Revista Ribatejo Invest / julho 2016

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Julho 2016 | N.º 10

Startup Santarém vai ampliar instalações CIES - Startup Santarém já acolhe 17 empresas

+ Vale Empreendedorismo irá abrir com novidades

Internacionalização

Concurso aberto

NERSANT Business 2016 está a aceitar inscrições das empresas nacionais

Eficiência energética na indústria

Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca “Investimos nas pessoas”

Digidelta distinguida na Bolsa de Londres

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ÍNDICE

06 Julho 2016 | N.º 10

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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Notícias das empresas Fórum Empresarial Portugal 2020 Empresas: Farmácia Costa Empresas: Resitejo Notícias Poder local Entrevista a Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca

INFORMAÇÃO E APOIO 22 23

Portugal 2020 Aviso 19: Eficiência Energética na Indústria

VIVER O TEJO 24

Rota dos Vinhos do Tejo

INFORMAÇÃO E APOIO 34

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A sustentabilidade no consumo e a inovação na certificação Lei 62/2012: Terras sem dono conhecido passam a ser geridas pelo Estado Servidores Linux Avaliação de riscos

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 34 36 38

Novos espaços para empreendedores vão ser criados na Startup Santarém Notícias Empresas: Trim NW

INTERNACIONALIZAÇÃO

38 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt

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Empresas: Digidelta NERSANT Business 2016 Notícias

Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade: Mensal Tiragem: 250 exemplares

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL NOBRE ESTÁ A CONTRATAR

Editorial

Ribatejo Invest

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empreendedorismo continua a ser um dos temas centrais da Revista Ribatejo Invest. Por isso, destacamos naturalmente o reforço da parceria entre a NERSANT e a Câmara Municipal de Santarém e que permitirá ampliar a Startup Santarém para uma nova ala, disponibilizando 12 novos espaços para empresas. Felizmente, no que diz respeito ao empreendedorismo e ao desenvolvimento regional, todos os meses temos novas histórias para contar que ilustram a determinação dos empresários ribatejanos. A Resitejo, uma das empresas âncora do Eco Parque do Relvão, e um dos motores da economia regional, é um dos bons exemplos que temos na região. É a principal empregadora do concelho da Chamusca, com 226 colaboradores e tem um projeto de investimento de 22 milhões de euros para os próximos 3 anos. Finalmente, foram anunciadas pelo governo 64 medidas para melhorar as condições de financiamento para as micro empresas e PME’S. Foram também lançados dois instrumentos financeiros de capitalização e financiamento das PME - a Linha de Crédito com Garantia Mútua e a Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível - com os quais o Governo pretende trazer 1.100 milhões de euros para a economia no 3.º trimestre deste ano. São medidas muito aguardadas, que esperamos ver muito rapidamente no terreno, dadas as enormes dificuldades financeiras por que passam muitas empresas, algumas economicamente viáveis e com carteira de encomendas. Num verão quente e marcado por uma acentuada instabilidade política e económica dentro e fora da Europa, com a banca portuguesa a passar por momentos de grande indefinição e com a ameaça de suspensão de fundos comunitários a Portugal, esperamos que as próximas semanas nos tragam boas notícias e a estabilidade que as nossas empresas tanto necessitam.

Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT

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A Nobre Alimentação, ão, empresa de Rio Maior aior pertencente ao Campofrio Food Group, líder no mercado alimentar de produtos de grande consumo, está neste momento a contratar um técnico administrativo. O novo colaborador terá como principal missão e responsabilidade executar e acompanhar os processos de encomendas, devoluções e faturação, garantindo o cumprimento das linhas de orientação internas, bem como o arquivo e manutenção de toda a documentação resultante e necessária para as operações de expedição e registo interno. A Nobre procura candidatos com formação ao nível do Ensino Secundário (preferencial), conhecimento e / ou experiência em funções administrativas gerais, com espírito de equipa, integridade e vontade de aprender, com elevado sentido de organização pessoal, com boa capacidade de relacionamento interpessoal, com capacidade de adaptação e aprendizagem rápida com autonomia e ainda com disponibilidade e flexibilidade para trabalhar por turnos.

O MIRANTE É PME LÍDER… Pela quarta vez, a empresa detentora do jornal O Mirante, é PME Líder, selo de reputação de empresas criado pelo IAPMEI para distinguir o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores, sendo atribuído em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto de bancos parceiros, tendo por base as melhores notaçõess de rating e indicadores económicos. Neste caso, o banco proponente foi o BPI. A atribuição desta distinção representa o reconhecimento perante o mercado e principais parceiros, da solidez e notoriedade da empresa proprietária do jornal e evidencia a competência na gestão e capacidade de execução de uma estratégia de crescimento sustentado, suportadas em sólidos indicadores económicos e financeiros. O estatuto PME Líder permite às Pequenas e Médias Empresas que o recebem beneficiar, entre outros, de condições mais favoráveis nas linhas de crédito protocoladas pelo Ministério da Economia.

… E A EMPRESA RAPOSO, LDA. TAMBÉM Da mesma forma que o Mirante, também a empresa Raposo Lda., de Almeirim, foi agraciada com a distinção PME Líder. De acordo coma empresa, “este é um reconhecimento público de uma entidade nacional independente do sucesso da nossa estratégia empresarial com desempenhos superiores e relevando o nosso contributo para a economia nacional.” A empresa de Almeirim é especializada na aplicação de revestimentos, quer sejam em pavimentos, paredes e tetos.

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COMTEMP MOSTRA VINAGRES A Comtemp – Companhia dos Temperos, Lda., situada no Entroncamento, realizou no

dia 24 de junho na Viniportugal, no Terreiro do Paço em Lisboa, a sua primeira prova de vinagres de vinho. Para o efeito, a empresa contou com a colaboração da Escola Gustave Eiffel do Entroncamento, que preparou as pequenas iguarias condimentadas com os vinagres da Comtemp apresentadas na prova. De referir que, para além da produção de diversas marcas de vinagres, a empresa do Entroncamento produz ainda molhos e condimentos, vinhos frisantes e espumantes e outros produtos alimentares.

MITSUBISHI FUSO REÚNE COLABORADORES EM CONVÍVIO PISCATÓRIO A Mitsubishi Fuso Truck Europe, situada no Tramagal, levou a efeito a 24ª edição do seu convívio piscatório, em Avis. A atividade é já uma tradição na empresa e destina-se a colaboradores e reformados, tenho tido a adesão de cerca de 110 participantes. O Convívio encerrou com a entrega de prémios aos primeiros classificados e lembranças a todas as equipas. Em paralelo, e para os colaboradores não pescadores, foi proporcionada uma visita guiada ao centro histórico da vila de Avis. Seguindo a sua estratégia de Responsabilidade Social, todas as

lembranças foram produzidas em exclusivo para o evento pelo Centro de Reabilitação e Integração Torrejano (Torres Novas). Quanto à classificação, a equipa Rui Matos / Ricardo Dias ficou em 1.º lugar (7,050kg pescados), a equipa Humberto Emídio / Manuel Oliveira, em 2.º e Carlos Coelho / Sérgio Nunes, em 3.º, com 4.660kg e 4.340kg pescados, respetivamente. A única equipa feminina concorrente, composta por Natividade Sousa e Lília Custódio, pescou no total 2.270kg de peixe. O maior exemplar pescado foi capturado pela equipa Carlos Coelho / Sérgio Nunes, com 2.570kg.

RAÇÕES ZÊZERE É EMPRESA APLAUSO 2016 A Rações Zêzere, empresa sediada em Ferreira do Zêzere, acaba de ser distinguida pelo Millennium BCP, Empresa Aplauso 2016. Trata-se de um programa do banco que tem como objetivo distinguir as empresas e os empresários que contribuem ativamente para o desenvolvimento da economia nacional e que se destacam pelo seu desempenho económico, solidez financeira e envolvimento com o Banco. A Rações Zêzere é uma empresa certificada desde 1998, sendo, atualmente, certificada pela norma NP EN ISO 9001:2008, pela norma NP EN ISO 22000 de Segurança Alimentar, e pela norma NP EN ISO 14001 de Responsabilidade Ambiental.

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COMISSÁRIO EUROPEU DA AGRICULTURA VISITA PLATAFORMA LOGÍSTICA DA AGROMAIS EM ERVIDEL A Agromais recebeu em junho, o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos e o Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, na plataforma logística de concentração e expedição de hortícolas, em Ervidel. Este investimento insere-se numa lógica de expansão da Agromais para a região do Alqueva. A unidade visitada, em fase de conclusão, irá estar operacional para a presente campanha agrícola e permitirá obter melhorias significativas da qualidade dos produtos hortícolas da região e uma importante redução dos custos logísticos. Esta unidade contribuirá para a promoção da produção hortícola na região do Alqueva, aumentando o interesse por parte dos produtores e potenciando o aumento de área e de produção. Neste evento marcaram presença várias figuras ilustres da região e do setor agrícola.

JÁ ABRIU A LOJA DO QUINTAL NO PORTO ALTO

Os seus investimentos mais significativos foram centrados na qualidade, segurança alimentar e tecnologia inovadora nas suas duas unidades fabris, capazes de darem uma resposta eficaz a um stock de cerca de 200 referências diferentes, com vista a uma melhor interação com clientes e fornecedores.

A tecnipec junta à Loja do Quintal já em funcionamento em Montalvo (Constância), junto à sua fábrica de rações, uma nova Loja do Quintal, localizada no Porto Alto. A nova Loja do Quintal, localizada na Avenida das Nações Unidas, 37 - R/C Esq., é um estabelecimento comercial que disponibiliza inúmeros produtos relacionados com agricultura, pecuária e jardinagem. A nova Loja do Quintal no Porto Alto comercializa, entre outros, rações, pet foods, animais, misturas de cereais, produtos hortícolas, sementes, adubos, acessórios agrícolas e utensílios de jardinagem. O horário de funcionamento da nova Loja do Quintal no Porto Alto é, de 2.ª a sábado, entre as 9h e as 20h.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Fórum Empresarial Portugal 2020

É necessária celeridade nos pagamentos às empresas O tecido empresarial da região de Santarém compareceu na NERSANT em Torres Novas com o objetivo de se esclarecer sobre o Portugal 2020. Na sessão, iniciativa do Millennium BCP e da associação empresarial ribatejana, a Presidente da NERSANT referiu que a banca deve responder às solicitações de financiamento das empresas e apelou ao IAPMEI celeridade nos pagamentos dos fundos comunitários em atraso. O Millennium BCP e a NERSANT uniram-se na organização do Fórum Empresarial Portugal 2020, que decorreu no dia 20 de junho, em Torres Novas. A sessão de trabalhos foi iniciada por Miguel Magalhães Duarte, Secretário Geral do Millennium BCP, que acolheu os visitantes e colocou o banco que representa à disposição das empresas do Ribatejo. Na sessão de abertura, falou ainda a Presidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, que se dirigiu essencialmente à banca e ao IAPMEI. “Temos hoje em dia um problema de capitalização nas PME que precisamos resolver com urgência. Neste sentido, e

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para que se possam efetuar os investimentos necessários ao crescimento económico da nossa região e do nosso país, é necessário que a banca esteja ao lado das empresas”, proferiu Maria Salomé Rafael, referindo-se às dificuldades de financiamento bancário com que muitas empresas se debatem hoje em dia. No seu discurso, a dirigente da NERSANT conferiu importância ao Portugal 2020, tendo referido que no início do quadro comunitário a associação percorreu todos os concelhos do distrito de Santarém para dar a conhecer os fundos, suas características e modo de candidatura. Ainda relativamente ao Portugal 2020, e aproveitando a presença do Presidente do IAPMEI nesta sessão, a Presidente da Direção da NERSANT fez um apelo à resolução dos “pagamentos em atraso” e que estão a condicionar a atividade económica. Salomé Rafael falou ainda com desagrado do número de reprovações de candidaturas. Miguel Campos Cruz, Presidente do IAPMEI, respondeu logo de seguida. Justificou

os atrasos com o facto de “as candidaturas rececionadas este ano serem equivalentes a três anos de candidaturas do QREN, motivo que levou efetivamente a alguns atrasos. E se o número de candidaturas triplicou, o número de reprovações naturalmente também”, disse. Quanto aos pagamentos em atraso, Miguel Campos Cruz descansou as empresas. “Nos próximos 15 dias, estamos em condições de efetuar grande parte dos pagamentos às empresas”. Os instrumentos de apoio às empresas foram explicados pela Coordenadora de Desenvolvimento Empresarial do Centro do IAPMEI, Osória Veiga Miranda. Quanto às soluções financeiras para apoio ao financiamento de projetos, foram dadas a conhecer por J. Gonçalo Regalado, da Direção de Marketing de Empresas do Millennium BCP. Foram ainda apresentados casos de empresas com experiência no Portugal 2020, nomeadamente a VetLima, Sociedade de Distribuição de Produtos Agro Pecuários, a Ramos & Ramos – Importação Exportação, a Galmax, Comércio Serviços, e a Derovo.

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Farmácia Costa há 38 anos em Foros de Salvaterra Há 38 anos que a Farmácia Costa abriu as suas portas na pequena localidade dos Foros de Salvaterra. Otelinda Costa, a empresária e diretora técnica da farmácia, recorda o momento em que decidiu abrir uma farmácia nos Foros, onde na altura não havia água canalizada nem eletricidade. Tempos distantes em que “se recorria a um frigorífico a petróleo e à noite se ligava o camping gás no teto”, lembra. Nessa altura, “não havia médico, veterinário, enfermeiro e o farmacêutico aqui era tudo, as pessoas estavam muito sozinhas”. Quase quatro décadas volvidas, a Farmácia Costa, onde hoje já trabalham sete pessoas, continua a desempenhar um papel central na vida desta comunidade. Numa população marcadamente rural e cada vez mais envelhecida, a farmácia é como um ponto de encontro onde recorrem muitos idosos, à procura de conselhos médicos e não só: “até para lhes lermos a correspondência, porque muitos não sabem ler. Sabem que podem confiar e nós procuramos retribuir essa confiança. Estamos a funcionar 24 horas por dia e mesmo que a porta esteja fechada, as pessoas ligam-nos a qualquer hora para pedir conselhos sobre sintomas e a medicação que devem fazer”, conta a empresária. Outra curiosidade é o facto de a farmácia não ter um sistema de

senhas, apesar de estar sempre cheia de clientes. Otelinda Costa explica o motivo: “cada cliente aqui prefere ser atendido por determinado farmacêutico ou por um dos nossos técnicos, com quem se sentem mais à vontade e por isso achámos que não valia a pena usar senhas”. A empresária reconhece que os últimos três anos foram muito difíceis mas sente que as pessoas estão “um pouco mais animadas” e mostra-se otimista quando às medidas que estão a ser trabalhadas pelo ministério da saúde para apoiar as farmácias.

Defensora do espírito associativo, há vinte anos que a Farmácia Costa se tornou associada da NERSANT. “Não tenho usufruído de tudo o que a NERSANT disponibiliza aos seus associados, devido ao meu setor de atividade ser muito específico, mas tenho muito orgulho em fazer parte desta associação”, refere. Sempre que posso participo nas iniciativas e seminários que são organizados, já recorri à formação e ao apoio jurídico, e acredito que devemos apoiar estas estruturas, que ajudam tanto as nossas empresas e os jovens que querem começar o seu próprio negócio”.

…e encanta ingleses com o seu WC lisboeta

Renova celebra ícones do design português… A Renova apresentou recentemente em todos os mercados onde opera uma nova coleção de produtos, a gama Renova Design Pop, que pretende recuperar a história popular reinventando ícones tipicamente portugueses, repletos de cor e tradição. A Renova Design Pop procura invocar alguns dos elementos incontornáveis da cultura popular portuguesa, como os bordados de Viana, os lencinhos dos namorados, o elétrico 28 lisboeta, as sardinhas dos Santos Populares e o icónico azulejo pavimento em mosaico hidráulico, numa viagem de norte a sul do país. A gama Renova Design Pop está disponível em guardanapos, lenços de bolso e faciais. As cores vivas e as decorações exclusivas desta vibrante coleção da Renova, prometem levar toda a alma dos bairros e vielas com um toque cosmopolita, distinto e de design nacional a qualquer casa.

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Os leitores do jornal britânico The Guardian elegeram recentemente os melhores locais da cidade de Lisboa a visitar. O WC da Renova instalado em Lisboa foi um dos locais referidos pelos leitores, que consideram que o espaço proporciona uma experiência única, reinventando o conceito de casa de banho pública, transformada numa experiência sensorial. Situada em Lisboa, no Terreiro do Paço, The Sexiest WC on Earth by Renova já ultrapassou os 250.000 utilizadores, afirmando-se como um espaço de assinatura de arte e design que funciona, simultaneamente, como casa de banho pública, galeria para intervenções artísticas e gift shop onde é possível adquirir produtos ímpares da marca. O espaço Renova é ainda palco para exposições artísticas temporárias e oferece áreas dinâ-

micas de venda de objetos como jóias ou livros de arte. É revestida com mais de 5 mil peças de madeira diferentes, onde os visitantes podem lavar as mãos numa instalação vanguardista e, até, escolher livremente um entre mais de 300 rolos de papel higiénico. De referir que a Renova é uma empresa dedicada ao fabrico de produtos feitos de papel, tais como papel de cozinha, papel higiénico, toalhetes húmidos ou lenços de papel. Situa-se no Ribatejo, no concelho de Torres Novas.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Resitejo investe 22 milhões de euros até 2020 Foi a constituição da Resitejo em 1996 e a instalação do seu aterro na freguesia da Carregueira, que deu mote à criação do Eco Parque do Relvão, infraestrutura única no país na recolha e aproveitamento de resíduos. 20 anos depois, a Resitejo é o principal empregador do concelho da Chamusca e prevê continuar a investir neste território. Neste momento, a associação tem candidatados 22 de milhões de euros aos fundos comunitários

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propósito da celebração do seu 20.º aniversário, a Ribatejo Invest foi conhecer a Resitejo - Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, que nasceu em agosto de 1996 com o objetivo de erradicar as lixeiras municiais existentes à data no Ribatejo e um pouco por todo o país. Com uma área de 10 concelhos – Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha – a associação inaugurou em 1999 as suas primeiras infraestruturas: o aterro sanitário, 7 unidades de transferência e 7 ecocentros, o que alavancou a criação

Só a Resitejo representa para as freguesias de Carregueira, Pinheiro Grande e Chamusca, uma entrega de meios financeiros na ordem dos 300 mil euros todos os meses. Diretos!” 8

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Maria Salomé Rafael, Presidente da NERSANT, com Dimantino Duarte

do Eco Parque do Relvão, infraestrutura única no país na recolha e aproveitamento de resíduos, onde estão instaladas hoje dezenas de empresas desta fileira. Passados 20 anos, o que é facto é que a Resitejo tem manifestado um crescimento impressionante. “Passámos de 20 para 260 colaboradores”, disse-nos Diamantino Duarte, administrador da associação. Situada na freguesia da Carregueira, concelho da Chamusca, a associação transformou-se no maior empregador do concelho. “Só a Resitejo representa para as freguesias de Carregueira, Pinheiro Grande e Chamus-

ca, uma entrega de meios financeiros na ordem dos 300 mil euros todos os meses. Diretos!”, revelou, orgulhoso, o responsável. A razão deste crescimento, contou à Ribatejo Invest, prende-se com “o modo empresarial” com que esta associação é gerida. Para além da recolha junto dos 10 concelhos que compõe a associação, de onde retiram 80.000 toneladas de resíduos indiferenciados por ano e cerca de 10.000 toneladas de resíduos da recolha seletiva, a Resitejo trabalha com clientes que lhe garantem a rentabilidade necessária ao crescimento da empresa. “A Resitejo é geri-

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O nosso crescimento tem sido feito de forma consolidada, o que significa que só iniciamos novas fases de investimento quando a anterior está finalizada.” da de forma empresarial, ou seja, prestamos serviços a uma série de entidades que não têm estes equipamentos. No total, e devido à prestação deste tipo de serviços, tratamos cerca de 150.000 toneladas de resíduos urbanos e 18.000 toneladas de resíduos da recolha seletiva”, fez saber Diamantino Duarte. Para além disso, referiu, “o nosso crescimento tem sido feito de forma consolidada, o que significa que só iniciamos novas fases de investimento quando a anterior está finalizada”. E foi sempre assim, contou. “Após a conclusão do 1.º grande investimento da associação, que foi exatamente a construção do aterro, ecocentros e centros de transferência dos 10 municípios que compõem a Resitejo, seguimos para a segunda fase de investimento, que foi o avanço para a recolha seletiva, onde fomos também crescendo ao longo dos tempos. Inicialmente foram distribuídos ecopontos num rácio de 1 para 450 habitantes e hoje em dia temos 1 ecoponto para 120 habitantes, um dos melhores rácios do país”, disse, acrescentando ainda que a fase de implementação e crescimento da recolha seletiva decorreu entre 2004 e 2009, data em que avançou para um novo projeto: a construção de uma unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) que possibilitasse a recuperação de muitos dos resíduos que as pessoas colocam ainda hoje no contentor verde. “Este foi um ciclo terminado em 2014, com a inauguração desta unidade”, contou Diamantino Duarte à Ribatejo Invest.

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Escusado será dizer que desde 2014, a empresa tem novos projetos na calha. Nos próximos 3 anos, a Associação vai investir 22 milhões de euros em novas tecnologias, com as quais pretende aumentar a eficiência na recuperação de materiais destinados à indústria recicladora. Destes investimentos destaca-se o aumento da capacidade instalada na unidade de triagem de resíduos provenientes da recolha seletiva, aquisição de novas viaturas para a recolha e a aquisição de novos ecopontos. Por outro lado, serão ainda efetuados investimentos na TMB, que será ampliada, com duas finalidades: melhorar a qualidade e a quantidade dos materiais obtidos na mesma com destaque para a recuperação do vidro e do plástico e construir uma unidade para a produção de energia térmica para auto consumo, que possibilitará a obtenção de vapor com o qual será possível melhorar a qualidade dos combustíveis (CDR) destinados ao consumo das cimenteiras e ainda produzir energia elétrica para auto consumo. O investimento previsto na unidade de TMB vai possibilitar ainda à Resitejo fechar o ciclo no tratamento dos resíduos urbanos, conforme previsto aquando da elaboração do projeto da TMB, o que se irá traduzir na obtenção da máxima oti-

mização da unidade através do máximo aproveitamento dos resíduos transformando-os em matéria-prima, com o mínimo de custos para os cidadãos dos concelhos servidos pela Resitejo. “Queremos fechar o ciclo. E fechar o ciclo é ter a certeza que todos os resíduos que cá chegam têm um encaminhamento que não o aterro. A nossa grande aposta é que dos resíduos que nos chegam, apenas 5% se destinem ao aterro”, fez saber o gestor da Resitejo, que referiu ainda que estes projetos estão candidatados aos fundos comunitários, num total de “22 milhões de euros”, sendo que 17 desses 22 milhões dizem respeito à criação de uma unidade de valorização energética. Projetos muito importantes para o concelho da Chamusca e que poderão resultar na criação de “mais 40 postos de trabalho até final de 2018”. Mas será que após “o ciclo fechado”, ainda existe espaço para crescimento? A resposta é sim. “Em qualquer indústria, existe sempre espaço para crescer. Atualmente a reciclagem e as questões ambientais estão constantemente em cima da mesa e têm merecido a atenção de investigadores e universidades. Na área dos resíduos, estamos sujeitos diariamente a novos desafios.” Desafios esses que, temos a certeza, a Resitejo saberá responder.

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Município de Santarém promove Workshop de Construção Sustentável O Município de Santarém, em parceria com o LNEG - Laboratório Nacional de Energia, promoveu no dia 15 de junho um Workshop de Construção Sustentável, para avaliação dos módulos e materiais de formação, direcionado para profissionais do setor da construção (carpinteiros, pintores, pedreiros, técnicos de obra, etc.), tendo assim, oportunidade de dar o seu contributo para a melhoria destes conteúdos. Tendo em consideração que a Construção Sustentável é um tema priorizado pela União Europeia desde 2004, o projeto FORMAR surge numa iniciativa conjunta de três países europeus (Portugal, Espanha e França), com o objetivo principal de desenvolver de Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) para a Construção Sustentável, com o propósito de desenvolver seis unidades de formação profissional, certificada e com reconhecida qualificação em todos os Estados-membro da União Europeia, com vista a melhorar

as competências em matéria de sustentabilidade dos trabalhadores do setor da construção, manutenção e reabilitação de edifícios, incluindo conceitos básicos em construção sustentável e explicando o percurso para se cumprir o Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de agosto, que define que a partir de 2018 os edifícios novos de entidades públicas sejam nZEB, ou seja, edifícios com necessidades quase nulas de energia, o qual passará a constituir o padrão para a nova construção a partir de 2020.

Direção Regional de Agricultura e Pescas na Loja do Cidadão do Sardoal A Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT) encontra-se agora presente na Loja do Cidadão do Sardoal. Esta presença, que ocorre todas as segundas-feiras de manhã, visa uma maior aproximação aos agricultores da região ao nível do atendimento, nomeadamente, Identificação do Beneficiário; Parcelário, Gasóleo Colorido e Marcado e Regime de Exercício da Atividade Pecuária (REAP). A par disso, encontra-se também disponível a prestação de informações sobre apoio ao investimento e ajudas comunitárias PDR 2020, licenciamentos ou apoio à produção agrícola. Refira-se que esta iniciativa resultou de um protocolo celebrado entre este Município e a Agência para a Modernização Administrativa.

Santarém vence prémio Município do Ano Portugal 2016 O município de Santarém foi galardoado com o prémio “Município do Ano Portugal 2016” na categoria Região Alentejo, com o projeto Reabilitar Troço-a-Troço, numa iniciativa criada pela UM Cidades com o objetivo de reconhecer as boas práticas dos municípios portugueses. A gala de entrega dos prémios decorreu no Forte do Beliche, em Sagres, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo, Adelino Soares, do reitor da Universidade do Minho, António Cunha, e do presidente do júri e professor da Universidade do Minho, Paulo Cruz, que referiu que esta iniciativa “pretende reconhecer e premiar as boas práticas em projetos implementados pelos municípios com impactos assinaláveis no território, na economia e na sociedade, que promovam o crescimento, a inclusão e/ou a sustentabilidade”. Este ano foram apresentadas 93 candidaturas em diferentes categorias, das quais foram selecionados 36 projetos, 4 por categoria. Santarém concorreu na categoria – Região Alentejo com três municípios: Avis, Elvas e Ponte de Sôr. As candidatu-

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ras foram apreciadas e selecionadas por um júri nacional, constituído por nove personalidades independentes e provenientes de diferentes áreas de atuação, avaliando sete parâmetros: impacto no território; impacto na economia; impacto na sociedade; inovação e originalidade; resultados obtidos; potencial de replicação do projeto; relação entre os benefí-

cios gerados e os custos do projeto. Com a atribuição deste prémio o Município de Santarém vê reconhecida a sua aposta numa governança eficiente e inovadora na gestão dos Recursos Hídricos, comprometida com a promoção de fatores de competitividade associados ao Território, assente num modelo pioneiro com o envolvimento dos atores chave.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Município de Coruche “Campeão das Zonas Áridas em Portugal 2016 – Eu sou parte da solução” No âmbito de uma candidatura apresentada ao projeto Dryland Champions Certificate, o município de Coruche foi galardoado com o certificado de “Campeão das Zonas Áridas em Portugal 2016”, pelo seu empenho no combate à desertificação e à seca, através do projeto “Incêndios e Ordenamento Florestal em povoamentos de sobreiro na Herdade dos Concelhos”. O evento organizado pelo Núcleo Regional de Combate à Desertificação do Algarve (ICNF) coincidiu com as Comemorações Nacionais do Dia Mundial de Combate à Desertificação, assinaladas nos dias 16 e 17 de junho. O projeto candidatado ao certificado Dryland Champions, “Avaliação dos Efeitos do Fogo e da Gestão Florestal em Povoamentos de Sobreiros”, resulta de um protocolo celebrado entre o Município de Coruche, o Centro de Ecologia Aplicada Baeta Neves – Instituto Superior de Agronomia

(CEABN – ISA) e Associação de Produtores Florestais de Coruche (APFC). Decorre na Herdade dos Concelhos, pertença do Município de Coruche, e está em vigor desde outubro de 2013, após a ocorrência do incêndio florestal. Tem como objetivo a melhoria do conhecimento da ecologia do sobreiro, mais concretamente através do estudo dos efeitos do fogo e da gestão pós-fogo em povoamentos florestais desta espécie afetados por incêndios. Este estudo teve por base a monitorização de árvores na Herdade dos Concelhos, com vista à apresentação futura de recomendações sobre as melhores práticas de gestão de sobreiros em áreas ardidas. Para o efeito foi selecionada a área de estudo e definido o delineamento experimental. Georreferenciaram-se com recetor GPS os sobreiros selecionados e procedeu-se à sua monitorização anual, recolhendo-se diversos dados sobre as características de

cada árvore e da área envolvente. Pretende-se com este projeto dar contributos práticos e relevantes para a gestão sustentável das terras, promovendo e melhorando estas zonas áridas, em situação crítica, de pós-fogo, aplicando veemente o lema “Eu sou Parte da Solução”. De referir, que, antes da existência do projeto (e do incêndio florestal) a Herdade dos Concelhos, sempre foi uma região maioritariamente árida, com solos pobres, pouco ricos em água, onde é possível encontrar várias situações de erosão, que consequentemente levarão à desertificação. Para o efeito, têm sido aplicadas medidas de gestão florestal com vista à minimização e mitigação deste risco.

23.ª Feira Mostra do concelho de Mação Decorreu entre os dias 29 de junho e 3 de julho, a 23.ª Mostra do Concelho de Mação, que contou com a visita oficial do Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson de Souza, no dia 1. Para além da importante parceria com as associações concelhias, a Câmara Municipal contou com o apoio da Pinhal Maior, Instituto de Emprego e Formação Profissional e Turismo do Centro de Portugal para a realização dos cinco dias de festa em Mação. Esta feira teve como objetivos promover o concelho a nível regional e nacional, nas suas vertentes

culturais, económicas e sociais, divulgar as potencialidades do concelho a nível económico, destacar a importância da área agroalimentar, com espaço próprio, com a AmarMação, destacar a importância de tradições e profissões que, sem um peso efetivo, são uma força viva do concelho de Mação e fileiras importantes como apicultura, olivicultura, promover o artesanato concelhio, mostrar e oferecer aos visitantes a gastronomia do concelho, promover o potencial turístico, o património edificado e a própria história, promover a ação associativa do concelho e o seu papel a nível

cultural, recreativo e desportivo, distinguir os empresários e agentes económicos que têm, ano após ano, contribuído para a riqueza do concelho e ainda criar espaço para a divulgação e apoio ao trabalho desenvolvido pelas Instituições Sociais de Solidariedade Social do Concelho de Mação.

Inauguração da Remodelação da Rede de Coletores do Sistema de Saneamento de Alcanena Foi inaugurada no dia 17 de junho, na ETAR - Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena, a Remodelação da Rede de Coletores do Sistema de Saneamento de Alcanena, que contou com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins. A sessão de inauguração contou com as intervenções de José Saldanha Matos, representante da HIDRA – Hidráulica e Ambiente, que procedeu à apresentação do projeto efetuado, da Presidente da Câmara

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Municipal de Alcanena, Fernanda Asseiceira, e do Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, tendo ainda sido apresentado um filme com imagens das intervenções levadas a cabo no decurso da empreitada. Seguiu-se uma visita à ETAR para descerramento da placa de inauguração. Esta importante obra de remodelação de coletores/emissários existentes, constituídos por três principais sistemas de drenagem – Monsanto/ETAR, Vila Moreira/ ETAR e Gouxaria/ETAR -, tornou a rede

separativa, com construção de emissários domésticos e emissários de efluente industrial pré-tratado, e representa um investimento fundamental na sustentabilidade ambiental do concelho de Alcanena, eliminando um problema que persistia há décadas com uma rede de coletores muito degradada.

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Aprovada a terceira fase da revisão PDM de Tomar na reta final, 22 anos depois A Câmara Municipal de Tomar aprovou, na reunião de 20 de junho, as peças da terceira fase da revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), um momento decisivo de um processo que começou há 22 anos com a aprovação do PDM atualmente em vigor. Esta proposta do executivo foi apresentada à Comissão de Acompanhamento, constituída por representantes de cerca de vinte entidades e que agora irão dar os seus pareceres. Com base nestes pareceres, será depois feita a concertação que dará lugar à discussão pública do documento, a qual conduzirá posteriormente à versão a sujeitar ao parecer final da Comissão de Acompanhamento. A palavra final, antes da publicação, será ainda da Assembleia Municipal. A autarquia irá criar condições para que os munícipes possam acompanhar, num local físico específico, mas também na internet, a evolução deste processo, de modo a que o mesmo tenha um carácter realmente participativo, e não apenas na fase legalmente definida como de discussão pública.

Instrumento fundamental para o ordenamento do território, o PDM, muito mais do que indicar onde se pode ou não construir, é o documento que define rumos estratégicos para os próximos dez anos do concelho, nomeadamente em termos económicos, sendo por isso mesmo crucial a participação pública de todos os que vivem, trabalham e visitam Tomar. Objetivo prioritário deste executivo, o processo de revisão e conclusão do PDM de Tomar adequou-se à atual realidade do concelho e apresentou-se mais condizente com o também atual paradigma de desenvolvimento. Resulta de um longo trabalho de consensos internos e externos, que tornaram possível a sua aprovação.

LINHAS ESTRATÉGICAS DO PLANO Considerando-se a “coluna vertebral” das políticas que marcam o rumo estratégico de desenvolvimento dos próximos dez anos em todo o concelho de Tomar, destacam-se as seguintes linhas estratégicas: a eficaz gestão territorial da relação

Pelo segundo ano consecutivo Sinagoga de Tomar recebe Certificado de Excelência do TripAdvisor… Pelo segundo ano consecutivo, a Sinagoga de Tomar recebeu um Certificado de Excelência concedido pelo site de viagens TripAdvisor, um dos mais conceituados do mundo, com base na elevada e consistente pontuação atribuída àquele monumento pelos seus clientes. Raríssimo exemplar dos templos judaicos medievais, a Sinagoga de Tomar é a única dessa época integralmente conservada ainda existente em Portugal. Foi construída em meados do século XV propositadamente para a função religiosa, o que revela a disponibilidade financeira da comunidade judaica aqui residente e a sua prosperidade. A arquitetura do edifício, simples e com influências orientais (de planta quase quadrangular com abóbadas de arestas assentes em quatro colunas, capitéis decorados com motivos geométricos e vegetalistas e doze mísulas adossadas às paredes), está carregada de simbolismo. Escavações de 1985 mostraram estruturas de aquecimento de águas e talhas, comprovando a existência de sala para banhos purificadores. Além da função para que foi edificada,

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serviu também como escola, assembleia e tribunal da comunidade judaica tomarense. Foi encerrada em 1496, aquando do édito manuelino de expulsão dos Judeus, após o que foi convertida em prisão. No séc. XVII é referenciada como Ermida de S. Bartolomeu e no séc. XIX terá sido palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação. Em 1921 foi classificada como Monumento Nacional. Samuel Schwarz, judeu polaco investigador da Cultura Hebraica, salvou-a do estado caótico em que se encontrava, adquirindo-a em 1923 e doando-a, em 1939, ao Estado Português, para ali instalar o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto.

entre iniciativa privada e administração local; a ampliação do Parque Empresarial de Tomar conjugada com espaço de incubação de empresas vocacionadas para a investigação, desenvolvimento e inovação tecnológica; concretização definitiva do conceito de cidade alargada; proposta para que se repense o Plano das Avessadas; consolidação de aglomerados rurais potenciando áreas de reabilitação urbana; centralidade da relação entre a Várzea Grande e o Centro Histórico; consolidação do complexo templário, integrando Castelo Templário e Convento de Cristo, Mata dos Sete Montes e Aqueduto dos Pegões. A proposta deste executivo procura dar “uma resposta à necessidade de gestão do território com regras claras, objetivas, inteligíveis, mas ao mesmo tempo abertas, para que se não criem situações de irremediável desperdício de possíveis oportunidades que surjam futuramente.”

…e duas praias fluviais do concelho conquistam qualidade de ouro As praias fluviais de Alverangel (freguesia de S. Pedro) e Montes (freguesia de Olalhas) acabam de ser distinguidas pela Quercus com a classificação Qualidade de Ouro na listagem das Praias ou Águas Balneares 2016. Uma distinção que garante elevados padrões de qualidade na água da albufeira do Castelo do Bode que banha aqueles dois locais. Para receber esta classificação, a água balnear das praias tem de respeitar dois critérios: ter tido a classificação de excelente na qualidade da água nas cinco épocas balneares anteriores e em todas as análises realizadas, sem exceção, na última época balnear (2015) deverão ter sido apresentado resultados melhores que os valores definidos para o percentil 95 do anexo I da Diretiva relativa às águas balneares.

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ENTREVISTA

Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca

“Investimos nas pessoas” A Chamusca é um dos maiores concelhos do Ribatejo e o único do país a albergar uma infraestrutura de recolha e aproveitamento de resíduos e que se transformou no maior empregador do concelho. A par do Eco Parque do Relvão, a Ribatejo Invest descobriu outras potencialidades deste território e apurou a estratégia de desenvolvimento do Município, que aposta, e muito, na qualidade de vida da população. A Chamusca é um concelho muito extenso, com muitas diferenças sociais e económicas. Como consegue caracterizar este concelho e gerir um concelho tão díspar? Temos três atividades principais. A questão da setor da floresta e silvicultura, essencialmente no sul do concelho. Trabalhamos bem com as associações de desenvolvimento e associações de produtores florestais. O que o Município tem tentado fazer é gerir o nosso território consoante as suas características, e quando começamos a olhar para a nossa charneca, começamos a perceber que é um terreno que não é exatamente produtivo. Tirando o montado de sobro, o pinheiro bravo e manso, temos só outra espécie - a que dá mais rentabilidade - que é o eucalipto. Com o nosso plano de gestão florestal, juntamento com as associações, o que estamos a tentar fazer é gerir o território de forma a não haver massivamente a plantação do eucalipto. Queremos que haja sustentabilidade na exploração dos terrenos florestais e penso que estamos, devagar, a consegui-lo. Neste momento, em detrimento de explorações florestais, começamos já assistir a uma aposta consistente em explorações agropecuárias, vacarias e suiniculturas, principalmente, e que através do tratamento dos seus afluentes com desidratação, com espalhamento da terra e de matéria orgânica, já conseguiram começar a plantar milho, por exemplo, onde antes só havia eucalipto. As

Nos últimos 3 anos, houve investimento brutal no Eco Parque do Relvão.” 14

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Paulo Queimado, Presidente da Câmara Municipal da Chamusca

agropecuárias estão a dar outras características ao solo, estão em muitos dos casos a fazer grandes extensões de milho, que por sua vez já tem o seu próprio secador que entra na alimentação da agropecuária. Estão a gerar aquilo a que chamamos de “economia circular”, uma vez estas novas utilizações do solo permitem-lhes alimentar os animais. Por outro lado temos a lezíria. As Câmaras Municipais são agora as responsáveis pela gestão dos emparcelamentos e estamos neste momento a trabalhar os emparcelamentos desde o Arripiado até ao Pinheiro Grande. Já deram entrada no Município vários pedidos de emparcelamento por aquisição, portanto o processo está a ser gerido com pinças também. Não é fácil. Depois temos a questão industrial, temos as zonas industriais, que tem dois polos importantes: um em Ulme, com a fábrica das águas, e o Eco Parque do Relvão. Um dos grandes desafios que terá aqui

encontrado certamente é o Eco Parque do Relvão, o maior empregador do concelho da Chamusca… Devo dizer que encontrámos um Eco Parque do Relvão com problemas ao nível do ordenamento do território. Só agora conseguimos fazer a classificação de solos para urbano… O Eco Parque do Relvão é uma zona com grandes perspetivas de crescimento, mas com algumas condicionantes, como as questões ambientais e as acessibilidades por exemplo. Temos trabalhado no sentido de as resolver, com reuniões nos ministérios e secretarias de Estado, mas nem sempre os processos andam à velocidade que gostaríamos. Nos últimos 3 anos, houve investimento brutal no Eco Parque do Relvão: as duas incineradoras de resíduos hospitalares, a unidade da FINIRTEC onde está a ser transformado plástico em diesel bruto… entre outros. Temos recebido empresas que se pretendem instalar com estes projetos inovadores e temos feito a ponte com

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Não nos podemos esquecer que quando a Chamusca acolheu o Eco Parque do Relvão e os dois CIRVER aqui instalados, uma das promessas governamentais era termos o IC 3 e uma nova ponte, o que até agora ainda não se verificou. Sem infraestruturas, estamos completamente condicionados com o crescimento do Eco Parque. ” as empresas já instaladas para que possam ser feitas parcerias. Isto é um trabalho que o Presidente da Câmara está a fazer que não devia ser ele a fazer. É necessário que o Eco Parque do Relvão tenha uma gestão própria! É necessário alguém atento todos os dias ao que se vai passando, alguém com experiência neste setor e que possa identificar as simbioses que poderão existir entre as empresas instaladas. Cada vez temos de falar mais em cluster! O que acontece neste momento no Eco Parque do Relvão é que as empresas estão instaladas como se de uma zona industrial qualquer se tratasse. Temos que dar o salto, e para dar o salto é necessário alguém que consiga gerir estes processos. Saber e conhecer profundamente este setor, setor este que, reconhecemos, é complicado. Neste sentido, e respondendo à questão, encontrámos de facto um Eco Parque um pouco ao abandono. Mandámos, por isso, fazer um estudo dos desvios em relação ao projeto inicial do Eco Parque. O projeto inicial era muito ambicioso, onde havia uma entidade gestora do Eco Parque que fazia a classificação do solo, definia a mancha, classificava o solo, portanto, as empresas que necessitam de se instalar tinham só de tratar do licenciamento e isso nunca aconteceu. Era um Eco Parque que deveria ter tido zonas residenciais, áreas de estudos e desenvolvimento tecnológico, polos universitários… tinha centros de interpretação e até zonas de lazer. Estamos, portanto, a trabalhar em duas frentes: na caracterização da região e do país naquilo que tem a ver com a

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circulação de resíduos, e por outro lado, a fazer os desvios daquilo que está instalado e como está instalado. Em relação ao Eco Parque, vamos ter de constituir uma ZER, mas temos de ter algumas garantias também dos empresários que se querem instalar, porque uma questão são as intenções e outra é aquilo que está a ser feito. Não podemos estar a investir sem que haja intenções sérias de investimento privado no Eco Parque. Há um plano estratégico que pretendem implementar decorrente desse estudo? Sim. Já temos três primeiras fases do estudo. Foram feitas varias análises SWOT com as próprias empresas que estão instaladas, tendo o Município identificado alguns problemas, mas também muitas mais oportunidades. O nosso objetivo com este estudo é verificar realmente o que falta a este Eco Parque para que seja realmente um cluster ambiental. Não concordo com Pulido Valente quando ele diz que o Eco Parque do Relvão seria o primeiro cluster das economias circulares…. Não concordo que o Eco Parque seja um cluster só de economias circulares, porque ele tem realmente características de fim de linha, porque haverão sempre os aterros. No entanto, considero que o Eco Parque do Relvão é uma peça fundamental da interclusterização, paralelamente aos cluster da fileira da floresta, da agricultura e da indústria. Só com interclusterização se conseguem economias circulares! Enquanto não criarmos uma cadeia, as linhas de ligação entre estes diferentes clusters, não teremos interclusterização. Temos de os sentar todos à mesma mesa. A projeto inicial vai ser mantido ou vão

tomar outro caminho em relação ao Eco Parque do Relvão? O estudo aponta-nos já alguns caminhos mas ainda não temos todas as informações delineadas para tomarmos uma posição. Inicialmente a mancha que estava definida era de 1800 hectares para classificação de solo, neste momento temos 200 hectares classificados, e portanto, há aqui uma grande diferença. A ideia é quando tivermos este plano de desvios concluído, criarmos uma estratégia de crescimento do Eco Parque, definindo áreas distintas para cada tipologia de empresa, de maneira a que sejam potenciadas as simbioses entre as várias empresas instaladas. O que está a condicionar o crescimento do Eco Parque? Há vários fatores que estão a condicionar. O primeiro é esta questão do ordenamento do território. São processos que nunca são fáceis de gerir. Outra condicionante tem a ver com as acessibilidades. De acordo com a própria CCDR, o concelho já ultrapassou em muito aquilo que é o trânsito de pesados para o Eco Parque e que, por isso, nos vão indeferir qualquer pedido de alteração para construção de mais empresas nesta infraestrutura, porque não temos condições nos acessos. É certo que a Estrada Nacional 118 está completamente carregada de pesados, é certo que temos uma ponte da Chamusca com as condicionantes que todos conhecemos - não se cruzam dois camiões - e vêm-nos dizer que não temos condições para ter mais empresas? Não nos podemos esquecer que quando a Chamusca acolheu o Eco Parque do Relvão e os dois CIRVER aqui instalados, uma das promessas governamentais era

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ENTREVISTA termos o IC 3 e uma nova ponte, o que até agora ainda não se verificou. Sem infraestruturas, estamos completamente condicionados com o crescimento do Eco Parque. Por outro lado, e devido a estas condicionantes, estamos a colocar em risco as populações. Ninguém está livre que haja um acidente qualquer dia no meio de uma localidade. Embora o IC3 vá desviar trânsito das localidades e, logo, desviar alguns negócios destes pequenos centros, penso que a construção do IC3 permitiria ao Eco Parque do Relvão dar o salto que tanto necessita. Não podemos olhar para o IC3 como uma resposta à Chamusca, mas como uma resposta à região. Almeirim está bem servida de infraestruturas rodoviárias, assim como Torres Novas e Tomar. Mas fica um “buraco” no eixo Alpiarça – Chamusca – Golegã. E não me refiro só aos camiões com resíduos do Eco Parque. Falo também dos madeireiros e das empresas que trabalham a floresta, que de igual modo também precisam escoar os seus produtos. Falo da agricultura que precisa colocar rapidamente os seus produtos no mercado! Precisamos de ter aqui este eixo de circulação para o desenvolvimento da parte sul do distrito. Com o novo Governo já há abertura para que seja efetivamente dada “luz verde” à construção do IC3? Começa já a haver outro tipo de abertura, efetivamente. Com este Governo temos desbloqueado várias situações. Um dos grandes benefícios das mudanças governamentais é este vigor que se sente em inícios de mandato. As pessoas querem e sentem necessidade de fazer coisas. O Secretário de Estado do Ambiente, que conhece muito bem o projeto do Eco Parque, está a ser uma grande alavanca para resolver esta questão, assim como o vice presidente da CCDR. Mas não tem só a ver com o Governo. Tem também a ver com as pessoas que estão neste momento envolvidas com o Eco Parque,

Se o Eco Parque não estiver a funcionar e se os CIRVER não tiverem sustentabilidade, criase um problema grave para o país. ” 16

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que começaram finalmente a perceber que o Eco Parque não é só um problema da Chamusca. Toda a gente já conseguiu perceber que se o Eco Parque não estiver a funcionar e se os CIRVER não tiverem sustentabilidade, cria-se um problema grave para o país. Assumiu há pouco tempo o cargo de Presidente da Câmara. Para além do Eco Parque do Relvão, que outros desafios aqui encontrou? Muitos, de facto. Destaco a situação financeira do Município, nomeadamente a dívida a fornecedores. Detetámos que 90% dessas dívidas eram a fornecedores do concelho da Chamusca. A primeira medida foi, portanto, pagar aos fornecedores – no total de 2 milhões de euros – o que acabou por ser uma injeção de capital na economia do concelho. Por outro lado, a dívida a estes fornecedores fez com que muitas destas empresas tivessem, por sua vez, dívidas para com a Segurança Social e Finanças. Ora, segundo a Lei do Orçamento de Estado, não nos seria permitido trabalhar com estas empresas. Falámos com as empresas, saldou-se estas dívidas e começamos já a trabalhar com estes fornecedores. Encontrámos também um concelho com graves problemas ao nível das zonas industriais. Na da Chamusca, foi necessário deixar cair o regulamento da mesma e fazer a gestão da zona de atividades económicas pelo regulamento geral do PDM, porque o regulamento não permitia, por exemplo, que as edificações tivessem mais de 4,5m de altura. Em Ulme tivemos também de fazer uma restruturação da zona industrial e no Chouto temos algumas questões também por resolver. Neste momento estamos

a dar apoio também à criação da zona industrial da Parreira. E o problema do emprego? Decerto. Excetuando as associações florestais e de agricultores e o próprio Eco Parque do Relvão, estamos um pouco limitados no que diz respeito à resposta do emprego. E nesse sentido também estamos a desenvolver alguns projetos dentro do nosso plano estratégico, nomeadamente na área do empreendedorismo. Estamos a trabalhar com a NERSANT nesse sentido, estamos a incentivar empreendedores locais a criar o seu próprio posto de trabalho. Para isso, temos neste momento em fase de arranque alguns projetos, nomeadamente a requalificação do centro de empresas, que vamos transformar numa incubadora de empresas, a criação de um centro de artes no antigo centro regional de artesanato, onde vamos ter espaços para acolher artistas e artesãos, e vamos ainda promover a criação de uma fábrica criativa, espaço onde as pessoas possam estar e desenvolver ideias. Vamos fazer renascer o Mercado Municipal, mas num conceito mais vanguardista, não apenas conceito de mercado “físico”. E como é que estamos a operacionalizar isto? Com base na educação. Este ano nas escolas estamos a trabalhar o tema da reciclagem, no próximo ano trabalharemos o empreendedorismo, que se irá manter nos anos subsequentes. Queremos de facto que o empreendedorismo seja a base dos estudos. Estamos também já a abordar a expressão científica e artística, para que quando começarmos a trabalhar o empreendedorismo no próximo ano, os alunos já terem alguns conhecimentos nesta área. É um projeto que é muito ambicioso mas que tem um propósito muito claro.

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ENTREVISTA Falou do centro de empresas. Não está já a funcionar como uma incubadora? O centro de empresas não está a funcionar como incubadora. Serviu este propósito aquando da sua criação, com a instalação de diversas empresas, mas o que é certo é que as empresas foram ficando e passados todos estes anos continuam a estar ali instaladas. Queremos que o centro de empresas seja uma verdadeira incubadora, pelo que estamos a solicitar às empresas instaladas no centro que procurem instalações no centro da vila, para que possamos dar espaço a novas empresas que se querem instalar. Neste momento, temos já vários pedidos de empreendedores locais. Quantos espaços estão disponíveis? Terá 5 espaços. Mas também adquirimos um edifício ao lado do centro de artes, que também pode, e a ideia é essa se for necessário, ter um espaço para o acolhimento de empresas em open space. O objetivo é que os empreendedores possam chegar e ter o seu computador, com internet e ter alguém que secretarie. Esta manifestação de interesse tem partido de empreendedores do concelho? Sim, sim, são pedidos basicamente de empreendedores locais. Mas temos recebido também alguns contactos de empresas de fora do concelho já criadas que têm interesse em instalar-se na Chamusca. A Chamusca acaba por ter a zona industrial mais fraca do concelho, embora seja a sede… É um facto que algumas empresas têm fechado, mas é um facto também que temos sentido alguma revitalização no que diz respeito à procura de lotes para a instalação de empresas. Do que apareceu recentemente, destaco uma oficina de reparação de automóveis, uma

É um facto que algumas empresas têm fechado, mas é um facto também que temos sentido alguma revitalização no que diz respeito à procura de lotes para a instalação de empresas.” 18

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empresa de Tomar que abriu aqui uma delegação de produtos farmacêuticos e para a agricultura, a empresa Vertequip, que está em fase de crescimento neste momento… tivemos também um pedido para mais uma oficina na área de reparação de máquinas e viaturas médias e pesadas, tivemos também a sondagem de uma empresa para desmantelamento de equipamentos informáticos…. Temos vindo a ter alguns contactos. Grandes projetos empresariais, há…? Na indústria não; na agropecuária sim. Inclusivamente entrou recentemente no Município mais um projeto para a freguesia de Vale de Cavalos, para 6000 porcos. Principalmente na agropecuária temos tido um grande desenvolvimento. Têm algumas medidas diferentes de outros concelhos para atrair investimento? Temos um micro-orçamento de 9 milhões de euros de transferências de Estado e as receitas próprias não chegam aos 2 milhões. Não temos, por isso, isenção de derrama, mas temo-la pelo mínimo. Consideramos também que se as empresas têm alcatrão, iluminação pública, passeios, limpeza urbana e todas as infraestruturas necessárias ao desenvolvimento das suas atividades económicas, deve haver um contributo para a gestão autárquica. Em relação ao preço de terrenos nas zonas industriais, todos foram vendidos a preços simbólicos, abaixo de 1€ por m2. No entanto, na altura da venda destes terrenos não foi salvaguardada a reversibilidade dos terrenos para a Câmara Municipal em casos de não investimento. Temos especulação imobiliária, portanto! Terrenos de 1000m2 que na altura custaram 1000€ estão hoje à venda por 15

ou 20.000€! E há muitos terrenos que estão desocupados neste momento que têm este problema. Neste momento todos os negócios que estamos a fazer têm esta cláusula. Os compradores têm 2 anos para construir, nalguns casos 3 anos, a pedido expresso, com possibilidade de prorrogar por mais 1, mas não estando nada construído, o terreno reverte à Câmara Municipal exatamente pelo mesmo valor, para impedir esta especulação imobiliária que se tem verificado. Neste momento o Município precisa de um terreno na zona industrial da Chamusca e pedem-nos 40 ou 50.000€ por terrenos que na altura custaram 100 ou 150 contos…. Não nos podemos esquecer do potencial do rio Tejo… Pode ser um recurso económico? O Tejo foi uma luta minha durante muitos anos e realmente nunca consegui perceber porque estávamos de costas viradas para o rio. A verdade é que temos estado de costas viradas para o Tejo! Uma das áreas que temos estado a trabalhar é realmente o Tejo. No concelho temos algumas áreas de vocação turística. Uma delas é o Arripiado, área por excelência definida como área turística do concelho da Chamusca e que esteve envolvida no projeto Parque Almourol, com grandes perspetivas de crescimento. Constância e Vila Nova da Barquinha conseguiram este crescimento, mas o Arripiado não, e é efetivamente neste crescimento que estamos a trabalhar. O Arripiado tem três zonas de intervenção: o Miradouro do Almourol, o espaço verde e a zona ribeirinha. Temos aqui todas as condições possíveis e imagináveis para tratar bem o rio e temos um projeto que o vai permitir de uma vez por todas.

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ENTREVISTA

Este projeto divide-se em duas vertentes distintas: por um lado estamos a trabalhar na vertente de turismo acessível para pessoas com mobilidade reduzida; por outro lado estamos também a trabalhar naquilo que é a dinamização da zona verde e da própria zona ribeirinha. Como? Com a colocação de equipamentos na zona de contemplação, de manutenção, zona desportiva, parque infantil, parque para bebés, zona de restauração com esplanada, restruturação do parque de merendas com as lagoas, etc.. Vamos abandonar o atual cais e operacionalizar o cais de S. Marcos. E porquê? A ideia será realmente obrigar as pessoas a circular no Arripiado! Vamos colocar também uma estação de serviço para autocaravanas, o campo de jogos do Arripiado vai passar para esta zona, que passará também a ter um skate park. Estamos também em contacto com uma empresa que fabrica barcos para termos uma embarcação para pessoas com mobilidade reduzida. Temos também o centro BTT! Neste momento temos uma equipa a fazer a consolidação dos trilhos para BTT no Arripiado. Para que este esteja concluído, falta só requalificar a área da receção e a zona de estar, onde vai nascer também um mini bar. De resto já temos tudo pronto, desde as oficinas aos balneários, ficando apenas a faltar a homologação, que está já em processo. Para dar suporte ao centro BTT, que já trouxe centenas de praticantes ao Arripiado, temos de dar suporte com alojamento, pelo que vamos utilizar o edifício do alto do pina, o antigo centro de saúde e o jardim-de-infância antigo. A requalificação do Arripiado culmina com a ligação da aldeia ao Miradouro do Almourol em passadiços, projeto ambicioso cuja realização está prevista a médio prazo, mas que estamos em crer que será um enorme sucesso. Noutros pontos do concelho, vamos iniciar trabalhos na zona do circuito de manutenção instalado na zona ribeirinha

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do Pinheiro Grande e na Chamusca vamos efetuar obra de requalificação do Porto do Carvão. Por outro lado, em parceria com associações, estamos já a dinamizar o Porto das Mulheres com a realização de diversas atividades. Queremos ter programa de atividades para os meses de Verão. Queremos levar as pessoas ao rio. E o toiro? É também uma dos vossos desígnios para o desenvolvimento económico? Sim, nós temos estes três eixos: o rio, o toiro e o fado ribatejano. Tenho apostado bastante na questão da tauromaquia até porque esta representa também um contributo para a economia do concelho. Não nos podemos esquecer das ganadarias e coudelarias que existem no concelho. Não nos podemos esquecer que muitos dos cavalos negociados na Golegã são criados no concelho da Chamusca e a nível económico, logicamente, isso é muito importante. É um setor da economia que temos também que acarinhar. Por outro lado, temos também muita gente ligada à tauromaquia. E esta tradição que temos que valorizar traz muita gente ao nosso concelho. Temos apostado fortemente na tradição dos toiros. Esta é a estratégia do município para do desenvolvimento económico? Esta é uma ponta da estratégia. A nossa estratégia é muito mais do que isto! Quando entrámos para o Município, encontrámos uma Câmara Municipal sem qualquer plano estratégico de 2013 para a frente e tivemos de começar tudo do zero. Penso que o nosso maior desafio é mudar mentalidades. Temos de nos adaptar todos os dias àquilo que são as necessidades das pessoas. Este plano estratégico vai ao encontro das necessidades das pessoas, não da Chamusca mas do concelho todo. Nota-se realmente que este não é o tempo de fazer grandes obras, como aconteceu anteriormente, mas sim de fazer as

obras adaptadas às reais necessidades da população. Temos que dar respostas efetivas às pessoas. Quais são as vontades do executivo para os próximos 10 anos? As vontades do executivo têm de ser as vontades de toda a gente. Todas as ações que o Município está a levar a efeito culminam, de facto, num único objetivo: reverter a desertificação do interior. A verdade é que temos perdido 100 habitantes por ano nos últimos 30 anos… Como se consegue reverter uma situação destas? É muito difícil. A única maneira é criar estas condições para que as pessoas se fixem, é criar condições para desenvolvimento económico e para que as empresas possam realmente instalar-se no concelho, é criar postos de trabalho… é mantendo um sistema de ensino de qualidade, é fazer a força possível para termos serviços de saúde a funcionar neste território, é termos também uma justiça próxima…. Quando conseguimos ter serviços de qualidade no concelho, juntamente com oportunidades de emprego, as pessoas acabam por se fixar. Temos trabalhado nalgumas questões sociais importantes. Estou a falar na questão dos centros de dia, dos lares de idosos, com quem temos trabalhado imenso. Mas também em medidas que motivem a frequência de escolas do concelho, para que também as crianças ganhem gosto pela sua terra! Neste âmbito, aprovámos neste momento também as bolsas de mérito e as bolsas de estudo para os alunos que frequentem o secundário na Chamusca. Estamos também a oferecer os manuais escolares a todos os alunos do concelho que frequentem as nossas escolas! Preterimos este tipo de investimento nas pessoas em detrimento dos investimentos em betão armado. E é com este tipo de investimento que vamos conseguir reverter este ciclo. Penso que vamos conseguir.

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INFORMAÇÃO E APOIO

Vale Empreendedorismo irá abrir com novidades A modalidade de incentivo Vale Empreendedorismo destinada a empresas com menos de 2 anos, irá abrir com novidades. Uma nova tipologia será disponibilizada às empresas recém-criadas designada de Vale Incubação.

O

Vale Incubação apoia a contratação de serviços de incubação, durante 12 meses, e inclui o apoio em áreas tais como:

• Gestão - Apoio na definição/consolidação do modelo de negócios; Acompanhamento na gestão operacional do negócio; Tutoria e capacitação na gestão; • Marketing - Apoio na estruturação da estratégia de comunicação/marketing; Apoio na divulgação da atividade, produtos e serviços; Apoio na estruturação/ consolidação do processo de internacionalização; • Assessoria Jurídica; • Desenvolvimento de produtos e serviços

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- Apoio à digitalização de processos de negócios; Apoio à proteção/valorização de direitos de propriedade intelectual; • Financiamento - Apoio a candidaturas a concursos de empreendedorismo e inovação; Apoio no contacto com investidores e entidades financeiras. O apoio concedido assume a forma de incentivo não reembolsável (fundo perdido), com uma taxa máxima de 75%. O valor máximo de apoio do Vale Incubação é de 5.000€. Para além do Vale Incubação, o Vale Empreendedorismo irá continuar a disponibilizar às empresas recém-criadas (até 2 anos) a possibilidade obterem financiamento para a contratação de serviços

especializados, tais como: a elaboração de planos de negócios, ou criação de sites, lojas on-line, ou outros serviços de consultoria imprescindíveis ao arranque das empresas. A taxa é de 75% a fundo perdido, com limite máximo de incentivo de 15.000,00 euros. A NERSANT é entidade acreditada pelo COMPETE para o desenvolvimento de projetos Vale Empreendedorismo. Contactenos para agendamento de uma reunião e análise da viabilidade da sua candidatura. MAIS INFORMAÇÕES: Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: portugal2020@nersant.pt Tel.: 249 839 500

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AVISO 19 - Concurso Aberto: De 30 de maio a 30 de agosto de 2016

Eficiência Energética na Indústria Com o objetivo de potenciar e modernizar o setor industrial e da agricultura, o Fundo de Eficiência Energética prevê apoiar a implementação de medidas que conduzam ao aumento da eficiência energética a nível nacional OBJETIVO O AVISO 19 pretende apoiar o desenvolvimento de projetos e iniciativas que promovam a eficiência energética, financiando candidaturas que abranjam projetos nos termos do artigo 4.º do Regulamento, isto é, são suscetíveis de financiamento neste Aviso os projetos que correspondam à área “Indústria” e medidas inseridas no PNAEE com a codificação “Ip1m1”, designada por “SGCIE – Medidas Transversais” ou medidas previstas com a codificação “Ip1m2”, designada por “SGCIE Medidas Específicas” que, entre outros, prevê o apoio a projetos que conduzam ao aumento da eficiência energética por via da otimização energética dos processos de fabrico e da introdução de novas tecnologias.

BENEFICIÁRIOS Podem apresentar candidatura ao abrigo do presente Aviso: • Operadores de instalações a cumprir as disposições constantes do Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril, e com Acordo de Racionalização dos Consumos de Energia (ARCE) em curso estabelecido

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com a DGEG - Direção Geral de Energia e Geologia no âmbito do SGCIE – Sistema de Gestão dos Consumos de Energia e que não estejam abrangidos pelo regime do comércio europeu de licenças de emissão previsto no Decreto-Lei n.º 93/2010, de 27 de julho e no Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março; • Operadores de instalações industriais (CAE 01 a 33) não abrangidos pelo regime do comércio europeu de licenças de emissão previsto no Decreto-Lei n.º 93/2010, de 27 de julho e no Decreto-Lei n.º 38/2013, de 15 de março, e cujo consumo energético, no ano civil anterior, tenha sido inferior a 500 tep/ano.

DURAÇÃO DAS OPERAÇÕES As candidaturas no âmbito do concurso devem prever uma duração máxima de 12 (doze) meses entre a data de assinatura do contrato de financiamento (celebrado entre o FEE e o beneficiário) e a data de apresentação do pedido de pagamento do projeto.

DOTAÇÃO ORÇAMENTAL A dotação orçamental máxima a atribuir à totalidade dos projetos enquadrados no âmbito do presente Aviso é

de 891.028,56€, dividida de acordo com o seguinte: • Beneficiários com consumos superiores ou iguais a 500 tep/ano: 70% da dotação, 623.719,99€; • Beneficiários com consumos inferiores a 500 tep/ano: 30% da dotação, 267.308,57€; A verba prevista e não esgotada numa das alíneas anteriores poderá reforçar a dotação da outra alínea. A comparticipação de despesas do FEE para cada projeto a apoiar no âmbito do presente Aviso, é de 30%, das despesas totais elegíveis, e até ao limite máximo de 80.000 €. Os projetos relacionadas com Sistemas de Gestão de Energia são financiadas em 25%, das despesas totais elegíveis, e até ao limite máximo é de 7.500 €.

SUBMISSÃO DE CANDIDATURAS As candidaturas são apresentadas ao FEE através do portal eletrónico do PNAEE na área de candidaturas FEE, onde deverão ser submetidos todos os documentos solicitados no subcapítulo 2.4 da minuta do presente Aviso, devidamente preenchidos.

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VIVER O TEJO

Rota dos Vinhos do Tejo

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xistem cores que cativam quem percorre a Rota dos Vinhos do Tejo. Venha descobrir as águas azuis do Rio Tejo, o ocre das pedras delicadamente lavradas de igrejas góticas, o castanho-escuro das muralhas de castelos templários, o branco faiscante da cal das casas envoltas em flores e o vermelho vivo da figura garbosa do campino. Eis as cores que compõem a paleta viva que é a região do Tejo. Eis a oportunidade de descoberta de vinhos capitosos, de pitorescas adegas, de antigas quintas solarengas, de vinhas carinhosamente tratadas. Viva todos os encantos desta Rota. Prove os nossos vinhos. Delicie-se com a nossa saborosa gastronomia. Visite monumentos e museus. Aprecie paisagens feitas de verde e água. As portas das adegas estão abertas para si.

Dia 1 - Tesouro Gótico Quinta de Vale Fornos (Azambuja) A Quinta Vale de Fornos é hoje o resultado da história que ao longo dos séculos por ali passou, consolidando a sua responsabilidade cultural. Comprada por Antónia Ferreira para oferecer à sua filha, por altura do casamento desta com o 3.º Conde da Azambuja, esta propriedade foi palco de passagens históricas, onde figuraram tão ilustres nomes como Napoleão e Cristóvão Colombo. A aliança perfeita entre a herança histórica e a tradição cultural ao lazer, aos eventos e, principalmente, à produção de vinhos, a Quinta torna-se um espaço exclusivo para quem visita, onde impera a sintonia entre as componentes, como nenhum outro lugar.

Quinta da Fonte Bela (Vila Chã de Ourique) A DFJ Vinhos é uma companhia 100% portuguesa, fundada em 1998 e orientada para a exportação de vinhos (hoje 80%). Controla 400 hectares de vinhas em quintas maioritariamente nas regiões vitivinícolas de Lisboa, Tejo, Douro, Terras do Sado e Alentejo. Mais de 30 referências são vinhos varietais ou bi-varietais. São 6 milhões de garrafas por ano, para mais de 30 países, produzido por 28 pessoas, atingindo quase os 10 milhões de euros.

Quinta da Lapa (Manique do Intendente - Azambuja) A Quinta da Lapa tem as suas origens em 1733 e está situada nas encostas soalheiras da freguesia de Manique do Intendente no concelho da Azambuja. Faz parte de um conjunto de várias propriedades da Agrovia S.A., mas é nela que em 1993 foi construída a adega e onde se cultivam diversas castas como a Periquita, Trincadeira, Touriga Nacional, Merlot, Tinta Roriz, Syrah e Cabernet Sauvignon destinadas aos vinhos tintos e ainda Arinto e Trincadeira das Pratas para os vinhos brancos, procurando a melhor qualidade.

Adega Cooperativa do Cartaxo

Enoport United Wines (Rio Maior)

Fundada em 1954, a Adega Cooperativa do Cartaxo funcionou até 1974 nas instalações da Junta Nacional do Vinho, hoje convertida no Instituto do Vinho e da Vinha, no Cartaxo. Há mais de duas décadas, a Adega inaugurou as atuais instalações, onde labora desde então, sempre à procura do reforço da capacidade humana e tecnológica ao serviço da melhor produção vinícola. Genuínos, típicos e autênticos, os vinhos da Adega Cooperativa do Cartaxo servem excecionalmente os dois desígnios que se propõem: um elevado grau de qualidade e a satisfação e reconhecimento dos verdadeiros apreciadores de vinho.

A uma casa solarenga do séc. XIX rodeada de jardins que são um miradouro sobre a paisagem circundante, juntam-se os edifícios da adega e da exploração agrícola.

Sociedade Agrícola Quinta da Ribeirinha (Póvoa de Santarém) O ambiente curioso de um antigo lagar de azeite é a porta de entrada para a exploração agrícola. Na vinha circundante, plantada numa bonita colina, são cultivadas as castas Tintas Periquita, Trincadeira Preta e Cabernet Sauvignon e as Brancas Fernão Pires e Trincadeira das Pratas.

Quinta de Mato Miranda (Azinhaga Golegã) No concelho da Golegã, cerca do rio Almonda, da Reserva Natural do Paúl do Boquilobo e de Mato Miranda, está a Quinta de Miranda. No interior de ampla exploração agrícola, a adega insere-se num núcleo habitacional e agrícola de arquitetura regional. Nos limites da Quinta, a Reserva Natural do Paúl de Boquilobo, local de nidificação de aves aquáticas.

Sociedade Agrícola João Teodósio Matos Barbosa & Filhos (Rio Maior) A Sociedade Agrícola João Teodósio Matos Barbosa & Filhos Lda., empresa de carácter familiar, nasceu no ano de 1997 como Sociedade Unipessoal Lda. Fundada por João Teodósio Matos Barbosa, a empresa foi crescendo lentamente ao longo dos anos através de produtos não produzidos pela própria e só em 1999 a primeira vinha foi plantada, na propriedade da Valle de Junco. A entrada de produtos produzidos pela Sociedade no mercado ocorreu em 2005, depois de uma pequena produção em 2004 na vinha de Valle de Junco, ainda sem adega própria. Mais tarde, depois de comprar um terreno na encosta da Serra d’Aire e Candeeiros, a sociedade plantou a segunda vinha. Entretanto foi possível concretizar os projetos de construção das duas Adegas, uma em Esperança e outra em Rio Maior que ficaram concluídas em 2007. Sempre que reúne familiares e amigos, a sociedade concretiza o grande objetivo: produzir um grande vinho numa festa da vindima que junte gerações diferentes numa partilha de experiências.

Dia 2 - Rota do Touro e do Cavalo Companhia das Lezírias (Samora Correia)

Próxima encontra-se a Reserva do Paúl do Boquilobo. Com uma área total de 115 ha dos quais 100 ha são vinhas plantadas em solos calcários, as castas brancas ocupam cerca de 22 ha com destaque para Arinto, Fernão Pires, Sauvignon Blanc e Chardonnay enquanto que, nos 78 ha de castas tintas temos a Touriga Nacional, Syrah, Castelão, Touriga Franca, Alicante Bouschet, Trincadeira e Cabernet Sauvignon.

A Companhia das Lezírias é a maior exploração agropecuária e florestal existente em Portugal, compreendendo a Lezíria de Vila Franca de Xira, a Charneca do Infantado e os Pauis (Belmonte, Lavouras e Magos), num total de quase 20.000 hectares. A Companhia das Lezírias passou por muitas vicissitudes ao longo da sua existência, sendo nacionalizada em 1975 e tendo passado, em


1989, a Sociedade Anónima de capitais exclusivamente públicos. Desde 1997, a Companhia das Lezírias vem consolidando a sua situação, quer sob o ponto de vista tecnológico, quer financeiro, baseada numa filosofia de desenvolvimento sustentado.

Quinta Grande (Coruche) A Quinta Grande é uma propriedade situada em terras de várzea e charneca do concelho de Coruche onde a par de uma vasta área florestal de montado de sobro e pinhais, são cultivadas as tradicionais culturas de arroz, milho tomate e vinha. O típico monte ribatejano, o vinho, o rio Sorraia, a barragem, o gado e a caça existente, fazem dos 1.400 ha da herdade as delícias de quem a visita. Longe de tudo mas perto de todos, a Quinta Grande situa-se na EN 119 a 40 minutos de Lisboa.

Quinta de Santo André (Coruche) Quinta com um conjunto de edificações agrícolas tipicamente ribatejanas. A família proprietária iniciou a produção vinícola no século XIX. As vinhas, com uma área de 50 hectares, estão cultivadas em terrenos do Vale do Sorraia. As castas predominantes são Fernão Pires, Tália, Trincadeira e Periquita.

Gastronomia - A não perder No Cartaxo, e arredores, não pode perder a Sopa de Peixe, a Fataça, a Açorda de Sável, o Torricado, os Pezinhos de Abóbora e os Coscorões. Em Rio Maior, o Galo com Nozes, o Magusto e o famoso, Pão-de-ló de Rio Maior. Em Samora Correia, recomendam-se os partos de Enguias – Fritas, de Caldeirada, ou em Ensopado. Em alternativa, ainda a Açorda de Sável à Rabastança e o Borrego Grelhado. Já em Coruche as especialidades são a Sopa de Feijão Frade do Couço, Açorda de Bacalhau à moda de Coruche, Cachola com Batatas e Cabrito Frito.

Informações e reservas www.viverotejo.pt



INFORMAÇÃO E APOIO

A sustentabilidade no consumo e a inovação na certificação

Andreia Magalhães Diretora Agri-Food - APCER

Carolina Nogueira Gestora de Produto - APCER

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população mundial deverá chegar aos 8,5 mil milhões em 2030 e aos 9,7 mil milhões em 2050, dados do último relatório lançado pelas Nações Unidas (2015 Revision of World Population Prospects). E o crescimento económico em diversos países pressiona o setor alimentar para enfrentar o desafio de suprir as necessidades alimentares de toda a população. Para dar resposta a estas necessidades, a produção alimentar terá que duplicar nos próximos 40 anos com base em pilares sustentáveis, uma vez que o planeta está a sofrer diversas alterações provocadas pelo desenvolvimento das sociedades. Os consumidores, cada vez mais conscientes do impacto das alterações climáticas, sabem que este é um fator relevante e que deve ser prioritário no mundo empresarial. Desta forma, começa a ser uma exigência do mercado do século XXI a escolha de alimentos saudáveis e de origens sustentáveis. A sinergia que o consumidor final procura entre alimento e saúde, aliada cada vez mais à qualidade e segurança alimentar, torna-se uma oportunidade vantajosa e competitiva de inovação e diferenciação para toda a indústria agroalimentar. É fundamental Inovar! A indústria agroalimentar, para inovar, tem que transformar o conhecimento e exigências dos consumidores em novos produtos e serviços, ou novos processos e métodos de trabalho.

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Neste seguimento, existem algumas normas de certificação que podem ajudar a indústria a demonstrar o seu compromisso com a viabilidade económica, a gestão socialmente benéfica e ambientalmente responsável, entre os quais a RPSO, a UTZ e o MSC:

• A RSPO - Roundtable on Sustainable Palm Oil foi criada com o intuito de aumentar e promover a utilização de óleo de palma sustentável e envolvimento de todas as partes interessadas. Através da certificação RSPO de todos os operadores de cadeia de fornecimento, é possível assegurar a rastreabilidade do óleo de palma e garantir que o mesmo é sustentável.

• A UTZ - Cadeia de Responsabilidade baseia-se num sistema de rastreabilidade e define as regras para a produção e abastecimento responsável do café, chá, cacau e amêndoas. A UTZ demonstra

aos consumidores finais e outras partes interessadas a preocupação da organização com os impactes da sua atividade no ambiente e na sociedade, englobando requisitos gerais de gestão, de rastreabilidade, boas práticas agrícolas e aspetos ambientais e sociais específicos.

• O MSC - Marine Stewardship Council baseia-se nas melhores práticas de rastreabilidade e garante que os produtos são provenientes de uma pesca sustentável. A certificação MSC (Cadeia de Responsabilidade) permite excluir da cadeia de fornecimento peixe capturado ilegalmente. Esta prática é um problema sério, causando danos irreversíveis no ecossistema marinho, nos meios de subsistência e na indústria do peixe em todo o mundo. Os rótulos em produtos desta origem devem fornecer informações sobre as espécies, a fonte de pesca e qualquer informação sobre a sustentabilidade do produto. Considerando o conhecimento como a base da geração de riqueza nas sociedades avançadas, e a investigação e o desenvolvimento um dos pilares da criação desse conhecimento, é na inovação que se encontra o meio de transformar esse conhecimento, em desenvolvimento económico e na sustentabilidade das sociedades.

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INFORMAÇÃO E APOIO

Lei 62/2012 – 10 de Dezembro • Lei nº 152/2015 – 14 de Setembro

Terras sem dono conhecido passam a ser geridas pelo Estado PL – Solicitors International Office www.pedrosoleal.com

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gestão de terras sem dono conhecido e sem utilização agrícola, florestal ou silvopastoril passou a competir ao Estado. Assim, 15 anos após o registo dos prédios sem dono conhecido, no Sistema de Informação da Bolsa de Terras, o Estado poderá adquiri-los, vendê-los ou cedê-los na bolsa de terras. No seguimento deste processo é a entidade gestora da bolsa de terras que fica responsável pela identificação destes prédios, pela sua publicação e divulgação junto de Juntas de Freguesia da localização do prédio e junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, para que este último assegure a divulgação destes prédios junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, através da rede diplomática e consular. Os interessados podem reclamar da intenção de colocar o prédio na bolsa de terras. Esta reclamação deverá ser feita por escrito ou mediante preenchimento de um formulário próprio, no prazo de 120 dias, a contar da publicitação. Não havendo reclamação ou esta seja considerada improcedente, o prédio passa

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a ser administrado pela entidade gestora da bolsa de terras e é disponibilizado na bolsa de terras por um período inicial de 3 anos. Durante este período, o prédio pode ser arrendado por um período não superior a 1 ano. No decorrer deste prazo, é possível, a qualquer momento, efetuar prova da titularidade do prédio. Decorridos 3 anos, de publicação, sem prova de titularidade, a entidade competente reconhece o prédio como prédio sem dono conhecido e procede ao registo deste reconhecimento no SiBT (Sistema de Informação da Bolsa de Terras). Volvidos 15 anos sem prova de titularidade do prédio, o prédio será registado na matriz e no registo predial a favor do Estado. A partir deste momento o prédio é disponibilizado na bolsa de terras para utilização agrícola, florestal ou silvopastoril, através de venda ou cedência. Havendo reclamação: 1 – no prazo de 120 dias sobre a data de primeira publicitação, o proprietário tem direito a receber o montante correspondente às rendas e/ou outros

proveitos entretanto recebidos pelo Estado, deduzido de encargos que existiram; 2 – até ao final dos 15 anos, o prédio é restituído ao proprietário; 3 – depois dos 15 anos decorridos, ou seja, depois do reconhecimento do prédio, o Estado pode fazer-se ressarcir pelo proprietário de despesas e/ou benfeitorias necessárias realizadas no prédio. Por sua vez, a Bolsa de Terras tem como objetivo facilitar o acesso à terra através da disponibilização de terras, nomeadamente quando as mesmas não estejam a ser utilizadas, como também, através de uma melhor identificação e promoção da sua oferta. Esta bolsa que se encontra em a www. bolsanacionaldeterras.pt, disponibiliza para arrendamento, venda ou para outros tipos de cedência as terras com aptidão agrícola, florestal e silvopastoril do domínio privado do Estado, das autarquias locais e de quaisquer outras entidades públicas, ou pertencentes a entidades privadas. A bolsa de terras disponibiliza ainda terrenos baldios.

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INFORMAÇÃO E APOIO

Servidores Linux

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Linux é conhecido por possuir um grande conjunto de distribuições (sistemas operativos desenvolvidos com base no Linux) que são disponibilizadas gratuitamente. Mas nem todas estas distribuições Linux se destinam a ser utilizadas no dia-a-dia do utilizador. Não, muitas destas distribuições Linux destinam-se principalmente a ser utilizadas na vertente de servidor. Quando falamos em servidor normalmente temos a tendência de pensar que um servidor requere uma máquina mais potente do que um computador normal. Embora em alguns casos isso até possa ser verdade, os servidores que usam como base o sistema operativo Linux têm a vantagem de não necessitarem de máquinas muito potentes. Sendo o Linux um sistema operativo muito leve, por vezes até um computador antigo é mais do que suficiente para correr um servidor Linux.

QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE UM SERVIDOR LINUX ME PODE PROPORCIONAR? O maior benefício acaba por estar sempre no preço, pois

trata-se de um sistema operativo gratuito e onde as funcionalidades que normalmente pretendemos implementar acabam também por ser gratuitas. Além disso na internet existe também uma grande comunidade por trás do Linux, algo que ajuda bastante na implementação e resolução de problemas relacionados com o mesmo. Pesquisando na internet, muitas das vezes encontramos a solução que procuramos. Quais as funcionalidades que um servidor Linux nos pode proporcionar? Aqui o leque de possibilidades é muito elevado. Nada melhor do que primeiro identificar o que precisamos e só posteriormente procurar a solução que melhor se adapta ao que pretendemos. Essa solução pode passar por um servidor de partilha de ficheiros, um servidor de armazenamento de ficheiros na cloud (Ex: OwnCloud), um servidor de alojamento web, um servidor de e-mail, um servidor de base de dados, um servidor de backups, uma firewall para a rede interna, etc.

QUAL A MELHOR DISTRIBUIÇÃO LINUX QUE PARA USAR EM SERVIDORES? Não se pode dizer que exista uma distribuição Linux que seja a melhor, pois todas as distribuições Linux têm os seus pontos fortes e fracos. Muitas das vezes a

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escolha da distribuição a usar acaba por estar dependente das funcionalidades que queremos implementar, uma vez que nem todas as funcionalidades correm nas mesmas distribuições Linux. Nas distribuições Linux para servidores as que mais se destacam são provavelmente o Ubuntu Server e o CentOS.

UM SERVIDOR LINUX É ALGO FÁCIL DE IMPLEMENTAR? A instalação de um servidor nem sempre é um processo simples, pois muitas das vezes essa instalação é feita através da linha de comandos, algo que nem sempre é fácil para a pessoa que está a realizar a instalação. No entanto, e uma vez que existe na internet muita informação detalhada sobre a instalação de servidores em Linux, muitas vezes a única coisa que temos a fazer é seguir os passos que nos são indicados. Em suma, a utilização de servidores Linux pode ser uma solução bastante benéfica principalmente ao nível de custos e onde existe um conjunto alargado de funcionalidades que permitem soluções produtivas que podem vir a melhorar a produtividade e o dia-a-dia da sua empresa.

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RIBALMARGEM Empresa de Consultoria, Comunicação e Marketing Desenvolvemos todo o tipo de trabalhos na área da comunicação e marketing para Empresas e Instituições

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INFORMAÇÃO E APOIO

“Sabia Que?” Grupo Rego – Consultoria de Seguros

Avaliação de riscos Na maior parte das avaliações, as acções são direccionadas para simples correcções de actos inseguros e condições perigosas. São normalmente soluções não permanentes e não efectivas na prevenção de ocorrências similares a longo prazo. Deve ser questionado porque é que esses actos e condições existem. É importante reconhecer que essas causas imediatas, são apenas sintomas de problemas mais profundos que afligem a organização. Soluções efectivas devem ir mais além do que a simples correcção das causas imediatas.

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As organizações frequentemente têm enorme dificuldade em encontrar as causas básicas dos seus acidentes que podem estar a revelar problemas a vários níveis: técnico (uma deficiente investigação e avaliação de riscos), cultural e político. Assim devemos agora entender quais são fatores de risco, e nada melhor do que exemplos.

2. Factores relativos ao ambiente e local de trabalho

EXEMPLOS DE FATORES DE RISCO

• Ambiente de trabalho - Desconforto térmico, ruído ambiental ou casuístico, provocando, designadamente, dificuldade na audição de sinais sonoros, percepção de instruções verbais, etc., Iluminação incorrecta (insuficiente, refracção, efeito estroboscópico, etc.), Nível de vibração que provoca perda de tacto ou fadiga, intoxicação aguda por contaminantes químicos, infecção, alergia ou toxicidade por contaminantes biológicos , agressão por seres vivos (picadas, mordeduras, etc.);

1. Condições materiais de trabalho • Máquinas - Zona de operações desprotegida ou insuficientemente protegida, falha no sistema de comando (arranque intempestivo, anulação da protecção, etc.), ausência de aviso sonoro (marcha atrás, operação com equipamento de movimentação mecânica de cargas), inexistência de elementos ou dispositivos de controlo, dispositivo de interrupção de emergência ineficaz, inexistente ou inacessível, ausência ou deficiência da cabine de protecção contra quedas de materiais; • Materiais - Produtos perigosos ou não identificados, materiais muito pesados relativamente aos meios de manutenção/ movimentação utilizados, materiais com arestas ou perfis cortantes, instabilidade na armazenagem por empilhamento, variação de características de matéria prima ou produto (peso, volume, temperatura, estado);

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• Espaço, acesso e superfícies de trabalho - Zonas de trabalho, de circulação ou armazenagem não delimitadas, dificuldade de acesso aos postos de trabalho, escadas em mau estado, pavimento deficiente ou inadequado, vias de evacuação insuficientes ou obstruídas, Falta de ordem e limpeza;

3. Organização do trabalho e gestão da prevenção • Tipo e organização da tarefa - Simultaneidade de actividades pelo mesmo trabalhador, tarefa não habitual para o trabalhador, pressão/ritmo de trabalho elevado, monotonia, rotina, isolamento, falta de experiência face à complexidade das tarefas; • Formação, informação e comunicação - inexistente ou insuficiente sobre o processo e o método de trabalho, instruções inexistentes, confusas, contraditórias ou

insuficientes, falta de formação especial para operações de riscos elevado, deficiências no sistema de comunicação horizontal e/ou vertical, sistema inadequado de afectação de tarefas, método de trabalho inexistente ou inadequado, limitação física para o trabalho, funcionamento deficiente dos serviços de vig. da saúde; • Falhas de gestão - manutenção inexistente ou inadequada, inexistência ou insuficiência de tarefas de identificação e avaliação de riscos, falta de eliminação ou redução de riscos detectados, falta de protecção colectiva, inexistência ou inadequação dos Epi’s, intervenção face a emergências não previstas, inexistência de identificação por etiqueta ou ficha de segurança relativamente aos produtos perigosos; 4. Factores individuais Incumprimento de ordens expressas, anulação de protecções ou dispositivos de segurança, não utilização de Epi’s, uso indevido de ferramentas ou utensílios de trabalho, psicológicos (emotividade, distracção, desconhecimento/negligência, pressa, excesso de confiança/imprudência).

Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

NERSANT e Município ampliam instalações

Novos espaços para empreendedores vão ser criados na Startup Santarém A NERSANT e o Município de Santarém estão “unidos pelo empreendedorismo” desde setembro de 2013, data da assinatura de um protocolo de colaboração que permitiu que nascesse nas antigas instalações da Escola Prática de Cavalaria, o CIES - Startup Santarém. A parceria acaba de ganhar “novo fôlego” com a assinatura de uma adenda que permitirá a ampliação do espaço de incubação, que se encontra atualmente lotado.

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apoio ao empreendedorismo na região do Ribatejo tem sido desde sempre uma premissa da NERSANT, que há largos anos desenvolve atividades de estímulo e incentivo à criação de novas empresas. A esta causa uniu-se também a Câmara Municipal de Santarém, ao ceder instalações da Antiga Escola Prática de Cavalaria para a criação do CIES - Centro de Inovação Empresarial de Santarém, intenção protocolada em setembro de 2013 e que nasceu este ano, com a inauguração da Startup Santarém a 19 de março. Com 17 empresas incubadas, as instalações do CIES - Startup Santarém encontram-se atualmente lotadas, o que levou de imediato a NERSANT e o Município de Santarém a repensar e reforçar a parce-

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ria que os une desde 2013. Neste sentido, foi assinada ontem adenda ao protocolo pelo empreendedorismo em vigor entre as duas entidades, e que determina, por parte do Município, a cedência de uma nova ala da Escola Prática de Cavalaria, e que a NERSANT, à semelhança do que aconteceu anteriormente, vai agora requalificar. Com a requalificação desta nova ala, a NERSANT soma assim ao investimento de 150.000 euros na Startup Santarém, mais 80.000 euros em prol do empreendedorismo e da criação de novas empresas. Após a assinatura do protocolo, a Presidente da Direção da NERSANT, Maria Salomé Rafael, mostrou o seu agrado com a assinatura desta adenda, “em primeiro lugar porque é sinónimo de

que existem novas empresas à procura de espaços de incubação - temos neste momento empresas em lista de espera - e em segundo lugar porque é sinal de que as parcerias entre privados e público podem funcionar”, referiu a dirigente da associação empresarial. Da parte do Município, o Presidente Ricardo Gonçalves revelou que o protocolo assinado em 2013 e a adenda agora firmada “é apenas o início de um trabalho conjunto em prol do empreendedorismo do concelho de Santarém”, mostrando-se certo quando à continuidade desta parceria, não só no que diz respeito ao CIES - Startup Santarém, mas também ao alargamento da mesma para outros pontos do seu concelho. No projeto de ampliação do CIES - Star-

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tup Santarém, está prevista a requalifi -cação de todo o espaço, constituído por dois pisos, onde irão agora nascer 12 novos gabinetes, uma sala de formação e um auditório, instalações estas que foram visitadas pela delegação que presenciou a assinatura da adenda ao protocolo.

No projeto de ampliação, está prevista a criação de 12 novos gabinetes, uma sala de formação e um auditório www.nersant.pt

CIES - Startup Santarém acolhe já 17 empresas Com portas abertas há menos de 4 meses, o CIES - Startup Santarém alberga já 17 empresas, 6 com incubação física e 11 com incubação virtual. Têm gabinete físicos a Solinet e a Crivosoft, empresas na área da consultoria informática, a Arived The Inspiration, que desenvolve atividades de design, e a Factis, na área das tecnologias de informação e informática. Estão também sediadas no CIES - Startup Santarém, a Nerventure - SGPS, sociedade de participações sociais e o AgroCluster Ribatejo. Quanto às incubação virtual, a Startup Santarém alberga a Live in Loops,

dedicada às artes do espetáculo, a AMATE, empresa na área da investigação e desenvolvimento em biotecnologia, a GEO21 - Soluções de Engenharia e ainda o Club Business Angels, associação de apoio ao empreendedorismo. Também a Ankix, Lda., a Unbeatableprism e a Ideal Sumário, Lda., estas três dedicadas a atividades de programação informática, estão virtualmente sediadas no CIES - Startup Santarém, assim como a BIZ4U - Corporate Advisory, Lda., a RISA e a Consivsocial, dedicadas à consultoria para os negócios e para a gestão. Neste momento o espaço está completamente lotado.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Duplicam os fundos comunitários para a inovação empresarial e empreendedorismo Os fundos comunitários para o apoio à Inovação Empresarial e Empreendedorismo passam de 500 para mil milhões de euros, anunciou o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques. Este reforço das verbas, referiu ainda, deve-se ao número “sem paralelo” de candidaturas naquelas categorias, pelo que o Governo está com esta decisão a “fazer a sua parte”. Nos concursos abertos em abril e maio para as duas categorias referidas houve 3.552 de candidaturas que perfizeram um total de investimento de três mil milhões de euros, sendo que a verba disponível era de 500 milhões de euros. “O concurso de apoio para a inovação e para novos projetos de investimento em Portugal, concurso que fechou agora em maio, (...) teve candidaturas de três mil milhões de euros de investimento. Isto é uma realidade sem paralelo desde o início do Quadro Referência Estratégico Nacional (QREN) há 10 anos”, explicou Pedro Marques. “O Governo decidiu, em concreto, duplicar as verbas disponíveis de fundos comunitários para apoiar esta procura elevada de investimento, para estarmos à altura

da procura que as empresas tiveram para mais investimento e inovação. O Governo decidiu passar para quase mil milhões de euros os apoios públicos a estes projetos de investimento”, anunciou. Pedro Marques disse ainda esperar que “dois terços” dos projetos candidatos “sejam viáveis” e apontou uma data para a conclusão do processo de apreciação e aprovação daquelas candidaturas.” Aprovaremos o essencial destes projetos até

finais de julho, é a nossa expetativa”, disse. O ministro enalteceu ainda a ação das empresas portuguesas, deixando a garantia que o Governo irá colaborar. “Há empresas fortemente inovadoras que estão a criar emprego em Portugal (...) mas quero também dizer aos investidores portugueses que percebemos que estão a apostar, a acreditar, a inovar a arriscar mais e o Governo e as entidades públicas farão a sua parte”, afirmou.

Profissionais de Inovação vão ser certificados O primeiro curso de preparação para Certified Innovation Manager - Gestor de Inovação - com respetivo programa de certificação será realizado nos dias 29 e 30 de setembro, em Lisboa. Esta formação tem como objetivo a aplicação prática de técnicas avançadas de planeamento e gestão de inovação. A formação tem como objetivo aplicar, na prática, técnicas avançadas de planeamento e gestão de inovação, através de exercícios com templates, nos quais são postas em prática diferentes técnicas que permitam o aumento da probabilidade de sucesso de a implementação de estratégias de inovação. No decorrer da formação vão ser aplicadas técnicas específicas que introduzem práticas de alto desempenho no dia-adia dos gestores, alavancando as suas carreiras profissionais para um patamar mais elevado de excelência e de talento e permitindo multiplicar o valor que os gestores entregam às suas organizações. A estrutura do programa de prepara-

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ção e certificação do GIMI importado agora para Portugal, permite que os profissionais que gerem a inovação nas suas empresas vejam reconhecidas as suas competências nesta área, através da certificação. Para além disso, o programa permite que os mesmos contactem com novas metodologias de apoio às suas tarefas. O programa permite ainda que as empresas dos mais variados setores tenham agora a oportunidade de preparar os seus colaboradores para que estes, no seu dia-a-dia, apliquem ferramentas e metodologias reconhecidas internacionalmente que lhes permitem de uma forma mais célere alavancar ideias com potencial e transformá-las em soluções com sucesso no mercado. Através da parceria com o GIMI, a WINNING traz a Portugal Karla Gomes, responsável pelo programa de formação internacional, e passa a ser a única entidade portuguesa com um programa de certificação internacional destinada a

empresas e a consultores que pretendam desenvolver e reforçar as suas competências, na área da inovação. A estrutura da certificação do GIMI baseia-se numa framework de qualificações e competências necessárias ao desenvolvimento de uma carreira profissional de sucesso na inovação. Para os profissionais que já têm experiência, o GIMI disponibiliza um conjunto de recursos e conteúdos que visam consolidar, aperfeiçoar e certificar os conhecimentos adquiridos através da experiência. Os interessados em obter mais informações devem consultar o site www.winning.pt.

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FabLab Santarém recebeu alunos da Escola Profissional de Ourém Um grupo de 20 alunos dos cursos de Informática e Eletrónica dirigiram-se à Escola Superior de Educação de Santarém para visitarem as instalações do FabLab Santarém, com o objetivo de ficarem a conhecer as potencialidades deste laboratório de prototipagem e fabricação digital. Esta visita teve como principal objetivo potenciar o conhecimento destes formandos nesta área da impressão 3D, impressão laser e corte, dos mais diversos materiais, procurando estabelecer a ponte entre estes organismos e aumentando a abertura do FabLab Santarém ao exterior e a futuros makers da Escola Profissional de Ourém. O FabLab Santarém é um espaço aberto a estes profissionais e a todos os que queiram concluir e ver materializados os seus projetos, em protótipo, ou em pequenas produções.

Vale Incubação para novas empresas O Vale Incubação tem como objetivo dinamizar a capacidade empreendedora e fomentar as condições para a aceleração e o sucesso nacional e internacional de novas empresas, apoiando o desenvolvimento do negócio por via da contratação de serviços de incubação a incubadoras previamente acreditadas. Esta medida destina-se a atividades relacionadas com indústrias criativas e culturais, e/ou setores com maior intensidade de tecnologia e conhecimento ou que valorizem a aplicação de resultados de I&D na produção de novos bens e serviços, potenciando o sucesso no mercado de novas startups, em atividades inovadoras e de valor acrescentado. O Vale Incubação surge enquadrado na modalidade Vale Empreendedorismo da tipologia Inovação e Empreendedorismo do Sistema de Incentivos do Portugal 2020, e

será financiada pelos Programas Operacionais Regionais do Norte, Centro, Alentejo, Lisboa e pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização. O Vale Incubação apoia a contratação de serviços de incubação, durante 12 meses, em modelo de negócio/gestão, marketing, legal/jurídica, desenvolvimento de produtos/serviços e financiamento. É um projeto apoiado até 5.000 euros e um máximo de 75% de cofinanciamento.

Empreendedores digitais podem concorrer ao prémio Chronopost Estão abertas as candidaturas para o Prémio e-Empreendedor Chronopost até dia 27 de julho. Premiar os melhores negócios online em Portugal que criem valor para as pessoas e para a comunidade é o objetivo da parceria com a Startup Lisboa. Aberto a todos os projetos que se enquadrem nos segmentos B2C e B2B, em qualquer categoria, o projeto tem o apoio do Ministério da Economia e de algumas entidades de relevo ligadas ao ensino e formação, ciência e investigação, associativismo, media, sistemas de pagamento e auditoria.

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Os doze melhores farão parte de uma lista de pré-finalistas e, desses, será selecionado um vencedor. Este terá acesso a um número de prémios que vão desde entregas gratuitas de encomendas pela Chronopost, membership gratuita de um ano na ACEPI, formação executiva da Católica Lisbon School of Business & Economics, optimização dos sistemas de pagamento online pela Easypay ou condições especiais de incubação na Startup Lisboa. As candidaturas podem ser feitas em www.chronopost.pt.

Road2Web Summit tem 65 entradas para startups A Startup Portugal, em parceria com a WebSummit, desafia todos os jovens empreendedores a participarem no Road2Web Summit 2016. Os vencedores terão a oportunidade de estar presentes na edição de 2016 do WebSummit, com um passe Alpha, no valor de 2000 euros, com acesso exclusivo a Investor Office Hours, Mentor Hours, Startup University, Startup Workshops e Startup Roundtables. O Governo lançou o Road 2 Web Summit, uma iniciativa destinada a startups portuguesas que queiram marcar presença naquele que é considerado o maior evento de empreendedorismo, tecnologia e inovação da Europa e que vai decorrer em novembro, em Lisboa. No total há vagas para 65 pequenas empresas ligadas às novas tecnologias que vão poder concorrer, sem qualquer custo próprio, à iniciativa. As candidaturas estão abertas até 5 de agosto e os resultados finais de quem vai participar na Web Summit vão ser divulgados em setembro. A iniciativa faz parte do conjunto de medidas de empreendedorismo lançadas pelo Governo, do qual também fazem parte os Startup Vouchers, o Programa Momentum e o Vale Incubação, entre outras.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Trim NW certificou sistema de gestão da qualidade… A empresa Trim NW - Moulded Parts and Nonwovens Lda., localizada em Santarém, acaba de ver o seu sistema de gestão da qualidade certificado. A empresa aderiu aos projetos simplificados Vales, o que lhe permitiu beneficiar de apoio a fundo perdido de 75% para a conclusão da certificação.

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NERSANT é uma entidade acreditada para a prestação de serviços no âmbito dos Vale, pelo que esta entidade está a apoiar as PME que pretendam candidatar-se a esta linha de financiamento. Foi exatamente através da associação empresarial que a Trim NW teve conhecimento deste programa de apoio, que permite a contratação de serviços de consultoria em áreas como a Qualidade, a Internacionalização, a Economia Digital, a Organização e Gestão, e a Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT), com financiamento a uma taxa de 75% a fundo perdido. A Trim NW desenvolveu, neste sentido, um processo Vale na área da Qualidade através do qual foi feita toda a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade na empresa para o âmbito “Produção e Comercialização de componentes moldados e têxteis técnicos”, com o apoio e acompanhamento da NERSANT. O processo foi agora encerrado com sucesso, tendo a empresa obtido a certificação de acordo com a norma NP EN ISO 9001. O certificado foi entregue pela NERSANT nas instalações da empresa. Na sua política da qualidade, agora definida graças à certificação do sistema, “a Trim NW compromete-se a satisfazer as necessidades e expetativas dos seus clientes, tendo como objetivos promover a satisfação dos clientes, aumentar a produtividade e o nível de desempenho dos processos de trabalho, certificar que a política da qualidade é comunicada a todos os níveis e compreendida por todos,

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possibilitar a formação contínua dos seus colaboradores, respeitar o ambiente, assegurar o cumprimento dos requisitos e a melhoria contínua da eficácia do Sistema de Gestão de Qualidade e proceder à revisão da Política no sentido de se manter adequada à empresa.” Criada em 2015 e já com 35 colaboradores, a Trim NW dedica-se à produção de não-tecidos industriais e componentes para a mobilidade.

PROJETOS SIMPLIFICADOS VALES Os projetos simplificados Vales são destinados a empresas PME e permitem a contratação de serviços de consultoria em diversas áreas tais como: Qualidade, Internacionalização, Economia Digital,

Organização e Gestão, Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (IDT), com financiamento a uma taxa de 75% a fundo perdido. Neste momento, e até 16 de setembro, estão abertas candidaturas na área IDT. Ainda este mês, prevê-se a abertura do Vale Empreendedorismo, linha exclusiva para empresas criadas há menos de 2 anos. A NERSANT é uma entidade acreditada para a prestação de serviços no âmbito dos Vale pelo que apoia as PME que pretendam candidatar-se a esta linha de financiamento. Os interessados em aderir a este programa devem contactar a associação através dos contactos portugal2020@nersant.pt e / ou 249 839 500.

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…e coloca metodologias LEAN ao serviço da competitividade A Trim NW aderiu ao projeto RING - Ribatejo Inovação na Gestão, que está a ser desenvolvido pela NERSANT. Através deste projeto, esta empresas vai ter acesso a apoios a fundo perdido para investimentos na área da Qualidade / Segurança Alimentar com recurso a metodologias LEAN e na área da Inovação, através da criação e desenvolvimento de novos produtos e/ou processos.

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oi com a preocupação de otimizar os processos produtivos que a Trim NW, empresa exportadora, fornecedora de têxteis técnicos ligeiros e componentes moldados para a indústria automóvel europeia, aderiu prontamente a este projeto. De acordo com Rui Lopes, responsável da empresa, “verificámos de imediato que este projeto se adaptava à Trim NW, por sermos uma empresa jovem, dinâmica, com espírito aberto à mudança. Temos consciência que só com a melhoria constante dos nossos processos e produtos é que conseguiremos mantermo-nos competitivos no mercado onde estamos inseridos, e assim continuarmos a crescer de forma progressiva e sustentada”. O ano passado, a empresa mudou a sua operação para Santarém, aproveitando para efetuar alterações no processo industrial, redução de custos de operação e melhorias na sua organização. No entanto, “achámos que devemos continuar a analisar os nossos processos, com apoio de uma entidade exterior, que nos traga uma visão diferente, com ideias novas e mais abrangentes”. De destacar que um dos objetivos do RING é a otimização dos processos das empresas através da aplicação de meto-

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dologias e ferramentas LEAN. Estas ferramentas inspiram-se numa filosofia de gestão que se foca na redução dos diferentes tipos de desperdícios (produção excessiva e excesso de stocks, tempo de espera, transporte, inventário, movimento e defeitos). Ao eliminar estes “desperdícios” nas empresas, estas registam melhorias significativas na qualidade, com redução de tempos e de custos de produção. As ferramentas LEAN também incluem processos contínuos de análise, produção e elementos/processos à prova de falhas. No caso específico do RING, para além da aplicação de inovadoras ferramentas LEAN, o projeto tem apoio a fundo perdido para a implementação ou atualização da Norma ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade) ou da FSSC22000 (Sistema de Gestão de Segurança Alimentar), culminando o projeto com a certificação da empresa. De referir que o projeto RING conta já com 18 adesões, num total de 20 empresas participantes. Os interessados em conhecer o projeto ou aderir devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.

Fravizel também aderiu ao RING Também a Fravizel, empresa que se dedica ao desenvolvimento, produção e comercialização de equipamentos metalomecânicos e serviços destinados ao setor da Rocha Natural, Construção Civil e Obras, Florestal, Minas, Portos Marítimos e Indústria em geral obra pública, encontrou neste projeto aquilo que necessitava. Espera através do RING “aliar a agilidade que a empresa tem demonstrado ao longo dos últimos anos, à redução de custos operacionais”. O mais importante refere ainda “é poder prestar cada vez mais um melhor serviço/produto ao cliente”. É competitivo quem faz melhor e para isso a melhoria tem de ser contínua.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Digidelta Internacional é PME inspiradora para a Bolsa de Londres A Digidelta Internacional foi distinguida pela Bolsa de Londres como uma das empresas europeias com maior crescimento. A distinção atribuída pela Bolsa de Londres visa premiar as PME (pequenas e médias empresas) europeias que registaram maior crescimento nos últimos anos, tendo sido atribuída à Digidelta como reconhecimento da sua história de sucesso num cenário de crise europeia e, em particular, portuguesa. Em Portugal, foram referenciadas 22 empresas onde a Digidelta se destacou e foi premiada no setor de Grossista.

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Digidelta faz parte da publicação da London Stock Exchange - “1000 Companies to Inspire Europe 2016”, cujo lançamento teve lugar no dia 15 de junho, no Parlamento Europeu, numa cerimónia presidida pelo Comissário Jonathan Hill, com a tutela dos serviços financeiros. A Bolsa de Londres escolhe anualmente algumas empresas europeias que considera que se destacam. O relatório “1000 Companies to Inspire Europe 2016” é a congratulação por parte do London Stock Exchange Group’s de algumas das PME que registam um rápido e dinâmico crescimento em toda a Europa. O objetivo deste estudo é também identificar 1000 empresas PME’s, analisando pormenorizadamente as oportunidades e os desafios que enfrentam e olhando para os setores e tendências que darão forma ao futuro das Economias Europeias. Os relatórios fazem parte do mais amplo apoio lseg para empresas de alto crescimento, incluindo o programa de apoio às empresas, ELITE.

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EMPRESA CONTOU COM VISITA DA AICEP A Digidelta recebeu no dia 01 de julho a visita do Presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, que escolheu esta empresa para a visita da AICEP no âmbito do Roadshow que esta entidade está a levar a cabo por todo o país e que já passou pelo distrito de Santarém em abril deste ano. Na visita, a Digidelta foi felicitada por estar entre as 1000 empresas mais inspiradoras da Europa. As perspetivas de internacionalização do Grupo Digidelta motivaram a visita de Miguel Frasquilho, que foi recebido na empresa por Rui Leitão, fundador e diretor executivo da Digidelta, Armando Mota, Business Development Manager, e Marco

Fernandes, diretor financeiro. De seguida realizou uma visita pelas instalações da Digidelta, podendo o Presidente da AICEP ver de perto as soluções tecnológicas e de comunicação que a empresa oferece. A Digidelta dedica-se ao mercado grossista na área da impressão digital como importador e distribuidor da marca Mimaki (equipamentos e consumíveis) e fabricante dos consumíveis Decal. Ao nível da comunicação visual, a Digidelta fabrica painéis LED com a tecnologia NetScreen, que alia à prestação de serviços de comunicação digital através da marca Brand Digital. A Digidelta é, assim, um fabricante e integrador de sistemas com soluções de alto valor acrescentado para os mercados de Impressão Digital, Exibição, Etiquetagem e Comunicação Visual. Fundada em 1986 por Rui Leitão, a empresa conta atualmente com mais de 80 colaboradores, que com formação e experiência permitem que a empresa mantenha o estatuto de PME líder desde a sua atribuição em 2008. A receita anual da Digidelta situa-se acima dos 35 milhões de euros.

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A Couro Azul também inspira a Bolsa de Londres A par da Digidelta, também a Couro Azul é uma das 1000 PME mais inspiradoras para a Bolsa de Londres. A empresa de Alcanena é assim, de igual forma, um exemplo inspirador de crescimento e dinamismo empresarial a nível europeu. Fundada em 1989, a Couro Azul S.A. é a mais moderna unidade industrial de curtumes em Portugal. Concretizando a estratégia de diversificação do Grupo Carvalhos, a Couro Azul está essencialmente vocacionada para os setores automóvel e aeronáutico. Herdeira do know-how da anterior unidade industrial do Grupo Carvalhos - Curtumes do Lys - a Couro Azul foi especialmente concebida para a transformação de peles de bovino inteiras. A empresa é sobejamente conhecida por fornecer peles para as mais diversas marcas automóveis e até para o setor aeronáutico. Para tal, tem agentes distribuídos pela Alemanha, Suécia, Inglaterra, França, Estados Unidos e China. 88,7% da produção é para exportação, estando os principais mercados na Europa, mas também EUA, Brasil, África do Sul e China. O Grupo Carvalhos, que integra a Couro Azul, emprega em Alcanena 530 pessoas. Na listagem das 1000 PME Inspiradoras da Europa, estão no total 22 empresas portuguesas.

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AgroCluster Ribatejo levou empresas à 1.ª Cimeira Luso-Alemã Gourmet A CCILA - Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, em parceria com a associação Corpus Culinario, organizaram, em Lisboa, a 1.ª Cimeira LusoAlemã Gourmet, iniciativa que reuniu diversas empresas e importadores alemães na área dos produtos gourmet. O AgroCluster Ribatejo organizou uma participação conjunta, levando empresas com oferta gourmet ao evento, as quais tiveram oportunidade de apresentar e potenciar a venda dos seus produtos para este mercado com elevado poder de compra e uma apetência para este tipo de produtos. A 1.ª Cimeira Luso-Alemã Gourmet aconteceu na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa no dia 27 de junho. O evento teve o foco na apresentação de produtos gourmet à delegação alemã, que se deslocou a Portugal para reunir com empresas portuguesas. A delegação alemã, composta por 16 potenciais compradores, entre proprietários de lojas gourmet alemãs, importadores especializados neste setor e ainda a associação

parceira do evento - a Corpus Culinario - que representa os comerciantes líderes de produtos gourmet na Alemanha, num total de 70 associados. O AgroCluster Ribatejo participou no evento com 5 empresas associadas: Eduardo Loureiro Unipessoal, Lda., Unique Portuguese Taste, Lda., Festivo Começo, S.A., Bee Iellow, Lda. e Paladares Alentejanos, Lda.. Cada empresa participante teve direito a um espaço de exposição, a um perfil elaborado em alemão para distribuição no local e posterior divulgação pela Corpus Culinario aos seus associados na Alemanha, menção da empresa como expositor no portal da Câmara do Comércio (com hiperligação) e ainda a mostrar e dar a degustar os seus produtos no showcooking e almoço realizados no local. Os importadores alemães presentes mostraram-se bastante agradados com a oferta portuguesa, existindo grandes e reais oportunidades de negócio para as empresas associadas do AgroCluster Ribatejo.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

NERSANT Business 2016 está a aceitar inscrições das empresas nacionais A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, realiza em outubro a 5.ª edição do NERSANT BUSINESS – Encontro Internacional de Negócios do Ribatejo. Este ano, e à semelhança do ano passado, a edição 2016 deste Encontro Internacional de Negócios realiza-se entre os dias 24 e 26 de outubro, no Hotel dos Templários em Tomar. As empresas portuguesas já podem efetuar inscrição no evento.

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evento tem como missão, por um lado, aumentar as exportações das empresas da região do Ribatejo, e, por outro, captar investimento externo para a região. Durante o evento, e consoante a modalidade de participação escolhida, as empresas portuguesas participantes vão ter a oportunidade de reunir com empresários/importadores estrangeiros, ter a informação da empresa no catálogo do evento, que será distribuído às empresas/importadores estrangeiros, ter um local/placard de exposição no espaço do evento e ainda receber até duas empresas estrangeiras nas suas instalações. As edições de 2014 e 2015 contaram com a participação de delegações de

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empresários de mais de 20 países (África do Sul, Angola, Brasil, Cabo Verde, Canadá, China, EAU, Espanha, EUA, França, Irão, Marrocos, Moçambique, Namíbia, São Tomé e Príncipe, Vietname, entre outros...) com o objetivo de promover/ reforçar as relações comerciais entre Portugal e estes países, tendo permitido a realização de cerca de 1800 reuniões entre empresas portuguesas e as que compunham as respetivas delegações. O objetivo da NERSANT para a edição 2016 passa por superar os resultados alcançados, permitindo trazer à nossa Região um maior número de delegações e de empresários/entidades estrangeiras, pelo que vos lançamos o desafio para que estejam presentes nesta 5ª edição.

A NERSANT está a trabalhar desde o início do ano no evento, tendo convidado dezenas de países a marcar presença no evento. Com uma agenda de contactos internacionais já confirmados, a NERSANT começa agora a receber inscrições de empresas portuguesas interessadas em estar presentes, fazendo coincidir os interesses de uns e outros. Desta forma, todas as empresas interessadas em participar no evento deverão efetuar a sua inscrição no portal do evento, em www.business.nersant.pt ou enviando um e-mail para o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.

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Brasil e Vietname são dois dos países já inscritos Na presente data, a três meses de realização do evento, as expetativas da NERSANT passam por superar os resultados das edições anteriores, estando presentemente já inscritos empresários do Brasil e do Vietname . Desde a sua primeira edição em 2012, o evento não parou de crescer. Em 2012, o evento contou com 6 delegações e 50 empresários estrangeiros, num total de 375 encontros de negócio realizados e em 2013 participaram 10 países e mais de 100 empresas vindas da Europa, África, América do Sul e Ásia, tendo sido realizadas, no total, mais de mais de 750 reuniões de negócios entre os empresários estrangeiros e portugueses. Na 3ª edição do evento, realizada em novembro de 2014 em Santarém, o encontro voltou a surpreender a organização, tendo sido novamente superados os números de países e empresas presentes: 14 delegações estrangeiras presentes e mais de 1100

reuniões de negócios realizadas. Na edição 2015 do NERSANT Business, a NERSANT quis inovar e reinventar o evento. O NERSANT Business teve um cariz muito pragmático, focado no encontro entre empresários e na realização de negócios. Apostou, por este motivo, na angariação de novos países para estar no evento, o que acabou por se concretizar, com a receção na região de 17 delegações estrangeiras. Este ano, e pela segunda vez, a NERSANT vai realizar o evento em Tomar. O Encontro Internacional de Negócios vai contar, à semelhança dos anos anteriores, com a apresentação das oportunidades de investimento nos países estrangeiros presentes, com um local destinado exclusivamente a reuniões de negócios entre as empresas portuguesas e as empresas estrangeiras e ainda com um novo espaço dedicado a Embaixadas e Câmaras de Comércio que pretendam marcar presença no evento, com o objetivo de apresentar os seus mercados e

esclarecer, às empresas da Região participantes, eventuais questões que surjam no decorrer das reunião. Oportunamente a NERSANT irá disponibilizar às empresas da região um mapa com as empresas e setores de atividade das empresas estrangeiras inscritas, para que a associação possa preparar o agendamento adequado de reuniões, existe no entanto, na presente edição, uma nova modalidade de participação que permite que as empresas nacionais que se inscrevam, indiquem até 2 empresas estrangeiras a quem a NERSANT irá posteriormente endereçar um convite para que estas participem no evento.

MAIS INFORMAÇÕES Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade datic@nersant.pt * 249 839 500 www.business.nersant.pt

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Missão Empresarial a Moçambique em setembro O crescente desenvolvimento e crescimento económico que Moçambique tem registado, bem como o aumento sistemático do investimento português neste território africano, comprovam as oportunidades crescentes que existem neste mercado. Ciente destas oportunidades, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, vai realizar uma missão empresarial a Moçambique já em setembro. A viagem de negócios, que contará com a participação de diversas empresas portuguesas, realiza-se de 2 a 8 de setembro, em Maputo. Aqui, as empresas que vierem a integrar a missão empresarial terão oportunidade de reunir com empresas moçambicanas, de acordo com os seus objetivos.

Para além dos diversos contactos, que serão agendados previamente pela NERSANT, as empresas participantes terão ainda acesso a um espaço onde poderão expor os seus produtos e/ou serviços. As empresas interessadas em participar nesta ação de apoio à internacionalização das empresas, poderão garantir já lugar nesta viagem de negócios, bastando para o efeito efetuar pré-inscrição na ação, em www. nersant.pt. Para mais informações, os interessados deverão contactar o Departamento de Apoio Técnico, novação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@nersant.pt ou 249 839 500.

América Latina na mira da AIP

Bindopor rumo ao Bangladesh A Bindopor, empresa de Ourém que projeta, desenvolve e fabrica soluções de Sinalética que complementa com produtos e serviços para a área da Decoração de Interiores, nomeadamente Artwork e Iluminação Decorativa, acaba de vencer um novo projeto internacional, desta vez o Hotel Intercontinental Dhaka, no Bangladesh. A empresa, que dirige a sua oferta essencialmente aos setores da Hotelaria & Turismo; Cuidados de Saúde, Lazer e Entretenimento, conta com 30 anos de experiência no mercado, o que tem alavancado o sucesso da empresa quer no mercado nacional, quer no mercado internacional. Desta vez, vai preparar o projeto para este hotel, que se situa do outro lado do mundo. Refira-se que um dos seus últimos projetos de Sinalética e Artwork é a unidade Pestana CR7 Hotel no Funchal.

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Dotado de uma economia extremamente aberta e muito dependente do ue comércio internacional, que representa quase 66% do PIB do país 4), o Chile tem (OMC, média de 2012-2014), tivo da Amério mercado mais competitivo aso de sucesso ca Latina e constitui um caso texto da região. económico e social no contexto nsificar as imporVisando flexibilizar e intensifi overno assinou tações e exportações, o Governo eduzir as tarifas acordos comerciais para reduzir os países e bloalfandegárias com diversos U, México, Chicos económicos: UE, EEUU, ercosul, além de na, Aliança do Pacífico, Mercosul, rdos Comerciais integrar a APEC e 25 Acordos d que com 64 economias em todo o mundo, representam 64,1% da população mundial e el 86,3% do PIB global. Com uma população superior a 17 milhões de habitantes, e um PIB per capita (PPP) de 23 459 USD e em 42º lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da UNPD, as suas perspetivas de crescimento anual para 2017-2020 situam-se nos 2,75%, contrariando a tendência recessiva que se verifica noutros mercados sul-americanos. Por seu turno, a Argentina é um país que volta a abrir-se ao comércio internacional, que já representa 29,8% do PIB (OMC média de 2012-2014). Umas das medidas anunciadas pelo novo Governo, que tomou posse em Dezembro passado, foi o aprofundamento das relações comerciais entre a Argentina e os seus principais parceiros económicos, sendo que neste contexto foram reabertas as negociações para uma parceria com a

União Europeia. Terceira maior economia econom da América Latina (depois do M México e do Brasil), o país pos possui um dos PIB per capita mais elevado entre o os países da América do Sul, com uma perspetiva de crescimento em 3 3,5% para 2017, boas infr infraestruturas e uma popul população com um elevado nível de literacia. Neste co contexto, a AIP está a organizar uma um missão empresarial ao Chile e Argentina que terá bj i como objetivo proporcionar às empresas participantes a identificação de potenciais parceiros para o desenvolvimento de projetos de exportação, de investimento e de cooperação técnica; o contacto com organismos locais de apoio à comunidade empresarial; a recolha de informação local; e visitas de prospeção para um melhor conhecimento do estado da arte da indústria e do comércio chileno e argentino, procurando dar a conhecer as principais oportunidades de negócio e de investimento nestes mercados. O programa de trabalhos inclui assim seminários técnicos de apresentação das especificidades e das oportunidades de negócio e de investimento dos dois mercados, ações de networking, reuniões institucionais e uma agenda de contactos individuais de acordo com o perfil de interesse de cada uma das empresas participantes.

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INTERNACIONALIZAÇÃO Governo trabalha com empresas exportadoras para encontrar mercados alternativos

Fravizel esteve em feira no Brasil A Fravizel participou na Fortaleza Stone Fair 2016, exposição internacional de mármores, granitos, limestones, pedras laminadas, máquinas, equipamentos e insumos para a cadeia produtiva das rochas ornamentais e de revestimento. Esta é a segunda edição da feira e a segunda participação desta empresa, que tem como objetivo divulgar e levar os seus produtos além-fronteiras. A Fravizel surge em novembro de 1998, na sequência do que já vinha sendo feito pela Auto-Frazão (atualmente Coremaq- www.coremaq.pt), empresa mãe, com o intuito de servir melhor os nossos clientes quer através da especialização na produção bem como pela rapidez do serviço, funcionando assim como complemento da empresa mãe. O gerente, Eliseu Frazão, iniciou a sua atividade empresarial com a reparação de máquinas e de veículos automóveis, no ano de 1984, em nome individual. Situado numa zona geográfica onde predominam as pedreiras de exploração de calcário, sob várias formas, foram surgindo solicitações do mercado, o que levou o empresário a definir empresa, Auto-Frazão, Comércio e Reparação de Máquinas e Combustíveis, Lda, constituindo-se em 1992. A evolução do negócio originou a diversificação da atividade de onde consta a própria produção de equipamentos para aquelas máquinas onde surge a nova firma, exclusivamente dedicada à construção de equipamentos metalomecânicos - Fravizel S.A.. A Fravizel-Equipamentos Metalomecânicos, tem por missão desenvolver, produzir e comercializar produtos e serviços destinados ao setor da Rocha Natural, Construção Civil e Obras, Florestal, Minas, Portos Marítimos e Indústria em geral obra pública. Com a tecnologia adequada e qualidade superior, visando a satisfação do cliente, contribuindo para o incremento da produtividade, respeitando o indivíduo, a sociedade e o meio ambiente.

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O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o Governo tem trabalhado com as principais empresas e setores exportadores para procurar encontrar mercados alternativos ao angolano e ao brasileiro, cujas compras de produtos portugueses baixaram muito devido às crises que afectam estes dois países. O Primeiro-Ministro fez esta declaração na conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, no final de uma reunião de trabalho, em Lisboa. As exportações portuguesas têm subido na generalidade dos mercados europeus, nos quais a concorrência é maior, nomeadamente da Espanha, da França e do Reino Unido, “mas temos sofrido com situações particulares em alguns mercados importantes para Portugal, como o angolano e o brasileiro”, disse. “Isto exige um esforço acrescido por

parte do Governo e dos empresários para encontrarmos mercados alternativos e prosseguir uma trajetória de aumento das exportações”, disse António Costa, acrescentando que este esforço inclui contactos com empresas exportadoras e com representantes dos principais setores exportadores, e a reunião do Conselho da Internacionalização. “Em conjunto, temos de procurar continuar a aumentar as exportações portuguesas, que é uma componente decisiva para o crescimento do País”, sublinhou.

Visita do importador turco Zemin Collection A AICEP organizou de 11 a 15 de julho, a visita a Portugal do importador turco de pavimentos e revestimentos Zemin Collection. A empresa turca, representada por Hakan Ünal, é importadora de pavimentos e revestimentos em madeira e madeira exótica, laminados e cortiça. Importa estes produtos da Alemanha, Áustria, Itália, Portugal (cortiça marca “Ipocork”), Malásia (madeira exótica) e Indonésia. A empresa é importadora de revestimentos em cortiça de Portugal e está agora interessada em conhecer a oferta portuguesa de revestimentos de madeira e laminados, assim como outros potenciais fornecedores de cortiça, o que pode ser uma oportunidade para os produtores da região do Ribatejo. A Turquia encontra-se em rota de crescimento, antevendo-se que continuarão a

existir oportunidades de negócio para as empresas portuguesas. Tendo em conta a sua situação geográfica privilegiada, a Turquia é também uma potencial plataforma de exportação para a região do oeste asiático. Os produtos florestais portugueses são reconhecidos entre os profissionais do setor na Turquia, existindo margem para incrementar as exportações dos mesmos, em especial de pavimentos e revestimentos.

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