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RIBATEJO Janeiro 2022 • Ano VII • Nº76
FEIRAS DIGITAIS DA NERSANT ampliam oportunidades de negócios em 2022 P. 18
PRR Aprovada área
de acolhimento empresarial de nova geração em Rio Maior P. 38
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EDITORIAL
Domingos Chambel
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Presidente da Direção da NERSANT
s custos energéticos dispararam e atingiram valores insuportáveis na estrutura de custo dos nossos produtos, processos e serviços, tornando as nossas empresas economicamente menos competitivas comparadas com outras realidades com as quais competimos diretamente à escala global. A razão desta escalada galopante e incontrolável dos preços da energia, resultou da conjunção de vários fatores numa tempestade perfeita que os líderes políticos europeus e mundiais poderiam ter evitado, ou
FICHA TÉCNICA Diretor: Domingos Chambel Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Elsa Duarte ribatejo.invest@nersant.pt
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pelo menos minimizado. O anúncio de choque radical contra as energias fósseis pela Presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, foi estrategicamente uma resposta altamente positiva para a causa ambiental, contudo, com custos económicos e sociais incomensuráveis, insuportáveis para a nossa economia. Entendemos que o futuro do planeta está acima de qualquer interesse económico, mas também reconhecemos que a virtude está no equilíbrio necessário entre o bem-estar social económico e o bem-estar ambiental. Ao fazer o anúncio de tal choque radical, a Comissão Europeia, não teve em conta três fatores de importância capital para o êxito da medida. A reação natural dos produtores de energias fósseis a tal anúncio não se fez esperar, se vão deixar de comprar o nosso produto, então há que valoriza-lo enquanto o mercado o permita, recompensado assim investimentos efetuados e oportunidades perdidas. Tendo em consideração que a U.E não estava preparada para tal mudança, era aconselhável que esse anúncio fosse gradual. Em segundo lugar, os efeitos totais à escala global de CO2 da U.E, representam 7,8%, qualquer Pacto Ecológico Europeu que não seja acompanhado e respeitado universalmente, pode ter um grande valor simbólico e moral, mas não tem com certeza o resultado prático no clima planetário
Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
que se pretende, o documento da COP 26 em Glasgow, está repleto de boas intenções e alguns compromissos, contudo, face a ausência de instrumentos mandatórios, não é espectável como já aconteceu com o acordo de Paris que os seus quatro objetivos principais sejam atingidos. Por último, estando a U.E dependente do mercado externo em mais de 50% do gás natural necessário à sua economia e população, era aconselhável, um entendimento prévio sobre a regulação da taxonomia sobre o gás natural e nuclear, depois do brutal aumento do gás natural, do encerramento do gasoduto Argélia/ Marrocos, da saturação do gasoduto Medgaz da Argélia, solução que passa pelo transporte marítimo de gás liquefeito e seus custos adicionais, da pressão da Alemanha para abertura do gasoduto Nord Strem 2 com origem na Rússia, não se compreende que só agora se esteja a classificar quanto ao seu impacto ambiental o gás natural e nuclear sobre pressões políticas, económicas e geoestratégicas alheias ao ambiente. Seria incompreensível e economicamente inexplicável para a nossa região, se depois da urgência do fecho da Central do Pego a carvão, com fortes possibilidades de conversão para gás natural, a U.E, na sua taxonomia sobre energias, classificasse o gás natural para produzir energia como verde.
Periodicidade: Mensal
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
Tiragem: 250 exemplares
Capa por: Turismo de Rio Maior
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ABERTURA
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Desenvolvimento Regional
Viver o Tejo
05 Notícias
30 Outmore: Turismo saudável para desfrutar a natureza e o património
14 MY PROJECT by Casa Gomes: uma referência nas áreas da engenharia, arquitetura, certificação e fiscalização
16 Sevenair inaugura hangar no aeródromo de Ponte de Sor
Informação e Apoio 18 Notícias 22
NERSANT promoveu webinar sobre o Sistema de Incentivos para a Descarbonização da Indústria
25 Programa EMPREENDE XXI: Se está desempregado pode criar a sua empresa e ter um apoio de 85% 26 Candidaturas abertas ao Programa Transformar Turismo
28 Com o apoio da NERSANT: 16 milhões de euros de investimento, 253 postos de trabalho criados
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Empreendedorismo e Inovação 34 Notícias 38 PRR: Aprovada área de acolhimento empresarial de nova geração em Rio Maior 40 Soladrilho produz cerâmica com energia própria e evita a emissão de 373 toneladas de CO2/ano
Internacionalização 42 Notícias
46 Jorge Rosa substituído pelo alemão Arne Barden na presidência da fábrica da MITSUBISHI FUSO 48 Joaquim Inácio: Peles de Alcanena competem à escala global
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Vinagre Cristal com loja online O vinagre Cristal, marca da Comtemp – companhia dos temperos, com sede no Entroncamento, abriu uma loja online onde pode encomendar todos os vinag re s . A C o m t e m p c o n t a ainda com as receitas do consagrado chef Henrique Sá Pessoa.
Câmara de Sardoal investe um milhão em Parque de Negócios de Andreus A Câmara Municipal de Sardoal a p ro v o u a a b e r t u r a d o c o n c u rs o p a r a a c o n s t r u ç ã o d o P a rq u e d e Negócios de Andreus, um investimento de um milhão de euros e que poderá acolher até 10 empresas. A Câmara Municipal do Sardoal aprovou por maioria, na reunião de executivo, no dia 5 de janeiro, a abertura do procedimento de concurso p a r a a c o n s t r u ç ã o d o P a rq u e d e Negócios de Andreus, que vai ter um orçamento de cerca de um milhão de euros. Para a concretização deste projeto, a Câmara do Sardoal conta com o apoio financeiro de fundos comunitários através do Programa Centro – Apoio à Localização de Empresas. O futuro Parque de Negócios de Andreus deverá ter capacidade para receber até 10 empresas.
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‘Vinho do Centenário’ parceria do TSU com Casal da Coelheira O Clube Tramagal Sport União (TSU) assinala o 100.º aniversário com o lançamento do ‘Vinho do Centenário’, branco e tinto, em parceria com o Casal da Coelheira. A par do lançamento do Vinho do Centenário, o TSU já lançou também o regulamento para o Concurso da Medalha Comemorativa da data festiva (1 de maio 2022).
Parceria Primetool com Grupo DS A Primetool renova a parceria com a DS Private e DS Imobiliária, estando presente com todo o apoio técnico na definição da identidade e imagem das suas agências. Ambas marcas portuguesas do Grupo DECISÕES E SOLUÇÕES, com uma experiência de 18 anos de atividade, sendo líder de mercado nas áreas da Mediação Imobiliária e Intermediação de Crédito. Os vários projetos, em conjunto com a DS Private e DS Imobiliária, compreendem desde a produção até à implementação de toda a comunicação visual da marca tanto no exterior como interior das lojas.
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Nova fábrica Kerakoll em Rio Maior representou investimento de mais de 11 milhões de euros A nova fábrica em Rio Maior, com um investimento de mais de 11 milhões de euros, reforça a presença do Grupo na Península Ibérica. A Kerakoll, empresa líder internacional no sector da construção sustentável, inaugurou no final de dezembro de 2021, a primeira unidade produtiva em Portugal em Rio Maior, no distrito de Santarém. A Kerakoll está presente em Portugal desde 2006 através da fi lial Kerakoll Portugal S.A., dirigida pelo general manager Mário Couto, com sede na Venda do Pinheiro. Com um investimento de mais de 11 milhões de euros e o envolvimento de mais de 100 operários especializados, a nova fábrica de Rio Maior foi construída em menos de um ano, apesar do contexto da pandemia, graças ao know-how adquirido pela equipa Kerakoll, que se orgulha da construção de 17 unidades produtivas em 3 continentes. A fábrica estende-se numa superfície total de 19.000 m 2, dos quais 6.600 m 2 cobertos, e, uma vez em funcionamento pleno, terá uma capacidade produtiva de cerca de 60.000 ton/ano. Segundo a empresa, a unidade industrial foi rea-
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lizada respeitando padrões importantes de sustentabilidade e de poupança energética, típicos na pegada industrial da Kerakoll. Foram instalados 900 m.2 de sistemas para isolamento térmico pelo exterior Kerakoll e 443 painéis fotovoltaicos que garantem a produção anual de 55% da energia eléctrica e de 70% da água quente necessária. A nova fábrica portuguesa, parte integrante do plano de desenvolvimento industrial que o Grupo Kerakoll estabeleceu em 2020, reforça a presença do Grupo na Península Ibérica, onde é já activo com duas unidades produtivas em Espanha, uma em Almazora e outra em Castellón de la Plana. “Hoje celebramos uma meta importante para a Kerakoll, no enquadramento de um plano industrial que aposta sobretudo para o crescimento internacional, com 175 milhões de euros de investimento alocados para os próximos cinco anos”, comentou Andrea Remotti, administrador delegado do Kerakoll Group. “Portugal é o nono país em que a Kerakoll reforça a sua presença com
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uma unidade produtiva: trata-se de um mercado particularmente interessante pela potencialidade de crescimento económico e pelas dinâmicas em perspetiva especificamente no sector da construção, graças também aos resultados obtidos na luta contra a covid-19 com uma elevada percentagem de população vacinada”, afi rma o administrador da Kerakool. A fábrica situa-se numa posição estratégica para o aprovisionamento de matérias-primas como areias, carbonato de cálcio e cimentos, permitindo reduzir o tráfego rodoviário, em linha com a vocação sustentável da empresa. A fábrica de Rio Maior é caracterizada por uma elevada automação e por uma grande flexibilidade produtiva que permite realizar numerosas mudanças de produção, em particular para a realização de adesivos como o H40 Gel, lançado pela primeira vez no mercado português, Bioflex e Super-K. Para além disso, a localização é estratégica também do ponto de vista distributivo, permitindo um melhor fornecimento para todo o território nacional e para chegar a todos os diversos parceiros.
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Obra de 8,4 milhões de euros no IC2, entre Alcobaça e Rio Maior, arranca em janeiro A beneficiação do Itinerário Complementar (IC) 2, entre Asseiceira e Freires arranca em janeiro e vai obrigar ao condicionamento do trânsito na via, informou a Infraestruturas de Portugal (IP) responsável pela obra de 8,4 milhões de euros. A empreitada para a execução das obras de beneficiação do troço do IC2, entre Asseiceira, no concelho de Rio Maior, no distrito de Santarém, e Freires, no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria, “foi consignada no passado dia 03 de janeiro”, informou a IP, acrescentando que, para “dar seguimento aos trabalhos preparatórios da empreitada, será necessário implementar condicionamentos à circulação automóvel”. A empreitada envolve um investimento superior a 8,4 milhões de euros e inclui, segundo a IP, a reabilitação integral do pavimento, o reforço e reabilitação do sistema de sinalização (horizontal e vertical), dos equipamentos de segurança da estrada e do sistema de guiamento e balizagem, bem como a beneficiação global do sistema de drenagem da via e a reformulação de cinco intersecções de nível, com construção de rotundas que substituirão os atuais cruzamentos. Trata-se de um investimento “no reforço da segurança e condições de mobilidade dos milhares de automobilistas que diariamente circulam no IC2”, refere a IP num comunicado. A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou em dezembro de 2021 que o arranque da empreitada, com cerca de 20 quilómetros tinha obtido visto prévio do Tribunal de Contas e que as obras teriam início este mês, sendo o prazo de execução de 450 dias. O anúncio foi feito quando o Movi-
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mento Marcha Lenta do IC2 preparava um protesto reivindicando o início das obras, reclamadas há décadas e cujo adiamento motivou a realização de várias manifestações de automobilistas que se queixam do mau estado do piso. A IP deliberou em outubro de 2015 proceder ao lançamento do procedimento pré-contratual necessário à contratação da empreitada denominada “IC2/EN1 – Beneficiação entre Asseiceira (KM 65+200) e Freires (KM 85+500)”, pelo valor de 7,5 milhões de euros, que, na altura, faseou pelos anos de 2016 (1,15 milhões de euros) e 2017 (6,35 milhões de euros). O lançamento do concurso voltou a estar p re v i s t o a t é a o f i n a l d e 2 0 1 8 , c o m previsão do início da empreitada no segundo semestre de 2019, “condicio-
nado, todavia, à obtenção da autorização de encargos plurianuais”, como admitiu, na altura, a empresa, na resposta a uma questão do município de Rio Maior. Em 2019 e em fevereiro de 2020 foi anunciada nova previsão de lançamento do concurso público, assegurando João Belo que, nessa altura, foi garantido já existir visto prévio do Tribunal de Contas e adjudicação da empreitada, que se iniciaria no primeiro trimestre deste ano. O IC2 liga Lisboa ao Porto, funcionando como uma variante à Estrada Nacional n.º 1. A elevada sinistralidade tem motivado vários apelos ao longo dos últimos anos, incluindo na Assembleia da República, a exortar para uma “requalificação urgente” dos troços mais perigosos do IC2.
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Decisões e Soluções assinala 4 anos em Tomar com mais de 1200 clientes A Decisões e Soluções de Tomar celebrou a 4 de janeiro o seu 4.º aniversário. São 4 anos de atividade na região, em que a loja respondeu a cerca de 1200 clientes com soluções 360º nas áreas da compra, venda e arrendamento de imóveis, bem como ao nível da intermediação de crédito, mediação de seguros, obras de remodelação e construção de casas. De acordo com Amílcar Mendes e Tiago Marques, diretores da Decisões e Soluções Tomar, “em
2018 quando inaugurámos a loja, o nosso grande objetivo era oferecer um serviço diferenciador e aconselhamento personalizado à população de Tomar. Hoje, passados 4 anos, é com orgulho que afi rmamos que cumprimos o nosso objetivo, concedendo apoio com as opções mais vantajosas do mercado, de acordo com a realidade de cada cliente. É por essa razão que nos dias de hoje somos vistos com aliados das famílias e empresas da região”.
Município de Santarém com nova plataforma de serviços online A Câmara Municipal de Santarém (CMS) vai implementar a partir do próximo dia 01 de fevereiro, uma nova plataforma de serviços online, designada como Mynet. Inicialmente, este novo portal vai disponibilizar 140 pedidos das áreas do Urbanismo e Reabilitação Urbana, sendo que a partir de 01 de março vai ser alargado a todos os serviços que tenham interação direta com os munícipes. Este projeto, onde o Município de Santarém volta a ser pioneiro ao ser a primeira autarquia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) a implementar este sistema, é uma aposta na modernização ao nível da prestação de serviços aos cidadãos, proporcionando um serviço de excelência numa sociedade cada vez mais digital. Esta nova ferramenta, disponível em
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https://servicosonline.cm-santarem.pt/, vai beneficiar e agilizar a interação dos munícipes com o Município potenciando a melhoria do serviço público prestado. A plataforma Mynet enquadra-se nas medidas em curso para a desmaterialização e desburocratização dos processos municipais, contribuindo de forma significativa para a redu-
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ção da utilização do papel nos processos internos da autarquia, diminuindo desta forma a pegada carbónica. No entanto, a autarquia continua a disponibilizar o atendimento presencial nos locais de atendimento municipais e o correio postal, através de carta registada para o endereço do Município.
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NetScreen ilumina International Azores Boutique A NetScreen, do grupo Digidelta Internacional, realizou nos últimos 2 meses de 2021 projetos de iluminação no Internacional Azores Boutique, junto à Marina da Horta, na ilha do Faial, Açores e na fachada do Quartel do Carmo virada para a Baixa de Lisboa. A instalação LED Decor da NetScreen contribuiu para a maior visibilidade e destaque da arquitetura de todo o edifício. A NetScreen é uma marca fabricante de painéis de tecnologia LED Digital. A empresa nasce em 2004 do grupo Digidelta para dar resposta à evolução da comunicação digital. Especializa a sua atividade em tecnologia LED e hoje detém a primeira fábrica de LED Digital em Portugal.
Constância – Caima investe 40 milhões de euros para garantir neutralidade carbónica A Caima, que produz fibras celulósicas para a indústria têxtil, vai investir 40 milhões de euros na construção de uma caldeira de biomassa e abandonar os combustíveis fósseis em todo o seu processo de produção, foi hoje anunciado. Num comunicado divulgado, a Caima, biorefinaria do grupo Altri, refere que com este investimento pretende “garantir uma total autonomia energética de fontes exclusivamente renováveis, tornando-se desta forma na primeira empresa ibérica do seu setor a atingir este marco histórico”. “Este objetivo será materializado na concretização do projeto ‘Caima Go Green’ e prevê que a nova central a biomassa funcione em articulação com a central existente da GreenVolt, substituindo – com aumento da capacidade – a caldeira a biomassa existente”, adianta a empresa. O investimento de 40 milhões de euros necessário para esta nova central, em Constância, um dos maiores no interior do país, vai permitir à Caima ser a primeira fábrica de fibras celulósicas na Península Ibérica e uma das primeiras na Euro-
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pa a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis. A Caima prevê que a nova central esteja concluída até ao final de 2024, sujeito às aprovações regulamentares adequadas. A energia produzida nesta nova central a biomassa a partir de resíduos florestais permitirá responder à totalidade das necessidades de energia térmica da fábrica localizada em Constância, e em particular de novos projetos de inovação, tornando possível também a produção de especialidades de valor acrescentado. A nova central vai ainda aumentar a capacidade de produção de energia elétrica, permitindo injetar mais energia verde na rede, adianta a empresa. A caldeira passará a funcionar sem recurso a combustíveis fósseis, promovendo-se a utilização de energias a partir de fontes renováveis, mas também a recolha e valorização de emissões gasosas industriais. José de Pina, CEO (presidente executivo) da Altri, diz que “este é um
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passo importante para a Caima, não só por permitir um reforço da produção de fibras celulósicas e de novos projetos de inovação, mas principalmente pela aposta feita numa unidade que passará a ser totalmente verde, gerando energia para toda a unidade, mas também para disponibilizar à rede”. “Este investimento vem sublinhar a estratégia de sustentabilidade da Altri, permitindo acelerar o cumprimento dos objetivos inscritos no ‘Compromisso 2030’ do Grupo”, defende José de Pina.
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HidroIbérica e a Agromillora lançam em parceira loja online de plantas A Hidro Ibérica – Estudo e Montagem de Regas , em parceria com a Agromillora, começa 2022 com o lançamento da venda de Plantas de Cultivo Intensivo na loja online, com destaque para as oliveiras, amendoeiras e aveleiras. Pretendendo estar «sempre um passo à frente no sector agrícola», a loja online encontra-se integrada no website institucional da Hidro Ibérica, empresa sediada em Salvaterra de Magos. Desde 1988, a Hidro Ibérica exerce a sua actividade de comercialização, montagem e assistência de sistemas de rega em Portugal, Espanha, Angola e Moçambique. «O seu forte posicionamento no mercado é representativo da sólida experiência em soluções para a agricultura, não só pela gama de produtos comercializados – pivots, gota-a-gota, regas de cobertura fixas e móveis, máquinas de rega a drenagem – mas, sobretudo, na prestação de serviços de consultoria para as áreas da hidráulica e regadio, drenagem, projecto, comercialização, montagem, assistência técnica pós-venda e implementação “chave-na-mão” em olival, amendoal e vinha.» Já a Agromillora, como enfatizam, «é líder mundial no sector dos viveiros e é uma referência na produção e comercialização de árvores de fruto e oliveiras com os mais altos padrões de qualidade genética e sanitária. A Agromillora tem vindo a revolucionar o sector agrícola com técnicas de cultivo mais eficientes e rentáveis para o agricul-
tor, sendo por isso que a Hidro Ibérica aposta forte nesta parceria». Em 2021, em período de covid-19, as duas empresas destacaram a criação da loja online Hidro Ibérica, sendo a primeira loja online para venda de produtos para sistemas de rega e plantas em Portugal. Com a pandemia, foram confrontados com a urgência de inovar o relacionamento e dinâmica de resposta às necessidades dos clientes habituais e do mercado geral. Sediaram então a loja no universo global digital, «potenciando uma consulta fácil e rápida da informação, em tempo real». «O nosso maior desafio foi desenvolvermos novos conteúdos relevantes, mas sucintos, no sentido de colocar à disposição dos nossos clientes e potenciais, a informação necessária para conhecerem melhor o nosso trabalho e áreas de negócio. Os potenciais clientes internacionais irão poder encontrar brochuras de apresentação em diver-
sas línguas, como espanhol, inglês e francês», comentou o director geral da Hidro Ibérica, Alexandre de Castilho. «Porque a melhoria está na nossa natureza e porque somos líder mundial no sector viveiro e uma referência na produção e comercialização de árvores de fruto e oliveiras com os mais altos padrões de qualidade genética e sanitária, quisemos desde o início apadrinhar a criação desta loja online que acreditamos será um veículo de comunicação e maior proximidade com o cliente”, afirma Pedro Foles, agricultor engineer da Agromillora Group. «O website é actualmente a ferramenta fundamental de contacto com diferentes mercados e a forma mais eficaz de partilhar os nossos valores, a inovação e acompanhamento técnico que agregamos em cada projecto. É uma das nossas fortes apostas de crescimento para a Hidro Ibérica”, afirma Jorge Salgueiro, gerente da Hidro Ibérica.
Vinomatos inaugura loja em Ourém A Vinomatos tem feito um percurso importante no setor agrícola, através do desenvolvimento e inovação de métodos e equipamentos de trabalho. A empresa conta com mais de 40 anos de experiência e tem crescido também na sua capacidade instalada. Em 2020 inaugurou o seu Showroom em Seiça e recém-inaugurou a loja Vinomatos na Zona Industrial de Casal dos Frades, em Ourém.
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Concurso para conversão da central do Pego recebeu seis propostas
O concurso público para a atribuição do ponto de injeção da Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, recebeu seis propostas, da Tejo Energia SA, EDP Renováveis, Greenvolt, Endesa, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA, anunciou o Governo. Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Ação Climática indicou que o concurso público para a atribuição do ponto de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) da Central Termoelétrica do Pego, com uma potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, agora descontinuada, “recebeu seis propostas: Tejo Energia SA, EDPR SGPS, GreenVolt, Endesa SA, Brookfield Ltd & Bondalti SA e Voltalia SA”. De acordo com o Governo, “no calendário do processo incluem-se a análise e avaliação, que culmina com relatório preliminar do júri a publicar no sítio da Internet da Direção Geral de Energia e Geologia [DGEG] a 7 de fevereiro, ou seja, 15 dias úteis após prazo de apresentação das candidaturas; ponderação, pelo júri, das observações formuladas pelos concorrentes e elaboração de relatório final de análise das propostas até 21 de fevereiro e notificação, a realizar pela DGEG ao
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adjudicatário, do direito de reserva de capacidade de injeção na RESP até 25 de fevereiro”. Segundo a mesma nota, o Município de Abrantes, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo integram, entre outras entidades, a “Comissão de Avaliação que apreciou os projetos submetidos a concurso, cujo prazo terminou esta segunda-feira às 23:59”. “O procedimento concorrencial tem como objeto a adjudicação de um projeto exclusivamente focado na produção de energia de fontes renováveis e na redução de emissões de gases com efeito de estufa”, sublinhou o Governo, referindo que “o projeto pode assumir várias formas: produção de eletricidade renovável, produção de gases renováveis, produção de combustíveis avançados e/ou sintéticos (ou um mix destes), sendo ainda valorizada a inclusão de soluções de armazenamento de energia”. O programa do concurso estabelece que “serão privilegiadas propostas que se distingam ao nível da criação de valor económico para a região, partilhem eletricidade renovável produzida
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com o Município de Abrantes, financiem programas de formação e reconversão profissional, a manutenção dos postos de trabalho existentes e que impliquem um menor hiato temporal entre o término da atividade da Central a carvão e o novo projeto”. Além disso, o adjudicatário terá “de fixar a sua sede social no concelho de Abrantes e operacionalizar uma zona piloto destinada às novas tecnologias de Investigação e Desenvolvimento (I&D) de energias renováveis”, lê-se na mesma nota. O fim da produção de energia a carvão da central termoelétrica da Tejo Energia estava oficialmente marcado para 30 de novembro de 2021, mas com o esgotamento dos ‘stocks’ de carvão na empresa, no dia 19 de novembro, a central já não foi reativada. O Governo iniciou um processo de concurso público para a atribuição do ponto de ligação à rede elétrica, que abriu o prazo para receção de candidaturas em 20 de setembro. A Central é o maior centro produtor nacional de energia, com uma potência instalada de 628 MW a carvão, e de 800 MW na central a gás, “que prosseguirá em atividade, com contrato válido até 2035”, recordou o executivo.
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Casal da Coelheira Limited Edition branco 2020 ganha Grande Medalha de Ouro no Concurso de Vinhos CA Já são conhecidos os vencedores da 8.ª edição do Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola (CA), competição organizada em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, e o grande vencedor na categoria de vinhos brancos é o ‘Casal da Coelheira Limited Edition branco 2020’, um monocasta de Fernão Pires que arrecadou a Grande Medalha de Ouro. Com origem no projeto de vinhos da família Falcão Rodrigues, no Tramagal, em Abrantes, esta é uma nova referência, que acaba de ser lançada e começa agora a chegar ao mercado. Sublinhar que não se trata de uma nova colheita, mas de uma estreia
absoluta. Um 100% Fernão Pires, mas num patamar acima do que já existia na gama de vinhos do Casal da Coelheira: o ‘Terraços do Tejo’. De modo a enaltecer ainda mais esta que é a casta mais emblemática da região dos Vinhos do Tejo e o trabalho de união e promoção conjunta, entre a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo e os produtores, o Casal da Coelheira apostou agora nesta novidade, sob o perfil de vinhos da “marca mãe”. Com origem numa vinha velha, em que a produção é baixa e a qualidade muito boa, o ‘Casal da Coelheira Limited Edition branco 2020’ é um branco com fermentação e estágio em madei-
ra. Como o nome destaca é uma edição limitada, com pouco mais de 1500 garrafas disponíveis. Prima ainda por ser um vinho com certificação Vegan, com um preço de venda ao público recomendado de €9,00. Este produtor recebeu também uma Medalha de Ouro, desta feita atribuída ao ‘Mythos tinto 2019’. VINHOS DE SARDOAL, TOMAR E ABRANTES COM MEDALHAS DE OURO Para além da Grande Medalha de Ouro, a região dos Vinhos do Tejo foi brindada com três Medalhas de Ouro, uma atribuída a um branco e duas a tintos.
Cartaxo vai eliminar o papel nos processos de urbanismo Objetivo: Facilitar a relação com empresas, associações e indivíduos que precisam recorrer ao serviço de urbanismo na Câmara Municipal. O presidente da Câmara Municipal
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do Cartaxo, João Heitor, deu conhecimento ao executivo – na reunião de dia 18 de janeiro –, que o trabalho interno que permitirá a “criação do balcão de atendimento centraliza-
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do e digital do serviço de urbanismo, entrou na fase final”, que vai decorrer até ao fim de março de 2022. O autarca explicou ainda que “o atendimento presencial não será alterado, vamos continuar a receber as pessoas quer no balcão do edifício-sede da Câmara, quer no atendimento personalizado”, o que vai acontecer é que “quando as pessoas vierem ter connosco, vamos poder consultar, em tempo real, todas as peças dos projetos e a sua situação real”. O serviço de urbanismo é o primeiro de um conjunto de outros cujos métodos de relacionamento com os munícipes estão a ser trabalhados para que “possamos ser cada vez mais digitais no tratamento do que é burocrático e cada vez mais disponíveis e próximos no tratamento do que precisa de intervenção humana e sensibilidade pessoal para ser resolvido”, explicou o presidente da Câmara Municipal.
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MY PROJECT
BY CASA GOMES
Uma referência nas áreas da engenharia, arquitetura, certificação e fiscalização À beira de festejar o 20.º aniversário, a Casa Gomes Engenharia está em transformação, com forte investimento em equipamentos e na mudança do nome da empresa para My Project
C
om sede no Entroncamento, a Casa Gomes deve o nome à origem familiar do negócio no ramo alimentar iniciado nos anos 70. Em 2003, os irmãos Sérgio e Jorge Gomes, com especializações nas áreas de engenharia e economia, constituíram a empresa Sérgio e Jorge Gomes Ld.ª - Casa Gomes Engenharia. Nestes 19 anos de atividade, a empresa tem vindo a consolidar-se e a especializar-se nas quatro vertentes base da sua atividade – Engenharia, Arquitectura, Certificação Acustica e Energética e Fiscalização/Coordenação de Segurança, afirmando-se hoje como uma empresa de referência no setor. “Procuramos ser um parceiro de c o n f i a n ç a , a p re s e n t a n d o s o l u ç õ e s integradas e acompanhando-as na sua execução, de modo a garantir a satisfação global dos nossos clientes e dos seus projectos ”, afirma Sérgio Gomes, engenheiro técnico civil que assumiu recentemente a totalidade da empresa, com a saída do irmão, o economis-
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ta Jorge Gomes, dando agora origem à My Project, LDA. A Casa Gomes Engenharia iniciou a sua atividade, com uma pequena equipa de colaboradores qualificados, na região de Santarém, operando atualmente em praticamente todo o País. A sua atividade começou pela elaboração de Projetos de Engenharia, nas fases de Licenciamento e Execução, pela Direção e Fiscalização de obras e Av a l i a ç ã o d e i m ó veis. Volvidos 19 anos, a empresa conta hoje com um corpo de 30 técnicos especializados que oferecem soluções de engenharia, arquitetura, certificação e fiscalização. APOSTA NA FORMAÇÃO E INVESTIMENTOS EM SOFTWARE E EQUIPAMENTOS Na sequência do crescimento e consolidação da empresa, esta tem realizado constantes investimentos, de forma a oferecer os melhores serviços
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nas suas áreas. Desde 2006, a empresa adquiriu um laboratório de acústica, que foi inovador à época, permitindo expandir a sua atividade e d e s d e a í s e m p re apostou em constantes atualizações em formação, software , equipamentos de impressão, mobilidade, melhorias no espaço de trabalho para os seus colaboradores, sendo que a mais recente aposta da empresa recai na impressão 3D com a aquisição de uma impressora 3D topo de gama, que irá permitir apresentar aos Clientes os seus proje-
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tos de uma forma inovadora. Sérgio Gomes salienta a importância da permanente atualização de conhecimento e a aposta na formação técnica e profissional. Nesse sentido, a empresa participa no MOVE PME, programa de consultoria promovido pela NERSANT. “Procuro envolver-me em cada projeto, e a realidade hoje em dia exige o recurso às novas tecnologias e um apoio à gestão empresarial”, afirma. Atualmente a empresa My Project apresenta quatro unidades orgânicas, nas áreas de engenharia, arquitetura, certificação acústica e térmica , fiscalização e coordenação de segurança, sendo esta última área aquela em que a empresa prevê ter maior expansão,
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com o reconhecimento da qualidade do serviço prestado, tanto em obras públicas como em trabalhos de arquitetura de autor. Sérgio Gomes tem como objetivo um crescimento da empresa em 2022, com um aumento de aproximadamente 16% da faturação e um possível aumento de 10% do quadro orgânico de pessoal. FOCO NO CLIENTE A atenção e dedicação a cada cliente, a cada projeto, são caraterísticas que diferenciam a empresa da concorrência, afirma Sérgio Gomes. A empresa ganhou a confiança e credibilidade junto dos seus clientes, encontrando-se atualmente a desenvolver vários
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projetos, em vários pontos do País incluindo as regiões autónomos da Madeira e Açores, onde possui também um escritório nesta última. Desde o seu início que vai elaborando e participando em centenas de projectos, que vão permitindo aos clientes privados, empresas e instituições públicas, estudar, projectar , licenciar, construir, fiscalizar e certificar as suas obras, como Edifícios Unifamiliares, edifícios de habitação colectiva e de serviços, empreendimentos turísticos, industriais e agro pecuários, áreas de lazer e reabilitação urbana, bem como a execução e implementação de Medidas de Auto Protecção na área da Segurança Contra Risco de Incêndio.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
SEVENAIR INAUGURA HANGAR NO AERÓDROMO DE PONTE DE SOR A Sevenair inaugurou um hangar no aeródromo de Ponte de Sôr, para manutenção de aeronaves e formação de técnicos de manutenção.
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novo hangar é a face visível de um investimento faseado de 7,4 milhões de euros da Sevenair em Ponte de Sôr e motivará a contratação de cerca de 40 profissionais,
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a maioria licenciados ou com licenças aeronáuticas. Na manutenção, o foco é captar o mercado das aeronaves turboprop (aeronaves monomotor e multimotor com até 10 toneladas) da Península
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Ibérica e Norte de África, uma vez que as atuais instalações do grupo em Cascais já não garantem capacidade de resposta. As divisões de manutenção do grupo Sevenair são certificadas pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) para manutenção de 40 tipos de aeronaves, de 15 diferentes fabricantes, o que abre a possibilidade de “captação de clientes internacionais”, de acordo com Alexandre Alves, CCO
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do grupo, citado pela “Lusa”. Quanto à formação, o objetivo é contribuir para que haja mais técnicos qualificados numa área onde escasseiam, e desde logo dar suporte aos outros investimentos anunciados para Ponte de Sôr. Em comunicado emitido a propósito, a Câmara de Ponte de Sôr refere que serão quatro as empresas que se instalarão na zona de ampliação do aeródromo, num investimento global de “cerca de 20 milhões de euros” que deverá criar “250 postos de trabalho directos” nos próximos anos. O Grupo Sevenair é detido a 100% por investidores portugueses e está há 33 anos no mercado. Integra empresas da área aeronáutica que se dedicam à formação, manutenção, handling e transporte aéreo, detendo sete bases: Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais, Portimão e Madeira.
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CENTRO DE FORMAÇÃO DEDICADO À AERONÁUTICA A Câmara Municipal de Ponte de Sor e o IEFP celebraram no dia 18 de janeiro, um protocolo de cedência de espaço para a criação de uma Secção de Formação Profi ssional para o setor Industrial e cluster da Aeronáutica. A cerimónia decorreu no local onde o novo polo de aprendizagens ficará instalado, o novo Centro Empresarial e Tecnológico de Ponte de Sor, nas antigas instalações da Delphi. O crescimento contínuo e o investimento expectável para o setor da indústria em geral e do cluster da Aeronáutica em particular, levaram a Delegação Regional do Alentejo do IEFP a antecipar-se e a promover um protocolo de colaboração com o município, que permite expandir a oferta formativa tanto quantitativa como qualitativamente na sub-região, acrescentando à formação
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em Produção e Transformação de Compósitos, Maquinação/Programação CNC e Montagem de Estruturas e as áreas ligadas à Manutenção de Aeronaves e de Material de Voo. No âmbito do referido protocolo será possível criar uma nova área de formação com cerca de 700m2 em instalações municipais. O investimento a realizar pelo IEFP em Ponte de Sor, em máquinas e equipamentos para o aumento da oferta formativa e operacionalização das ações de formação, ultrapassa 1,5 milhões de euros, que acrescem ao investimento já realizado, ilustrando bem o esforço e a atenção que o Instituto presta ao acompanhamento do desenvolvimento económico que se regista nesta sub-região do Alentejo e à previsível criação de novos postos de trabalho.” Refere Arnaldo Frade, Delegado Regional do Alentejo do IEFP.
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INFORMAÇÃO&APOIO
Feiras Digitais da NERSANT ampliam oportunidades de negócios em 2022 A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém vai organizar este ano um conjunto de feiras digitais, para dinamizar os negócios na região. As feiras digitais vão começar já em março, com a II Feira Social, continuando com a II Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação em maio, a III Feira dos Produtos Alimentares em junho, a III Mostra do Turismo do Ribatejo em julho e a terminar em dezembro com o III Ribatejo Trade Market.
III Feira do Empreendedorismo, Emprego e Formação em maio Empreendedorismo, Emprego e formação são três áreas que merecem a especial atenção da NERSANT, e que vão merecer uma nova edição da feira digital, a realizar durante o mês de maio. A Associação Empresarial continua muito empenhada no fomento do empreendedorismo regional, pela sua importância para a renovação do tecido empresarial. Por seu lado, a formação tem sido uma prioridade no trabalho da NERSANT, considerando que esta área é fundamental para melhorarmos a produtividade das nossas empresas e aumentar os níveis de realização profissional e pessoal do individuo. A Feira do Empreendedorismo,
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Emprego e Formação pretende potenciar o conhecimento público destas temáticas e aumentar a sua visibilidade, proporcionando negócios, emprego e conhecimento Os participantes usufruem de um espaço virtual próprio, onde apresentam os seus serviços e produtos. O acesso é livre e sem necessidade de registo no portal para facilitar a visita do público. No âmbito deste certame, a NERSANT irá desenvolver um conjunto de iniciativas paralelas dedicadas a esta temática. Mais informação em: https:// compronoribatejo.pt/feira/3-feira-empreendedorismo-emprego-e-formacao
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II Feira Social em março A NERSANT prossegue o apoio às entidades da economia social, com a organização da II Feira Social, durante o mês de março. O certame oferece um espaço especializado deste setor da economia social, para divulgação da oferta das instituições e dos serviços e bens que as empresas pretendam comercializar. As entidades participantes terão direito a um espaço virtual próprio, onde podem apresentar os seus serviços, instalações e valências. Para facilitar a visita do público, o acesso é livre e sem necessidade de registo. O certame é promovido junto de uma base empresarial nacional e internacional, bem como nos diversos meios digitais da associação. A participação das IPSS e Misericórdias é gratuita, bem como para os associados da NERSANT. As empresas não associadas poderão expor no certame virtual, em condições a acordar. Mais informação em: https://compronoribatejo.pt/feira/2-feira-social-digital
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III Feira Digital dos Produtos Alimentares em junho O Ribatejo é conhecido como a melhor região agrícola de Portugal e a sua agroindústria é diversifi cada e de qualidade reconhecida. Uma área de excelência que leva a NERSANT a organizar em junho a 3.ª Feira Digital dos Produtos Alimentares, oferecendo aos visitantes a oportunidade de adquirirem um conjunto de produtos, em especial: Produtos Cárneos; Frutos e Produtos Hortícolas; Azeites, Arroz, Vinhos e Bebidas, entre outros. Mais informação em: https:// compronoribatejo.pt/feira/3-feira-dos-produtos-alimentares-do-ribatejo.
FERSANT Digital em junho
A 4.ª edição Digital da FERSANT vai decorrer de 1 a 30 de junho 2022. O certame empresarial oferece aos agentes económicos do Ribatejo a oportunidade de promoverem os seus produtos e serviços. Um espaço de negócios virtual que constitui um importante
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espaço de trocas comerciais e conhecimento entre as empresas da região, quer seja pelo número de visitantes, quer pelo número de empresas e entid a d e s i n t e re s s a d a s e m m o s t r a r o s seus serviços e produtos, neste espaço. Com este certame digital, a NER-
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SANT pretende ampliar a promoção das empresas presentes no evento presencial, e assim potenciar os negócios no Ribatejo. Mais informação em: https://compronoribatejo.pt/feira/xxxiii-fersant-2021-digital
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INFORMAÇÃO&APOIO
III Mostra do Turismo do Ribatejo em julho O Ribatejo é cada vez mais um destino turístico de excelência, pela forma como acolhe os visitantes, pelas experiências que oferece para desfrutar da natureza, do património e da nossa gastronomia, associando momentos de lazer inesquecíveis. Com vista à promoção do destino Turístico do Ribatejo, a NERSANT promove a 3.ª Mostra Digital do Turismo do Ribatejo. Aqui, os prestadores de serviços: os Hotéis, o Alojamento Local, os Restaurantes, as empresas de animação outdoor, entre outras, podem dar a conhecer os seus serviços. As empresas associadas da NERSANT e os aderentes VIVER O TEJO podem participar de forma gratuita. Mais informação em: https://compronoribatejo.pt/feira/3-mostra-do-turismo-do-ribatejo
III Ribatejo Trade Market em dezembro A 3.ª edição do Ribatejo Trade Market - Mercado de Oportunidades, edição digital, decorrerá de 1 a 31 de dezembro de 2022. U m c e r t a m e d e d i c a d o a p ro mover os produtos e ser viços das empresas, proporcionando oportunidades de negócio e reforçando o posicionamento das mesmas no mundo digital. As empresas associadas da NERSANT, com quotas pagas, poderão participar de forma gratuita. Inscrições em: https://compronoribatejo.pt/feira/3-ribatejo-trade-market Para mais informações ou inscrições nos certames previstos para 2022, as empresas interessadas podem solicitá-los ao Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos da NERSANT através dos contactos dame@nersant.pt ou 249 839 507.
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Protocolos NERSANT com novas empresas aderentes Os protocolos da NERSANT continuam a somar novas empresas aderentes. A Associação Empresarial iniciou em 2021 a disponibilização do Cartão de Associado NERSANT Digital, acompanhando uma inovação essencial na atualidade. Uma iniciativa que oferece um conjunto de facilidades comerciais às empresas associadas e
seus colaboradores, e que, em simultâneo, promove os negócios. Ao aderirem ao Protocolo com a NERSANT, as empresas aderentes beneficiam de descontos diretos na aquisição de produtos e serviços; facilidades na aquisição de produtos e serviços; ou outra forma que a empresa entenda ser a que mais se adequa aos seus pro-
dutos e serviços. Para aderir contate: protocolos@nersant.pt
Já se encontram em vigor protocolos com:
VO NO
CAIXA AGRICOLA Banco
RESTAURANTE NERSANT Restaurante
FONTEVAL Captação e Tratamento de água
SCALOTEL Hotel
NO VO
AVIS Aluguer de viaturas
NUNO MIGUEL DE SOUSA TRINDADE Sapateiro, reparação de calçado e outros artigos de pele
SEM PRESSA Restaurante
NO VO
JFERTEC Comercialização de equipamento hoteleiro e assistência técnica
MINIMERCADO CARDOSO Comércio de produtos alimentares e não alimentares
SGS PORTUGAL Formação Profissional
NERSANT SEGUROS Mediação de Seguros
TEMPLUM EVOLUTTO Consultoria em Implementação de Sistemas Gestão ISO e de outras normas técnicas
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Candidaturas abertas até 29 de abril
NERSANT promoveu webinar sobre o Sistema de Incentivos para a Descarbonização da Indústria
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NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém promoveu no dia 19 de janeiro, uma sessão de esclarecimento online sobre os apoios para a descarbonização da Indústria contemplados no Aviso º 02/C11-i01/2022. De salientar a disponibilidade da Associação para apoiar as empresas no acesso a este sistema de incentivos. CANDIDATURAS ABERTAS ATÉ 29 DE ABRIL Este Aviso permite acolher candidaturas de projetos de investimento que contribuam para a neutralidade carbónica, promovendo a transição energética por via da eficiência energética, do apoio às energias renováveis, com enfoque na adoção de processos e tecnologias de baixo carbono na indústria, na adoção de medidas de eficiência energética na indústria e na incorporação de energia de fonte renovável e armazenamento de energia. Podem ser apresentados projetos integrados que incluam investimentos em mais do que uma das tipologias indicadas. Este concurso tem como destinatários empresas, de qualquer dimensão
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ou forma jurídica, do setor da indústria, categorias B - Indústrias extrativas e C - Indústrias transformadoras, da CAE 05 a 33. Podem candidatar-se entidades individualmente ou em consórcios (conjunto de entidades), em particular em projetos que envolvam simbioses industriais. O concurso abrange todo o território nacional. TIPOS DE PROJETOS APOIADOS O investimento associado a esta Componente contribui em 100% para a meta climática do PRR, pelo que os projetos têm de estar enquadrados, pelo menos, num dos seguintes domínios de intervenção: Eficiência energética e projetos de demonstração nas PME ou grandes empresas e medidas de apoio que cumprem os critérios de eficiência energética; Processos de investigação e de inovação, transferência de tecnologias e cooperação entre empresas, incidindo na economia hipocarbónica, na resiliência e na adaptação às alterações climáticas; Energia renovável: solar; Outras energias renováveis (incluindo a energia geotérmica); Sistemas energéticos inteligentes (incluindo as redes inteligentes e sistemas de TIC) e respetivo armazenamento”.
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PROCESSOS E TECNOLOGIAS DE BAIXO CARBONO NA INDÚSTRIA A tipologia de projetos a apoiar abrange os processos e tecnologias de baixo carbono na indústria, como sejam a substituição de equipamentos que recorram a combustíveis fósseis por equipamentos elétricos; a melhoria da qualidade de serviço no acesso a eletricidade; a utilização de combustíveis alternativos derivados de resíduos não fósseis; a incorporação de matérias-primas alternativas no processo de produção visando a redução de emissões (subprodutos, reciclados, biomateriais); novos produtos de baixo carbono; simbioses industriais para a descarbonização, quer a nível tecnológico quer a nível de sistema; substituição de gases fluorados por gases fluorados de reduzido potencial de aquecimento global; Digitalização dos processos de forma garantir a rastreabilidade dos produtos e potenciar a economia circular;
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Promover a eco-inovação potenciando cadeias de valor circulares geradoras de novos modelos de negócio e a simbiose industrial; a Introdução de matérias-primas renováveis e com baixa pegada de carbono; a Aposta em soluções digitais através de soluções inteligentes de apoio a medição, monitorização, tratamento de dados para a gestão e otimização de processos, consumos e redução de emissões poluentes, aumentando a eficiência de utilização de recursos (matérias-primas, água, energia) e promovendo a sua circularidade. ADOÇÃO DE MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA INDÚSTRIA A tipologia de projetos a apoiar abrange também a adoção de medidas de eficiência energética na indústria, como sejam a otimização de motores, turbinas, sistemas de bombagem e sistemas de ventilação (por exemplo, instalação de varia-
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dores de velocidades e substituição de equipamentos por equipamentos de elevado desempenho energético); a otimização de sistemas de ar comprimido (p.e. substituição do compressor de ar, redução de pressão e. temperatura, variadores de velocidade); a substituição e/ou alteração de fornos, caldeiras e injetores; a recuperação de calor ou frio; o aproveitamento de calor residual de indústrias próximas (em simbiose industrial); a otimização da produção de frio industrial (por exemplo, substituição de chiller ou de bomba de calor); a modernização tecnológica, integração e otimização de processos; os Sistemas de gestão, monitorização e controlo de energia. INCORPORAÇÃO DE ENERGIA DE FONTE RENOVÁVEL E ARMAZENAMENTO DE ENERGIA A tipologia de projetos a apoiar abrange ainda a incorporação de
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energia de fonte renovável e armazenamento de energia, como sejam a instalação de sistemas de produção de energia elétrica a partir de fonte de energia renovável para autoconsumo; a instalação de equipamentos para produção de calor e/ou frio de origem renovável (incluindo bombas de calor); a adaptação de equipamentos para uso de combustíveis renováveis (incluindo os provenientes de resíduos, e gases renováveis como o hidrogénio, mas não apenas); a instalação de sistemas de cogeração de elevada eficiência baseados exclusivamente em fontes de energia renovável; e sistemas de armazenamento de energia. DESPESAS ELEGÍVEIS São consideradas despesas elegíveis aquelas que se enquadrem nas tipologias de projetos identifi cadas e nas respetivas categorias de auxílio aplicáveis, como sejam as aquisições
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de bens e serviços devem ser efetuadas em condições de mercado a entidades fornecedoras com capacidade para o efeito e não relacionadas com o adquirente. As despesas elegíveis terão por base custos reais (faturas pagas ou outros documentos contabilísticos equivalentes), podendo ser considerado o valor total de aquisição ou apenas o sobrecusto por referência a soluções/investimentos semelhantes menos respeitadores do ambiente, consoante o tipo de investimento. Não são elegíveis as despesas com custos de funcion a m e n t o d a e m p re s a , b e m como custos de manutenção e substituição de equipamentos já existentes ou dos investimentos apresentados; pagamentos em numerário; bens em estado de uso; IVA; veículos automóveis, aeronaves e outro material de transporte; investimentos relativos à produção de gases renováveis; investimentos relativos à aquisição e instalação de equipamentos consumidores de combustíveis fósseis; custos com baterias de condensadores ou qualquer sistema que vise apenas a mitigação de energia reativa; custos com equipamentos portáteis de medição de consumo energético ou equipamentos de controlo de combustão. CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Os critérios de elegibilidade obrigam a estar legalmente constituído e ter contabilidade organizada; não ter dividas à Autoridade Tributária nem à Segurança Social; assegurar o cumprimento da legislação ambiental aplicável a nível da UE e nacional e possuir os respetivos licenciamentos; ter uma situação económico-financeira equilibrada, demonstrar ter capacidade de financiamento da operação e demonstrar a sustentabilidade económica da operação após a realização do investimento; declarar e comprovar que não configura uma “Empresa em difi culdade”; e não ter apresentado os mesmos investimentos em candidatura, no âmbito da qual ainda esteja a decorrer o processo de decisão ou em
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que a decisão sobre o pedido de fi nanciamento tenha sido favorável, exceto nas situações em que tenha sido apresentada desistência. Para ser elegível, deve ser apresentada uma avaliação por uma entidade independente que identifique o valor de emissões inicial e fundamente a redução média de emissões diretas e indiretas de gases com efeito de estufa das instalações industriais apoiadas, sendo efetuada a mesma avaliação aquando da conclusão do projeto. Os critérios de elegibilidade exigem ainda que o projeto contribua para uma redução média de, pelo menos, 30% das emissões diretas e indiretas de GEE nas instalações industriais apoiadas (no caso de projetos da tipologia “024ter - Efi ciência energética e projetos de demonstração nas PME ou grandes empresas e medidas de apoio que cumprem os critérios de eficiência energética”). Devem também dispor em sede de execução, dos licenciamentos e autorizações prévias à execução dos investimentos, quando aplicável. Por outro lado, os trabalhos relativos ao projeto ou à atividade a desenvolver no âmbito da operação têm que ser iniciados somente após a submissão da candidatura. FINANCIAMENTOS ENTRE 30 E 80% Os apoios a conceder consistem em subsídios não reembolsáveis, com
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uma taxa de financiamento que varia entre os 30% e 80%, em função do tipo de despesa e da dimensão da empresa, havendo determinadas despesas financiadas a 100%. Na mesma candidatura poderão existir diferentes taxas de apoio para diferentes investimentos. Por exemplo um investimento a favor de medidas de eficiência energética pode ter uma taxa base de apoio de 30%, e pode beneficiar de majorações em função da dimensão da empresa (Pequenas empresas 20% e Médias Empresas 10%) e em função da localização do investimento, por exemplo no Centro e Alentejo: 15%. Duração máxima dos projetos é de 24 meses, devendo obrigatoriamente serem iniciados nos 6 meses após data da comunicação da decisão de aprovação. Serão privilegiados investimentos com maior maturidade técnica em tecnologias com TRL (nível maturidade tecnológica) igual ou superior a 7 - “Demonstração do protótipo do sistema em ambiente operacional” e com maior potencial de impacto ao nível da descarbonização. A apresentação de candidatura é feita através de formulário eletrónico disponível através da página da internet do IAPMEI. A dotação total afeta ao presente concurso, é de 705 milhões de euros, dos quais 200 milhões de euros serão afetos preferencialmente a PME.
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Programa EMPREENDE XXI
Se está desempregado pode criar a sua empresa e ter um apoio de 85%.
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ste programa pretende apoiar a criação de empresas e promover a implementação de projetos em áreas inovadoras disponibilizando as seguintes modalidades de apoio, cumuláveis entre si, com um máximo de 85%:
cumpra as condições de acesso, até um limite de 4; Formação profissional adequada à criação de empresas e do próprio emprego, sempre que necessário; Mentoria e consultoria especializada na área do empreendedorismo para reforço de competências e para a estruturação e consolidação do projeto, prestada por incubadoras certificadas como a Startup Santarém e a Startup Ourém, geridas pela NERSANT; Possibilidade de instalação em incubadoras, sempre que necessário. Este programa apoia, entre outros, os seguintes investimentos, com um máximo de 175.000,00€, desde que seja fundamentada a sua relevância para a realização do projeto:
Apoio financeiro ao investimento elegível para a criação de empresas através de um subsídio a fundo perdido até 40%; Empréstimo sem juros até 45% do investimento elegível; Apoio financeiro à criação do próprio emprego de 15 vezes o IAS (6.648,00€) por promotor que
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Foi recentemente criado o Programa EmpreendeXXI que visa apoiar jovens entre os 18 e os 35 anos que estejam à procura do 1º emprego ou desempregados na criação do seu negócio. Poderão ainda aceder a este programa outros desempregados, desde que inscritos no IEFP, e que possuam uma ideia de negócio económico e financeiramente viável.
Investimentos em máquinas e equipamentos; Mobiliário e outro equipamento de escritório; Investimentos em equipamento informático e software; Investimentos na área da transição digital: websites, lojas online, gestão e dinamização de redes sociais; Obras de adaptação e remodelação das instalações; Viaturas, caso sejam indispensáveis para a implementação do projeto; Fundo de maneio referente ao
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projeto até 50 % do investimento elegível, com o limite de 4.432,00€ (10 vezes o valor do IAS). Em suma, o programa Empreende XXI pretende promover a criação e desenvolvimento de novos projetos empresariais por jovens à procura do primeiro emprego e desempregados inscritos no IEFP, sendo que os avisos irão abrir ainda durante o mês de fevereiro. Mais informações através do e-mail sitiodoempreendedor@nersant.pt ou inscreva a sua ideia em http://sitiodoempreendedor.nersant.pt/.
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Candidaturas abertas ao Programa
Transformar Turismo
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Estão abertas as candidaturas ao Programa Transformar Turismo, que conta com uma dotação de 20 milhões de euros, para apostar na criação de um turismo cada vez mais sustentável, responsável e inteligente, através do desenvolvimento de produtos, serviços e negócios inovadores que qualifiquem o território e comportem, para além de vantagens competitivas para as organizações, benefícios sociais tangíveis e impacto positivo no meio ambiente.
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s efeitos da atual conjuntura, marcada pelo impacto da pandemia, as novas necessidades e interesses dos consumidores e as oportunidades que a sustentabilidade e a transformação digital representam para o desempenho e para a competitividade das empresas e dos destinos, justificam que se incremente o incentivo ao desenvolvimento de iniciativas que, em alinhamento com o Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro, promovam uma oferta mais sustentável, responsável e distintiva, moldando o futuro do setor em prol de um modelo de desenvolvimento mais resiliente, inclusivo, gerador de valor, promotor de coesão territorial e com maior potencial de crescimento”, refere o texto do Programa Transformar Turismo. As duas linhas de apoio incluídas no Programa Transformar Turismo – as linhas Territórios Inteligentes e Regenerar Territórios - destinam-se às entidades públicas e privadas do setor, preferencialmente agrupadas em projetos conjuntos, de rede ou em Estratégias de Eficiência Coletiva, que tenham como pano de fundo a valorização e inovação turística dos territórios, através de projetos que estimulem atividades ou serviços de maior valor acrescentado ligados aos produtos turísticos de relevo, tais como turismo cultural e patrimonial, turismo natureza, turismo industrial, turismo literá-
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rio, enoturismo e turismo gastronómico. Neste sentido, a linha Territórios Inteligentes conta com uma dotação global de 4 milhões de euros e está aberta até 31 de dezembro de 2022. Já a linha Regenerar Territórios, com uma dotação de 16 milhões de euros, prolonga o seu prazo até 31 de dezembro de 2023. O texto do programa refere que “a agenda da transição digital introduziu novos desafios e oportunidades para as empresas e para os destinos, reforçando a importância do conhecimento e das novas tecnologias na estruturação de territórios inteligentes e justificando a criação de uma linha de apoio específica que incentive o desenvolvimento de projetos que impulsionem a digitalização dos territórios e que, por essa via, consigam assegurar um quadro mais sustentável para o desenvolvimento da atividade turística e para a geração de valor”. “Este novo paradigma de desenvolvimento sustentável, onde o digital assume um papel fundamental na estruturação dos territórios, orienta a visão subjacente à construção do turismo do futuro, suportado por tecnologias inovadoras e assente numa lógica de competitividade sustentada dos territórios locais e regionais”, refere o texto da linha de apoio Territórios Inteligentes. As candidaturas podem ser apresentadas através da plataforma SGPI do Turismo de Portugal. Conforme previsto no Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro, o Programa Transformar Turismo sucede ao Programa Valorizar, criado em 2016 para apoiar o investimento público e privado na qualificação de Portugal enquanto destino turístico. Ao longo de quatro anos, o programa Valorizar recebeu mais de 2.000 candidaturas, traduzindo um investimento de mais de 500 milhões de euros e um apoio financeiro de 115 milhões de euros, introduzindo um efeito de alavanca na economia turística nacional.
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Com o apoio da NERSANT
16 milhões de euros de investimento, 253 postos de trabalho criados A Nersant tem vindo a apoiar a concretização de candidaturas das empresas a sistemas de incentivos, com algum sucesso. A qualidade do seu trabalho fica bem demonstrado no volume de verbas que foram canalisadas para as empresas, nos últimos 3 anos.
SI2E Aprovadas +CO3SO Aprovadas PAPN Aprovadas TOTAL Aprovadas
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N.º Cand. 100 N.º Cand. 33 N.º Cand. 22 N.º Cand. 155
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o Programa SI2E (Sistema de Incentivos ao Emprego e Empreendedorismo), foram aprovadas 100 candidaturas realizadas pela Nersant, originando um Volume de Investimento de 10,2 milhões de euros, com um incentivo de 5,9 milhões de euros. Os postos de trabalho criados totalizaram 150. No Programa + COESO Emprego foram aprovadas 33 candidaturas realizadas pela Nersant, originando um Volume de Investimento de 3,3 milhões de euros, que corresponde a um incentivo de igual montante.
Valor de Investimento 10 200 671,57 Valor de Investimento 3 272 080,00 Valor de Investimento 3 139 758,15 Valor de Investimento 16 612 509,72
Valor de Incentivo 4 790 241,46 Valor de Incentivo 3 272 080,00 Valor de Incentivo 923 712,60 Valor de Incentivo 10 063 157,01
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Os postos de trabalho criados totalizaram 64. No Programa PAPN (Programa de Apoio à Produção Nacional), foram aprovadas, até ao momento, 22 candidaturas realizadas pela Nersant, originando um Volume de Investimento de 3,1 milhões de euros, com um incentivo de 923 mil euros. Os postos de trabalho criados totalizaram 39. Estes resultados são muito significativos e confirmam a importância e apoio prestados pela Nersant ao tecido económico da nossa região.
FSE Incentivo
Incentivo Total
1 077 122,95
5 867 364,41
PT criados 150 PT criados 64 PT criados 39 PT criados 253
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Outmore
Turismo saudável para desfrutar a natureza e o património
S
ão cada vez mais os adeptos deste tipo de turismo, que conjuga a saudável prática de exercício físico, com a fruição tranquila da paisagem do património natural, em proximidade com a natureza. A pé ou de bicicleta, uma simples caminhada ou uma peregrinação de vários dias, são muitos os itinerários oferecidos pela Outmore, empresa de Fátima fundada por Marco Vieira Gomes. Tudo começou há cerca de 18 anos, quando Marco Vieira Gomes iniciou a organização de caminhadas ao domingo para os amigos. Hoje a empresa Outmore sediada em Fátima oferece uma panóplia de serviços desde a organização de uma simples caminhada de várias horas em
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VT
plena natureza, até uma peregrinação de vários dias nos Caminhos de Santiago e de Fátima, ou uma expedição pela Rota Vicentina entre Sagres e Tróia, ou um simples passeio guiado em Fátima. De caminho, a Outmore gere ainda um Alojamento Local, a Quinta dos Canteiros em Fátima, e em breve irá oferecer os serviços de agência de viagens. TUDO COMEÇOU COM UMAS CAMINHADAS DE AMIGOS… “Comecei em 2004 a organizar umas caminhadas para os amigos aos domingos, e a ajudar colegas e amigos a fazerem o Caminho de Santiago, e assim tomei o gosto e fui ganhando experiência na organização de eventos”, conta Marco Gomes.
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O sucesso das caminhadas levou Marco Gomes, de 43 anos, criar a empresa Outmore. Gradualmente, Marco Gomes acabou por trocar a profissão de desenhador de estruturas metálicas para se dedicar a tempo inteiro à animação turística. O antigo desenhador de estruturas metálicas teve de aprender de aprender línguas. “Aproveitei para aprender com os clientes e hoje além do inglês, aprendi por exemplo rezar uma Avé-Maria em tagalog, a língua filipina”, conta Marco Gomes. “Faz este ano 10 anos que registei a licença de animação turística, para organizar passeios turísticos e caminhadas, e fui o primeiro a fazer passeios guiados em Fátima”, recorda Marco Gomes. Desde então, a Outmore avançou para a
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gestão de um alojamento local – a Quinta dos Canteiros em Fátima, e entretanto, recuperou um antigo palheiro ao lado da residência, onde instalou a empresa e em breve irá oferecer os serviços de agência de viagens. CLIENTES DO MUNDO INTEIRO A Outmore organiza experiências ao ar livre, com acompanhamento especializado, de forma que os participantes
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possam vivenciá-las com maior conforto e segurança. A empresa oferece acompanhamento personalizado com viatura de apoio e guia especializado. Assegura o transporte das pessoas, bagagens e bicicletas, e proporciona ambiente seguro, confortável e familiar. “Temos clientes do mundo inteiro – americanos, chineses, iraquianos, europeus, mas o maior número são os filipinos”, conta Marco Gomes. “A primeira cliente da Outmore foi uma senhora filipina em 2014, que depois passou a palavra aos seus compatriotas nas Filipinas e também nos EUA, que se tornaram nossos clientes”, adianta. OS CLIENTES VOLTAM SEMPRE “Invariavelmente, os nossos clientes
voltam sempre a procurar-nos para novas experiências e muitos tornam-se nossos amigos, porque de facto isto serve também de terapia”, afirma. “A cliente mais velha que tive foi uma senhora do Perú, de 81 anos, que fez o Caminho de Santiago, fez a maior parte do percurso comigo na carrinha de apoio, num roteiro alternativo em que demos destaque à gastronomia, com destaque para o festival das ostras na Galiza”, comenta o empresário. “As peregrinações pelos Caminhos de Santiago, português e francês, são mais procuradas pelos portugueses, mas também temos grupos de estrangeiros”, diz o empresário. “Esta é uma atividade muito sazonal, os passeios, caminhadas e as peregri-
nações realizam-se a partir do Carnaval até novembro, pelo que agora no Inverno dedicamo-nos a fazer a divulgação, a organização e os preparativos”, refere Marco Gomes. CAMINHO DE FÁTIMA A Outmore oferece diversos programas para pequenos grupos, que queiram fazer o Caminho de Fátima organizado e com acompanhamento de um guia especializado e viatura de apoio. A empresa organiza peregrinações a pé: Caminho de Fátima, a partir de Lisboa (8 dias/140 km) ou de Santarém 4 dias/55 km); ou de bicicleta, a partir de Lisboa (2 dias/140 km). Em qualquer das modalidades, a peregrinação
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proporciona a oportunidade de viver uma experiência inesquecível. CAMINHO DE SANTIAGO A Outmore proporciona diversos programas para pequenos grupos, que queiram fazer o Caminho de Santiago organizado, a pé ou de bicicleta, e com acompanhamento de um guia especializado e viatura de apoio. O Caminho português de Santiago tem 140 km, a partir de Valença do Minho, e dura 7 dias a pé. O Percurso de bicicleta parte do Porto e demora 4 dias para percorrer 240 km. A empresa oferece apoio logístico necessário ao longo do mítico Caminho onde proporciona oportunidade de desfrutar de maravilhosas paisagens naturais.
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ROTA VICENTINA De Troia até Sagres em bicicleta de montanha com acompanhamento especializado de um guia e viatura de apoio. A Outmore trata do transporte da bicicleta e do ciclista até 8 pessoas. Faz a divisão das etapas da forma conseguir percorrer os 260 km de maneira segura e confortável. Inclui dormida e pequeno-almoço. CAMINHADAS A Outmore organiza, ao longo de todo o ano, caminhadas com percursos variados quase sempre na zona centro de Portugal. As caminhadas geralmente são ao domingo durante a manhã e a distância de cada caminhada ronda os 10/15
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quilómetros. São adequadas a toda a família, principalmente a amantes da natureza, que gostem de caminhar ao ar livre e de forma descontraída. TRANSFERES AEROPORTO A Outmore disponibiliza serviço de transfer privado de chegada ou de partida do aeroporto de Lisboa ou do Porto. VISITAS GUIADAS EM FÁTIMA A Outmore organiza visitas a Fátima, pelos locais das Aparições, contando os acontecimentos de 1917 nesta aldeia da Serra d’Aire. Estes passeios por Fátima passam pelas casas onde os 3 pastorinhos nasceram, pela Loca do Anjo, um local sagrado em plena natureza, entre outros.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
Marca de têxteis de banho Torres Novas lança campanha de retoma de toalhas usadas
Compal promove campanha para incentivar portugueses a reciclar A Compal e a Tetra Pak uniram-se numa iniciativa de sensibilizaç ã o para a colocaç ã o das suas embalagens no ecoponto amarelo. Trata-se de uma campanha publi citá ria que promove a colocaç ã o das embalagens da Tetra Pak, no ecoponto amarelo para que possam ser recicladas. Para tal, foi colocada na Avenida da Liberdade em Lisboa uma empena com quase 1000m 2 , onde é possível visualizar uma embalagem da Compal e as mensagens Embalagens vazias da Tetra Pak vã o para o ecoponto amarelo, bem como, Recicle. A natureza agradece. com uma embalagem gigante da Compal na Avenida da Repú blica, que poderá ver até janeiro e, pretende surpreender os cidadã os que percorrerem a tã o conhecida avenida lisboeta. Esta iniciativa visa sensibilizar os portugueses para a importâ ncia da reciclagem das embalagens. Em Portugal as taxas de reciclagem sã o ain-
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A m a r c a t ê x t i l To r r e s N o v a s anunciou o lançamento de uma campanha de retoma de toalhas de banho, em que cada toalha em desuso entregue, independentemente da marca, dá direito a um desconto ‘online’. Segundo a marca, se as toalhas estiverem em boas condições de utilização, serão doadas à Comunidade Vida e Paz, “que lhes dará bom uso junto das pessoas em condição de sem-abrigo”. Caso as toalhas entregues já não estejam em boas condições de utilização, serão doadas a uma associação animal, que as utilizará com os cães e outros animais que acolha, nomeadamente para lhes dar banho e os aquecer.
da muito baixas e necessitamos da participaç ã o de todos os portugueses para inverter esta situaç ã o. A Tetra Pak, tem vindo a chamar à atenç ã o para esta problemá tica e vê atravé s desta campanha uma oportunidade de reforçar a sua mensagem, e missão, junto dos portugueses. Rodrigo Costa, diretor de Marketing da Sumol+Compal para Portugal e Espanha afirma: “Na Sumol+Compal, movidos por uma cultura de excelência, paixão e compromisso, acreditamos na preservação da natureza como um pilar fundamental da nossa atividade, sempre tendo presente que estamos a deixar um legado a sucessivas gerações. Neste contexto, a reciclagem das nossas embalagens é uma questão fundamental para a promoção de uma maior economia circular. Este é um ciclo que só terá sucesso com o papel fundamental de cada um dos nossos consumidores, daí a importância desta campanha”.
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Insolvências de empresas caem 14,3% em 2021 e constituições aumentam 6,9% no distrito de Santarém As insolvências de empresas recuaram 4,6% em 2021 face ao ano anterior, para 4.770, o número mais baixo desde 2018, e foram criadas mais 41.507 empresas, revelou hoje a Iberinform. No distrito de Santarém, as insolvências de empresas caem 14,3% em 2021 e constituições aumentam 6,9%. No ano passado, no que respeita às insolvências há a registar uma queda de 230 em relação a 2020, esclarece a Iberinform em comunicado, lembrando que o número de insolvências observado é o mais baixo desde 2018. A filial da Crédito y Caución refere ainda que o mês de novembro do ano passado foi aquele com maior número de insolvências (510) ao longo do ano, sendo que a média mensal se situou nas 434 insolvências. Os dados permitiram ainda apurar que houve um decréscimo de 3,5% nas insolvências requeridas por terceiros que totalizaram 879 pedidos, enquanto as insolvências apresentadas pelas próprias empresas 17,8%, passando de 1.129 em 2020 para 928 em 2021. A l é m d i s s o , f o i d e c re t a d a a insolvência de 2.912 empresas (conclusão de processos), sendo que o ano passado terminou com um total de 51 Planos de Insolvência aprovados, mais 10,8% na comparação com 2020. Porto e Lisboa apresentam os valores de insolvência mais elevados, com 1.200 e 1.110, respetivamente. Relativamente a 2020, verifica-se um aumento de 9,4% em Lisboa e uma diminuição de 6,6% no Porto, lê-se no comunicado. Os dados apurados pela Iberinform permitiram também saber que em Portugal, os distritos em que as insolvências diminuíram representaram 59,1% do total. No caso da Horta há a registar uma queda de 62,5% nas insolvências, seguindo-se Bragança (-61%), Faro
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(-32,2%), Beja (-25%), Madeira (-18,8%), Viana do Castelo (-14,7%), Santarém (-14,3%), Leiria (-13,9%), Évora (-13%), Angra do Heroísmo (-10,5%), Braga (-8,8%) e Aveiro (-7,7%). Já os aumentos de insolvências registados no ano passado, face ao ano anterior verificaram-se em Setúbal, um acréscimo de 19%, seguindo-se Portalegre (10,3%), Ponta Delgada (8,1%), Castelo Branco (6,9%), Coimbra (4,7%) e Guarda (2,7%). No que toca aos distritos de Viseu e Vila Real, é de realçar que os números estabilizaram face a 2020, mantendo um total anual de 105 e 53 insolvências, respetivamente. A nota da Iberinform refere ainda que o número mais significativo de novas constituições se observou em
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Lisboa, com 13.384 empresas e um aumento de 12,4%, e no Porto, com 7.267 empresas e um crescimento de 8,8%. Há ainda a destacar em termos de novas constituições, a Madeira, com um aumento de 40,2%, seguindo-se a Horta (35,9%), Setúbal (19,6%), Angra do Heroísmo (18,7%), Viana do Castelo (17,7%), Bragança (15,5%), Ponta Delgada (15,2%), Leiria (14,3%), Aveiro (8,2%), Braga (8,2%), Santarém (6,9%), Faro (6,7%), Viseu (6,2%), Guarda (2,9%), Évora (2,3%) e Portalegre (1,9%). Os distritos em Portugal que apresentam diminuições ao nível de novas constituições de empresas foram Vila Real (-6,2%), Coimbra (-4,3%), Beja (-4%) e Castelo Branco (-4%).
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Empresa Unmanned Tools recebe prémio inovação nacional na EMAF 2021 O Prémio Inovação Nacional “Leonardo Da Vinci” foi atribuído à empresa Unmanned Tools, com o D-Pico 1. Trata-se do único equipamento do comando remoto multifuncional no mercado que consegue
ser transportado por uma pickup de cabine dupla, e é o único que tem a capacidade de elevar a ferramenta a mais de 1,5 metros de altura. O prémio foi atribuído no âmbito do concurso Inovação EMAF, orga-
nizado em parceria com a Revista Robótica, na 18.ª Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria. Este concurso procura estimular o desenvolvimento e apresentação de novos produtos que incorporem inovação nacional e internacional, avaliando aspetos inovadores na conceção, funcionalidade e operacionalidade do produto. A Unmanned Tools é uma empresa com sede no concelho de Abrantes, dedicada à concepção e construção de veículos terrestres não tripulados. Uma empresa de engenharia com 13 anos de experiência na construção de máquinas especiais e sistemas automáticos para a indústria automobilística europeia.
Startup Portuguesa Relive fundada em 2021 cruzou o Atlântico em direção ao Texas A Relive, uma startup portuguesa do setor imobiliário, recebeu um milhão de euros de um grupo de investidores para expandir o seu negócio para o Texas, EUA. A ronda foi liderada pela capital de risco nacional Shilling, que vai financiar expansão e permitir a contratação de 15 pessoas este ano. A startup chegou ao mercado há um ano com o mote de “simplificar a jornada imobiliária”, contando com uma plataforma de ofertas e aplicações móveis,
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incluindo uma one-stop-shop para os seus consultores. A empresa considera-se uma proptech, termo aplicado às empresas em fase inicial que receberam capital de risco e desenvolvem tecnologia para o setor imobiliário. José Costa Rodrigues ganhou notorie-
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dade por ter fundado a Forall Phones, uma cadeia de lojas de venda de telemóveis e acessórios recondicionados. O jovem, que lançou a marca ainda menor de idade, vendeu a empresa em dezembro de 2020 a um investidor chinês, por um montante que não foi revelado.
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Marca ribatejana de enchidos lança sabores do Cozido à Portuguesa prontos a servir A marca ribatejana de enchidos tradicionais Quintinha d’Aldeia acaba de lanç ar no mercado o Cozido d ’ A l d e i a , u m p ro d u t o q u e reú ne os sabores do Cozido à Portuguesa prontos a servir, uma vez que já vêm pré cozinhados. Tr a t a - s e d e u m e n c h i d o cozido, composto por carne e g o rd u r a d e s u í n o , a r ro z carolino e enchidos e cheio em tripa de vaca. A receita é inspirada na cozinha tradicional. A Quintinha d’Aldeia pretende dar um novo sentido ao legado secular do Cozido à Portuguesa que, no Ribatejo, remonta à segunda metade do século XVII. A CEO da Quintinha d’Aldeia, Susana Santos refere que é atribuída ao cozinheiro de D. Pedro II, Domingos Rodrigues, a mais antiga referência ao prato de que há registo no livro “Arte de Cozinha” (1680), que reúne as receitas de quase 30 anos ao serviço da corte, que passava longas temporadas em Salvaterra de Magos. Empresa familiar, sediada em Pernes, com atividade desde 2014, especializada na produção de enchidos e charcutaria, a Quintinha d’Aldeia já venceu vários prémios nacionais com os seus produtos.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
PRR: Aprovada área de acolhimento empresarial de nova geração em Rio Maior As zonas industriais e áreas empresariais de 10 municípios do país vão beneficiar de um investimento de 110 milhões de euros, montante aprovado ao abrigo de candidaturas ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
E
m comunicado, o Ministério da Coesão Territorial adianta que as 10 candidaturas selecionadas no âmbito do aviso dirigido a áreas de acolhimento empresarial de nova geração se referem aos municípios de Chaves, Melgaço, Vila Real, Águeda, Guarda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos. Com este investimento, aqueles municípios “vão modernizar zonas industriais e áreas empresariais já existentes nos seus territórios, para as preparar para as transições verde e digital e garantir uma melhoria da competitividade das empresas aí instaladas”, lê-se na nota. “Com esta decisão, mais de 73 milhões (66%) são dirigidos a territórios do interior e praticamente 37 milhões são destinados ao litoral”, precisa a nota, especificando que as
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maiores fatias dos apoios máximos a conceder se destinam ao Centro (32,1 milhões de euros) e ao Norte (30,9 milhões). Seguem-se as regiões do Alentejo, que pode beneficiar de um apoio máximo de 30,1 milhões de euros, de Lisboa e Vale do Tejo, com 12,8 milhões de euros e, por fim, do Algarve, com 4,1 milhões de euros, acrescenta o Ministério da Coesão Territorial. “Estes fundos podem apoiar investimentos na auto produção e armazenamento de energia renovável, ilhas de qualidade energética A+, soluções de carregamento de viaturas elétricas e abastecimento a hidrogénio, cobertura de Banda Larga Rápida (5G) em áreas do interior com comprovada falha de mercado ou soluções de resiliência ativa a incêndios, consoante as características das AAE [Áreas de Acolhimento
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Empresarial]”, acrescenta. As 10 candidaturas, selecionadas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, foram avaliadas, entre outros aspetos, tendo em conta “o número de empresas instaladas e o número de postos de trabalho” em cada área. Por outro lado, foi analisado “quantos desses negócios estão associados a cadeias de logística e de que forma se articula o trabalho dessas empresas com o Sistema Regional de Inovação em questão”, prossegue a nota. A medida dá continuidade aos investimentos dos Programas Operacionais Regionais no âmbito do Portugal 2020 – de apoio a novas áreas e requalificação das já existentes -, e será ainda complementada com apoios no âmbito do Portugal 2030.
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produz cerâmica com energia própria e evita a emissão de 373 toneladas de CO2/ano A Soladrilho empresa de cerâmica no Entroncamento, já usufrui de autoconsumo solar tornando a fábrica mais independente do consumo da rede elétrica e em paralelo, evitar a emissão de 373 toneladas de CO2/ ano. Este projeto foi promovido e desenvolvido pela Helexia, que englobou o investimento de aproximadamente 800 mil euros, que a par da central fotovoltaica permitiu remoção de 11.200 m2 de coberturas de fibrocimento, material que contém amianto, e a sua substituição por coberturas em painel sandwich.
P
ara Luís Pinho, country director da Helexia Portugal, “esta parcer i a re p re s e n t a m a i s uma contribuição da Helexia à Transição Energética, económica e ecológica de um setor produtivo e exportador Nacional”. Segundo uma nota divulgada pela Helexia, a central fotovoltaica tem uma potência de 537 kWp e uma produção anual estimada de 829 MWh e vai permitir à Soladrilho reduzir a fatura energética, contribuindo para uma maior competitividade nos custos de operação. A Soladrilho tem volume de negócio de cerca de 7,9 milhões de euros, exportando cerca de 85% da sua produção para mercados como
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França, Espanha, China, Rússia e Estados Unidos. “O consumo de energia representa cerca de 30% na estrutura de custos, sendo que a Soladrilho já possui uma unidade de cogeração alimentada a gás natural, cuja eletricidade é vendida à rede, com aproveitamento do calor no processo produtivo”, acrescenta Luís Pinho. O setor da cerâmica em Portugal é eminentemente exportador e para se ser competitivo e manter a boa performance do volume de negócios neste mercado global, obriga a uma gestão minuciosa de vários fatores. Sendo um forte consumidor de energia, representando o gás e a eletricidade uma fatia muito impor-
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tante do custo industrial. A instalação cial para um desenvolvimento equilida central fotobrado e sustentável. voltaica na SolaA HELEXIA está A instalação da drilho contribui presente em toda central fotovoltaica para uma redua cadeia de valor ção dos custos dos projetos desde na Soladrilho permite com a eletricidao desenvolvimento, reduzir custos com a de e o reforço da construção, operaeletricidade e reforça imagem corporação, manutenção e tiva sustentável a imagem corporativa no financiamento. da empresa. Suportada por uma sustentável da empresa. A HELEXIA estrutura acionista investe na transólida e com uma sição energética como um fator essenvisão de longo prazo, a HELEXIA está
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presente em França, Itália, Bélgica, Portugal, Espanha, Brasil e Marrocos tendo já realizado inúmeros projetos de eficiência energética, de produção descentralizada de energia e colocado em funcionamento mais de 240 centrais fotovoltaicas em coberturas e parkings, num total de mais de 55 MWp e 140 milhões de euros de investimento. A HELEXIA tem a ambição de se tornar cada vez mais num “player” de referência no setor dos serviços energéticos.
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Ourém renova acordo de cooperação com Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa
O Município de Ourém e a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP) renovaram o acordo de cooperação, que favorece a concretização de novos negócios e oportunidades entre os dois países. Numa nota de imprensa, a Câmara Municipal de Ourém informou que o acordo tem como objetivo “promover a internacionalização das empresas sediadas no concelho de Ourém e divulgar as potencialidades do município para atrair investimentos do mercado empresarial francês”. Apresentando como ponto de partida as fortes ligações existentes entre Portugal e França, o acordo favorece a concretização de novos negócios e oportunidades, refere a nota de imprensa. Perante
uma plateia essencialmente composta por empresários portugueses emigrados em França, o presidente do Município de Ourém, Luís Albuquerque (coligação PSD-CDS Ourém Sempre), referiu que o concelho tem “ótimas condições” para a “instalação de novos projetos empresariais, nomeadamente no que se refere a acessibilidades e às zonas industriais disponíveis”. A renovação deste acordo, refere a autarquia, comprova a aposta do Município de Ourém no apoio ao empreendedorismo e na promoção externa do tecido empresarial concelhio, fortalecendo as relações com a diáspora portuguesa, particularmente com os empresários da região sediados em França. O acordo
contempla diversas formas de colaboração nos mais diversos domínios, estabelecendo como pontos fundamentais o “auxílio às empresas oureenses no processo de internacionalização para o mercado francês, aconselhamento e acompanhamento destas nas deslocações comerciais a França e a divulgação do tecido empresarial, além do património natural, histórico e cultural concelhio”, lê-se no comunicado. O Município de Ourém assume a responsabilidade de disponibilizar informações regulares sobre as atividades e serviços da CCIFP e prestar aconselhamento aos seus associados e continuar a incentivar a fixação e implantação de empresas francesas no concelho.
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Confirmados mais de 150 importadores de 55 mercados no NERSANT Business 2022
Inscrições abertas para a 11ª Edição do NERSANT BUSINESS Estão confirmados mais de 150 importadores, de 55 mercados, na edição online do NERSANT Business – Encontro Internacional de Negócios, que irá decorrer de 21 a 25 de fevereiro. Esta será a 11.ª edição do Encontro Internacional de Negócios, a terceira em formato online, e que vai permitir aos empresários nacionais participantes, efetuar reuniões online com importadores dos quatro cantos do Mundo. Face ao cariz multisetorial do Evento,
os importadores inscritos procuram um leque alargado de produtos e serviços, dos quais podemos destacar o setor alimentar e bebidas (incluindo o vinho e as restantes bebidas alcoólicas), a construção e os materiais de construção, o mobiliário e a decoração, a metalomecânica, os produtos químicos e cosmética, as rochas ornamentais, entre outros. De referir que o NERSANT BUSINESS 2022 é uma atividade realizada ao abrigo do projeto conjunto Negócios
no Mundo, sendo que as empresas elegíveis terão acesso a um apoio de até 50%, no âmbito do COMPETE / PT2020. Para conhecer mais detalhes sobre este evento, as condições de participação ou realizar a pré-inscrição, as empresas podem fazê-lo através dos contatos business@nersant.pt / 249 839 500, ou através do preenchimento de Inquérito em inqueritos.nersant.pt/2021/10/26/nersant-business-2022/?data=2021.10.26
55 PAÍSES JÁ CONFIRMADOS SÃO:
(sendo expetativa da NERSANT ultrapassar 150 importadores presentes no Evento)
Alemanha
Colômbia
Equador
Gana
Paraguai
Rússia
Angola
Coreia do Sul
Eslovénia
Hungria
Peru
Senegal
Argélia
Costa do Marfim
Espanha
Índia
Polónia
Sérvia
Estados Unidos da América
Itália
Qatar
Singapura
Lituânia
Reino Unido
Suécia
Macedónia
República Checa
Suíça
Austrália Bélgica Brasil Bulgária Cabo Verde Canadá Chile
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Costa Rica Croácia Dinamarca El Salvador Emirados Árabes Unidos
Estónia Filipinas Finlândia França
Malásia Marrocos México Países Baixos
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República Dominicana Roménia
Tunísia Ucrânia Venezuela Vietname
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Jorge Rosa substituído pelo alemão Arne Barden na presidência da fábrica da
MITSUBISHI FUSO
O alemão Arne Barden, atual responsável da cadeia logística da FUSO, assumiu no dia 01 de janeiro de 2022 a presidência executiva da Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE), com fábrica em Tramagal (Abrantes).
O
futuro CEO da fábrica instaArne Barden, de 50 anos, atualmente lada naquela localidade do responsável pela cadeia de logística da distrito de Santarém, “posFUSO, entrou para a Daimler em 2001 e sui uma extensa experiênpassou por vários países e cargos, tendo cia internacional” e “está exercido a função de diretor de engenheira no Japão desde 2017, onde tem o cargo e manutenção industrial em duas fábricas de diretor da cadeia de abastecimento da do grupo, na Alemanha e na Índia. marca nipónica”, refere a multinacional, Posteriormente, “trabalhou em Singaem comunicado. pura e manteve uma relevante colaboJá o atual presidente, Jorge Rosa, no carração com a Daimler Truck Indonésia go desde 2005, “permanecerá na empresa no lançamento de projetos de sucesso”, para um período de transição até abril tendo feito notar que “os conhecimentos do próximo ano, data a adquiridos ao longo partir da qual assume da carreira e a forte Jorge Rosa, no funções de representacapacidade de lidecargo desde 2005, ção externa da MFTE”, rança demonstrada pode ler-se na nota na gestão da crise “permanecerá na informativa, que acresnas cadeias logístiempresa para um centa que “a experiência cas e efeitos da panperíodo de transição adquirida ao longo de 42 demia foram fatores anos na empresa e propreponderantes para até abril, data fundo conhecimento da a escolha”. a partir da qual realidade empresarial e A Mitsubishi Fuso assume funções de económica portuguesa Truck Europe emprerepresentação externa ga cerca de 480 trarepresentam um valor acrescido para a nova balhadores e prevê da MFTE. administração”. fechar 2021 com uma A Daimler Truck subliprodução a rondar as nha que, “nos 16 anos em que conduziu 10.000 unidades dos modelos Canter e a estratégia da empresa, Jorge Rosa coneCanter, devendo atingir uma faturação seguiu vários sucessos, como a produção superior a 200 milhões de euros. do modelo elétrico eCanter na MFTE e A MFTE, empresa do grupo Daimler o projeto de neutralidade carbónica da Truck, resultado da divisão do grupo Daifábrica no próximo ano, etapas impormler, “é a líder mundial no mercado de tantes para um futuro sustentável e com pesados” e engloba sete marcas: Mercedesprodutos limpos, aos quais o novo CEO -Benz, FUSO, Setra, BharatBenz, Freightlidará continuidade”. ner, Western Star e Thomas Built Buses.
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Curtumes Fonte Velha Quase um século a fabricar couros de alta qualidade e eco-friendly
Joaquim Inácio
Peles de Alcanena competem à escala global A empresa Curtumes Fonte Velha foi fundada em 1933 por Joaquim Francisco Inácio. Passado quase um século, são hoje os sucessores do fundador que asseguram a continuidade da empresa Joaquim Francisco Inácio Sucrs. SA, com a oferta de couros de alta qualidade e eco-friendly. “
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aturalmente que houve uma enorme evolução na indústria desde a fundação em 1933”, declara Joaquim Inácio. Por um lado, especialização e, por outro, com a mecanização e automatização dos processos fabris. A empresa conta atualmente com 38 trabalhadores e aposta numa continua atualização da tecnologia. “Os investimentos são o motor do desenvolvimento. Neste e noutros setores temos que prestar atenção permanente à performance técnica, ambiental e produtiva dos equipamentos e processos”, refere Joaquim Inacio. Nos últimos três anos, a Curtumes Fonte Velha investiu cerca de 600 mil euros exclusivamente na área ambiental . “O Orçamento de investimentos para o ano que agora se inicia, num valor de cerca de 750 mil euros, inclui cerca de 200 mil com a mesma finalidade - a otimização do desempenho ambiental. Todos os investimentos que projeta-
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mos são avaliados à luz de critérios de rentabilidade económica, sem recurso a “fundos perdidos”. Consideramos o apoio do Estado como um incentivo e não como condição de sucesso dos investimentos. Executámos um projeto com apoio QREN e aguardamos avaliação de outro pelo Portugal 2020. Mais uma vez, a eventual resposta favorável do Estado, não será condição sine qua non de realização, antes um incentivo do Estado à atividade económica. Empresas como esta e outras não se evaporam e desaparecem após receberem os tais “fundos perdidos”, algumas vezes de milhões de euros, como casos que todos conhecemos. “Estamos, também, a trabalhar nas questões da eficiência e racionalização energética, com o recurso às energias renováveis e a outras metodologias. Existe um dossier em elaboração para avançarmos nessa área”, adianta. COUROS DE ALTA QUALIDADE E ECO-FRIENDLY “Nos últimos anos, tem havido
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um enorme enfoque nas questões ambientais”, declara Joaquim Inácio, salientando que “hoje a preservação do ambiente, a economia circular, a reutilização de recursos, e a eficiência energética, constituem tema central da sobrevivência humana, numa Terra com meios finitos. Trata-se, hoje, de produzir mais e melhor com menor consumo de meios e recursos.” “A pressão da sociedade, induziu um enorme esforço de investimento na vertente ambiental que se leva a cabo com pesquisas das próprias empresas de curtumes, de empresas especializadas na área e por entidades do mundo científi co - Universidades e Centros Tecnológicos. O empenhamento do sector é permanente nesta área”, afirma. “Com o objetivo de oferecer um couro de alta qualidade, a nossa empresa sempre utilizou as melhores matérias-primas e operando o curtume a vegetal, processo tradicional com extratos naturais de origem vegetal. Não há recurso à utilização de metais pesados
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e de outros poluentes, sendo os curtidos a vegetal biodegradáveis e reintegráveis na natureza, justificando o rótulo Eco-Friendly”, afirma Joaquim Inácio, administrador da empresa. Devido às suas características únicas, o couro de curtimenta vegetal, teve ao longo dos tempos , um amplo leque de aplicações, logo na protecção do homem primitivo contra a adversidade do clima,até às aplicações actuais em artigos de alta qualidade, para selaria, correaria, marroquinaria e acessórios, calçado, mobiliário, objectos de adorno e utilidade diária,entre outros e que todos conhecemos. O uso da curtimenta vegetal, na total ausência de metais pesados, resulta em importantes vantagens ambientais, com um impacto significativamente menor nos efluentes líquidos e resíduos. Oferece a possibilidade de reutilização dos resíduos sólidos na produção de por exemplo, cosméticos e fertilizantes. Os acabamentos naturais de base aquosa, sem solventes ,reforçam a beleza natural e o ‘calor’ transmitido por um verdadeiro ‘curtume a vegetal’. ALCANENA, A CAPITAL DA PELE Desde há muito que Alcanena é a região que concentra o maior número de fábricas de curtumes do país, produzindo peles para as mais diversas finalidades, embora a maior parte da produção se destine à indústria de calçado. As primeiras fábricas de curtumes
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em Alcanena datam do século XVIII, competimos no mercado global de alta embora a atividade se tenha desenvolgama temos de ter uma alta qualidavido de forma artesanal desde o període”, refere Joaquim Inácio. do da ocupação árabe, que estará na origem, diz-se, do topónimo Alcanena. CURTUMES FONTE VELHA EXPORTA Nos anos da 2.ª guerra e pós guerra 90% DA PRODUÇÃO e décadas de 50 e 60 do século XX laboA maior parte da produção da fábrica ravam em Alcanena e concelho largas de Curtumes Fonte Velha são peles desdezenas de ‘fábricas’, a maioria de tinadas ao fabrico de selas e artigos de dimensão artesanal. Hoje, este número equitação. “Fornecemos os couros aos está largamente redumaiores fabricantes zido, tendo aumentamundiais de selas e A especialização do a dimensão média artigos de equitação”, obrigou ao e especialização das afirma o administraempresas ,numa tendor dos Curtumes aprimoramento dência comum a muiFonte Velha. “Cerca da qualidade tos outros sectores de de 90 dos 100 mais dos curtumes de atividade. “Uma única qualificados cavaleifábrica produz mais ros do mundo desporAlcanena que hoje do que 30 ou 40 tivo usam selas e artihoje competem no pequenas fábricas há gos fabricados com mercado global, 50 anos”, afirma. os nossos couros”, Por outro lado, as adianta. Joaquim Inávalendo-se da sua exigências do mercacio salienta que 90% alta qualidade. do são muito maioda produção dos Curr e s h o j e . “A s p e l e s tumes Fonte Velha é de Alcanena competem em termos de destinada a exportação, principalmente qualidade a nível mundial. Reflexo para os fabricantes de selas e artigos de dos tempos, hoje já não se fazem solas equitação em França, Alemanha, Espaem Alcanena que no passado eram exnha e também para os Estados Unidos -libris da terra. Existia, mesmo, uma da América. qualidade de sola denominada Sola “Hoje para sermos competitivos no Verde Tipo Alcanena, conhecida por mundo global só o podemos fazer por todo país. A especialização ,o progresvia de grande produção ou por qualidaso e o mercado levaram a outro e mais de superior. É este o nosso caso, como vasto leque de aplicações.” PME que luta pelos lugares cimeiros “A especialização obrigou ao apridum mercado muitíssimo exigente”, moramento da qualidade e quando conclui.
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www.nersant.pt
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