r os ve o inh Vi Tej eir o o s Ribbatej do Ri ca o er d M
Janeiro 2017 | Ano II | N.º 16
PORTUGAL 2020
Eficiência Energética na Indústria, Agricultura, Floresta e Pesca
+ Orivárzea
Arroz Bom Sucesso é marca de eleição dos portugueses
II Concurso Incubar+Lezíria
Divulgados os projetos vencedores
Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha “Pelo rio Tejo se vai para o mundo”
Leia esta edição com o QR Code
ÍNDICE
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Janeiro 2017 | Ano || | N.º 16
DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 08 10 12 18
Breves Empresas: INASI Empresas: Orivárzea Poder Local Entrevista a Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
INFORMAÇÃO E APOIO 35
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Crónica Gastronómica: Arroz O Risco de Incêndio Portugal 2020
VIVER O TEJO 28
Mercados Ribeirinhos do Ribatejo
INFORMAÇÃO E APOIO 30
Equipamentos de Redes Informáticas
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 40
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II Concurso Incubar+Lezíria: Divulgados os projetos vencedores Breves Empresas: Escola Profissional de Salvaterra de Magos Breves Empresas: Linda’s School Instituto de Línguas Novas empresas: 7 milhões de euros investidos na região em 4 anos Empresas: Benavente Vila Hotel
INTERNACIONALIZAÇÃO 42 46 48 49
Breves Empresas: Semáforo Empresas: Trisca Informação de mercado: Agriexport – União Europeia
46 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Editorial
A.M.C. CUNHA LDA. APOSTA EM NOVO PROJETO INDUSTRIAL
Ribatejo Invest
A empresa A.M.C. Cunha Lda., sediada em Salvaterra de Magos, adquiriu um lote industrial de 51.000 m2, contíguo às suas atuais instalações na Estrada dos Almocreves. Esta aquisição vai permitir a expansão da atividade, bem como a implantação de um novo projeto industrial na área dos plásticos. De acordo com o Município de Salvaterra de Magos, a aquisição deste terreno vai permitir voltar a dar uso a “um lote de terreno e um armazém que estavam devolutos”, bem como à criação de “de alguns postos de trabalho”.
A
primeira edição de 2017 da Ribatejo Invest renova o seu compromisso de continuar a divulgar o que de melhor temos na região em termos empresariais, dando a conhecer novos investimentos, bens e produtos produzidos, dando sempre um especial enfoque a caso de boas práticas empresariais, projetos de inovação e de empreendedorismo. Nesta edição, o Benavente Vila Hotel, a INASI, SA, a Semáforo e a Trisca, são apenas algumas das empresas que destacamos. A criação de empresas no distrito de Santarém é, aliás, algo de que nos devemos orgulhar, e que comprova de forma objetiva a resiliência e a competência dos empreendedores e empresários ribatejanos. Não obstante as dificuldades que a economia portuguesa ainda atravessa, a que acrescem as dificuldades de financiamento, a burocracia, a carga fiscal, entre outras situações que bem conhecemos, o surgimento de novos projetos empresariais, que se traduzem em milhões de euros de investimento e na criação de postos de trabalho, é uma realidade para a qual a NERSANT tem dado o seu contributo. Desde 2013, e com o nosso apoio, foram criadas 375 novas empresas no âmbito dos vários projetos de apoio ao empreendedorismo que têm vindo a ser dinamizados. Estas novas empresas permitiram a criação de 511 postos de trabalho e originaram um investimento inicial de mais de 7 milhões de euros, dos quais perto de 1 milhão e 800 mil euros investidos em 2016. Logo no primeiro ano de atividade, estas novas empresas geraram um volume de negócios no valor de 24 milhões de euros. Por outro lado, o crescimento das exportações da região comprova a excelência e o dinamismo das empresas e dos produtos produzidos. Em 2015, registou-se uma subida de quase 6% nas no valor das exportações, em comparação com 2014. Sem dados disponíveis ainda para o ano de 2016, resta-nos esperar que esta tendência de crescimento nas exportações se confirme. A NERSANT tudo fará para ajudar as empresas a concretizarem este objetivo.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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ARMAZÉM DA COR É MAIS DO QUE UMA LOJA DE TINTAS Já pensou no enorme bem-estar que é viver numa casa termicamente confortável, sem ter que despender enormes quantidades de dinheiro em adquirir e manter aparelhos de ar condicionado por toda a casa? Para não falar da qualidade de ar interior, extremamente importante para a saúde. O Armazém da Cor, a pensar nos seus clientes, é representante da DIASEN para a zona centro do país. Foi pouco depois de ter iniciado a sua atividade de venda de tintas e vernizes em abril de 2015, que o Armazém da Cor, empresa de Abrantes, rapidamente se apercebeu da necessidade de resolver, antes de qualquer intervenção, as patologias que os suportes (paredes) apresentam. A sua determinação em transformar casas frias, húmidas, com graves problemas de salitre e extremamente quentes no verão, em casa confortáveis, levou esta loja até a DIASEN, que criou e desenvolveu soluções inovadoras na área da Construção, sendo a empresa atualmente distribuidor homologado da marca para a zona centro do país. Os Diathonite são rebocos ecológicos à base de cortiça para isolamento térmico, desumidificante e para absorção acústica. Podem ser aplicados no exterior ou no interior. De acordo com a sua espessura são um capote natural, fácil de aplicar, que se adapta a qualquer estrutura existente, sem necessitar de corrigir imperfeições ou arrancar aros de portas e janelas. Para trabalhos mais ligeiros, está disponível o Diathonite Cork Render (tinta com cortiça), que não é uma pintura tradicional, mas sim um revestimento de proteção, pois, para além da decoração, contribui para isolamento térmico e acústico, mantém a parede respirável, e protege da chuva e evita as fissuras.
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AZEITE GALLO ASSINALA 25 ANOS COM EDIÇÃO ESPECIAL E PACK EM PARCERIA COM A VISTA ALEGRE MITSUBISHI FUSO ANUNCIA AUMENTOS SALARIAIS A Mitsubishi Fuso Truck Europe, situada em Tramagal (Abrantes), anunciou durante o seu tradicional almoço de Natal, um aumento extraordinário dos salários dos seus colaboradores. A empresa, que esperava fechar o ano com um crescimento do volume de produção na ordem dos 7% comparativamente a 2015, irá realizar um ajustamento de salários extraordinário, com efeito a partir de 1 de janeiro de 2017. Foram definidos quatro níveis de aumento (100, 70, 50 e 30 euros), sendo que os escalões salariais mais baixos são os que sofrem o maior crescimento. Para Jorge Rosa, CEO da empresa, “a
medida é uma forma de agradecimento pelo esforço de toda a empresa, ao longo deste ano, que resultou na conquista de vários projetos, pelos quais trabalhámos durante algum tempo. São estas as notícias que gostamos de dar”. Recorde-se que no último semestre do ano, a convite da Administração, foi criado um grupo de trabalho interno, representativo de todos os colaboradores, que visou identificar potenciais de melhoria na empresa. Conforme já anunciado anteriormente, a Mitsubishi Fuso prevê iniciar a produção da nova Fuso eCanter já este ano, para distribuição na Europa.
A edição Gallo Azeite Novo 20162017, feito com a primeira colheita do ano, chega às superfícies comerciais num pack especial de edição limitada para assinalar o 25.º aniversário da marca. Caracterizado por “um aroma e um sabor intenso com notas extremadas de amargo, verdes e picantes, deixando uma agradável persistência na boca”, o novo azeite estará a venda por um preço recomendado de 6,99 euros com um design exclusivo num pack composto pela garrafa de Azeite Novo 2016-2017 e um prato de degustação Vista Alegre.A conhecida marca de azeites é propriedade da empresa Vítor Guedes, de Abrantes.
RESITEJO PARTICIPOU EM PEDITÓRIO PARA O IPO
FLUXOTERM APRESENTOU “FREECOOLING” À INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS Nos dias 25 e 26 de novembro, a Fluxoterm – Climatização, Lda. esteve presente no XXXII Seminário de Plásticos, que decorreu no no Marriot Golf & Beach Resort, na Praia D’El Rey, em Óbidos. Numa parceria com a APIP – Associação Portuguesa de Indústria de Plásticos, a Fluxoterm fezse representar tendo como parceiros a Grundfos, em sistemas de bombagem e a BlueBox, na área da refrigeração e climatização industrial. A participação da Fluxoterm
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neste seminário teve como objetivo principal a divulgação de sistemas de refrigeração industrial com complemento “FreeCooling”, sistemas de climatização de precisão e eficiência energética em sistemas de bombagem. Foi neste âmbito que apresentou um orador no seminário, onde foi desenvolvida a temática do Energy-Check (sistema de auditoria energética a sistemas de bombagem). Com esta participação, a Fluxoterm pretendeu estabelecer novos contactos na indústria de plásticos.
A Resitejo participou novamente no peditório nacional da Ecopilhas em favor do IPO – Instituto Português de Oncologia. Decorreu até 31 de dezembro, o terceiro Peditório Nacional de Pilhas e Baterias, uma iniciativa promovida pela Ecopilhas, a favor do IPO. A Resitejo e os 10 municípios que compõe a associação, juntaram-se à iniciativa e mobilizaram os munícipes dos referidos concelhos a aderir ao peditório. Para participar, os munícipes apenas tiveram de colocar as pilhas e baterias usadas de lanternas, relógios, rádios, comandos de equipamentos, brinquedos, máquinas fotográficas, telemóveis, computadores portáteis, ferramentas elétricas, entre outros, no Pilhão. O resultado da recolha do 3º. Peditório Nacional de Recolha de Pilhas e Baterias Portáteis usadas permitirá oferecer ao IPO de Lisboa um equipamento que facilita a intubação, pela traqueia, de doentes submetidos a intervenção cirúrgica. O equipamento denominado “Posto de trabalho para abordagem da via área difícil” é um posto de trabalho móvel que pode integrar os vários equipamentos de emergência utilizados em ambiente de bloco operatório. O equipamento a doar ao IPO auxiliará, sobretudo, no tratamento de doentes com doença neoplásica da cabeça e pescoço.
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Ignoramus lança nova marca de produtos biológicos A distribuidora grossista de produtos naturais Ignoramus acaba de acrescentar ao seu portfólio a marca de produtos biológicos DaTerra. Com o slogan “O Bom vem DaTerra”, a nova marca oferece quase 30 referências, entre cereais de pequeno-almoço, sementes, cereais e farinhas integrais, massas, bolachas e biscoitos, pronto-a-comer e doces. Os produtos já se encontram disponíveis no mercado, em pontos de venda como o supermercado Go Natural, recentemente estreado em Lisboa pela Sonae MC, e as cadeias de grande distribuição Continente, Intermarché e E.Leclerc. A nova marca tem como missão “contribuir para práticas ambientais mais sustentáveis”, sendo que os produtos são certificados com o selo Europeu de Agricultura Biológica. Em 2017, esta empresa nacional pretende alargar “bastante” a gama com “soluções ajustadas ao dia-a-dia
de toda a família”, explicou em comunicado a empresa de Samora Correia. A DaTerra vem assim juntar-se às marcas Cem Porcento (de alimentação saudável), Forma+ (suplementos alimentares) e Golden Silk (cosmética natural). Outra novidade da Ignoramus é também o lançamento de uma nova gama de produtos da sua marca Cem Porcento. “Veganíssimos” é a nova gama de produtos veganos que promete revolucionar a forma de preparar refeições verdadeiramente saudáveis, rápidas e nutritivas. Esta é uma gama de produtos inovadores, ideais para substituir a carne e derivados processados, queijos e gorduras animais, de uma forma saudável e deliciosa. São também perfeitos para complementar diversas preparações culinárias, conseguindo, assim, obter uma enorme diversidade de soluções adequadas às necessidades e preferências de toda a família.
Além de nutritivos, são muito práticos e versáteis, estão prontos a consumir e não contêm glúten, cochonilha, albumina de ovo, soja, leite, OGM, aditivos nem conservantes.
Tupperware com crescimento superior a 10% no volume de negócios em Portugal em 2015 A Tupperware Ibéria anunciou em dezembro um crescimento superior a 10% no volume de negócios em Portugal em 2015, pelo quinto ano consecutivo, tendo destacado que a Tupperware Portugal é “uma das empresas que mais cresceu nestes anos de crise”. O diretor geral da Tupperware Ibéria, António Gil, afirmou que Portugal, com uma fábrica em Montalvo, Constância, e que exporta para os países da União Europeia, “duplicou o volume de negócios neste período de cinco anos”, com “crescimentos das vendas sempre na casa dos dois dígitos”. Segundo o responsável, a Tupperware Ibéria “contribui de forma significativa e com crescimento continuado e sustentado” para o volume anual de negócios global da Tupperware Brands, empresa que registou uma faturação em 2015 de 2,2 mil milhões de dólares (2,06 mil milhões de euros ao câmbio atual). O mercado ibérico representará cerca de 5% do montante global de faturação, com valores equivalentes nos dois países. “Na Tupperware encaramos as crises como oportunidades”, defendeu António Gil, tendo afirmado que “o segredo do sucesso” da Tupperware Ibéria “resulta de uma adequação dos produtos às necessidades específicas dos clientes, nomeadamente através de artigos para transporte
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e aquecimento de alimentos e através da poupança de tempo cozinhando no microondas de forma rápida e saudável”. A estratégia “baseou-se no crescimento da rede de vendas e na sua formação contínua, através da criação de uma escola de negócios, bem como no aproveitamento da inovação dos produtos que são lançados a nível mundial”, destacou ainda António Gil. No entanto, observou, as situações em Portugal e Espanha “são muito diferentes em termos de potencial de crescimento, de rede de vendas e de condicionalismos regionais”.
“A nível Ibérico queremos crescer dois dígitos anualmente. Especificamente em Portugal, este objetivo tem sido plenamente conseguido, com crescimento de dois dígitos percentuais no número de força de vendas, o que garante um crescimento sustentado do negócio em volume de vendas”, observou António Gil, que acumulou a gestão portuguesa à do mercado espanhol em 2014. “No sentido de continuarmos a aumentar a nossa presença em 2017, temos um objetivo de penetração do mercado português de uma demonstradora por cada 700 habitantes”, precisou, o que resultará num crescimento de 7 mil para 12 mil vendedores entre 2011 e o próximo ano. Atualmente, a multinacional norteamericana Tupperware Brands Corporation “encontra-se em mais de 80 países em todo o mundo, tendo faturado 2,2 mil milhões de dólares em 2015 através das vendas dos seus 3,1 milhões de colaboradores”, e das suas diversas marcas: a Tupperware, na conceção de produtos para guardar e servir alimentos, e outras, relacionadas com produtos de beleza e de cuidados pessoais. A empresa possui uma fábrica em Montalvo, Constância, que emprega 400 trabalhadores e foi fundada há 37 anos.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
INASI investe em novas instalações no Cartaxo Foi em 1950 que a INASI iniciou a sua atividade na vila de Azambuja. A empresa, cujo nome resultou da junção dos dois nomes do fundador - Inácio Silva - começou por se dedicar ao fabrico de viaturas contra incêndios, atividade que mantém até hoje.
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esde então, a INASI diversificou a sua atividade, disponibilizando novos serviço e produtos aos seus clientes. Atualmente, para além de produzir, importar e comercializar produtos e componentes relacionados com a extinção de incêndios, opera ainda na área da limpeza urbana e ambiental. A empresa presta também assistência técnica a equipamentos e viaturas relacionadas com a sua gama de produtos, executa reparações gerais, efetua reformas estruturais de carroçarias de viaturas especiais (Serviço de Incêndio e Serviço de Águas e Saneamento), faz manutenção preventiva e corretiva de bombas e equipamentos, dedica-se ao fabrico de viaturas de vácuo para limpeza de fossas, viaturas de alta pressão para limpeza de coletores de esgoto e viaturas para lavagem e rega de ruas. A gestão da empresa está hoje nas mãos de Manuel Júlio e Ricardo Silva, filho e neto do fundador, engenheiros de profissão. Ricardo Silva recorda que quando a empresa começou a laborar, as viaturas dos bombeiros de combate a incêndios eram feitas em madeira, “pois não havia aço para fazer perfis, eram os carpinteiros que faziam as carroçarias e eram todas manufaturadas. Como não havia indústria auxiliadora a nível de componentes, a empresa fazia tudo o que era aplicado no produto final”. Hoje em dia, reconhece, “isso seria impensável”. Com o correr dos anos, e à medida que foram surgindo no mercado soluções préacabadas de componentes, a INASI foi reduzindo o número de colaboradores e focou-se no seu core business: a montagem técnica de componentes num conjunto que é o produto final. A INASI possui licenças de laboração necessárias atribuídas pelo Ministério da Economia - Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo e possui ainda uma estratificação de conhecimentos de engenharia eletromecânica aplicável à conceção e fabricação de viaturas especiais. “Temos como política a flexibilidade de configurações, dentro do permitido legalmente e tecnicamente, ou seja, o nosso cliente tem, dentro de parâmetros previamente definidos e aprovados, a liberdade para configurar e personalizar a viatura através
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Ricardo Silva, um dos sócios da INASI
dos opcionais existentes: motobombas, sistemas de espuma, carretéis pneumáticos e elétricos, sarilhos, persianas anodizadas, lacadas, sistemas de ferra, suportes de aparelhos respiratórios, equipamento vário, etc”, explica Ricardo Silva. No ramo das viaturas de combate a incêndios, os principais clientes são naturalmente corporações de bombeiros, a maioria delas Associações Humanitárias que se debatem com grandes dificuldades de tesouraria. Ricardo Silva reconhece
BI DA EMPRESA A INASI remonta à antiga firma Inácio Silva, que iniciou a sua atividade na Vila de Azambuja em 1950, na fabricação de viaturas contra incêndios, mantendo este exercício até à presente data. Durante este período, alargou a sua gama de produtos à fabricação de viaturas de vácuo para limpeza de fossas, viaturas de alta pressão para limpeza de coletores de esgoto, viaturas para lavagem e rega de ruas, autoescadas telescópicas, plataformas hidráulicas e viaturas especiais cuja conceção técnica segue especificações das normas AFNOR, UNE, NFPA, EN. Em 1976 a firma de denominação Inácio Silva deu lugar a INASI; contração de Inácio Silva, cujos sócios foram Inácio
que a situação económica do país e das corporações de bombeiros é muito difícil, o que cria grandes dificuldades ao negócio, agravada devido aos preços praticados pela concorrência que existe no mercado. Lamenta também a “concorrência desleal” das empresas que compram viaturas usadas em fim de vida em leilões, a um preço muito baixo, noutros países europeus e que “depois de uma pintura as vendem a preços que não têm nada a ver. Um carro que pode custar 150 mil
Silva e José Manuel e Manuel Júlio Jorge Silva. Em 2014 ocorreu uma alteração na gestão de topo da empresa, passando esta a integrar Manuel Júlio e Ricardo Silva, que são atualmente os únicos sócios da empresa. A empresa possui licenças de laboração necessárias, passadas pelo Ministério da Economia - Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo e é possuidora de uma estratificação de conhecimentos de engenharia eletromecânica aplicável à conceção e fabricação de viaturas especiais. A INASI tem o seu Sistema de Gestão da Qualidade certificado segundo a norma ISSO 9001 desde 2005. Quanto a exportação, a qualidade dos seus produtos é reconhecida em mercados alémfronteiras, na Europa, Ásia e África.
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O nosso cliente tem, dentro de parâmetros previamente definidos e aprovados, a liberdade para configurar e personalizar a viatura através dos opcionais existentes.” euros e eles vendem por 25 mil euros”, afirma. Não têm qualidade, mas obrigam a que as outras empresas que se dedicam a construir viaturas tenham de descer os preços para se poderem manter. “Nós não conseguimos transparecer para o preço final o preço real do produto porque a concorrência é muito forte. Atualmente estamos a fazer os carros mais baratos do que fazíamos há 15 anos, o que é muito complicado”, admite. Outra das áreas a que a INASI se dedica é à construção de viaturas de limpeza ambiental. Também aqui adquire equipamentos e os componentes a fornecedores procedendo depois à sua aplicação final sobre o chassis, de acordo com a encomenda do cliente. Com uma particularidade, relativa à componente de reciclagem das viaturas de limpeza de fossa ou desobstrução. “Este é um requisito que já é quase sempre solicitado, e que obriga a que as viaturas possuam tecnologia para filtrar a água suja para que esta possa voltar a ser utlizada na desobstrução, ou seja, a viatura deve ser autossuficiente e não necessitar de gastar água proveniente de fontes externas. O preço de uma destas viaturas, que pode levar até 6 meses de trabalho, varia consoante a tipologia do chassis e das características da bomba”, explicou. Quem procura este tipo de viaturas são, habitualmente, Câmaras Municipais ou empresas que, indiretamente, trabalham para o Estado ou Autarquias, como as empresas subcontratadas para a limpeza urbana. Neste ramo, Ricardo Silva explica que há empresas que não produzem nada e que se limitam a importar os equipamentos/ carroçarias acabados e a fazer a montagem final sobre o chassis. “Claro que, depois, é nossa concorrente, porque apresenta o mesmo tipo de produto, só que não dominam a tecnologia nem possuem know-how, são meros vendedores de produtos”. Para uma empresa tão dependente do setor público como a INASI, a alternativa passa muitas vezes por concorrer a con-
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cursos públicos. Um caminho longo e nem sempre fácil, pois pedem-se determinadas características a preços “abaixo de custo e com prazos impossíveis. Pedem-se Ferraris a preço de minis” diz Ricardo Siva, em jeito de brincadeira. “No outro dia deparei-me com um aviso de um concurso para aquisição de um carro de combate a incêndios para o aeroporto com um prazo de entrega de 30 dias. Essa viatura, com as características que eram pedidas, demora quase 1 ano a fazer. Ora, isso anula logo uma
série de concorrentes devido ao prazo de entrega e uma viatura dessas pode ir dos 680 mil euros a 1,3 milhões de euros ou mais”, revelou. A INASI está também a aguardar, com expetativa, a divulgação dos resultados das candidaturas apresentadas ao POSEUR, no âmbito do Portugal 2020. A INASI apresentou muitas cotações que foram incluídas em candidaturas apresentadas por diversas corporações e tem a expetativa de poder vir a realizar alguns desses projetos.
Mudança para o Cartaxo Recentemente a INASI trocou as antigas instalações da Azambuja por um novo pavilhão na zona industrial do Cartaxo. O administrador da empresa reconhece que se tratou de um enorme investimento, que terá de ser rentabilizado nos próximos anos, mas que se justificava pelo facto de as anteriores instalações já não corresponderem às necessidades atuais. “Estávamos um pouco encurralados entre a linha do caminho-de-ferro e os campos agrícolas, o que não nos permitia crescer. Era um espaço já muito antigo, havia paredes com 100 anos. Aqui estamos mais desafogados, temos espaço para ampliar e temos condições para fazer ensaios sem causar transtornos. Por vezes temos de testar os equipamentos e lançar por vezes 4.000 litros de água por minuto, o que não pode ser feito em qualquer local”. Com uma faturação anual variável que pode ir dos 1.2 milhões aos 3 milhões de euros (dependendo das encomendas), a INASI emprega 10 pessoas, número que pode aumentar para o dobro quando
surgem trabalhos de grande dimensão e onde é preciso cumprir prazos de entrega normalmente muito curtos. Um dos objetivos de Ricardo Silva passa pela renovação dos quadros das empresas, que já possui uma média de idades elevada. Este objetivo tem esbarrado na escassez de jovens técnicos qualificados que queiram enveredar por esta área. Ricardo Silva defende por isso uma maior aposta nos cursos profissionais e numa estreita ligação entre a escola e as empresas, para que os jovens possam ter contacto com as empresas durante o seu período de formação.
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Arroz Bom Sucesso voltou a ser marca de eleição dos portugueses… O Arroz Bom Sucesso, marca da Orivárzea, empresa de Salvaterra de Magos, voltou a ser considerada marca de eleição pelos portugueses. A marca foi distinguida “Escolha do Consumidor”, principal prémio nacional em termos de reconhecimento do consumidor, dentro de um processo de seleção que envolveu 71.647 consumidores, 146 categorias de produtos e 873 marcas.
A
s marcas identificadas como a “Escolha do Consumidor” são as marcas que melhor completaram os requisitos e atributos definidos e valorizados pelos consumidores e que atingiram graus de satisfação mais elevados. A “Escolha do Consumidor” é a única marca que que premia marcas, onde o consumidor é ouvido em todas as fases de avaliação, identificando os critérios de satisfação mais importantes para o consumidor e avaliando produtos e serviços de acordo com esses critérios e colocando sempre em comparação direta todas as marcas concorrentes em cada categoria. É, assim, é um sistema de avaliação e classificação de marcas, em função da satisfação e aceitabilidade que geram nos consumidores, que tem por objetivo conhecer o grau de satisfação e aceitabilidade dos consumidores em relação a determinado produto ou serviço, ajudando-os a fazer uma compra informada. A “Escolha do Consumidor” incide sobre todo o universo de produtos e serviços disponíveis no mercado, sendo analisados três setores: a indústria (Alimentar e não alimentar Higiene, Lar, Equipamento, Mobiliário...), o comércio (retalho especializado e não especializado, tradicional e moderno...)
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e os serviços, (Banca, Seguros, Combustíveis, Comunicações, Transportes, Entretenimento...). Nesta edição dos prémios, 71.647 consumidores analisaram 873 marcas de 146 categorias de produtos, tendo o arroz Bom Sucesso, produzido pela empresa ribatejana Orivárzea, voltado a ser a escolha dos consumidores. Esta foi, releva saber-se, a quinta vez que o arroz Bom Sucesso foi a marca de arroz preferida dos consumidores.
… E É GREAT TASTE 2016 Nascidos no Reino Unido em 1994, os Prémios “Great Taste” têm sido, desde então, responsável pela descoberta de produtos alimentares de qualidade excecional e pela sua promoção junto de profissionais e consumidores, contribuindo para uma escolha informada e para o sucesso dos produtores que vêm o seu talento reconhecido no mercado. Os resultados foram divulgados no final do ano, tendo o arroz carolino da marca Bom Sucesso sido distinguida “Great Taste 2016.
ARROZ BOM SUCESSO A marca Bom Sucesso já conquistou
um lugar de distinção no mercado português. É das mais disponíveis no portfólio da Orivárzea, a de maior notoriedade, tanto no mercado doméstico como entre os chefes de cozinha mais proeminentes do país. É também esta marca produzida pela Orivárzea exportada para vários países do mercado europeu. Disponível nas variedades Carolino, Agulha, Integral e Aromático, o arroz Bom Sucesso, é resultado de um rigoroso controle em todas as fases do processo de produção, o qual termina na seleção grão a grão e no embalamento em atmosfera controlada. É sem dúvida um arroz premium e o carro-chefe das marcas Orivázea. É também o único a arroz produzido em toda a Europa certificado pelo Sistema de Gestão de Qualidade.
A ORIVÁRZEA A Orivárzea é o maior produtor de arroz em Portugal e o maior produtor do tipo carolino da Europa. A história da empresa começa em 1997, quando um
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O arroz produzido pela Orivárzea é inteiramente cultivado pelos seus associados na Lezíria Ribatejana.
grupo de 10 dos mais importantes orizicultores da Lezíria Ribatejana decide dar as mãos e juntar as forças para produzir e comercializar um arroz de excelência com qualidades únicas, e fazê-lo chegar ao consumidor final a preço justo. A rentabilização dos meios de produção, e o acerto de um projeto fundado no espírito de solidariedade e entreajuda, rapidamente atraíram novos agricultores que foram crescendo através dos anos. Todos Ribatejanos, todos produtores de arroz, todos fiéis aos princípios de certificação que garantem um arroz muito acima dos padrões oficiais de qualidade e com um controle absoluto do processo
António Madaleno, Presidente da Orivárzea
produtivo, desde a semente, produzida pela Orivárzea, até à embalagem na prateleira do supermercado. Mas a tradição da Orivárzea nasceu muito antes de 1997. Berço privilegiado do cultivo de arroz em Portugal desde finais do século XIX, a Lezíria Ribatejana viu passar pelas suas largas planícies gerações de agricultores a quem o tempo e a prática ensinaram os segredos da orizicultura de excelência no estuário do Tejo. Descendentes destes pioneiros, e com uma herança já secular na produção e comercialização de um arroz tradicional, os associados da Orivárzea entram no mercado do século XXI com pergaminhos de antiguidade e visão de futuro, fazendo desta marca uma referência na produção de arroz de grande qualidade, não só em Portugal como em toda a Europa. A qualidade do Arroz Carolino produzi-
do pela Orivárzea na Lezíria Ribatejana é de tal forma distintiva, que para além do mercado nacional o produto é hoje exportado para os mercados da Suíça, Polónia e Bélgica. Além disso, empresas tão exigentes como a Danone/Milupa e BENEO-Remy, referências no mercado da alimentação infantil, confiam hoje na qualidade do arroz Orivárzea como matéria-prima selecionada para a rigorosa preparação dos seus produtos. É claro que, como quase todos os produtos excecionais, o segredo da Orivárzea está no cuidado que uma quantidade limitada permite dedicar a todas as fases da produção. É que ao contrário da generalidade das marcas de arroz disponíveis no mercado, o arroz produzido pela Orivárzea é inteiramente cultivado pelos seus associados na Lezíria Ribatejana.
ORIGENS DO ARROZ Originário das regiões húmidas da Ásia, o arroz é o 2.º cereal mais produzido no mundo e constitui a base da alimentação para mais de metade da população do mundo. Os portugueses são o povo europeu com maior consumo de arroz per capita, cerca de 17 quilos. A nível mundial, somos apenas ultrapassados pelos asiáticos, que consomem quantidades de arroz difíceis de bater: 150 kg per capita por ano. Em Portugal, cultivam-se cerca de 30.000 hectares de arroz, principalmente nos Vales do Mondego (6.000 ha), do Tejo e Sorraia (14.300 ha), do Sado (9.000 ha) e ainda em regadios privados um pouco por todo o sul do país.
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BI Com 42 acionistas, 32 trabalhadores e um volume de faturação que se situa nos 18 milhões de euros anuais, a Orivárzea é hoje um caso de sucesso na indústria agroalimentar. Exportam 30 por cento do que produzem para vários países de quatro continentes. Os restantes 70 por cento são para consumo interno através da grande distribuição, onde estão presentes em quase todas as cadeias.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Tomar é um dos fundadores da Rede de Municípios para a Adaptação às Alterações Climáticas Tomar é uma das autarquias fundadoras da Rede de Municípios para a Adaptação às Alterações Climáticas, cuja fundação foi oficializada em Coimbra, no dia 9 de dezembro, durante o seminário de encerramento do projeto ClimAdaPT.Local e em que esteve presente a presidente da Câmara, Anabela Freitas. A missão desta rede é aumentar a capacidade dos municípios portugueses para incorporar a adaptação às alterações climáticas nas suas políticas, instrumentos de planeamento e intervenções. A Rede foi fundada pelos trinta municípios portugueses pioneiros em estratégia s municipais de adaptação às alterações climáticas, em que Tomar se inclui, mas está aberta à participação das restantes edilidades portuguesas, designadamente as que pretendam elaborar os seus planos municipais de adaptação, bem como de outras entidades (empresas, universidades, ONG ou associações) que desenvolvam atividade neste domínio. Através da assinatura de uma Carta de Compromisso, os municípios comprometeram-se a contribuir ativamente para a concretização da missão e objetivos da Rede e a promover a adaptação nos seus concelhos. Tal será feito pela partilha de
experiências no domínio da adaptação, pela cooperação internacional com outras redes e estruturas, pela capacitação técnica das autarquias e pela manutenção do sistema de informação sobre adaptação local desenvolvido no âmbito do projeto ClimAdaPT.Local. Espera-se assim que esta Rede dê continuidade ao trabalho desenvolvido pelo projeto ClimAdaPT.Local entre 2014 e 2016 e promova a proliferação das estra-
tégias municipais neste âmbito. São municípios fundadores da Rede, além de Tomar: Almada, Amarante, Barreiro, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco, Castelo de Vide, Coruche, Évora, Ferreira do Alentejo, Figueira da Foz, Funchal, Guimarães, Ílhavo, Leiria, Lisboa, Loulé, Mafra, Montalegre, Odemira, Porto, S. João da Pesqueira, Seia, Sintra, Tondela, Torres Vedras, Viana do Castelo e Vila Franca do Campo.
Secretário de Estado da Energia em Tomar
No concelho há 2530 famílias beneficiadas com a Tarifa Social A presidente da Câmara Municipal de Tomar recebeu no dia 2 de dezembro o secretário de Estado da Energia, José Seguro Sanches, para uma reunião em que se debateram várias questões relacionadas com as políticas energéticas no concelho, quer quanto às decisões já tomadas, como às que se encontram em fase de estudo. Como não podia deixar de ser, o secretário de Estado referiu-se à Tarifa Social, medida que está a ser implementada pelo governo desde o início do segundo semestre e que contou com o contributo do deputado tomarense eleito pelo distrito de Santarém, Hugo Costa, no seu aperfeiçoamento. Só no concelho de Tomar, esta medida beneficia o significativo número de 2530 famílias. A presidente da Câmara fez sentir que, atendendo aos multifacetados
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desafios que se levantam à sociedade, há a todo o momento a necessidade de se progredir para uma energia mais barata e mais limpa que possibilite um maior desenvolvimento económico interligado com a vertente ecológica no contexto da sustentabilidade que se persegue. Recorde-se que o Município apresentou recentemente a candidatura
à substituição de iluminação tradicional por LED em quatro edifícios públicos de grandes dimensões. Questões como a Taxa da Ocupação de Solos ou a localização de centros de produção ou de distribuição de energia, como acontece em Tomar com a Barragem do Castelo do Bode, foram outras das questões abordadas.
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Chamusca convoca parceiros para debater constrangimentos da Ponte Presidência da Câmara Municipal da Chamusca reúne com Presidente e VicePresidente da Câmara Municipal da Golegã, Comando Territorial de Santarém, Comando de Destacamento Territorial de Torres Novas, Comando do Posto da GNR da Chamusca e Diretor Operacional Centro Sul da Infraestruturas de Portugal na procura de solução viável para os constrangimentos diários da Ponte da Chamusca. Desagradado com os constrangimentos que, diariamente, se avolumam na Ponte João Joaquim Isidro dos Reis – a Ponte da Chamusca – o Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, convocou dia 2 de dezembro, diversos agentes que considerou poderem ser determinantes na procura de uma solução que possa resolver a curto prazo o transtorno causado aos utilizadores da ponte, que vem piorando consideravelmente desde que foram concluídas as obras de requalificação, em 2013, dificultando o cruzamento de camiões. Na reunião estiveram presentes – para além do Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, e da VicePresidente, Cláudia Moreira – o Presidente da Câmara Municipal da Golegã, Eng.º Rui
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Lince Medinas e o Vice-Presidente, Eng.º Carlos Asseiceiro, o Sr. Comandante Territorial de Santarém (GNR), Coronel Nuno Sanfona Paulino e o Sr. Comandante do Posto da Chamusca (GNR), Sargento Ricardo Ramos, bem como o representante da Comandante do Destacamento Territorial de Torres Novas. Também foi convocado o diretor do centro operacional centro sul da Infraestruturas de Portugal (IP), Eng.º Alcindo Duarte Cordeiro, que se fez acompanhar do técnico Eng.º Vítor Sequeira. Da reunião, foi unânime a constatação de que uma solução definitiva para a travessia do Tejo entre a Chamusca e a Golegã passará sempre pela construção de uma nova ponte e que todas as soluções que se possam encontrar para a Ponte João Joaquim Isidro dos Reis apenas poderão ser consideradas provisórias, por forma a minorar os constrangimentos para quem diariamente a utiliza. Assim, foram discutidas quais as formas de melhorar o tráfego na ponte a curto prazo. Abordaram-se as questões relacionadas com os separadores colocados na ponte aquando da intervenção na estrutura, que desempenham um papel fundamental na proteção da estrutura da mesma, pelo que foi colocada de parte
qualquer possibilidade de deslocação dos mesmos. Segundo o Eng.º Alcindo Cordeiro, “depois de tragédias como a da Ponte de Entre-os-Rios foram reforçadas as medidas que visam a segurança destas infraestruturas e ninguém assumirá uma solução deste tipo”. Foi também unânime que a regulação do tráfego por parte dos agentes da GNR é uma mais-valia nos dias de maior constrangimento, mas que não pode ser considerada como solução permanente, dadas as limitações de recursos dos Postos da Golegã e da Chamusca. Decorrente do debate, apenas se considerou viável um projeto de semaforização para a ponte, que está projetado desde 2013, resultado de um estudo solicitado pela própria Câmara Municipal da Chamusca, e ao qual as Infraestruturas de Portugal ainda não deram andamento. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca sugeriu que, para agilizar e acelerar o procedimento, as autarquias assumissem a execução do mesmo. No entanto, segundo o Eng.º Alcindo Cordeiro “a intervenção já se encontra contemplada no orçamento das IP para o ano de 2017 e faremos tudo para que avance ainda no primeiro trimestre”. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca solicitou, no entanto, que se encontrasse uma solução para o imediato, com semaforização provisória, de modo a avaliar o impacto que esta medida poderá ter no futuro. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca considera que “é imperioso que continuemos a reforçar junto da secretaria de estado e do ministério a necessidade da construção de uma nova travessia. A ausência de uma nova ponte não só estrangula o trânsito, como o desenvolvimento económico de toda uma região.”, ao que o Presidente da Câmara Municipal da Golegã acrescenta “estamos disponíveis para unir esforços no sentido de apelar ao Governo para importância da construção da nova ponte.”.
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Executivo Municipal deslocou-se ao tribunal de Alcanena para assinalar o regresso dos julgamentos à sede do concelho A Presidente da Câmara Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, e os Vereadores Maria João Gomez, Luís Pires e Hugo Santarém deslocaram-se no dia 4 de janeiro ao Tribunal de Alcanena para assinalar o regresso dos julgamentos a Alcanena, agora Juízo de Proximidade, na data em que reabrem no país os 20 tribunais encerrados em 2014, dois deles, Ferreira do Zêzere e Mação, no distrito de Santarém, com a entrada em vigor do Decreto-Lei 86/2016, de 27 de dezembro, e que vem garantir o fundamental acesso à justiça pelos cidadãos e reforçar a coesão territorial e social em Portugal. Recorde-se que, para este efeito, o Tribunal de Alcanena foi alvo de melhoramentos, tendo a autarquia procedido a obras de requalificação da sala de julgamentos, no valor de 16.630,59€ (+ IVA), e realizado vários melhoramentos no edifício, como a construção de uma rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, como
havia sido assumido, no passado dia 3 de novembro de 2016, pela Presidente da Câmara Municipal, quando reuniu com a Secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, reafirmado a disponibilidade
da Câmara Municipal em criar as condições necessárias no edifício do Tribunal de Alcanena, para que os julgamentos regressassem a Alcanena neste novo ano de 2017.
Santarém disponível para receber a gala Michelin em 2017 A Câmara Municipal de Santarém vê com agrado a intenção de Portugal receber a próxima edição da gala de apresentação ibérica do “Guia Michelin” e já abriu as portas ao evento demonstrando a sua disponibilidade ao primeiro-ministro. A cidade de Santarém tem uma relação muito estreita com a Gastronomia Portuguesa, atuando na defesa do património gastronómico como valor integrante do património cultural. Desde 1981 que organiza o Festival Nacional de Gastronomia, comemorando já este ano a sua 37.ª edição. Afirmando o reconhecimento da Gastronomia como pilar fundamental da sua estratégia de desenvolvimento, Santarém está a lançar o Observatório Nacional de Gastronomia, que constituirá
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um valioso instrumento para a inventariação, preservação, estudo/ investigação, representação e divulgação de todos os elementos patrimoniais relativos às práticas alimentares e artes culinárias, estando também a preparar uma candidatura à Rede de Cidades Criativas no eixo da Gastronomia. Santarém é hoje uma consagrada cidade-marca junto de gastrónomos, profissionais e amantes da boa mesa, é uma cidade onde as tradições se cruzam com a modernidade. A sua riqueza cultural, histórica e gastronómica, aliada à sua importância turística para Portugal, são aspetos de relevo demonstrados pelo Município de Santarém ao primeiro-ministro, como sendo o mote para acolher tal evento de cariz importante para a gastronomia portuguesa.
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ENTREVISTA
Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha
“Pelo rio Tejo se vai para o mundo” É utilizando a poesia de Fernando Pessoa que o Presidente da Câmara de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire, se refere à sua vila de sorrisos. De facto, a vila tem sabido tirar partido do seu rio e das suas paisagens, sendo o turismo, atualmente, um dos principais fatores de desenvolvimento económico deste território. Vila Nova da Barquinha está na moda. Qual foi o pontapé de saída para este sucesso? Acho que o sucesso de Vila Nova da Barquinha passa pela construção do Parque Ribeirinho que foi Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista, em 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”. Posteriormente, em julho de 2012, criámos o Parque de Escultura Contemporânea de Almourol. Temos a felicidade de termos um parque que está perto do rio, mas que está dentro da vila, uma simbiose perfeita. É um parque que gera segurança aos seus visitantes. A segurança é fundamental nos dias de hoje. As pessoas sentem-se bem em viver e visitar a Barquinha. Por outro lado, também temos privilegiado a edificação de qualidade e a regeneração urbana. Em Vila Nova da Barquinha não há grandes prédios nem desmedidas infraestruturas que ofendam a paisagem. Há a valorização do património rural e da qualidade de vida. As pessoas valorizam estes fatores. Apreciam o sítio onde se sentem bem, onde se respira conforto, tranquilidade e bem-estar. Isto é fundamental para o sucesso de um concelho. Foi isto que sucedeu em Vila Nova da Barquinha. A aposta nas Artes tem vindo a ser uma aposta contínua do Município, com a realização de exposições diversas em parceria com a Fundação EDP. Estas vieram dar mais visibilidade ao parque de Escultura, às duas galerias e ao Centro de Estudos de Arte Contemporânea. Por outro lado
O sucesso de Vila Nova da Barquinha passa pela construção do Parque Ribeirinho que foi Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista, em 2007.” 18
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Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha existe em Vila Nova da Barquinha uma cultura artística própria que interage com todo o território. O número de visitantes tem crescido, nomeadamente ao fim-de-semana. O parque é um dos elementos principais do desenvolvimento económico de Vila Nova da Barquinha bem como o Castelo de Almourol. Este sucesso, parece-nos, está muito relacionado com o setor do turismo… Temos a felicidade de ser um território de uma beleza ímpar banhado por 3 rios. Temos paisagens inacreditáveis quer em Tancos, quer em Vila Nova da Barquinha, quer na ilha e Castelo de Almourol, mas também na Praia do Ribatejo. Isto traz pessoas, o que é fundamental para o desen-
volvimento do território. A aposta na dinamização do Parque, a partir de 2012, trouxe muita gente à vila. Vila Nova da Barquinha é um concelho de dimensão reduzida, com 49 km2 e que tem a particularidade de ser banhado por três rios, o Nabão, o Zêzere e o Tejo, com este último a entrar diretamente na vila e acompanhar todo o Parque de Escultura Contemporânea. O rio é um elemento fundamental para uma atividade empresarial significativa, que é o turismo. Recorremos muito do turismo que fazemos no próprio rio. Para além das atividades empresariais relacionadas com o rio (turismo náutico, canoagem, gastronomia, etc.), temos também dois monumentos nacionais: o Castelo de Almourol, um ícone “templário”, com um número que apon-
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tará para os 100 mil visitantes por ano e, também, a igreja da Atalaia. É com agrado que verificamos que tem vindo muita gente ao concelho de Vila Nova da Barquinha em autocarros e veículos turísticos para visitar os diversos espaços do nosso concelho. E naturalmente que o acréscimo de pessoas resultou também no crescimento do setor da hotelaria e restauração que se tem vindo a desenvolver. Por exemplo em alojamento, em 2012, a Barquinha detinha 25 camas e em outubro de 2016, de acordo com os dados apresentados pelo Turismo do Centro, existiam já 118 camas. Em termos de alojamento local, somos um “case study”. Temos também dos melhores restaurantes do Médio Tejo, com grande qualidade e procura. Devo ainda referir que esta estratégia não trouxe apenas visitantes. Há muita gente a deslocalizar a sua residência para Vila Nova da Barquinha, não só de outros concelhos da nossa região, mas também de países estrangeiros, especialmente da União Europeia. O Município de Vila Nova da Barquinha integrou o Viver o Tejo, do qual a NERSANT foi entidade promotora. Quer comentar este projeto? Consideramos que este é um projeto extremamente interessante e um bom exemplo do que são parcerias públicoprivadas. É uma pena que o atual quadro comunitário não contemple um PROVERE – Estratégias de Eficiência Coletiva para a nossa região. Não entendo como é possível
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haver regiões de baixa densidade, no nosso país, que possuam 4 ou 5 Estratégias de Eficiência Coletiva e haja regiões, como é o nosso Ribatejo, com um Tejo internacional, que não foi contemplado. Quem de direito que me explique isto que racionalmente não consigo entender. Vejo o meu rio a morrer, vejo que há muitos interesses no rio e vejo poucas soluções objetivas sobre o mesmo. Certo estou que a continuidade de uma Estratégia de Eficiência Coletiva poderia trazer grandes vantagens para o Tejo quer na
Aposta na educação e ciência O Município de Vila Nova da Barquinha tem apostado grandemente na Educação e Cultura do concelho. No âmbito da educação, a Autarquia tem vindo a requalificar, desde 2012, todo o parque escolar, estando neste momento a dinamizar um concurso público para a requalificação do Jardim-de-Infância, num investimento total na ordem dos 15 milhões de euros. Também a Cultura tem sido uma premissa da Autarquia, através da Escola Ciência Viva, que promove um sistema integrado de educação e ciência, com a realização de diversas atividades com entidades parceiras como a Universidade de Aveiro e a Ciência Viva de Lisboa.
qualidade das suas massas de água quer no turismo sustentável! Queria dar-vos os parabéns pelo projeto “Viver o Tejo”, que eu tanto senti. Que investimentos estão previstos no âmbito do turismo? Pretendemos desenvolver as rotas do Tejo e do Zêzere, direcionadas para atividades de BTT e para passeios pedestres. Temos condições excelentes e ímpares. Temos centralidade, água, monumentos e floresta. Temos a simbiose perfeita para realização de atividades lúdicas e de lazer que as pessoas procuram. Tem havido sempre grandes investimentos por parte do Município, nomeadamente no Parque de Escultura, na conservação do Castelo de Almourol e na sua ilha, em equipamentos escolares e na criação de condições para a instalação de empresas. Investimentos que vão continuar com várias intervenções, como por exemplo na ilha de Almourol. O que está ser feito nessa intervenção? Vamos intervir no cais de El Rei, em Tancos, para facilitar o acesso das pessoas aos barcos bem como na entrada do Castelo. Assim, os visitantes sentir-se-ão mais seguros no acesso à própria ilha e ao castelo. Infelizmente, para já, não conseguimos garantir o acesso a deficientes devido às caraterísticas do relevo. Na ilha, vamos intervir no âmbito da eliminação de espécies infestantes e na replantação de alguma floresta autóctone que se perdeu,
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Gostaria mesmo muito que a antiga Base Aérea n.º 3 voltasse à Barquinha. Era um dos sonhos que eu gostaria de ver cumpridos. Vamos trabalhar para isso. Teria efeitos macroeconómicos indutores e potenciadores do nosso desenvolvimento regional.” bem como na remoção de obstáculos de cimento “não naturais” bem como intervir em todos os acessos ao castelo com novo piso. Estamos, também, a ultimar o Centro de Interpretação Templário, para avançar neste quadro comunitário.
Sabemos também que pretendem apostar no turismo militar, correto? Vila Nova da Barquinha tem muita ligação à questão militar. Não é por acaso que temos três unidades militares em Vila Nova da Barquinha: a engenharia desde o século XIX, a Brigada de Reação Rápida, com atividade aérea significativa, vinda de diversos países para aqui treinar, e as tropas paraquedistas, que comemoraram, em 2016, 60 anos de presença no nosso território. De facto, há grande número de militares que vem à Barquinha praticar a sua atividade operacional e que nos visitam, praticam atos de comércio e deixam riqueza no nosso território. Atualmente já temos saltos em paraquedas, no Aeródromo de Tancos, o designado “Tandem – queda livre”, para a população civil. Queremos uma relação estreita entre a Barquinha e os militares. Estamos a trabalhar com o Ministério da Defesa no sentido
Parque Escultura Contemporânea Almourol Pela 1.ª vez em Portugal existe um parque de escultura onde estão juntos os nomes mais representativos da escultura contemporânea portuguesa. Cobrindo autores e obras cujo trabalho se desenvolveu da década de 60 até à atualidade, integram este projeto Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho. As obras localizam-se nos sete hectares do Barquinha Parque, Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007 na categoria “Espaços Exteriores de Uso
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Público”, da autoria da dupla de Arquitetos Paisagistas – Hipólito Bettencourt e Joana Sena Rego. Neste espaço existe também uma galeria de exposições, loja, ateliers artísticos, biblioteca, alojamento temporário para criadores, equipamentos desportivos, espaços lúdicos para as crianças e percursos ribeirinhos, tudo enquadrado numa envolvente natural de rara beleza, a escassos metros do Rio Tejo. Em 2012, foi nomeado para o Prémio Autores na categoria de Artes Visuais - Melhor Exposição de Artes Plásticas de 2012, da Sociedade Portuguesa de Autores.
de conciliar algumas atividades operacionais com atividades lúdicas como a visita a espaços museológicos e de memória. Importa abrir as infraestruturas militares a quem nos visita, sem colocar em causa a componente operacional dos militares. Penso que em breve teremos novidades sobre esta temática. Estamos também a trabalhar para que o aeródromo militar de Tancos seja reativado como Base Aérea em consequência da instalação do novo aeroporto de Lisboa, pois é aqui que se realizam os treinos de lançamento dos paraquedistas da Brigada de Reação Rápida do Exército, bem como a preparação e projeção de várias Forças Nacionais Destacadas, é aqui o centro de Portugal pelo que a futura opção política de dotar a Força Aérea com meios para combate a fogos florestais terá que ter uma sede operacional com centralidade territorial, é aqui que existem servidões militares constituídas, espaço livre e público no Polígono para poder alargar o Aeródromo Militar e para instalar as diferentes esquadras de transporte da Força Aérea e as suas esquadras de helicópteros, é aqui que há uma área sem restrições de voo. Também não há aeronaves a operar o que favorece as operações de treino de aproximação por instrumentos e das suas tripulações, o que não acontece noutros locais do país. Gostaria mesmo muito que a antiga Base Aérea n.º 3 voltasse à Barquinha. Era um dos sonhos que eu gostaria de ver cumpridos. Vamos trabalhar para isso. Teria efeitos macroeconómicos indutores e potenciadores do nosso desenvolvimento regional. Excetuando o setor do turismo, que prospera, fale-nos do setor empresarial. Na parte empresarial, temos o Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha, no eixo da A23 com a A13, com várias empresas a funcionar. Verifico que há uma nova dinâmica empresarial, com muita gente interessada em investir no nosso território, com uma centralidade ímpar e munido de excelentes vias de comunicação rodoviárias e ferroviárias. Recebemos os empresários no Município e esclarecemolos em relação aos incentivos e às condições de investimento. Já no meu mandato criámos o GADEL – Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Económico Local, onde recebemos todos os empresários e empreendedores com as suas propostas e questões. Em relação ao Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha (CDN), ainda existem lotes por preencher. O que tem feito
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o Município para cativar empresas para aquela área? Isentamos as empresas com derrama, reduzimos o preço na aquisição de lotes de terreno, as taxas e licenças foram reduzidas e temos requalificado e mantido o aspeto agradável do CDN. Tem havido procura para o CDN, mas temos sido seletivos na escolha e no acolhimento de empresas. Por exemplo, não aceitamos empresas poluidoras porque existem outros locais próprios para alocar este tipo de projetos. Temos sido criteriosos na atribuição de lotes. Temos sido procurados e, felizmente, estamos com boas expetativas quanto aos investimentos. No que à economia do concelho diz respeito não temos sido negligentes, muito pelo contrário. Os técnicos do GADEL tem ido junto das entidades promotoras da economia em Portugal e acompanham os empresários, facilitando e agilizando procedimentos, e o próprio Presidente, sempre que se justifica, acompanha também os investidores. É esse o seu papel, o de aproximar, de descomplicar e de criar riqueza para o seu concelho. Neste momento há vários projetos de investimento previstos da União Europeia. Desde que reúnam critérios de qualidade ambiental, certamente serão acarinhados e bem-vindos ao concelho. Que tipo de projetos de investimento são estes? São investimentos ligados ao agroturismo, agroindustrial e à diversão. Obviamente que todos conhecemos o estado do sistema financeiro, e não obstante a aprovação destes projetos em reunião de Câmara, isso não significa que eles se efetivem. Sou muito reservado nestas
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temáticas. O que interessa é que estamos atentos, apoiamos as nossas empresas e o nosso empreendedorismo, isso é que é fundamental. Qual o lugar da indústria no concelho? É diminuto? Temos um excelente exportador a Gonfersol – Produtos Químicos SA. Mas esperamos que os investimentos públicos que fizemos, e que foram milhões de euros, na zona norte da Atalaia, possam finalmente ser retribuídos. Certo é que há investimentos para esta zona que estão congelados por falta de financiamento bancário, como é o caso do “Galaxy Parque”, e que gastaríamos que ficasse resolvido em breve. Que projeto de investimento é este? O Galaxy Parque é um mega projeto do grupo Impala, com investimento na ordem dos 100 milhões de euros. Trata-se de um parque temático que irá criar na região 800 postos de trabalho, e que está projetado
Verifico que há uma nova dinâmica empresarial, com muita gente interessada em investir no nosso território, com uma centralidade ímpar e munido de excelentes vias de comunicação rodoviárias e ferroviárias.”
para a zona norte da Atalaia, mas que não avançou devido à conjuntura económica. Temos acompanhado esta questão, com o promotor, junto do IAPMEI, no sentido de não perdermos este investimento. As pessoas de Vila Nova da Barquinha são empreendedoras? São, e muito. Isso nota-se essencialmente nos jovens. Temos em marcha um projeto de fomento ao empreendedorismo nas escolas que está a ter grandes resultados (300 jovens empreendedores). Tenho também recebido no Município diversos jovens empresários – uma questão que faço com muito gosto é o atendimento – com ideias de negócio e projetos nas áreas de agricultura e agroindústria. Estas micro empresas têm um problema, a meu ver, que é colocar o produto no mercado. À semelhança de toda a classe empresarial fazer parcerias é fundamental especialmente para quem inicia um negócio, mas, infelizmente, o empresário português ainda é reticente no que diz respeito à cooperação. Para se ser competitivo é preciso pensar em economia de escala pelo que devem ser envolvidos todos os agentes do processo produtivo. O Portugal 2020 é uma oportunidade para o nosso tecido empresarial? O paradigma do Portugal 2020 mudou. Se antes reinavam os fundos perdidos, neste quadro comunitário reinam os fundos reembolsáveis. Penso que esta mudança foi prejudicial ao tecido empresarial. Por outro lado, os avisos de abertura dos fundos sofreram um atraso significativo. Por outro lado, verificam-se um desajustamento preocupante dos programas dos fundos comunitários do tecido empresarial
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(micro empresas), bem como o financiamento para a criação/desenvolvimento de empresas do litoral com prejuízo das empresas que laboram no interior e na nossa região. A estas questões, junta-se o problema da falta de financiamento bancário. Os projetos de investimento empresarial vivem de financiamento, não há volta a dar! Os empresários, para investir, têm de ter confiança no mercado, e com estas premissas, é difícil que isso possa acontecer. Falta confiança e falta um sistema financeiro coerente e que possibilite o acesso fácil ao crédito. Falta transparência e confiança nos mercados financeiros para que os empresários possam arriscar! O que é que falta em Vila Nova da Barquinha? Acho que, sinceramente, Vila Nova da Barquinha está no caminho certo. Faltanos a questão da dinamização dos percursos ribeirinhos (Barquinha-AlmourolConstância-Cafuz), onde já estamos a fazer candidaturas, e falta-nos empresas, um
É dinamizando o turismo, a ciência, a gastronomia, os negócios e preservando o nosso rio Tejo e Zêzere que procuramos ir para o mundo.” 22
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maior crescimento de número empresas no nosso concelho. Queremos Vila Nova da Barquinha como espaço de lazer, mas também de criação de riqueza. As bases estão lançadas com a construção do ninho de empresas, junto da loja do cidadão, e com o pedido, junto da CCDRLVT, de instalação de zona de agroindustrial na freguesia da Praia do Ribatejo. Temos excelentes infraestruturas escolares, acesso à cultura e à ciência, valências onde o Município tem apostado grandemente. É dinamizando o turismo, a ciência, a gastronomia, os negócios e preservando o nosso rio Tejo e Zêzere que procuramos ir para o mundo. Se tivesse que definir Vila Nova da Barquinha em poucas palavras, como definiria?
Tranquilidade, paz, sossego, monumentos ímpares, água, solidariedade, entrega das pessoas nas coletividades, apoio inexcedível prestado à comunidade e também humanidade. Vê com bons olhos o futuro do concelho? Acho que Vila Nova da Barquinha tem tudo para ser feliz. Tem uma escola com a máxima “Sentir arte e ciência”, aforismo que pratica, tem um Parque Escolar completamente novo, tem água, um elemento humano fundamental, tem espaço, tem qualidade de vida e tem pessoas empreendedoras. Temos todas as condições para vencer e ir muito mais além. Pelo rio Tejo se vai para o mundo, como dizia Fernando Pessoa. Eu direi que de Vila Nova da Barquinha vamos, e iremos, para todo o mundo.
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INFORMAÇÃO E APOIO
Arroz Uma cozinha sem arroz é como uma mulher formosa a quem falta um olho. Confúcio, 551 a.C-479 a.C.
Armando Fernandes Crítico Gastronómico
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limento estratégico para biliões de pessoas chegou até à Península Ibérica via muçulmanos, encontrou terrenos propícios ao seu desenvolvimento, é nos dias de hoje matéria-prima de grande relevância na dieta alimentar dos portugueses entrando na composição de centenas de preparos culinários e de pastelaria. É longa e fascinante a história deste cereal carregado de simbolismos em terras asiáticas, no tocante à sua preparação no amplo significado do termo gastronomia, a mesma obedece a demorados e subtis tratamentos baseados nas tradições sem descurar o aperfeiçoamento derivado do progresso científico e técnico. Não tenho espaço para descrever os vários tipos de arroz, mas, grosso modo, lembro duas grandes tipologias: o denominado arroz de luxo – grãos oblongos e soltos – e o arroz corrente – grãos redondos -, tanto um como o outro para serem consumidos têm de ser objeto de prévia cozedura, que pode ser em água, ao vapor, 24
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em gordura ou em leite. O leitor interessado fará o favor de ler o instrutivo livro Instruções Para o Cozinheiro Zen, de Eihei Dogen, Assírio & Alvim, no qual se inserem instruções referentes ao tratamento e confeção de arrozes. Acresce que este Mestre cozinheiro nasceu em 1200 e morreu no ano de 1253. Nesse pequeno manual descrevem-se os cuidados a ter na lavagem do arroz em água límpida e o modo de ser convenientemente escorrido. Trouxe à colação o arroz na justa existência de arrozais no Ribatejo, daí o apreciado cereal entrar de pleno direito na matricialidade da dieta ribatejana, de o devermos considerar como produto específico a robustecer os receituários da província. No Ribatejo realizam-se concursos destinados a eleger o melhor arroz-doce em prova, se é de louvar este tipo de iniciativas, conviria pensarmos de forma ousada no tocante à exaltação dos grãos produzidos nos arrozais da província. Não me compete sugerir iniciativas, compete-me reavivar o facto de noutros países e latitudes o arroz ser rendoso ativo económico.
Muitos leitores conhecem restaurantes de comidas portuguesas espalhados no Mundo onde a colocarem na ementa a universal paelha, segundo o dizer dos seus responsáveis grafando paelha vendem bem o nosso arroz de (ou com) marisco, de outra forma não. Infelizmente não logram reconhecimento universal para nenhuma receita de matriz portuguesa. É lamentável, mas é verdade. A par dos espanhóis levámos o energético cereal para a América Latina, na companhia dos Holandeses disseminámo-lo pela costa africana, ajudando a transformá-lo num produto cultivado à escala global. Os italianos grandes produtores no Piemonte conseguiram conceber substancioso guia de arrozes, eu não sei se tal está subjacente ao aparecimento do filme Arroz Amargo onde refulgia a bela atriz Silvana Mangano, sei, isso sim, quão rendosa é a proliferação de comeres de arroz debaixo da chancela italiana. Aos produtores e cozinheiros portugueses lanço o repto para pensarem seriamente na possibilidade de concebermos um nicho original e suculento nicho arrozeiro de exclusivo cunho português. www.nersant.pt
INFORMAÇÃO E APOIO
O risco de incêndio A DINÂMICA DO FOGO - O FENÓMENO DO FOGO O QUE É O FOGO? • O fogo pode definir-se como sendo a combustão de um ou mais materiais com libertação de energia; • Uma combustão é uma reação química exotérmica, normalmente autossustentada, entre uma matéria combustível e um comburente; • Esta reação não é mais do que uma oxidação, isto é, uma combinação da matéria redutora (combustível) com um oxidante (comburente). Na maioria dos casos, o comburente é o oxigénio existente na atmosfera que rodeia o combustível; • O fogo é um fenómeno que envolve reações químicas fortemente exotérmicas (ocorrem com libertação de calor), entre uma substância combustível e um comburente; • As reações químicas, são denominadas combustões e são caracterizadas pela oxidação rápida do combustível pelo comburente; • A combustão é uma reação química, no decurso da qual, as substâncias com poder calorífico elevado são retransformadas nos seus constituintes de base (água, anidrido carbónico, óxidos metálicos, óxidos de carbono – combustão incompleta, etc.).
UM FOGO SEM CONTROLO NO ESPAÇO E NO TEMPO DESIGNA-SE POR INCÊNDIO − Para que ocorra uma combustão (fogo) é necessária a verificação de três condições em simultâneo: − Presença de um combustível – substância que é suscetível de dar início à reação de combustão, na presença de um comburente; − Presença de um comburente – normalmente é o ar que contém 21% de oxigénio em volume;
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− Presença de energia de ativação – energia mínima necessária para se iniciar a reação.
TRIÂNGULO DO FOGO COMBUSTÍVEIS
CARBURANTE
sólidos, líquidos, gasosos
oxigénio acima de 13%
CALOR energia inicial que provoque calor
O facto de coexistirem combustíveis e comburentes não significa, necessariamente, que eles entrem em combustão. Esta é uma condição necessária, mas não suficiente para se desencadear a reação de combustão. Para se iniciar a combustão de um dada quantidade de combustível na presença de um comburente, em proporções adequadas, é necessário propiciar essa reação de combustão através do fornecimento de uma determinada quantidade de energia. A essa energia designa-se por energia de ativação.
TETRAEDRO DO FOGO Dada a complexidade do fogo, o conceito do triângulo do fogo deve ser encarado apenas como uma descrição simples das condições necessárias para o desencadeamento da combustão. A autossustentação do fogo e o seu desenvolvimento são garantidas por uma reação em cadeia em que a própria energia de reação ao libertar-se pode fornecer a energia de ativação necessária ao envolvimento de mais matéria combustível e comburente na reação permitindo que o processo se mantenha.
REAÇÃO EM CADEIA A união do oxigénio com o combustível não é direta, ocorrendo através de uma
série de passos em que as reações se dão entre o oxigénio e os radicais livres emitidos pelo combustível, aquecido ao ponto de inflamação. O desenvolvimento da reação em cadeia está associado à formação de radicais livres. As reações dos radicais livres dão lugar às chamas visíveis e evolução do calor. Assim, para que exista incêndio é preciso que estejam presentes, em simultâneo e nas proporções necessárias, combustível, comburente e energia de ativação e, ainda, que a reação química se possa propagar em cadeia.
Como produtos da combustão temos o calor, os gases de combustão, o fumo e os aerossóis, a radiação luminosa e os produtos não voláteis, Após esta introdução, na próxima coluna falaremos dos agentes extintores para depois podermos integrar o decreto-lei em vigor sobre a proteção contra incêndios em edifícios.
Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt
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PORTUGAL 2020 - Aviso 22
Eficiência Energética na Indústria, Agricultura, Floresta e Pesca Estão abertas até dia 27 de abril as candidaturas ao Aviso 22 – Eficiência Energética na Indústria, Agricultura, Floresta e Pesca, do Fundo de Eficiência Energética (devorante FEE).
S
ão suscetíveis de financiamento medidas que promovam a eficiência energética, identificadas no artigo 4.º do Regulamento do Gestão do FEE, aprovado pela Portaria n.º 26/11, de 10 de janeiro, nomeadamente, o investimento de substituição dos equipamentos existentes por outros mais eficientes, da implementação de dispositivos de controlo e atuação que permitam otimizar as condições de uso e consumo de energia, e/ou da reformulação e integração de processos, que no seu conjunto apresentem um período de retorno simples inferior a 7 anos (84 meses). O período de retorno simples (meses) é calculado através do quociente entre o investimento total da medida em causa sobre a poupança liquida gerada pela implementação da mesma. O presente aviso, alinhado com as metas definidas para os Setores da Indústria e da Agricultura no Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE), pretende apoiar estes setores, em toda a extensão do território nacional, no sentido de diminuir o consumo energética, através da modernização e incremento da competitividade do setor. O financiamento dos projetos assume a forma de subsídio não reembolsável,
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sendo a dotação orçamental global de 1.350.000,00 € (um milhão e trezentos e cinquenta mil euros), distribuída em três tipologias de beneficiário: • «Beneficiário A»: Operadores de instalações do setor da agricultura, floresta e pesca, com código CAE compreendido entre o 01 e 03; (com 250.000,00€); • «Beneficiário B»: Operadores de instalações industriais (código CAE 05 a 33) cujo consumo energético, no ano civil anterior, tenha sido inferior a 500 tep/ ano, incluindo instalações com atividades nos domínios do abastecimento de água e do saneamento das águas residuais; (com 400.000,00€); • «Beneficiário C»: Operadores de instalações a cumprir as disposições constantes do Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril, Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia (SGCIE); (com 700.000,00€). A comparticipação, por candidatura, de despesas do FEE é de 30% das despesas totais elegíveis, até ao limite máximo de 80.000,00 € (oitenta mil euros). Cada candidatura deverá corresponder apenas a um projeto de eficiência energética, com a identificação da metodologia
de cálculo das poupanças associadas à mesma. A duração máxima de execução da operação é de 12 meses entre a data de assinatura do contrato de financiamento (celebrado entre o FEE e o beneficiário) e a data de apresentação do pedido de pagamento do projeto. Os incentivos a conceder às empresas no âmbito do presente Aviso serão efetuados ao abrigo do regime de minimis, conforme aplicável, nos termos dos Regulamentos (EU) n.º 1407/2013 e (EU) n.º 1408/2013, da Comissão Europeia, ambos de 18 de dezembro de 2013. As candidaturas são apresentadas ao FEE através do portal eletrónico do PNAEE (http://www.pnaee.pt/fee/candidaturas2016). Caso reúnam as condições de acesso, são analisadas e avaliadas, via avaliação de Mérito do Projeto (MP), onde são privilegiados os investimentos mais competitivos associados à maior redução de consumo de energia. MAIS INFORMAÇÕES: DATIC - Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: datic@nersant.pt Tel.: 249 839 500
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VIVER O TEJO
Mercados Ribeirinhos do Ribatejo
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sta rota pretende reviver os mercados tradicionais do princípio do século passado e estabelecer a ligação dos visitantes com os produtores locais de agricultura e artesãos. Para o efeito consideramse três localizações preferenciais: Cais de Tancos, em Tancos, concelho de Vila Nova da Barquinha, Aquapólis, em Abrantes e Praça Alexandre Herculano, em Constância. O Cais de Tancos é a localização que permite melhor ligação à área agrícola do Arripiado-Chamusca e que proporciona o enquadramento do Castelo de Almourol, o atravessamento do rio Tejo por barco e o passeio até ao Castelo de Almourol. Também possui oferta gastronómica de qualidade. Aquapólis, situado na margem esquerda do lado do Rossio ao Sul do Tejo, possui um espelho de água, e proporciona frescura e espaços de estadia organizados. Tem a ligação pretendida às áreas de produção agrícola, vinícola e oleícola. A Praça Alexandre Herculano, situada no centro de Constância é o palco ideal para estes mercados. Presentemente, ocorrem no 1.º domingo do mês. Produtores locais de agricultura, artesãos mostram e vendem o que melhor se produz na região. O enquadramento a esta praça, nomeadamente, os jardins e as margens de confluência do Zêzere com Tejo, tornam o espaço único muito acolhedor pelas suas sombras. Nestas localizações propostas é relevante a ampla facilidade de estacionamento automóvel para os visitantes. Os mercados ribeirinhos ocorrem com alguma sazonalidade e estão dependentes das organizações intervenientes, nomeadamente, associações locais, juntas de freguesia e produtores locais de frutas, legumes, queijos, enchidos, vinhos e rancho
Dia 1
Dia 2
Manhã Tancos - Visita ao mercado ribeirinho nas margens do Tejo
Manhã Visita ao mercado ribeirinho Constância - Praça Alexandre Herculano
Almoço Restaurante Almourol Tarde
Almoço Restaurante D. José Pinhão
Castelo de Almourol
Tarde
Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários.
Jardim-Horto de Camões
Aldeia do Arripiado Atravessando de barco, mesmo em frente a Tancos, encontra-se esta aldeia ribeirinha típica, muito bem conservada, com um cais e um jardim ribeirinho acolhedores. A arquitetura e as ruas bem ornamentadas são também pontos de interesse. Regresso a Tancos também de barco. Jantar Restaurante e Petiscos Bar Ribeirinho Alojamento Casa do Patriarca Casa João Chagas
Neste jardim, podemos encontrar 52 espécies botânicas referidas por Camões na sua lírica e nos “Lusíadas”. São pontos de maior interesse: o painel de azulejos elucidativo; a estátua de Camões; o Jardim de Macau; um pequeno auditório com uma reprodução do Planetário de Ptolomeu; uma esfera armilar; um poço de traça árabe e, uma âncora do séc. XVII arrancada ao Tejo e classificada pelo Museu de Marinha.
Visita ao mercado ribeirinho do Aquapólis Abrantes - Visita ao mercado ribeirinho do Aquapólis/Rossio ao Sul do Tejo.
Aquapólis – Parque Urbano e Ribeirinho de Abrantes Área requalificada, situada nas duas margens do Tejo. Neste parque é possível realizar passeios a pé, de bicicleta, praticar canoagem, remo, vela, windsurf. No areal da praia do Aquapólis existem condições para tomar banho e para a prática de voleibol, futebol e râguebi. Possui um anfiteatro ao ar livre e um centro náutico.
Informações e reservas www.viverotejo.pt
INFORMAÇÃO E APOIO
Equipamentos de Redes Informáticas
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ma boa gestão da sua rede informática passa em grande parte pelo conhecimento da mesma. Nada melhor, portanto, que conhecer a tarefa que cada equipamento se encontra a desempenhar, o que lhe permitirá obter conhecimentos cruciais que o podem ajudar não só a resolver problemas existentes na sua rede informática, mas também a ajudar no planeamento de melhorias futuras da sua rede informática.
equipamento que facilita a ligação entre os equipamentos da sua rede, fazendo com que através de um cabo de entrada possamos ter vários cabos à saída.
POWERLINE
REPETIDOR DE SINAL O Repetidor de Sinal é utilizado para disponibilizar vários pontos de acesso à sua rede Wi-Fi, por forma a garantir a qualidade do sinal Wi-Fi, mesmo em zonas onde o sinal Wi-Fi do Router não chegue com qualidade suficiente.
ROUTER O Router é o responsável pelo encaminhamento dos pacotes de dados, ou seja é o equipamento que faz a distribuição do sinal de rede. Na generalidade dos casos o Router é sempre o equipamento que se encontra ligado diretamente à ficha de rede instalada pelo seu fornecedor de internet. No entanto, isto não quer dizer que dentro de uma rede só pode existir um Router. De referir que hoje em dia quase a totalidade dos Routers trazem a possibilidade de distribuir também o sinal da rede Wi-Fi.
SWITCH De uma forma muito sucinta e simples, o Switch funciona como se fosse uma “ficha tripla” para os cabos Ethernet (cabo para ligar à Internet). Ou seja, o Switch é o
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Por Powerline entende-se um equipamento que possibilita que a distribuição do sinal de rede seja feito através da rede elétrica, permitindo assim evitar longas ligações de cabos por todo o edifício. A Powerline consiste em dois tipos de equipamentos: o adaptador e o extensor. O adaptador é responsável pela entrada da Internet na rede elétrica, devendo ser colocado idealmente numa tomada perto do Router. Por sua vez o extensor é responsável ir buscar a Internet à rede elétrica, devendo o extensor ser colocado numa tomada perto do equipamento que pretendemos ligar à rede.
ACCESS POINT O Access Point tem um propósito bastante semelhante ao do Repetidor de Sinal, pois também ele serve para proporcionar uma melhor qualidade do sinal de rede Wi-Fi nos diversos pontos de um edifício. A principal diferença entre ambos está no facto de que enquanto o repetidor de sinal expande um sinal Wi-Fi existente, o Access Point divulga o seu próprio sinal Wi-Fi, o que faz com que caso tenhamos um Router sem Wi-Fi possamos utilizar um Access Point para disponibilizar um sinal Wi-Fi.
BRIDGE A Bridge é um equipamento que tem como função fazer com que várias redes comuniquem independentemente entre si. Ao contrário do Router, com a Bridge as redes em que estabelecemos a comunicação continuam a ser tratadas como redes distintas. Esta comunicação pode ser feita por cabo ou por sinal sem fios, sendo que neste último caso a Bridge passa a chamar-se de Wireless Bridge.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Divulgados vencedores do II Concurso Incubar+Lezíria
Altos dirigentes da Benfica SAD, do Holmes Place e do Hospital da Luz votaram projetos empresariais na área da Inovação no Desporto, Saúde e Bem-Estar Decorreu no auditório da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, a sessão de júri do II Concurso de Ideias de Negócio do projeto Incubar+Lezíria. Domingos Soares de Oliveira, Administrador e CEO da Benfica SAD, Matteo Cerrutti, Diretor de Inovação do Holmes Place e Pedro Líbano Monteiro, Administrador do Hospital da Luz, integraram o júri que determinou os três vencedores.
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om o objetivo de fomentar o empreendedorismo e atrair projetos mais qualificados e inovadores para a Lezíria do Tejo, decorreu nos meses de novembro e dezembro o segundo de quatro concursos que
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este projeto vai realizar e que se centrou nas temáticas da Inovação no Desporto, Saúde e Bem-estar. Este 2.º concurso recebeu 36 candidaturas tendo sido selecionadas seis para participar na sessão de júri que decorreu dia 12 de janeiro, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, estando o auditório Silvino Sequeira praticamente lotado. As apresentações realizadas foram avaliadas por um júri composto por Domingos Soares de Oliveira, Administrador e CEO da Benfica SAD, Pedro Líbano Monteiro, Administrador do Hospital da Luz, e Matteo Cerrutti, Diretor de Inovação do Holmes Place, convidados pelos promotores do projeto a integrar o júri deste concurso. Integraram ainda o júri o professor Manuel Laranja, especialista em inovação, a Presidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, o Diretor da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, João Moutão, e a Presidente do Conselho de Administração da Desmor, Diva Cobra. O júri teve como critérios de análise a integração numa das áreas temáticas do concurso (fator eliminatório), o potencial
da ideia, o grau de inovação e criatividade do projeto, a incorporação de tecnologia e conhecimento, o interesse para o desenvolvimento da região, o grau de maturação da ideia e o potencial de criação de emprego qualificado.
OS VENCEDORES Os três projetos vencedores foram o Access4all, apresentado pelo promotor Telmo Matos, Healthy Times, apresentado pelo promotor Hélder Mendonça e Relay, apresentado pelo promotor Pedro Bernardes. Aos três projetos vencedores serão atribuídos um conjunto de benefícios, nomeadamente a pré-incubação física para desenvolvimento do projeto, em sistema de co-working reservado, por um período de três meses na Startup Santarém ou no Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, a incubação física (pós-início de atividade) em sistema de co-working reservado por um período de 6 meses na Startup Santarém ou no Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, a participação num Programa de Aceleração da Startup Santarém apoiado por uma equipa
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de consultores e mentores de referência, a participação no NERSANT Business e ainda uma bolsa monetária para transformação da ideia de negócio em iniciativa empresarial. O projeto Access4all, candidatado na área do bem-estar, é um projeto que pretende colmatar a necessidade de mercado ao nível de ofertas que proporcionem saúde, bem-estar e felicidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. A Access4all pretende ser uma empresa de animação turística e consultoria que dará apoio e criará programas de lazer, principalmente no âmbito do Turismo de Natureza Acessível. O foco do projeto consiste em criar atividades em que o público-alvo (pessoas com deficiência e mobilidade reduzida) convivam e tenham momentos únicos de bem-estar, saúde e felicidade, aliando atividades de animação turística ao contacto com a natureza. O promotor deste projeto, Telmo Matos, tem 31 anos e é Mestre em Ciências do Desporto. O projeto Healthy Times, apresentado nas áreas da Saúde e Bem-estar, é um sistema de distribuição automática de alimentação saudável à medida dos objetivos de treino dos clientes (num sistema de vending criado especificamente para este projeto). Com planos nutricionais cientificamente fundamentados e disponíveis no ginásio, as principais vantagens do Healthy Times são a elevada coerência entre objetivos do cliente e características dos planos, a simplicidade, o acesso a informação esclarecedora, e a conveniência de estar tudo pronto a consumir no momento e local certo. O promotor deste projeto, Hélder Mendonça, tem 29 anos e está a realizar o Mestrado na Escola Superior de Desporto de Rio Maior.
Telmo Matos
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O projeto Relay, apresentado na área da Inovação no Desporto, pretende criar uma aplicação que facilitará a gestão de clubes desportivos, em três vertentes: administrativa, operacional e comunicacional, permitindo o acesso de qualquer utilizador previamente autorizado pelo clube desportivo e de acordo com o perfil respetivo, em qualquer local e em qualquer tipo de dispositivo (smartphone, tablet e computador). As pessoas envolvidas nas atividades dos clubes desportivos em todo o Mundo são maioritariamente voluntários (direção, treinadores, pais e outros familiares). Não obstante este carácter amador, a gestão do “dia-a-dia” de um clube, mesmo um de pequena dimensão, implica dedicação e flexibilidade no desempenho de todas as tarefas, entre as quais as tarefas comunicacionais ganham uma importância determinante, sobretudo entre o clube, treinadores, atletas e pais. É para apoiar, facilitar e melhorar estas tarefas que o
Hélder Mendonça
Relay existe. O promotor deste projeto, Pedro Bernardes é Mestre em Direção e Gestão Desportiva e tem 43 anos. A realização de Concursos de Ideias é uma das componentes do projeto Incubar+Lezíria, liderado pela NERSANT e dinamizado em co-promoção com o Instituto Politécnico de Santarém, a Desmor e o Agrocluster Ribatejo, e pretende fomentar o empreendedorismo e atrair para a região a criação e desenvolvimento de ideias inovadoras. Qualquer interessado em iniciar uma atividade empresarial na Lezíria do Tejo pode beneficiar gratuitamente das ferramentas e atividades do projeto bastando para isso inscrever a sua ideia no website http://incubarmaisleziria.nersant.pt. Após essa inscrição será contactado pela equipa técnica para uma reunião na qual se dará início ao processo de acompanhamento do desenvolvimento da ideia com o objetivo de que a mesma possa resultar num negócio.
Pedro Bernardes
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO Concurso designa-se agora Montepio Acredita Portugal
Montepio associa-se à Acredita Portugal e fazem renaming do maior concurso de empreendedorismo do país O maior concurso de empreendedorismo a nível nacional e segundo maior do mundo designa-se agora Montepio Acredita Portugal. A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) associa-se assim como mainsponsor ao concurso promovido pela Acredita Portugal, nesta que é já a sua 7.ª edição. A parceria estende-se aos próximos três anos. O concurso promovido pela Acredita Portugal e CEMG tem como objetivo apoiar ideias, projetos e negócios promissores de qualquer cidadão, independentemente da idade e do nível de formação. A participação permite o contacto direto entre candidatos e especialistas e mentores, investidores, assim como o acesso a formação personalizada e a oportunidade de integrar um programa de pré-aceleração. As candidaturas podem ser submetidas online, de forma gratuita através do site oficial da Acredita Portugal. A concurso estão mais de 500 mil euros em prémios. “Esta parceria com a CEMG é o reflexo do impacto positivo do concurso. Conseguirmos fechar parcerias mesmo com o concurso a decorrer demonstra não só a viabilidade do mesmo como o potencial das ideias empreendedoras que são submetidas. Os nossos parceiros acreditam, tal como nós, na qualidade de cada uma das ideias de negócio que são submetidas, são eles que tornam possível a implementação dos projetos numa ótica de estímulo à economia do País”, refere José Miguel Queimado, mentor do concurso.
Para João Lopes Raimundo, administrador da CEMG, esta parceria “vem reforçar a importância do empreendedorismo e da Economia Social para a CEMG. A CEMG acredita que num mundo cada vez mais digital é possível partilhar experiências e conhecimentos que potenciam a criação de ideias, conceitos e projetos de carácter fortemente inovador, cujos impactos na sociedade e na economia nacional serão decerto relevantes”. Enquanto instituição do setor da Economia Social, a CEMG tem por missão colocar o progresso económico ao serviço dos clientes e da comunidade, e defende o envolvimento crescente do mundo empresarial na resolução das questões sociais, a promoção de uma sociedade inclusiva e o desenvolvimento de uma cidadania consciente. O concurso Montepio Acredita Portugal conta com o apoio do software online DreamShaper, uma ferramenta pedagógica e interativa que permite transformar uma ideia num plano de negócio através de um processo simples, dividido em várias eta-
pas, abordando oportunidades de negócio, testes de conceito, planos de marketing e financeiros, com recurso a vídeos tutoriais, exemplos e um glossário. A última edição do concurso Acredita Portugal registou 13.093 ideias de negócio. No total das edições, mais de 120.000 portugueses já participaram no concurso Acredita Portugal. Podem inscrever-se todos os cidadãos de nacionalidade portuguesa, cidadãos descendentes em primeiro ou segundo grau de parentesco de nacionais portugueses, e cidadãos que residam em território português com título válido de autorização de residência. Os 150 semi-finalistas são selecionados a 1 de abril. Na fase seguinte, ficam apenas os 21 finalistas. A cerimónia de entrega de prémios acontece a 2 de junho. Além da CEMG, o concurso conta, entre outros, com parceiros como a Brisa, KCS IT Fundação PT, Microsoft, Sage, SIC Notícias e DNS.pt Mais informação e regulamento disponíveis em: www.acreditaportugal.pt.
Empresário do Ribatejo convidado para ciclo de tertúlias sobre empreendedorismo e negócios “Conversas descomplicadas” é o novo projeto de André Leonardo que teve como primeiro convidado Luís Rato, o empreendedor responsável pela criação da marca Kiosque Street Food (KSF), em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Açores. O projeto consiste num ciclo de tertúlias a realizar em Portugal com o intuito de trazer para o debate público temas relacionados com o empreendedorismo, negócios, fazer acontecer e novas tendências num formato totalmente informal e “descomplicado”.
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Entre outros temas, Luís Rato (Brand Manager da empresa Verso Move e Presidente da Associação Street Food Portugal) explicou o potencial dos novos negócios de gastronomia na rua e desmistificou o conceito de “Street Food” enquanto impulsionador do desenvolvimento local, tendo como base o exemplo da empresa Verso Move e a evolução da marca KSF na área da transformação de veículos para venda de comida de rua. De salientar ainda que a Verso Move continua a crescer no mercado nacional
e internacional, antecipando tendências e inovando no desenvolvimento, produção e comercialização de produtos e serviços. A referida empresa situa-se no Cartaxo.
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Escola Profissional de Salvaterra forma alunos para restaurantes Michelin Foi com um especial orgulho que a Escola Profissional de Salvaterra de Magos viu serem distinguidos pelo Guia Michelin restaurantes portugueses que têm, nas suas equipas, vários dos seus ex-alunos. Fortaleza do Guincho, do chef Miguel Rocha Vieira (primeiro chefe português a ter 3 Estrelas Michelin), Restaurante Alma, de Henrique Sá Pessoa, Loco, do chef Alexandre Silva e L’and Vineyard, do chef Miguel Laffan, são quatro dos novos restaurantes premiados na edição de 2017
EPSM abriu portas a um seminário sobre empreendedorismo No dia 10 de janeiro, a Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM) abriu portas ao Seminário de Empreendedorismo – “Casos de sucesso”. O seminário contou com as presenças de dois antigos alunos da escola. Tiago Galão (Artes Gráficas) e Fábio Simões (Contabilidade) transmitiram as suas experiências pessoais face ao empreendedorismo, após a conclusão do curso profissional na EPSM. A iniciativa, coordenada na escola pela professora Vera Figueiredo, contou com as participações dos professores Alexandre Neves (Contabilidade) e Carlos Rocha (Artes Gráficas). O seminário foi organizado pelo CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social) de Marinhais.
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que têm nas atuais equipas oito ex-alunos saídos desta escola. Duarte Bernardo, presidente da Direção da Escola Profissional de Salvaterra de Magos confessou à Ribatejo Invest que “foi com muita satisfação que a EPSM soube desta novidade, ainda que tenhamos a humildade de reconhecer que o nosso contributo para a conquista destes prémios é ínfimo, não deixa de ser um orgulho para nós sabermos que jovens formados na nossa escola integram estas equipas de grande prestígio, onde só têm lugar os melhores. De certa forma, acaba por ser um reconhecimento do nosso trabalho e, ao mesmo tempo, um incentivo para continuarmos o nosso caminho”. Para além destes casos de sucesso, a EPSM conta já com uma longa lista de ex-alunos que trabalharam nos mais prestigiados restaurantes portugueses e estrangeiros. Duarte Bernardo explica que “a EPSM tem um conjunto de protocolos de cooperação estabelecidos com empresas de referência neste sector, como os restaurantes Vila Joya, Ocean, Belcanto, Eleven, Feitoria, entre outros”, o que tem possibilitado a realização de estágios curriculares que se têm revelado decisivos para o futuro profissional destes jovens. Um destes casos é o de Diogo Duarte, vencedor no concurso nacional Jovem Talento da Gastronomia 2016, na categoria Artes de Mesa, atualmente a trabalhar no restaurante Alma. O seu desempenho no estágio curricular, realizado no restaurante Alma foi de tal forma surpreendente que foi de imediato convidado a continuar lá. Diogo Duarte assim a proeza de ser o funcionário
Duarte Bernardo, presidente da Direção da Escola Profissional de Salvaterra de Magos
mais jovem a trabalhar num restaurante premiado pelo Guia Michelin, uma vez que tinha apenas 17 anos quando começou a trabalhar com o Chefe Henrique Sá Pessoa. Muitos dos ex-alunos da EPSM continua a colaborar com a escola, seja enquanto empresários que acolhem alunos para realização de FCT, seja como júris de PAP ou convidados na dinamização de atividades pedagógicas. “Estes ex-alunos constituem, efetivamente, uma inspiração para os nossos alunos que, desta forma, têm contacto direto com casos reais de sucesso e que, assim, se sentem motivados para continuar a trabalhar de forma empenhada e dedicada, definindo objetivos cada vez mais ambiciosos para o seu futuro profissional. Para além disso, não podemos esquecer também a mais-valia que representa todo o know-how adquirido pelos antigos alunos, agora integrados no mercado de trabalho, que tentamos transmitir aos alunos agora em formação, através de momentos concretos de partilha.
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Instituto Português do Desporto e Juventude lançou programa para jovens empreendedores O Instituto da Juventude lançou um programa de apoio à criação de empresas por jovens e de empregos para jovens, para os próximos dois anos. O programa Empreende Já, promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ, IP), foi apresentado em Lisboa, na presença do secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo. O Empreende Já destina-se a apoiar a criação e o desenvolvimento de empresas e de entidades da economia social, assim como a criação de postos de trabalho, por e para jovens. O programa terá duas edições, entre 2016 e 2018, cada uma com duas ações distintas. A primeira destina-se a apoiar o desenvolvimento de projetos de aquisição de competências por parte dos jovens, enquanto a segunda se destina a apoiar a sustentabilidade de entidades e de postos de trabalho criados ao abrigo do programa, resultantes de projetos desenvolvidos por jovens empreendedores. O IPDJ pretende envolver na primeira ação deste programa 630 jovens NEET (que não trabalham, não estudam e não se encontram em formação) dos 18 aos
29 anos e apoiar a integração e a sustentabilidade de 180 postos de trabalho. Os jovens empreendedores terão durante 6 meses uma bolsa de apoio financeiro equivalente a 1,65 do Indexante de Apoio Social (IAS) e os que passarem para a segunda ação receberão 10.000 euros para apoio à constituição e sustentabilidade da empresa ou entidade de economia social criada. O segundo apoio financeiro implica o compromisso de manter a entidade em atividade durante 2 anos. O Empreende Já é uma medida integrada no Plano Nacional de Implementação de uma Garantia para a Juventude, cofinanciado, no valor de 4.600.000,00 euros, pelo PO ISE -- Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, no âmbito do eixo prioritário 2 -- Iniciativa Emprego Jovem.
Debate internacional sobre inovação em turismo em Lisboa Lisboa recebe em março a conferência internacional que servirá de debate das melhores ideias de inovação em turismo e onde irá anunciar o vencedor do Tourism Innovation Competition, lançado pelo The Lisbon MBA e o Turismo de Portugal. O Tourism Innovation Competition é uma iniciativa criada em parceria pelo The Lisbon MBA e o Turismo de Portugal, com vista a melhorar a experiência da população, a nível mundial, na sua visita aos monumentos e museus portugueses. A segunda edição da iniciativa está a ser promovido mundialmente, por forma a captar o que melhor está a ser pensado em todo o mundo. Os inovadores / candidatos terão que responder à pergunta: “Como garantir uma melhor experiência ao visitante que, ao mesmo tempo, seja também um mecanismo de co-criação de conteúdo e promoção?”
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O prazo de submissão de inscrições decorre até ao dia 14 de fevereiro, sendo que o projeto vencedor deste concurso mundial de ideias será financiado, até 100 mil euros pela Portugal Ventures, de forma a ser implementado no território português. De referir que na primeira edição, o desafio lançado foi o de encontrar uma solução para recolha e sistematização de informação de valor para os diferentes stakeholders a atuar na área do Turismo. O vencedor foi um projeto de portugueses que permite analisar o comportamento dos turistas usando social media.
Digidelta presente em espaço de produtos inovadores no Ministério da Economia No passado dia 21 de dezembro, o Ministério da Economia inaugurou o “Espaço 560”, espaço de exposição de produtos nacionais inovadores e inspiradores, reveladores da qualidade da indústria portuguesa. “O Espaço 560 é simbólico por duas coisas: mostra a qualidade que tem a nossa produção industrial e a valorização que nós queremos dar aos produtos portugueses e isso também se faz mostrando o que Portugal faz hoje”, afirmou o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, após a inauguração do Espaço, em Lisboa. Referindo a inovação em vários setores, como o têxtil, automóvel, aeronáutica, os produtos tradicionais e agroalimentares, todos representados no Espaço 560, o Ministro lembrou que “Portugal tem hoje produtos da mais alta qualidade e tecnologicamente avançados, e são alguns desses produtos que temos aqui em mostra neste espaço. O que queremos é que, quem entre no Ministério da Economia, possa ver o que a indústria portuguesa hoje está a fazer”. “Mas vamos usar este espaço também para ter eventos e trazer cá empresas que apresentem os seus projetos, os seus produtos, que expliquem qual foi o seu modelo de negócio e trajeto, quais foram as dificuldades e os fatores que levaram ao seu sucesso”, acrescentou ainda Manuel Caldeira Cabral. O Ministro disse também que o objetivo é “que o Ministério da Economia seja um espaço aberto às empresas e às ideias, e que seja um espaço em que as empresas se revejam como um espaço e um Ministério que promove o que de melhor há em Portugal”. A Digidelta, empresa de Torres Novas, está presente neste espaço os painéis LED Digital da NetScreen, a marca de tecnologia LED do grupo.
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FEI e Comissão Europeia lançam nova iniciativa de reforço para a Inovação Social O FEI - Fundo Europeu de Investimento e a Comissão Europeia, anunciaram recentemente uma nova iniciativa para ajudar os fornecedores de microfinanciamento e de financiamento de Empresas Sociais a desenvolverem os seus negócios ao abrigo do EaSI - Programa da União Europeia para o Emprego e a Inovação Social. A nova “janela de investimento do EaSI para o desenvolvimento das capacidades” irá reforçar a capacidade dos intermediários financeiros selecionados no domínio do microfinanciamento e do financiamento de Empresas Sociais. O FEI irá apoiar, principalmente através de investimentos em capital próprio (por exemplo, capital de arranque, capital de risco), o desenvolvimento desses fornecedores de financiamento, por exemplo através da abertura de uma nova filial, do investimento em recursos humanos, do desenvolvimento de uma nova ferramenta informática ou do financiamento de certas despesas. Em última análise, estes investimentos ajudarão a aumentar a oferta e as oportunidades para os micromutuários e as empresas sociais. Espera-se que, com a entrada em vigor da janela de investimento do EaSI para o desenvolvimento das capacidades, se reforce o ecossistema para o microfinanciamento e o empreendedorismo social, ao mesmo tempo que se catalisam investimentos adicionais nas economias europeias e se reflita o firme compromisso da Comissão Europeia de lançar iniciativas concretas com vista a promover o
emprego, o crescimento e o investimento.
EASI, O PROGRAMA DA UE PARA O EMPREGO E A INOVAÇÃO SOCIAL O EaSI - Programa da União Europeia para o Emprego e a Inovação Social, visa apoiar o objetivo da UE de atingir um elevado nível de emprego, uma proteção social adequada, lutar contra a exclusão social e a pobreza e melhorar as condições de trabalho. A Garantia EaSI foi lançada em junho de 2015 e é financiada pela Comissão Europeia e gerida pelo Fundo Europeu de Investimento Presta apoio aos intermediários financeiros que oferecem microcréditos a empresários ou financiamento às empresas sociais que não teriam podido obter financiamento de outro modo devido ao seu perfil de risco. O objetivo é melhorar o acesso ao microcrédito por parte de grupos vulneráveis que queiram criar ou desenvolver o seu negócio ou microempresa, nomeadamente através de empréstimos de valor não superior a 25.000 euros. Além disso, pela primeira vez, a Comissão Europeia presta apoio a empresas sociais, fazendo investimentos até 500.000 euros.
Além disso, a Comissão está igualmente a reforçar a dimensão social do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), com vista ao microfinanciamento e ao empreendedorismo social. De um modo geral, espera-se que o montante total do apoio prestado aumente (de 193 milhões de euros, ao abrigo do programa EaSI) para cerca de mil milhões de EUR, mobilizando cerca de 3 mil milhões de euros de investimento adicional.
O FUNDO EUROPEU DE INVESTIMENTO O FEI - Fundo Europeu de Investimento faz parte do grupo do BEI - Banco Europeu de Investimento e a sua principal missão é ajudar as micro empresas e as PME da Europa, facilitando-lhes o acesso ao financiamento. O FEI concebe e realiza operações de capital de risco e de capital de crescimento, instrumentos de garantia e de microfinanciamento especificamente destinados a este segmento de mercado. Desta forma, o FEI prossegue os objetivos da UE nos domínios da inovação, investigação e desenvolvimento, empreendedorismo, crescimento e emprego.
Mais de 18 milhões de euros para cofinanciar Business Angels A IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento lançou no início de janeiro, a 2.ª fase do concurso para cofinanciamento de Entidades Veículo de Business Angels, num valor total superior a 18 milhões de euros. As entidades beneficiárias são as Entidades Veículo, detidas diretamente e maioritariamente por Business Angels, que estejam credenciados enquanto tal pelo IAPMEI. O período de candidaturas decor-
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re até às 18h00 do dia 20 de fevereiro. Os intermediários financeiros poderão apresentar candidaturas ao concurso através da plataforma certificada VortalGov. A IFD estima que esta linha de financiamento, comparticipada pelo programa Portugal 2020 (Programas Operacionais Regionais do Algarve, Lisboa e Norte e pelo POCI-Compete), venham a potenciar um financiamento direto às PME superior a 30 milhões de euros.
Os beneficiários receberão recursos do Fundo de Capital e Quase Capital (FC&QC), gerido pela IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, S.A., no âmbito do instrumento financeiro Linha de Financiamento a Entidades Veículo de Business Angels (2.ª fase), com uma dotação global do FC&QC de 18.540.067,73 euros.
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Linda’s School Instituto de Línguas
Um exemplo vivo de inovação na educação À entrada no seu trigésimo aniversário a Linda’s School tem como objetivo destacar-se no panorama dos Institutos de Línguas como pioneira na implementação de projetos colaborativos, dinamização de atividades interativas de prática de línguas estrangeiras, alternativas de gestão emocional e a utilização consistente de tecnologia na educação.
E
m qualquer dos casos pretendese que o resultado final seja não só a aquisição de competências a nível linguístico, mas também o desenvolvimento dos chamados soft skills, que passaram a ser, mais do que uma opção, uma necessidade em qualquer curriculum.
TOTALLY ENGLISH De entre os seus projetos mais inovadores, destaca-se o Totally English, através do qual a escola desenvolve visitas de estudo, jantares e eventos temáticos interativos, fins-de-semana e férias com prática de inglês, palestras com convidados de diversas áreas de influência e de diversas nacionalidades, workshops das mais variadas áreas, atividades lúdicas e os já referidos projetos colaborativos. No que se refere a projetos colaborativos os objetivos fundamentais passam não só pela prática do inglês em contextos reais, como pela aprendizagem da cooperação e da solidariedade, empreendedorismo e desenvolvimento de capacidades de organização e gestão de tarefas e eventos por parte dos jovens. A Linda’s School tem de momento em marcha dois projetos colaborativos, sendo eles o Art in Motion Linda’s School em parceria com a Africa Alive Education Foundation de Getrude Matshe e a tradução do livro de Ricardo Frade: Pé Descalço – da Suécia a Portugal sem um Tostão. No âmbito do primeiro estão a leilão 7 pinturas criadas pelos alunos para angariar fundos para a educação, alimentação e cuidados básicos de saúde de crianças, na sua maioria órfãs de HIV no Zimbabwe, país de expressão inglesa. Para ver os quadros ou licitar pode ser visto o vídeo com o título Art in Motion Online Fundraising Auction da Linda’s School. Está em marcha também a realização de um concerto solidário de jovens para jovens para o próximo ano de 2017. Quanto ao livro, será lançado em breve e a comissão organizadora assume que tem sido um desafio constante de apren-
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dizagem, pois explica que “traduzir um livro para inglês com a colaboração de 22 alunos, cada qual com uma compreensão diferente da versão original obriga sem dúvida a um grande exercício de flexibilidade e cooperação”. Destaca-se que este livro também tem um cariz solidário sendo a tradução feita em regime de voluntariado para que os fundos gerados para pagamento da mesma revertam a favor da Mundos de Vida - Associação para a Educação e Solidariedade que para além de muitos outros projetos promove o programa mais inovador a nível nacional para a reinserção de crianças em famílias de acolhimento.
FOCUS SCHOOL A Focus School é um projeto de coaching vocacionado não só para estudantes, encarregados de educação e professores, como para empresas e população em geral e contém propostas quer em português, quer em inglês. As propostas são tão diversas como Estudar é Simples!, Focus, Desfazendo a Teia Emocional, Como Des-Pre-Ocupar, Como lidar com filhos hiperativos… seja a mudança que espera deles ou até mesmo o Gabinete de Apoio ao Estudante com o Coaching de Apoio ao Estudo e o Treino de Competências, entre outos.
INTERACTIVE FOCUS ACADEMY E por último a mais recente criação da Linda’s School: a sua plataforma de cursos de línguas e coaching online. Esta plataforma pretende ser uma porta aberta para
o mundo com cursos gerais de línguas em regime de b-learning e e-learning ou até mesmo os chamados Creative English Workshops que existem também em Francês, Espanhol, Português para Estrangeiros e posteriormente Mandarim e Árabe. A Linda’s School criou o seu próprio método: o Intermittent Language Learning © e a sua abordagem faz chegar as línguas e os projetos de Coaching da Focus School aos seus clientes a qualquer hora e em qualquer lugar. O lema da Interactive Focus Academy é Aprender é simples e divertido! e quer seja para uma ambiente corporativo, quer seja para um cidadão comum o objetivo é motivar e inspirar quem se inscreve nestes cursos, criando formas inovadoras, flexíveis e eficazes para aprender e consolidar os conteúdos propostos. Esta plataforma oferece aos seus utilizadores também um blogue onde se dinamiza a partilha de conhecimentos e experiências de aprendizagem.
NOVOS IDIOMAS Salienta-se que a Linda’s School adicionou ao seu cardápio de línguas disponíveis o Mandarim e o Árabe, que vêm assim juntar-se ao Francês, Alemão, Espanhol, Inglês e também o Português para Estrangeiros. Para mais informação a Linda’s School pode ser contactada através dos seus websites www.institutolindaschool.com ou http://academy.institutolindaschool. com (plataforma online).
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Associação reforça liderança no apoio ao empreendedorismo e criação de emprego
Novas empresas criadas com o apoio da NERSANT investiram 7 milhões de euros na região em 4 anos Desde 2013, foram criadas no distrito de Santarém 375 novas empresas com o apoio da NERSANT. Estes números, agora divulgados pela Associação Empresarial, e que se referem aos últimos quatro anos, revelam que foram analisadas e trabalhadas pela NERSANT 1785 ideias de negócio, no âmbito dos vários projetos de apoio ao empreendedorismo que têm vindo a ser desenvolvidos.
O
dinamismo dos empreendedores ribatejanos, apoiados pela NERSANT, resultou na concretização de 460 planos de negócio, na criação de 375 novas empresas, e em 511 novos postos de trabalho, nos mais diversos setores de atividade. De realçar que só em 2016 foram criadas 96 empresas que resultaram em 142 novos postos de trabalho. Importa referir que a criação destas novas empresas motivou um investimento de mais de 7 milhões de euros, dos quais perto de 1 milhão e 800 mil euros foram investidos em 2016. Só no primeiro ano de atividade estas novas empresas geraram um volume de negócios no valor de 24 milhões de euros. Na opinião da NERSANT, estes são valores impressionantes e muito positivos que comprovam que o apoio prestado
pela NERSANT aos empreendedores é o mais adequado e completo, possibilitando aos empreendedores um ambiente integrado de apoio ao empreendedorismo. Através do Sítio do Empreendedor, projeto dinamizado pela NERSANT e apoiado por uma vasta rede de parceiros, os empreendedores beneficiam de um apoio integrado e complementar, que começa desde a fase de maturação da ideia e os acompanha até ao final do primeiro ano de atividade, proporcionando-lhes suporte nos três principais vetores de apoio ao empreendedorismo: capacitação (pré e pós início de atividade), financiamento e instalação. Para além do Sítio do Empreendedor, a NERSANT está simultaneamente a dinamizar o projeto Incubar+Lezíria, em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém, o Agrocluster Ribatejo e
a Desmor. Este projeto, que assume a forma de Concursos de Ideias de Negócio nas mais diversas áreas, visa promover o empreendedorismo qualificado e criativo. Este programa dirige-se a todos os empreendedores, sobretudo os mais jovens e qualificados, oriundos de qualquer ponto do país, que estejam interessados em iniciar uma atividade ou criar uma empresa inovadora e sediála num dos concelhos pertencentes à Lezíria do Tejo.
Santarém, Ourém e Benavente campeãs na criação de sociedades em 2016 A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, analisou o ranking de criação de sociedades do distrito de Santarém e verificou que Santarém, Ourém e Benavente foram os concelhos que mais sociedades criaram em 2016. Santarém criou 177 sociedades, Ourém criou 116 e Benavente 100. Destaque também para Torres Novas, que aparece em 4.º lugar do ranking, com 95 sociedades criadas, e, logo de seguida, para Tomar, com 77 sociedades criadas, ocupando o concelho o 5.º lugar. Empatados em 6.º lugar estão os concelhos de Salvaterra de Magos e Almeirim, com 59 sociedades criadas, mais uma
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que a cidade de Abrantes, que se encontra, neste ranking, em 7.º lugar. Em 8.º lugar está Rio Maior, com a criação de 57 sociedades, em 9.º lugar o Cartaxo, com 55 sociedades, e o Entroncamento em 10.º lugar, com a constituição de 42 sociedades. Seguem-se os concelhos de Coruche (32), Alcanena (28), Alpiarça (17), Golegã (16), Chamusca (15), Mação (14), Vila Nova da Barquinha (12) e Ferreira do Zêzere (10). Sardoal e Constância são os únicos dois concelhos com um índice de constituição de sociedades abaixo de 10 no ano de 2016, com 2 e 4 sociedades criadas, respetivamente.
177
Santarém
116
Ourém
100
Benavente
95
Torres Novas
77
Tomar
59
Almeirim Salvaterra de Magos
59
Abrantes
58
Rio Maior
57
Cartaxo
55 42
Entroncamento
32
Coruche
28
Alcanena
17
Alpiarça Golegã
16
Chamusca
15
Mação
14
Vila N. da Barquinha
12 10
Ferreira do Zêzere
4
Constância
Sardoal 2
0
50
100
150
200
Total: 1045
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Benavente Vila Hotel
Um hotel no coração da Lezíria Ribatejana Foi há seis anos que o Benavente Vila Hotel abriu as suas portas pela primeira vez. Numa combinação perfeita entre um design moderno e a tradição da lezíria Ribatejana, o Benavente Vila Hotel foi pensado para satisfazer as necessidades de todos aqueles que se dirigem a esta região por motivos profissionais e lazer.
O
Benavente Vila Hotel é o resultado do espírito empreendedor e da persistência da empresária Isabel Moreira e das suas filhas Susana Lino e Andreia Sousa. Mulher determinada e já com uma longa experiência empresarial, foi em 1992 que Isabel Moreira, constatando que não existia em Benavente nenhuma oferta de alojamento local viu aqui uma oportunidade de negócio. Arriscou e transformou uma habitação de família numa residencial com 11 quartos. Nasceu assim a Residencial O Cantinho, que desde então se renovou e se mantém de portas abertas, funcionando hoje como um complemento ao Benavente Vila Hotel. Habituadas ao espírito empreendedor da mãe, quando as filhas de Isabel Moreira terminaram a sua formação académica, (Susana Lino, licenciada em Contabilidade e com uma Pós-graduação em Gestão Hoteleira e a irmã Andreia Sousa, licenciada em Gestão, com mestrado em Marketing) decidiram seguir as pisadas da mãe, dando assim continuidade ao negócio da hotelaria. Contudo, herdeiras do espírito empreendedor da mãe, as duas jovens decidiram que não iam ficar por ali e a ideia de avançar para a construção de um hotel começou a tomar forma. Susana Lino, a atual diretora do hotel, explicou à Ribatejo Invest que esta decisão surgiu depois de constatarem que o aloja-
A maioria dos nossos clientes são estrangeiros. São clientes empresariais, que permanecem cá de 2.ª a 6.ª feira, e que trabalham em todos os setores, da agricultura à indústria, em várias empresas da região.” 40
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Susana Lino e Andreia Sousa
mento disponível na altura em Benavente já não respondia em quantidade nem em qualidade à necessidade que existia. Muitos dos hóspedes que ficavam na Residencial eram quadros técnicos e funcionários de empresas que vinham à região por motivos profissionais e que ficavam na região durante uns dias. “Mas havia alguns requisitos, algumas exigências por parte das empresas e dos hóspedes a que nós não conseguíamos dar resposta. Estamos a falar de um outro segmento de clientes, como empresários ou quadros superiores que tinham já outras exigências para o seu alojamento, como pequeno-almoço incluído, receção 24 horas, o que nós não dispúnhamos nessa altura”. O hotel mais perto ficava em Vila
Franca de Xira e foi nessa altura, em 2008, que decidiram avançar com o projeto de construção de um pequeno hotel, feito à medida das necessidades da região e que respondesse ao tipo de procura que existia. Em julho de 2008 iniciaram o processo de aquisição de um edifício, situado bem no centro histórico da vila de Benavente, edifício que uns anos antes tinha acolhido o Banco Nacional Ultramarino. Seguiu-se toda a fase de projeto e de reconstrução do edifício. Sem querer avançar com números, Susana Lino diz apenas que não tiveram qualquer tipo de apoio e que o investimento foi totalmente privado. A empresária recorda que foi um “processo burocrático difícil, principalmente a
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parte do licenciamento. Tivemos que viver isto intensamente para que isto andasse, e de forma a que cumpríssemos as regras a que os hotéis estão sujeitos. Como estamos numa zona sísmica tivemos que reforçar um pouco mais a estrutura do edifício, mas tivemos sempre o apoio dos técnicos da Câmara Municipal, que nos ajudaram neste processo” recorda. O nosso objetivo era “manter um edifício moderno devidamente enquadrado na zona histórica da vila, mas queríamos um hotel empresarial, queríamos afastar-nos da imagem de hotel rural”, explica. Dois anos depois, em 2010, o Benavente Vila Hotel abriu as suas portas, criando 11 postos de trabalho. Susana Lino e Andreia Sousa reconhecem que a experiência que já tinham adquirido com a gestão da Residencial foi uma mais-valia para a concretização deste projeto. Ambas dividem as responsabilidades na gestão do Benavente Vila Hotel e da Residencial O Cantinho, que funcionam de forma complementar. “Quando não temos quartos disponíveis no hotel, apresentamos sempre como alternativa a Residencial e vice-versa. Nunca deixamos ninguém sem resposta”, explica Susana Lino.
MAIORIA DOS CLIENTES SÃO ESTRANGEIROS Situado bem no centro da vila de Benavente, esta unidade hoteleira de três estrelas apostou num estilo de decoração contemporâneo. O hotel disponibiliza 20 quartos, conseguindo ter uma taxa de ocupação média de 70%. A maioria dos clientes são estrangeiros (espanhóis, ingleses, alemães e italianos.) São, como explica a diretora do hotel, “clientes empresariais, que permanecem cá de 2.ª a 6.ª feira, e que trabalham em todos os setores, da agricultura à indústria, em várias empresas da região”. Alguns vêm fazer negócios, outros são técnicos que vêm fazer auditorias às empresas portuguesas, ou vêm fazer manutenção ou assistência técnica. Com a ocupação do hotel estreitamente correlacionada com a atividade das empresas da região, Susana Lino diz que é notório e benéfico o impacto que algu-
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mas empresas instaladas já com alguma dimensão suscitam na economia local. O período mais difícil que tivemos foi entre 2010 e 2011, foram anos muito difíceis em todos esses setores e nós sentimos que as empresas tiveram essa quebra, porque houve muito menos atividade”, referiu. A época baixa situa-se entre os meses de dezembro e janeiro, período que coincide com um maior abrandamento da atividade industrial. “Temos tentado contrariar isso e manter algum equilíbrio, até porque é um período em que as empresas organizam os seus almoços e jantares de Natal no nosso restaurante. Para além de realizarmos um programa de Réveillon no hotel”, explica. Um dos pontos fortes é o restaurante, com uma vista panorâmica sobre a vila de Benavente e a lezíria ribatejana. A ementa é cuidada e o serviço de vinhos de excelência, tendo a carta de vinhos sido premiada por diversas vezes. No último piso, há também um terraço com esplanada, onde é possível fazer refeições, descontrair no final do dia, ou mesmo trabalhar. O hotel dispõe de wi-fi gratuito e são muitos os clientes que aproveitam este espaço para trabalhar ou mesmo para realizar algumas reuniões de trabalho. Um dos desejos desta empresária era que existisse uma maior aposta no turismo.
“Precisamos que o turismo se desenvolva mais para que ao fim de semana possamos trazer mais pessoas a Benavente. Gostávamos muito de ter mais clientes que viessem visitar esta região mas, para isso, há que investir nesta área, criar uma oferta turística, organizar atividades, algo que as pessoas possam ver e fazer”. Um dos pontos fracos que assinala é a inexistência de atividades ao fim de semana. “Nós temos clientes de 2.ª a 6.ª e o que verificamos é que, ao fim de semana, existe muito pouco para fazer aqui na vila”. “Nós temos conseguido fazer boas parcerias, por exemplo com os Cruzeiros do Tejo, Passeios a Cavalo, Provas de Vinhos, entre outras, mas são atividades organizadas pelo hotel, não existe uma oferta integrada e regular. Na realidade todos tínhamos a ganhar se a região se desenvolvesse mais a nível turístico.” Apesar das dificuldades, Susana Lino considera que vale a pena ser empresária e arriscar num projeto pessoal. “As pessoas têm é que ter consciência que é preciso trabalhar muito e que os frutos não aparecem nem no primeiro nem no segundo ano, não se pode pensar que basta fazer um investimento e que o retorno é imediato”. O importante, diz, “é estar focado na qualidade do serviço e em ter um cliente satisfeito”. Para isso, “tem de se trabalhar sempre, sem horário. Um cliente que está aqui esta semana tem de sair satisfeito para voltar na próxima semana, e na próxima semana tem também de ficar satisfeito. Esse trabalho é o mais importante, não só o conquistar novos clientes, mas mantê-los satisfeitos em todos os momentos. Fidelizar os clientes exige sempre muito trabalho, um esforço contínuo”. A empresária relata que o principal objetivo é alcançado a cada dia que passa, o hóspede sente no Benavente Vila Hotel o aconchego do seu lar e a expetativa da próxima visita. Situação refletida nas várias referências e classificações alcançadas, quer no Guia da Boa Cama Boa Mesa, quer no Prémio Booking.com, destaques da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, entre outros.
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INTERNACIONALIZAÇÃO Ações de abordagem direta fazem parte da estratégia de internacionalização do cluster
Agrocluster ajuda empresas a concretizar negócios na Suíça No âmbito da estratégia de apoio à internacionalização das suas empresas associadas, o Agrocluster Ribatejo tem dinamizado a realização de ações onde a exposição e prova dos produtos assume lugar de destaque. Este tipo de abordagem direta tem tido grande retorno, com muitas das empresas que nelas participam a obterem resultados práticos num curto espaço de tempo. Na sequência da ação na Suíça, realizada em novembro, três empresas já concretizaram vendas para este país. No passado mês de novembro, o Agrocluster Ribatejo levou a Genebra, na Suíça, um conjunto de produtos das empresas associadas para organizar uma mostra de produtos direcionada exclusivamente para profissionais. Não se confinando o trabalho apenas ao evento, o Agrocluster quis conhecer os resultados práticos desta ação e ficou a saber que três das empresas participantes já concretizaram efetivamente negócios. “Mesmo antes de terminar o evento já estava receber pedidos de contacto que depressa se transformaram em encomendas”, disse Bruno Pinelas, da empresa Eduardo Loureiro, Lda., em relação à mostra de Genebra. Beatriz Caseiro, da empresa Leonor Concept Lda. afirmou ainda em relação ao mesmo evento, que “a realização desta mostra se revelou um excelente investimento. Além de ter ori-
ginado uma nota de encomenda imediata após o evento, trouxe-nos um novo leque de clientes qualificados na Suíça, que estamos certos trará mais encomendas no médio prazo”, fez saber a profissional. Quem também já concretizou negócios na sequência da mostra à Suíça foi a Unique Portuguese Taste, Lda. De acordo com empresário Manuel Rosa, “a realização da mostra promocional à Suíça foi de grande importância para a nossa empresa e muito benéfica para o nosso negócio.
Foi de facto mais um passo importante para a internacionalização da nossa marca e produtos”, constatou. Mas os esforços de internacionalização do Agrocluster não se ficam por aqui. A estratégia de apoio às suas empresas associadas no que diz respeito aos mercados internacionais é contínua, pelo que o cluster continua a realizar constantemente ações de apoio à internacionalização, quer em território nacional, quer em território estrangeiro.
Agrocluster apresentou azeites dos associados a trading Uma das últimas ações este tipo aconteceu no dia 4 de janeiro. O cluster organizou em Torres Novas um encontro entre uma trading portuguesa de produtos alimentares e três empresas produtoras de azeite. A trading, que iniciou atividade com o objetivo de criar serviços especializados para o desenvolvimento da atividade comercial além-fronteiras, esteve no distrito de Santarém com o propósito de conhecer empresas produtoras de azeite. “O objetivo destas reuniões é estabelecer contactos de forma a iniciar possíveis negócios, colocando azeite em diversos países, tais como França, Polónia, Colômbia e México”, revelou a responsável Isabel Marques, que se mostrou bastante agradada com o acolhimento do Agrocluster e com os produtos
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que teve oportunidade de conhecer. Os azeites das empresas Diterra – Comércio Agro-industrial, Lda., Divinis SA e Jerónimo Pedro Mendonça de Abreu Lima foram os produtos apresentados a esta empresa, que tem como objetivo procurar exatamente o tipo de produtos que os seus clientes no estrangeiro lhes demandam. “Parece-me, de acordo com aquilo que constatei, que existem reais oportunidades de negócio”, revelou a profissional. O mesmo tipo de abordagem, focalizada no produto, está já a ser trabalhada pelo Agrocluster para o mercado do Brasil. Tendo em conta o interesse de uma trading de Salvador em adquirir queijos, enchidos, azeites e vinhos, o Agrocluster efetuou já um levantamento junto das suas empresas associadas, tendo enviado
a informação das mesmas, bem como dos seus produtos e marcas, para a trading brasileira. Neste momento já seguiram os produtos para o Brasil.
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INTERNACIONALIZAÇÃO A empresa A Cicomol resultou de uma parceria estratégica com outras empresas do setor das madeiras, desenvolvendo várias gamas de produtos. A empresa iniciou a sua atividade no ano de 1998, com uma nave industrial de 4000m2 e um parque de máquinas tecnologicamente evoluído. Ao longo dos anos tem crescido, tem sido alvo de várias alterações para acompanhar esse crescimento / evolução. Através de reajustes de layout e investimento em novos equipamentos, iniciou a produção de painéis para portas blindadas e portas de cozinha. Entre 2005 e 2006, apresentou um crescimento sustentado no mercado essencialmente assente em painéis para portas de alta segurança que fez com que houvesse o alargamento do espetro de clientes nessa área. Em 2007 a entidade investiu em infraestruturas e equipamentos para complementar o seu processo produtivo com a introdução das portas interiores e a Kitblock Porta, permitindo a norma europeia EN 1634-1. A Cicodoor é um dos produtos criados pela Cicomol que procura fazer toda a diferença nos pequenos pormenores. A porta de interior deixou de ser apenas um ponto de passagem para ser também uma peça de decoração de extrema importância. A conjugação entre seleção da madeira, modelo e acabamento, permitem criar uma ótima harmonia dos materiais, conseguindo-se assim um espaço com muito conforto e bem-estar.
Cicomol quer aumentar volume de exportação para 51% já em 2017 A Cicomol S.A., empresa com sede em Ourém, tem um projeto de investimento aprovado ao Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME do Portugal 2020, no valor de cerca de 470 mil euros. O objetivo é aumentar o volume de exportação para 51% já em 2017. Desde a abordagem a novos mercados à introdução de uma nova gama de produtos com revestimento sintético, tem sido longo o esforço da Cicomol rumo à internacionalização. A empresa, que desenvolve várias gamas do produto porta quer para unidades hoteleiras, quer para unidades hospitalares, tem já os seus produtos em diversos mercados internacionais, sendo os seus principais clientes o grupo José Cristóvão (Angola), Materiais JS (Moçambique), New Canadian Lunder (Canadá) e a Prime Doors (Londres). O ano passado, a Cicomol voltou a apostar na internacionalização, candidatando um projeto ao Portugal 2020
para apoiar a internacionalização. O objetivo da empresa, explica uma nota publicada no seu portal, é aumentar o volume de exportação da empresa para 51 % já em 2017 e aumentar o volume de vendas de 2.782.563,18 para 3.732,000.00 € no pós-projeto. Para implementar o projeto financiado, a empresa definiu um plano de ações, eu está já a ser trabalhado. O conhecimento de mercados externos através da participação em feiras internacionais dos diversos setores onde está inserida, garantir a presença na web, através da economia digital, a presença em mercados internacionais através de missões de prospeção nos países estrategicamente definidos pela empresa, e uma aposta no Marketing Internacional, através da contratação de técnicos especializados nas áreas comercial e de marketing dinamizando assim as relações externas, são algumas das atividades que a empresa está a implementar.
Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Guiné Bissau vai ter sede em Salvaterra de Magos A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos aprovou em reunião camarária a adesão da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Guiné Bissau, da qual a autarquia é sócia-fundadora, à Incubadora de Empresas do concelho no âmbito do projeto Empreender em Salvaterra, o que significa que a Câmara de Comércio vai passar a ter a sua sede em Salvaterra de Magos. O objetivo é a mediação de investimentos que possam suceder entre os dois países, nomeadamente no setor da agricultura. Recorde-se que a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos criou o projeto
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“Empreender em Salvaterra - Incubadora de Empresas” para ajudar na criação e desenvolvimento a nível local de um maior número de empresas, atraindo para aqui novos investidores. Nesta primeira fase do projeto é disponibilizado um “espaço virtual”, destinado a todas as pessoas singulares ou coletivas que, tendo domicílio fiscal na área do Município de Salvaterra de Magos, o requeiram, de forma a usufruírem dos serviços da incubadora, não tendo qualquer custo. O espaço fica localizado no Edifício do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos e
as empresas/ entidades poderão ficar ali localizadas no prazo máximo de dois anos (podendo o tempo ser prolongado mediante autorização). Durante esse período podem usufruir do auditório municipal, sala de reuniões, área de receção, espaço para eventos de promoção/ divulgação, caixas de correio e sua distribuição, limpeza comum e segurança e também Internet.
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Urcaplás certifica empresa e produto para ganhar escala no mercado espanhol A Urcaplás – Indústria de Plásticos, Lda., situada em Urqueira, Ourém, empresa dedica-se à transformação de tubos em polietileno de alta e baixa densidade, essencialmente para fins agrícolas, telecomunicações, entre outros, está a certificar a empresa e o produto com vista a ganhar escala no mercado espanhol. De acordo com Sofia Silva, Diretora de Exportação, “o mercado espanhol é bastante relevante para a Urcaplás por diversos motivos. É um mercado com uma dimensão muito superior a Portugal, nomeadamente no setor dos sistemas de irrigação mas também no setor de captação de águas. Adicionalmente trata-se também de um mercado geograficamente mais próximo. Como nos nossos produtos o transporte tem um peso relevante no preço final, acaba por ser o mercado onde estamos mais competitivos”, fez saber a responsável, acrescentando que para isso, a empresa está já a “realizar a certificação da empresa pela norma NP EN ISO 9001:2015 e a certificação da gama de tubos para condução de águas
potáveis pela norma EN12201, com uma entidade espanhola, a AENOR - Associación Española de Normalización y Certificación”. A obtenção da certificação quer da empresa quer do produto é, de facto, a prioridade da empresa neste momento, “pois permite-nos melhorar processos internos, fabricar produtos de maior valor acrescentado mas também expandir para outros mercados e clientes que não conhecendo já a nossa qualidade possam ter assim uma garantia externa que é sempre importante no primeiro contacto”, fez saber Sofia Silva. Para além disso, “com a obtenção da certificação esperamos aumentar o volume de negó-
cios em 20% para o ano de 2017”, revelou a Diretora de Exportação. De referir que a Urcaplás registou em 2015 um volume de negócios de cerca de 2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 21,82% relativamente ao ano anterior. Neste momento, a empresa está também a finalizar investimentos em equipamento para o laboratório com vista a realizar mais e melhores testes quer à matéria-prima rececionada quer ao produto acabado. 2017 será dedicado ao estudo e possível implementação de obtenção de energia através de fontes renováveis cujo objetivo final será a autossuficiência energética ou muito perto disso.
Reino Unido quer importar cacifos solidários criados pela Cabena mentação em Lisboa, o interesse estrangeiro no projeto tem vindo a aumentar e do Reino Unido chegou um contacto de uma associação que pretende importar 12 cacifos. A Ribatejo Invest estará por cá, pronta a testemunhar a concretização deste sucesso.
Há 3 anos, a Associação Conversa Amiga lançou a ideia dos Cacifos Solidários, que permitem às pessoas em situação de sem-abrigo guardarem os seus pertences de forma segura, ao mesmo tempo que lhes restitui um nível de responsabilização, empoderamento e permite acompanhamento psicossocial. Estes cacifos com 1,8 metros de altura e 0,5 de largura foram produzidos pela empresa Cabena – Cabinas de Benavente e permitem a quem não tem uma casa guardar os seus pertences e até receber correio. Todos os beneficiários deste projeto são ainda acompanhados por uma equipa profissional que estabelece a ligação entre a rua e os serviços sociais. Cerca de três anos após a sua imple-
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EMPRESA RIBATEJANA EXPÔS NO LUXEMBURGO No âmbito da sua estratégia de internacionalização, a Cabena esteve entre os dias 2 e 4 de dezembro no Luxemburgo para participar no Salão Portugal Expo 2016, a primeira grande feira multissetorial (B2B e B2C) inteiramente dedicada a Portugal no Luxemburgo com quatro diferentes salões (imobiliário e turismo, casa e construção, lifestyle, alimentar e bebidas) e que teve como objetivo valorizar o Made in Portugal e o país como destino de investimento, residência e turismo. Na sequência da participaram neste certame, a Cabena já efetivou negócio, tendo constituído um novo parceiro no país – o grupo Sopinor – para onde já
embarcaram os primeiros equipamentos da empresa ribatejana. A Cabena – Cabinas de Benavente Lda., é uma empresa especializada no fabrico de mobiliário urbano e de equipamento para espaço de jogo, recreio e lazer, com um departamento de projeto dotado dos mais modernos meios de conceção e planeamento. A empresa, que acaba de comemorar o seu 36.º aniversário, foi recentemente distinguida com o estatuto de PME Líder 2016.
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Semáforo Uma marca ribatejana à conquista do mercado europeu Possivelmente já entrou nalguma loja da conhecida marca de vestuário Semáforo. Mas o que provavelmente não sabe é que esta marca é ribatejana. A empresa Ramos & Ramos, sediada em Tomar, está neste momento a apostar na internacionalização da marca, que já é vendida, neste momento, em diversos países europeus.
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Revista Ribatejo Invest foi até Tomar para conhecer a empresa Ramos & Ramos, Lda., detentora da conhecida marca de vestuário Semáforo (SMF). A empresa familiar fundada em 1987 foi crescendo e à pequena loja de Tomar que deu origem ao negócio, foram-se juntando outros espaços comerciais e armazéns, no total de 400 pontos de venda, 8 lojas próprias e 4 armazéns, que cobrem atualmente todo o território nacional. João Ramos, 29 anos, largou uma carreira profissional em Lisboa na área da auditoria e fiscalidade, para se juntar ao negócio familiar em 2011. “Até 2009, o mercado nacional era suficiente para que o negócio fosse viável. A partir desta altura as vendas começaram a baixar e tivemos de pensar em alternativas. Com
A SMF é uma marca de renome em Portugal na área do vestuário e acessórios de moda .” 46
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João Ramos, Diretor Comercial da Ramos & Ramos
a crise económica instalada em Portugal na altura, a solução foi a exportação”, começou por contar à Ribatejo Invest o agora Diretor Comercial da empresa, que abraçou o desafio com o objetivo de iniciar o processo de exportação da marca. “Com a minha entrada para esta área da empresa, iniciámos desde logo a nossa presença em feiras internacionais de moda. Levámos os nossos mostruários e catálogos com o objetivo de dar a conhecer
a marca a parceiros que promovam a marca localmente”, fez saber o responsável, acrescentando que esta estratégia tem tido resultados bastante positivos. “Todas as estações temos feito novos agentes internacionais. Neste momento, a nossa marca está já a ser vendida em Espanha, Reino Unido, Irlanda, Itália, Bélgica e França, tendo cada um destes países um agente com quem trabalhamos, à exceção de Espanha, que pelo seu potencial e dimensão,
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Em 5 anos, a SMF conseguiu exportar cerca de 20% do seu volume de faturação.” tem já dois agentes no terreno”, revelou João Ramos, que confirmou ainda que a empresa já efetuou vendas esporádicas para outros países, como Estados Unidos, Polónia, Estónia, República Checa, Eslováquia, Dubai, Jordânia, entre outros, fruto da presença em feiras em que a empresa está a apostar. Nas feiras onde está presente, a empresa apresenta a sua coleção, cerca de 300 referências novas todas as estações. No início de todas as coleções, a empresa produz um catálogo, material de marketing que assume um papel importante para a empresa, uma vez que é um cartão-de-visita bastante atrativo e clarificador daquilo que a mesma faz. Por forma a garantir melhores resultados, dentro e fora do país, a Ramos & Ramos tem apostado, nos últimos anos, em produções profissionais realizadas por agências, com a presença de caras bem conhecidas do público português. Contas feitas, os resultados estão à vista. Se em 2011 a empresa exportava apenas 5% da sua produção, hoje este indicador já ronda os 20%. Em 5 anos, a empresa conseguiu angariar na Europa 200 pontos de venda do seu produto, a aumentar todos os anos. Mas a SMF quer chegar mais longe. Vai, por isso, continuar o seu trabalho de angariação de agentes internacionais, com especial foco nos mercados de Espanha, França e Reino Unido, considerados os de maior potencial pela empresa. “Queremos aumentar o número de agentes em especial em Espanha, França e Reino Unido para que o volume de vendas da empresa possa aumentar. Ficaríamos muito satisfeitos se
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conseguíssemos exportar 50% da nossa produção. Para Irlanda e Itália, perspetivase também o aumento das vendas estação a estação, pelo que estamos otimistas”, revelou João Ramos. “E fora da Europa?”, questionou a Ribatejo Invest ao Diretor Comercial da Ramos & Ramos. “Neste momento, o nosso foco é a União Europeia e não nos queremos dispersar muito. Só depois da marca SMF estar consolidada na União Europeia é que pretendemos abordar outros mercados, como os Estados Unidos da América, América do Sul, Ásia e África”, respondeu o responsável pela exportação da empresa, que esclareceu ainda que, na altura, a estratégia de exportação para estes mercados terá de ser diferente. “Em vez de apostarmos em agentes que promovem os nossos produtos e os colocam em pontos de venda, muito provavelmente optaremos por franshisar a marca para estes mercados”, concluiu. Mas antes disso, a empresa pretende concretizar um sonho antigo. Com 4 lojas próprias em Tomar, uma no Entroncamento, uma em Leiria, uma no Carregado (no Centro Comercial Campera), e outra na Baixa da Banheira, e 4 armazéns em Lisboa, Porto Alto, Pombal e Vila Nova de Gaia, apenas falta concretizar um projeto para a empresa: a abertura de uma loja própria em Lisboa. “Andamos à procura, muito intensamente, nas ruas centrais de Lisboa, de um espaço entre os 100 e os 200m2, para a abertura desta loja. O ponto de venda em Lisboa seria um enorme passo para a marca ganhar notoriedade no país e ser reconhecida pela generalidade das pessoas. Esperamos muito em breve podermos avançar com este investimento, que trará repercussões positivas, acreditamos, de nível nacional,
mas também internacional, devido ao grande número de turistas que Lisboa tem”, avançou João Ramos. Com sede em Tomar e um volume de negócios de 3,5 milhões de euros, a empresa Ramos & Ramos, detentora da marca SMF, emprega no total 45 pessoas. O design das peças e escolha de todos os materiais é feito exclusivamente pela empresa, sendo a produção das mesmas realizada em outsourcing.
A SFM tem neste momento 7 agentes internacionais na Europa.” JANEIRO 2017
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Trisca na maior feira de brinquedos do mundo A Trisca vai participar na Toy Fair 2017 em Nuremberga, na Alemanha, na que é considerada a maior feira de brinquedos do mundo. Esta feira, com mais de 2.800 stands e mais de 70.000 visitantes profissionais de mais de 120 países em todo o mundo realiza-se de 1 a 6 de fevereiro e é a feira de referência para os brinquedos e jogos educativos. A participação da Trisca neste evento insere-se na sua política de expansão alémfronteiras, depois de ter conquistado o mercado nacional onde é líder de vendas neste segmento de produtos. A Trisca é já uma empresa exportadora para o mercado europeu, com presença em Espanha, França e Bélgica. A recente construção de uma nova unidade fabril no Entroncamento deu a esta empresa os meios necessários para o seu crescimento e consolidação no mercado escolar, estando agora empenhada na sua expansão, sobretudo para o norte da Europa, mas também para outros mercados já que esta feira na Alemanha reúne profissionais de todo o mundo em busca de novos produtos. No certame, a empresa vai apresentar o seu novo catálogo para 2017, com mais de 50 produtos novos e com uma renovação total das suas linhas de produção esperando-se que em poucos anos possa duplicar a sua faturação, criando mais postos de trabalho e dando maior dinâmica à região.
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A empresa A Trisca – Material Didáctico, Lda. é uma empresa industrial especializada no fabrico de mobiliário em espuma destinado, essencialmente, ao mercado escolar e infantil, bem como a bibliotecas, ludotecas, ATL e espaços de lazer para crianças. Foi fundada em março de 1995, como empresa comercial, com o nome de Simões & Pereira, Lda., com loja aberta ao público no Entroncamento, onde comercializava essencialmente produtos para escolas e infantários, bem como para o público infantil. Contudo, cedo se verificou que a vocação da empresa estava mais no setor produtivo do que na área estritamente comercial. A Trisca começou assim a criar produtos destinados ao mercado pré-escolar, primeiro com fantoches, teatros de fantoches e material para dramatização, depois com artigos em espuma revestida com tela. A partir de 2001 a empresa especializou-se no fabrico de artigos em espuma com
revestimento em tela, igualmente destinados ao mercado escolar e infantil. Neste momento, a empresa responde também às necessidades de clientes nas áreas de fisioterapia, motricidade, parques infantis de interior, salas Snoezelen e desporto. Atualmente a Trisca é já a principal referência nacional na produção de materiais em espuma para o mercado escolar, área que desenvolve intensamente com constante procura de qualidade e inovação. A empresa acompanha também as preocupações ambientais, aproveitando quase todos os resíduos industriais. A espuma residual é toda reciclada e integrada na produção e as sobras das telas são canalizadas para instituições de solidariedade social para trabalhos manuais e artes decorativas. A empresa produz equipamentos de alta qualidade, respeitando as normas europeias de segurança infantil.
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