Ribatejo Invest - Janeiro 2019

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RIBATEJO Janeiro 2019 • Ano IV • Nº40

AICEP

assina contrato de investimento com Font Salem P.07

Iberopasta

põe “mão na massa” e investe 5 milhões de euros em Alcanena P. 14

Programa de Captação de Investimento para o Interior entra em vigor P.05

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ÍNDICE

RIBATEJO Janeiro 2019 • Ano IV • Nº40

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Estudo para identificação de Novas Profissões 42Lezíria do Tejo 44 na no Quadro da Indústria 4.0

40 Desenvolvimento Regional

Empreendedorismo e Inovação

05 Programa de Captação de Investimento para o Interior entra em vigor

26 Notícias

30 Uma formiga com asas para voar

06 Notícias

08 Poder Local

32 NERSANT e IP Santarém disponibilizam estudo para identificação de “Novas Profissões” na Lezíria do Tejo

Informação e Apoio

Internacionalização

18 Em vigor novas regras da União Europeia para eliminar as principais lacunas legais utilizadas pelas empresas para fugirem ao Fisco

40 Canadá: NERSANT tem guia para aumentar exportações da região para o país

14 Iberopasta põe “mão na massa” e investe 5 milhões de euros em Alcanena

20 405 mil milhões de euros investidos na economia real da Europa graças aos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento 22 Http vs. Https

34 Notícias

42 De Abrantes para o Mundo: Campeões italianos pedalam em 2019 com bicicletas Jorbi

44 Asfertglobal vence Prémios Millennium Horizontes na categoria Internacionalização

Viver o Tejo 24 Carlos Relvas: Lavrador, desportista, toureiro amador e fotógrafo português

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EDITORIAL

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este ano que começa, a Ribatejo Invest surge com uma imagem renovada. Quatro anos após o lançamento deste projeto editorial, e tendo como premissa a melhoria contínua de tudo o que fazemos, sentimos a necessidade de refrescar a nossa imagem, renovando o design e o grafismo. O foco das nossas histórias e reportagens mantem-se como sempre, nas empresas, nos empresários e nos empreendedores, junto de quem encontramos sempre casos de sucesso e projetos inovadores, que a todos inspiram e motivam. Assim, uma vez mais, partilhamos os sucessos alcançados por algumas empresas da região nos mercados internacionais e contamos a história de alguns jovens empreendedores que, com coragem e determinação, apostaram nos seus próprios projetos empresariais. A Iberopasta e Formiga de Asa são dois destes exemplos, que atuam em áreas bem diferentes, e que vos convidamos a conhecer melhor nesta edição. 2019 será também um marco para o associativismo empresarial do distrito de santarém. A NERSANT prepara-se para assinalar os seus 30 anos de existência, estando a organizar algumas iniciativas nesse sentido. Esta efeméride apresenta-se também como uma

FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt

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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

oportunidade para refletirmos, em conjunto, sobre as mudanças e a evolução que o distrito tem registado nas últimas três décadas. Estamos hoje divididos em duas Comunidades Intermunicipais de enorme potencial, dispomos de melhores acessibilidades, parques de negócios e áreas de localização empresarial, centros de investigação tecnológica, escolas profissionais e institutos politécnicos e uma estrutura associativa empresarial forte. Não restam dúvidas que a região que hoje temos está mais competitiva, inovadora, com as ferramentas necessárias para poder enfrentar os desafios que o futuro encerra. Porém, importa não esquecer todas as promessas e projetos que foram sendo sucessivamente adiados e que tanta falta nos fazem. Aberta a discussão para a preparação de um novo quadro comunitário, e existindo a possibilidade de se realizarem algumas mudanças estratégicas, é a altura de promover um diálogo alargado, de onde resultem consensos em torno das prioridades estratégicas que venham a ser desenhadas para a região, e onde todos os atores se revejam.

Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares

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Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da Nersant

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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Programa de Captação de Investimento para o Interior entra em vigor

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oi publicado dia 11 de dezembro em Diário da República, o Decreto-Lei n.º 111/2018 que cria e regulamenta o Programa de Captação de Investimento para o Interior. O novo Programa visa a dinamização dos territórios do interior do país, através da atração de investimento empresarial suscetível de contribuir para a criação de emprego, a valorização dos recursos endógenos e a diversificação de base económica. O Programa agrega “um conjunto de apoios e incentivos dirigidos para os territórios do interior, atenuando a dispersão que muitas vezes se verifica e os timings nem sempre ajustados às prioridades e oportunidades de negócio”. A criação de um contexto favorável ao investimento privado no interior constitui uma prioridade do XXI Governo, na medida em que dele depende o crescimento económico sustentável e também a criação de emprego que fixe população.

COMISSÃO DE CAPTAÇÃO DE INVESTIMENTO O diploma criou um regime especial para tornar mais rápidos e eficazes os procedimentos administrativos no quadro do Programa de Captação de Investimento para o Interior. Para captar e acompanhar projetos de investimento para os territórios do interior é criada a Comissão de Captação de Investimento para o Interior, que será presidida por um membro do Governo, e constituída por representantes de várias entidades e serviços públicos. A comissão tem como responsabilidade definir uma campanha de captação de investimento, monitorizar a execução do programa, propor linhas de apoio específicas e identificar entraves e custos de contexto.

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“COMPONENTE IMPORTANTE DA ESTRATÉGIA DO GOVERNO”

PROJETOS DE INVESTIMENTO NO INTERIOR

No final do Conselho de Ministros no qual foi aprovado o diploma, o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, referiu que este Programa visa “estruturar os esforços de captação de investimento para o interior” e “assegurar que os esforços externos de atração de investimento para Portugal possam também ter uma visibilidade maior relativamente aos territórios do interior”. Pedro Siza Vieira afirmou ainda que esta “é uma componente importante da valorização do interior e da estratégia do Governo de assegurar a atração de investimento capaz de criar emprego, capaz de reter e atrair populações para os territórios do interior”, uma prioridade da ação governativa inscrita no Programa de valorização do Interior.

O Decreto-Lei refere ainda que podem ser reconhecidos pelo programa os projetos empresariais que apresentem as seguintes características:

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ÆÆ investimento global igual ou superior a 10 milhões de euros; ÆÆ criação de número de postos de trabalho diretos igual ou superior a 25; ÆÆ

viabilidade económica;

ÆÆ sustentabilidade ambiental e territorial; ÆÆ e que aproveitem os recursos internos da região em que se inserem ou produzam bens e serviços de carácter inovador.

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BAU promove curso de prevenção e controlo de legionella em sistemas de água A BAU Water em parceria com o CFIUTE - Centro de Formação Interação UBI Tecido Empresarial, organiza no próximo dia 15 de fevereiro, uma sessão de formação para técnicos que estejam envolvidos em procedimentos de risco, como a manipulação de equipamentos suscetíveis ao aparecimento de Legionella. As bactérias do género Legionella encontram-se em ambientes aquáticos naturais e artificiais, em redes de abastecimento de água, redes prediais de água quente e fria, ar condicionado e sistemas de arrefecimento em edifícios, nomeadamente em hotéis, centros comerciais, termas e hospitais, bem como em tanques recreativos e fontes ornamentais. A exposição a esta bactéria pode provocar uma infeção respiratória denominada Doença dos Legionários, uma forma de pneumonia. A transmissão ocorre por inalação de gotículas de água contaminada ou aerossóis que veiculam a bactéria para os pulmões, onde vai provocar infeção. Foi neste sentido que a Bau Water Engineering, decidiu, em parceria com o CFIUTE, dinamizar uma ação de formação certificada destinada a técnicos que manipulam equipamentos, suscetíveis ao aparecimento desta bactéria, ou que tenham procedimentos de risco, durante a atividade laboral.

Tecshape é a nova empresa do Grupo Sotecnisol

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A ação de formação “Controlo de Legionella em Sistemas de Água” tem início previsto para o dia 15 de fevereiro. Decorre na Covilhã, com a duração de 8 horas.

O Grupo Sotecnisol, que atua nos setores da Construção, Ambiente, Energia, Água e Agricultura, acaba de formar uma nova empresa, a Tecshape. Trata-se de uma fábrica especializada em serviços de serralharia, perfilagem, fresagem, quinagem e corte de materiais como aço, naturocimento, compósito, fenólico, ferro, alumínio, entre outros. De acordo com o comunicado enviado pela Sotecnisol, a equipa da Tecshape “é composta por profissionais formados e qualificados que, aliados aos equipamentos mais modernos do mer-

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De referir que a empresa BAU Special Solutions, da qual faz parte a Bau Water, é sediada em Torres Novas, embora detenha instalações também na Covilhã.

cado, oferecem uma ampla gama de serviços e uma capacidade produtiva perfeitamente adequada ao mercado”. Para além disso, explicou ainda este grupo, a Tecshape tem como compromisso “ser uma referência no mercado, ao nível da prestação de serviços diversos de serralharia, destinados ao suporte e apoio à construção civil em Portugal, através de uma produção em tempo útil e com a melhor relação qualidade/preço”. Os interessados com conhecer esta nova empresa podem fazê-lo junto do portal da mesma em www.tecshape.pt.

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AICEP assina contrato de investimento com Font Salem A AICEP assinou no dia 20 de dezembro na presença do Primeiro-Ministro, António Costa, o contrato de investimento com a empresa Font Salem, que vai investir 40,1 milhões de euros na sua fábrica de Santarém. A cerimónia de assinatura teve lugar às 9h00, no Auditório 3, da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com o Presidente da AICEP, Luís Castro Henriques. A Font Salem, sediada em Santarém e integrada no grupo espanhol Damm, um dos maiores produtores de cerveja em Espanha, vai investir 40,1 milhões de euros na fábrica cervejeira em Santarém, criando 51 postos de trabalho. Este investimento, agora formalizado através da assinatura deste contrato, pretende introduzir um processo inovador no setor de

bebidas, com as linhas a produzirem diversos produtos (vários tipos de refrigerantes e cervejas), em diversos formatos (latas, PET, vidro e barril) e em diversos tamanhos (vários tipos de packs e vários tamanhos dos recipientes), o que acarretará uma vantagem competitiva no mercado, por via da inovação de processo no setor, do aumento da eficiência da produção e da redução de custos. Para além da assinatura do contrato de investimento com a Font Salem, foram ainda assinados mais quatro, com as empresas Hanon – Hanon Systems Portugal, S.A. (Palmela), Somincor - Sociedade Mineira de Neves-Corvo, S.A. (Beja), STE – Exploração Plásticos, Unipessoal, Lda. (Viana do Castelo) e TMG Automotive (Guimarães).

FACTIS é Parceiro Aplauso 2019 do Millennium BCP A FACTIS, empresa com sede na Startup Santarém, foi selecionada pelo 3.º ano consecutivo como Empresa Parceira do programa Aplauso do Millennium BCP na área de Apoio Tecnológico. Para comemorar mais esta conquista, que se repete há 3 anos, a empresa dispõe de uma oferta especial para os clientes Aplauso Millennium. A oferta especial diz respeito à subscrição de serviços de suporte técnico continuado ao parque informático, incluindo sistemas, infraestruturas TI e utilizadores. +Serviço e +Valor com a Oferta FACTIS, dispõe, assim, de oferta de duas mensalidades de serviço, desconto de 10% em serviços adicionais durante um ano e oferta da avaliação tecnológica e segurança (incluí documentação da situação atual e recomendação de melhorias). O pacote especial tem ainda como outros

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benefícios a atribuição de um consultor sénior para alinhamento do serviço com as necessidades de negócio, a elaboração de plano de ações corretivas e evolutivas, o atendimento prioritário e registo de pedidos com resposta e triagem em 2 horas, a monitorização de sistemas e equipamentos críticos 24×7 e ainda a elaboração e envio de relatórios mensais do serviço executado, inventário de equipamentos, software e licenciamento, disponibilidade, capacidade e desempenho de sistemas. Em suma, a FACTIS ambiciona “capacitar ainda mais pessoas e negócios através da tecnologia”. De referir que esta campanha é válida para novos clientes, não sendo acumulável com outras campanhas ou descontos em vigor. Os interessados em aderir podem consultar o portal da empresa em www.factis.com.

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Tejo Energia admite converter Central do Pego em central de resíduos florestais A Tejo Energia quer dar uma nova finalidade à Central do Pego, após o término do contrato em 2021, e já contactou o Governo para avaliar a hipótese de uma central de resíduos florestais. Na audição na comissão parlamentar de inquérito às rendas aos produtores de eletricidade, a presidente executiva da Tejo Energia, Beatriz Milne, afirmou que vai “analisar todas as possibilidades existentes” para a Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, distrito de Santarém, após o fim da licença de produção em 2021. “É óbvio que a responsabilidade que temos de dar trabalho a 200 famílias diretamente, a outras 100 indiretamente, e de ser um motor de desenvolvimento da zona faz com que vamos analisar todas as possibilidades existentes para continuar a ter essa responsabilidade com essas pessoas e com o município, mas vai depender muito das políticas ambientais e do contexto fiscal e regulatório”, declarou a gestora, quando questionada pelo deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, sobre os planos da empresa para o futuro. Beatriz Milne acrescentou que houve um pedido da Tejo Energia à Secretaria de Estado anterior, liderada à data por Jorge Seguro Sanches, “para avaliar a hipótese de uma central de resíduos florestais”. “Sei que falta pouco tempo, são três anos. Nesse sentido, é nossa preocupação dar emprego e continuar a ser motor de desenvolvimento dessa zona”, acrescentou.

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PODER LOCAL

Município de Tomar pretende isentar de derrama as novas empresas As empresas criadas no concelho de Tomar no ano de 2019 vão ter isenção de derrama. É esta a intenção do Município, em deliberação de Câmara aprovada em dezembro pelo executivo e que vai agora ser objeto de decisão final pela Assembleia Municipal. A medida pretende incentivar a criação de novas empresas sediadas no concelho. Na proposta a apresentar àquele órgão, a taxa de 0,75 % será aplicada aos lucros das restantes empresas, como já acontecia, desaparecendo a anterior isenção para as que tivessem resultados inferiores a 150 mil euros, não só por um princípio de igualdade mas também porque são valores com expressão muito reduzida para a grande maioria das empresas.

Plano Estratégico de Valorização Turística para o Município de Santarém apresenta sete produtos turísticos O Plano Estratégico de Valorização Turística para o Município de Santarém, apresentado no dia 3 de dezembro em sessão de Reunião de Câmara, foi aprovado por unanimidade pelo Executivo Municipal. Este Plano, elaborado pela THC – Tourism & Hospitality Consulting, Lda., numa parceria com o Município de Santarém e a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, é um instrumento de apoio à definição das linhas orientadores para o setor do Turismo que procura potenciar a economia local, as infraestruturas e equipamentos instalados, os hábitos regionais e a cultura, através da dinamização da atividade turística. O presente Plano foi elaborado com base na análise do trabalho de campo realizado e de um processo de reflexão e de articulação estratégica decorrente de diversas visitas técnicas e de reuniões com os stakeholders locais das diferentes áreas temáticas de intervenção (cultura, turismo, instituições locais). Como tal, apresenta-se dividido em duas partes: na primeira é apresentado um enquadramento referencial, metodológico e territorial e na segunda o plano de ações e consequentes subações para cada um dos eixos identificados. Após a análise das condicionantes e potencialidades da região, o Plano integra o desenvolvimento de sete produtos turísticos: Santarém património histórico, cultural e religioso; património enogastronómico; eventos e programação cultural; lazer, desporto e natureza; rio Tejo; Serra de Aire e

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Candeeiros; e turismo rural. Para além destes produtos, o Plano prevê um modelo de gestão, desenvolvimento de uma rede de parcerias e sistema de informação, formação e desenvolvimento e qualificação de ativos e implementação, desenvolvimento e qualificação de infraestruturas e equipamento de apoio. Deste Plano há a destacar a valorização do património natural como o rio Tejo e a Serra de Aire e Candeeiros, o turismo rural, a gastronomia, a requalificação de vários espaços do centro histórico e a reabilitação e reconversão de usos de Património de elevado valor histórico e arquitetónico como a Escola

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Prática de Cavalaria, o Presídio de Santarém, a Praça de Touros Monumental Celestino Graça e o Campo Infante da Câmara. A concretização deste modelo territorial de valorização turística obriga a uma plena interação entre diferentes protagonistas que evoluem no terreno e consequentemente, uma estratégia de realização de eventos, intensiva ao nível da programação e extensiva em termos de calendarização. Este Plano Estratégico de Valorização Turística para o Município de Santarém organiza-se temporalmente num período de cinco anos (2019-2024) consoante os seus eixos estratégicos e subações.

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BEI e IFD disponibilizam 200 milhões de euros a PME portuguesas reestruturadas

Aprovada candidatura da Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede O Município de Santarém vê aprovada mais uma candidatura ao Alentejo 2020, no domínio da Competitividade e Internacionalização, para o projeto “Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede”. O valor elegível apurado (987.281,20) tem uma comparticipação FEDER no montante de 839.189,02. A candidatura “Zona de Desenvolvimento Económico de Alcanede” preconiza um investimento localizado no norte do concelho de Santarém numa área de intervenção de aproximadamente 56,5ha. Consiste numa requalificação de um espaço que, através deste projeto, permitirá ao conjunto de empresas que já se encontram instaladas, ver melhoradas as suas condições de funcionamento e permitir novos investimentos e ampliação dos existentes. Pretende-se, com esta intervenção, disponibilizar às empresas redes de infraestruturas essenciais ao desenvolvimento da sua atividade (acessibilidades, eletricidade, TIC, energia, ambiente/resíduos, entre outros), bem como equipamentos e serviços de apoio técnico e administrativo ao desenvolvimento empresarial e obedecer ainda aos princípios de ordenamento territorial e de qualidade ambiental legalmente definidos. Desta forma, contribui-se para o desenvolvimento da atividade empresarial disponibilizando uma oferta infraestrutural moderna e tecnologicamente avançada, capaz de atrair e fixar empresas na região.

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O Banco Europeu de Investimento (BEI) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) anunciaram, no dia 14 de dezembro, conceder financiamento às pequenas e médias empresas portuguesas que foram objeto de uma reestruturação bem-sucedida e que necessitam de fundos para investir em inovação, com o objetivo de se tornarem mais competitivas. O financiamento é de 200 milhões de euros e o banco da União Europeia concederá um empréstimo de 100 milhões de euros de apoio à IFD. Esta iniciativa vem no âmbito do Programa Capitalizar, operacionalizado pelo Ministério da Economia, que tem como objetivo proporcionar o acesso ao financiamento a pequenas e médias empresa que foram objeto de uma reestruturação e que necessitam de fundos para investir em inovação. Este novo instrumento prevê não apenas o apoio direto ao investimento em capital fixo associado ao desenvolvimento de projetos que

visem a recuperação empresarial, mas também o apoio a necessidades de fundo de maneio resultantes do desenvolvimento de tais projetos. O Ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, apoia a iniciativa e explica que ”é fundamental apoiar as empresas que passaram pelo difícil processo de reestruturação. Esta linha de financiamento será um instrumento dirigido às empresas que ultrapassaram essa etapa, canalizando fundos para serem competitivas e, assim, iniciar esta nova fase da sua vida com mais solidez e confiança”.

Novo contrato de 100 milhões de euros com o FEI para capitalização das empresas O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou que a assinatura do novo programa Portugal Tech com o Fundo Europeu de Investimento (FEI) “é um instrumento que se enquadra na estratégia do Governo para a capitalização das empresas”. Em Lisboa, na cerimónia de assinatura, o Ministro referiu que este programa de 100 milhões de euros “é um marco importante, uma vez que permite ter um instrumento com grande abrangência, quer em termos de dimensões de empresas, desde as startups às PME, quer em termos de setores que podem receber investimento”. O Portugal Tech consiste numa parceria entre a área de governo da Economia e o FEI com vista ao investimento em startups e PME portuguesas, por via da seleção de fundos de capital de risco que, posteriormente, investirão nas empresas. Ao protocolar este instrumento, permite-se que as empresas tenham acesso a um novo mecanismo de capitalização através de capital de risco, compreendendo que estas são o grande motor de dinamização da economia. Assim como o FEI, a Instituição Financeira de Desenvolvimento alocará 50 milhões de euros a este programa, com esta componente a ser assegurada pelo IAPMEI. Além deste montante global de 100 milhões de euros, o programa pretende mobilizar mais entre 40 e 100 milhões adicionais provenientes de investidores de capital de risco.

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A cerimónia foi presidida pelo Ministro Adjunto e da Economia e contou com a presença do Diretor Executivo do Fundo Europeu de Investimento, Pier Luigi Gilibert e do Chefe de Divisão do Fundos Estruturais e Fundos de Fundos, Pablo Millán. Para Henrique Cruz, presidente executivo da IFD, “a parceria Portugal Tech funcionará como um complemento aos Instrumentos Financeiros já disponíveis no mercado e vem compensar a quebra do investimento em capital de risco que ocorreu desde 2011”. “Além disso, este instrumento beneficiará da longa experiência do Fundo Europeu de Investimento na seleção de operadores de capital de risco eficazes, com resultados provados”, acrescentou. A 5 de novembro, o Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o programa Portugal Tech já envolveu 230 milhões de euros desde a sua criação.

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Torres Novas: reunião aberta para afirmação do figo como produto local O grupo GoFigoProdução e a Câmara Municipal de Torres Novas organizaram no dia 3 de dezembro uma reunião aberta que teve como objetivo dar a conhecer a atividade e primeiros resultados deste grupo, bem como convidar os participantes a dar contributos para a expansão e valorização deste produto na região. O GoFigoProdução, em pleno funcionamento desde março de 2018, tem por base um Grupo Operacional constituído por várias entidades empresariais, académicas e associativas e tem por principal objetivo aumentar a qualidade e quantidade de produção de figo de forma eficiente. “O figo está na moda e será sempre uma moda torrejana, tem história e potencial de venda. A identidade e afirmação de uma cidade dependem das pessoas e é urgente dinamizar a cultura do figo em Torres Novas”, referiu o Município de Torres Novas em comunicado.

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Torres Novas sobe 30 lugares no Rating de Qualidade de Vida da Marktest

No estudo, desenvolvido anualmente e recentemente disponibilizado pela Marktest, no âmbito do Rating Concelhio de Qualidade de Vida, Torres Novas subiu do 125.º lugar para o 95.º (uma subida de 30 lugares em relação a 2017). Na região do Médio Tejo, dois concelhos de média dimensão (Ourém e Torres Novas) e três de pequena dimensão (Alcanena, Constância e Vila de Rei) foram os únicos a registar subidas. Os ratings concelhios são calculados pela Marktest com base em informação produzida pelas fontes oficiais de estatística. No total, são analisados 37 indicadores agrupados por três componentes: dinamismo demográfico, dinamismo económico, qualidade de vida. Cada indicador foi classificado com uma notação de 1 a 20 tendo em conta a posição do concelho no conjunto dos 308 concelhos do país. Estes indicadores permitem conhecer quais os concelhos com mais dinamismo demográfico, económico e de qualidade de vida e analisar

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em que indicadores um município se destaca dos restantes para ajudar à decisão sobre as áreas a intervir. A Marktest, especializada na área de estudos de mercado, baseia-se em fatores como a água segura para consumo, percentagem de resíduos urbanos recolhidos por recolha seletiva, equipamentos de saúde, recursos culturais, despesas camarárias em cultura e número de escolas. Para a definição da tabela, entram outros fatores, mais exógenos, como a amplitude térmica média, proporção de área ardida, taxa de mortalidade infantil, taxa de criminalidade, taxa de sinistralidade rodoviária, estabelecimentos comerciais per capita e capacidade de equipamentos de segurança social per capita. O Presidente da Câmara, Pedro Ferreira, fez referência a este estudo na reunião camarária de 11 de dezembro e congratulou-se pela classificação obtida que reflete também “as preocupações constantes do município em proporcionar aos seus munícipes as melhores condições de vida”.

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Torres Novas na reprogramação financeira do Portugal 2020

Foram apresentados no dia 7 de dezembro, os planos da reprogramação financeira do Portugal 2020, num evento que contou com a presença do primeiro-ministro António Costa, o ministro do planeamento Pedro Marques, a Comissária Europeia da Política Regional, Corina Cretu, vários empresários e autarcas do país. Esteve presente, em representação do Município de Torres Novas, o Presidente da Câmara, Pedro Ferreira. O reforço de financiamento para o Município de Torres Novas faz parte do “Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da CIMT” e vai permitir juntar 829 138,65 €, perfazendo um total de 5 028 543,17€, para as áreas das infraestruturas e equipamentos de saúde; smartcities e reestruturação das infraestruturas tecnológicas; combate ao insucesso e abandono escolar; centro escolar de Santa Maria e Escola Secundária Maria Lamas; eficiência energética e iluminação pública; património cultural e natural. O programa Portugal 2020 resulta de um acordo de parceria entre Portugal e a Comissão Europeia e reúne a atuação dos cinco fundos europeus estruturais e de investimento - FEDER, Fundo de Coesão, FSE, FEADER e FEAMP. Mais incentivos às empresas, mais apoios ao território e maior aposta nas qualificações são os três grandes objetivos do processo de reprogramação do Portugal 2020, que vai permitir alavancar um total de 7348 milhões de euros de novos investimentos no país até 2023.

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Secretário de Estado do Emprego destaca papel das empresas no combate à desigualdade O Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, afirmou que em Portugal têm sido feitos “muitos progressos” na igualdade entre homens e mulheres, mas que há ainda desigualdades significativas. Na cerimónia pública de assinatura dos Acordos de Adesão e de Renovação de Compromissos no âmbito do iGen-Fórum Organizações para a Igualdade, que decorreu em Lisboa, Miguel Cabrito referiu que “em termos do contexto social e cultural, temos hoje uma aceitação muito maior entre homens e mulheres”. “Temos já muitos instrumentos legais, alguns deles recentes, para essa promoção, mas a verdade é que temos desigualdades significativas, em particular desigualdades salariais, mas também outras [nomeadamente] na conciliação com a vida familiar” disse ainda. Referindo-se à assinatura dos acordos, que decorreu no Instituto Superior de Economia e Gestão, o Secretário de Estado disse que esta iniciativa é “particularmente importante” porque consiste num “fórum de empresas e de organizações” que entendem que “a promoção da igualdade não é apenas uma tarefa do Governo ou do Estado”.

O PAPEL DAS EMPRESAS Para Miguel Cabrita, esta tarefa “deve juntar o Estado” e as próprias empresas

“que já têm muitas vezes projetos e políticas concretas para promover a igualdade entre homens e mulheres”. A presidente da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), Joana Gíria, referiu, por sua vez, que o Fórum iGen nasceu em 2013 com 21 empresas e que conta agora com 68 organizações. “O Fórum iGen corresponde a uma manifestação de cidadania ativa de entidades empregadoras de diversos setores de atividade, por via de quem as gere, beneficiando quem nelas trabalha, favorecendo a produtividade, a competitividade e o bem-estar social e económico”, disse ainda, acrescentando que esta rede de “partilha e confiança” pressupõe a adesão voluntária das organizações ao fórum, o que é “demonstrativo da responsabilidade que assumem”.

PERMANECE DESIGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES Em 2017, a população ativa em Portugal era de 5 219 000 pessoas, das quais 51% eram homens e 49% mulheres. Dos indivíduos com 15 e mais anos, sem qualquer escolaridade, 71,6% eram mulheres mas também, em cada 100 pessoas com ensino superior completo, 61 eram mulheres. No mesmo ano, a desigualdade salarial entre homens e mulheres era desfavorável

às mulheres, o que correspondia a 58 dias de trabalho não pago por ano face aos homens; em média, as mulheres ganhavam menos 176 euros de remuneração base mensal do que os homens. No primeiro semestre deste ano, a presença de mulheres em cargos executivos dos conselhos de administração das empresas cotadas no principal índice da bolsa portuguesa, o PSI 20, correspondia a 8,8% do total (inferior à média europeia que é de 15,9%), o que se traduz, em termos absolutos, em sete mulheres e 73 homens a ocupar cargos executivos nas administrações destas empresas. De acordo com um estudo feito pela CITE em 2015, o assédio moral no trabalho foi referido por 16,7% das mulheres inquiridas e por 15,9% dos homens, enquanto o assédio sexual é referido por 14,4% das mulheres e 8,6% dos homens.

Requalificação da Unidade de Saúde de Torres Novas: abertura de concurso Foi aprovada na reunião camarária de 11 de dezembro a abertura de procedimento e o caderno de encargos para a empreitada de Requalificação da Unidade de Saúde de Torres Novas que prevê a remodelação em grande parte do atual edifício do Centro de Saúde, em consonância com as orientações dos responsáveis do Centro de Saúde de Torres Novas, do ACES – Agrupamento de Centros de Saúde e da ARSLVT - Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Neste âmbito, foi celebrado com a ARSLVT um contrato-programa segundo o qual compete ao município aprovar e realizar todos os atos necessários à abertura e desenvolvimento do concurso público para a execução da empreitada. Os projetos de execução das diversas especialidades foram elaborados e

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coordenados pelo gabinete INOVARCUS - Arquitetura e Engenharia, Lda., com sede em Ourém, tendo o programa de procedimento e o caderno de encargos

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sido elaborados pelos serviços municipais. O orçamento da empreitada totaliza 605.993,40 euros + IVA, sendo o prazo de execução proposto de 360 dias.

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Governo aprova estatuto de “Jovem Empresário Rural” O Governo aprovou dia 13 de dezembro o decreto-lei que cria o estatuto de “Jovem Empresário Rural” para promover o empreendedorismo nas zonas campestres e a criação de postos de trabalho nestas áreas. “Visando atribuir um caráter distintivo ao empreendedorismo no mundo rural, o diploma procura contribuir para a diversificação da base económica regional, a criação de emprego e a fixação de jovens

empreendedores nas zonas rurais, articulando estas ações entre as diferentes entidades da Administração Pública e da sociedade em geral”, refere o comunicado enviado pelo Conselho de Ministros. A medida já tinha sido anunciada pelo ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural há mais de umo ano. De acordo com Luís Capoulas Santos, este novo estatuto visa incentivar “a instalação de jovens empresários

em atividades não agrícolas no mundo rural”, contribuindo para a “diversificação e estruturação do tecido económico regional”. O governante disse ainda que seria criado o “banco de terras” para “ceder terra para exploração a jovens agricultores com formação adequada”, segundo as declarações divulgadas pela agência Lusa, à margem da cerimónia dos 130 anos da Escola Superior Agrária de Coimbra.

Nova App da Segurança Social aproxima cidadãos e empresas A Segurança Social passou a disponibilizar um novo canal de comunicação: a App Segurança Social. Esta nova ferramenta digital foi desenvolvida pelo Instituto de Informática e está enquadrada na estratégia de modernização da “Segurança Social Consigo”, integrando também o Simplex 2018+. Com esta medida, a Segurança Social avança na modernização digital e valoriza a sua relação com os cidadãos e empresas, promovendo um aumento da agilidade, eficácia e simplificação no acesso aos seus serviços. Na sua fase inicial esta aplicação tem como funcionalidades consultar o valor a receber e o dia previsto de pagamento das prestações sociais,

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como por exemplo, subsídio de desemprego, subsídio de doença, subsídio de maternidade e paternidade, etc., aceder à caixa de mensagens da Segurança Social Direta e sincronizar o calendário de eventos Segurança Social com a Agenda do dispositivo móvel.

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De referir que para a utilização da nova App é necessário estar registado na Segurança Social Direta. Neste momento, a App já está disponível para o sistema Android e será brevemente disponibilizada para o sistema iOS.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Iberopasta

põe “mão na massa” e investe 5 milhões de euros em Alcanena A aquisição de uma fábrica dedicada ao fabrico de farinhas de trigo, a detenção de terrenos num dos mais importantes centros logísticos do país, um estudo de mercado favorável e o apoio do Portugal 2020 foram os “ingredientes” necessários à criação da Iberopasta, que abriu portas em outubro passado, em Alcanena, e que está já a vender as suas massas alimentares para o grupo Intermarché. O investimento supera os cinco milhões de euros, com apoio dos fundos comunitários.

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ário Diogo Correia, com apenas 33 anos, é o sócio-gerente da Iberopasta, Lda., empresa portuguesa do setor alimentar dedicada ao fabrico de massas alimentícias. Acolheu a Ribatejo Invest na nova unidade fabril e, ao mesmo tempo que guiou a nossa revista pela fábrica, explicou como tudo aconteceu. “A ideia de montar uma fábrica de massas alimentares surge na sequência do investimento numa fábrica de farinhas, que realizámos em 2013, em Setúbal. Nessa altura comprámos o imóvel e equipamen-

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to novo e seminovo para equipar a fábrica, que iniciou laboração no final de 2015. Numa dessas aquisições, o negócio englobava muito do equipamento que está hoje na Iberopasta”, começou por referir o empresário. “À data”, concluiu ainda, “analisámos todas as opções em cima da mesa: se devíamos vender o equipamento ou investir numa fábrica de produção de massas alimentícias. O estudo de mercado disse-nos, efetivamente, que devíamos investir, pelo que se seguiu a submissão de uma candidatura ao Portugal 2020”. Mas… se a fábrica de moagens

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está em Setúbal, porquê o investimento em Alcanena?, quis saber a Ribatejo Invest, seguindo-se prontamente a resposta de Mário Diogo Correia. “Por dois motivos”, revelou, assertivo. “Em Setúbal é que estamos deslocalizados. Somos um grupo empresarial familiar com raízes em Alcanena - tínhamos cá os terrenos - e, por outro lado, o nosso produto tem como mercado a grande distribuição e as grandes superfícies. Que melhor localização que Alcanena, um dos mais importantes centros logísticos do país?”, retorquiu, acrescentando que “embora

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DR “O nosso objetivo é sermos conhecidos pela diferenciação e pela qualidade das nossas massas, o que conseguimos através das nossas linhas de produção que permitem fazer quase todo o tipo de massas, e dos seus moldes de bronze, que resultam num produto mais rugoso, mais saboroso e onde os molhos aderem melhor.”

tenhamos de transportar a sêmola de trigo de Setúbal para cá, o custo do transporte é compensado pela localização estratégica de Alcanena”. Nasce assim a Iberopasta, unidade fabril cerca de 6000 m2 que abriu em outubro passado e que pretende, através de diversas linhas de produção tecnologicamente avançadas e adequadas às afirma ainda que “não é propósito condições de segurança e higiene da Iberopasta entrar em choque alimentar, o desenvolvimento de comercial com esta empresa, até produtos alimentares de qualiporque, comparativamente, somos dade e inovadores, garantindo uma empresa pequena. O nosso uma alimentação constituída por objetivo é sermos conhecidos importantes fontes de nutrição, pela diferenciação e pela qualidade das nossas massas, o que saúde, bem-estar e prazer para os conseguimos através seus consumidores. das nossas linhas de “Antes de arrancar“Durante o mos com a Iberopasprodução que permita, havia um monotem fazer quase todo ano de 2019, pólio de uma multiprevemos ainda o tipo de massas, e dos nacional instalada no seus moldes de broncriar uma nova ze, que resultam num norte do país. Somos marca, num produto mais rugoso, a segunda fábrica mais saboroso e onde produtora de massas segmento mais os molhos aderem alimentícias em Porpremium.” tugal”, revelou Mário melhor”. Diogo Correia, que Esparguete, espi-

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MÁRIO DIOGO CORREIA integra um grupo empresarial familiar que detém negócios em diversos setores de atividade. O mais velho de três irmãos, Mário lidera não só a Iberopasta, mas também a MCS - Moagens Cereais de Setúbal S.A.. Na gestão dos negócios, conta com forte colaboração não só do seu pai, Mário Correia, mas também dos seus irmãos mais novos, Miguel Correia e Mariana Nico Correia.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

rais, macarrão riscado, segmento mais pre“A nossa mium”, adiantou meio macarrão riscado, Mario Diogo Cormacarronete riscado, empresa, reia. meio macarronete riscapara além de do, cotovelinhos, pérolas Hoje a empresa substituir as e bagos, são, para já, os emprega 17 pessoas, importações tipos de massa já produmas pretende chezidos na Iberopasta. gar às 25 ainda este deste produto A primeira marca da ano. vindas de empresa é “A PortugueCom um investiEspanha e Itália, mento que totaliza sa”, sendo o grupo Intermarché o primeiro clienpretende ainda mais de 5 milhões te a disponibilizá-la nas exportar 40% da de euros, o projeto empresarial foi suas superfícies. sua produção.” cofinanciado pelo “Esta foi a nossa primeira marca, mas vamos, COMPETE 2020, no com toda a certeza, proâmbito do Sistema d u z i r m a s s a s d e m a rde Incentivos à Inoca branca para outros clientes. vação Produtiva. Durante o ano de 2019, prevemos Neste momento “à conquista” ainda criar uma nova marca, num do mercado nacional, nomeada-

mente dos grandes players da distribuição moderna, a Iberopasta não se fica por aqui. O projeto empresarial pretende chegar aos mercados internacionais. “A nossa empresa, para além de substituir as importações deste produto vindas de Espanha e Itália, pretende ainda exportar 40% da sua produção”, revelou. A Iberopasta definiu no seu plano de negócios que a aposta no mercado externo será encarada como um importante motor da expansão da sua atividade, pretendendo-se conquistar uma posição interessante em países africanos, nomeadamente, Marrocos, Nigéria, Angola e Moçambique, bem como na Europa, particularmente em Espanha.

“Somos a segunda fábrica produtora de massas alimentícias em Portugal.” Mário Diogo Correia

Sócio-gerente da Iberopasta

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DR

Esta vontade da empresa está já em marcha, tendo a Iberopasta iniciado a prospeção internacional pelos mercados de Marrocos, Moçambique e Angola, através do projeto financiado pelo Portugal 2020, Vale Oportunidades de Internacionalização. O projeto tem como objetivo desenvolver e implementar um plano de internacionalização na empresa e que abrange uma fase de diagnóstico de oportunidades e uma fase de prospeção e visitas aos mercados internacionais. Empreendedorismo, inovação e internacionalização. Parece-nos que esta é a “receita” para o sucesso da Iberopasta.

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INFORMAÇÃO&APOIO

Em vigor

Novas Regras da União Europeia

para eliminar as principais lacunas legais utilizadas pelas empresas para fugirem ao Fisco

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esde 1 de janeiro, todos os Estados-Membros passaram a aplicar novas medidas antiabuso juridicamente vinculativas aplicáveis às principais formas de fuga ao Fisco praticadas pelas grandes multinacionais. Pierre Moscovici, Comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira, afirmou: “A Comissão lutou de forma consistente e durante muito tempo contra o planeamento fiscal agressivo. A batalha ainda não foi ganha, mas representa um passo muito importante na nossa luta contra aqueles que tentam tirar partido das lacunas existentes nos diferentes sistemas fiscais dos nossos Estados-Membros para evitarem o pagamento de milhares de milhões de euros em impostos.” Espera-se que as regras, que se baseiam em normas globais elabo-

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radas pela OCDE, em 2015, sobre a erosão da base tributável e a transferência de lucros (BEPS), ajudem a impedir a saída da UE de lucros que escapariam à tributação no local para onde fossem transferidos. Em concreto: ÆÆ Todos os Estados-Membros passam a tributar os lucros transferidos para países de baixa tributação nos quais a empresa não tenha uma atividade económica genuína (regras relativas às sociedades estrangeiras controladas); ÆÆ Para dissuadir as empresas da utilização de pagamentos de juros excessivos com vista a diminuir o pagamento de impostos, os Estados-Membros limitam agora o montante das despesas líquidas com juros que uma empresa poderá deduzir do seu rendimento tributável (regras relativas à limitação dos juros);

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ÆÆ Os Estados-Membros podem combater os mecanismos de elisão fiscal nos casos em que outras disposições antielisão não possam ser aplicadas (regra geral antiabuso). Novas regras aplicáveis às assimetrias híbridas para impedir que as empresas explorem as disparidades na legislação fiscal de dois países da UE diferentes com o intuito de escaparem ao pagamento de impostos, bem como medidas para assegurar que os ganhos em ativos, como a propriedade intelectual, transferidos do território de um Estado-Membro passem a ser tributáveis nesse país (regras de tributação à saída) entrarão em vigor a partir de 1 de janeiro de 2020.

CONTEXTO Propostas pela Comissão pela primeira vez em 2016, as regras juridicamente vinculativas que integram

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I&A

a chamada DAF (Diretiva Antielisão Fiscal) foram rapidamente acordadas para impulsionar os esforços desenvolvidos a nível mundial para reprimir o planeamento fiscal agressivo. O acordo seguiu o consenso dos países da OCDE sobre recomendações destinadas a limitar a erosão da base tributável e a transferência de lucros (BEPS) e tornou a UE num líder mundial em termos de abordagem política e económica da tributação das sociedades.

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A Comissão Juncker tem estado na vanguarda dos esforços mundiais para combater a elisão e a evasão fiscais. As novas regras de transparência têm vindo a entrar gradualmente em vigor, a fim de garantir que os Estados-Membros têm a informação de que necessitam para reprimirem as empresas que não pagam a sua quota-parte de imposto. A UE está também a agir para assegurar que os seus parceiros internacionais

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apliquem as normas mundiais antielisão fiscal através dos seus trabalhos em curso sobre uma lista de jurisdições fiscais não cooperantes. Por último, a Comissão propôs igualmente reformas abrangentes do imposto sobre as sociedades, que permitiriam rever a forma como as multinacionais são tributadas na UE, assegurando ao mesmo tempo um enquadramento empresarial que facilite a atividade das empresas que operam além-fronteiras.

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INFORMAÇÃO&APOIO

405 mil milhões de euros investidos na economia real da Europa graças aos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento

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m relatório publicado dia 19 de dezembro revela os principais resultados alcançados graças aos cinco Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, a meio do período orçamental de 2014-2020. Até outubro de 2018, praticamente metade do orçamento dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) para 2014-2020 tinha sido atribuída a projetos concretos. Em finais de 2017, um milhão de empresas, incluindo 74 000 empresas em fase de arranque, tinha beneficiado de apoio para expandir, inovar, lançar novos produtos e criar empregos. No total, foram selecionados 1,7 milhões de projetos de investimento para receber o apoio da UE em toda a Europa, que se vêm somar aos 2,7 milhões de beneficiários de programas de desenvolvimento rural. O Vice-Presidente Jyrki Katainen, responsável pelo Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, declarou: “Este relatório demonstra que os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento estão a ajudar-nos a alcançar os nossos objetivos de crescimento e emprego por toda a Europa em domínios fundamentais como a investigação e a inovação, sem esquecer a transição para uma economia circular hipocarbónica. Os progressos registados indicam claramente o valor acrescentado dos fundos estruturais quer para as empre-

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sas quer para os cidadãos”. Corina Cretu, Comissária responsável pela Política Regional, afirmou: “A política de coesão está a dar frutos. Os números falam por si: a execução dos programas está a progredir à velocidade de cruzeiro, a meio do período orçamental de 2014-2020. Para além destes números excecionais, há as histórias dos milhões de europeus cujas vidas estão a mudar para melhor graças aos investimentos da UE. Eis um sólido argumento a favor de uma política de coesão robusta após 2020”. Em toda a Europa, os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento contribuíram para sarar as feridas da crise económica e financeira. Em finais de 2017, 15,3 milhões de pessoas – o dobro do ano anterior – receberam apoio na procura de emprego ou na aquisição de novas competências. E são 42,5 milhões os cidadãos que agora têm acesso a melhores serviços de saúde. Em conformidade com os compromissos assumidos pela UE no âmbito do Acordo de Paris, os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento apoiam a transição para uma economia hipocarbónica; 330 000 famílias estão já a colher os benefícios de obras de renovação destinadas a melhorar a eficiência energética, financiadas pela UE, calculando-se em mais de 3 terawatt/horas de energia (o equivalente a uma combustão de cerca de 370 000 toneladas de carvão) as

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I&A

poupanças que irão ser obtidas graças à melhoria da eficiência energética dos edifícios públicos. A Plataforma de Dados Abertos no domínio da Coesão - https://cohesiondata.ec.europa.eu/ - foi também já atualizada para tornar públicos os resultados mais recentes dos programas apoiados pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento.

CONTEXTO Os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento vão investir 647 mil

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milhões de euros durante o período de 2014-2020, equivalendo a contribuição da UE a 460 mil milhões de euros. O seu objetivo é fomentar uma convergência socioeconómica duradoura, a resiliência e a coesão territorial. Os fundos são a maior fonte de apoios da UE para domínios fundamentais que requerem investimentos ao abrigo das prioridades políticas da Comissão Juncker. Ao apoiar a criação de empregos

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e o crescimento, o investimento no Mercado Único Digital e na União da Energia, reforçando o Mercado Único e a governação económica da UE, estes investimentos dão resposta às necessidades da economia real e incentivam a mudança e as reformas estruturais identificadas durante o processo do Semestre Europeu. O relatório constitui a terceira síntese anual relativa à execução dos 530 programas nacionais e regionais, com base nos relatórios anuais do programa recebidos em meados de 2018.

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INFORMAÇÃO&APOIO

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ão foi há muito tempo que a norma, na maioria dos sites, era a utilização do protocolo HTTP, sendo a utilização do protocolo HTTPS apenas vista como uma mais-valia. Hoje em dia já não vivemos nesses tempos. Atualmente o protocolo HTTPS passou a ser visto quase como uma necessidade. Esta necessidade teve o seu principal ponto de viragem quando o Google Chrome, que é estatisticamente o browser mais utilizado para navegar na Internet, passou a marcar como inseguros todos os sites que não utilizassem o protocolo HTTPS. Esta alteração chamou, obviamente, a atenção dos utilizadores, mas será assim tão inseguro aceder a sites que funcionem com o protocolo HTTP? Para responder a esta questão nada melhor que percebermos alguns conceitos básicos por detrás destes protocolos.

O QUE É O HTTP? De uma forma muito resumida, o HTTP

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http vs. https

(Hyper Text Transfer Protocol) é um protocolo utilizado para transmitir e receber informação através da Internet, sendo que neste protocolo a transmissão de informação não é feita de forma encriptada, estando assim mais sujeita a ser intercetada por terceiros.

O QUE É O HTTPS? O protocolo HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure) acaba por ser uma extensão do protocolo HTTP. A diferença que no protocolo HTTPS a transmissão de informação é feita de forma encriptada, permitindo assim uma maior segurança na informação trocada. A utilização do protocolo HTTPS implica a aquisição de um certificado SSL junto de uma entidade certificadora credível. Será este certificado SSL que irá garantir a autenticidade do seu site e irá garantir que a informação trocada entre o utilizador e o servidor é encriptada. A aquisição destes certificados pode normalmente ser feita através da entidade que vos fornece o serviço de alojamento

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para o site, facilitando assim a configuração do certificado SSL no alojamento do site.

OS SITES QUE FUNCIONEM EM HTTP SÃO INSEGUROS? Não exatamente. Aceder a um site que funcione em HTTP não nos garante à partida que estamos a aceder a um site inseguro, da mesma forma que aceder a um site em HTTPS não nos garante que estamos livres de qualquer perigo. O que acontece é que o protocolo HTTPS nos oferece uma maior segurança em relação ao protocolo HTTP, sendo que na Internet nunca estamos 100% seguros, pois todos os dias surgem novas ameaças. Não devemos, por isso, deixar de aceder a sites HTTP apenas porque são vistos, atualmente, como inseguros. Convém esclarecer que esta insegurança surge apenas, não porque tenham sido descobertas grandes falhas de segurança no protocolo HTTP, mas sim porque o protocolo HTTPS proporciona uma maior segurança relativamente ao protocolo HTTP.

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VIVER O TEJO

Carlos Relvas: Lavrador, desportista, toureiro amador e fotógrafo português

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arlos Relvas nasceu no Palácio do Outeiro, em plena vila da Golegã, em novembro de 1838. Educado por professores particulares, aprendeu ciências e línguas, com destaque para o francês. No entanto, depressa se deixa atrair pelas atividades ao ar livre, distinguindo-se de igual modo no tiro de pistola e carabina, como jogador de pau, florete e sabre, ou na equitação. Era um verdadeiro sportsman. Em 1853, ainda muito novo, casou-se com Margarida Mendes de Azevedo, filha dos viscondes de Podentes. Dessa união nascem cinco filhos. Um deles, José Relvas, que virá a distinguir-se na contestação ao regime monárquico, proclamando a República da varanda da Câmara de Lisboa. Homem eclético, Relvas interessou-se sobretudo pela fotografia, produzindo uma obra de grande envergadura, onde se destaca também a magnífica casa-estúdio que construiu no jardim da sua residência do Outeiro. Mas além de fotógrafo, foi ainda político e lavrador, criador de cavalos e cavaleiro, inventor, e até músico. À frente das propriedades da família, Relvas mostra-se um agricultor influente, setor onde introduziu máquinas e processos de produção pioneiros. Monarca convicto, figura de fidalgo da época, Carlos Relvas vive no coração das suas terras como um grand seigneur, impondo-se pela fortuna, talento e carisma. Criador de gado e produtor de azeite, mel e vinho, Relvas exporta os seus produtos e é distinguido em várias exposições internacionais do setor, como as de Viena, Filadélfia e Paris. Elogiado pela sua arte como cavaleiro e toureiro amador, Relvas obtém assinalável êxito nas lides tauromáquicas. Chega mesmo a ter uma praça de touros na Golegã. Com uma curiosidade insaciável e uma absoluta necessidade de inventar e descobrir, Relvas coloca esta sua faceta principalmente ao serviço da fotografia. Mas alarga-a a outras áreas. É assim que concebe e constrói um bote salva-vidas revolucionário, que tinha a particularidade de voltar à posição inicial sempre que se virava. Morreu na sua Casa Estúdio, a 23 de janeiro de 1894, vítima de uma septicemia contraída após um acidente de cavalo nas ruas da Golegã. Desaparecia assim um

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dos nossos maiores fotógrafos de sempre e uma das personalidades mais populares e famosas do Portugal de então. Carlos Relvas deixou-nos um extraordinário património de imagens que o consagram como um artista de exceção. Mas legou-nos também a incomparável Casa-Estúdio da Golegã, única no seu género a nível mundial, para sempre ligada à sua obra e ao seu projeto de vida. Relvas, em 1876, inaugura o seu magnífico atelier, autêntico templo dedicado à arte fotográfica, situado no jardim da sua casa do Outeiro. O edifício revelou-se um projeto arrojado e cuidadosamente concebido, pioneiro de uma arquitetura de transição que fundia admiravelmente a arte e a tecnologia em pedra, estuque, ferro e vidro (33 toneladas!). A execução da obra demorou cerca de quatro anos a ser concluída. Com uma estrutura em ferro, a casa de dois pisos apresentava-se, à imagem do que acontece hoje, decorada de acordo com as tendências românticas da época, que lhe conferem uma certa monumentalidade. No rés-do-chão funcionavam os laboratórios e a receção, situando-se no primeiro andar o espaço de maquilhagem e as enormes vidraças do estúdio. Aí, numa ampla área, podia-se encontrar todo o tipo de mobiliário e acessórios fotográficos, bem como grandes telas pintadas com paisagens diversas, tudo encimado por uma estrutura de ferro e vidro que sustinha as cortinas reguladoras da luz, movidas por um sistema de cordas e roldanas. Contudo, não foi só em Portugal que a Casa-Estúdio causou impacto. O conceituado major-general James Waterhouse, homem que conhecia toda a Europa fotográfica e as suas elites, seria peremptório nos seus elogios quando a visitou: “No seu conjunto, condições gerais e pormenores, trata-se do mais perfeito atelier fotográfico, e só podemos lamentar que esteja escondido tão longe no campo”. Recentemente reaberto após obras de requalificação, a Casa-Estúdio Relvas mantém-se como um monumento ímpar de um período heroico da história da fotografia. Visite este local mágico e faça a sua reserva. http://www.viverotejo.pt/Comer http://www.viverotejo.pt/Dormir

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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO

Teletejo aposta na qualidade A empresa de Almeirim Teletejo – Telecomunicações do Ribatejo, S.A., acaba de realizar a sua auditoria de acompanhamento ao Sistema de Gestão da Qualidade, que se encontra certificado de acordo com os requisitos da Norma ISO 9001:2015. De acordo com comunicação da empresa, “a auditoria foi realizada pela SGS, entidade certificadora e pretendeu verificar se os processos que constituem o nosso sistema de gestão continuam implementados de acordo com os requisitos da norma. A entidade certificadora SGS constatou que o sistema continua a dar resposta ao requerido pela norma e evidencia trabalho na procura da melhoria contínua dos processos com o objetivo responder às expetativas dos clientes”. Para além da realização da auditoria de acompanhamento, a empresa divulgou ainda outras atividades. Recentemente, fez saber, “foram adquiridas duas novas viaturas tendo em vista a renovação da frota de apoio à produção e consequentemente a melhoria das condições de trabalho e da qualidade na prestação de serviços”. Para além disso, adiantou também, a empresa realizou nas suas instalações “uma ação de Formação Básica de Segurança, que teve como objetivo dotar os colaboradores participantes de conhecimentos básicos de segurança na execução de obras”.

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Politécnicos de Tomar e Viseu uniram-se à Softinsa em mais uma iniciativa Hackathon Os Institutos Politécnicos de To m a r e d e V i s e u u n i r a m - s e à Softinsa para mais uma iniciativa Hackathon, tendo sido esta edição dedicada às soluções IBM Cloud e IBM Watson IoT. Esta maratona de programação, realizada no dia 30 de novembro no Instituto Politécnico de Tomar, contou com 40 alunos das duas instituições de ensino que formaram equipas para, em conjunto, encontrarem ideias inovadoras que endereçassem problemas reais. Com base nos temas lançados que incidiam sobre a Assistência à População Idosa, Mobilidade Urbana, Segurança e Acessibilidade e Energia, o grupo Drag’n Drop, constituído por Filipe Ferreira e Alexandre Corte Real, do IPV, e David Costa e Ricardo Nunes do IPT, foram os premiados com o projeto Doorbell. A solução vencedora contempla um módulo de câmara inteligente que, com recurso ao IBM Watson Visual Recognition, pretende identificar e sinalizar potenciais riscos de fraude direcionados principalmente à população idosa. A sinalização é feita via a captura

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da imagem do rosto quando é detetada a presença de uma pessoa na porta da habitação, sendo as imagens recolhidas comparadas com uma base de dados de pessoas autorizadas. No caso de não constarem da referida base de dados, é emitido um alerta para os familiares ou prestadores de serviços registados como contactos de emergência. Numa fase posterior é ainda possível categorizar as imagens recolhidas de forma a permitir, através da agregação de dados provenientes de outras fontes de informação, que sejam identificados potenciais autores de fraudes de uma forma centralizada. A Presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, esteve também presente no momento da entrega do prémio, para além dos elementos do júri, professores dos politécnicos e profissionais da Softinsa que acompanharam os participantes ao longo de todo o dia. A equipa vencedora recebeu um prémio monetário e cada elemento terá a oportunidade de estagiar nos Centros de Inovação da Softinsa de Tomar e de Viseu.

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E&I

Câmara Municipal de Abrantes e Tejo Energia entregam Prémios de Mérito A Câmara de Abrantes e a Tejo Energia asseguram anualmente a parte financeira correspondente aos prémios, enquanto as escolas envolvidas desenvolvem o processo de seleção dos alunos, sendo que a regra do apuramento é a obtenção da melhor média. A entrega dos Prémios de Mérito aos melhores alunos que concluíram o ensino secundário ou profissional nas escolas do concelho de Abrantes realizou-se no dia 14 de dezembro, no auditório da EPDRA - Escola Profissional de Desenvolvimento Rural, em Mouriscas. Os prémios, no valor individual de 1.250 euros, são um incentivo ao mérito escolar dos alunos e resultam de um protocolo de colaboração estabelecido em 2012 entre a Câmara Municipal, a Tejo Energia, os dois agrupamentos escolares e a EPDRA. Para a Presidente da Câmara, os prémios são, também, um “estímulo” para todos os outros alunos. Maria do Céu Albuquerque deixou uma palavra de reconhecimento aos pais, aos professores e ao pessoal não docente das escolas, enaltecendo o papel de cada um para o sucesso escolar dos alunos.

Para a autarca, todos fazem parte de um “ecossistema” que inclui a Câmara, através do Projeto Educativo Municipal, entre outras políticas municipais, mas também as instituições concelhias, como a Tejo Energia que, no âmbito da sua responsabilidade social, contribui financeiramente para a atribuição destes prémios anuais. Maria do Céu Albuquerque referiu ainda, o facto de alguns dos prémios terem sido atribuídos, este ano, a alunos de cursos mais criativos, porque, sublinhou,

“é desta diversidade que se prepara o novo mundo do trabalho”. Os alunos de Mérito no ano-letivo 2017/18 foram Mafalda Duque Morgado Marques (Ensino Secundário – Escola Manuel Fernandes), Sara Filipa de Jesus Matos Costa (Ensino Profissional – Escola Manuel Fernandes), Beatriz Felício da Costa (Ensino Secundário – Escola Solano de Abreu, Vasco Rafael Saldanha Rodrigues (Ensino Profissional - Escola Solano de Abreu) e Maria Alice Almeida e Silva (Ensino Profissional – EPDRA).

capacidade de corporizar novos modelos de negócio. “Durante o projeto será feito o mapeamento de novas oportunidades de empreendedorismo na fileira da cortiça bem como, das necessidades de capacitação para um amplo programa empreendedor que assente em três eixos de sustentabilidade: competitividade, meio ambiente e responsabilidade social”, refere João Rui Ferreira,

presidente da APCOR. Estão previstas várias atividades como workshops, um roadshow, um seminário e várias ações de coaching e mentoring, mas é a realização do concurso de ideias que merece maior destaque pois serão atribuídos 30 mil euros para as seis ideias mais inovadoras e diferenciadoras. Saiba mais informações e candidate-se em www.corkempreende.apcor.pt.

Associação da Cortiça quer criar 20 empresas A APCOR - Associação Portuguesa da Cortiça lançou no dia 06 de dezembro, o projeto Cork_Empreende. Trata-se de uma iniciativa que aposta na promoção do espírito empresarial, apoiando ideias de negócio inovadoras e com o objetivo de criar cerca de 20 novas empresas e vários postos de trabalho por todo o território nacional. Desenvolver uma nova estratégia de promoção do empreendedorismo, baseada em modelos de negócio orientados para processos tecnológicos e estimular novas iniciativas empresariais orientadas para a internacionalização, são dois grandes objetivos deste projeto, que tem como principais destinatários os empreendedores com novas ideias de negócio e as novas PME (constituídas há menos de 2 anos) com

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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO

Empresas do Ribatejo em destaque

Portugal Farm Experiences 2.º classificado no programa Tourism Up

A Territórios Criativos, com o apoio do Turismo de Portugal, no contexto do programa FIT – Fostering Innovation in Tourism, que tem como objetivo dinamizar novos projetos disruptivos de base turística e estimular o ecossistema empreendedor, promoveu os programas de aceleração Tourism Up e Taste Up, dedicados ao turismo e valorização de produtos endógenos e turismo gastronómico. No âmbito destas iniciativas, evidenciaram-se algumas empresas do Ribatejo, entre elas a Portugal Farm Experiences, do empreendedor Estevão Anacleto, que foi acompanhado pela NERSANT no âmbito da criação da sua empresa e vencedora de um dos muitos concursos de ideias de negócio dinamizados pela associação empresarial, e que conseguiu mesmo ocupar, no âmbito do Tourism Up, o segundo lugar do pódio. Na sequência desta conquista, o executivo do Município de Alcanena aprovou por unanimidade, na reunião de dia 17 de dezembro, “um voto de Reconhecimento e Congratulação pelo lugar obtido neste concurso nacional”. Este negócio, com origem no concelho de Alcanena, tem por base uma plataforma online que conecta pessoas e agricultores. A Portugal Farm Experiences

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agrega, assim, várias quintas que trabalham com uma ampla gama de atividades agrícolas para turistas experimentarem e passarem um dia diferente participando nas mesmas. Na fase final do projeto de aceleração de startups, esteve também outro projeto de Alcanena nomeadamente a marca de cerveja artesanal “A Fina da Aldeia”. Para além dos projetos de Alcanena, também Glória do Ribatejo esteve em destaque. O Veganchee, de Mónica Venda, empreendedora que também passou pelo apoio à criação de empresas da NERSANT e pelos concursos de ideias de negócio da mesma associação, foi também um dos 10 finalistas do programa Taste Up. Também o Município de Salvaterra de Magos, de onde é oriunda a empresária, bateu palmas aos resultados alcançados: “o Município de Salvaterra de Magos congratula-se pelo facto da empresária Mónica Venda e a empresa que dirige e os produtos que comercializa estarem entre os melhores e representarem com excelência o espírito empreendedor dos nossos empresários, produtores locais e artesãos”, referiu o Município, em comunicado publicado no seu portal. O projetos vencedores foram conhecidos no dia 12 de dezembro, em Loures,

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numa sessão de pitch & tasting em que os empreendedores fizeram uma apresentação dos seus projetos perante um júri constituído por chefs, investigadores, gestores de empresas e representantes de instituições públicas e privadas. A cerimónia contou com cerca de 200 participantes, entre empreendedores, oradores, jurados, empresários, investidores e representantes dos municípios. Os vencedores foram a City Check, Portugal Farm Experiences, a Gin Black Pig (Tourism Up), a TinyCrops - Microvegetais, a Compadre Cooking School e a Algarve Food Tours - Eat Drink Discover (Taste Up).

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Abrantes criou caderneta escolar digital que vai agora estender-se a todo o país

Projeto europeu DIVA vai apoiar soluções tecnológicas para alimentação, floresta e ambiente A empreendedora abrantina Ana Bento, professora e funcionária da Força Aérea Portuguesa com apenas 22 anos, criou a “App Caderneta do Aluno”, projeto que foi um dos vencedores do Orçamento Participativo Jovem Portugal (OPJP) 2017. O projeto foi considerado de tal forma interessante que o IPDJ - Instituto Português do Desporto e da Juventude, que decidiu agora implementá-lo em todo o território nacional através da plataforma E360, um instrumento de gestão informático que agrega informação de todos os estabelecimentos de ensino do continente. De referir que a caderneta digital vai incluir, além de toda a informação que a atual caderneta em suporte físico disponibiliza, dados sobre horários escolares, recados sobre notas dos alunos, avisos sobre o dia dos testes, relatórios de assiduidade, calendários sobre atividades curriculares, e todos os avisos e ocorrências que sejam pertinentes. Através desta aplicação, explicou a promotora do projeto, qualquer pai pode aceder fácil e gratuitamente ao comportamento, assiduidade e empenho do seu filho, através do seu smartphone.

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Chama-se DIVA o projeto europeu que está a dar a oportunidade às PME de apresentar novas soluções tecnológicas para as áreas da alimentação, floresta e ambiente. O DIVA é financiado pelo programa de investigação e inovação da União Europeia H2020. O projeto em Portugal é liderado pelo Centro para a Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo do INESC TEC e pela INOVISA. No total estão disponíveis 1,35 milhões de euros para apoiar empresas de Portugal, Espanha, França, Grécia, Itália e Irlanda que submetam projetos inovadores. As candidaturas à primeira fase podem ser feitas até 1 de fevereiro de 2019. Podem candidatar-se pequenas e médias empresas, incluindo startups, legalmente constituídas e estabelecidas num dos seis países referidos. Ao todo, serão lançadas duas convocatórias com um orçamento de cerca de 3 milhões de euros para financiar o desenvolvimento de novos produtos e serviços, através de várias tipologias de vales de inovação que podem ir até 60 mil euros: ÆÆ Coaching e Mentoring, vales até 10 mil euros, para financiar serviços de consultoria e assistência técnica

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especializada para aceleração do processo de inovação; ÆÆ Maturação, vales até 10 mil euros, para financiar o amadurecimento tecnológico da PME através de assistência técnica especializada; ÆÆ Demonstração, vales de 25 a 60 mil euros, para financiar a demonstração de soluções inovadoras em ambiente real ou em condições “quase reais”; ÆÆ Internacionalização, vales até 30 mil euros, para financiar serviços de consultoria e assistência técnica especializada no processo de internacionalização, bem como a participação em feiras e eventos internacionais. Os projetos podem ser individuais ou em consórcio, devendo em qualquer dos casos ser liderado por uma empresa. De referir que o projeto DIVA tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de novas cadeias de valor digitais com aplicações nos setores agroalimentar, florestal e ambiental. É financiado pelo programa de investigação e inovação da União Europeia H2020, sob o acordo número 777890.

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Uma formiga com asas para voar Do sonho de duas jovens empreendedoras, Diana Gaspar e Carina Ferreira, nasceu há cerca de dois anos, o Centro de Atividades de Tempos Livres e Aprendizagem Complementar Formiga de Asa, situado bem no centro de Santarém.

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iana Gaspar, licenciada em Animação Cultural e Educação Comunitária, e Carina Ferreira, licenciada em Educação Social, conheceram-se há dez anos, na Escola Superior de Educação de Santarém, onde estudaram. Concluída a licenciatura, seguiu-se a mudança e o estágio em Lisboa, onde trabalharam com crianças. De estagiárias passaram a coordenadoras das Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e Complemento de Apoio à Família (CAF) até que algumas mudanças internas as levaram a sair e a arriscar num novo projeto. A experiência que ganharam deu-lhes a confiança para regressarem a Santarém e avançarem com a criação de um ATL e Centro de Estudos. Não recearam a concorrência que já havia na cidade e nem a burocracia e as dificuldades que encontraram por parte de algumas entidades as desanimou. “Preparámo-nos muito, andámos muito tempo à procura do espaço ideal que teria que obedecer a muitos requisitos da Segu-

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rança Social para poder ser licenciado, houve muito tempo de trabalho preparatório”. Nessa altura as duas empreendedoras recorreram à NERSANT e participaram num projeto de apoio ao empreendedorismo, beneficiando de apoio técnico em diversas áreas, entre elas a ajuda para a elaboração de um Plano de Negócios. “A NERSANT foi essencial porque nos ajudou a fazer contas e a ser realistas, porque nós aligeirávamos um bocadinho as coisas. Felizmente tudo tem corrido como estava previsto”, afirma Diana Gaspar. Foi em maio de 2017 que o ATL abriu as portas e hoje, quase 19 meses depois, o balanço feito pelas duas empreendedoras não podia ser mais positivo. No espaço de um ano as inscrições duplicaram, estando as vagas praticamente todas ocupadas. “O feedback é fantástico, os pais gostam, e verificamos que as crianças que vieram no primeiro ano renovaram a sua inscrição, o que significa que gostaram do nosso trabalho”. No último ano letivo todas as crianças que estiveram no ATL Formiga de ASA conseguiram transitar de ano, graças a muito

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trabalho e à ajuda que receberam no Centro de Estudos para compreenderem algumas matérias. O Centro de Estudos destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos de idade. “A nossa rotina começa pelo transporte, vamos buscá-los à escola (tivemos de comprar uma carrinha e equipá-la segundo as normas obrigatórias) e fornecemos o lanche. Segue-se depois algum tempo de estudo, para fazerem os TPC e estudarem algumas matérias, esclarecerem algumas dúvidas. A partir daí, e até os pais os virem buscar, o tempo é de brincadeira. Nas férias escolares, as crianças usufruem de muitas visitas de estudo e também passam algum tempo nas instalações. No entanto, espaço para brincar e coisas para fazer não faltam ali. Este ATL tem uma sala de cinema, uma sala de jogos onde podem jogar futebol, matraquilhos, uma discoteca, uma sala dividida em espaços típicos de uma pequena vila, para além das salas de estudo e de refeições. É através das redes sociais que a Formiga de ASA vai partilhando com os pais alguns

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dos momentos mais divertidos vividos pelas crianças, seja durante o tempo de aulas, seja nas férias escolares. Idas à piscina, atividades desportivas, atividades lúdicas, visitas de estudo, o atingir dos objetivos escolares, todos os momentos conciliam diversão e aprendizagem. “Estamos cá para apoiar as famílias, somos um suporte à vida familiar e se acontecer um imprevisto os pais sabem que podem contar connosco”, conta Diana Gaspar. Reconhece que hoje os pais trabalham muitas horas, principalmente os que trabalham mais longe, o que as leva a realizar algumas iniciativas para que estes possam passar mais tempo com os filhos. E porque nem sempre os pais têm a disponibilidade desejada para poderem acompanhar os filhos, o ATL Formiga de Asa estabeleceu um protocolo com uma clínica de psicologia. A pedido dos pais, as técnicas da clínica deslocam-se ao ATL e é lá que fazem o acompanhamento de algumas crianças, que apresentam algumas perturbações de aprendizagem (dislexia) e problemas de comportamento, como a

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hiperatividade. Para além de preços mais convidativos, desta forma os pais evitam ter que se deslocar à clínica, pois as crianças são acompanhadas naquele mesmo espaço, num ambiente mais descontraído e de maior proximidade. “Por vezes, esta nossa clínica parceira, faz rastreios gratuitos e já se detetaram casos de crianças que tinham alguns destes problemas e que nem os pais nem a escola se tinham apercebido.” Para complementar a atividade do ATL, estas duas empreendedoras lançaram outro tipo de serviços, como a animação de eventos, onde se propõem animar as crianças em eventos como festas de aniversário, casamentos ou batizados, enquanto os pais se divertem, ou a organização de festas de aniversário infantis, que podem ser realizadas nas próprias instalações do ATL, mediante aluguer do espaço, ou noutro local qualquer. Em jeito de conselho a futuros empreendedores, referem que o mais importante “é nunca desistir, vão ouvir muitos nãos, e algumas entidades que deveriam ajudar levantam muitos entraves, mas se acreditarem no vosso projeto vão em frente.”

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SERVIÇOS PRESTADOS - Programa de férias escolares com diversas atividades - Transporte escolar - Apoio ao estudo e preparação para avaliações - Aluguer de espaço, organização e animação de festas de aniversário, com decoração temática e personalizada - Animação e decoração de eventos - Realização de workshops temáticos - Aluguer de espaço a terceiros

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NERSANT e IP Santarém

disponibilizam estudo para identificação de “Novas Profissões” na Lezíria do Tejo

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A nova economia digital baseia-se numa revolução tecnológica que tem vindo a alterar a forma como vivemos e trabalhamos. As tecnologias digitais que caracterizam estas mudanças impõem-se às empresas e aos trabalhadores e originam novas formas de organização da produção e do trabalho. Foi tendo em conta esta premissa que a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém e o IP Santarém - Instituto Politécnico de Santarém, no âmbito do projeto financiado Get Innovation, realizaram um estudo onde identificaram as profissões emergentes na Lezíria do Tejo

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NERSANT e o IP Santarém dinamizaram na sub-região da Lezíria do Tejo, o Get Innovation, programa financiado pelo Programa Operacional Regional - Alentejo 2020 que pretende preparar os sistemas organizacionais e produtivos do tecido empresarial da região da Lezíria do Tejo para os princípios da Indústria 4.0, promovendo o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras e associando-se ao conceito de “fábrica inteligente”. No âmbito da implementação do projeto, muitas atividades foram realizadas, com o objetivo de sensibilizar e capacitar os agentes empresariais para os desafios da transformação digital da indústria, com a introdução da Indústria 4.0. Uma das atividades do projeto foi o desenvolvimento de um estudo de identificação de “Novas Profissões”, requisitos e exigências, na Lezíria do Tejo. O documento estruturado, já disponível no portal da associação empresarial, em www.nersant.pt, pretende trabalhar a temática da Indústria 4.0 sob o ponto de vista das competências e das profissões que lhe estão ou virão a estar associadas, preparando, assim, as empresas, centradas nos setores agroalimentar, metalúrgico e metalomecânico, para este novo paradigma industrial e o desafio da digitalização que se lhes impõe. Neste estudo, a NERSANT e o IP Santarém procuraram abordar de forma integrada, as temáticas relacionadas com as questões do emprego vs. desemprego, competências vs. qualificações e mercado de trabalho vs. sistema formativo / educativo no universo 4.0. Neste sentido, ao longo das suas mais de 170 páginas, o estudo aborda as relações laborais no quadro da Indústria 4.0, identifica novas competências e novas profissões e faz ainda um paralelismo muito interessante

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entre dezenas de categorias profissionais associadas à região da Lezíria do Tejo, com as profissões emergentes. Neste campo específico, é detalhadamente analisado o caso do setor agrícola e dos subsetores industriais agroalimentar e metalúrgico e metalomecânico, com enfoque nas experiências e competências 4.0, nomeadamente automação por via de robôs, soluções 3D, entre outros. Naturalmente, e como consequência, o estudo realiza ainda uma análise prospetiva aos recursos humanos desta sub-região, bem como necessidades de formação e/ou educação, para fazer face aos novos desafios. O estudo deixa ainda algumas recomendações para a Lezíria do Tejo e seu tecido empresarial, arrumadas em quatro eixos Oferta Formativa; Laboratórios Colaborativos; Orientação Vocacional e Divulgação - para que a adaptação aos conceito de indústria 4.0 seja “mais uma oportunidade do que uma ameaça”. De referir que o “Estudo para a Identificação de Novas Profissões na Lezíria do Tejo, no quadro da Indústria 4.0”, enquadra-se no projeto Get lnnovation - A caminho da Indústria 4.0, promovido pela NERSANT e pelo IP Santarém. Este projeto visou a preparação do tecido empresarial da sub-região da Lezíria do Tejo para a integração dos princípios da Indústria 4.0 nos seus sistemas organizacionais e produtivos, em linha com as orientações das melhores práticas de inovação e produtividade, assim como incentivar o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras. O projeto contou com o apoio do Programa Operacional Regional - Alentejo 2020. O download do estudo pode ser efetuado na área do projeto Get Innovation no portal da NERSANT, com acesso através do menu “projetos cofinanciados pela UE”.

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Mocapor vende 3 milhões de euros/ano para Pequim

A Mocapor, empresa familiar de mármores de Alcanede, entrou na China em 1998, mercado que hoje representa 30% do volume de faturação, o equivalente a três milhões de euros. “O mercado chinês representa cerca de três milhões de euros por ano. É um mercado no qual nós, se quiséssemos, conseguiríamos crescer [...] Não queremos estar completamente concentrados neste mercado. Vendemos aquilo que queremos para o mercado chinês”, disse o responsável pela gestão e área comercial da empresa de mármores, Francisco Luís. A relação da empresa do distrito de Santarém com o mercado chinês data de 1998, ano em que foi abordada pelos próprios empresários asiáticos. “Já tinham visto os nossos materiais. Existe uma feira anual em Verona [Itália] onde as empresas estão expostas. Paris é a capital da moda, assim como Itália é a capital da moda da pedra”, contou. Porém, segundo o responsável, apesar de a China não ser um mercado fácil, está atento à concorrência. “Se um potencial cliente vir um produto novo, não é fácil fazer com que ele compre, mas se eu disser: ‘atenção que está aqui uma outra empresa que também me está a comprar’, então é mais fácil de convencer o cliente”, exemplificou. O mercado chinês representa cerca de 30% do volume de negócios da Mocapor, valor que a empresa espera vir a superar em 2019. “Tem havido a procura de alguns produtos que, até este momento, não eram tradicionais para o mercado chinês, o que me deixa antever que o 2019 vai ser de igual crescimento e até pode vir a atingir valores superiores aos registados, porque as condições económicas e as perspetivas de trabalho [na China] são, francamente, positivas”, referiu. Em causa, está a compra de mármores em tons mais escuros, tendência que era, tradicionalmente, reservada aos mercados europeu e americano. Criada há mais de 30 anos, a empresa de génese familiar está também presente em países como a Austrália, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Colômbia, Brasil e Rússia. Atualmente a Mocapor tem sete explorações próprias, desenvolvendo o processamento e transformação da matéria-prima até ao produto final.

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“Estão criadas as condições para reforçar as relações” com a China “Estão criadas as condições para reforçar as relações bilaterais do ponto de vista económico, da relação povo-a-povo e do ponto de vista cultural”, afirmou o Primeiro-Ministro António Costa na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, que visitou oficialmente Portugal durante dois dias. António Costa sublinhou que Portugal e China deram “passos concretos no estreitamento das relações, manifestados pela diversidade dos documentos assinados e que mobilizaram não só entidades dos Governos, mas também das universidades, empresas e municípios”. Esta diversidade “demonstra bem como a relação entre Portugal e a China não é só uma excelente relação ao nível bilateral, entre Governos, mas também no conjunto da sociedade portuguesa”.

17 ACORDOS Os 17 acordos assinados abran-

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gem áreas como economia, comércio, cultura, ciência, tecnologia, exportação, ambiente, poder local, ensino, finanças e energia e o Primeiro-Ministro sublinhou “a importância da afirmação estratégica do papel de Portugal na articulação da iniciativa Uma Faixa, Uma Rota, com o conjunto da conectividade entre a Europa e a Ásia”. O Presidente chinês afirmou que, na reunião com o Primeiro-Ministro, se verificaram “amplos consensos” sobre as relações bilaterais – que se “encontram no seu melhor momento histórico” - e questões internacionais de interesse comum entre os dois países. Xi Jinping sublinhou que “esta visita obteve resultados frutíferos e um grande sucesso”, agregando “forças motrizes para o desenvolvimento da parceria global China-Portugal”, consubstanciados nos acordos assinados, dos quais destacou o memorando de entendimento Uma Faixa, Uma Rota.

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INT missor relativamente a relações futuras”. “É neste sentido que vemos como muito importante ser enfatizada na declaração conjunta a colaboração que podemos ter no desenvolvimento de outas áreas industriais, designadamente na área da indústria automóvel e na mobilidade elétrica”, acrescentou.

40 ANOS DE RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS

DIVERSIFICAÇÃO DE FONTES DE FINANCIAMENTO António Costa realçou também o facto de “a agência de notação chinesa ter classificado a dívida portuguesa como elegível para a emissão de dívida em panda bonds (Renmimbi), o que é de interesse mútuo para a diversificação das fontes de financiamento da economia portuguesa, mas também para a colaboração na internacionalização do Renmimbi”, amoeda chinesa. A abertura de mercados na área agroalimentar, o reforço de investimentos em Portugal e os “novos investimentos de raiz a realizar por empresas chinesas em Portugal” também foram destacados por António Costa. O Primeiro-Ministro afirmou ainda a importância do acordo que permitirá começar a produzir microssatélites em Portugal, através do STARLab: “Serão um primeiro passo de produção industrial mista que julgamos muito pro-

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António Costa destacou igualmente que a visita do Presidente chinês ocorre num momento particularmente importante porque no próximo ano serão celebrados os 40 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países e os 20 anos sobre a devolução à China do território de Macau. O Presidente Xi referiu também as quatro décadas de restabelecimento das relações diplomáticas, como um novo ponto para “aprofundar a nossa amizade e cooperação e elevar a nossa parceira estratégica global para um novo patamar”. Referindo o desenvolvimento da compreensão e apoio mútuo nas grandes questões mundiais, o Presidente chinês referiu a importância de “elevar incessantemente o nível de confiança mútua” e na partilha de ganhos para “explorar juntos terceiros mercados, aprofundar o intercâmbio nas áreas da economia, comércio, agricultura, educação, turismo, ciência e tecnologia, desporto e média, entre outras”. Xi Jinping afirmou ainda a importância de “reforçar o apoio e cooperação nas organizações internacionais, como a ONU, salvaguardar conjuntamente o multilateralismo, o comércio livre, promover a paz, o desenvolvimento, a estabilidade e a prosperidade mundiais”. O Primeiro-Ministro e o Presidente chinês estiveram reunidos em privado no Palácio de Queluz, no concelho de Sintra, tendo-se seguido a reunião das duas delegações, a assinatura de acordos, a declaração à imprensa e um almoço de Estado oferecido pelo Primeiro-Ministro ao Presidente chinês, que encerrou a visita oficial de dois dias a Portugal.

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Portugal e Guiné Equatorial assinam protocolo para ensino do português O instituto Camões e a Universidade Nacional da Guiné Equatorial assinaram um protocolo que marca o início da cooperação em matéria de promoção da língua portuguesa por parte de entidades portuguesas naquele país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O protocolo consigna a criação de um Leitorado de Português e de um Centro de Língua Portuguesa/ Camões, na Universidade Nacional da Guiné Equatorial, tendo já sido selecionada a docente que irá assegurar o desenvolvimento de uma licenciatura e de um curso secundário em Estudos Portugueses. O protocolo estabelece ainda a criação de projetos no domínio da formação de docentes de Português como língua estrangeira. O protocolo foi assinado na capital da Guiné Equatorial, Malabo, pelo Encarregado de Negócios de Portugal, Manuel Grainha do Vale, e pelo Reitor da universidade, Filiberto Ntutumu Nguema Nchama, com a presença do Ministro Delegado dos Assuntos Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial, Bonifácio Mitogo Bindang.

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Lipronerg a contratar para reforçar mercados internacionais

A Lipronerg, empresa de engenharia, consultoria e facility management, com escritórios no Entroncamento, está a contratar um engenheiro civil para reforçar a equipa do projeto de internacionalização. O profissional terá como tarefas o apoio na elaboração de propostas comerciais, a definição de requisitos e soluções com o cliente, a elaboração de projetos de estruturas para edifícios de habitação e serviços, de águas pluviais, águas prediais e esgotos e de rede hidráulica, bem como garantir a entrega de projetos dentro do prazo, qualidade, âmbito e orçamento. Para além de licenciatura e / ou mestrado em Engenharia Civil e experiência em mercados internacionais, o novo colaborador da empresa deverá ter experiência mínima de 5 anos, sólidos conhecimentos e experiência em AutoCad/Revit e sólidos conhecimentos e experiência em SAP, ROBOT ou TRICALC (ou similar). Os interessados podem consultar o anúncio de trabalho da empresa na sua página de Linkedin, sendo as candidaturas remetidas por esta mesma via.

Novas regras para mercadorias na UE protegem trabalhadores O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, mostrou-se muito satisfeito com os resultados do Conselho de Ministros dos Transportes da União Europeia que aprovou o Pacote Mobilidade I, o qual estabelece novas regras para o transporte de mercadorias, que incentiva a concorrência, mas protege os direitos dos trabalhadores e não penaliza os países periféricos. “O transporte internacional de mercadorias, muito importante para países periféricos como Portugal, ficou salvaguardado das regras do destacamento de trabalhadores”, disse Pedro Marques, saudando o acordo alcançado pelo Conselho. “Os países periféricos seriam penalizados pelo aumento inusitado nos custos do transporte bilateral internacional de mercadorias para o centro da Europa e muitos postos de trabalho ficariam em risco”, se o setor tivesse ficado abrangido pelas regras de destacamento de trabalhadores, afirmou. O transporte bilateral internacional fica a salvo da aplicação do salário local e dos encargos administrativos associados à apresentação de declarações de destacamento. O Ministro salientou ainda que o Conselho avançou no combate à fraude no setor, com a futura introdução dos tacógrafos digitais, sublinhando que é uma forma de preservar a concorrência no setor e a segurança dos trabalhadores.

SOLUÇÃO EQUILIBRADA Nas condições sociais dos condutores obteve-se um ganho maior com a obrigato-

riedade de retorno a casa do condutor, após um período de trabalho de algumas semanas e por um período de cerca de um mês. Portugal, com a Irlanda, Finlândia, República Checa e Eslováquia, integrou um grupo de Estados Membros, que defendeu uma solução mais equilibrada que a inicialmente proposta pela Comissão Europeia e que aquela que era defendida por um grupo de países do centro da Europa. A proposta, que agora será submetida a Parlamento Europeu, promove, em simultâneo, a melhoria das condições sociais dos condutores e do exercício da sua atividade, e a criação de soluções de salvaguarda da competitividade das empresas de transporte rodoviário internacional de mercadorias e, em consequência, a capacidade concorrencial das exportações portuguesas no mercado europeu, evitando um aumento artificial dos custos que resultaria das propostas iniciais que protegiam os países da Aliança Rodoviária no centro da Europa.

Fravizel no Canadá A Fravizel, metalomecânica situada em Pé da Pedreira, Alcanede, continua a apostar na expansão dos seus negócios além-fronteiras. Com um plano de presenças em feiras internacionais bastante assíduo, a empresa esteve desta vez em Toronto, no Canadá, na STONEX2018. A presença no certame, realizado entre os dias 28 e 30 de novembro no Centro de Convenções Metro Toronto no Canadá, “foi, sem dúvida, bastante benéfica. O certame apresentou um programa bastante diversificado, tendo sido realizados seminários, palestras, e mesas redondas, liderados por uma lista de especialistas do setor”.

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Hidro Ibérica recebe menção honrosa em prémio de internacionalização Realizaram-se no final de novembro, os PT Global Water Awards, que visam premiar a internacionalização do setor português da água, uma iniciativa promovida e organizada pelo jornal Água&Ambiente e pela PPA. Os prémios distinguiram as empresas e entidades que integram o cluster português da água que no último ano concretizaram, ao longo de 2018, um importante sucesso no quadro de uma crescente internacionalização deste setor da economia portuguesa. Foram entregues cinco prémios, nas categorias Empreitadas, Fornecimentos, Serviços, Start-up e I+D+I. No entanto, devido à excelência das candidaturas apresentadas, o júri resolveu atribuir ainda cinco Menções Honrosas. A Hidro Ibérica recebeu, assim, uma das Menções Honrosas atribuídas, pelo projeto de “Fornecimento de Estações Elevatórias de Rega, Sistema de fertirrigação, condutas enterradas e 9 center-Pivots no Huambo, Angola”. Este trabalho remonta a 2016, na Fazenda Agrícola e Pecuária Ninho M´Babe, localizada em Chipita, no Huambo. O trabalho da Hidro Ibérica passou pelo fornecimento de duas estações elevatórias de rega compactas e contentorizadas, sistema de fertirrigação, condutas enterradas e 9 center-pivots, num total de 400 ha de área regada, num projeto que rondou os 800 mil euros. “Foi com imenso orgulho, que a Hidro Ibérica recebeu esta Menção Honrosa, na categoria Fornecimentos, pela sua participação na 2ª edição dos PT Water Global Awards. Pela primeira vez o prémio foi concedido a um

projeto de instalação agrícola, setor cada vez mais dinâmico na área da internacionalização e que tem especial enfoque nas estratégias de diversificação e crescimento, dos mercados onde se inserem, como é o caso de Angola”, referiu a empresa, acrescentando ainda que a receção desta Menção Honrosa “foi o culminar do elevado esforço, desenvolvido naquele que foi o primeiro projeto de interna-

cionalização, da Hidro Ibérica”. “De referir também que durante a fase inicial, desta árdua caminhada, no sentido da internacionalização, a Hidro Ibérica contou com o apoio da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, integrando um projeto de consultoria e formação, no âmbito da internacionalização”, salienta uma nota de imprensa da empresa, que tem sede em Salvaterra de Magos.

Dia Aberto Networking Internacionalização A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, vai realizar na Startup Santarém, ao longo do dia 14 de fevereiro, um encontro de networking com as empresas da região, onde vai apresentar a sua oferta ao nível da internacionalização, em especial as missões empresariais e receções de importadores previstas para este ano a diversos mercados com potencial. O evento decorrerá ao longo de todo o

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dia, com a realização de sessões formativas sobre os diversos mercados que a NERSANT vai abordar e ingressar em missão empresarial em 2019, mas também nas chamadas missões inversas, ações de internacionalização em que a entidade promotora convida delegações estrangeiras a conhecer o país, região e comunidade empresarial onde se inserem. Para 2019, estão, para já, previstas mis-

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sões empresariais aos Estados Unidos da América, Emirados Árabes Unidos, Canadá, Brasil, Bélgica, França, Macau, Eslováquia e Uruguai. Quanto à receção de importadores, visitarão a região delegações da Argélia, Azerbaijão, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América, Panamá, Peru, Republica Dominicana, Taiwan, Ucrânia e Vietname. Acompanhe e agende a sua presença neste evento em www.nersant.pt.

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Livro da Renova apresentado em Espanha Explosão de Cor RAL 7. Assim se denomina o livro que retrata a criação de uma instalação da marca ribatejana Renova na 7ª edição do MOVE Moda de Sevilha e que foi lançado no dia 13 de dezembro, na Escola de Design CEADE Leonardo, em Sevilha, Espanha. Este livro é o resultado do trabalho de uma equipa de professores e de estudantes do último curso de Design de Interiores, desafiados pela Renova a transformar 20 quilómetros de rolos de papel higiénico colorido numa instalação artística. Editada em inglês e espanhol, a edição impressa reproduz cerca de 80 fotografias da instalação e divulga, em imagens, o compromisso com a expressão artística da Renova e a sua ligação ao design. “A partir das premissas da criatividade, expressão artística, profissionalismo, esforço, cooperação e iniciativa de um grupo de estudantes, nasceu em Sevilha, um projeto que não é apenas um reflexo vivo dos orçamentos anteriores, mas vai além, pois projeta para o futuro, com uma infinidade de imagens que permanecem ao longo do tempo prendendo essas emoções e momentos vividos e imortais. Esta publicação reproduz fotografias e visões do desenvolvimento e da vida do projeto”, comunicou a empresa. De referir que a empresa Renova tem sede no concelho de Torres Novas.

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Portugal e Rússia assinam roteiro para o desenvolvimento económico O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, e o Ministro do Desenvolvimento Económico da Federação da Rússia, Maxim Oreshkin, copresidiram à VII Comissão Mista de Cooperação Económica-Técnica, em Lisboa, tendo assinado um Roteiro para a Dinamização da Cooperação Russo-Portuguesa para o período de 2018-2020. Este roteiro visa reforçar as relações bilaterais entre os dois países, designadamente no alargamento do quadro jurídico da Cooperação

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Económica e Comercial, na dinamização da cooperação económica, comercial e de investimento, no reforço da inovação na interação económica e comercial entre Portugal e Rússia, nas infraestruturas e transportes, nas energias renováveis e na indústria. Entre as ações propostas para o período 2018-2020 está a promoção do aumento do comércio de bens e serviços entre a Rússia e Portugal e os fluxos turísticos. O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirma que

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Protocolo entre a SOFID e o BEI garante financiamento de investimentos em África Foram apresentadas, no dia 13 de dezembro no Ministério dos Negócios Estrangeiros, as novas linhas estratégicas de atuação da SOFID - Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, Instituição Financeira de Desenvolvimento (conhecido como banco de fomento) e os instrumentos de apoio ao investimento. No âmbito da iniciativa, foi assinado um protocolo de colaboração entre a SOFID e o Banco Europeu de Investimento (BEI) para o financiamento de investimentos privados em África, com a presença da Vice-Presidente do BEI, Emma Navarro. Na sessão, intervieram o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, o Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo

Mourinho Félix, e a Presidente da Comissão Executiva da SOFID, Marta Mariz. “A recente dinamização da atuação da SOFID reflete o contributo que o setor privado pode dar para o crescimento económico-social e para a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e contribui ainda para a internacionalização da economia portuguesa”, lê-se no comunicado que chegou às redações. A SOFID é a instituição financeira de crédito portuguesa vocacionada para apoiar o investimento privado nos países em desenvolvimento, em articulação com os bancos de desenvolvimento europeus e multilaterais, “disponibilizando às empresas um conjunto de instrumentos de financiamento para apoiar os seus projetos de investimento”, diz a nota.

este roteiro “é um impulso importante para dinamizar as relações económicas entre Portugal e a Rússia. Neste momento, a Rússia é o nosso 36.º principal mercado para exportações, pelo que as relações comerciais têm grande margem de progressão. Portugal é um país com recursos altamente qualificados e com produtos de alta qualidade e tecnologicamente avançados, e esperamos que este acordo possa estimular um maior investimento russo no nosso País”.

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Canadá:

NERSANT tem guia para aumentar exportações da região para o país O Canadá, a 10.ª maior economia mundial, foi um dos mercados analisados pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, com o objetivo de compor um guia de apoio à exportação das empresas da região. O documento está já disponível gratuitamente para quem quiser saber mais sobre “como exportar para o Canadá”.

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NERSANT tem vindo a dinamizar na região o Exportintelligence, que tem por objetivo o levantamento dos principais procedimentos (e eventuais barreiras) de acesso a mercados, para facilitação da entrada das empresas da região, dando-lhes ferramentas de prévia análise e preparação antes de se abordarem esses novos mercados. No âmbito deste projeto, financiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC, a NERSANT estudou um conjunto de mercados, entre eles o Canadá, para o qual realizou um guia onde começa por apresentar este país, suas relações económicas com Portugal e com o comércio internacional, e o seu caráter fiscal. Logo de seguida, este guia - intitulado “Canadá: Promoção da internacionalização da região de forma inteligente” - informa as empresas da região dos procedimentos de exportação para o Canadá, nomeadamente através da indicação da documentação necessária, dos regimes aduaneiros, de algumas proibições e procedimentos especiais a ter em conta e certificações e vistorias necessárias. Nesta área são também dados a conhecer os requisitos de embalagem e rotulagem, os principais custos associados às exportações bem como o regime pautal do Canadá. Neste estudo, por exemplo, as empresas ficam a saber que “o Canadá é um dos países mais desenvolvidos do mundo, com uma

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economia sólida e aberta ao exterior, que mantém com Portugal relações históricas de amizade e de cooperação. Desta economia destacam-se as indústrias tecnológica, automotiva, petroquímica e de máquinas.” Outro dado de interesse revelado no estudo relaciona-se com as exportações já realizadas de Portugal para este mercado: “Portugal exportou para o Canadá produtos no valor total de 281,3 milhões de euros em 2016 e importou produtos no valor de 167,1 milhões de euros, verificando-se um saldo positivo nas trocas comerciais. O Canadá é o 23º cliente de Portugal e o seu 35º fornecedor. Produtos alimentares (20,3%), matérias têxteis (11,6%), químicos (9,8%), máquinas e aparelhos (9,4%), metais (8,8%), calçado (8,3 %), plásticos e borracha (7,8%), produtos agrícolas (6%), minerais e minérios (4,3%) e outros produtos (13,5%) constituem os produtos portugueses vendidos no mercado canadiano”, refere o documento, que indica ainda que o produto português mais exportado para o Canadá é, atualmente, “pastas celulósicas e papel, com 28,9% do total das exportações”. Os interessados em consultar os estudos, também disponíveis para os mercados de Marrocos, Moçambique, Colômbia, Gana, Turquia, México, Chile, Polónia e Austrália, podem fazê-lo através do portal www. exportribatejo.pt, ou através de solicitação junto do Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT (datic@nersant.pt ou 249 839 500).

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INTERNACIONALIZAÇÃO

De Abrantes para o Mundo

Campeões italianos

pedalam em 2019 com bicicletas Jorbi A empresa abrantina Vieira Graça, que produz bicicletas de competição e lazer, comunicou que a equipa Italiana “Amore & Vita – Prodir” irá competir com as suas bicicletas “Jorbi” já partir da próxima temporada 2019, que arranca em fevereiro.

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Jorbi nasceu em 2009 da iniciativa de Jorge Baeta, empresário português que esteve envolvido durante longos anos no mundo dos motociclos (Motocross, SuperCross, Speed e finalmente Maratonas, dos quais em 1996 se tornou Campeão Nacional da categoria 125cc). Em 1997, movido pela paixão pelas bicicletas, fundou a empresa Vieira Graça, em Abrantes, começando a distribuir em Portugal marcas muito prestigiadas, incluindo a Bianchi (desde 1999). No ano 2000, criou uma das mais importantes equipas do “Mountain Bike” em Portugal, a Team Baeta, com quem, em cinco anos, obteve mais de 50 vitórias e 15 títulos nacionais em diferentes categorias. Em 2005, o empresário apoiou pela primeira vez uma equipa profissional de ciclismo, o Clube Ciclismo de Tavira, vencendo a Volta a Portu-

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gal em 2008 e 2009, dando-se assim origem à criação da marca própria “Jorbi”. Em 2010, 2011 e 2013, a Jorbi continuou a ganhar a “Volta a Portugal”, tendo adquirido, por este motivo, grande visibilidade a nível nacional e internacional. A marca conseguiu agora uma nova afirmação, ao conseguir colocar as suas bicicletas Jorbi ao serviço da equipa Italiana Amore & Vita - Prodir já na próxima temporada 2019, que se inicia em fevereiro. Com esta importante parceria com a Amore & Vita - Prodir, a Jorbi dá um salto enorme em qualidade no ciclismo profissional e começa com entusiasmo por fazer parte da história da mais antiga equipa profissional do mundo, liderada pela família Fanini. Conhecida e apelidada pela imprensa internacional como a fábrica de campeões, esta equipa têm como sua filosofia principal “não ao

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doping”. O seu historial, avançou Jorge Baeta em comunicado, “é impressionante. Desde a sua fundação tem mais de 7000 vitórias, entre as quais 65 títulos nacionais, 15 vitórias em etapas no Giro e 12 títulos Mundiais, números que impressionam qualquer um”, fez saber o empresário de Abrantes, que afirmou ainda que espera que as suas bicicletas “possam ajudar a conquistar mais triunfos a juntar a este incrível palmarés”. A equipa para 2019 foi bastante reforçada. Irá contar com 16 ciclistas de 5 nações diferentes, onde se destacam os italianos Pierpalo Ficara e Danilo Celano que serão líderes incontestáveis da equipa, mas também o novo menino-prodígio do ciclismo francês Maxence Moncassin, que, com apenas 21 anos e

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filho do famoso ciclista francês dos anos 90 Frederic Moncassin, será um reforço de peso para discutir as etapas ao sprint. A equipa liderada pela dupla Celano - Ficara utilizarão os modelos superiores da linha Jorbi: modelo Supreme, muito leve e adequado à montanha e modelo Dominus, desenvolvido para ser o mais rápido possível. Para 2019, a equipa tem já um calendário definido, onde terá cerca de 100 dias de competições espalhadas um pouco por todo o Mundo, a destacar em Itália o “Giro dell’Appennino” e “Memorial Pantani”, passando também pela Volta a Portugal, Américas, incluindo Estados Unidos e Ásia, sendo que a época inicia já em fevereiro, em França. “Uma dimensão bem diferente da que estamos habituados”, referiu Jorge Baeta. De referir que a fábrica da Jorbi

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está localizada em Abrantes e pode lazer. gabar-se de uma linha direta de proDedica-se à produção de bicidução e pintura. Jorge cletas de competição e Baeta desenvolve pesmountain bikes de média “Esperamos soalmente os seus quae alta gama, com rede de que as nossas dros, seguindo o espíridistribuição própria em Jorbi possam to da competição que Portugal e Espanha, mas sempre esteve presente com um claro objetivo de ajudar a desde o início. conquistar mais crescimento na criação de Criada em 2009 por novos agentes em outros triunfos a juntar países. Jorge Baeta, a Jorbi é um projeto que nasceu Todas as bicicletas da ao incrível com o objetivo de dar equipa italiana Amore & palmarés da vida a um conceito inoVita – Prodir são produziequipa italiana.” das em Abrantes e serão vador de bicicleta, de estrada ou montanha, personalizadas com as Jorge Baeta para competição ou cores da equipa.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Asfertglobal vence

Prémios Millennium Horizontes

na categoria Internacionalização A empresa de Santarém Asfertglobal, recebeu a distinção de Internacionalização PME dos Prémios Millennium BCP Horizontes 2018, que reconhece empresas que se destacam pela sua performance e crescimento expressivo além-fronteiras, prestigiando globalmente a marca “Portugal”.

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Altice Forum Braga encheu-se de empresários, no dia 6 de dezembro, para conhecer as nove empresas que se destacaram pela capacidade de inovação, exportação, internacionalização, sucesso no acesso ao programa comu-

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nitário Portugal 2020 e no uso da ferramenta de garantia mútua no apoio às suas operações no exterior. A iniciativa conjunta do Millennium bcp e do Global Media Group atraiu a Braga mais de 200 convidados, num exemplo de descentralização assumido pelo Millennium bcp. Depois de selecionar 45 finalistas, de um total de 832 candidatas, o júri atribuiu nove troféus na cerimónia. Na categoria Internacionalização PME a vencedora foi a Asfertglobal que se dedica à nutrição vegetal. Criada em 2012, em Santarém, exporta 47% do seu volume de negócios, possui filiais comerciais em Espanha e África do Sul e os seus produtos estão presentes em 12 países, entre eles França, Turquia, Grécia e Rússia. Joel Jerónimo, diretor geral da Asfertglobal, recebeu o prémio das mãos do CEO da Siemens Portugal, Pedro Pires de Miranda. Para além da empresa ribatejana, outras empresas foram distinguidas na cerimónia. A Caradonna brilhou na categoria

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Internacionalização Grande Empresa, por via da produção de cofres-fortes e produtos de segurança para os bancos. De Marco de Canaveses, a sua produção é totalmente dirigida ao mercado externo. Na categoria Exportação PME ganhou a EbankIT, uma empresa de desenvolvimento de soluções tecnológicas para o setor bancário que exportou 99% do seu volume de negócios em 2017. Fundada em 2014 e com sede no Porto quer fazer parte da transformação digital dos bancos. A Controlar, que se dedica aos sistemas de teste e automação industrial, foi a premiada na categoria Exportação Grande Empresa. A partir de Alfena, Porto, exporta 37% do seu volume de negócios. Na categoria Inovação PME venceu a Nautilus, fabricante de mobiliário escolar, desde 1996. A Bluepharma, que se distinguiu na categoria Inovação Grande Empresa, é uma farmacêutica de Coimbra fundada em 2001, com um processo inovador no

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tratamento do cancro. Na categoria Microempresa venceu a Manuel Tavares. Esta garrafeira e mercearia fina histórica da Baixa de Lisboa, com 158 anos, tem no vinho do Porto o seu produto campeão de vendas. A premiada na categoria Portugal 2020 é a Indumape, empresa de Pombal produtora de concentrados de sumos de fruta, fundada em 2007. Na categoria Garantia Mútua ganhou a AdClick, empresa de marketing digital, do Porto, fundada em 2007. Este ano, a adesão a este prémio acelerou, mostrando que o setor privado é dinâmico e consegue puxar pela economia nacional: concorreram cerca de 800 empresas, mais 40% do que na edição anterior. Mais de metade das candidaturas vieram de empresas do Porto, Braga e Aveiro.

2018 FOI ANO DE CONSOLIDAÇÃO DO SETOR EXPORTADOR O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, encer-

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rou a gala da segunda perante uma plateia “A Asfertglobal edição dos Prémios Millotada de empresários exporta 47% lennium Horizontes, com de sucesso que deram do seu volume notícias positivas sobre o seu contributo para a economia portuguesa. estes resultados. de negócios, O ano de 2018 foi, possui filiais EXPORTAÇÕES garante, um “ano de concomerciais em solidação do setor exporA CRESCER Espanha e África tador”. Aquele setor, diz, As exportações foi mesmo “a parcela do têm vindo a crescer e do Sul e os seus PIB que mais puxou pelo a ganhar peso. produtos estão crescimento da economia “Portugal aumenpresentes em 12 tou, nos últimos 12 portuguesa”. anos, aproximadaE concretizou. “O países entre eles mente 80% o peso das crescimento nominal das França, Turquia, exportações no PIB”, exportações portuguesas Grécia e Rússia.” graças a um “grande de bens e serviços continua muito perto dos 7% e, trabalho coletivo”, em termos reais, a crescer disse o secretário de muito perto dos 5%, enquanto o PIB cresEstado da Internacionalização. ce na ordem dos 2,1 a 2,3 %”. “Em 2018 o país terminou muito E esse crescimento “robusto” de 2018 perto dos 44 a 45% do peso das exportações no PIB” e o objetivo é de, até mea“vem na sequência de um ano de 2017 dos da próxima década, “atingirmos, pelo em que as exportações cresceram mais menos, 50% do peso das exportações no de 11%. PIB, é alcançável”, acrescentou Eurico Crescer quase 7% em cima de 11% é Brilhante Dias. absolutamente extraordinário”, elogiou,

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“Para além da Asfertglobal, foram ainda galardoadas na segunda edição dos Prémios Millennium Horizontes as empresas Nautilus, Bluepharma, EbankIT, Controlar, Caradonna, Manuel Tavares, Indumape e AdClick.” O setor empresarial tem vindo a alargar a base exportadora (mais empresas a exportar) e a diversificar mercados. Mas é preciso continuar a trabalhar, pois Portugal tem, ainda, uma “excessiva concentração de exportações para a União Europeia” e uma “concentração das exportações num número reduzido de empresas, na área de bens”. O contributo das exportações é essencial para ajudar Portugal a desenvolver-se e a sair da crise. Eurico Brilhante Dias diz, inclusive, que “o país sabe que, com o nível de endividamento que ainda mantém, apesar da redução do peso da dívida no PIB, servir a procura internacional é um elemento decisivo para poder continuar a crescer e gerar oportunidades”. Numa gala que visou “celebrar os bons resultados das empresas”, o secretário de Estado da Internacionalização aproveitou para apontar algumas das prioridades da política económica nacional. Uma dessas prioridades é “reter talentos”. “Só vamos conseguir criar melhores condições para reter talento se tivermos bons projetos, se tivermos projetos escaláveis e com dimensão internacional”. Outra prioridade é continuar a captar investimento direto estrangeiro. E, nessa área, há dados encorajadores, pois, “muitas empresas começam a escolher o país para operar numa perspetiva global, sem que do lado da administração pública haja uma aproximação em que se diga que há um pacote financeiro e fiscal que pode cofinanciar ou suportar a operação”.

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