Ribatejo Invest - Fevereiro 2019

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Fevereiro 2019 • Ano IV • Nº41

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332 PME Líder

no distrito de Santarém em 2018 P. 18

Generis

finaliza aquisição de lote no Parque de Negócios de Rio Maior P.16

Startup Santarém

reuniu empreendedores em sessão de networking sobre crowdfunding P.40

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ÍNDICE

RIBATEJO Fevereiro 2019 • Ano IV • Nº41

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Desenvolvimento Regional

Empreendedorismo e Inovação

05 Notícias

36 Notícias

16 Generis finaliza aquisição de lote do Parque de Negócios de Rio Maior

44 Annie Campers lança Escapadinhas Românticas

11 Poder Local

42 Sumol+Compal aposta em inovação e cria sumos com um baixo teor alcoólico

18 332 PME Líder no distrito de Santarém em 2018

46 Conheça o “Estado da Arte” da Indústria 4.0 na Lezíria do Tejo

24 Águas do Ribatejo prevê investir 21 milhões de euros em saneamento e abastecimento em três anos 26 Casas do Ambiente: No Ribatejo constroem-se casas de madeira com a qualidade do pinho nórdico

Internacionalização

Informação e Apoio

53 Conheça os procedimentos de exportação para o Chile

47 Notícias

54 Grupo Laverde investe mais de 2 milhões de euros para crescer nos mercados internacionais

29 Publicado novo regime dos seguros

30 Transição energética e descarbonização são oportunidades de crescimento para a economia

56 Acordo comercial UE-Japão já em vigor

32 Segurança de Informação: para além de boas intenções

Viver o Tejo 34 Alfredo Roque Gameiro

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EDITORIAL

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esta edição da Ribatejo Invest destacamos as 332 empresas da região a quem foi atribuído o estatuto de PME Líder. Esta distinção, atribuída pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, em parceria com 10 bancos que operam no nosso país, pretende sinalizar as PME com desempenhos superiores, reconhecendo publicamente o sucesso da sua estratégia empresarial e a sua importância para a economia nacional. Importa salientar que o número de empresas PME líder no distrito de Santarém tem vindo a aumentar nos últimos anos, o que deve ser interpretado como um sinal de vitalidade do tecido empresarial regional. De facto, as empresas da região têm, paulatinamente, apostado na inovação, na modernização e numa maior eficiência dos seus processos produtivos, tornando-se mais competitivas e apostando numa melhoria do produto final. O aumento do número de empresas exportadoras e a diversificação dos mercados de destino, de que temos vindo a dar conta ao longo do

FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt

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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

tempo, reflete a qualidade dos produtos made in Ribatejo, amplamente reconhecidos nos mercados externos. Apesar de tudo, estes números poderiam ser melhorados, uma vez que há centenas de empresas com projetos submetidos em diversos concursos no âmbito do Portugal 2020, que aguardam o aval das instituições bancárias para os poderem desenvolver. Muitos projetos de investimento têm ficado pelo caminho, seja por falta de financiamento bancário, seja por um excesso de burocracia, que os torna inviáveis. Nesse sentido, esperamos que o estatuto de PME líder possa, como se deseja, ser uma mais-valia para todas as empresas, permitindo-lhes usufruir dos benefícios associados a esta distinção. A confiança da banca nas nossas empresas é fundamental para alavancar ainda mais a economia regional. Projetos não faltam e empresários competentes e empreendedores também não.

Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da Nersant

Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares

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Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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Olitrem com novo site Nova imagem da Sumol celebra fruta com atitude A Sumol apresentou um conceito visual em que a fruta ganha mais destaque. Cores fortes, que permitem diferenciar melhor os sabores que fazem parte do portefólio de produtos da marca, também são outro elemento central desta mudança. “O objetivo desta mudança visual é continuar a surpreender mantendo uma ligação emocional com os consumidores e ao mesmo tempo uma maior diferenciação dos vários sabores, através de uma identidade visual contemporânea e apelativa”, diz Miguel Garcia, diretor de marketing estratégico da Sumol+Compal,

citado em nota de imprensa. A nova imagem da Sumol, assinada pela agência de design BrandMe, procura refletir “a representação da fruta com atitude, usando cores fortes para garantir diferenciação de sabores”, descreve a marca. Conta com um pormenor que poderá passar despercebido aos consumidores: o corte na diagonal com o ângulo de 54 graus no centro da embalagem celebra o ano de origem da marca (1954). De referir que a Sumol é uma marca da Sumol+Compal, empresa que detém uma unidade fabril no Ribatejo, em Almeirim.

A Olitrem, empresa de Tremês, Santarém, especializada na produção, comercialização e assistência técnica de frio comercial e industrial, para a indústria hoteleira, restauração e bebidas, acaba de lançar o seu novo portal. No âmbito da divulgação do seu novo sítio na internet, o Olitrem explicou que este novo portal dispõe de “uma imagem renovada, melhores conteúdos e uma navegação mais rápida e intuitiva”, sendo a expetativa da empresa de que este site seja “uma mais-valia para todos os que connosco trabalham ou que queiram saber mais sobre nós”. O novo portal da Olitrem pode ser consultado em https://www. olitrem.com.

Silvex procura especialista em Marketing Digital A Silvex - Indústria de Plásticos e Papéis, S.A., com sede em Benavente, está à procura de um especialista em Marketing Digital. Reportando diretamente à direção de marketing, o profissional terá como principais responsabilidades a implementação da estratégia de e-commerce da empresa, a gestão de conteúdos web, campanhas e gestão de clientes online (front e backoffice), a criação, implementação e gestão de campanhas em plataformas digitais (google adwords, facebook ads, e-mail marketing e outros programas de publicidade online, a otimização dos websites para um melhor posicionamento nos motores de busca, a análise de métricas e desenvolvimento de estratégias para captação e retenção de tráfego online e a análise de KPI´s e reporting. São requisitos licenciatura em Gestão, Marketing e Publicidade, Marketing Digital ou áreas similares, o domínio da Língua Inglesa (falada e escrita), bons conhecimentos em SEO, SEM, Google Adwords e

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Google Analytics, experiência prévia em gestão de campanhas SEO/SEM e PPC, experiência mínima de um ano, entre outros. Os interessados em candidatar-se devem submeter o seu Curriculum Vitae em área

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própria do portal da empresa em www. silvex.pt. Outras ofertas profissionais estão em vigor, tais como Engenheiro Mecânico ou Electromecânico, Técnico de Manutenção, Extrusores e Operador Fabril.

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Medirolo celebra protocolo de cariz social A Jl - Medirolo Portugal, Lda., com sede em Fátima, concelho de Ourém, assinou um protocolo de cariz solidário com a Óbidos.Com - Associação Empresarial de Óbidos, que atribuirá um rappel de 2 por cento sobre a totalidade das vendas realizadas no concelho de Óbidos, que reverterá a favor dos Bombeiros de Óbidos e da Câmara no apoio à Associação “Just a Change”, que mobiliza jovens voluntários para reabilitar casas de pessoas carenciadas. “Mais do que negócios, foi um momento de responsabilidade social e simultaneamente de satisfação pessoal: a formalização de um protocolo entre a Medirolo e a Óbidos.com, num projeto que envolve a Câmara Municipal de Óbidos, entre outras entidades, com o intuito de melhorar as condições comerciais praticadas no setor e acima de tudo com o apoio para um ou mais projetos de cariz social”, comentou a empresa na sua página. De referir que a Medirolo Portugal é dedicada ao fornecimento de sistemas

integrados de higiene e limpeza, equipamentos e material de proteção. Tem ainda uma área de tapetes de fabri-

co próprio e mais recentemente iniciaram a comercialização de equipamentos hoteleiros.

Pegop e Ignoramus entre as vencedoras da iniciativa 1000 PME 2018 São já conhecidas as 22 vencedoras da iniciativa 1000 PME, da EXAME, da Informa e da Deloitte, reveladas num evento realizado em Matosinhos, que contou com o apoio do BiG. Esta análise, que vai na 24ª edição, pretende distinguir as melhores PME de cada setor, escolhidas entre as 1000 PME de maior dimensão no nosso país. Na edição de 2018, entre as 22 distinguidas estão duas empresas da região de Santarém: a Pegop – Energia Elétrica S.A., no setor da Água, Eletricidade e Gás, Central Termoelétrica do Pego, situada no Pego, em Abrantes e a Ignoramus – Produtos Naturais, Lda., situada em Samora Correia, no ramo da distribuição alimentar. Para além das duas empresas da região de Santarém, sagraram-se ainda vencedoras as empresas Pedro França, S.A. (Agroindústria), Sebastião & Martins, S.A. (Celulose e Papel) Hourzone - Relojoaria, Unipessoal, Lda. (Comércio a retalho), Multimoto - Motor Portugal, S.A. (Comércio de veículos automóveis), Perino, Lda. (Comércio eletroeletrónico), Alcino Nunes & Irmão, Lda. (Comércio por grosso), Porta da Frente - Sociedade de Mediação Imobiliária (Construção), Ramiro Gonçalves - Combustíveis, Lda. (Distribuição de combustível), Olegário Fernandes - Artes Gráficas (Edição, Informação e Artes Grá-

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ficas), Algarosa - Sociedade Gestora de Hotéis, Lda. (Hotelaria e Restauração), Jacinto Marques de Oliveira - Sucessores, Lda. (Indústria automóvel), Costa Ibérica - Madeira & Derivados, S.A. (Madeira, cortiça e móveis), Controlar - Eletrónica Industrial e Sistemas, Lda. (Material elétrico e de precisão), Mário da Costa Martins & Filho, Lda. (Metalomecânica e Metalurgia de base), Sosoares - Caixilharias e Vidros, S.A. (Minerais metálicos e não metálicos), Laboratório Edol - Produtos Farmacêuticos, S.A. (Produtos farmacêuticos), Dou-

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reca - Produtos Plásticos, Lda. (Química), Shar, S.A. (Serviços), Cristêxtil - Confecção, Lda. (Têxteis, vestuário e couro) e Douro Acima - Transportes, Turismo e Restauração, Lda. (Transportes e Distribuição). Entre as 1000 PME de maior dimensão do país em 2018, destaque ainda para a Irricampo – Sistemas de Rega, Lda., com sede em Santarém, que “subiu 320 lugares relativamente ao ano anterior e continua a ser a empresa instaladora de sistemas de rega melhor posicionada”, divulgou a empresa.

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Opengreen procura arquitetos paisagistas

SILAS cresce em Almeirim Quem é do Ribatejo conhece perfeitamente o restaurante de Muge SILAS, que esteve outrora aberto 24 horas por dia a deliciar os clientes com as suas bifanas. Aberto desde 1982, o espaço tem crescido e sabido renovar-se, estando agora presente em Almeirim, numa iniciativa de Rafael Martins e Francisco Seoane, sendo esta a 3.ª geração à frente da empresa. Sempre em busca de mais e melhor para os seus clientes, o SILAS Chef de Almeirim tem apostado num melhor serviço. Para tal, a empresa recorreu à NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, tendo integrado o projeto de formação-ação da associação para o setor do turismo, o Melhor Turismo 2020. Ainda no âmbito dos serviços da associação empresarial, a empresa Strange Fiction, Lda. – por trás da marca SILAS Chef – elaborou com o apoio desta enti-

dade uma candidatura ao SI2E – Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego, com o objetivo de ampliar o espaço e conseguir responder melhor às solicitações dos seus clientes. A mesma foi aprovada, pelo que o SILAS Chef tem trabalhado na ampliação das suas infraestruturas. A inauguração do espaço aconteceu recentemente, com a empresa a conseguir aumentar as suas instalações e, assim, a garantir o seu crescimento “graças ao apoio da NERSANT”, de quem se tornaram também associados. Situado na rua 5 de outubro, em Almeirim, o SILAS Chef serve todas as refeições: pequeno-almoço, brunch, almoço e jantar, atribuindo às suas ementas um conceito diferenciador e até gourmet. Para além de bifanas inovadoras, o restaurante serve outros pratos, com um toque especial.

A empresa de Vila Nova da Barquinha Opengreen, que atua no projeto, construção e manutenção de espaços verdes, parques e jardins, relvados e espaços de jogo e recreio, está à procura de dois arquitetos paisagistas para estágio profissional. Para além de licenciatura em arquitetura paisagista, os candidatos têm como requisitos o domínio da língua portuguesa e inglesa, o domínio do office, autoCad, sketchup e programas de edição gráfica (Photoshop, illustrator, entre outros), bem como deverão ser elegíveis para estágio profissional. Os profissionais a contratar, que irão integrar a equipa de projeto, terão como atividades a desempenhar a elaboração e acompanhamento de estudos prévios, projetos de execução e licenciamentos, consultoria e assistência técnica, acompanhamento de obras e tarefas inerentes ao backoffice comercial. Os interessados deverão remeter a sua candidatura para o e-mail producao@opengreen.pt com o assunto “Recrutamento”. Devem anexar Curriculum Vitae e portfólio.

Zêzerovo acolhe visita de alunos A empresa Zêzerovo, dedicada à produção, classificação e comercialização de ovos, de Ferreira do Zêzere, recebeu em janeiro a visita dos alunos do Curso Profissional de Técnico de Análises Laboratoriais da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, de Leiria. A visita dos alunos teve como objetivo conhecer, naturalmente, o laboratório desta empresa, apreendendo como todo o processo de controlo de análises e controlo de qualidade se processa. A Zêzerovo informou ainda que foi com muita gosto que recebeu os alunos desta escola e que está disponível para acolher novas visitas de estudo.

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Nobre vence Escolha do Consumidor 2019 A Nobre conquistou o prémio Escolha do Consumidor 2019 pelo 6.º ano consecutivo. A marca ficou em 1.º lugar na categoria “Fiambre da Perna Extra” com um índice de satisfação de 84,89, assumindo uma posição de destaque com o 6.º lugar no ranking global de produtos e serviços avaliados na “Escolha do Consumidor 2019”. A Nobre também foi distinguida na categoria “Fiambre de Aves”, com o produto “Peito de Peru Extra” na qual alcançou 77,15%. A avaliação dos produtos Fiambre da Perna Extra e Peito de Peru Extra, comprova, uma vez mais, o posicionamento de referência da Nobre, que continua a surpreender o mercado e os portugueses através do portfólio de qualidade que apresenta. A inovação e diversificação constante

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da Nobre aliada à excelência dos seus produtos são alguns dos atributos aos quais se deve este reconhecimento. Uma aposta que se reflete também nos mais recentes lançamentos da marca, tais como os Nobre Queijos e a gama Nobre Vegalia. A par desta distinção a Nobre, que é líder de mercado em charcutaria, também já tinha alcançado o prémio de Marca de Confiança 2018, pelo terceiro ano consecutivo, tornando-se uma das insígnias mais reconhecidas pelos portugueses. O selo Escolha do Consumidor premeia as marcas, com base na sua performance do ano anterior, através de um processo que envolve a identificação das características mais importantes para os consumidores e uma avaliação efetiva das marcas de cada categoria.

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NOBRE ENTRA NA CATEGORIA DOS QUEIJOS A Nobre, focada até ao momento apenas na charcutaria, anunciou a entrada no mercado dos queijos. A marca acaba de colocar à venda na grande distribuição os novos Queijo de Cabra e Queijo Curado. “Com este lançamento de queijos de especialidades pretendemos continuar a diversificar a nossa oferta ao mesmo tempo que satisfazemos as necessidades dos consumidores”, anunciou a marca em comunicado, acrescentando ainda que “com a experiência de mais de 60 anos de vida em charcutaria e uma década no mercado de queijos, na área de food service – um negócio dirigido a hotelaria e restauração – acreditamos que temos ingredientes para ser uma referência nesta categoria”.

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Casa de Campo Art Inn Barquinha é agora Barquinha River House A Casa de Campo Art Inn Barquinha alterou a sua designação e imagem para Barquinha River House. Este parceiro Viver o Tejo mantém, no entanto, a qualidade e o acolhimento que o caracteriza. De referir que a agora Barquinha River House é uma unidade de Turismo em Espaço Rural (TER), inserida na modalidade de Casa de Campo. É resultado de um projeto de reabilitação de dois edifícios contíguos em

avançado estado de degradação situados no centro histórico de Vila Nova da Barquinha, tendo sido inaugurada em 09 de maio de 2015. A Barquinha River House pretende ser um marco turístico e cultural no território em que se insere, de modo a promover de forma ativa a arte e cultura da região. A unidade hoteleira dispõe de 15 quartos: 4 twin (duas camas individuais),

sendo um deles para pessoas com mobilidade condicionada e 11 duplos (cama de casal). Todos os quartos possuem casa de banho privativa, TV com canais por cabo, ar-condicionado e Wi-Fi gratuito. Para melhor acompanhamento do hóspede, a receção tem funcionamento permanente. Conheça o espaço em www.viverotejo.pt.

Renova Paper Pack vence Prémio Cinco Estrelas 2019 Todos nós já usámos a expressão “Cinco Estrelas’’ para nos referirmos a algo que é realmente muito bom. O Prémio Cinco Estrelas é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que os produtos, serviços e as marcas conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação as cinco principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores: Satisfação pela experimentação, relação preço qualidade, intenção de compra ou recomendação, confiança na marca e inovação. Sendo uma certificação baseada na metodologia mais completa e rigorosa, o Prémio Cinco Estrelas vem assim ajudar-nos a identificar

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o melhor que existe no mercado ao nível de produtos, serviços e marcas. Quando vir este símbolo em qualquer produto, serviço ou marca, terá

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a garantia de que o mesmo foi testado por consumidores ou por profissionais e foi considerado muito, mas muito bom! Realmente “Cinco Estrelas”. O Prémio Cinco Estrelas acaba de anunciar os vencedores de 2019, onde se incluem marcas, produtos, serviços, personalidades e órgãos de comunicação social. No total foram 149 os vencedores reconhecidos pelos portugueses pela sua qualidade e trabalho, mais 18% face à edição anterior. A Renova, marca portuguesa de produtos de grande consumo no segmento dos produtos de papel tissue, com sede no concelho de Torres Novas, foi uma das empresas considerada “cinco Estrelas”, na categoria de Produtos e Serviços para o Lar.

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Empresário José Júlio Eloy homenageado pelo Rotary Clube de Santarém O Rotary Club de Santarém organizou, no Santarém Hotel, no dia 8 de janeiro, um jantar de homenagem a José Júlio Eloy, sócio-gerente da Agro-Ribatejo, de Santarém, para assinalar os 50 anos de atividade como rotário. Emocionado pela iniciativa, José Júlio Eloy agradeceu a todos a presença e deixou algumas esperanças para este ano. “A saúde não se encontra em estado de completo Bem-Estar. A justiça que deve ser razoável e imparcial e não está equilibrada. A juventude está em risco. A segurança que tem de ser vista como um bem comum e não nos dá garantias”, começou por afirmar, referindo que é necessário “apelar ao espírito de companheirismo, amizade, tolerância, compreensão para invertermos esta situação.” Na génese desta homenagem está o facto de José Júlio Eloy estar com o Rotary Clube de Santarém há 5 décadas, mas também devido ao facto de ser um ilustre escalabitano, com provas dadas para que este concelho seja mais e melhor para os que nele habitam. José Júlio Eloy é um conhecido empresário de Santarém, pela empresa Agro-Ribatejo, criada pelo pai em 1954. O empresário continua a integrar, em representação desta empresa, os corpos sociais da NERSANT Associação Empresarial da Região de Santarém. De referir que, antes desta homenagem, José Júlio Eloy foi agraciado com outras diversas distinções. Destaca-se a receção, em 1972, da Comenda da Ordem do Mérito Agrícola e Industrial do Presidente da República, Américo Thomaz.

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DFJ Vinhos ganha 501 prémios em 2018 A DFJ Vinhos, com sede em Vila Chã de Ourique, recebeu 501 prémios em 2018, entre os quais 27 troféus e 176 medalhas de ouro. Desde 2010 a empresa ganhou 2575 prémios, entre os quais, 127 troféus e 540 medalhas de ouro. Dos prémios recebidos, destacam-se o 63.º TOP BEST BUY na revista americana Wine Enthusiast com o Grand’Arte Shiraz Lisboa 2014, sendo que esta não foi a primeira vez que a empresa do Ribatejo surge com os seus vinhos nesta lista: “desde 2008 é a 10.ª vez que temos um vinho selecionado para a tão importante lista TOP 100 BEST BUY OF THE YEAR da Wine Enthusiast”, comunicou a empresa. Para além disso, a empresa ganhou em 2018, pela 2ª vez consecutiva, o troféu do BEST PRODUCER PORTUGAL no concurso alemão Berliner Wein Trophy, sendo que neste mesmo concurso, a DFJ Vinhos entrou “na exclusiva lista THE GOLDEN LEAGUE 2018 WINNERS, sendo eleitos BEST PRODUCER up to 250 hectares”. Destaque especial também

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para “a medalha de ouro e troféu Food Match para o ESCADA Reserva Touriga Nacional Lisboa 2015 no Sommelier Wine Awards em Londres”, 1.º mercado para onde a empresa vendeu em 1998, ano da sua fundação. José Neiva Correia, proprietário e enólogo-chefe da empresa declarou que “estamos muito orgulhosos pois é um excelente reconhecimento do esforço do nosso grupo de trabalho que todos os dias luta por conseguir o melhor preço e qualidade em todos os nossos vinhos. Os prémios não são um fim em si, mas são um forte reconhecimento do nosso trabalho, ajudando aqueles que connosco trabalham pelo mundo fora a passar a mensagem aos seus clientes da excelência do nosso trabalho.” A DFJ Vinhos foi criada em 1998, possui 250 ha de vinhas, maioritariamente na região de Lisboa, exportando mais de 98% da sua produção de 7 milhões de garrafas para 50 países. José Neiva Correia é o dono da empresa e o enólogo-chefe, produzindo vinhos desde 1974.

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PODER LOCAL

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CIMLT apresenta trabalhos desenvolvidos no âmbito da promoção da segurança rodoviária na Lezíria do Tejo O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, presidiu dia 23 de janeiro, à cerimónia de apresentação pública dos trabalhos desenvolvidos no âmbito do Protocolo para a Promoção da Segurança Rodoviária na Lezíria do Tejo, celebrado com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. A cerimónia teve lugar na CIMLT e contou ainda com a presença dos Secretários de Estado da Proteção Civil e das Autarquias Locais e de cerca de meia centena de convidados, nomeadamente da área da Proteção Civil e das Forças de Segurança. Na cerimónia foi assinado o aditamento ao Protocolo para a Promoção da Segurança Rodoviária na Lezíria do Tejo, que visa implementar um conjunto de medidas práticas para reduzir pontos negros nos 11 Municípios da Região, que contribuam para a

redução da sinistralidade nas estradas. Segundo o Ministro da Administração Interna, este Protocolo é um exemplo pioneiro de articulação e coo-

peração entre a Administração Central e Local, sendo por isso uma prática a seguir por outras Comunidades Intermunicipais do País.

Barquinha investe mais de 520 mil euros em ninho de empresas A empreitada de construção do futuro “Centro de Apoio à Atividade Empresarial e Ninho de Empresas” de Vila Nova da Barquinha iniciou-se no dia 21 de janeiro. Em pleno centro histórico, no Largo José da Cruz (junto à Loja do Cidadão), vai nascer um equipamento para incentivar pessoas singulares e coletivas a iniciar ou desenvolver áreas empresariais que possam trazer mais emprego e rendimento ao concelho. O novo espaço resultará da reabilitação de dois edifícios já existentes em avançado estado de degradação, onde serão criados gabinetes de trabalho, espaços de co-working, salas de reuniões, salas para formação, uma zona de convívio, uma sala de empreendedorismo e secretariado, assim como uma loja de produtos endógenos. Esta obra significa um investimento de cerca de 524 mil euros, acrescidos de IVA, e foi adjudicada à empresa “Efima – Eficiência, Instalações e Manutenção, Lda.”, prevendo-se que seja concluída no prazo de sete meses. O Ninho de Empresas é um dos projetos incluídos no Plano Estratégico de

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Desenvolvimento Urbano de Vila Nova da Barquinha (PARU), implementado com cofinanciamento do Programa Operacional Regional do Centro, no âmbito do Portugal 2020, em 85% do valor elegível. A Reabilitação Urbana tem sido uma forte aposta do Município nos últimos anos. Neste contexto, destaca-se o inves-

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timento público realizado no centro histórico de Vila Nova da Barquinha e na sua frente ribeirinha, tendo em vista o efeito estruturador e dinamizador das ações e investimentos dos particulares, visando a qualidade de vida da população e a contribuição para a atratividade do concelho.

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Conselho Municipal de Segurança da Chamusca toma posição em defesa da conclusão do IC3/A13

O Conselho Municipal de Segurança da Chamusca reuniu no dia 29 de janeiro para debate e partilha de informações sobre as questões relacionadas com a segurança de pessoas e bens no concelho. Desta reunião saiu uma posição unânime em defesa do projeto de fecho do IC3/A13 com nova travessia do rio Tejo na Chamusca, conforme proposta apresentada aos conselheiros pelo Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, que divulgou um documento com os argumentos que justificam a importância desta obra para a segurança e para o desenvolvimento do concelho e da região. Este documento já antes tinha sido aprovado por unanimidade pelos municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. O relatório foi também enviado ao Ministério das Infraestruturas recordando que o projeto está referido como prioritário em diversos documentos como o Plano Nacional Rodoviário 2020, pelo PETI3+ -Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas 2014-2020 e pelo PROT-OVT – Plano Regional de Ordenamento do Território do Oeste e Vale do Tejo. Nesta reunião foram também apresentadas propostas para aplicação de novos semáforos e passadeiras para peões na Estrada Nacional 118 dentro da vila da Chamusca. A proposta conjunta do Serviço de Proteção Civil Municipal e do Comando dos Bombei-

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ros Voluntários da Chamusca sugere a introdução de sinalização de acalmia de trânsito, com a aplicação de báculos e colunas com semáforos tricolor com deteção de velocidade instantânea (50 km/h). As localizações das novas passadeiras e respetivos semáforos abrangem desde a entrada sul da Vila, junto à Adega Cooperativa, até à entrada mais a norte, na proximidade de uma farmácia e de dois estabelecimentos comerciais aí existentes, mitigando assim os riscos de atropelamento dentro da localidade. No relatório da atividade do Serviço de Proteção Civil foi ainda colocada a tónica nalguns preocupações com a travessia de veículos pesados dentro das localidades, com a ocorrência de alguns derrames e perda de carga por parte dos veículos, a destruição do pavimento e de mobiliário urbano provocado por esta circulação mais intensa e foi ainda abordada a necessidade de abate de algumas árvores que se encontram podres. O Conselho Municipal de Segurança contou ainda com a apresentação dos relatórios da GNR, dos Bombeiros Voluntários Municipais, do Serviço de Educação, do Serviço de Ação Social e da situação económico-financeira do Município. Da parte da GNR foi referido que a criminalidade se manteve em 2018 com números idênticos a 2017, e houve uma ligeira redução do número de acidentes de viação registados, sem vítimas

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mortais. Há alguma preocupação com casos registados de violência doméstica e, dando resposta a este fenómeno, o Presidente da Câmara da Chamusca anunciou que o Município vai formalizar em breve um protocolo com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) para a instalação de um gabinete de apoio à vítima. Até lá, a delegação de Santarém da APAV faz atendimento semanal no Centro de Inclusão Social. O comandante do Posto Territorial da GNR da Chamusca referiu ainda que houve um aumento de mais 4 efetivos no posto, que totaliza já 21 operacionais. Este reforço permite manter a rotatividade de militares e assegurar patrulhamento durante as 24 horas. Da parte dos Bombeiros Voluntários, o comandante sublinhou que 2018 foi um ano calmo e que registou uma melhoria substancial ao nível de incêndios. Mencionou a ocorrência de 12 incêndios florestais, dos quais 6 foram em mato. Houve ainda a registar 5 incêndios em detritos confinados, nomeadamente, em unidades do Eco Parque do Relvão. O Presidente da Câmara referiu ainda que o processo de transferência de competências para os municípios que está em curso vai permitir encontrar novos mecanismos de promoção de segurança, que a seu tempo serão trazidos a debate no Conselho Municipal de Segurança.

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Terminadas obras de requalificação do Castelo de Almourol Os mais de 70.000 visitantes anuais do Castelo de Almourol, concelho de Vila Nova da Barquinha, têm agora melhores condições de segurança e conforto para visita ao monumento nacional. Terminaram no dia 29 de dezembro as obras de valorização e arranjo paisagístico da ilha. Os trabalhos decorreram no segundo semestre de 2018 e centraram-se na melhoria das condições de acesso do público ao castelo, na requalificação do coberto vegetal, na requalificação da margem direita e na colocação de um palco para espetáculos dentro do castelo. A operação denominada “Valorização do Castelo de Almourol” teve um custo de 164 259,55€, tendo sido candidatada a fundos comunitários (FEDER), devendo ser comparticipada em 85% do valor total. As intervenções de carácter construtivo efetuadas permitiram consolidar o percurso de visita na ilha, em segurança, com a substituição das escadas de acesso desde o embarcadouro, a substituição do percurso entre o embarcadouro e o início da subida para o castelo, a substituição e relocalização do balizamento do percurso de subida, a construção de degraus para vencer a subida de um afloramento rochoso, a instalação de sinalética de perigo de queda no interior do castelo, entre outros trabalhos. Foi também instalada uma estrutura para receber um palco amovível, bem como equipamento para a recolha de resíduos. Junto da ilha,

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foi substituída a escada de acesso entre o anfiteatro e o posto de visita/ restauração. Foi ainda incluída na empreitada a demolição do maciço em betão que servia de apoio à prática de exercícios militares na margem do extremo Nordeste da ilha mas que descaracterizava o monumento. A intervenção de correção do coberto vegetal da Ilha do Almourol consistiu em duas ações distintas: o tratamento, limpeza e manutenção do coberto vegetal existente que importava manter (maciço arbóreo e arbustivo que envolve o castelo e elementos e estruturas vegetais autóctones que ainda resistem nas margens e pontualmente na ilha), e a erradicação do canavial que invadiu a ilha e a sua substituição por um coberto autóctone climáctico. A operação permitiu consolidar as margens e terras em torno do Castelo, por forma a preservar o solo, as espécies e a paisagem. Desde o passado dia 1 de janeiro, o Município de Vila Nova da Barquinha (a quem cabe a gestão do castelo) e o Exército, através do Regimento de Engenharia n.º 1 (que detém a sua propriedade), instituíram um bilhete único para visita ao Castelo de Almourol e ao recém-inaugurado Centro de Interpretação Templário de Almourol (CITA), no 1.º andar do Centro Cultural, em Vila Nova da Barquinha. O ingresso para visitar os dois lugares inclui a travessia de barco até à ilha de Almourol.

RIBATEJO

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Chamusca e Golegã receberam encontro de técnicos de turismo do Ribatejo e Alentejo O Município da Chamusca e o vizinho Município da Golegã acolheram o encontro de técnicos de turismo que trabalham nos municípios que pertencem à Entidade de Turismo do Alentejo/Ribatejo. O encontro decorreu entre os dias 11 e 13 de janeiro, dia reservado para a visita mais em detalhe do concelho da Chamusca. A visita à Chamusca começou com a receção à comitiva nos Paços do Concelho, seguindo-se a passagem por alguns locais e zonas mais emblemáticas da vila, nomeadamente, a Praia Fluvial Porto das Mulheres, a gráfica A Persistente, o Miradouro de Nossa Senhora do Pranto, e também pela aldeia ribeirinha do Arripiado, um dos locais turísticos mais icónicos do concelho, onde os visitantes andaram de barco no rio Tejo, através dos serviços da empresa Tritejo, e aqui conheceram de perto os encantos e o elevado potencial turístico desta zona ribeirinha, para a qual o município da Chamusca tem previstos investimentos no sentido de a qualificar ainda mais como destino turístico nacional e internacional. O dia dedicado à Chamusca culminou com um almoço servido no Edifício de São Francisco, repleto de iguarias da nossa gastronomia concelhia. A comitiva pode provar entradas diversas (salada de orelha de porco, salada de ovas, tábuas de queijos e presuntos, enchidos), Sopa de Cozido (servida pela Taberna da Rita), Enguias fritas e arroz de tomate (A Taverna do Areal), Bacalhau Assado com couve a soco (A Taverna do Areal), Frigideira do Mar (O Moinante), Ensopado de Borrego (Taberna da Rita) e Carne de Porco à Ribatejana e açorda de coentros (O Moinante). Houve ainda doces locais confecionados por mãos experientes do concelho: Lampreia de Ovos, Peixe Doce, Chamuscos e Pudim de Ovos (por Graça Simões), Broas de Mel e noz (pelo Solar do Pranto), Ferraduras

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RIBATEJO

(Clarisse Nunes), Arroz Doce (Taberna da Rita) e Trouxas de Ovos (Trouxas da Cuca de Luísa Garrido). O almoço foi animado com fado ribatejano, interpretado por João Chora (voz e viola) e Bruno Mira (guitarra portuguesa). No almoço estiveram presentes o Presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, o Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, a vice-presidente, Cláudia Moreira, o vereador em regime de permanência, Rui Ferreira, o Presidente da Câmara Municipal da Golegã, José Veiga Maltez, e o vereador deste município, António Pires Cardoso, a vereadora das Câmara de Coruche, Célia Ramalho, e ainda o Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, que em 2018 acolheu este encontro no seu concelho. O Presidente da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, afirmou que este encontro surgiu com o objetivo de criar “espírito de família, conhecimento, intercâmbio, laços de amizade” entre todos os técnicos que trabalham nos serviços de turismo das autarquias desta vasta região. António Ceia da Silva acrescentou que o encontro anual dos técnicos permite “intervir em duas outras dimensões importantes: que os técnicos se conheçam melhor entre si e que conheçam melhor todo o território desta região de Turismo”. “Isto vai permitir que o turista possa chegar a qualquer posto de turismo da região, fazer perguntas sobre qualquer um destes concelhos e obter informações mais detalhadas. Este conhecimento do território contribui certamente para fazer do Alentejo e Ribatejo um destino turístico global e ainda mais forte”, frisou o Presidente da Entidade de Turismo.

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Torres Novas comunica posição relativa à transferência de competências para as autarquias locais Na primeira reunião camarária de 2019, foi discutida a transferência de competências para as autarquias locais e para as entidades intermunicipais, no âmbito da Lei nº 50/2018, de 16 de agosto, que determina que essa transferência será concretizada através de diplomas legais de âmbito setorial relativos às diversas áreas a descentralizar da administração direta e indireta do Estado para as autarquias locais. Com esse objetivo, foram, entretanto, publicados decretos-lei para os setores da exploração das moda-

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DR

liário público sem utilização. A Câmara Municipal propõe ainda não aceitar a transferência das competências previstas nos domínios da autorização de exploração das modalidades afins de jogos de fortuna ou azar e outras formas de jogo, das vias de comunicação e do estacionamento público.

ADESÃO À CAMPANHA STAYOVER FÁTIMA-TOMAR

lidades afins de jogo de fortuna ou azar, praias, Justiça, associações de bombeiros, habitação, estruturas de atendimento ao cidadão, vias de comunicação, património imobiliário público e estacionamento público. Algumas das matérias visadas, no caso particular desta autarquia, têm vindo já a ser objeto de deliberações e decisões de vária índole, como é o caso de matérias relacionadas com a Justiça (ex: menores, acolhimento de reclusos em sede de cumprimento de penas, designadamente, prestação de trabalho comunitário), associações de bombeiros (ex: apoios vários aos bombeiros voluntários), habitação (ex: habitação social, contratos em regime de renda apoiada), estruturas de atendimento ao cidadão (ex: criação dos espaços do cidadão, instalação da Loja do Cidadão em curso) e património imobiliário público sem utilização (ex: casas dos magistrados, enfermaria militar). Ao invés, no tocante a matérias relacionadas com a exploração das

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modalidades afins de jogos de fortuna ou azar, das vias de comunicação e do estacionamento público, constata-se não se encontrarem ainda legalmente definidos os contornos orçamentais que devem acompanhar a transferência das respetivas competências, pelo que se considera inviabilizada, nesta data, uma correta e concreta avaliação do impacto financeiro envolvido. Pelo exposto, foi aprovada por maioria, com a abstenção do PSD e o voto contra do BE, a proposta, a submeter a posterior deliberação da Assembleia Municipal, para que a Câmara Municipal aceite, para o presente ano de 2019, a transferência das competências previstas no âmbito do apoio às equipas de intervenção permanente das associações de bombeiros voluntários e nos domínios da Justiça, da habitação, da instalação e gestão de lojas do cidadão e espaços do cidadão, instituição e gestão dos gabinetes de apoio aos emigrantes e aos centros locais de apoio e integração de migrantes e, ainda, da gestão do património imobi-

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Na reunião camarária de 8 de janeiro foi aprovada por unanimidade a adesão do município à campanha StayOver Fátima-Tomar, que surge no âmbito de um projeto da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), inserido no “Programa de Ação para os Produtos Turísticos Integrados de Base Intermunicipal no Médio Tejo” cofinanciado pelo Centro 2020, através do FEDER. A campanha junta a CIMT, os municípios, unidades de alojamento, empresas de animação, restaurantes e demais agentes turísticos e comerciais do Médio Tejo, para promover a região enquanto destino turístico integrado, vocacionado para a realização de férias, retiros ou escapadas mais prolongadas dirigidas a diferentes segmentos. Visa premiar com experiências no território, entradas gratuitas e outras ofertas, todos os que façam reservas antecipadas em unidades de alojamento na região entre 15 de abril e 15 de setembro de 2019, com duração igual ou superior a duas noites. O objetivo é contrariar as principais debilidades dos dados do turismo da região e que se prende com uma estada média e taxas de ocupação inferiores às médias nacionais e, em particular, da região Centro. O Município de Torres Novas irá disponibilizar ofertas como entradas grátis nas Piscinas Municipais, nos espetáculos do Teatro Virgínia (condicionados à disponibilidade existente) e nos Courts de Ténis (para utilizações no regime livre).

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Generis finaliza aquisição de lote do Parque de Negócios de Rio Maior

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DR

Foi em janeiro de 2018, há pouco mais de 1 ano, que a Câmara Municipal de Rio Maior divulgou a intenção da farmacêutica Generis investir numa nova unidade de embalamento em Rio Maior, que irá criar mais de uma centena de postos de trabalho.

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ano depois, ficou concluída mais uma etapa do processo de instalação de uma unidade da multinacional farmacêutica Generis no Parque de Negócios de Rio Maior, com a assinatura da escritura de aquisição do Lote 77 daquele parque, com uma área total de 8,8 hectares, lote que sustentará um investimento global que pode atingir os 25 milhões de euros. O ato teve lugar em Rio Maior, no dia 24 de janeiro, estando a Depomor, sociedade gestora do Parque de Negócios de Rio Maior, representada pelos seus administradores Carlos Gonçalves e Lopes Candoso, também vereador da Câmara Municipal de Rio Maior com a área do Empreendedorismo e Apoio ao Empresário, sendo a Generis representada por Rosário Fonseca. Depois de todo um processo de alteração ao Plano de Pormenor do Parque de Negócios, de forma a converter 11 lotes do mesmo num único, a Generis vai agora iniciar o investimento. A primeira fase do mesmo, que irá ocupar dois dos 8,8 hectares adquiridos pela empresa, destina-se à criação de uma unidade de receção e embalamento

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de medicamentos a granel, produzidos em Venda Nova e na Índia, prevendo-se a criação de cerca de 100 postos de trabalho e a produção anual de 100 milhões de embalagens, o que irá permitir o aumento da exportação para os vários mercados em que a Generis opera. De referir que, com mais de 200 produtos no seu portefólio, a Generis atingiu a liderança dos medicamentos genéricos em Portugal, tendo iniciado a expansão da marca, quer através de exportação direta do produto acabado para os clientes finais (hospitais, clínicas, farmácias, ONG), quer através de parcerias com agentes e distribuidores locais que tenham interesse em representar e distribuir os seus produtos, segundo informação disponibilizada pela empresa. De acordo com a Câmara Municipal de Rio Maior, “com mais este investimento, o Parque de Negócios de Rio Maior afirma-se como uma das plataformas logísticas mais atrativas da região e do país, fruto da sua localização geográfica e das suas acessibilidades, que incluem uma ligação direta à rede de autoestradas nacionais, via A15”. 

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

332 PME Líder

no distrito de Santarém em 2018 O Estatuto PME Líder (marca registada do IAPMEI) é atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal (no caso das empresas do setor do Turismo), em parceria com 10 bancos a operar em Portugal: Banco BPI, Bankinter, Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, Caixa Geral de Depósitos, EuroBic, Millennium BCP, Montepio, Novo Banco, Novo Banco dos Açores, Santander Totta e as Sociedades de Garantia Mútua. No distrito de Santarém, foram agraciadas com esta distinção 332 empresas.

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DR

E

ntre as 332 PME galardoadas com este selo, destaca-se o concelho de Ourém, com 89 PME distinguidas. Segue-se Santarém, com 39 e Torres Novas, com 25. Em 4.º lugar surge o concelho de Abrantes, com 23 PME Líder, seguindo-se Benavente, com 21, e Rio Maior e Tomar, com 18 PME Líder cada território. Surge de seguida o Cartaxo, com 16 PME Líder, sendo que Alcanena e Almeirim conseguiram, cada concelho, 13 PME Líder, seguindo-se o Entroncamento e Salvaterra de Magos, com 11 cada concelho. Coruche e Ferreira do Zêzere conseguiram, cada território, 9 empresas distinguidas, Mação conseguiu 5, a Chamusca, 4, Vila Nova da Barquinha, 3 e Sardoal, duas. Alpiarça, Constância e Golegã têm uma PME Líder 2018 em cada concelho. Todos os concelhos do distrito têm, neste sentido, PME Líder 2018. Quanto à atribuição do estatuto, das 332 PME da região premiadas, 304 foram agraciadas pelo IAPMEI e 28 pelo Turismo de Portugal, o que significa que este último número diz respeito a empresas deste setor. O estatuto PME Líder é um selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores e é atribuído em parceria com o Turismo de Portugal, um conjunto de bancos parceiros e as Sociedades de Garantia Mútua, tendo por base as melhores notações de rating e indicadores económico-financeiros. Para as empresas do setor do Turismo, a gestão é assegurada pelo Turismo de

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Portugal. o mercado. Faz ainda parte dos objetivos desO prémio “PME Líder” sinaliza, desta forma, as PME com desempenhos te programa estimular a eficiência superiores, reconhecendo publicamendo processo de intermediação bante o sucesso da estratégia empresarial cária e potenciar o alargamento do e a importância do mercado de capitais contributo para a a empresas de dimen“O prémio «PME são intermédia. economia nacional. Líder» sinaliza as PME Entre o universo de O estatuto tem empresas com Estaassociado um concom desempenhos junto de benefícios, tuto PME Líder serão superiores, como o acesso em selecionadas, igualreconhecendo mente pelo IAPMEI e melhores condições publicamente pelo Turismo de Portua produtos financeiros e a uma rede de gal, as PME Excelência o sucesso da serviços, a facilitade 2018, um estatuto estratégia empresarial que tem a validade de ção da relação com e a importância a banca e um certium ano. As empresas ficado de qualidade com esta distinção do contributo para para as empresas a economia nacional.” deverão ser divulgadas na sua relação com em breve.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

PME Líder 2018

Distrito de Santarém Empresa

Concelho

Empresa

Concelho

António Filipe Neto, Lda.

Rio Maior

António Lopes Gameiro, Lda.

Torres Novas

2RID - Comércio de Máquinas e Acessórios Industriais, Lda.

Tomar

A Transportadora Central de Seiça, Lda.

Ourém

António Manuel Sereno Rodrigues Cuco

Cartaxo

A Transportadora Ideal de Minde, Lda.

Alcanena

António Nunes de Carvalho, S.A.

Alcanena

A.F.C.S. Transportes - Transportes, Lda.

Benavente

Armazem Confecções Sertã, Lda.

Tomar

Arquijardim, S.A.

Ourém

A.F.T. - Transportes Rodoviários de Mercadorias, Lda.

Alcanena

Artesacris - Artigos Religiosos de Fátima S.A.

Ourém

A.M.S. Publicidade Lda.

Abrantes

ASC - Artigos Sanitários do Centro, Lda.

Ourém

A48 - Sistemas de Segurança, Lda.

Torres Novas

Auto Mola Ideal Leiriense, Lda.

Benavente

Auto Reparadora Eléctrica de Fátima, Lda.

Ourém

Aviário do Resouro - Produção de Ovos, Lda.

Ourém

Avitrata - Sociedade de Tratamentos Fitosanitários Aéreos, Lda.

Benavente

Abranclinica - Diagnóstico Médico pela Imagem, Lda.

Abrantes

Abricantes - Comercio de Bricolage, Lda.

Abrantes

Adega Cooperativa do Cartaxo

Cartaxo

Agri-Mendes - Agricultura e Comércio, Lda.

Santarém

Agripóvoa de Santarém

Santarém

Basrio - Metalomecanica e Equipamentos Rodoviários, Rio Maior S.A.

AGRO PECUÁRIA VALINHO, S.A.

Santarém

Bastos & Silva, Lda

Benavente

Agro Ribatejo, Lda.

Santarém

Bielco - Equipamentos para Veículos Industriais, Lda.

Rio Maior

Agro Roque Bento - Sociedade Agricultura Grupo SAG, Lda.

Almeirim

Bilreiros & Ribeiro Silva, Lda.

Ourém

Biogoma - Sociedade de Reciclagem de Pneus, Lda.

Santarém

Agrogaspares - Representação de Tractores e Alfaias Agrícolas, Lda.

Coruche

Branco & Martinho - Tecnologia e Equipamentos, Lda.

Cartaxo

Agrosport - Produtos Equipamentos e Técnica Agrária, Lda.

Ourém

Cartaxo

Brico Corredoura - Sociedade De Distribuição De Bricolage, Lda. Cabena - Cabinas De Benavente, Lda.

Benavente

Agrotécnica - Fly In Earth, Lda.

Cartaxo

Caixasuper, Lda.

Ourém

Agroterra - Prestação de Serviços à Lavoura, Lda.

Benavente

Calçados Batista & Fonseca, Lda.

Benavente

Agrovinal - Produtos para Agricultura, S.A.

Almeirim

Camionantunes - Comércio de Viaturas, Lda.

Tomar

Agrozel - Agropecuária do Zezere, S.A

Ferreira do Zêzere

Almouroltec - Serviços de Informática e Internet, Lda.

Benavente

Constância

Caniço & Companhia - Transportes de Mercadorias, Lda. Carbrica - Carvões e Madeiras, Lda.

Ourém

Alu-M - Alumínios e PVC, Lda.

Santarém

Carvalho Lucas, Farmácia de Oficina, Lda

Entroncamento

Álvaro Electrodomesticos Lda.

Entroncamento

Américo Duarte Paixão, Lda.

Santarém

Casa Cadaval - Investimentos Agrícolas, S.A.

Salvaterra de Magos

Américo Marques Duarte, Lda.

Ourém

Cascata - Indústrias Hoteleiras, Lda.

Abrantes

Amilcareis - Comércio de Automóveis, Lda

Ourém

César Castelão & Filhos, Lda.

Chamusca

Andre Mesquita - Automóveis, Sociedade Unipessoal, Lda.

Almeirim

Chempro - Comércio Imp Exp de Produtos Químicos Unipessoal Lda.

Alcanena

Angela Zeferino, Unipessoal, Lda.

Salvaterra de Magos

Chot - Centro Nefrológico Ourém - Tomar, Lda.

Tomar

Aníbal Carvalho & Filhos, S.A.

Santarém

Ciben - IT and Business Solutions, S.A.

Benavente

Anjo, Lda.

Torres Novas

Cidalina Silva - Sociedade Agrícola, Unipessoal Lda.

Salvaterra de Magos

Antonio Costa Dias, Lda.

Mação

Clinifátima - Serviços Médicos, S.A.

Ourém

António da Costa Lopes - Instalações Eléctricas, Lda.

Tomar

Comet - Construções Metálicas, Lda.

Torres Novas

Antonio das Neves Marto e Filhos Lda.

Ourém

Conflomir - Sociedade De Construções, Lda.

Cartaxo

Construbuild - Services, Lda

Santarém

Construções Martins & Reis, Lda.

Ourém

António Fernando Neves - Eletricidade, Estudos e Projectos Elétricos, Lda.

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RIBATEJO

Rio Maior

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DR Empresa

Concelho

Empresa

Concelho

Construmação - Construções e Terraplanagens, Unipessoal Lda.

Mação

Ferreira Gomes & Filhos, Lda.

Tomar

Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda.

Ourém

Coremaq - Comércio e Reparação de Máquinas, S.A. Corifa - Construção Civil, Lda.

Santarém

Filstone - Comércio de Rochas, S.A.

Ourém

Ourém

Fleximan - Manutenção Industrial, Lda.

Ourém

Correia de Oliveira, Lda.

Almeirim

Florecha - Forest Solutions, S.A.

Chamusca

Costa Martins & Dias - Indústria Metalúrgica, Lda.

Rio Maior

Florestalzezere - Exploração Florestal, Lda.

Ferreira do Zêzere

Cremilcar - Comércio de Viaturas Auto, Lda.

Abrantes

Francisco Patrocínio - Serviços Pecuários, Lda.

Santarém

Curtumes Boaventura, Lda.

Alcanena

Fravizel - Equipamentos Metalomecânicos, S.A.

Santarém

D. F. J. Vinhos, S.A.

Cartaxo

Frusel Frutos Seleccionados, Lda.

Torres Novas

Demoscore, Lda.

Alcanena

Gaslar, Lda.

Entroncamento

Derma Leather - Comércio e Industria de Peles, S.A.

Torres Novas

Gaudêncio E Rodrigues, Lda.

Santarém

Digidelta Internacional - Import Export, S.A.

Torres Novas

Goldentrans - Transportes Rodoviarios S.A.

Rio Maior

Gomel - Metalúrgica Gonçalves & Mendes, Lda.

Ourém

Dinazoo - Comércio de Produtos Pecuários e Agrícolas, Lda.

Rio Maior

Gonçalves & Grilo Lda

Almeirim

Districanena - Supermercados, Lda.

Alcanena

Green Apple - International Trading, Lda.

Cartaxo

Distrimação - Supermercados, Lda.

Mação

Grupo Frazão, S.A.

Santarém

Dom Gonçalo Hoteis - Sociedade De Hotelaria E Turismo, S.A.

Ourém

GSP, Unipessoal, Lda.

Sardoal

Henriques & Henriques, S.A.

Ourém

Dreamfields Lda.

Alcanena

Hortícolas Casal da Avó, Lda.

Torres Novas

Eco Demo, Demolições Ecologia e Construção, S.A.

Ourém

Horto S. Silvestre, Sociedade Agrícola, Lda.

Rio Maior

Ecodepur-Tecnologias de Protecção Ambiental, Lda.

Ourém

Hotel Aleluia Investimentos Turísticos, Lda.

Ourém

EcoEdifica - Ambiente e Construções, S.A.

Torres Novas

Hotel Coração de Fátima, Lda

Ourém

Electro Albino, Lda.

Rio Maior

Hotel Estrela de Fátima, Lda

Ourém

Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.

Ourém

Hotel Santo Amaro, Lda.

Ourém

English Now - Escola de Línguas, Lda.

Ourém

Hotel Três Pastorinhos S.A.

Ourém

Espaço Mecânico - Comércio Manutenção de Equip. de Terraplanagem, S.A.

Vila Nova da Barquinha

Ignoramos - Produtos Naturais, Lda.

Benavente

Ilmet, Lda.

Abrantes

Eurobatata - Comércio de Produtos Alimentares, Lda.

Rio Maior

Industrias VIP, Unipessoal, Lda.

Mação

Eurodemolições Industriais, Lda.

Torres Novas

Infervias, Lda.

Torres Novas

Euromolding – Madeiras, Lda.

Ourém

Inter-Churrasco Actividades Hoteleiras Lda

Rio Maior

EXPAL - Indústria de Caixilharia de Alumínio, Lda.

Torres Novas

Interalpiarça - Supermercados, Lda.

Alpiarça

F. do Vale Construções, Lda

Abrantes

Inventivematl, Lda.

Benavente

F. J. M. P. C. - Informática, Comércio e Serviços, Lda.

Almeirim

Ipalere, Lda.

Abrantes

Fabriscape - Fábrica de Esacpes para Automóveis, Lda. Torres Novas

Irmade - Indústrias de Revestimento de Madeiras, S.A.

Ourém

Farmácia Almeida Gonçalves, Lda.

Entroncamento

Farmácia Central De Almeirim Sociedade Unipessoal, Lda

Almeirim

Almeirim

Irmãos Marcelino - Sociedade de Exploração Agrícola, Lda. Irricampo - Sistemas de Rega, Lda.

Santarém

Farmácia Central do Cartaxo, Sociedade Unipessoal Lda.

Cartaxo

Isuvol - Importação e Comércio de Peças e Acessórios Auto, Lda.

Cartaxo

Farmácia Confiança Santarém, Lda.

Santarém

J. M. Cordeiro, Lda.

Santarém

Farmácia Manuela Quartau, Unipessoal, Lda.

Ourém

J. N. - Materiais de Construção, Lda.

Sardoal

Farmácia Ondalux, Unipessoal Lda.

Abrantes

J.J.M. Esperança, Lda.

Tomar

Farmácia Palmeira, Unipessoal Lda.

Torres Novas

João Luis Vicente, Lda.

Cartaxo

Farmajaneiro, Unipessoal, Lda.

Coruche

Joaquim Mónica - Transportes, Lda.

Ferreira do Zêzere

Farportugal - Indústria de Artigos Religiosos, Lda.

Ourém

Joaquim Pinheiro Santos, Sucessores Lda.

Alcanena

Fátima Exporte, Lda.

Ourém

Jorge Caseiro - Comercio Produtos Alimentares, Lda.

Salvaterra de Magos

Felix & Nogueira, Lda.

Rio Maior

José Carlos De Jesus Cordeiro, Lda.

Santarém

Fernanda Isabel R. Salsa Castelo, Unipessoal, Lda

Ourém

José Marques Agostinho, Filhos & Cia., Lda

Entroncamento

Ferplay - Fábrica de Portões, Lda.

Santarém

José Mónica & Esposa - Exploração Florestal, Lda.

Ferreira do Zêzere

Ferreira Baptista & Filhos, Lda.

Ourém

Jose Reis Marques & Comp., Lda.

Alcanena

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RIBATEJO

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Empresa

Concelho

Empresa

Concelho

Josina - Comércio de Materiais de Construção, Lda.

Ourém

Nivonuc, S.A.

Ourém

Joviquadro- Vidros, Espelhos e Quadros Do Nabão, Lda.

Tomar

Noc - Novas Construções, S.A.

Ourém

Nuvens de Fantasia, Lda.

Abrantes

Julião Antunes da Luz & Filhos, Lda.

Golegã

Oleotorres, Lda.

Torres Novas

Justino Louro Fernandes & Filhos, Lda.

Tomar

Olitrem Indústria De Refrigeração, S.A.

Santarém

Laverde - Produtos Naturais de Cosmética, Lda.

Coruche

Óptica Central de Abrantes, Lda.

Abrantes

Leais & Oliveira, Lda.

Torres Novas

Linos & Faria, Lda.

Ourém

Os Jerónimos - Indústria e Comércio de Móveis e Eletrodomésticos, Lda.

Entroncamento

Lotevias - Construções, Lda.

Ourém

Otar - Tecnologia Avançada de Recuperação, Lda.

Torres Novas

Lourenço & Filhos Lda.

Ourém

Palcax - Fabricação de Paletes e Caixas, Lda.

Ourém

Lubrifátima Pneus, Lda.

Ourém

Luis Augusto Fernandes da Silva - Sociedade Unipessoal, Lda.

Torres Novas

Ourém

Panificadora Marques Filipe - Indústria de Panificação, Lda. Papetarget, S.A.

Abrantes

Luís Leal & Filhos, S.A.

Torres Novas

Luvifal - Sociedade de Construções, Lda.

Ourém

Patrício & Mateus - Indústria e Comércio de Artesanato em Peles para Decoração, Lda.

Alcanena

M.A.E. - Peças para automóveis, Lda.

Ourém

Magos - Irrigation Systems, S.A.

Salvaterra de Magos

Paulo M.M. André - Construções, Lda.

Salvaterra De Magos

Maiorpeças - Acessórios Automóveis, Lda.

Rio Maior

Major - Santos & Filhos, Lda.

Ourém

Pedra Alva - Sociedade Exploradora de Calcários do Centro, Lda.

Ourém

Manuel Carlos Silva Pereira & Filhos, Lda.

Abrantes

Pedra de Toque - Sociedade Unipessoal, Lda.

Santarém

Manuel das Neves Coelho, Filhos, Lda

Ourém

Pedramoca - Sociedade Extrativa de Pedra, Lda.

Santarém

Manuel Faustino Junior, Lda

Mação

Penta - Adhesiv, Embalagens Industriais, Lda.

Salvaterra de Magos

Manuel Jacinto da Martinha & Filhos, Lda.

Santarém

Manuel Morgado, Lda.

Abrantes

Perdicampo - Produção E Comercialização de Aves de Caça, Lda.

Tomar

Manuel Reis Pereira, Unipessoal, Lda.

Ourém

Pereira & Guerra Lda.

Ourém

Manuel Vieira & Companhia (Irmão) Sucessores, Lda.

Torres Novas

Pereira Rouxinol & Cª Lda.

Coruche

Marante - Materiais de Construção e Decoração, Lda.

Tomar

Margarido & Margarido, Lda.

Abrantes

Petrometal - Distribuição, Importação e Exportação, Lda.

Ourém

Maria D´ Assunção T R Sousa e Silva Unipessoal Lda.

Almeirim

Phardevelopment Trials, Lda.

Ferreira do Zêzere

Mário Brites de Faria, Lda.

Entroncamento

Planicieverde - Sociedade Agrícola, Lda.

Rio Maior

Marmitek - Exploração De Rochas Ornamentais, Lda.

Ourém

Plasbene- Tubos e Acessórios Plásticos, Lda.

Salvaterra de Magos

Mármores Rosal, Lda.

Santarém

Marques & Montês, Lda.

Santarém

Plastiagro - Maria Noémia Maurício, Comércio de Artigos Plásticos, Lda.

Almeirim

Maxicopia - Sociedade Equipamentos de Escritório, Lda.

Tomar

Plurivet - Veterinária e Pecuária, Lda.

Cartaxo

Pontes & Pontes, Lda.

Torres Novas

Maxipet, Lda.

Ferreira do Zêzere

Mendes Galveia, Lda.

Benavente

Primetool - Produção de Elementos de Comunicação, Lda.

Torres Novas

Mendes Reis & Gonçalves, Lda.

Ourém

Meta Capital - Gestão Hoteleira, Lda.

Ourém

Primma - Produção Industrial De Moda Em Malhas, Lda.

Alcanena

Metalurgica Moderna De Caxarias, Lda.

Ourém

Profial - Profissionais de Alumínio, S.A.

Ourém

Metometal - Metalização Tomarense, Lda.

Tomar

Profissional Classe Logística, Lda.

Cartaxo

Micronipol - Micronização E Reciclagem De Polímeros, Ourém S.A.

Projetiva - Representações e Serviços, Lda.

Torres Novas

Prosaúde, S.A.

Almeirim

Mikroquímica - Produtos Químicos Lda.

Alcanena

Quimirráia, Lda.

Coruche

Mocapor - Comércio e Indústria de Mármores, Lda.

Santarém

Quitério - Materiais de Construção, Lda.

Salvaterra de Magos

Mónica & Filhos - Exploração Florestal, Lda.

Ferreira do Zêzere

R.S.A. - Reciclagem de Sucatas Abrantina, S.A.

Abrantes

Rações Zêzere, S.A.

Ferreira do Zêzere

Ready Solutions, Lda.

Entroncamento

Remsa - Aluguer, Lda.

Benavente

Moviportas - Fábrica de Móveis e Portas de Rio de Couros, Lda.

Ourém

Mtil - Empresa de Trabalho Temporário, S.A.

Abrantes

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RIBATEJO

FEVEREIRO 2019

www.nersant.pt


DR

Empresa

Concelho

Empresa

Concelho

Restaurante Bar “O Recinto” Lda.

Ourém

Supertorres - Supermercados, Lda.

Torres Novas

Restaurante Bar Manjar Central, Lda.

Ourém

T. R. M. - Tratamento e Revestimento de Metais, Lda.

Abrantes

Ribatubos - Tubagens e Acessórios, Lda.

Santarém

Ribeiro Esteves - Materiais de Construção, Lda.

Santarém

Taifeed - Tecnologia de Alimentos de Iniciação e Nutrição Animal, Lda.

Salvaterra De Magos

Rimol - Indústria Metalomecânica, Lda.

Rio Maior

Rodalgés - Equipamentos Industriais, Lda.

Coruche

Tecadi - Indústria e Comércio de Produtos para o sector Agro-Alimentar, Lda.

Santarém

Rodirima - Sociedade de Armação de Ferro, Lda.

Ourém

Tecnoredes - Redes e Vedações, S.A.

Benavente

Rogério dos Reis Castanheira - Importação e Exportação de Utensílios de Vidro, Lda.

Benavente

Telmo Duarte - Comércio de Pedras Naturais, S.A.

Ourém

Temahome, S.A.

Tomar

S.A.O.V. - Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, S.A.

Abrantes

The Grain Free Company, S.A.

Santarém

S.H.L. - Sociedade Hoteleira de Fátima, Lda

Ourém

Tipografia Santos & Marques, Lda.

Rio Maior

Sabores do Ti Pereira, Unipessoal Lda.

Abrantes

Tomaz e Ferreira, Lda.

Coruche

Samorinox - Montagens Metalomecânicas, Lda.

Benavente

Topeca - Produtos de Construção Civil, Lda.

Ourém

Tracopol - Transportes & Construções, S.A.

Entroncamento

Santo António de Fátima - Empreendimentos Hoteleiros, Lda.

Ourém

Transfor - Engenharia e Construção, S.A.

Ourém

Segmentoponto4 - Gabinete de Arquitectura, Lda.

Ourém

Transfor - Indústria, S.A.

Ourém

Segorbe - Ferreira & Mesquita, Lda.

Tomar

Segurança 24, Lda.

Entroncamento

Transgondemaria - Transportes e Comércio de Materiais de Construção, Lda.

Ourém

Selecções de Fátima - Arte Sacra, Lda.

Ourém

Transjm - Transportes e Logística, Lda.

Ourém

Sevefer - Indústria de Pastelaria, Lda.

Cartaxo

Transmosense - Transportadora, Lda.

Santarém

Shoperfil, Lda.

Ourém

Transportes Antonio Arroteia Lda.

Santarém

Silaco- Silicas, Abrasivos e Construções, Lda.

Ourém

Transportes de Mercadorias Vascormendes, Lda.

Santarém

Silva & Paiva, Lda.

Benavente

Transportes Roda Rosa, Unipessoal Lda.

Ourém

Silvestrys - Serviços Agro-Florestais, Lda.

Chamusca

Transportes Vieira Vacas, Lda.

Santarém

Silvex - Indústria de Plásticos E Papéis, S.A.

Benavente

Trigénius - Tecnologias De Informação, S.A.

Ourém

Sitaco - Sociedade Industrial de Tacos de Coruche, Lda.

Coruche

Tymrest - Restaurante Rapido, Unipessoal, Lda.

Tomar

Ulma Packaging, Sociedade Unipessoal, Lda.

Benavente

Sng - Garantia e Assistência Automóvel, S.A.

Santarém

Utiltejo Equipamentos Hoteleiros, Lda.

Rio Maior

Sociedade Agrícola Casal de Amândio Domingos, Lda.

Almeirim

Valcop - Construções, Unipessoal Lda.

Tomar

Sociedade Agrícola da Alorna, S.A.

Almeirim

Valente & Marques, Lda.

Abrantes

Valsabor, S.A.

Santarém

Venda Melhor E Compre Bem, Cash & Carry, Lda.

Benavente

Sociedade Agrícola Herdade Do Caldas, Unipessoal Lda.

Chamusca

Sociedade Agro-Pecuária João Isidoro Carreira, Lda.

Santarém

Verdasca & Verdasca, S.A.

Ourém

Sociedade Agropecuária França, Lda.

Benavente

Verde Pino - Agência Viagens e Turismo Lda.

Ourém

Sociedade de Destilação da Longra, Lda.

Tomar

Verso Move, Lda.

Cartaxo

Sociedade de Refrigerantes Baia, Lda.

Vila Nova da Barquinha

Via Centro, Lda.

Cartaxo

Vieira Alves - Metalomecânica, S.A.

Abrantes

Sociedade Panificadora Costa & Ferreira, Lda.

Rio Maior

Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.

Ourém

Somerali - Soc. de Empreendimentos Turísticos Meralis, S.A.

Ourém

Vilas, Nunes & Branco, Lda.

Torres Novas

Vipremi - Fabricação De Produtos Em Betão, Lda.

Ourém

Soudias - Carpint. Serralharia Sousa & Dias, Lda.

Ourém

Vítor Almeirão, Lda.

Santarém

St - Serviços de Restauração, Lda.

Santarém

Vitória de Sobral - Artigos Religiosos, S.A.

Ourém

Steyler Fatima Actividades Hoteleiras Lda.

Ourém

Super Freixianda - Supermercados, Unipessoal, Lda.

Ourém

Vitriu - Comércio de Produtos e Serviços Ópticos E Audiometria, Lda.

Vila Nova da Barquinha

Superabrantes - Supermercados, Lda.

Abrantes

Supercoruche - Supermercados S.A.

Coruche

Zêzerovo - Produção Agrícola e Avícola do Zêzezere, S.A.

Ferreira do Zêzere

Superforos - Supermercado, Lda.

Salvaterra De Magos

Zone Soft - Fabrico De Produtos Software, Unipessoal Lda.

Entroncamento

Supernove Ourem - Supermercados, Lda.

Ourém

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FEVEREIRO 2019

RIBATEJO

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Águas do Ribatejo prevê investir 21 milhões de euros em saneamento e abastecimento em três anos

O ano de 2018 terminou com cerca de 130 milhões de euros de obras concretizadas em 10 anos de vida da empresa municipal AR - Águas do Ribatejo EIM. Com 150 mil consumidores e 75 mil clientes, a AR garante o abastecimento de água e saneamento nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas.

O

Plano Plurianual de Investimentos da empresa aprovado pelos sete municípios acionistas prevê que nos próximos três anos (2019, 2020 e 2021) sejam investidos mais 21 milhões de euros em operações nos sistemas de tratamento de águas residuais e nos sistemas de abastecimento de água. As intervenções para construção de novos equipamentos e infraestruturas serão financiadas pelo programa europeu POSEUR Portugal 2020, exigindo-se, ainda assim, um enorme esforço financeiro da empresa com recurso à banca e a capitais próprios. Todavia, algumas intervenções de ampliação e requalificação de sistemas serão realizadas apenas com capitais da AR. O Presidente do Conselho de Admi-

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RIBATEJO

nistração da AR, Francisco Oliveira sublinha que “o esforço de investimento que a empresa terá de suportar, quer com recursos próprios, quer com financiamento bancário, rondará os 13,4 milhões de euros”, adianta. “Não obstante tudo o que já foi feito, há ainda muito por fazer no abastecimento de água e no saneamento, em especial na construção de novas ETAR e redes”, acrescenta o administrador. No mapa das obras previstas na área do abastecimento de água destaque para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA) nas Fazendas de Almeirim e para as ampliações das Estações de Tratamento de Água (ETA) de Almeirim e de Alpiarça. O Reservatório do Cerejal que abastece a cidade de Torres Novas será

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ampliado e requalificado com uma profunda intervenção. A garantia de um abastecimento seguro, com reservas para 48 horas, e com a qualidade que a AR tem garantido, vai obrigar também à construção de novas captações e à renovação de redes em diversos subsistemas com destaque para Vale Tripeiro (inclui Benavente e Samora Correia), Santo Estêvão, Chamusca, Carregueira, Coruche, Marinhais e Riachos.

NOVAS ETAR EM CORUCHE, TORRES NOVAS E SAMORA CORREIA E REQUALIFICAÇÃO DAS EXISTENTES Na área do saneamento, onde já foram investidos mais de 80 milhões de Euros, a AR vai continuar a ampliar as redes e vai também construir novas ETAR e requalificar alguns dos siste-

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DR

mas existentes. As intervenções previstas no Plano Plurianual de Investimentos para o próximo triénio incluem a construção das novas ETAR da Malhada Alta (Coruche) e Lamarosa (Torres Novas). Em 2019, ficarão concluídas as ETAR de Samora Correia (Benavente), Lapas/Ribeira Branca e Chancelaria/ Pedrógão, ambas em Torres Novas. O plano de intervenções prevê ainda a remodelação das ETAR de Benfica do Ribatejo, Cerrado das Águas (Benavente), Arripiado (Chamusca), Couço, Muge, Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Marinhais, Salvaterra de Magos. Estão também planeadas obras em diversas EE - Estações Elevatórias e nas redes de saneamento nos sistemas de Vale Tripeiro, Carregueira /

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Pinheiro Grande, Vale de Cavalos, Coruche, Marinhais, Foros de Salvaterra, Torres Novas e Riachos. O valor dos investimentos previstos exige um reforço da capacidade económico-financeira da empresa, “sob pena de se colocar em causa os objetivos fixados”. Neste contexto revela-se a necessidade de atualização do tarifário para 2019, lembrando que desde 2014 as tarifas do abastecimento de água não foram objeto de qualquer atualização real, apesar do aumento “exponencial” dos custos com o serviço sobretudo quanto ao tratamento de água. No caso do saneamento, e pese embora as atualizações efetuadas ao longo dos últimos anos, as receitas provenientes das tarifas são insuficientes para cobrir os respetivos

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custos, garantiu o Presidente da AR. “Para dar resposta às (grandes) exigências que estão aí, é necessário agir em conformidade e procurar, na medida do possível, efetuar as escolhas mais equilibradas, que permitam manter um nível tarifário compatível com a realidade socioeconómica da região”, explica Francisco Oliveira. A AR irá manter os tarifários: social, para famílias carenciadas, e familiar para agregados com mais do que cinco pessoas. “A decisão de todos os municípios acionistas da AR pretende criar as bases (sólidas) para uma trajetória que se pretende sustentável e equilibrada, mantendo simultaneamente um nível tarifário condizente com o rendimento das famílias”, conclui o Presidente da Águas do Ribatejo.

RIBATEJO

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Casas do Ambiente

No Ribatejo constroem-se casas de madeira com a qualidade do pinho nórdico

P

ortugal está ainda longe da tradição nórdica da construção em madeira mas, a verdade, é que esta é uma opção cada vez mais procurada pelos portugueses. Ao ideal bucólico e romântico de uma casa acolhedora, rodeada de natureza, somam-se alguns benefícios bastante mais pragmáticos, como o preço e a rapidez de construção. Foi com esta expetativa que, em 2016, Tiago Evaristo decidiu criar a sua própria empresa, a “Casas do Ambiente” que, tal como o nome indica, se especializou neste nicho de mercado. Sem experiência nesta área de negócio, mas habituado a gerir uma empresa agrícola (na produção de morangos, atividade que mantém em paralelo com esta empresa), Tiago

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RIBATEJO

Evaristo e a esposa Lina Evaristo (que hoje coordena todo o processo) começaram por fazer um estudo de mercado. Concluíram que a oferta disponibilizada pela concorrência era muito dispendiosa e apostaram em conseguir um produto mais económico, com a mesma qualidade. Como vantagem, tinham o facto de Lina Evaristo conhecer bem este tipo de produto e as suas especificidades, uma vez que no seu país de origem, a Lituânia, a maioria das habitações são em madeira. “Começámos do zero, não percebíamos nada deste assunto, cometemos alguns erros, fizemos o caminho das pedras mas, neste momento, chegámos a um bom patamar”, revela Tiago Evaristo, sócio-gerente da empresa, que emprega neste momento cerca de 20 colaboradores.

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Atualmente, fornecem todo o tipo de estruturas em madeira, como casas, abrigos e cabanas, bungalows, garagens, saunas, barbecues, caldeiras, coretos. O cliente pode optar por um projeto standard, com preços mais acessíveis, ou pode personalizar o seu próprio projeto, definindo as divisões e as dimensões que deseja, contando para isso com a ajuda de um arquiteto, serviço que lhe é proporcionado pelas Casas do Ambiente. A madeira utilizada é o pinho nórdico. A sustentabilidade ecológica é um dos princípios valorizados pela empresa, motivo pelo qual a madeira utilizada é proveniente de florestas onde são replantadas as árvores abatidas, evitando-se a desflorestação. Depois, e com base no projeto que foi escolhido pelo cliente, é iniciado todo o processo de pro-

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DR

dução. Quando a estrutura chega ao cliente, em média 8 semanas depois, dá-se então início à montagem da habitação, que será construída com todos os pontos de acesso de água, eletricidade e esgotos. De notar que este tipo de construções obriga ao mesmo tipo de licenciamento camarário e à realização dos mesmos projetos de especialidade que as construções de alvenaria. Contudo, se o processo burocrático é semelhante, o preço é substancialmente mais baixo. “Uma casa com 50 metros quadrados, com IVA e montagem, não sei se chegará aos 18 mil euros, uma casa com 120 metros quadrados andará perto dos 45 mil”, revela Tiago Evaristo. O T3, a tipologia mais procurada, ronda os 40 mil euros, já com IVA e montagem. O tempo de produção varia entre as 8 e 10 semanas, e a instalação pode demorar até 3 semanas. “A nossa filosofia é um pouco dife-

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rente do habitual, em vez de fazermos muitas vendas e termos um lucro enorme, preferimos ter um preço acessível, sem nunca pôr em causa a qualidade do produto”, explica o empresário. O isolamento térmico é outra das vantagens das casas de madeira, que consegue ser seis vezes superior às construções em tijolo, e quinze vezes superior às construções em betão. Assim, é possível manter o ambiente interior quente no Inverno e fresco no Verão, o que permite uma poupança em cerca de 50% em relação às construções de alvenaria. É ainda possível instalar uma fonte de calor, como salamandra, recuperador de calor, entre outros, ficando a escolha ao critério do cliente. Este tipo de construção oferece também um melhor isolamento acústico, pois a madei-

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ra absorve uma grande parte da energia e das ondas sonoras, revelando-se uma habitação bastante silenciosa. De referir que, a madeira oferece maior flexibilidade estrutural e permite maior absorção dos tremores de um terramoto. Mas apesar da procura crescente que se tem vindo a registar nos últimos anos, as habitações em madeira geram ainda muitas dúvidas e alguma desconfiança, principalmente em relação à durabilidade. No entanto, desde que a madeira seja devidamente tratada, com a aplicação de um produto que a proteja da humidade, Raios UV, Bolor, decomposição da madeira e caruncho, a sua durabilidade pode ultrapassar os cem anos. Há casos, nos países nórdicos, em que as casas duram há mais de 600 anos. Segundo Oriana Peseiro, responsável pelo Marketing, é difícil definir o cliente tipo porque são todos muitos diferentes. Há quem venha porque “ouviu falar, ou porque viu alguma construção nossa,

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

mas também há quem venha apenas por curiosidade”, conta. A verdade é que, quem passa na EN118, junto a Porto de Sabugueiro (freguesia de Muge, concelho de Salvaterra de Magos), local onde está sediada a empresa e o estaleiro, não fica indiferente a estas construções de madeira estrategicamente localizadas à beira da estrada, e que quase nos convidam a entrar. “Inicialmente estávamos num outro local, mas sentimos necessidade de mudar, e de ter o nosso produto para mostrar aos clientes, porque gostam de ver, tocar-lhe, sentir o cheiro da madeira, perceber a sua durabilidade. Estas são questões muito importantes

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RIBATEJO

para quem quer investir numa casa de madeira, e foi um dos motivos que nos levou a fazer a mudança para este local”. Oriana Peseiro destaca ainda a importância do “passa-palavra, clientes que vêm por indicação de outros clientes, ou então pessoas que estão de passagem e, que quando veem os nossos produtos expostos, vêm pedir mais informações. “Não temos um cliente tipo. Trabalhamos com pessoas particulares, com empresas e autarquias, de todo o país. O que sentimos é que há uma procura que tem a ver com um gosto mais antigo, muito particular, de pessoas que gostam verdadeiramente deste

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conceito, de outros que vêm por ter um preço mais vantajoso em relação a uma construção em alvenaria, ou seja, não se consegue definir um padrão”, explica. Para já, o objetivo da empresa é chegar a cada vez mais clientes. Para isso, a estratégia de divulgação utilizada passa pela utilização das redes sociais e pela participação em eventos e feiras setoriais, como a Avisan, a Tec Fresh, a Nauticampo e a Feira Nacional da Agricultura. Ainda relativamente às exposições, Tiago Evaristo revela que “queríamos apostar no Norte, mas ainda não é o momento, não queremos dar um passo maior que a perna”. 

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INFORMAÇÃO&APOIO

I&A

Publicado novo regime dos seguros

U

m novo regime dos seguros foi publicado, com o objetivo de evitar vendas inadequadas e dar maior responsabilidade aos comercializadores, incluindo mediadores, corretores de banca e seguros, agências de viagens e empresas de aluguer de automóveis. Entre as principais mudanças estão maiores deveres de informação e aconselhamento ao cliente, com base no perfil de risco, e a imposição de formação obrigatória para o exercício da atividade. “A s e m p re s a s d e s e g u ro s d i spõem até 23 de fevereiro de 2019 para assegurar o cumprimento da qualificação adequada”, lê-se na lei publicada em Diário da República, ressalvando que, até essa data, os envolvidos na atividade de distribuição de seguros no ano anterior

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cumprem os requisitos em matéria de qualificação adequada. O diploma teve como base uma diretiva da União Europeia sobre distribuição de seguros, com regras mais exigentes para prevenir situações de vendas inadequadas de produtos de seguros e um reforço dos requisitos de qualificação profissional. As novas regras reforçam os requisitos de conduta da atividade, designadamente, no domínio da informação, do teste da adequação dos produtos e da prevenção de situações de conflito de interesses, passando o distribuidor de seguros a ter o dever de aferir a adequação do produto ao segurado e a não poder receber incentivos de remuneração ou objetivos de vendas que o pressionem a recomendar ao cliente um seguro que não é o que melhor corresponde às suas necessidades.

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As empresas de seguros passam a ter o dever de, periodicamente, rever técnica e juridicamente as políticas de conceção e aprovação de produtos de seguros adotadas, tendo em conta todos os acontecimentos suscetíveis de afetar significativamente o risco potencial para o mercado alvo identificado, a fim de avaliar, designadamente, se o produto em questão continua a satisfazer as necessidades do mercado alvo identificado e se a estratégia de distribuição pretendida continua a ser adequada. O diploma, promulgado em 27 de dezembro pelo Presidente da República, inclui também as contraordenações e crimes especiais do sector segurador e de fundos de pensões. Em Portugal existem cerca de 25 mil mediadores e corretores de seguros autorizados pelo regulador do setor. 

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INFORMAÇÃO&APOIO

Transição energética e descarbonização são oportunidades de crescimento para a economia “A transição energética e a descarbonização da economia constituem oportunidades de crescimento para a economia portuguesa”, afirmou o Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, na apresentação do Plano Nacional Energia e Clima, em Lisboa.

João Pedro Matos Fernandes Ministro do Ambiente e Transição Energética

O

Ministro acrescentou que “para um país com os ativos naturais de Portugal, faz todo o sentido: orientar os investimentos públicos para uma economia descarbonizada; criar o enquadramento necessário para que o setor privado continue a inovar e a apresentar produtos e serviços que, satisfazendo as necessidades dos agentes do mercado, em simultâneo, reduzam os impactes ambientais inerentes à sua produção e consumo”. Recordando que “Portugal assumiu em

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2016 o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050, ou seja, o de alcançar um balanço neutro entre as emissões de gases com efeito de estufa e o sequestro de carbono”, Matos Fernandes referiu que isto exige “uma redução de emissões superior a 85% em relação às emissões de 2005 e uma capacidade de sequestro de carbono de 12 milhões de toneladas, a qual é superior à atual capacidade”. Para baixar dos atuais 68 milhões de toneladas de CO2 de emissões para 12 milhões “é na próxima década que devemos colocar um maior esforço na redução de emissões de gases com efeito de estufa”.

“UMA VERDADEIRA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA” O Ministro sublinhou que atingir a neutralidade carbónica exige acima de tudo “uma verdadeira transição energética”, o Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) traduzindo esta visão no horizonte 2030. Matos Fernandes apontou as “metas com ambição, mas também com realismo” de “45% e 55% de redução de emissões de gases com efeito de estufa em relação a 2005 (anterior 30%-40%)”; “35% de eficiência energética (anterior 30%)”; “47% de incorporação de renováveis no

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I&A consumo final de energia (anterior 40%)”. O Ministro destacou os setores nos quais as alterações mais se farão sentir – e que estão consagrada no PNEC –, começando pela “reconfiguração do sistema elétrico nacional” com o objetivo de “atingir 80% de fontes renováveis na produção de eletricidade em 2030”, o que “implica uma duplicação da produção renovável e o encerramento das centrais electroprodutoras a carvão, até 2030”. “Nesta transição, a eficiência energética é e continuará a ser uma prioridade”, “transversal à economia e intrinsecamente ligada à sua competitividade”. O PNEC estabelece “uma meta para 2030 superior à europeia”, isto é, 35%, através de “um enfoque especial à eficiência energética na indústria”. O Programa Casa Eficiente “está a canalizar 200 milhões de euros para a eficiência energética nos edifícios de habitação e a linha de apoio à Eficiência Energética, que conta com uma dotação de 100 milhões de euros, dirigida a pequenas e médias empresas, recentemente lançada no contexto do Programa Interface”. Matos Fernandes referiu que “os transportes são responsáveis por cerca de 24% das emissões nacionais de gases com efeito de estufa e por isso, um dos principais setores a abordar no PNEC”.

TRANSPORTES O plano “estabelece uma meta para renováveis nos transportes de 20%, que em parte é respondida por um significativo aumento do consumo de eletricidade nos transportes que passa a representar 10% dos consumos”. E também por um investimento continuado no transporte público, “que altere os padrões de mobilidade dos portugueses e inverta as tendências de anos recentes” para aumento do transporte privado. Finalmente, o Ministro apontou “o desenvolvimento das redes de transporte e distribuição” de energia “inteligentes e flexíveis, preparadas para uma maior integração da produção renovável e para a participação de diferentes agentes do sistema”. “Estas redes deverão estar preparadas para acompanhar a evolução da produção descentralizada, da microprodução, dos dispositivos de armazenamento de energia e da mobilidade elétrica”, disse ainda. 

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INFORMAÇÃO&APOIO

Segurança de Informação: para além de boas intenções Artigo da responsabilidade da FACTIS – Engenharia e Tecnologias de Informação, Lda.

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mbora a Segurança de Dados e Informação seja um dos temas mais frequentemente discutidos nos tempos que correm, continua infelizmente a ser muitas vezes negligenciado. Aliás, o número de empresas que afirma ter perdido dados importantes, ou até confidenciais, devido a ameaças de segurança, está a aumentar. Num mundo em constante mudança, também ao nível das ameaças, a proteção da informação requer-se embebida nas atividades e operações das organizações, a todo o momento. Apesar do conhecimento das consequências que a perda de dados pode ter no normal funcionamento de uma organização, é frequentemente transposta a ténue linha que pode conduzir ao acidente.

pelos principais fabricantes de tecnologia, como por consultoras e organismos públicos, conclui-se que a maioria das organizações, principalmente as PMEs, não leva a segurança muito a sério, não tendo planeado qualquer investimento a curto prazo, nem dispondo de Políticas e Normas para a Segurança da Informação. Mas quando estamos afinal perante uma perda de dados? Convencionalmente, poder-se-á definir uma perda de dados

como uma situação em que o acesso aos dados armazenados digitalmente, seja qual for o suporte, é impedido de uma forma permanente. As causas para esta situação são as mais díspares e passam por avarias eletrónicas ou mecânicas, erros humanos, formatação dos dispositivos de armazenamento, incêndios, desastres naturais, pirataria e hacking ou o agora tão falados Phishing e Rasonwares.

SEGURANÇA É, ANTES DE MAIS, UMA QUESTÃO COMPORTAMENTAL Numa sociedade cada vez mais globalizada, onde a produção de informação digital atinge recordes a cada dia que passa, a segurança de dados não significa apenas a utilização de um qualquer mecanismo de backup ou um simples antivírus. Nos dias de hoje, os tradicionais planos de segurança per si são manifestamente insuficientes, sobretudo se tivermos em conta que a questão de fundo é transversal a utilizadores e decisores, pois é essencialmente comportamental.

MUITAS ORGANIZAÇÕES NÃO TÊM PLANEADO INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA A CURTO PRAZO, NEM POLÍTICAS E NORMAS PARA A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Sintomático desta atitude, é a conclusão que se pode extrair de inquéritos publicados por diversos estudos efetuados quer

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I&A ERROS OU FALHAS DE HARDWARE E ERRO HUMANO SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DA PERDA DE DADOS De acordo com alguns dos estudos que têm vindo a ser publicados, aproximadamente metade das perdas de dados devem-se a erros de hardware. No caso de particulares, resultam essencialmente de falhas nos discos rígidos e memórias flash, sendo que ao nível empresarial, é necessário ainda que incluir problemas com os sistemas RAID ou ações desenvolvidas por técnicos não qualificados. Ao erro humano é atribuído o segundo lugar do ranking das principais causas de perda de informação e, curiosamente, os tão temidos vírus não representam uma percentagem superior a 7%.

AS AMEAÇAS VINDAS DO INTERIOR DA ORGANIZAÇÃO SUPERAM ATAQUES EXTERNOS Ainda relacionado com a perda de infor-

mação, está a proliferação de equipamentos portáteis, que embora redefinam o conceito de mobilidade e tenham um contributo decisivo na produtividade, são também responsáveis pelo aumento da vulnerabilidade face a acidentes ou roubos. Outro dos elementos interessantes que se tem trazido para a discussão da segurança de dados está ligado ao facto de, nos dias de hoje, as ameaças provenientes do interior da própria organização surgirem num patamar superior ao dos ataques com origem externa. A colaboração online entre os funcionários de uma empresa, bem como as ações que possam desenvolver como gestão de contas bancárias, interação em redes sociais, falta de capacidade crítica sob os emails que lhe são endereçados, não só se pode traduzir numa má prática generalizada, como ser o suficiente para tornar um sistema vulnerável, elevar significativamente o risco e até manchar a imagem corporativa de uma organização.

A ANÁLISE DOS RISCOS É ESSENCIAL PARA QUANTIFICAR O NÍVEL DE EXPOSIÇÃO A análise dos riscos de segurança, ou tão-somente do risco é, pois, essencial na avaliação dos custos diretos e indiretos aos quais a organização é exposta, bem como ao nível a que se pode aceitar expor o negócio.

SENSIBILIZAÇÃO E FORMAÇÃO DOS UTILIZADORES DEVERÁ SER UMA PRIORIDADE É no seguimento desta ideia, que a segurança informática de uma empresa e, em particular dos seus dados, resultam obrigatoriamente de um conhecimento claro por parte dos colaboradores das normas em vigor e das obrigações de cada um. Este conhecimento não deve, no entanto, passar exclusivamente pela publicação de documentos com procedimentos ou avisos. Será, pois, necessário dar passos determinados na implementação de uma política que facilite a transmissão de conhecimento e a chegada de informação às pessoas. De um ponto de vista técnico, e tendo em atenção as várias soluções não tradicionais, uma das abordagens passa pela DLP (Data Lost Prevention), que tem demonstrado um grau de eficiência e proteção elevados. Em suma, o importante a reter é a necessidade inequívoca de uma aposta em segurança dos dispositivos informáticos, nas redes de dados, assim como na formação dos recursos humanos. Para além de demonstrar clarividência, é uma aposta na robustez da organização e sobretudo no que é core ao seu funcionamento: os Dados e a Informação. 

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Em suma… Os 10 Mandamentos da Segurança de Informação 1. Implemente todos os mecanismos de proteção da informação do seu computador, recorrendo ao uso de passwords: passwords de arranque, de rede e de screen saver; 2. As passwords são pessoais. Garanta que as mantém secretas e que faz uma alteração regular das mesmas; 3. Efetue backups regularmente, pois é a única forma de proteger a sua informação; 4. Quando viaja, nunca perca de vista os seus dispositivos laptop, tablet e mobile phone. Transporte-os de forma discreta; 5. Não publicite o seu endereço de e-mail na internet; 6. Não aceda a sites com conteúdos algo duvidosos e que solicitem o seu registo; 7. Não abra e-mails desconhecidos e/ou suspeitos. Mesmo que abra e-mails suspeitos não clique em links nem abra ficheiros em anexo; 8. Assegure-se de que todos os upgrades de software são efetuados de acordo com as recomendações e prazos definidos; 9. Tenha atenção ao conteúdo das conversas ao telemóvel em locais públicos; 10. Proteja a informação, classificando-a como Secreta, Confidencial ou Particular.

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VIVER O TEJO


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Alfredo Roque Gameiro

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ascido em Minde em 1864, Alfredo Roque Gameiro foi uma das grandes figuras nacionais da aguarela. Filho de Manuel Roque Gameiro e de sua segunda mulher Ana de Jesus da Silva. Casou em Lisboa, Sacramento, com Maria da Assunção de Carvalho Forte, filha de Manuel Forte e de sua mulher Guilhermina de Carvalho, com descendência. Todos os seus cinco filhos foram igualmente artistas importantes, por direito próprio: Raquel Roque Gameiro Ottolini, Manuel Roque Gameiro, Helena Roque Gameiro, Maria Emília (Màmia) Roque Gameiro e Ruy Roque Gameiro. Pintor, e desenhador, fez boa parte do seu percurso em Lisboa. Estudou na Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluno de Manuel Maria de Macedo, José Simões de Almeida e Enrique Casanova. Ingressou, como pensionista do Estado, na Escola de Artes e Ofícios de Leipzig, em 1883, e manteve, durante toda a década de 1880, uma colaboração constante como ilustrador de diversas publicações, com destaque para o Álbum de Costumes Populares Portugueses, de 1888. Quando regressou a Lisboa o artista assumiu a direção artística das Oficinas da Companhia Nacional Editora – cargo que abandonou quando foi nomeado professor na Escola Industrial do Príncipe Real (1894) – tendo participado regularmente nos salões anuais do Grémio Artístico (depois Sociedade Nacional de Belas-Artes), com desenhos e aguarelas.

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Em 1900 os seus trabalhos foram selecionados para integrar as exposições da delegação portuguesa na Exposição Universal de Paris, onde recebeu uma Medalha de Honra. Em 1911 abriu um atelier em Lisboa, onde passou a ministrar regularmente cursos de aguarela. As suas pinturas, tratadas com uma intensa capacidade de observação e captação da luz e da cor, aliam uma qualidade técnica, de rigoroso desenho, a atributos expressivos. Aborda temáticas variadas como o retrato, a paisagem, as cenas rurais e urbanas, mas dedica-se sobretudo a marinhas. O Museu de Aguarela Roque Gameiro, situado em Minde, é o único museu do país totalmente dedicado à aguarela e concretamente à obra do aguarelista português de referência. A Casa dos Açores, onde se encontra o museu, apresenta uma grande qualidade artística e construtiva. O edifício pertencia à família de Roque Gameiro, que o ajudou a desenhar nos inícios do século XX, e é ele próprio um local de visita. Além da exposição de aguarelas, o espaço possui um bonito jardim e outras salas, onde ocasionalmente se desenvolvem várias iniciativas e exposições. Figura naturalista, tradicional, com grande ligação à natureza, Roque Gameiro é um nome que percorre as ruas de Minde. À entrada do seu Museu vê-se de imediato uma placa com a inscrição “Honra teus avós”. Este é o “lema do mestre”, que esteve instalado na sua casa na Amadora e hoje figura no Museu minderico. Se gosta de pintura, aceite a sugestão. Reserve a sua estadia em www.viverotejo.pt

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Centro de inovação empresarial vai crescer

Startup Santarém tem 50 empresas incubadas Fruto de uma parceria entre a NERSANT e o Município de Santarém, nasceu em 2016, nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria, a Startup Santarém, centro de inovação empresarial e incubadora de empresas. À data, a infraestrutura tem a sua capacidade lotada, com a incubação de 50 empresas. A Startup Santarém é já considerada um caso de enorme sucesso para a região de Santarém. A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, e o Município, visionários, aliaram esforços para a criação desta infraestrutura, que desde 19 de março de 2016 está aberta a empreendedores e empresários, constituindo-se um verdadeiro centro de incubação, inovação e aceleração de empresas. A menos de dois meses de completar 3 anos, a Startup Santarém dispõe, atualmente e já há algum tempo, da sua capacidade completamente esgotada, o que acabou por levar os promotores a

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reforçar a parceria e a alargar a infraestrutura, projeto que foi candidatado ao Alentejo 2020 e que está, neste momento, já aprovado. A Startup Santarém, é, na realidade, muito mais do que uma incubadora. A aceleração dos negócios que aqui se instalam é uma das premissas da NERSANT, que, para além da cobertura da componente não financiada da requalificação da Escola Prática de Cavalaria aquando da sua criação, é ainda a responsável pela gestão do mesmo. Por isso, está em permanência no espaço o setor de apoio ao empreendedorismo da NERSANT, que apoia e acompanha muitas das empresas aqui incubadas no seu processo de arranque. Se visitar a infraestrutura, é frequente encontrar a decorrer programas de aceleração, mercados de financiamento, workshops para empreendedores, formação direcionada a este público-alvo e seminários diversificados de apoio à envolvente empresarial.

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Com a aprovação da ampliação da Startup Santarém, espera-se que o espaço alcance outra dimensão e dê resposta aos inúmeros pedidos pendentes de empresas interessadas em integrar o espaço. Para além de novas salas de incubação individual e partilhada, a ampliação permitirá ainda a efetivação de novos espaços para formação e / ou seminários e ainda o tão necessário auditório, que vai colmatar a necessidade de albergar encontros empresariais de maior dimensão. Ao todo, são atualmente 50 as empresas incubadas na Startup Santarém, entre incubação individual e virtual, bem como incubação em modelo coworking. Em breve, fruto do projeto de ampliação, a Startup Santarém vai poder contar com 12 novas salas de incubação, um auditório com capacidade de 80 lugares, bem como com duas salas de formação com capacidade de 30 pessoas por espaço. Para além disso, vão ainda ser disponibilizados vários serviços partilhados de incubação.

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Carmo Wood investe 170 mil euros para tornar fábricas de Almeirim e Pegões autossuficientes A Carmo Wood, empresa com sede em Lisboa, mas com uma unidade fabril no Ribatejo, acaba de investir 170 mil euros na instalação de 690 módulos de painéis fotovoltaicos, precisamente na fábrica de Almeirim e também na fábrica de Pegões, investimento que permite a produção de energia solar na quantidade necessária para tornar autossuficientes estas duas unidades fabris. Assim, as unidades fabris de Almeirim e Pegões estão, neste momento, já a produzir a quase totalidade de energia elétrica que consomem, prevendo-se um retorno do investimen-

to realizado ao final de cinco anos, proporcionando 20 anos de poupança que se cifram em 650 mil euros. Líder europeia em madeira tratada, a Carmo Wood é uma empresa 100 por cento nacional e familiar, fundada em 1989. Ao todo, a empresa,

que para além da sede em Lisboa e das fábricas em Almeirim e Pegões, tem ainda duas unidades fabris em Oliveira de Frades e cerca de 350 trabalhadores diretos e indiretos. A empresa exporta já para cerca de 40 mercados.

Serviroad tem segurança no transporte de cargas certificada A Serviroad, S.A., acaba de receber a confirmação da manutenção da certificação internacional de segurança Technology Asset Protection Association (TAPA) TSR (Nível 1 e 2), que atesta que a empresa está em cumprimento com os requisitos de segurança do transporte rodoviário de cargas. Os requisitos TAPA TSR apresentam os processos e especificações necessários para que os fornecedores atinjam a conformidade das suas operações de transporte rodoviário de cargas, tais como a segurança física das instalações (proteção contra intrusões, controlo de acessos, entre outros), de pessoas e bens, bem como sobre procedimentos de segurança, formação contí-

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nua das equipas e atividades de melhoria contínua. De acordo com a empresa, a certificação “eleva os padrões dos requisitos de segurança de carga reconhecidos internacionalmente” e “é o resultado e a consequência direta do trabalho de uma equipa multidisciplinar desenvolvido e trabalhado diariamente.” “Resultando numa melhoria no desempenho de processos, pessoal cada vez mais qualificado e relações mais sólidas com o cliente, esta certificação é o reconhecimento das boas práticas, o que oferece uma vantagem competitiva”, referiu ainda a empresa.

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A Serviroad é uma empresa de Benavente criada em 2011 com o objetivo de auxiliar os mercados português e angolano na sua expansão e crescimento, eliminando os riscos associados à importação e exportação.

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Pólo de inovação e incubação deverá inaugurar em junho

NERSANT e Município visitam trabalhos de requalificação da Startup Ourém Hélder Miguel, Presidente do Núcleo NERSANT de Ourém e Natálio Reis, Vice-presidente do Município de Ourém, visitaram em janeiro as obras de adaptação do edifício onde se irá instalar a Startup Ourém. Foi em junho de 2018, precisamente no Dia da Cidade de Ourém, que a NERSANT e o Município de Ourém formalizaram a parceria para a constituição da Startup Ourém, com a assinatura do protocolo de colaboração. Em novembro passado, mais um passo foi dado rumo à criação deste pólo empresarial, com o Município a promover a assinatura da empreitada de requalificação do ex-Edifício do CRIO - Centro de Recuperação Infantil Ouriense, sito no na Praceta Professor António de Oliveira, onde se vai instalar a nova infraestrutura de apoio à comunidade empresarial. As obras de requalificação do referido espaço já iniciaram, tendo o Presidente do Núcleo NERSANT de Ourém, Hélder Miguel e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ourém, Natálio Reis, visitado as obras de adaptação do edifício. Na visita foi possível verificar que as obras estão a decorrer a bom ritmo, mantendo-se a perspetiva de que este pólo de inovação e incubação de empresas abra portas em junho. No âmbito desta visita, foi ainda decidido colocar, no exterior, um carregador para veículos elétricos, por forma a que o espaço garanta uma rede própria para carrega-

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mento de viaturas da NERSANT, que terão que fazer o acompanhamento às empresas desta região. De referir que de acordo com o p ro t o c o l o , a S t a r t u p O u ré m terá como funções dinamizar o empreendedorismo através do apoio a empreendedores que queiram criar a sua empresa, e do desenvolvimento de iniciativas nas escolas do concelho para promover uma cultura empreendedora, prestar aconselhamento a apoio técnico aos empreendedores e às

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empresas do concelho de Ourém nas mais diversas áreas, disponibilizar espaço para a instalação de empresas recém-constituídas ou em fase de desenvolvimento, criar um canal facilitado para processos de licenciamento de cariz empresarial e desenvolver ações para atração de novos investidores, em particular investimento externo. A NERSANT é a responsável pela gestão do espaço, à semelhança do que acontece com a Startup Santarém.

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Programa Tech Visa quer atrair para Portugal quadros qualificados O Tech Visa, inscrito na Estratégia Nacional para o Empreendedorismo StartUP Portugal, já está em marcha. O programa, aprovado pela Portaria n.º 328/2018 de 19 de dezembro, oferece às empresas tecnológicas e inovadoras a possibilidade de, mediante o cumprimento de determinados requisitos, obterem uma certificação específica do IAPMEI para solicitar a concessão de visto de residência ou atribuição de autorização de residência, a trabalhadores estrangeiros altamente qualificados que pretendam contratar. Desta forma, este programa diri-

ge-se a empresas que desenvolvam atividade na área da tecnologia e inovação, que pretendam contratar quadros altamente qualificados e especializados, oriundos de países estrangeiros à União Europeia. O IAPMEI será responsável pela certificação das empresas candidatas, envolvendo várias entidades, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Direção-Geral dos Assuntos Consulares, no processo de atribuição de vistos de residência para os profissionais contratados pelas empresas certificadas. As empresas que pretendam candi-

datar-se terão de reunir alguns requisitos, nomeadamente, no que respeita à comprovação da base tecnológica e inovadora. A avaliação será baseada no potencial, grau de inovação tecnológica e na orientação para a internacionalização das empresas, não podendo estas possuir mais do que 50% de trabalhadores contratados em simultâneo ao abrigo do Tech Visa. Nos casos de empresas que desenvolvam maioritariamente a sua atividade nos territórios do interior, este limite é de 80%. As candidaturas estão abertas até 31 de dezembro.

Pode nascer em Torres Novas um centro de empresas de tecnologia A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, e a Câmara Municipal de Torres Novas, têm vindo a analisar e rever os seus protocolos, no sentido de se poder criar em Torres Novas, no pavilhão de exposições da associação, um centro de empresas de novas tecnologias. Este centro de tecnologias será uma aposta inovadora na região, pelo que as duas entidades vão

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analisar e discutir em breve os trâmites para que este projeto seja efetivamente uma realidade em breve. De referir que a NERSANT tem a sua sede junto ao pavilhão de exposições, em Torres Novas, que, atualmente, não tem tido usufruto para a função que foi criado: a realização de feiras empresariais, transferidas para Santarém.

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Startup Santarém reuniu empreendedores em sessão de networking sobre crowdfunding

O segredo para o financiamento através de uma plataforma de crowdfunding é criar uma boa campanha É comum empreendedores que procuram plataformas de crowdfunding, sites de financiamento coletivo para transformar ideias de produtos ou serviços numa realidade, sentirem o gosto do fracasso na primeira tentativa. E porquê? Porque se cometem erros básicos no planeamento da campanha. A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém convidou todos os seus incubados e empreendedores em acompanhamento para uma sessão de esclarecimentos, realizada na Startup Santarém, onde deu a conhecer a estratégia a seguir para montar uma boa campanha de crowdfunding. Para a sessão de esclarecimentos, a NERSANT convidou a PPL, plataforma de crowdfunding de referência em Portugal, onde estiveram presentes dezenas de empresas e empreendedores da região. Aliás, a sessão começou exatamente pela realização de um espaço de networking, com a apresentação de todos os presentes, muitos deles incubados na Startup Santarém. João Pio, da PPL, explicou de seguida como funciona uma campanha de crowdfunding. Começou por esclarecer que crowdfunding é uma forma de finan-

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ciamento colaborativo que tem como base a angariação de fundos junto da multidão. “O financiamento colaborativo é o tipo de financiamento de entidades, ou das suas atividades e projetos, através do seu registo em plataformas eletrónicas acessíveis através da Internet, a partir das quais procedem à angariação de parcelas de investimento provenientes de um ou vários investidores individuais”, precisou o profissional. Explicou depois que existem vários tipos de campanhas de crowdfunding: por recompensas, que é o caso da PPL; por empréstimo; ou por capital. No caso da PPL, avançou, são aceites campanhas de crowdfunding por recompensa, ou seja, o cidadão recebe uma recompensa previamente comunicada na campanha, caso a mesma seja financiada. Ao longo da sua apresentação, João Pio foi dando algumas indicações sobre como construir uma campanha de crowdfunding bem-sucedida, ou seja, que no final seja financiada. Para além de delinear objetivos realistas, o empreendedor deve criar um discurso poderoso, ou seja, contar uma história que seja interessante e inspiradora. “O projeto deve envolver o cidadão, criar empatia com o público, daí a importância do título, resumo e vídeo da campanha”, complementou João Pio, que prosseguiu,

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com outra condição essencial ao sucesso da mesma: a promoção da campanha. “Criar uma boa campanha é essencial, mas mais importante ainda é promovê-la o melhor possível. O promotor da campanha deve mostrar-se apaixonado pela sua ideia, não devendo desperdiçar uma única oportunidade de partilhar o projeto que está a tentar realizar. É fundamental divulgar a campanha nas redes sociais assim como junto dos seus contactos, grupos, comunidades, etc...”. Quanto ao processo PPL, o responsável explicou que a candidatura de uma campanha é submetida online, sendo que a equipa PPL analisa os projetos, propondo melhorias e mentoring à ideia. Durante o período de publicação, a PPL e o promotor divulgam a campanha, sendo que após o financiamento, a PPL acompanha o desenvolvimento dos projetos. Caso a campanha seja financiada, a PPL cobra 7,5%+IVA do valor financiado. No final da sessão, o espaço de networking prosseguiu com todos os presentes a interagirem com um pequeno lanche fornecido pela NERSANT. De referir que esta foi apenas uma das muitas sessões de networking empresarial que a Startup Santarém vai promover ao longo do ano de 2019.

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Santarém, Ourém e Benavente na liderança da criação de empresas

1155 empresas criadas no distrito de Santarém em 2018

A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, analisou os dados referentes à criação de sociedades e verificou que em 2018 foram criadas no distrito de Santarém 1155 empresas, um aumento de 17,98% em relação ao ano anterior. O ano de 2018 foi mesmo o que mais empresas criou desde 2014, com Santarém, Ourém e Benavente a assumir os lugares dianteiros do pódio. O apoio à criação de empresas na região do Ribatejo continua a ser uma das fortes apostas da associação empresarial, que diariamente continua a acolher e acompanhar os empreendedores no processo de criação dos seus negócios. É por este motivo que a NERSANT tem especial cuidado a analisar mensalmente a criação de empresas no distrito, examinando o ranking por concelho. Terminado o ano de 2018, a NERSANT analisou não só os números referentes ao ano passado, mas efetuou também uma comparação dos mesmos com os últimos 4 anos, com especial destaque entre os anos 2017/2018. Comecemos pela análise entre 2014 e 2018. A primeira conclusão a que se

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chega é o facto de 2018 ter sido, dos últimos 4 anos - desde 2014 - o ano em que se criaram mais empresas no distrito. Relativamente à criação de sociedades por concelho de 2014 a 2018 – que totaliza 5236 empresas criadas - conclui-se que quem criou mais empresas ao longo destes 4 anos foram os concelhos de Santarém (887), Ourém (656), Benavente (490). Sardoal (28), Constância (28), e Vila Nova da Barquinha (52) foram os concelhos menos empreendedores entre 2014 e 2018. Analisando a fundo o ano de 2018, verifica-se que foram criadas naquele ano 1155 empresas, um aumento de 17,98% em relação ao ano anterior, com mais 176 empresas em relação a 2017. Santarém, com a criação de 207 sociedades, Ourém, com a criação de 167 e Benavente, com a criação de 106, continuaram, em 2018, a ser os concelhos mais empreendedores, à semelhança do que já tinha acontecido em 2017, 2016 e 2014. O ano de 2015 foi igualmente liderado pelos concelhos de Santarém e Ourém, mas com uma pequena diferença: Benavente não assumiu o ter-

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ceiro lugar, sendo, apenas neste ano, substituído pelo concelho de Torres Novas, que garante o 3.º lugar com uma diferença de 4 empresas relativamente àquele concelho da Lezíria do Tejo. No que diz respeito à criação de empresas por concelho, apesar de Santarém ter reforçado, em comparação com 2017, a sua liderança em 2018, ao criar 17,92% do total das empresas, seguida de Ourém, que criou 14,46% das empresas, foi de facto este último concelho que mais cresceu em termos absolutos, registando-se um crescimento de mais 45 empresas de 2017 para 2018. Almeirim (+ 54,76%) e Coruche (+46,15%) foram os concelhos que mais cresceram em 2018, em comparação com 2017. Constância (5), Sardoal (5) e Alpiarça (9), foram em 2018, à semelhança de 2017, os concelhos onde foram criadas menos empresas. Houve ainda quem apresentasse, entre 2017 e 2018, crescimentos negativos no âmbito da criação de empresas. Foi o caso de Abrantes, Alpiarça, Chamusca, Constância, Golegã, Sardoal e Vila Nova da Barquinha.

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Sumol+Compal

aposta em inovação e cria sumos com um baixo teor alcoólico A Sumol+Compal, empresa que tem uma unidade fabril em Almeirim, desenvolveu nesta fábrica ribatejana um processo de investigação aplicada com o objetivo de criar sumos com baixo teor alcoólico, com o apoio do Compete 2020. O projeto SUBA - Sumos Baixo Álcool, pretende, assim, criar as bebidas de baixo teor alcoólico mais naturais e saudáveis do mercado, inexistentes no mercado nacional e internacional na forma de sumos fermentados que preservem o valor nutricional da fruta original, sem recurso a aditivos artificiais.

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onsciente de que os produtos que estão na base da sua oferta, nomeadamente as bebidas de frutas, os vegetais e a água, são fontes de prazer, hidratação e nutrição, e que a sociedade tem mostrado evidente preocupação em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, a Sumol+Compal transformou estes fatores em oportunidades, através do investimento num projeto de investigação e desenvolvimento tecnológico com vista à produção de sumos com baixo teor alcoólico. “Tem surgido uma crescente procura de bebidas de baixo teor alcoólico alternativas à cerveja, sendo que, na verdade, para além de bebidas clarificadas com base na fermentação da maçã, (sidras) ou uva (cocktails à base de vinho), faltam alternativas de qualidade, quer no mercado nacional quer no internacional, com base na fermentação de outros frutos”, atesta a fundamentação do projeto de investigação da empresa, que reconhece, assim, “as características inovadoras e vantajosas do desenvolvimento de uma nova tipologia de produtos inexistente a nível nacional e internacional, não obstante a necessidade de se incorporar nos respetivos processos produtivos consi-

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deráveis avanços científicos e técnicos que decorrerão, indiscutivelmente, da realização do projeto”. A Sumol+Compal arregaçou mangas e encetou um conjunto concertado de atividades de I&DT ao nível da engenharia alimentar, biotecnologia e avaliação nutricional, que envolveram a articulação de conhecimentos aprofundados de processos fermentativos, assim como de processos físicos, essenciais para assegurar a qualidade sensorial, de estabilidade física e microbiológica, bem como nutricional pretendidas, o que posicionou a Sumol+Compal como líder ao nível da Frutologia, potenciando o lançamento de conceitos e sabores inovadores a partir do conhecimento da fruta, explorando características organoléticas diferenciadoras, como por exemplo a textura, cremosidade, turvação, polpa e sabor, num contexto de preservação do valor nutricional, com um elevado potencial de penetração nos mercados internacionais dada a inexistência de alternativas de bebidas de fruta de baixo teor alcoólico. Nasce assim o projeto SUBA - Sumos Baixo Álcool, “com o objetivo principal de criar bebidas alcoólicas que, do ponto de vista da saúde pública, sejam

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as mais equilibradas do mercado. O pressuposto de base é que é possível desenvolver bebidas de muito baixo teor alcoólico e ricas em fitoquímicos de alto valor nutricional, por via da fermentação de sumos de fruta”, afirmou José Capelo, responsável do projeto, ao Compete 2020, entidade que financiou a investigação. “A materialização deste projeto de I&DT tem implicado um significativo esforço de recursos técnicos e também financeiros para a realização das atividades delineadas. A empresa implementou uma unidade piloto através de investimentos na construção de um novo laboratório e na aquisição de equipamentos que têm permitido a concretização dos objetivos especificados no projeto, nomeadamente a criação de protótipos de bebidas passíveis de serem produzidas a nível industrial. A ele-

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vada utilização desta unidade piloto implica o envolvimento de recursos muito significativos, com destaque para pessoal especializado”, referiu ainda José Capelo ao Compete 2020, que acrescentou ainda que o contributo desta entidade “foi determinante para a criação das condições necessárias ao sucesso do projeto. Sem o apoio do Compete 2020 muito dificilmente a Sumol+Compal realizaria as atividades previstas no projeto com a qualidade exigida. Só assim a empresa poderá continuar a assumir o destaque nacional e internacional que lhe é reconhecido, através da sua liderança tecnológica, assente em competências científicas próprias, e no repetido alcançar de soluções competitivas.” No Laboratório de Biotecnologia, localizado na Unidade Industrial de Almeirim, a empresa tem, assim, vin-

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do a trabalhar no projeto, lidando e ultrapassando desafios científicos e tecnológicos inerentes aos novos processos em laboração. De acordo com a empresa, “já foi iniciada a fase de desenvolvimento experimental de algumas soluções tecnológicas, num trabalho conjunto das equipas de investigação aplicada e de desenvolvimento de produto, entre outras, de modo a que os novos produtos que tornamos possíveis estejam alinhados com os conceitos que estão no radar da equipa de inovação conceptual do marketing estratégico”. De referir que o projeto SUBA conta com o apoio do Compete 2020 no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, envolvendo um investimento elegível de 628 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 359 mil euros. 

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Annie Campers lança Escapadinhas Românticas Em pleno mês dos namorados, a Ribatejo Invest tem a honra de anunciar mais um passo dado pela empresa Annie Campers, que teve origem numa ideia de negócio da empreendedora Ana Ferreira e que se materializou com o apoio da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém. A empresa, dedicada ao aluguer de autocaravanas inspirada no conceito “Road-Trip”, tem agora à disposição dos seus clientes um novo pacote, dedicado aos apaixonados.

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scapadinhas Românticas. dicional hotel para uma fogão, e proporciona banhos A Annie É este o novo pacote de «Romantic Small House on quentes em qualquer lugar. Campers é serviços que a empresa Wheels».” A Romantic Van Estão ainda incluídos todos a primeira Annie Campers, criada em é, acrescentou, “uma autocaos atoalhados e talheres, ravana como qualquer outra novembro de 2017, acaba como se de um hotel se traempresa de tasse. A carrinha tem ainda no seu exterior, para ser disde lançar e que está já à disposição dos aluguer com creta, mas no seu interior televisão, com entrada USB, apaixonados… de todo o mundo. Mas o conceito de está decorada com requininternet, e até alguns jogos antes de avançarmos para este novo CamperVans te e elegância, criando um didáticos. Mas, centremoserviço, convém recordar o negócio da -nos, por agora, nas “Escaambiente charmoso e cheio Annie Campers. no Ribatejo. padinhas Românticas”. de romantismo. Inclui ainda A empresa, que tem sede em Rio A Ribatejo Invest falou extras românticos para que Maior, dedica-se ao aluguer de autocaravanas inspirada no conceito “Road-Trip”, com Ana Ferreira, a empresária por nada falte a esta calorosa experiência a em carrinhas rápidas e versáteis, transdetrás deste negócio, que comerçou dois. A Romantic Van é para os apaixoformadas, com todas as comodidades. nados!”. A Escapadinha Romântica, fez por referir que existe uma lacuna de E quando a Annie Campers se refere a saber ainda, é pacote único, mas está dismercado, “até ao nível dos hotéis”, por ponível em duas vertentes: escapadinha todas as comodidades, refere-se mesmo ofertas deste género, “muito menos de fim-de-semana ou lua-de-mel, sendo a todas. Os veículos da sobre rodas”. possível o aluguer apenas por uma noite. empresa, por não serem “Somos românticos, gostamos A Annie A par desta Romantic Van, está prevista autocaravanas convende coisas diferentes e princiCampers cionais mas sim carripalmente de sermos livres! E a chegada de uma nova Romantic Ban nhas adaptadas, não quisemos proporcionar isso Super Glamour ainda no ano de 2019, aposta num necessitam estar paraos nossos clientes!”, revelou avançou ainda Ana Ferreira. novo conceito queadas em parque de Ana Ferreira, que explicou de Para já, o aluguer da Romantic Van de férias, que seguida as particularidades campismo para facultaestá disponível por preços a partir dos proporciona rem os serviços de que deste novo serviço. 69 euros por noite, podendo o levantamento e/ou entrega da mesma ser feito dispõe. O pacote Escapadinhas ao cliente uma quer em Rio Maior, junto da sede da A C a m p e r Va n d a Românticas, disse, tem como experiência empresa, quer em Lisboa ou Porto. Annie Campers tem a objetivo “proporcionar aos clieninigualável tes momentos a dois de forma As reservas são feitas online em www. funcionar, em todo o diferente, livre, fugindo ao traanniecampers.com.  lado, frigorífico, arca e sobre rodas.

A Romantic Van pode ser utilizada em duas modalidades: escapadinhas românticas de fim-desemana ou lua de mel.

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Conheça o “Estado da Arte” da Indústria 4.0 na Lezíria do Tejo No âmbito do projeto financiado Get Innovation, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, e o IP Santarém - Instituto Politécnico de Santarém, realizaram um estudo sobre o estado da arte e potencial de implementação dos principais conceitos associados à Indústria 4.0 na região da Lezíria do Tejo, com especial enfoque nos setores agroalimentar e metalomecânico.

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evolução tecnológica no contexto de digitalização da economia e do movimento Indústria 4.0 impõe necessárias e imprescindíveis reflexões estratégicas por parte das empresas, quanto aos drivers associados à introdução dos princípios da Indústria 4.0, tais como, estratégia, operacionalização, tecnologias, investimentos e, por último competências. A transformação digital vai exigir mudanças culturais, organizacionais e de processos e a necessidade de reforçar conhecimentos, constituindo estes, de facto, alguns dos desafios que as empresas enfrentam e para os quais têm que encontrar resposta no curto prazo. Foi neste contexto que a NERSANT e o IP Santarém, no âmbito do projeto financiado Get Innovation, realizaram na sub-região da Lezíria do Tejo, o estudo sobre o “Estado da Arte” da Indústria 4.0, que pretende tornar possível o crescimento e a inovação na indústria nesta região, sustentada

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no cruzamento de tecnologias e no desenvolvimento de competências, identificando os domínios de intervenção prioritários e possibilitando às PME da região a melhoria da sua inteligência estratégica. No contexto das atividades industriais, os setores agroalimentar, metalúrgico e metalomecânica representam aqueles com maior número de empresas na região. Como ponto de partida, a abordagem contemplou um diagnóstico quanto ao estado da arte sobre a situação atual e potencial de implementação dos principais conceitos associados a este novo paradigma por parte do tecido empresarial, e que resultou da auscultação direta às empresas, que partilharam o seu sentimento e as suas expetativas relativamente às iniciativas da Indústria 4.0 e assim permitiram a identificação dos desafios e oportunidades e a promoção da análise e discussão, bem como enunciar um conjunto de recomendações e orientações para viabilizar e acelerar os conceitos e práticas necessárias à pretendida transformação empresarial. Este estudo está já concluído e disponível para todos aqueles que pretendam aceder ao mesmo. O documento está disponível para download no portal da NERSANT, no menu Projetos Financiados pela UE, mais concretamente na área do projeto Get Innovation. A realização do mesmo enquadra-se

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no projeto Get lnnovation - A caminho da Indústria 4.0, promovido pela NERSANT e pelo IP Santarém. Este projeto visou a preparação do tecido empresarial da sub-região da Lezíria do Tejo para a integração dos princípios da Indústria 4.0 nos seus sistemas organizacionais e produtivos, em linha com as orientações das melhores práticas de inovação e produtividade, assim como incentivar o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras. O projeto contou com o apoio do Programa Operacional Regional Alentejo 2020. 

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Magos Irrigation Systems apresenta nova gama de produtos para rega em Espanha A Magos Irrigation Systems participou como expositora na Feira Internacional Agroexpo, em Don Benito, Badajoz, Espanha, de 23 a 26 de janeiro, onde apresentou uma inovadora manga de rega ultraleve do fabricante israelita Rivulis e a gama de fita de rega para culturas hortícolas e hortoindustriais. Dando continuidade à sua estratégia de partilha de conhecimento com os agricultores sobre soluções de rega de precisão, a Magos Irrigation Systems participou na Agroexpo, no stand 245, com uma ampla gama de soluções para irrigação de culturas hortícolas de ar livre. Destaque para as fitas de rega T-Tape, D1000, D1500 e D900 e para a nova manga ultraleve H6000 PELayflat, lisa ou furada, do fabricante israelita Rivulis. A Magos Irrigation Systems apresentou na Agroexpo outras tecnologias tais como válvulas com comando a pilhas para programação automática da rega; bombas doseadoras; filtros automáticos Filtomate e uma gama de plásticos, branco e negro, para cobertura de solo, com furação à medida do cliente, e manta térmica para antecipação das culturas. Com vista a uma correta e atempada manutenção dos equipamentos de rega dos seus clientes, a Magos Irrigation Systems

lança este ano um novo serviço de manutenção preventiva e revisão de bombas, válvulas e filtros, incentivando os agricultores a realizar estas tarefas antes do início da campanha. Na edição de 2019, a Agroexpo contou com 250 empresas expositoras e uma área de exposição de 32.000 metros quadrados. O evento incluiu um programa de jornadas técnicas e, este ano, a “cultura convidada” foi o brócolo – “devido ao crescente interesse dos agricultores da região por este hortícola”, informa a Magos. A Magos Irrigation Systems é uma empresa líder em serviços de projeto, instalação,

assistência técnica e venda de sistemas de rega, envolvida em mais de 25.000 hectares/ ano de regadio e com vendas anuais de mais 150 milhões de kms de fita de rega. A sua missão é a valorização da produção agrícola, através de soluções globais de rega que aumentam a rentabilidade dos agricultores. Os seus ativos estratégicos são equipas técnicas especializadas; proximidade ao cliente; capacidade logística; parceria com fabricantes de sistemas de rega mundialmente reconhecidos e meios próprios para fabrico e reparação de componentes. Situa-se em Salvaterra de Magos.

Vinomatos na Agroexpo 2019 Quem também esteve na Agroexpo 2019, foi a Vinomatos, Lda. empresa de Ourém líder na plantação com sistemas de GPS. Com a participação neste certame, a empresa teve como objetivo “dar a conhecer um pouco melhor o que de bom se faz na empresa, mas acima de tudo, para promover os nossos serviços de maquinaria para plantação”. Em destaque na Agroexpo 2019 esteve, portanto, o seu serviço de “Chave na Mão”, onde a empresa de Ourém “oferece ao investidor ou proprietário apoio total durante o planeamento e execução do seu projeto de plantação”.

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Green Apple na Maison e Objet em Paris A empresa do Cartaxo Green Apple – Home Style, esteve entre os dias 18 e 22 de janeiro na Maison & Objet, em Paris, certame dedicado ao setor da decoração. De acordo com a empresa, entre os visitantes do certame que ao longo de quatro dias passaram pela feira, destacou-se o

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Secretário de Estado da Economia, João Correia Neves. Numa demonstração de apoio ao setor, o representante do Governo português visitou os vários stands nacionais e teceu elogios à criatividade e dinamismo das empresas presentes, comunicou a Green Apple.

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Exportar carne de porco para a China é “um passo importantíssimo” O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, afirmou que o início da exportação de carne de porco nacional para a China “é um passo importantíssimo para o setor”. Em Reguengos de Monsaraz, na cerimónia que assinalou a saída do matadouro da Maporal dos primeiros dez contentores para a China, o Ministro realçou que a exportação neste primeiro ano tem um valor estimado de 100 milhões de euros. Capoulas Santos sublinhou que o mercado da China é uma “alternativa muito importante” para os produtores portugueses, que “deixam de ficar dependentes do preço da superpotência suinícola que é a Espanha”. A exportação para o mercado chinês representa “uma afirmação da internacionalização da agricultura” portuguesa, acrescentou. A abertura do mercado foi possível depois de um trabalho conjunto que vai permitir a Portugal colocar “um produto de excelência» naquele que é «simplesmente o maior mercado do mundo”. Capoulas Santos sublinhou que Portugal também já tinha aberto a exportação da

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carne de porco para a Coreia do Sul e para a Índia. O Ministro afirmou também que Portugal está em negociações com as autoridades chinesas para garantir a abertura do mercado para “algumas frutas nacionais”, sendo o das uvas aquele que está mais adiantado. As exportações de carne de porco portuguesa para a China vão movimentar um volume de negócios de 100 milhões de euros em 2019 e de 200 milhões de euros em 2020. Os primeiros dez contentores, com 270 toneladas de carne de porco, devem chegar à província chinesa de Hunan dentro de um mês.

PRIORIDADE À INTERNACIONALIZAÇÃO A internacionalização é uma das vertentes prioritárias da política do Governo. Por essa razão, o reforço da competitividade do setor agroalimentar, através da criação de condições para o aumento das exportações e para a internacionalização das empresas deste setor, é um fator decisivo para o cumprimento daquele desígnio. Neste enquadramento, o Governo já

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abriu mercados para mais de 50 produtos num total superior a 200 produtos e o Ministro sublinhou que está em negociações para a abertura de mais 50 mercados. Luís Capoulas Santos realçou que Portugal é responsável pelo abastecimento de 40% dos frutos vermelhos na União Europeia, numa dimensão de exportação que já quase duplicou o da pera-rocha. Para a exportação para países terceiros é geralmente necessário, previamente ao início da exportação, serem acordados com as autoridades competentes dos países de destino as condições e requisitos fitossanitários ou sanitários que têm que ser cumpridos quer pelos operadores económicos quer pela autoridade competente nacional, na certificação dos produtos a serem exportados. Tratam-se de processos complexos do ponto de vista técnico e que implicam, na maioria das situações, durante o processo de troca de informação entre as autoridades competentes, a realização de visitas técnicas por peritos dos países terceiros para verificação in loco das condições de produção e também dos controlos oficiais realizados aos produtos a exportar.

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Empresas vão ter linha de crédito para se adaptarem ao Brexit O Governo vai disponibilizar 50 milhões de euros para apoiar as empresas portuguesas que exportam para o Reino Unido, de forma a mitigar o impacto da saída da União Europeia (o chamado Brexit). A decisão foi comunicado no final de reunião do Conselho de Internacionalização da Economia, em Lisboa, e deverá ser aprovada no Conselho de Ministros. O Governo apresentou ao Conselho de Internacionalização da Economia as Medidas de preparação e o Plano de Contingência para o Brexit, tal como fora anunciado na apresentação da parte das medidas e do plano relativos aos direitos dos cidadãos. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, afirmou que esta linha de financiamento se destina a apoiar as empresas quer o Parlamento britânico aprove ou recuse o acordo negociado entre o Governo britânico e a União Europeia porque a saída do Reino Unido terá na mesma implicações importantes para a economia portuguesa e para as empresas. “O facto de poder haver a linha de apoio aplica-se no caso de haver acordo, porque também neste caso as empresas terão de

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se adaptar, mas terão mais tempo para se adaptar”, disse.

CONTROLO ALFANDEGÁRIO O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, disse que “se não houver acordo sobre os termos da saída da União Europeia, o Reino Unido será a partir de 30 março um Estado terceiro (…) e isso significa que as empresas que exportam para o Reino Unido passam a ter controlo alfandegário e aduaneiro, com custos e dificuldades” acrescidas. A «”inha de financiamento a empresas de 50 milhões de euros” destina-se precisamente a “adaptações internas e diversificação de mercado”, acrescentou Siza Vieira. A linha de crédito será direcionada a Pequenas e Médias Empresas, através do sistema de garantia mútua, e servirá para se adaptarem internamente aos novos procedimentos de exportação que serão exigidos, à procura de novos mercados, mas também a necessidades de fundo maneio, uma vez que os prazos de recebimento podem aumentar. As medidas apresentadas às associa-

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ções empresariais no Conselho de Internacionalização da Economia incluem incentivos à análise do impacto do Brexit em cada empresa e a ações de formação para as empresas sobre o tema, desde logo com o apoio nomeadamente do IAPMEI, Agência para a Competitividade e Inovação.

TURISMO O Ministro Adjunto e da Economia referiu que a saída do Reino Unido da UE poderá impacto no turismo, nomeadamente devido à possibilidade de desvalorização da libra face ao euro. “Ao nível do turismo, onde o Reino Unido é o maior e principal mercado para Portugal, vamos tentar assegurar os fluxos turísticos”, afirmou Siza Vieira, razão pela qual o Governo vai levar a cabo campanhas institucionais. O Governo já tinha anunciado que caso não haja acordo de saída, Portugal reforçará o atendimento aos turistas do Reino Unido nos aeroportos portugueses – sobretudo nos mais usados - Faro e Funchal -, para que o controlo de passaportes se faça rapidamente.

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Portugal e Chipre querem uma Europa que corresponda às expetativas dos cidadãos

O Primeiro-Ministro António Costa visitou oficialmente a República de Chipre para conversações com o Presidente da República, Nicos Anastasiades, e com o Presidente do Parlamento, Demetris Syllouris. Nesta primeira visita de um Chefe de Governo português a Chipre, António Costa foi acompanhado pela Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias. Na declaração no final da reunião entre o Primeiro-Ministro português e o Presidente cipriota (que é o chefe do Governo segundo o sistema constitucional cipriota), António Costa e Nicos Anastasiades afirmaram que as conversa-

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ções foram muito construtivas, tendo-se verificado grande convergência num grande número de áreas.

UNIÃO EUROPEIA “Estando Portugal e Chipre em posições geográficas bastantes afastadas no continente europeu, temos, pelo contrário, posições muito próximas em relação à visão sobre o futuro da Europa, sobretudo no que respeita aos grandes desafios que enfrenta”, disse o Primeiro-Ministro. Portugal e Chipre estão nomeadamente de acordo na “afirmação de uma União Europeia forte, baseada nos princípios e valores da democracia e da solidariedade”,

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como afirmou o Presidente Anastasiades, que acrescentou que ambos os países querem uma Europa “que corresponda às expetativas dos seus cidadãos”, nomeadamente nos em segurança e em prosperidade. Os dois Chefes de Governo afirmaram ainda o seu acordo na importância da discussão sobre o futuro da Europa, nomeadamente sobre como enfrentar os desafios das migrações, do Brexit, da globalização, do quadro financeiro plurianual e das alterações climáticas. O Presidente de Chipre sublinhou ainda que o seu país considera “Portugal um dos mais confiáveis amigos e parceiros” dentro da União Europeia.

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Couro Azul entre as 1000 empresas mais inspiradoras da Europa O London Stock Exchange Group juntou numa lista as mil empresas mais inspiradoras da Europa e 10 delas são portuguesas. Segundo a bolsa britânica, o objetivo deste ranking anual é celebrar algumas das pequenas e médias e empresas mais dinâmicas da Europa, tendo em conta fatores como o ritmo de crescimento. O crescimento médio destas organizações foi de 24% a cada três anos.

RELAÇÕES BILATERAIS Politicamente, as relações bilaterais são boas, o que se manifesta pelo mútuo apoio a candidaturas a organizações internacionais, mas são insuficientes em termos económicos. De acordo com dados da Agência de Investimento para o Comércio Externo de Portugal (AICEP), a balança comercial é superavitária para Portugal, mas as relações comercias são muito modestas, sendo Chipre é o 61.º cliente de Portugal e o 110.º fornecedor. Os dois Chefes de Governo reviram estas relações bilaterais e discutiram as formas de as alargar. O Primeiro-Ministro referiu que o foram identificados, nomeadamente, “três domínios onde as relações

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As que estão presentes no “top 100” apresentam um crescimento de 102% no mesmo período. Não é, por isso, uma surpresa que, a cada dois anos, estas empresas aumentem os postos de trabalho em 37%. Cerealis, Couro Azul, EGEO, Grupo Nabeiro, Perfumes & Companhia, Grupo Pestana, Polopique, Riberalves, Simoldes Plásticos e Sogrape Vinhos são as empresas portuguesas contempladas na

bilaterais podem ter um valor acrescentado: A troca de boas práticas em matéria de turismo, que é uma atividade económica fundamental em ambas as economias; recuperar a cooperação no domínio científico, em especial no que concerne às ciências do mar; e promover a organização de um fórum de negócios para aproximar empresários dos dois países”.

PROBLEMA DE CHIPRE O Primeiro-Ministro transmitiu ao Presidente cipriota “a solidariedade de Portugal, acompanhando de forma muito estreita o desenvolvimento das negociações, tendo em vista encontrar uma solução para a questão de Chipre nos termos das resoluções das Nações Unidas”.

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lista de 2018. Entre o grupo de empresas portuguesas, o setor mais representado é o da alimentação e bebidas. A Couro Azul é a única empresa do Ribatejo nesta lista das 10 empresas portuguesas referenciadas. A mesma situa-se em Alcanena e trabalha couros, que exporta para o setor automóvel, aeronáutico e ferroviário de todo o mundo.

A ilha de Chipre está divida desde 1974 em das repúblicas, sendo uma membro da União Europeia e a outra (República Turca de Chipre do Norte) reconhecida apenas pela Turquia. “Portugal acompanha o esforço que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da sua Alta Representante têm desenvolvido para que este ano de 2019 seja marcante para a evolução destas negociações a partir dos temas já identificados e dos termos de referência que estão neste momento a ser concluídos”, acrescentou. António Costa desejou ao Governo do Chipre “o maior sucesso nas negociações que se encontram em curso e que se espera que cheguem a bom termo”.

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Passagem de peixes na barragem de Sauveterre construída pela Momsteel A MOMSteel Constructions Métalliques foi responsável pelo projeto, fabrico e montagem parcial da estrutura metálica de apoio eco-hidráulico, com 200 metros, da nova passagem de peixes na Barragem de Sauveterre, sobre o rio Ródano, em França. Esta obra permite a migração dos peixes ao longo do rio, através de um percurso próprio que possibilita a monitorização das espécies e garante a preservação da biodiversidade. A MOMSteel Constructions Métalliques integra a empresa Momsteel, com sede em Abrantes. O grupo, inserido no setor das estruturas metálicas, dedica-se a três grandes áreas: Gestão de Projetos, Produção Metalomecânica e Construções Metálicas.

Sofalca em restaurante do Luxemburgo Há diversos anos no mercado, sempre com a cortiça como matéria-prima para a criação dos seus produtos, a Sofalca trabalha a cada dia para desenvolver processos de inovação no que toca às suas áreas de negócio. As marcas Blackcork, de mobiliário, Corkwave e Gencork, de revestimento de paredes, da empresa, têm vindo a ganhar notoriedade, devido ao desejo do cliente de querer um bom isolamento mas igualmente uma decoração agradável à vista e com preocupação ambiental. A qualidade dos produtos de matriz ecológica da empresa e as qualidades excecionais do aglomerado de cortiça são apreciadas não só em Portugal, mas em muitos e sofisticados mercados internacionais, para onde segue uma grande parte da produção da empresa. Recentemente, a beleza do padrão CorkWirl da Gencork está presente no Piri Piri Portuguese Restaurant & Bar, no Luxemburgo.

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Conheça os procedimentos de exportação para o

Chile

Com o financiamento do COMPETE 2020, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, no âmbito do projeto SIAC “Export Intelligence”, tem publicados diversos estudos onde mostra os diversos procedimentos necessários à exportação para diversos mercados. Um deles é o Chile.

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om uma população de que para as renováveis; farmacêutica; banca; serviços financeiros ou 17,9 milhões de habitantes (estimativa de homeware, entre outros”. 2016) e um PIB de É, por este motivo, um dos mercados analisados no âmbito dos 240,3 mil milhões de estudos “Promoção da Internacioeuros, o Chile tem atualmente uma nalização da Região de Forma Integrande estabilidade económica, ligente”, do Export Intelligence. social e política, ocupando uma O documento, disponível graposição de relevo enquanto destino de investimento estrangeiro e tuitamente para todos aqueles como potência económica regional. que nele tiverem interesse, dá a Neste país da América do Sul, conhecer não só a caracterização refere o estudo elaborado pela económica e fiscal do país, mas NERSANT, “as oportunidades de também os diversos procedimentos necessários à exportação para negócio para as empresas portuguesas surgem em áreas como as este mercado, como documentação de equipamentos e máquinas para necessária, regimes aduaneiros, os setores mineiro, vitivinícola, flocertificações e vistorias necessárestal, agroindustrial, embalagem rias, requisitos de embalagem e ou pesqueiro e construção civil; rotulagem, principais custos associados à exportação e regime pauatividades de processamento para tal do Chile. a exportação de bens agrícolas e Para além disso, o estudo dá agroindustriais; áreas relacionadas ainda a conhecer quais os produtos com o regadio e estufas, agricultura hidropónique não são perca; Tecnologias mitidos exportar O estudo de Informação para o Chile, bem e Comunicacomo os procediestá disponível ção; biotecnomentos especiais para consulta logia; proteção de exportação e download no portal ambiental; enerpara categorias www.exportribatejo.com de produto como gias, com desta-

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produtos farmacêuticos, sementes, dispositivos médicos, pesticidas e fertilizantes, veículos motorizados, armas e munições, brinquedos e artigos para crianças, plantas e produtos vegetais e animais e produtos animais. O estudo está disponível para consulta e download no portal www.exportribatejo.com, podendo ainda ser solicitado ao Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500. De referir que o projeto Export Intelligence - Promoção da internacionalização da Região, financiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC, tem por objetivo o levantamento dos principais procedimentos/barreiras de acesso a diversos mercados, para facilitação do acesso das empresas da região, dando-lhes ferramentas de prévia análise e preparação antes de se abordarem esses novos mercados. Para além do Chile, estão disponíveis estudos relativamente aos mercados de Marrocos, Moçambique, Colômbia, Gana, Canadá, Turquia, México, Polónia e Austrália. 

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Grupo Laverde

investe mais de 2 milhões de euros para crescer nos mercados internacionais O Grupo Laverde - Produtos Naturais de Cosmética Lda. inaugurou, no dia 11 de fevereiro, duas novas unidades industriais na Zona Industrial do Monte da Barca, em Coruche. O investimento prende-se com a necessidade de apostar em novos mercados internacionais. O Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, marcou presença no evento.

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cerimónia iniciou pelas 10 horas, com a inauguração da unidade Segredos do Campo, dedicada à fabricação de suplementos alimentares. A opção da empresa por Coruche deve-se à riqueza dos recursos naturais, incorporando-os na sua linha produtiva, o que a diferencia e a torna uma empresa competitiva no setor. A comitiva deslocou-se posteriormente para a Laverde, dedicada à fabricação de cosmética natural, biológica e profissional, onde se realizou a inauguração deste espaço, seguida de uma visita guiada às instalações. A cerimónia encerrou com as intervenções do Administrador do Grupo Laverde, João Carocha, do Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira e do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias. As instalações inauguradas resultam de uma candidatura ao Portugal 2020 - Inovação Produtiva - Programa Operacional do Alentejo, que visa reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas, através da con-

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cessão de apoio à criação e ao alargamento de capacidades avançadas de desenvolvimento de produtos e serviços. O investimento feito chega aos 2.373.394,00€ e pretende alcançar uma extensão do mercado (quer ao nível da entrada em novos mercados de exportação, quer ao nível do alargamento do mercado) com os mesmos produtos. De acordo com João Carocha, Administrador do Grupo Laverde, “há muito tempo que o Grupo Laverde ambicionava a expansão”. O investimento, avançou ainda, “vai criar 10 postos de trabalho até ao final do ano e permitir a entrada do grupo em novas áreas de negócio, como alimentação de animais e produtos de higiene íntima.” A expansão internacional que atualmente existe na empresa, disse ainda, é uma necessidade e um objetivo. “Um dos objetivos é o crescimento em pelo menos 50% do volume de negócios, que só é possível com a reorganização e reestruturação do processo de fabrico e das próprias instalações. A incrementação do volume de negócios junto das grandes contas internacionais de clientes

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com necessidades elevadas de quantidades torna-se possível com este investimento”, referiu o empresário. O Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, afirmou que “as instalações agora inauguradas são um bom exemplo daquilo que é necessário continuar a fazer na economia nacional, com um forte investimento em novas áreas de exportação, onde as PME especializadas podem ter um enquadramento importante para esse desiderato, tal como na referência de que o Portugal 2020 tem tido um papel fundamental para a construção destes objetivos de internacionalização e exportação dos produtos fabricados em Portugal”. O autarca referiu ainda que o Município “tem vindo a trabalhar com muita proximidade e afinco com as empresas que escolheram investir no concelho de Coruche, garantindo um conjunto de condições para gerar atratividade de investimento e de fixação de empresas. É algo que tem vindo a ser feito ao longo dos anos, com loteamentos para áreas industriais, a preços competitivos, com fiscalidade atrativa e mais recentemente com o início da infraestruturação do Parque Empresarial do Sorraia, que representará um importante investimento para alargar a oferta da praticamente lotada Zona Industrial do Monte da Barca, cuja percentagem de ocupação já chegou aos 100%”. A inauguração das duas unidades industriais contou ainda com a presença do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, que fez questão de enaltecer “a capacidade de quem, uma vez emigrado, decide regressar ao país para investir no seu próprio negócio.” 

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LAVERDE - PRODUTOS NATURAIS E COSMÉTICA, LDA A empresa Laverde - Produtos Naturais e Cosmética, Lda., iniciou a sua atividade em 1993. João Carocha, principal sócio-gerente desta empresa, esteve vários anos emigrado na Alemanha onde trabalhava numa fábrica dedicada à área dos produtos naturais e cosmética. Após a constituição da empresa em Portugal, regressa para contribuir com o conhecimento que adquiriu lá fora, colocando-o ao serviço da empresa familiar. A génese da Laverde surge no seio familiar e sempre teve como principal objetivo a evolução não só no conhecimento e desenvolvimento de novos produtos como no crescimento territorial, conseguindo mesmo a aquisição de um terreno junto à área onde se encontra sediada. Em 2004, inicia-se um processo de exportação, dominando já o fabrico de produtos de categoria elevada a nível nacional. A Laverde conseguiu alguns negócios com empresas alemãs já referenciadas pela experiência profissional de João Carocha. A partir desse ano, países como a Alemanha, Dinamarca e Suíça tornaram-se os maiores recetores dos produtos Laverde e em França destacam-se produtos de qualidade já certificados pela Ecocert. Ainda durante o ano de 2004 e de modo a respeitar todas essas regras e normas internacionais certificadas pela

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Ecocert e Natrue, a Laverde certificou todos os seus produtos naturais/biológicos, garantindo assim que todo o seu fabrico, que provêm de agricultura controlada, era de confiança internacional. Este facto torna a Laverde a única empresa em Portugal, produtora de cosmética natural e biológica, certificada por uma entidade europeia e que permite, hoje, serem fabricados, embalados e fornecidos todo o tipo de produtos cosmética e de higiene corporal. A Laverde, teve a necessidade de aumentar a capacidade produtiva de toda a fábrica, necessitando por isso de aquisição de novos equipamentos com mais capacidade. Em 2009 são adquiridos mais equipamentos, tornando possível mais solicitações pelos clientes e sobretudo depositando mais confiança na qualidade da equipa da Laverde. Após quase 30 anos de experiência surge a necessidade de investir na produtividade. As novas instalações reúnem, assim, todos os requisitos quer de equipamento, com novas máquinas de produção, capazes de garantir ainda melhor qualidade, melhores condições para laborar e maior nível de segurança. Nos últimos 5 anos, a Laverde tem aumentado o número de trabalhadores, obtido um crescimento exponencial da sua atividade. A empresa tem vindo a ser galardoada, consecutivamente desde 2011, com o estatuto de PME Excelência.

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Acordo comercial

UE-Japão já em vigor

O Acordo de Parceria Económica (APE) entre a UE e o Japão entrou em vigor no dia 1 de fevereiro. As empresas e os consumidores europeus e japoneses podem agora tirar partido da maior zona de comércio livre do mundo.

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egundo Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia: “A Europa e o Japão enviam ao mundo uma mensagem sobre o futuro do comércio livre e justo. Ao abrirmos um novo mercado de 635 milhões de pessoas, que representa quase um terço do produto interno bruto mundial, aproximamos mais do que nunca os cidadãos da Europa e do Japão. O novo acordo proporcionará aos consumidores uma maior escolha e preços mais baixos; protegerá produtos europeus de conhecida reputação no Japão e vice-versa, como o Tiroler Speck austríaco ou a carne de vaca «Kobe»; dará às pequenas empresas de ambas as partes a oportunidade de se estabelecerem num mercado completamente novo; as empresas europeias pouparão anualmente, mil milhões de euros em direitos e o comércio que já desenvolvemos conhecerá uma aceleração sem precedentes. Acima de tudo, o nosso acordo demonstra que o comércio é mais do que contingentes e direitos aduaneiros ou milhões e milhares de milhões. Assenta em valores e em princípios, e orienta-se pela equidade. Assegura que os nossos princípios em domínios como o trabalho, a segurança, o clima e a defesa dos consumidores são o padrão de excelência a nível mundial. Tal só pode acontecer porque trabalhamos com parceiros naturais, separados por milhares de quilómetros, é certo, mas unidos em termos de amizade e valores.”

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Cecilia Malmström, comissária responsável pelo Comércio, declarou: “Este acordo tem tudo a seu favor: por um lado, concretiza o desmantelamento pautal e contribui para a definição do conjunto de regras a nível mundial, por outro, mostra ao mundo que tanto a UE como o Japão creem firmemente nas vantagens do comércio aberto. Assim, desde 1 de fevereiro, as empresas europeias beneficiam do desmantelamento pautal e de procedimentos aduaneiros simplificados. Os nossos fabricantes, os nossos prestadores de serviços, as nossas empresas tecnológicas em fase de arranque e os nossos agricultores, todos encontram algum aspeto do presente acordo que lhes será vantajoso. Estou igualmente orgulhosa de ter integrado num acordo comercial, pela primeira vez, os nossos compromissos no âmbito do Acordo de Paris sobre o Clima, bem como de termos estabelecido normas elevadas em matéria de direitos dos trabalhadores e de defesa dos consumidores. Estão reunidas as condições para um aumento significativo do comércio, o que, por sua vez, poderá impulsionar o emprego e baixar os preços. Cabe agora às empresas e aos nossos cidadãos tirar o melhor partido das novas oportunidades comerciais. Contamos igualmente com todos os Estados-Membros para divulgarem esta mensagem o mais amplamente possível.” O Acordo de Parceria Económica elimina a grande maioria dos mil milhões de euros de direitos pagos anualmente

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pelas empresas da UE que exportam para o Japão. A partir do momento em que o acordo seja plenamente aplicado, o Japão terá suprimido os direitos aduaneiros sobre 97% das mercadorias importadas da UE. Suprime ainda alguns obstáculos não pautais de longa data que ainda persistem, por exemplo, aprovando normas internacionais para o setor automóvel. Removerá também os obstáculos com que se defrontam os principais exportadores de produtos alimentares e bebidas da UE para um mercado de 127 milhões de consumidores japoneses e aumentará as oportunidades de exportação em vários outros setores. O comércio anual entre a UE e o Japão poderá aumentar cerca de 36 mil milhões de euros, quando o acordo for aplicado na íntegra. A UE e o Japão acordaram em estabelecer normas ambiciosas em matéria de desenvolvimento sustentável e o texto inclui, pela primeira vez, um compromisso específico em relação ao Acordo de Paris sobre o Clima.

ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO ACORDO DE PARCERIA ECONÓMICA No que diz respeito às exportações agrícolas da UE, entre outros aspetos, o acordo: • elimina os direitos japoneses aplicáveis a muitos queijos, como o Gouda e o Cheddar (atualmente de 29,8%), assim como às exportações de vinhos (atualmente de 15%, em média); • permite à UE aumentar substancialmente as suas exportações de carne de bovino para o Japão e, no que toca à carne de porco, haverá um comércio livre de direitos para a carne transformada e quase livre de direitos para a carne fresca; • assegura a proteção, no Japão, de mais de 200 produtos agrícolas europeus de elevada qualidade, as chamadas indicações geográficas (IG), garantindo também a proteção de uma seleção de IG japonesas na UE. O acordo garante igualmente a abertura dos mercados de serviços, em especial, os dos serviços financeiros, comércio digital, telecomunicações e transportes. Além disso: • facilita o acesso das empresas europeias aos grandes mercados de contratos públicos em 54 grandes cidades japonesas e suprime os obstáculos aos contratos públicos no setor ferroviário, sendo este um setor muito importante do ponto de vista económico a nível nacional; • tem em conta as sensibilidades específicas da UE, por exemplo no setor

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automóvel, com períodos de transição de até sete anos antes de os direitos aduaneiros serem eliminados. O acordo inclui também um capítulo exaustivo sobre o comércio e o desenvolvimento sustentável; inclui elementos específicos que irão simplificar a vida das pequenas e médias empresas; fixa normas rigorosas em matéria de trabalho, segurança e proteção do meio ambiente e dos consumidores; reforça os compromissos da UE e do Japão em matéria de desenvolvimento sustentável e alterações climáticas, e salvaguarda plenamente os serviços públicos. No que diz respeito à proteção de dados, a UE e o Japão adotaram decisões, em 23 de janeiro deste ano, no intuito de permitir que os dados pessoais circulem livremente e em segurança entre os dois parceiros. Concordaram em reconhecer como “equivalentes” os respetivos sistemas de proteção de dados, o que criará o maior espaço de circulação segura de dados do mundo. Desde 1 de fevereiro, grande parte de outro acordo – o Acordo de Parceria Estratégica entre a União Europeia e o Japão – também será aplicável a título provisório. Este acordo, que foi assinado em julho do ano passado, juntamente com o Acordo de Parceria Económica, é o primeiro acordo-quadro bilateral entre a UE e o Japão e reforça a parceria global, proporcionando um quadro abrangente para uma cooperação política e setorial mais profunda, bem como ações conjuntas sobre questões de interesse comum, nomeadamente sobre os desafios regionais e mundiais. O acordo entrará em vigor assim que tenha sido ratificado por todos os Estados-Membros da UE.

PRÓXIMOS PASSOS O Acordo de Parceria Económica está agora em vigor. Para fazer um balanço dos primeiros meses de aplicação, será realizada a primeira reunião do comité UE-Japão em abril deste ano, em Bruxelas. Quanto à questão paralela da proteção dos investimentos, prosseguem as negociações com o Japão sobre normas e resolução de litígios em matéria de proteção do investimento, estando prevista uma reunião dos negociadores principais para março. Ambas as partes assumem o firme compromisso de chegarem, tão rapidamente quanto possível, a uma convergência nas negociações sobre a proteção do investimento, tendo em conta o seu compromisso conjunto no sentido de criarem um clima de investimento estável e seguro na Europa e no Japão. 

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