respeito pelas salinas e pelos salineiros, chancela a Salarium como operador turístico de referência nas Salinas”. O Fórum considerou que a elaboração do Plano de Pormenor das Salinas é um objectivo muito importante, vital e estruturante para as Salinas, para a sua protecção e sustentabilidade e também para o desenvolvimento do turístico do nosso concelho. “Só com a concretização do Plano
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de Pormenor e suas infra-estruturas, requalificação urbana e regulamentação das actividades, clara e efectiva, estarão reunidas as condições para evolução e protecção das Salinas e do sal de Rio Maior. Com o Plano de Pormenor e respectivas obras de requalificação do espaço público, haverá condições estruturais para avanço e concretização do Museu do Sal - Centro interpretativo das Salinas assim como investimentos privados de outros operadores no comércio, restauração ou alojamento turístico”. A classificação das Salinas como Património Nacional é outro objetivo muito importante para as Salinas preservarem o passado e a sua história, garantindo um futuro sustentável para o seu património. Dentro do enquadramento da proteção e da capacitação do património histórico e cultural, colocando-o acessível ao público. “Não estando as Salinas capacitadas para turismo de massas. O Sal e o turismo têm que conviver harmoniosamente e em equilíbrio, de modo a garantir e proteger o futuro deste património
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único de relevante interesse nacional”. O Fórum defende que a marca Salarium e o produto Salinas devem ser apostas do projeto. “A marca Salarium já é muito conhecida e tem trabalhado bem a promoção das Salinas. A marca Salinas sendo muito forte em termos de procura, precisa de integração num contexto mais geral na marca Rio Maior e noutras marcas regionais e nacionais”. Juntando ali todos os produtos e serviços mais relevantes. “Porque as marcas para terem sucesso têm que estar relacionadas com produtos”. Das conclusões do Fórum destaca-se a constatação de que Rio Maior precisa de um hotel. Nesse sentido, devem-se criar condições objetivas para que investidores privados possam fazer este tipo de investimento em Rio Maior.
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Rio Maior pela sua localização estratégica a menos de uma hora de Lisboa e pelo crescente interesse pelas Salinas, deve lançar esse desafio aos investidores, proporcionando condições atractivas para esse e outros investimentos no turismo. Um hotel é necessário para apoiar a atividade empresarial. Para dar suporte à atividade desportiva, Centro de Estágios e complexo desportivo e para incrementar o turismo de qualidade nas Salinas e em Rio Maior. “Quanto vale a presença em Rio Maior de uma equipa de desporto profissional em termos financeiros, e acima de tudo, na promoção e comunicação para Rio Maior”? “É importante passar das palavras aos atos e ter como desígnio de futuro o turismo e uma aposta clara no turismo em Rio Maior”.
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O Fórum salienta o papel das Salinas como polo de turismo. Pelo que defende que deverão ser criadas condições de acessibilidade e estadia de qualidade, segura e atrativa a quem nos visita. As ruas das salinas devem ser cada vez mais para as pessoas e os parques devem ser para estacionar os automóveis e os autocarros. Para isso, é necessário a criação dos parques de estacionamento a norte (existente), a sul e no centro (existente) para comerciantes e residentes. “Mas acima de tudo é fulcral construir a via alternativa ou “circular das salinas” para regular o transito interno e dar espaço às pessoas, às actividades e deixar “respirar” as salinas”. “É essencial concretizar na oferta aos visitantes a ligação à Villa Romana agora constituída como Museu e novo atractivo histórico assim como a outros
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polos de interesse que venham a ser concretizados no futuro”. As conclusões do Fórum referem a importância de manter as Salinas como polo de produção de sal. Sendo as salinas de Rio Maior muito antigas, cuja produção de sal nunca foi interrompida ao longo dos tempos. Existem documentos do século XII. No entanto, noutros locais do mundo esse facto não é uma regra objetiva. A história do sal no mundo (Séc XX) demonstra claros relatos de altos e baixos e até de desaparecimento de salinas em vários locais. “No entanto também sabemos que o turismo trouxe uma nova realidade às nossas salinas e essa convivência à semelhança de outros locais pelo mundo, garante por si um novo caminho de prosperidade e de futuro ao sal, desde que as duas actividades não se choquem e consigam conviver em perfeita harmonia”.
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O Fórum aponta ainda nas suas conclusões para que as Salinas se constituam como Hipercluster de produtos de referência. Existe em Rio Maior uma riqueza de património única e diferenciadora. Os Romanos e a Villa Romana. Os Templários em 1177 estiveram aqui, compraram salinas e outros territórios. Neste vale de características únicas, onde se produz sal, vinho e azeite. As salinas estão activas e já têm imensa procura e o turismo poderá ter um futuro auspicioso devido a esses factores a que se junta uma história milenar. “Falta integração, agregando serviços e organizações. Identificar exclusividade destes produtos para ter escala e poder vendê-los com vantagens para todos, mas acima de tudo ter ambição internacional. Apontaria o Salarium como um bom exemplo a seguir”. Os promotores do Fórum defendem
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as parcerias como modelo de promoção. Nesse sentido, propõem-se procurar parceiros que defendam valores e se identifiquem com a defesa da natureza e da qualidade de vida sustentável num eco-sistema como o das salinas é um objectivo de vital importância para a marca Salarium. “A chancela “Loving the Planet” é uma referência a nível global, que seria vantajoso associar a Rio Maior e às Salinas em termos de desenvolvimento para esse futuro com sustentabilidade. “Uma linha de equilíbrio num tempo em que com tanto conhecimento estamos a perder a sabedoria”. O Fórum afirma a sua visão para as Salinas, considerando todas as atividades complementares como o turismo, o comércio, a expansão urbanística e outras atividades, terão que estar sempre subordinados e em consonância
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com os reais interesses das salinas, do seu património e da produção de sal. Criar equilíbrio entre a produção de sal e o turismo é o principal fator de sustentabilidade deste delicado processo. Por isso, entendem que é importante resolver, aprovar e concretizar o Plano de Pormenor e Salvaguarda das Salinas de Rio Maior e as suas novas infraestruturas, principal fator crítico para a evolução, sustentabilidade e proteção das salinas e do sal de Rio Maior. As conclusões do encontro referem a importância de termos umas Salinas livres de automóveis e sem autocarros no espaço público, colocando-os nos Parques de estacionamento devidamente infraestruturados para o efeito. Por outro lado, é importante concretizar a implementação da certificação e da Denominação de Origem Protegida – DOP do Sal e Flor de Sal de Rio Maior.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
Quinta da Alorna lança nova marca de vinho sustentável A Quinta da Alorna acaba de lançar uma nova marca de vinho, o Lutra. Elaborado com castas tradicionais e de agricultura sustentável, chega ao mercado português em duas versões: branco e tinto. Destinado a um público mais jovem, o Lutra pretende “trazer jovialidade e irreverência ao projeto Quinta da Alorna. É um vinho descomplicado, que pretende ser desfrutado em diferentes momentos de consumo, perfeito para quem gosta de novas tendências e valoriza a experimentação de novos produtos”, pode ler-se no comunicado. Em simultâneo, Lutra é uma homenagem da Quinta da Alorna e uma chamada de atenção para a preservação do rio Tejo, que tanto influencia os vinhos deste produtor. Lutra (Lontra Europeia) é uma espécie ameaçada a nível global e Portugal é um dos poucos países onde ainda encontra condições para viver sem inspirar preocupação, sendo o Tejo o habitat com maior abundância. “O Lutra é, por isso, um vinho
de causas, que pretende impactar um público mais jovem, entre os 20 e os 40 anos, que acredita que um futuro melhor passa também pela sustentabilidade ambiental”, prossegue o comunicado. O Lutra Branco, de cor amarelo cítrico, é um vinho frutado e mineral. Segundo a Quinta da Alorna, trata-se de um vinho de fácil harmonização, com destaque para saladas, massas, carnes brancas, sardinhas assadas, camarão do rio, enguias fritas ou choco frito. Já o Lutra tinto, de cor rubi, é indicado para harmonizar com sável, açorda de ovas, fataça na telha, torricado e rabo de touro. No entanto, a versatilidade deste vinho permite qualquer tipo de combinação. O Lutra está à venda nas grandes superfícies, tanto em loja como online, tais como Continente, Pingo Doce, Jumbo, Intermarché e E.Leclerc, bem como na loja da Quinta da Alorna, em Almeirim.
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Lourini lança nova linha de mobiliário A Lourini acabou de lançar uma nova linha de mobiliário que reflete o “equilíbrio perfeito entre sofisticação e simplicidade”. De inspiração nórdica, a nova coleção da fábrica de Santarém está disponível em ambiente de quarto de casal, quarto individual, sala de estar e sala de jantar e incluí ainda uma secretária. Simples e elegante, a Linha Faro destaca-se pelo acabamento que conjuga o branco mate com o carvalho natura, pelos recortes presentes em diversos elementos, quer como puxadores, quer simplesmente ornamentais, e pelos pés em cone inclinado, tão característicos do design escandinavo. Mais uma linha que enriquece a oferta Lourini com mobiliário de qualidade e design compatível com todos os estilos.
Regulamento do Sistema de Incentivos de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e Outros Gases Renováveis
Foi criado através da Portaria nº98-A/2022, o Sistema de Incentivos à Produção de Hidrogénio Renovável e Outros Gases Renováveis, que visa contribuir para o objetivo da neutra-
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lidade carbónica através da transição energética por via do apoio às energias renováveis, particularmente na produção de hidrogénio e outros gases de origem renovável. Os projetos deve-
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rão ter como propósito a produção de gases de origem renovável, a partir da energia produzida por instalações que utilizem unicamente fontes de energia renováveis e hidrogénio renovável.
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Fresh 52
insiste na construção de fábrica de processamento de cenouras em Almeirim
A instalação em Almeirim, na Quinta da Alorna, da primeira unidade de processamento de cenoura baby de tipo “Imperador” da Europa vai mesmo ser uma realidade pela mão da empresa Fresh 52.
O
presidente da Câmara de Almeirim, confirma que os responsáveis do projecto apresentado em 2019 estiveram recentemente no município e que neste momento estão a tratar dos projectos de especialidade (redes de água, gás electricidade, etc). O autarca acredita que os promotores querem iniciar as obras antes do final de 2022. O projeto de investimento, avaliado em 50 milhões de euros, esteve parado também devido à pandemia. O atraso fez com que a AICEP cance-
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lasse o contrato de investimento com a empresa Fresh-52, que devia ter arrancado com a fábrica no final de 2020. Os promotores perderam os benefícios que tinham sido disponibilizados pela AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal mas já adquiriram 40 hectares para instalar a unidade e já entregaram os projectos de arquitectura na câmara. A empresa, entretanto, anunciou que pretende voltar a concorrer a incentivos públicos que garantam o funcionamento do projeto. O projeto prevê, numa primeira fase, a produção de 600 hectares deste tipo de cenoura fina e comprida e a sua transformação em snacks (palitos de cenoura) e sumo de cenoura O objetivo dos promotores é produzir e exportar cenoura durante 365 dias por ano e com esse intuito estão a realizar ensaios de variedades no Ribatejo, Aveiro, Mira, Composta e Odemira, admitindo vir a recorrer também à produção em Espanha (Cádis e Badajoz). Peter Knight, vice-presidente da empresa, revela que 65% da área de cenoura será produzida nas imediações da fábrica e que a Torriba é um par-
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ceiro de primeira linha neste projeto. O know-how e parte do capital da Fresh 52 têm origem nos EUA, envolvendo duas das maiores empresas de produção e transformação de cenoura do país – a Grimmway Farms e a Bolthouse Farms -, que no seu conjunto detêm uma área de cenoura de cerca de 50.000 hectares na Califórnia. O investidor americano Yannick Le Mintier é o CEO da Fresh 52 e conta também na equipa com Manuel Ferreira, responsável pelos ensaios de variedades. Apresentado em Junho de 2019 na Câmara de Almeirim, com a presença do secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, o investimento prevê que a agroindústria de exportação de cenouras bebés, com uma tecnologia única em Portugal, seja a maior da Europa. Na altura foi referido pelo próprio secretário de Estado que a produção de cenoura feita em Almeirim vai toda para exportação, num volume de 35 milhões ao ano. A empresa pretende criar 183 postos de trabalho, dos quais 42 qualificados.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
Bagas do Almonda
Aguardentes de mirtilo e figo preto vencedoras de concursos nacionais Bagas do Almonda é uma marca criada pelo empresário José Carlos Dias Silva. Empreendedor por natureza sempre gostou do campo e da ligação à terra que mantém até hoje. Iniciou a sua atividade em fevereiro de 2020, com a criação da empresa Bagas do Almonda, que se dedica à comercialização de mirtilos, fabrico de aguardentes de mirtilo e figo preto.
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empresário afirma o seu orgulho em ter criado a primeira aguardente de mirtilo, assim como na qualidade dos mirtilos que comercializa, com dimensão acima da média e níveis de doçura superiores aos comuns do mercado. Para o fabrico das aguardentes de Mirtilo e de Figo Preto, recorre a matérias-primas endógenas, características
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“terroir” do concelho de Torres Novas. Utiliza práticas de fabrico das aguardentes com base nos preceitos antigos, de forma artesanal que permite obter um destilado de sabor inconfundível. Facultar aos clientes experiências degustativas diferenciadas através de produtos com características únicas, é o objetivo do empresário, ao mesmo tempo que afirma o respeito pela Natureza. Assim, garante que todos os processos
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são realizados com respeito pela Natureza e Ambiente, com base no equilíbrio dos recursos e na manutenção do ecossistema. “Temos de cuidar do presente para que possamos ter futuro”, afirma. O empreendedor salienta a importância de um estreito relacionamento entre clientes, colaboradores e toda a comunidade, assumindo o compromisso em trabalhar de forma conjunta para crescermos juntos.
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Empreendedor apoiado pela NERSANT no âmbito do PAECPE passou a estar presente online: https://bagasdoalmonda.compronoribatejo.pt/
AGUARDENTE DE MIRTILO COM AGUARDENTE DE FIGO PRETO VENCE PRÉMIO NACIONAL CONCURSO NACIONAL A aguardente de mirtilo Bagas do A aguardente de figo preto Bagas do Almonda ganhou a Medalha Ouro no Almonda ganhou a Medalha Ouro no VI VI Concurso Nacional de Aguardentes Concurso Nacional de Aguardentes Não Não Vínicas. Vínicas. A produção desta aguardenÉ produzida a parte recupera uma tradição tir de frutos muito antiga do concelho de TorBagas maduros e fora do res Novas que desta forma calibre, selecionados, ganha nova vida. Produzido Almonda com uma mistura da a partir do figo preto de é uma marca d e a ro m a s ú n i c o s Torres Novas, um fruto de criada pelo da região de Torres excelente qualidade e sabor, Novas e um brix de muito rico em açúcar que empresário José 13.7. Processo de ferCarlos Dias Silva. após a sua secagem passa mentação simples, por um processo de fermenseguindo-se um temtação. Terminada a fermenpo de maceração após o qual se inicia a tação procede-se à destilação através destilação através de um forno a lenha. de uma caldeira e forno a lenha. Com Trata-se de um processo lento e moroso a utilização de um processo artesanal que permite extrair um excelente destiobtém-se um destilado único pela sua lado, repleto de aromas a mirtilo, macio qualidade e pureza cristalina, com um e completamente cristalino. doce sabor a figo preto.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Distrito de Santarém com crescimento de 16,7% em 2021
Exportações de bens em alta na região de Santarém RELAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE 2019 A 2021 (Médio Tejo)
Na análise realizada pela NERSANT, às exportações de 2021, comparativamente a 2020, verifi camos um crescimento de 16,7%, a que correspondem mais 279 milhões de euros. A nível Nacional o crescimento foi de 17.14%. Nos concelhos do Médio Tejo, pertencentes ao Distrito de Santarém, apesar do crescimento de 19,09%, o volume global das exportações ainda não atingiu o nível pré-pandemia de 2019. Ou seja, fi cou 5,2% abaixo (-48,2 milhões de euros). No Médio Tejo, os Concelhos que mais cresceram, em termos de faturação, Abrantes (38,1 milhões de euros), Ourém (30,2 milhões de euros) e Torres Novas (22,6 milhões de Euros). O concelho mais exportador foi Torres Novas, seguido de Abrantes.
Região/concelho
2019
2020
2021
Evolução 2021/2020
Médio Tejo
923 522 381,00 €
734 979 695,00 €
875 297 331,00 €
9,09%
Abrantes
319 157 649,00 €
162 493 641,00 €
200 581 554,00 €
23,44%
Alcanena
109 185 299,00 €
103 550 269,00 €
118 398 357,00 €
14,34%
Constância
146 704 775,00 €
144 128 499,00 €
159 392 868,00 €
10,59%
Entroncamento
18 973 960,00 €
15 731 304,00 €
16 223 585,00 €
3,13%
Ferreira do Zêzere
16 510 155,00 €
23 985 765,00 €
38 512 886,00 €
60,57%
Mação
449 703,00 €
220 235,00 €
200 488,00 €
-8,97%
Ourém
94 106 233,00 €
84 415 265,00 €
114 625 886,00 €
35,79%
Sardoal
3 513,00 €
20,00 €
2 673,00 €
13265,00%
Tomar
23 853 907,00 €
21 537 511,00 €
25 328 903,00 €
17,60%
Torres Novas
194 244 926,00 €
178 779 981,00 €
201 401 827,00 €
12,65%
Vila Nova da Barquinha
332 261,00 €
137 205,00 €
628 304,00 €
357,93%
RELAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DE 2019 A 2021 (Lezíria do Tejo) Região/concelho
2019
2020
2021
Evolução 2021/2020
Lezíria do Tejo
851 517 622,00 €
935 315 527,00 €
1 073 944 519,00 €
14,82%
Almeirim
29 186 897,00 €
27 744 671,00 €
29 801 170,00 €
7,41%
Alpiarça
78 216 163,00 €
76 586 100,00 €
71 243 937,00 €
-6,98%
Benavente
321 536 594,00 €
357 858 406,00 €
392 025 722,00 €
9,55%
Cartaxo
43 618 342,00 €
51 498 026,00 €
46 477 411,00 €
-9,75%
Chamusca
2 058 234,00 €
1 571 476,00 €
1 742 249,00 €
10,87%
Coruche
23 481 060,00 €
33 492 148,00 €
35 928 528,00 €
7,27%
Golegã
5 953 770,00 €
5 625 099,00 €
5 335 019,00 €
-5,16%
Rio Maior
94 963 122,00 €
87 288 318,00 €
103 327 278,00 €
18,37%
Salvaterra de Magos
6 466 727,00 €
3 789 619,00 €
8 035 710,00 €
112,05%
Santarém
246 036 713,00 €
289 861 664,00 €
380 027 495,00 €
31,11%
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Nos concelhos da Lezíria do Tejo, pertencentes ao Distrito de Santarém, registou-se um crescimento de 14,82%, o volume global das exportações foi recorde desde que há registos e ultrapassou 222,4,7 milhões de euros(+26,1%) do valor pré-pandemia de 2019. Isto significa que o produto desta sub-região resistiu e cresceu no período pandémico. Na Lezíria do Tejo, os Concelhos que mais cresceram, em termos de faturação, foram Santarém (+ 90,2 milhões de euros), Benavente (+ 34,2 milhões de euros) e Rio Maior (+ 16 milhões de Euros). O concelho mais exportador foi Benavente, seguido de Santarém.
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INT
Em termos globais, no Distrito de Santarém, o Concelho de Benavente liderou nos últimos 3 anos, mas o concelho de Santarém aproxima-se da liderança. Os concelhos a seguir no ranking (Torres
Novas, Abrantes e Constância), estão a alguma distância. Para podermos ter uma região mais dinâmica e exportador, a NERSANT tem procurado realizar um conjunto de ini-
ciativas na internacionalização. Nos dias 21 a 25 de fevereiro decorre o NERSANT Business 2022, encontro de negócios internacional, com mais de 160 importadores, de 62 países.
Concelho
Exportações 2021
Crescimento (€)
Crescimento (%)
Benavente
392 025 722,00 €
34 167 316,00 €
9,55%
Santarém
380 027 495,00 €
90 165 831,00 €
31,11%
Torres Novas
201 401 827,00 €
22 621 846,00 €
12,65%
Abrantes
200 581 554,00 €
38 087 913,00 €
23,44%
Constância
159 392 868,00 €
15 264 369,00 €
10,59%
Alcanena
118 398 357,00 €
14 848 088,00 €
14,34%
Ourém
114 625 886,00 €
30 210 621,00 €
35,79%
Rio Maior
103 327 278,00 €
16 038 960,00 €
18,37%
Alpiarça
71 243 937,00 €
- 5 342 163,00 €
-6,98%
Cartaxo
46 477 411,00 €
- 5 020 615,00 €
-9,75%
Ferreira do Zêzere
38 512 886,00 €
14 527 121,00 €
60,57%
Coruche
35 928 528,00 €
2 436 380,00 €
7,27%
Almeirim
29 801 170,00 €
2 056 499,00 €
7,41%
Tomar
25 328 903,00 €
3 791 392,00 €
17,60%
Entroncamento
16 223 585,00 €
492 281,00 €
3,13%
Salvaterra de Magos
8 035 710,00 €
4 246 091,00 €
112,05%
Golegã
5 335 019,00 €
- 290 080,00 €
-5,16%
Chamusca
1 742 249,00 €
170 773,00 €
10,87%
Vila Nova da Barquinha
628 304,00 €
491 099,00 €
357,93%
Mação
200 488,00 €
- 19 747,00 €
-8,97%
Sardoal
2 673,00 €
2 653,00 €
13265,00%
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Mais de 1.200 reuniões em agenda no Encontro Internacional de Negócios
NERSANT BUSINESS 2022 iniciou com mais de 170 importadores de 62 Países A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém está a promover a terceira edição online do NERSANT BUSINESS – Encontro Internacional de Negócios. O evento tem já em agenda mais de 1.200 reuniões online entre as empresas nacionais e os importadores participantes. Marcam presença no evento mais de 170 importadores de 62 mercados internacionais.
C
om o objetivo de apoiar a internacionalização das empresas da região, incentivando as suas exportações para mercados externos, a NERSANT está a organizar, durante a presente semana a 11.ª edição do NERSANT Business – Encontro Internacional de Negócio, a terceira em modo online.
Para esta edição, a NERSANT reúne na plataforma de negócios do evento, mais de 170 importadores de 62 mercados internacionais distintos, com os quais as empresas portuguesas participantes podem reunir de forma online. Para já, a plataforma do evento tem em agenda mais de 1.200 reuniões de negócio entre empresas portuguesas e estrangeiras, esperando-se que este
O encontro internacional de negócios NERSANT Business vai realizar-se este ano de 21 a 25 de fevereiro online, e entre março e junho em formato presencial.
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número aumente ao longo da semana. África do Sul, Alemanha, Angola, Argélia, Austrália, Bélgica, Brasil, Bulgária, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Equador, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos, Estónia, Filipinas, Finlândia, França, Gana, Grécia, Guatema-
Nas 10 edições já realizadas, desde 2012, o NERSANT Business promoveu:
9000 reuniões de negócios 1000 empresas portuguesas participantes 850 importadores estrangeiros
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INT
la, Hungria, Índia, Irlanda do Norte, Itália, Letónia, Lituânia, Macedónia, Malásia, Marrocos, México, Noruega, Países Baixos, Paraguai, Peru, Polónia, Qatar, Reino Unido, República Checa, República Dominicana, República da Irlanda, Roménia, Rússia, S. Tomé e Príncipe, Senegal, Sérvia, Singapura, Suécia, Suíça, Tunísia, Ucrânia, Venezuela e Vietname, são os países estrangeiros confirmados até ao momento, que trazem às empresas nacionais participantes várias oportunidades de negócio em diversos setores. Alimentar e bebidas; Artigos para a casa; Mobiliário e decoração; Materiais de construção; Metalomecânica; e Máquinas e equipamentos são algumas das categorias de produtos mais procurados pelos compradores estrangeiros. Para conhecer mais detalhes sobre este evento, as condições de participação ou realizar ainda a inscrição no Evento, as empresas podem fazê-lo através dos contatos business@ nersant.pt / 249 839 500, De referir que o NERSANT BUSINESS 2022 é uma atividade realizada ao abrigo do projeto conjunto Negócios no Mundo, sendo que as empresas elegíveis terão acesso a um apoio de até 50%, no âmbito do COMPETE / PT2020.
O inquérito realizado aos participantes do NERSANT Business 2021:
96% dos participantes consideram que o encontro internacional de negócios foi BOM ou MUITO BOM.
62% das empresas portuguesas considera que o interesse dos contactos estabelecidos foi BOM ou MUITO BOM.
85% dos participantes estrangeiros consideram que o interesse dos contactos estabelecidos foi BOM ou MUITO BOM. 32% dos participantes estrangeiros confirmam que foram
O NERSANT Business 2021 contou com:
157 importadores internacionais 60 países participantes 89 empresários portugueses 1309 reuniões de negócios
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concretizados negócios, dos quais 71% relacionados com importações
76% das empresas participantes confirmam que têm perspetivas de realizar negócios a curto prazo, na sequência dos contactos estabelecidos 76% dos participantes consideram que o certame correspondem às suas espectativas
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Empresa
Águas do Ribatejo aderiu
ao Conselho Mundial da Água A Comissão Executiva do Conselho Mundial da Água aprovou por unanimidade a candidatura da AR-Águas do Ribatejo EIM, no passado dia 11 de janeiro, na sequência da candidatura apresentada a 30 de dezembro de 2021.
O
Conselho Mundial da Água (World Water CouncilWWC) tem cerca de 400 membros, provenientes de 60 países em cinco continentes. Esta importante organização internacional integra membros todas as esferas da vida na comunidade global da água. Rui Godinho, Presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagens de Água(APDA) é o representante português na Comissão Executiva que integra comissários de vários continentes. Para além da Águas do Ribatejo, existem apenas mais três entidades portuguesas que integram o Conselho Mundial da Água: as associações nacio-
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RIBATEJO
nais APDA e APRH e a maior entidade gestora do país, a Águas de Portugal. Os primeiros passos do processo de candidatura da AR foram dados durante o ENEG 2021, realizado em novembro no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, onde Loïc Fauchon, Presidente do Conselho Mundial da Água, foi Keynote Speaker e lançou o desafio às entidades do setor para se candidatarem a integrar o Conselho. A AR-Águas do Ribatejo EIM é uma empresa municipal, com capital 100% público e detido pelos Municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas. Serve um universo de 140 mil pessoas nos sete municípios associados, às quais presta os serviços de abastecimento
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de água e saneamento, em “alta” e em “baixa”. De sublinhar que a Águas do Ribatejo está intrinsecamente ligada à Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagens de Água (APDA), uma vez que, para além de membro, integra várias Comissões Especializadas e assume a presidência da Assembleia-Geral da associação, através de Francisco Silvestre de Oliveira, Presidente da Águas do Ribatejo. Também José Moura de Campos, Diretor-Geral da AR, presidiu a Comissão Organizadora do ENEG 2021. A AR foi considerada um exemplo de sucesso em matéria de agregação de Serviços de Águas com um modelo inovador que está a ser replicado com sucesso noutras regiões do país, o qual foi também, considerado um case-study pelo Banco Mundial.
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