Ribatejo Invest - Maio 2019

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RIBATEJO Maio 2019 • Ano IV • Nº44

Os testemunhos dos presidentes P. 7

As mensagens das empresas fundadoras P. 24

Gala de Aniversário dos 30 Anos da NERSANT P. 70

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ÍNDICE

RIBATEJO Maio 2019 • Ano IV • Nº44 • Edição Especial

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Presidentes da NERSANT 07 José Eduardo Marçal Ruivo da Silva 09 José Eduardo Carvalho 14 Maria Salomé Rafael

Secretários Gerais da NERSANT 17 18 20 21

Joaquim Serrão Octávio Oliveira Filipe Martins António Campos

Empresas Fundadoras 23 Testemunho de Jorge Rocha Matos 24 As empresas fundadoras

Infraestruturas Empresariais 43 Arnaldo Filipe Rodrigues Santos 44 Sérgio Carrinho 45 José Conde Rodrigues 47 Nelson Carvalho 48 António José Ganhão 49 António Rodrigues 50 David Catarino

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70 51 Ricardo Gonçalves 52 Luís Albuquerque

Cooperação 55 Tagusgás 56 PNVT- Parques de Negócios do Vale do Tejo 58 Garval – Sociedade de Garantia Mútua, S.A 61 Tagusvalley 62 Agrocluster Ribatejo 64 NERSANT Seguros, S.A 65 TBCC - Ten Best Civil Cooperation, ACE

Figuras Públicas 66 Anabela Freitas 67 Pedro Miguel César Ribeiro 68 João Freitas Coroado

69 José Mira de Villas-Boas Potes

30 Anos de NERSANT 70 NERSANT assinalou 30 anos ao serviço das empresas com jantar de homenagem aos protagonistas da sua história 78 Galeria de Imagens

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EDITORIAL

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na criação e consolidação da NERSANT. Agradecemos igualmente a todos os que ao longo destes anos integraram os diversos órgãos sociais da NERSANT, as suas direções, aos antigos e atuais colaboradores da NERSANT e a todos os que contribuíram, direta ou indiretamente, para o sucesso desta Associação. Recordamos, nas páginas que se seguem, cada um desses trinta anos de trabalho realizado pela NERSANT, e o que dele resultou para a melhoria da competitividade das empresas e para o desenvolvimento integrado do território.

ara assinalar o 30º aniversário da NERSANT decidiu a atual direção promover um conjunto de iniciativas, a realizar ao longo do ano. Uma dessas iniciativas foi a edição de um livro comemorativo, que ficará para memória futura, como um repositório da história da NERSANT. Nesta edição da revista, procurámos recordar os factos, os projetos mais marcantes e alguns dos protagonistas que fizeram parte desta história, resgatando de um esquecimento involuntário as suas memórias, preservando-as para a posteridade. Foi também nossa intenção homenagear todos aqueles que, no exercício das suas funções públicas, tiveram um papel crucial

FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt

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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT

Periodicidade: Mensal Tiragem: 750 exemplares

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Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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José Eduardo Marçal Ruivo da Silva Presidente da NERSANT (1989-1993)

História de uma Génese

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maginemos um distrito de Santarém sem autoestradas, sem Internet, sem acesso à informação, integrando recentemente a União Europeia e sem consciência dos desafios que iriam ser colocados, com escassez de quadros técnicos e de colaboradores qualificados e sem interligação com as áreas de ensino superior e de investigação. Um tempo e um modo onde ainda não existiam “players” ou “stakeholders”. Este foi o “caldo de cultura” em que nasceu a Associação Empresarial de Santarém. A génese do processo de criação deparou-se também, como é natural, com dificuldades e obstáculos de diversas origens, desde a singular diversidade cultural e morfológica que carateriza o Distrito de Santarém e que afeta de forma indelével o próprio tecido empresarial, até às idiossincrasias eventualmente manifestadas por alguns agentes políticos distritais da altura, perante os titubeantes, mas determinados passos, que o NERSANT procurava dar. Na altura foi marcante o extraordinário apoio não só da Associação Industrial Portuguesa, através do seu Presidente, Comendador Rocha de Matos, como também do então Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas; um autarca de exceção, Arnaldo Santos e ainda de um Ministro da Indústria esclarecido e empenhado, Engenheiro Mira Amaral. A todos presto a minha justa homenagem. Não posso, no entanto, deixar de relevar a vontade inquebrantável de todos os membros que me acompanharam e que integraram os primeiros corpos sociais, dos colaboradores da Associação

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e de todos os empresários que a esta se associaram. Foram eles os grandes responsáveis por manter um rumo que nunca se alterou e culminou na construção da sede e do pavilhão de exposições em Torres Novas. Os objetivos a longo prazo sempre se mantiveram, nomeadamente dotar os empresários do Distrito de Santarém de uma infraestrutura de referência em termos de mostra de atividades, de um polo adequado de formação e reunião, de uma rede de conexões nacionais e internacionais e de um ponto focal onde as empresas se encontravam com o conhecimento, a gestão, a tecnologia e a ciência. Com agrado, registo que estes desígnios não sofreram de fadiga ética, nem

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de desadequação de ideário. Sob a liderança dos Presidentes José Eduardo Carvalho e Maria Salomé Rafael, o NERSANT cresceu, consolidou-se e profissionalizou-se. Revelou-se um dos principais, senão o principal, dinamizador do desenvolvimento do Distrito de Santarém. Reinventou-se nas suas valências e nas suas estratégias sem nunca perder o papel de interlocutor dos empresários perante o poder local e central. Tenho muito orgulho em ter participado convosco neste projeto, e espero que mantenham o rumo face às exigências dos novos tempos. Os empresários e o Distrito de Santarém precisam e merecem um NERSANT forte, inovador e paladino dos valores da ética e da excelência.

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PRESIDENTES DA NERSANT

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José Eduardo Carvalho Presidente da NERSANT (1993-2011)

NERSANT, uma década e meia de muito trabalho

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comandante de uma nau portuguesa disse um dia que “quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável”. Por isso, a principal razão da NERSANT ter concebido e realizado ações, programas e projetos de incontornável interesse para o tecido empresarial e para a região, foi por ter definido de forma clara, uma missão e quatro orientações estratégicas que parametrizaram e enquadraram a sua atividade durante muitos anos.

MISSÃO: Contribuir para o desenvolvimento empresarial e para aumentar a competitividade regional. Introduzir a competitividade da região na missão de uma associação empresarial constituiu a inovação estratégica que acabou por a diferenciar no mercado associativo.

ações; • Mobilizar empresários e outros atores locais para ultrapassar os constrangimentos estruturais que o tecido empresarial apresentava. Estando a estratégia e os objetivos claramente definidos e assumidos pelos seus dirigentes e quadros técnicos, a conceção das ações e das atividades ficou facilitada. A partir daqui, começou-se a trabalhar de forma racional e enquadrada nos objetivos. A associação tinha uma agenda própria e não ações voluntaristas. A sua gestão era orientada para o cumprimento dos objetivos. Constituiu-se uma equipa dirigente coesa, com um elevado sentido de compromisso, pertença, lealdade e disponibilidade.

Deu-se prioridade à seleção e formação de uma equipa técnica recém-licenciada, sem vícios, recrutada por métodos meritocráticos e integrados numa cultura de trabalho rigorosa e exigente. Soube-se distinguir a praxis associativa empresarial da “praxis” política partidária que surgia sempre com uma tentação difícil de conter. Geriu-se com bom senso as relações com as estruturas partidárias locais, mas salvaguardando a independência da sua atividade e ações. Introduziu-se na região ideias, discurso e conceitos novos que facilitaram a mobilização de vontades e atores. Privilegiou-se as relações consensuais com os parceiros estratégicos e aliados, evitando-se que pequenos conflitos pusessem em causa

OBJETIVOS: • Colocar as empresas e a função empresarial num patamar elevado de prestígio, reconhecimento e notoriedade social na região do Ribatejo; • Desenvolver projetos e programas de apoio à melhoria da qualidade de gestão e competitividade das empresas; • Implementar com as autarquias um conjunto de projetos que a região considerava prioritários ao seu desenvolvimento, assumindo que as empresas e os municípios eram os parceiros privilegiados nestas

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PRESIDENTES DA NERSANT

José Eduardo Carvalho Presidente da NERSANT (1993-2011)

objetivos estratégicos. Trabalhou-se com a convicção que não havia regiões subdesenvolvidas mas sim regiões sem atores e sem projetos. Viveu-se o crescimento da associação com paixão e com a convicção de que quando ela acaba é altura de mudar. Viajou-se pela Europa e estudou-se o que de melhor nela se fazia, no apoio às empresas e na competitividade das regiões. Adotou-se uma atitude de cooperação com os governos, enaltecendo ou criticando sempre de forma fundamentada, sem sectarismos e com lealdade. E finalmente, depois de se conseguir atingir a liderança nunca se permitiu que o espaço do trabalho, do apoio e representatividade empresarial fosse ocupado por terceiros. Estes foram os postulados que serviram para sustentar e suportar a grande capacidade de realização dos programas, projetos e ações que foram desenvolvidos. Sem qualquer preocupação cronológica referia os que me recordo.

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Dinamizou-se no tecido empresarial a procura aos sistemas de incentivos colocados à disposição das empresas; melhorou-se a capacitação de empresários através de formação de média e longa duração; fez-se consultoria e formação no interior das empresas; desenvolveram-se projetos de eficiência energética; dinamizou-se o empreendedorismo jovem e criação de novas empresas; criou-se um gabinete de apoio à mulher empresária que permitiu a formação em gestão de pequenos negócios e apoio às suas iniciativas empresárias; criou-se o segundo ninho de empresas no país, que chegou a ter em funcionamento 42 novas empresas; criou-se a Garval, fundada por 112 acionistas regionais (a única sociedade de garantia mútua não participada maioritariamente pela banca), que permitiu o acesso ao crédito bancário das PME durante o período do resgate financeiro, evitando assim a falência de muitas empresas, e que até ao momento emitiu

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cerca de 50.000 garantias a 20.000 empresas, no valor de 2,9 mil milhões de euros; criaram-se 5 núcleos da NERSANT nos principais polos de desenvolvimento do distrito e edificaram-se as respetivas sedes; construiu-se um centro regional de artesanato com o objetivo de desenvolver as profissões artesanais; formaram-se desempregados; constituiu-se uma sociedade de distribuição de gás natural que trouxe competitividade à indústria transformadora do distrito e que investiu até ao momento 111 milhões euros em 938 km de rede e transporta 122 milhões m3 de GN para 40.000 clientes; concebeu-se e conseguiu-se a aprovação de uma ação integrada de desenvolvimento de 48 milhões de euros que foram utilizados na recuperação das margens ribeirinhas do Tejo desde Abrantes até Salvaterra; constituiu-se o Parque Almourol, espaço de atividade e lazer e que também geriu projetos de reabilitação urbana nos concelhos de Chamusca, Constância e Vila Nova

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da Barquinha; criaram-se duas escolas profissionais, uma delas com uma estrutura acionista constituída por 16 empresas e outra em que se edificou as instalações; constituiu-se um Tecnopolo; apoiou-se a Câmara da Chamusca na constituição do eco parque do Relvão; constituíram-se 5 sociedades gestoras, constituídas por 52 acionistas, para dinamizar os parques de negócios do Vale do Tejo e que já investiram 17 milhões de euros. Trabalhou-se, e muito, mas não se conseguiu construir um aterro de resíduos industriais; organizaram-se feiras empresariais, tanto na sede como descentralizadas; mobilizaram-se centenas de empresários e técnicos em atividades lúdicas (Challenger, Karting, Golf); assegurou-se formação a milhares de ativos de empresas; mobilizaram-se recursos financeiros para financiar startup’s, como foi o caso da Ynvisible, agora cotada na bolsa de Toronto; geriu-se sistemas de incentivos (RIME) que originou a

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criação de centenas de micro-empresas; criou-se uma empresa de mediação de seguros, participada por associados; criou-se um restaurante; criaram-se centros de negócios e de empresas; constituiu-se um centro de tecnologia agroalimentar; deu-se parcerias económicas à geminação internacional de municípios, nomeadamente em Cabo Verde, Moçambique, Roménia e Timor; dinamizou-se a estrutura associativa crescendo de forma exponencial o número de associados. Certificou-se todo o sistema de gestão pela ISO-9000, sendo a primeira associação empresarial do país a fazê-lo; concebeu-se e implementou-se o primeiro programa no país de empreendedorismo nas escolas primárias; organizaram-se dois congressos empresariais da região de Santarém, antecedidos de reuniões em todos os concelhos, que envolveram mais de 1000 empresários; construiu-se o edifício sede da associação em Torres Novas e legalizaram-se os terrenos; aumentou-se

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o património imobiliário sem qualquer ónus; editou-se regularmente uma revista de assuntos empresariais; realizaram-se seminários e workshops, pelo menos, uma vez por mês; durante um ano e por todos os concelhos, discutiu-se e elaborou-se um estudo de estratégia empresarial e estudos sobre os principais setores produtivos do distrito; elaborou-se um plano estratégico de inovação e competitividade da região de Santarém; criou-se uma holding que integrou as diversas participações sociais da NERSANT; implementou-se a certificação de qualidade de diversas normas internacionais nas empresas e nas entidades do 3º setor de economia; constituiu-se um cluster agroindustrial; criou-se uma agência de desenvolvimento regional; candidataram-se diretamente à Comissão Europeia projetos e programas europeus, quando a região esteve em phasing out e sem acesso a fundos comunitários do QCA; durante este período conseguiu-se a aprovação de uma “operação

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PRESIDENTES DA NERSANT

José Eduardo Carvalho Presidente da NERSANT (1993-2011)

quadro do programa Interreg” que permitiu a viabilização da NERSANT e a atenuação da falta de acesso das empresas a apoios; neste mesmo período, com o BES e os municípios criou-se um fundo de apoio à criação de micro empresas com bonificações de juros e carências de capital; lançou-se a oferta turística das casas e quintas da região – Casario Ribatejano; entrou-se na estrutura acionista e na gestão executiva do TVT, passando-se de um volume de negócios de 63 mil euros, resultados líquidos negativos acumulados de 1,5 milhões de euros, sem qualquer TEU movimentado e nenhuma composição ferroviária efetuada, para 3,8 milhões de euros de proveitos, 814 mil de EBITDA, 501 mil de resultados líquidos positivos, 107.118 TEU’s movimentados, 2.082 composições ferroviárias efetuadas; realizaram-se as Conversas do Vale do Tejo onde estiveram presentes grandes economistas, advogados e professores universitários como Miguel Cadilhe, Medina Carreira, Mira Amaral, Silva Lopes, Teodora Cardosa, Saldanha Sanches, Germano Marques da Silva, Nuno Crato, Ribeiro Telles; estruturou-se o cluster do móvel em Ourém; criou-se o Idersant que assegurou a formação pós graduada e dois MBA em gestão, em parceria com o INDEG, para empresários e gestores de empresas, e obteve a aprovação de 3,2 milhões de euros para a construção de um centro de incubação no Valleypark, com laboratórios do ISA e do Politécnico de Tomar; em parceria com as associações de municípios lançou-se o 1º programa (Ribatejo Digital) de webização em larga escala das empresas e dos municípios… Foi este o trabalho de uma equipa dirigente competente e empenhada que transformou a NERSANT na maior associação empresarial regional do país, e continua e continuará no futuro a marcar a sua incontornável indispensabilidade na região e no país.

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PRESIDENTES DA NERSANT

Maria Salomé Rafael Presidente da NERSANT (2011-...)

Transformar problemas em soluções

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minha ligação à NERSANT começou há quase trinta anos, pela mão de António José Coimeiro que me convidou para a vice-Presidência (e depois para a Presidência) da ASSOR - Associação Empresarial do Sorraia, mais tarde transformado em Núcleo NERSANT do Sorraia. Foram anos de muito trabalho, onde travámos duras batalhas procurando, entre outras coisas, a melhoria das acessibilidades no sul do distrito. Em 2003, fui convidada pelo Dr. José Eduardo Carvalho para a vice-Presidência da NERSANT. Desses anos, recordo o excelente trabalho desenvolvido por esta associação, na liderança de projetos estruturantes para o distrito, como a distribuição do gás natural, com a criação da Tagusgás, da Garval – Sociedade de Garantia Mútua do Vale do Tejo e da Tagusvalley e a implantação de alguns Parques de Negócios. O contexto favorável vivido durante este período, que possibilitou a utilização dos apoios comunitários para a construção de infraestruturas e equipamentos materiais, não se veio a repetir. No Portugal 2020, foram redefinidas novas prioridades, direcionadas para o conhecimento, sustentabilidade e inovação. Com base nestas novas diretrizes, a NERSANT elaborou o seu plano estratégico para a região onde foram

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identificados projetos prioritários que temos vindo a concretizar, de onde destaco, o apoio à internacionalização das empresas, com a realização de várias iniciativas, entre elas o NERSANT Business, o maior encontro de negócios em Portugal. Com o nosso contributo, as exportações de bens da região aumentaram 32 % entre 2011 e 2017. O apoio ao empreendedorismo tornou-se também uma marca emblemática da NERSANT. A inauguração da Startup Santarém, a primeira do distrito, e o alargamento da Startup Ribatejo a toda a região, foi determinante para a renovação e dinamização do tecido empresarial do distrito, bem como para a criação de várias centenas de postos de trabalho. Em breve, também a Startup Ourém abrirá as suas portas, o que possibilitará apoiar de forma mais efetiva os empreendedores do norte do distrito. Ao longo dos anos, também a equipa de colaboradores foi crescendo no sentido de uma maior especialização e profissionalização, respondendo exemplarmente às necessidades de uma associação que não tem parado de crescer e de se fortalecer. Com o apoio das centenas de empresas que ao longo dos anos integraram os vários órgãos sociais da NERSANT, com o dinamismo das direções que se foram sucedendo, com o surgimento dos cinco Núcleos, sem esquecer o importante papel dos

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presidentes executivos que passaram pela NERSANT, somos hoje uma das instituições mais relevantes do distrito, granjeando o respeito de todas as entidades públicas e privadas com quem interagimos. Em termos associativos, a NERSANT é hoje a maior associação empresarial regional portuguesa, com 2847 associados. O reforço da nossa estrutura associativa tem sido, precisamente, um dos objetivos que temos vindo a prosseguir, com bastante sucesso. Desde 2011, aumentámos em 62% o número de associados, reforçando ainda mais a presença da NERSANT no distrito e

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no país. No momento em que assinalamos 30 anos de história, é um orgulho enorme reconhecer que a NERSANT é hoje uma instituição consolidada, com um capital de experiência e de conhecimento que deve ser valorizado e potenciado. É com esta força e sentido de responsabilidade que a NERSANT encara o futuro, consciente de que terá de se adaptar e reinventar para poder superar os desafios que o futuro nos reserva, sempre com a competência a que nos habituou, estabelecendo pontes e transformando problemas em soluções.

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SECRETÁRIOS GERAIS

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Joaquim Serrão Secretário Geral da NERSANT (1986-1992)

Desmatámos o caminho inicial para a excelência de hoje

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uando em setembro de 1986 ingressei como Secretário Geral no NERSANT – na altura ainda delegação da Associação sarial Portuguesa (AIP) – Empreestava longe de pensar que trinta e três anos depois a NERSANT-AE, viria a ser uma das mais importantes Associações Empresariais do País. Muito me orgulho de, na altura, ter sido o rosto operacional de uma pequena equipa que trabalhou arduamente para que a NERSANT se implanta-se e enraizasse num distrito cujo empresariado não estava muito vocacionado para o associativismo e, ainda por cima, com a sua sede em Santarém, quando o peso empresarial estava a norte da capital de distrito. No entanto, toda a estrutura da NERSANT, desde a Direção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral, tiveram sempre uma atitude muito proativa na implementação e divulgação dos propósitos da NERSANT. Viveu-se o verdadeiro espírito de equipa e associativo, quando meia dúzia de pessoas, na altura, tratavam dos projetos dos sistemas de incentivos comunitários SIBRE E PEDIP; preparavam formações e colóquios para empresários nas principais cidades do distrito. Fizemos parcerias com a Autoridade Tributária para dar formação aos empresários, nomeadamente a nível de IRC/IRS. Trabalhámos para divulgar o mais possível a nova a Associação

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Empresarial do distrito de Santarém. Com a realização da 1ª e 2ª FERSANT, nos pavilhões, da antiga “Casa Nery”, demos um impulso importante no enraizamento da NERSANT, como associação de peso no tecido empresarial do Ribatejo, ao mesmo tempo que mostrávamos o poder empresarial da região com a presença das maiores empresas do distrito. Em simultâneo, desenvolvemos o projeto para a sede da Associação e pavilhão de exposições, em parceria com a Câmara Municipal de Torres Novas. O projeto do novo edifício NERSANT-

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-AE e a sua construção, com todas as suas vicissitudes, deu-nos algumas dores de cabeça para conseguimos, a tempo, realizar nele a 3ª FERSANT. Marcámos definitivamente o calendário empresarial no distrito de Santarém e fomos um grande exemplo para as restantes Associações Empresariais distritais que tinham nascido pela mão da AIP. Nos seis anos que estive como Secretário Geral do NESANT-AE, em conjunto com uma equipa excecional, desmatamos e iniciamos a estrada que hoje está transformada numa auto estrada de excelência.

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SECRETÁRIOS GERAIS

Octávio Oliveira Secretário Geral da NERSANT (1993-1995)

Uma marca com arte e engenho para a desenvolver

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ive o privilégio de estar ao serviço do NERSANT, durante dois anos, entre maio de 1993 e maio de 1995, com as funções de Vice-Presidente Executivo, para as quais fui convidado pelo Engº José Eduardo Marçal, Presidente da Direção, e as quais continuei com o Dr. José Eduardo Carvalho, até decidir regressar à minha casa profissional, o Instituto do Emprego e Formação Profissional. Depois da fase embrionária, iniciada em 1988, o NERSANT instala-se em Torres Novas em 1992/1993, com a inauguração do Pavilhão de Exposições, sendo a FERSANT – Feira Empresarial da Região de Santarém, um evento de relevante importância para a região, cuja primeira iniciativa tinha ocorido em 1990, em Torres Novas, nos Pavilhões da Costa Nery. A FERSANT era a montra económica da região, algo que nunca tinha havido, potenciando um misto de entusiasmo às empresas participantes, e uma obrigação em estar presente, num evento em que os ministros disputavam a agenda, e em que esta apresentava diariamente um ministro, num tempo em que o recato governamental era outro. Viviam-se tempos de euforia económica, ainda no rescaldo da adesão à Comunidade Europeia, de uma grande dimensão do investimento público em infraestruturas, e o PIB em termos reais crescia entre 1990 e 1992, a taxas de 7,6%, 3,37%

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e 3,13%. O ano de 1993 é um ano de recessão e crise, com forte impacto nas empresas, com um decrescimento do PIB em termos reais de 0,69%, consequência do segundo choque petrolífero e de crises do mecanismo cambial, o que em muito influenciou a atividade do NERSANT em 1993. A FERSANT, a principal atividade do NERSANT de então, em 1993 foi organizada com grande dificuldade na adesão de empresas expositoras, diminuindo os espaços exposicionais e mantendo com muita dificuldade a área global de exposição. O NERSANT dispunha, em 1993, de uma pequena estrutura de recursos humanos, muito orientada para a vertente exposicional, atenta à importância do Pavilhão de Exposições e da FERSANT, pelo que procurou rendibilizar-se estas estruturas, dinamizando outras feiras, nos domínos do mobiliário, decoração, e informática. Procurou-se que a dimensão pública e social proporcionasse atividades exposicionais com a realização de um Feira das Escolas e Estabelecimentos de Ensino do Distrito. Ainda assim, remonta a este período uma primeira iniciativa, de natureza pioneira, em colaboração com a AIP/ COPRAI, de uma ação orientada para a criação do próprio emprego por parte de empresárias, a que hoje poderíamos designar uma ação de empreendedorismo com a preocupação do género, com base num programa de formação inicial, fundamentando e alicerçando

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os consequentes projetos empresariais. No domínio do empreendedorismo a NERSANT foi pioneira. Recordo a deslocação a Bruxelas com o Dr. José Eduardo Carvalho para apresentar aos Serviços da Comissão Europeia o nosso propósito de criar um Business Innovation Centre (BIC), estrutura de apoio ao empreendedorismo inovador, em que na altura existia em Portugal apenas uma estrutura, o que veio a ser concretizado e a merecer a aprovação da Comissão Europeia. Os anos de 1993 e 1994 foram de intenso trabalho na reflexão e programação sobre as ações, atividades e investimentos que poderiam ser desenvolvidos pelas Associações Empresariais Regionais, e enquadrados no QCA II (Quadro Comunitário de Apoio), enquanto período de programação plurianual dos Fundos Estruturais. Esta atividade é desenvolvida em sintonia com preocupações estratégicas sobre o futuro do NERSANT, de que resulta a oportunidade de financiamento das estruturas dos futuros Núcleos do Sorraia, no Cartaxo, Santarém e em Abrantes, e do Centro Regional de Artesanato, na Chamusca. O NERSANT foi relevante, a par da Associação Empresarial da Região de Lisboa, no quadro da cooperação das estruturas regionais saídas da AIP – Associação Industrial Portuguesa – na negociação e estabilização com o Ministério da Indústria, de um quadro de financiamento destas estruturas, através

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do SINAIPEDIP - Sistema de Incentivos a Serviços de Apoio à Indústria – que considero determinante na afirmação futura do NERSANT nos domínios técnico, de consultoria e aconselhamento, assim como na sustentabilidade da associação. É neste quadro que a Direção do NERSANT apresenta pela primeira vez o interesse estratégico da promoção de uma sociedade de garantia mútua para o desenvolvimento e consolidação financeiro das empresas, em especial de micro, pequenas e médias empresas. Estes anos foram também de relevante importância na delimitação do que é hoje a NERSANT.

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Na região do Sorraia, designadamente nos concelhos de Benavente, Coruche e Salvaterra de Magos, mas também em Abrantes e Santarém, surgiram movimentos que de alguma forma questionavam a abrangência territorial da NERSANT e o estatuto de representante único da região da atividade económica e das empresas. O tecido empresarial pré existente à NERSANT era constituído por Associações Comerciais de natureza subregional, em declínio de expressão associativa, de reduzido alcance na natureza das atividades prosseguidas, pelo que num primeiro momento havia sido pacífico

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o surgimento da NERSANT, não havendo sentimentos de conflitualidade ou sobreposição, mas de aglutinação ou complementaridade. Neste segundo momento, foi necessário diálogo, persistência, enquadramento e muita liderança para que a NERSANT se consolidasse e afirmasse. O resultado deste processo de disputa de papeis, que o Dr. José Eduardo Carvalho geriu com firmeza e diplomacia, resultou numa NERSANT forte, abrangente e descentralizada no território, uma marca que perdura, e que encontrou quem tivesse arte e engenho para a desenvolver.

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SECRETÁRIOS GERAIS

Filipe Martins Secretário Geral da NERSANT (2002-2005)

O orgulho de fazer acontecer

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er desempenhado funções na NERSANT, primeiro enquanto técnico (1995 a 1998), depois como Diretor Geral (2002 a 2005), foi mais que uma simples passagem num percurso profissional. Em primeiro lugar fica a marca de uma cultura organizacional própria. A NERSANT tem uma identidade muito exclusiva, que marca positivamente as atitudes profissionais futuras. Na NERSANT aprende-se a ser resiliente. Responder ao stress e às pressões diárias com flexibilidade, habilidade e serenidade, seguir um percurso sem perder o controlo, a transformar fraquezas em forças. A importância da concentração e do foco para o sucesso, é outra marca distintiva. Todos acreditávamos naquilo que estávamos a fazer, porque sabíamos que estávamos no caminho certo. Tínhamos a clareza de alcançar um objetivo e trabalhávamos em equipa para o alcançar. Havia um espírito único, um sentir de que enquanto equipa tínhamos nas nossas mãos projetos cujas evoluções iriam contribuir para o desenvolvimento da região e que iriam melhorar a qualidade de vida de todos. Existia uma ânsia de desenvolver projetos marcantes, distintivos e inovadores. Havia o prazer de fazer acontecer. Fosse no desenvolvimento de programas de formação, que iriam contribuir para

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a melhoria da produtividade regional ou criar novas competências alavancadoras de inovadoras iniciativas empresariais (formação Valtejo), na webização e na digitalização empresarial de uma região – um Ribatejo Digital, quando ainda nem se conhecia a Indústria 4.0 – ou na dinamização de projetos de marketing territorial (Operação Quadro Regional, EDDT ou INOCOOP), na criação de estruturas nucleares de apoio à atividade empresarial (tecnopolo, garantia mútua, áreas de localização empresarial, centro de empresas ou incubadora), programas de cooperação para a inovação (Terra do Móvel), de suporte ao empreendedo-

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rismos (Empcriança), na criação de instrumentos de financiamento e suporte a pequenos negócios (SEFES e FAIME), ou na promoção de eventos para fomento da coesão e do espirito de equipa (Challenger), entre outros. Não era um simples fazer. Era fazer acontecer com qualidade. Em 2003, a NERSANT foi a primeira Associação Empresarial em Portugal a ter todos os seus serviços acreditados no âmbito da ISO 9001. São 30 anos de assinável contributo para o desenvolvimento da região. A ação da NERSANT moldou um território, tornando-o mais próspero e competitivo.

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António Campos Secretário Geral da NERSANT (1995-2002; 2005-...)

A NERSANT é realização dos seus associados

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uando José Eduardo Carvalho me desafiou para ingressar na NERSANT, como responsável executivo, foi difícil dizer não! A forma apaixonada como identificou o projeto que tinha para esta Associação Empresarial foi simplesmente contagiante e irrecusável. De 1995 a 2002, foram anos de grande entrega e realizações para o tecido Empresarial Regional. Não havia tradição na importância de uma Associação Empresarial. Foi difícil chegar a muitas empresas e envolvê-las nesta dinâmica. Mais fácil foi ter o compromisso cúmplice da generalidade dos autarcas, pois compreenderam a importância de ter uma organização que fosse capaz de pensar e dinamizar o território. Como se costuma dizer: “Não existem Regiões pobres, mas Regiões sem ideias!”. O planeamento e o trabalho eram muito envolventes. Mais de 12 horas por dia e 6 dias por semana!... Mas valeu a pena! Só assim começámos a construir a melhor Associação Empresarial Regional. Durante a minha temporária ausência da organização – estive como Diretor da Segurança Social de Santarém de setembro 2002 a maio de 2005 –, fui acompanhando de perto o trabalho difícil que ia sendo feito. A partir de 2006, envolvendo-se em novos projetos e mudando o seu modelo de intervenção, a NERSANT deu mais

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um salto qualitativo. Colocando-se mais perto das empresas, permitiu-lhe compreender melhor as suas necessidades e expetativas. Devido ao seu quadro de recursos humanos, muito qualificados e empenhados, a Associação consegue atingir um elevado índice de produtividade. Todos vestem a camisola da NERSANT e do Desenvolvimento Regional. Só assim se tornou possível que a transição para uma nova Presidente de Direção tenha sido feita em crescendo! A Associação consegue um elevado

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grau de concretização dos projetos, aliado a um elevado grau de satisfação das Empresas Associadas. É usual ouvir as Empresas falarem da NERSANT, como sendo uma “coisa sua”. Este é o legado que teremos de procurar manter e transmitir aos que nos seguirem. A NERSANT é vital para o Desenvolvimento Regional! A NERSANT é um indutor da Inovação e Competitividade! A NERSANT é fundamental para as Empresas!

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EMPRESAS FUNDADORAS

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EMPRESAS FUNDADORAS

O papel fundamental da NERSANT para o progresso da região de Santarém e de Portugal Jorge Rocha de Matos Presidente da Fundação AIP

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esde setembro de 1987 que um grupo de empresários da região de Santarém, dinamizado e com o apoio da Direção da AIP - Associação Industrial Portuguesa, se empenhou na constituição do NERSANT. Assim, foi prosseguida uma política de desconcentração de estruturas, iniciada em 1983, materializada na criação e instalação de 12 núcleos regionais, cobrindo mais de 80% do território nacional. Em 22 de julho de 1988, na sessão solene de tomada de posse dos primeiros Corpos Sociais do NERSANT, pude afirmar, na minha qualidade de Presidente da AIP, “o orgulho de partilhar com os empresários da região de Santarém aquele momento e o seu significado de cumprir os objetivos de melhorar o apoio aos associados da AIP, de forma organizada e descentralizada e contribuir para o desenvolvimento equilibrado e harmónico do País”. Gostaria de salientar, nesta ocasião, o papel importante do Eng.º José Eduardo Ruivo Marçal, primeiro Presidente da Comissão Executiva do NERSANT e do seu elenco diretivo, que com um programa de ação importante iniciou um caminho de mais de 30 anos que tem prestigiado o empresariado português e Portugal. Mais tarde, no quadro da estratégia e da política definidas, seguiu-se a progres-

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siva autonomia desses núcleos empresariais regionais ao longo dos tempos, como sucedeu com a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, a 8 de maio de 1989, com a sua transformação em associações empresariais. Instituíram-se estas estruturas associativas de índole regional como baluartes na defesa das empresas e dos empresários e da livre iniciativa económica. Realço, aqui, também, o extraordinário trabalho realizado ao longo destes 30 anos por todos os presidentes, órgãos sociais e colaboradores da NERSANT, nomeadamente o Dr. José Eduardo Carvalho, Presidente da Direção de 1994 a 2011, e todos os diretores-gerais, que permitiram que esta instituição se alcandorasse como uma das mais prestigiadas associações a nível nacional, constituindo exemplo para as demais e contribuindo fortemente para o progresso da região de Santarém e de Portugal.

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Estou certo de que as raízes que alicerçaram a sua constituição e cresceram ao longo destes mais de 30 anos, com um trabalho de destaque na formação, no apoio ao desenvolvimento tecnológico, ao emprego e à internacionalização das empresas, entre outras áreas, são o garante de um futuro com ainda mais êxito em prol das empresas e dos seus anseios de progresso. A finalizar, gostaria de expressar na pessoa da atual Presidente da Direção, Dra. Maria Salomé Rafael, que desde já felicito por este aniversário, assim como a todos aqueles dirigentes e empresários da Região que laboriosamente construíram, e continuam a construir, a história de sucesso da NERSANT, do Associativismo Regional e do Associativismo em geral, os meus votos de parabéns pelo 30 º aniversário de uma instituição que valoriza incontestavelmente a Região e o País.

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EMPRESAS FUNDADORAS

EMPRESAS FUNDADORAS Empresa

Representantes

Localização

António Nunes de Carvalho S.A.

Fernando Pedro de Carvalho

Alcanena

Bindopor, Lda.

José Costa Rodrigues

Ourém

Bonduelle (Portugal) - Agroindústria, S.A.

António Manso

Santarém

CAIMA - Indústria da Celulose, S.A.

Gualter Nunes Vasco

Constância

Gapic, Lda.

Maria Graciete Serras

Entroncamento

J.S. Gouveia (Metalomecânica), Lda.

Paula Duarte

Santarém

JJM Esperança Lda.

José Esperança

Torres Novas

Joaquim Verdasca Júnior Herdeiros, Lda.

Joaquim Verdasca

Ourém

José Marques Agostinho, Filhos & Cª, Lda

António Maria de Almeida Serra Quintela

Entroncamento

Madeca - Madeiras de Caxarias, S. A

João Verdasca

Ourém

Nobre Alimentação, Lda.

Rui Silva

Rio Maior

Renova - Fábrica de Papel do Almonda, S.A.

António de Andrade Tavares

Torres Novas

Soladrilho S.A.

José Dias Vieira

Entroncamento

Turrisconta - Contabilidade e Gestão, Lda.

António Rodrigues

Torres Novas

UNICER S.A.

Jorge Monteiro

Santarém/Porto

Victor Guedes- Índustria e Comércio S.A.

Luís Bernardo Carola Simões

Abrantes

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António Nunes de Carvalho S.A.

Um parceiro incontornável no desenvolvimento regional Por Pedro Carvalho

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ensar nos 30 anos da NERSANT é, para nós, sinónimo de evolução num espaço cada vez mais competitivo em que o peso de uma região se valoriza face ao passado. A nossa história mais recente reflete isso mesmo e acredito que continuará seguramente por muitos mais anos em benefício de toda esta comunidade de empresas que contam muito mais por estar juntas e que, por estarem juntas, serão seguramente mais fortes. Em cem anos de história desta empresa sabe muito bem ter a NERSANT por companhia nos últimos trinta ...e com muitos mais pela frente.

Bonduelle Portugal S.A.

Trinta coincidências Por António Manso

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trigésimo aniversário da NERSANT coincide com o trigésimo aniversário da Bonduelle Portugal e, igualmente, com os 30 anos de filiação da Bonduelle na NERSANT, pelo que podemos testemunhar, com satisfação, a vitalidade, o dinamismo, a proximidade e o apoio que a NERSANT nos têm disponibilizado ao longo de três décadas. O desenvolvimento e a modernização do tecido económico da região sempre foram uma prioridade ao longo dos anos, por isso, acreditamos que com a estratégia e a organização existente, todos continuaremos a fortalecer-nos.

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FEIRA MOSTRA

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CARTAZ GENÉRICO ..........

Dia 3 julho Quarta 23h00 - Hot Play Tributo a Coldplay Dia 4 julho Quinta 23h00 - DJ Pantaleão Dia 5 julho Sexta 23h00 -

Mariza

Dia 6 julho Sábado 23h00 -

Capicua

Dia 7 julho Domingo

18h00 - Recreio da Anita (Infantil) 22h30 - Micaela www.nersant.pt

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Bindopor, Lda.

Um caminho admirável, no panorama do Associativismo Português Por José Costa Rodrigues

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comemoração dos 30 anos da NERSANT, remete-me inevitavelmente para a constituição da Bindopor em Janeiro de 1985, há 34 anos portanto. Recordo que uma das primeiras iniciativas que tomei foi a de inscrever a empresa como associada da AIP, por considerar de relevância maior o Associativismo Empresarial. À data, sem a existência ainda de Ner’s na nossa região, a Associação Industrial Portuguesa aglutinava em grande medida o associativismo empresarial com carácter nacional. Com o surgimento primeiro da Nerlei no final de 85, a Bindopor passou a integrar a

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estrutura de Leiria, tendo em 1988 transitado, por questões “territoriais”, para a NERSANT, que entretanto se constituía como Núcleo da AIP para a região de Santarém. Foram tempos de “desbravar” o território ainda desconhecido do Associativismo Empresarial Regional, em que a primeira batalha que foi necessário travar se prendia com o sentimento de individualismo que grassava no tecido empresarial, em contraponto à cooperação e à associação de esforços com vista à defesa de interesses e objectivos comuns. Ao longo destes 30 anos, a NERSANT percorreu um caminho admirável, único no panorama do Associativismo Português, tendo granjeado uma relevância que em muito ultrapassa as suas naturais fronteiras territoriais – o distrito de Santarém – onde representa mais de 90% do VAB

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da região. É obra! Hoje, a NERSANT é respeitada também a nível nacional e a sua voz é escutada nos meandros do poder político e das diversas Instituições em que tem assento e com as quais colabora de forma proativa, positiva, tendo como primeiro objectivo a intransigente defesa das empresas e por essa via, da economia nacional. Obrigado NERSANT, obrigado a todos aqueles que ao longo destes 30 anos assumiram cargos de Direcção na Instituição, sempre com inevitável sacrifício da sua própria vida empresarial e pessoal. Uma última palavra para o contributo da extraordinária e dedicada equipa de técnicos e colaboradores da NERSANT, sem a qual nada teria sido possível. Obrigado.

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EMPRESAS FUNDADORAS

J.S. Gouveia, Lda.

Sempre contámos com o forte apoio da NERSANT Por Nuno A. Duarte, Nuno Sérgio Duarte e Paula Gouveia Duarte

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m 1935, nascia em Santarém a empresa João dos Santos Gouveia, cujo proprietário, pai e avô dos atuais proprietários, entendeu abrir uma firma similar à que já possuía em Lisboa. Durante dezenas de anos a JSG, foi progredindo no campo da metalome-

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cânica e nos serviços aos industriais ribatejanos, ganhando fama e proveito do seu trabalho honesto e sempre pronto a bem servir o seu cliente. Contudo, mercê de um entusiasmo mal medido de alguns dos seus sucessores, com investimentos avultados fora do seu “case business” em Portugal e investindo forte em Moçambique, viu-se “apanhada” pela crise em Portugal, que a levou a sofrer fortes perdas e a ter de recorrer a um PER. Hoje, passados cinco anos, do início da nossa crise,

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encontramo-nos em plena recuperação, com forte aumento nas vendas e nos serviços, estando crentes que um futuro risonho nos voltará a sorrir. Para esse futuro próximo, mesmo no auge da crise, sempre contámos com o forte apoio da NERSANT, de que somos um dos membros fundadores. Não podemos pois, deixar passar o nosso agradecimento pela prestimosa colaboração, que a vossa associação nos tem prestado ao longo dos seus 30 anos de existência.

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Caima - Indústria de Celulose, S.A.

Um excelente exemplo de economia colaborativa Por Gualter Vasco

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NERSANT comemora, em 2019, os seus 30 anos de existência, coincidindo com a celebração dos 130 anos da Caima Indústria de Celulose, empresa que, precisamente quando completou o seu centésimo aniversário, fez parte do seu núcleo fundacional. A Associação Empresarial da Região de Santarém tem-se constituído, ao longo das últimas três décadas, como um fator de forte dinamização do tecido empresarial do Ribatejo. Esta dinamização tem ido bastante além daquele que tradicionalmente é o desafio destas organizações. Através da partilha de conhecimento, da busca de novos mercados, mas também do estímulo à criatividade e ao empreendedorismo ou à constituição de clusters, a NERSANT tem-se afirmado como uma estrutura de convergência a quem a região deve boa parte do seu dinamismo económico e empresarial. A Associação e os seus dirigentes, ao longo dos tempos, têm percebido o enorme potencial desta região, que conjuga uma ímpar localização geográfica com as condições naturais necessárias à criação de riqueza, ao desenvolvimento da comunidade e à retenção e atração de talento. A Caima, enquanto membro fundador, tem ela própria apostado na inovação e no contínuo empreender, de modo a, década após década, dar o seu contributo para a criação de valor na região. A empresa é a única a nível nacional a produzir pasta de celulose destinada a aplicações que vão desde o revestimento de medicamentos até ao têxtil ou aos ecrãs de smartphones, exportando a totalidade da sua produção, maioritariamente

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para a China. Como bem o demonstra o número cada vez mais significativo de empresas que adere à NERSANT, o associativismo empresarial tem na estrutura da região de Santarém um excelente exemplo de economia colaborativa, de intercâmbio e troca de experiências entre empresas de dimensões e setores diferentes, que encontram na Associação uma plataforma onde a convergência de interesses, a capa-

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citação para o negócio ou simplesmente a troca de ideias, são tratados de forma competente e profissional. As empresas têm hoje importantes desafios pela frente, com uma crescente exigência por parte dos mercados e dos consumidores; questões relacionadas com a sustentabilidade económica, ambiental e social dos negócios marcarão seguramente a agenda dos próximos anos da Associação.

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EMPRESAS FUNDADORAS

Joaquim Verdasca Júnior Herdeiros, Lda.

Bem-hajam!

Por Joaquim Verdasca

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com muito orgulho que prestamos o nosso testemunho na passagem destes 30 anos da constituição da NERSANT, não só por estarmos desde o início neste projeto associativo regional de grande impacto, mas, principalmente, pelo que representou para o desenvolvimento das empresas existentes na nossa região e, em geral, de toda a envolvente económica estes 30 anos de NERSANT. Desde o início que se tornou claro para nós que uma associação empresarial de âmbito mais alargado, regional/distrital, teria mais possibilidades de trazer para a nossa região os instrumentos e ferramentas disponíveis para apoiar o tecido empresarial, pois, como quase em tudo, também aqui, a dimensão aumentaria

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a eficiência e eficácia na utilização dos recursos e maior poder negocial, quando necessário. Por isso escolhemos estar presentes desde a primeira hora. Passando pelo apoio à qualificação e reforço de competências dos recursos humanos, empresários e colaboradores, ao investimento produtivo, aos apoios à exportação e internacionalização, à modernização dos processos de gestão, à inovação nas várias vertentes, incluindo a utilização das tecnologias digitais, em tudo teve a NERSANT um papel proeminente junto das nossas empresas, quer como promotor directo de programas e iniciativas nas várias vertentes referidas quer, outras vezes, como catalisador e organizador de vontades , interesses e recursos capazes de levar a bom termo projetos ambiciosos que transformaram a nossa paisagem económica. Orgulhamo-nos de ter estado presentes em vários projetos em parceria com a

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NERSANT que muito contribuíram para a melhoria do desempenho da nossa empresa, nomeadamente a nossa parceria no âmbito do Sistema de Incentivos, Qualificação PME-Vale Inovação, através da qual implementámos o sistema de gestão pela qualidade de acordo com a norma ISO 9001, tendo alcançado a certificação no ano de 2014; e ainda a nossa parceria no âmbito do programa MOVE-Organização e Gestão, que nos permitiu afinar competências e processos em direcção á excelência. Quero ainda, em nome pessoal e enquanto empresários, prestar homenagem às várias direcções da NERSANT pelo excelente trabalho desenvolvido durante estes 30 anos, felicitar a NERSANT pela passagem deste aniversário, ainda uma jovem associação, na flor da idade, e desejar muitos mais anos tão ou mais profícuos que os já decorridos como, estou certo, vão ser. O nosso muito obrigado!

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José Agostinho & Filhos, Lda. Uma história com 124 anos Por António Maria de Almeida Serra Quintela

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Sociedade José Marques Agostinho, sedeada no Entroncamento, nasce em 1895, ainda que sob forma de sociedade unipessoal. Em dezembro de 1924, o fundador constitui uma sociedade por quotas com os seus filhos Jacinto e António, denominada José Agostinho & Filhos, Lda. Com a entrada dos dois filhos na sociedade, esta ganha maior dinamismo, com expressão notável em três iniciativas marcantes, a saber: Em 1933, surge a primeira fábrica de vinagres de Portugal. O vinagre Cristal teve aqui o seu berço. Em 1941 a empresa estabelece a primeira adega de Portugal para a produção de vinhos espumantes fabricados pelo “Método Charmat”. O vinho Magos nasce nesta adega. Por último, em 1946 constitui a Sociedade Produtora de Fruta Líquida, Lda.

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Esta fábrica começa a laborar no ano seguinte com sumos de uva, sob a marca Grapina. Com a morte do Sr. António Marques Agostinho, o líder incontestado deste projecto, a sociedade é sujeita a várias alterações societárias e vendida em 1950 ao grupo Cuf, que altera a sua denominação social para COMPAL – Companhia Produtora de Conservas Alimentares. Para além das características de organização e de inovação da Sociedade José Marques Agostinho & Filhos Lda, esta sociedade teve sempre uma orientação para o relacionamento com outras empresas em regime associativo, procurando não só a criação de parcerias amistosas e produtivas, mas também a procura de um grupo institucionalizado e com capacidade de influência junto dos sistemas empresarial e político do país. Assim se verificam as adesões da empresa à CIP e à CCIP. E em 1989 a Sociedade José Marques Agostinho & Filhos, Lda participa na constituição da NERSANT com o espírito que sempre a norteou. Esta Sociedade tem defendido o princí-

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pio de que uma Associação só é forte e eficaz na defesa dos legítimos interesses dos seus Associados se participada por estes, em apoio às iniciativas da sua Associação. A relação com a NERSANT tem sido enquadrada no sentido do apoio e participação da nossa empresa, mas tem que ficar dito claramente que a NERSANT tem dado à empresa José Marques Agostinho um suporte exemplar e precioso. A NERSANT apoiou com simpatia e grande profissionalismo todas a iniciativas da nossa empresa, tendo até à data traduzido os seus esforços em resultados efectivos. Esperamos que a NERSANT continue o seu percurso de “Melhor Associação Empresarial Regional”, que os seus associados façam a sua obrigação, lhe prestem o suporte necessário, permitindo assim que seja conseguido o desiderato em apreço. A todos os membros dos corpos sociais e a todos os colaboradores da Associação Empresarial da Região de Santarém, o nosso sentido obrigado.

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JJM Esperança, Lda.

São 30 anos a surpreender e a ajudar Por José Esperança

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ensar nos 30 anos da NERSANT é, para nós, sinónimo de evolução num espaço cada vez mais competitivo em que o peso de uma região se valoriza face ao passado. A n o s s a h i s t ó r i a m a i s re c e n t e

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reflete isso mesmo e acredito que continuará seguramente por muitos mais anos em benefício de toda esta comunidade de empresas que contam muito mais por estar juntas e que, por estarem juntas, serão seguramente mais fortes. Em cem anos de história desta empresa sabe muito bem ter a NERSANT por companhia nos últimos trinta ...e com muitos mais pela frente.

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Nobre Alimentação, Lda. Assim continue por mais 30 anos Por Rui Silva

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constituição da NERSANT em 1988 representou um marco histórico para a região de Santarém. Hoje, volvidos 30 anos, é inegável o valor que a Associação trouxe – e continua a trazer – ao tecido empresarial da região e, por consequência, à sua dinamização socioeconómica. A capacidade de valorizar, defender e representar os interesses das empresas da região tem permitido apoiar e reforçar os seus níveis de competitividade nos mercados nacional e global. Exemplos ao nível da inovação e desenvolvimento tecnológico, do

empreendedorismo, da cooperação e internacionalização, da formação e qualificação de recursos humanos, são demonstrativos da confiança que as empresas, como a Nobre Alimentação, depositam no trabalho da Associação. A importância e o valor que a NERSANT aporta às empresas é facilmente confirmada pela sua estrutura associativa, com a entrada de mais de 100 novas empresas associadas só na primeira metade de 2018. A capacidade de resposta e a proximidade ao tecido empresarial da região do Ribatejo tem permitido manter as empresas na rota do sucesso. Que assim continue a ser nos próximos 30 anos!

Soladrilho, S.A.

Exemplo de referência Por José Vieira

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com muito gosto e alguma emoção que vejo o NERSANT a celebrar os seus 30 anos. No decurso destes anos desempenhou um papel fundamental na defesa dos interesses não só dos seus associados mas de todo o tecido empresarial da nossa região, sendo hoje um exemplo de referência do que melhor se faz a nível associativo. Parabéns ao NERSANT e seus associados.

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Renova S.A.

Dinâmica, empreendedora e inovadora

Por Andrade Tavares

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Renova associa-se, com grande satisfação, à comemoração dos trinta anos da NERSANT, marco de grande referência na nossa prestigiada associação. Desde a primeira hora que sabíamos que havia espaço e necessidade para fazer surgir uma organização de apoio ao tecido empresarial da região, pelo que foi com convicção o nosso envolvimento na constituição desta associação empresarial. A vida empresarial tem-se tornado cada vez mais complexa e, sobre todos os aspetos, cada vez mais exigente, pelo que a existência de uma estrutura dinâmica, empreendedora e inovadora que seja um

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apoio esclarecido e fiável às empresas é uma mais valia inquestionável. Estar, em todas as suas vertentes, atento às necessárias dinâmicas regionais na consolidação das empresas é também um fator distintivo e uma enorme mais valia. A NERSANT conseguiu fazer esse caminho e hoje é um ator insubstituível na nossa região. A NERSANT entrosou-se com o tecido empresarial respondendo a muitas das suas necessidades e anseios. Não poderemos esquecer alguns dos projetos diferenciadores em que se envolveu: constituição da empresa de distribuição do gás natural, implantação no território de alguns parques de negócio, a constituição da sociedade de garantia mutua e o desenvolvimento do projeto de turismo no parque Almourol. Talvez com menos visibilidade, mas não

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menos importante, tem sido a dinamização de inúmeros projetos de apoio às empresas, na formação, na certificação da qualidade, na internacionalização, na cooperação, no empreendedorismo, entre muitos outros. A NERSANT está de parabéns pelo que fez e trouxe à região. As empresas estão de parabéns por terem acreditado neste projeto. Prova disso é a estrutura associativa com mais de 2.000 empresas. Não poderíamos deixar de referir que a estabilidade existente na NERSANT também foi um fator que facilitou este sucesso. Em 30 anos, lideraram esta associação três empresários: O Eng.º José Eduardo Marçal, o impulsionador, o Dr. José Eduardo Carvalho, o estratega e a Drª Maria Salomé Rafael, a diplomata. A eles o nosso bem-hajam.

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Turrisconta, Lda. A mudança da NERSANT para Torres Novas Por António Rodrigues

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pós o desinteresse manifestado pelo município de Santarém para acolher naquela cidade a sede da delegação distrital da AIP-Associação Industrial Portuguesa, Torres Novas passou a ser opção séria. Corria o ano de 1988. Enquanto representante da Turrisconta, que havia fundado em 1979, fui contactado para ajudar a promover a instalação daquela que viria a ser, um ano depois, a base da fundação do NERSANT. Assumi a presidência do Conselho Fiscal, tendo como Presidente da Direção o Eng. José Eduardo Marçal, de Abrantes, e Presidente da Assembleia Geral o Engº

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António Alves Roldão, e assim se fundou em 1989 a NERSANT, com sede na cidade de Santarém. Ignorar aqui o papel da então presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, na pessoa do seu presidente Arnaldo Santos, para além de injusto seria fugir à verdade da história. De facto, o seu apoio na cedência dos terrenos, permitiu que a NERSANT promovesse a construção do seu Pavilhão, inaugurado em 1992, transferindo-se a sede de Santarém para Torres Novas em 1993. Tive o privilégio de participar na inauguração do Pavilhão da NERSANT enquanto fundador e, mais tarde, enquanto Presidente da Câmara de Torres Novas, participar na inauguração, em 2001, do novo edifício complemen-

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tar para nele se instalarem serviços de Administração. Eram outros os tempos e eram outras as realidades sociais e económicas. Estava-se no limiar do processo evolutivo das novas tecnologias; não se deve, pois, ignorar o impacto que a NERSANT teve no tecido económico da região, muito em particular, fruto da organização de feiras temáticas e, fundamentalmente, o papel que a Fersant – a feira anual da associação – teve em todo o distrito. E a NERSANT aí está, sempre e cada vez com mais pujança no apoio à afirmação do universo empresarial e económico de toda a nossa região, sendo por isso, uma das melhores a nível nacional na sua área de ação. Parabéns à NERSANT.

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Victor Guedes S.A.

A capacidade de ouvir e de entender para ajudar

Por Luís Simões

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o mesmo ano em que a Victor Guedes S.A., uma das empresas fundadoras da NERSANT, celebra os 100 anos da marca Gallo, quero de felicitar NERSANT pela celebração dos seus 30 anos. As associações, as empresas e as marcas antes de serem grandes, foram pequenas. A NERSANT hoje é uma grande

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associação empresarial. Mas NERSANT também foi pequena. Muitas empresas suas associadas também elas foram pequenas. Estas empresas cresceram e com elas cresceu a NERSANT. Neste processo a região cresceu, o pais cresceu. Uma associação empresarial, como a NERSANT, tem e teve um papel muito importante neste crescimento. Este papel implica a capacidade de ouvir e entender as reais necessidades das empresas associadas, consequentemente procurar

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soluções para suportar o seu desenvolvimento. Em particular aquelas que necessitam dar os seus primeiros passos, que têm a iniciativa, mas que ainda lhes falta a organização. As que querem internacionalizar-se, mas que ainda não sabem por onde começar. As que com o crescimento criam emprego, mas que sofrem com a falta de qualificação dos seus colaboradores. Este tem sido o papel principal da NERSANT, e acredito, continuará a ser o seu papel no futuro.

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INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS

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Arnaldo Filipe Rodrigues Santos Ex-presidente da Câmara Municipal de Torres Novas

O apoio do Município à instalação da NERSANT em Torres Novas

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erá sido no início dos ano 90 do século XX, que o então Presidente da Direcção do NERSANT, Eng. José Eduardo Marçal, contactou a Câmara Municipal de Torres Novas, na minha pessoa, enquanto Presidente da mesma. Pretendia o Sr. Eng. conhecer a disponibilidade do Município para apoiar e participar na construção de um Pavilhão de Exposições e sede da jovem associação NERSANT, então sediada em Santarém. De imediato a nossa autarquia se disponibilizou para apoiar o projeto e disponibilizou o terreno , bem localizado, junto ao nó do então designado IP 6, hoje A 23, sem custos para a sua Instituição. A rápida adesão a este projeto, estava fundamentada e respondia a uma estratégia já previamente definida e assumida pela Câmara Municipal. Estava em curso a dinamização da Zona Industrial de Torres Novas, a criação da zona empresarial em Zibreira , junto ao Nó da IP 6/ A23 com a A1 e em marcha a instalação de Terminal Multimodal em Riachos (projeto já sonhado nos anos 60 ) junto à linha de caminho de ferro do Norte o qual beneficiaria desse facto e da proximidade às infraestruturas ferroviárias existentes no Entroncamento e já com a garantia da instalação de serviços alfandegários. O que veio a confirmar-se. A localização geográfica e estratégica de Torres Novas no distrito de Santarém, a sua centralidade no país, as acessibilidades rodoviárias e ferroviárias (A1, A23, Linha do Norte de Caminhos de Ferro) aliada à história empresarial de Torres Novas e à dinâmica que estava a ser imprimida no Concelho, eram razões suficientes e optimi-

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zadas para a instalação do NERSANT neste local. Acresce também à imediata adesão do Município ao projeto, a necessidade sentida de criação de um espaço que pudesse acolher feiras e exposições permanentes, num pavilhão que reunisse condições e pudesse dar resposta às diferentes iniciativas, que ao tempo já eram realidades em Torres Novas, como a Feira Nacional de Caça e Pesca, Feira Nacional dos Frutos Secos, entre outras, mas realizadas em espaços que para o efeito iam sendo improvisados. Entendeu-se e assumiu-se concretizar uma parceria entre o Município de Torres Novas e a NERSANT, de forma a dar resposta às iniciativas de ambas as Instituições, com claros benefícios mútuos na racionalização dos investimentos e sua utilização. Assim foi durante anos. A urgência na construção da infraes-

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trutura em causa impunha celeridade nas decisões, o que se verificou, num permanente diálogo entre os representantes de ambas as partes. Quero aqui testemunhar a visão, o empenhamento, o profissionalismo, a ousadia e dedicação dos então dirigentes do NERSANT, de forma particular ao seu Presidente de Direcção, Eng. José Eduardo Marçal, sendo de sublinhar a determinação de todos os seus protagonistas. Queremos aproveitar a oportunidade para manifestar as nossas felicitações e reconhecimento do mérito a todos quantos ao longo de trinta anos têm feito a história do NERSANT, dedicando o seu saber e a sua disponibilidade para construírem a Associação que é hoje uma referência na Região e no País no apoio aos nossos empresários e empresas.

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INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS

Sérgio Carrinho Ex-presidente da Câmara Municipal da Chamusca

Um parceiro incontornável no desenvolvimento regional

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á 30 anos, quando este projeto apareceu, também participei em algumas reuniões e apercebi-me de que estava a acontecer algo de importante para a região. Acompanhei a constituição da Associação Empresarial, primeiro com José Eduardo Marçal e depois com José Eduardo Carvalho, e participei em todas as atividades desenvolvidas na região. Não me enganei, pois a criação da NERSANT permitiu que houvesse mais cooperação, mais formação, circuitos onde se formaram técnicos, e parcerias com as câmaras municipais, com projetos diferenciados em função das realidades dos diferentes municípios. Devo sublinhar que o concelho da Chamusca era dos mais difíceis da região, com um território muito grande, pouca população e escasso desenvolvimento, um concelho onde quase tudo estava por

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fazer em termos de desenvolvimento económico. Nessa época, partimos de duas realidades que existiam no concelho da Chamusca: uma era o artesanato informal, que as pessoas faziam como “hobby”, e outra o restauro de mobiliário, com boas oficinas de restauro que trabalhavam para as casas ricas que aqui existiam na altura. Com base nessa realidade, aproveitámos um edifício defronte dos Paços do Concelho que estava devoluto e montámos, em parceria com a NERSANT, a estrutura do Centro Regional de Artesanato, que acolheu várias oficinas de artesãos e de restauradores e onde, durante anos, funcionou um espaço de venda de artesanato. Com o tempo tudo muda, mas o Centro de Artesanato ainda hoje permanece disponível e a funcionar, embora com menor expressão do que quando foi criado. A economia do setor passou então a estar organizada num espaço. Do trabalho

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realizado com a NERSANT, destaco também as parcerias que foi possível fazer, por exemplo, com as escolas profissionais de Salvaterra de Magos e de Torres Novas, muitas ações de formação em cooperação com a Câmara, ações de formação profissional, intervenções de técnicos da NERSANT em projetos ligados às escolas, na área da economia e do desenvolvimento empresarial. É incontestável a cooperação que houve nos vários setores, incluindo vários projetos com os municípios vizinhos em torno do rio Tejo e em diversas áreas. Nem tudo terá corrido na perfeição, mas o balanço destes 30 anos é muito positivo. O aparecimento da NERSANT veio mudar e muito o panorama do desenvolvimento e da economia da região, promovendo o diálogo e a cooperação das várias entidades, permitindo o melhor aproveitamento dos fundos comunitários, dos conhecimentos, da inteligência e dos recursos deste território.

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José Conde Rodrigues Ex-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo

Quando o meu caminho se cruzou com a NERSANT

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elebrar é sempre procurar na memória, vasculhar o tempo pretérito, encontrar fundamentos, raízes, justificações, que assinalem um sentido para o que se celebra. Nesta circunstância, está em causa o associativismo empresarial de base regional, mais concretamente, da região de Santarém, o mesmo é dizer, do Ribatejo, desde a Lezíria ao Médio Tejo. Um associativo assente na saudável sociedade civil, mas que cedo soube construir a ponte com os poderes locais, com

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as diversas instituições públicas, entre elas o próprio Estado, as Universidades e Politécnicos, para conseguir crescer, acrescentar valor à sua atividade. E foi precisamente aqui que o meu caminho se cruzou com a NERSANT e a sua dinâmica de desenvolvimento empresarial. Na verdade, nos já longínquos anos noventa, mais concretamente em 1996, sendo eu um jovem Presidente de Câmara, à frente dos destinos do concelho do Cartaxo, surgiu a ocasião para fazer um pouco de história no âmbito do empreendedorismo empresarial: a criação do CADECC – Centro de Apoio à

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Dinamização Empresarial do Concelho do Cartaxo. Com efeito, este Centro, inovador para a época em toda a Região, resultou de uma parceria entre a NERSANT, que contribuiu com o conhecimento e experiência da sua rede regional, e o Município do Cartaxo, que cedeu instalações e suportou os custos de funcionamento, ficando a gestão do Centro a cargo de ambas as partes. Comprámos, na época, as antigas instalações da CGD, no centro da então Vila, um ano depois cidade do Cartaxo, com essa finalidade, representando também esse ato, uma aposta na recuperação de património local ligado às empresas e à vida das gentes de todo o concelho. Enfim, já lá vai um bom tempo decorrido e muita coisa foi, entretanto, acontecendo pelo mundo, quer das autarquias, quer das empresas e do seu movimento associativo, mas a semente ficou e durante muitos anos esse foi um bom exemplo de parceria público-privada em prol da economia local, da consequente criação de riqueza e emprego, com reflexo natural no bem-estar de todos! E se esta é a minha pequena história, muitas outras existirão, seguramente, com evidente sucesso, espraiadas por toda estas belas e históricas terras do nosso país. Parabéns, pois, para a NERSANT, ao celebrar trinta anos de vida, sempre a defender a região, as suas empresas e empresários. E que o futuro seja ainda mais sustentável e frutífero para empresas portuguesas, unidas nas suas associações representativas, mas também através da qualidade da gestão, bem como do esforço inovador e dedicado de cada empreendedor.

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Nelson Carvalho Ex-presidente da Câmara Municipal de Abrantes

Uma parceria virtuosa

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Câmara Municipal de Abrantes, a que presidi (1994-2009), procurou desde a primeira hora uma parceria ativa com a NERSANT, tendo encontrado no seu Presidente, Dr. José Eduardo Carvalho, a vontade, o dinamismo e a competência para uma resposta à altura, desenvolvida durante anos de trabalho conjunto, e com resultados à vista. A primeira parceria, que marcou o estilo e os objetivos, foi a instalação do Centro de Apoio e Dinamização Empresarial, onde

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foi instalado o Núcleo NERSANT dos Concelhos de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, ocorrida em 1996. Primeiro no Edifício Falcão, adquirido no âmbito de uma candidatura apoiada pelo NERSANT e Câmara; e posteriormente relocalizado no Tecnopolo, num dos primeiros edifícios a ser recuperado e reutilizado. Entretanto, a Câmara viria a adquirir as antigas instalações da Quimigal, em Alferrarede, no sentido de promover a sua recuperação e reutilização para a instalação de serviços de apoio avançados ao desenvolvimento empresarial, constituindo um projeto diferenciador de Abrantes no contexto de especialização e complementaridade na Região do Médio Tejo e do Vale do Tejo, em particular no célebre triângulo estratégico Abrantes /Tomar/Torres Novas. Também neste âmbito, a cooperação e a parceria com o NERSANT foram decisivas. Imediatamente com o estudo para o desenvolvimento de um Tecnopolo e a contratação do Professor Lacave, um especialista francês, que nos fez o estudo básico de orientação estratégica, apontando sempre para a inclusão de um centro de apoio para a inovação no agro-alimentar dada a vocação e a realidade do Vale do Tejo como região agrícola. Organizaram-se visitas de trabalho diversas a instituições como o tecnopólo de Bruxelas incluindo um laboratório para o setor alimentar, Laboratórios e centros de apoio na região de Lille e em Montpellier (Tecnopólis), em França, e à região de Múrcia, Espanha, para conhecer as modalidades e os instrumentos de apoio à inovação e qualificação no agro-alimentar. A partir deste trabalho desenvolveu-se o conceito, o projeto e a instalação do

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InovLínea (Centro de Apoio à Inovação no Agro Alimentar), com a recuperação e reutilização de um pavilhão apoiadas financeiramente no âmbito de fundos comunitários. A certa altura do processo entendeu-se necessária a criação de uma associação gestora do Tecnopolo, numa parceria entre a CM Abrantes, a NERSANT e o Instituto Politécnico de Tomar, particularmente através da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Viria esta associação a designar-se TagusValley, fixando também o nome do projeto glogal (Tecnopolo do Vale do Tejo …) A incubadora de empresas que se designaria como INOVPOINT foi também concebida, projetada e instalada num dos pavilhões recuperados e reutilizados, tendo se aí construído instalações adequadas para a relocalização adequada dos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Igualmente nesse processo se negociou com o Ministério da Ciência e Ensino Superior (era Ministro Mariano Gago) o processo e a parceria para a instalação da ESTA no pavilhão de exposições do tecnopolo. Estaria assim também assegurada a sinergia entre a realidade empresarial e o ensino superior politécnico e a possibilidade de facilitar o desenvolvimento de projetos e parcerias de cooperação. Verificou-se uma parceria virtuosa com resultados importantes nos dispositivos de apoio, dinamização, qualificação e inovação empresariais da nossa região e na conceção e desenvolvimento de uma estratégia de intervenção, no âmbito da necessária concertação estratégica entre os principais agentes do território.

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INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS

António José Ganhão Ex-presidente da Câmara Municipal de Benavente

O parceiro que faltava para o desenvolvimento económico

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ma das competências atribuídas aos Municípios diz respeito às questões do desenvolvimento, que são cruciais para a democracia e para o bem-estar dos cidadãos. Daí que, nas diversas vertentes, a Câmara Municipal de Benavente tenha procurado estabelecer parcerias, com vista a melhor identificar os problemas e promover projetos e ações em prol desses objetivos. Em 1989 estávamos no rescaldo da instalação do regime democrático. Tínhamos uma base económica muito ligada à agricultura, cultura intensiva destes solos ricos da lezíria ribatejana. E tínhamos também um conjunto de empresas no setor da indústria metalomecânica ligeira, em parte virada para a produção de alfaias agrícolas e outra parte ligada ao fabrico de “dumpers” e outras máquinas que tinham colocação no mercado, como era o caso da VM em Samora Correia. Havia empresas, mas não existia um parceiro que representasse o tecido empresarial. A criação da Associação empresarial na região, a NERSANT, ainda com sede em Santarém e com alguns associados em Benavente, permitiu-nos encontrar o parceiro ligado ao tecido empresarial que teríamos de encontrar para o desenvolvimento económico. Foi, por isso, de forma natural que se fez a aproximação, pois já existiam diversas empresas do concelho associadas da NERSANT. Houve um conjunto de reuniões e conseguiu-se criar um Polo da associação empresarial em Benavente, que permi-

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tiu reforçar a representação do tecido empresarial, e, com esse Polo, dinamizar o processo de desenvolvimento empresarial, de criação de novas empresas, de formação e de partilha de informação. O desenvolvimento económico está profundamente ligado ao bem-estar social e económico da população. Sem um tecido empresarial diversificado, sustentável e ativo, não há condições para a criação de empregos, que são a condição fundamental para sustentabilidade das comunidades. Foi por isso, sem qualquer constrangimento, que procurámos esta parceria com a NERSANT.

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E, assim, foi possível criar o Polo empresarial do Vale do Sorraia, designação que sublinha a ligação e complementaridade que existe com os concelhos vizinhos de Salvaterra de Magos e de Coruche. Um Polo empresarial com caráter intermunicipal, uma estrutura de apoio às empresas de três municípios. Desde então, a NERSANT deu passos seguros, caminhando no sentido da afirmação regional e nacional, sendo igualmente um interlocutor da região nos diálogos com o Governo no plano nacional.

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António Rodrigues Ex-presidente da Câmara Municipal de Torres Novas

Muito se sonhou e muito se fez

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nquanto presidente da Câmara de Torres Novas, obviamente que são boas as recordações que guardo daqueles tempos de articulação entre o Município e a NERSANT. Dos trina anos que hoje a Associação comemora, vinte coincidiram com os meus mandatos no município, pois fui autarca entre janeiro de 1994 e outubro de 2013. Recordo a parceria que a Câmara fez com a NERSANT que permitiu o apoio à construção do seu edifício sede, onde hoje funcionam a

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administração e os respectivos serviços de apoio e que veio a ser inaugurado em 2001. Mas, a dinâmica maior que emergia e emerge da ação desta associação empresarial, é sem sombra de dúvida a realização das suas feiras, quer temáticas, quer a anual. A inauguração das Fersant’s e a sua consequente atividade enquanto feira, eram sempre motivo para encontro de entidades responsáveis quer ao nível governamental, quer financeiro, quer empresarial. Muito se fez, muito se planeou e muito se sonhou.

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Mais tarde, senti que o apoio que o Município de Torres Novas, através de deliberações da Câmara e da Assembleia Municipal, concedeu à NERSANT, em 2007, com a doação dos terrenos envolventes às suas actuais edificações, foram determinantes para a estabilidade patrimonial da associação. Fez-se o que foi viável e, acima de tudo, sensato e legal, no apoio ao associativismo, em particular ao empresarial. Outros os tempos, outras as visões estratégicas para o desenvolvimento local e regional.

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INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS

David Catarino Ex-presidente da Câmara Municipal de Ourém

A criação dos Núcleos aproximou a NERSANT da população

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om a entrada de Portugal na Comunidade Europeia, que ocorre em 1986, quase tudo muda no nosso percurso de desenvolvimento. Superámos a nossa falta crónica de infraestruturas básicas e equipamentos e adotámos uma nova matriz de desenvolvimento económico. Quando iniciei funções na Câmara Municipal, em janeiro de 1990, o quadro

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de competências para a nova realidade resultante da integração europeia era quase nulo. Ajudei a fazer a mudança e os resultados, no concelho de Ourém, foram visíveis. Também a nível empresarial, foi por esse tempo que se iniciou o novo paradigma. Alguns empresários da região de Santarém, é certo que num quadro criado à escala nacional, tiveram consciência de que o desenvolvimento econó-

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mico e empresarial, num pequeno país como Portugal, não podia ser tratado à escala local. Nasceu assim, em 1989, a NERSANT, associação empresarial, para procurar dar um novo impulso à economia regional, contribuindo para a modernização das empresas, para a formação de recursos humanos, para o desenvolvimento de projetos associativos, para a busca de novos e modernos instrumentos de gestão económica e financeira. Atuando à escala regional, a NERSANT procurou, com a criação de núcleos, estar mais próxima das empresas e da população. O meu percurso de quase 20 anos como autarca municipal foi coincidente com os primeiros vinte da NERSANT, neste seu caminho que agora completa 30 anos. Fui testemunha desta dinâmica nova que trouxe grandes contributos para o desenvolvimento das empresas, da região e, obviamente, do país. Testemunhei a dificuldade que foi enfrentar mentalidades que resultavam de um tecido empresarial com gestão pouco qualificada. Também no concelho de Ourém, foram evidentes. Comemorar 30 anos é olhar para trás, para os sucessos e para os erros que sempre existem, com os quais devemos aprender. É sobretudo olhar para o futuro. A história da NERSANT ainda mal começou. O sucesso alcançado é obra de muitas pessoas, desde os fundadores, aos dirigentes, aos colaboradores da NERSANT. A todos deixo a minha homenagem.

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Ricardo Gonçalves Presidente da Câmara Municipal de Santarém

A peça-chave no desenvolvimento da Região

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esde a primeira hora que o Município de Santarém se assume como parceiro estratégico da NERSANT, já que acreditamos que o tecido empresarial é a chave para o desenvolvimento do território. Neste contexto queremos reconhecer o contributo que a NERSANT deu à região de Santarém nas últimas três décadas. São 30 anos de caminho com aposta forte na internacionalização, enquanto alavanca para o estabelecimento e reforço das relações internacionais, que permitem o aumento da exportação das empresas da nossa região, aposta no empreendedorismo e inovação através da criação do CIES - Centro de Inovação Empresarial de Santarém, e na qualificação profissional dos cidadãos, através de cursos profissionais e do Challenger. O Município de Santarém pretende cada vez mais reforçar a sua posição nacional e internacional como região de negócios e, como tal, reforçar a relação de cooperação e parceria com a NERSANT, paralelamente aos serviços municipais que têm vindo a ser criados, como é o caso do “Gabinete de Apoio ao Investidor (GAI) com as medidas ViaExpressoJovem e Via ExpressoInvestidor, hoje numa nova estrutura com novos serviços, através do Espaço Empresa de Santarém. Estamos, ainda, a trabalhar em conjunto com a NERSANT para concretizar o Centro de Inovação Empresarial de Alcanede, o qual vai ser uma realidade com a construção do Pavilhão Multiusos que acreditamos que será uma alavanca para o desenvolvimento económico-social do norte do Concelho. Para a concretização deste posicionamen-

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to, que o Município de Santarém pretende ver reconhecido nacional e internacionalmente, a estratégia assenta num Plano Estratégico a cinco anos. E, portanto, estamos na altura de afirmar um novo compromisso entre a autarquia, as empresas e as associações empresariais. Um compromisso que assente numa maior cooperação e co-responsabilidade para uma regulação mais transparente e eficaz que acrescente mais valor, sustentabilidade e competitividade à gestão e desenvolvimento dos interesses públicos e privados do território. Esta estrutura municipal de apoio ao investidor reveste-se de um valor crítico ao desenvolvimento económico da região, cuja parceria estratégica com o NERSANT aporta valor à vida do território do município e permite um complemento elevadíssimo à celeridade dos processos de atração e captação de investimento. Temos a missão de promover a imagem de Santarém, as potencialidades do nosso território, as nossas empresas e serviços a nível nacional e internacional. Um desafio que se coloca hoje às autar-

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quias e às Associações empresariais é uma gestão colaborativa mais ambiciosa no âmbito do aumento das responsabilidades para o desenvolvimento económico local: mobilizar stakeholders do território para a constituição de um Consórcio de Parceiros que se afirme como uma estrutura privilegiada de discussão, definição de estratégias e consulta do poder político local em matérias económicas e sociais especialmente relevantes para a vida do município. Estamos a referir-nos a empresas, ao ensino superior e profissional, às organizações não governamentais (ONG), sindicatos e outros que se entendam de valor acrescentado. A NERSANT foi, é e será peça-chave para este resultado! A terminar, um agradecimento especial aos meus dois queridos amigos, José Eduardo Carvalho e Salomé Rafael, presidentes da NERSANT, com quem tenho o privilégio de trabalhar desde que estou no Município de Santarém, que com a sua assertividade conseguiram tornar a NERSANT um núcleo empresarial de referência nacional e com isso desenvolver toda a região, da qual Santarém é capital.

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INFRAESTRUTURAS EMPRESARIAIS

Luís Albuquerque Presidente da Câmara Municipal de Ourém

StartUp Ourém, uma parceria emblemática

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nquanto Presidente da Câmara Municipal de Ourém saúdo a NERSANT pela passagem do seu 30º aniversário, um momento que constitui um marco relevante para o universo empresarial da região e que revela o dinamismo, capacidade organizativa e potencial do tecido empresarial à escala regional. A NERSANT, mais do que uma estrutura de raiz empresarial, assume-se para o Município de Ourém como um parceiro institucional de referência, disso sendo exemplo as parcerias estabelecidas no tempo e no espaço, visando sempre o apoio ao mundo empresarial, enquanto motor para o desenvolvimento social e económico, traduzido neste momento, num reconhecimento que o próprio país assume como uma realidade inquestionável. O Município de Ourém releva, nesta oportunidade, o quanto relevante é a parceria que estabeleceu com a NERSANT

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para a criação da primeira incubadora de empresas, com estas características no nosso concelho, a “StartUp Ourém”, um projeto direcionado para a área tecnológica, tratando-se de um projeto muito importante para um concelho que tem uma tendência empresarial muito relevante. A instalação da A StartUp implica a realização de obras de adaptação, que rondam os 330 mil euros, a suportar integralmente pela autarquia e após a sua entrada em funcionamento, que prevemos venha a ocorrer em junho de 2019, prevê-se que possam iniciar o seu negócio naquele espaço cerca de 30 empresas, estando previsto que a NERSANT, atualmente a ocupar um espaço no Centro de Negócios de Ourém, o venha a transferir para aquele edifício. Realço, assim, o estreitar de relações entre o Município de Ourém e a NERSANT, daí resultando uma parceria que, entre outros aspetos, possibilitará a atração e

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instalação de novos projetos empresariais no concelho e dinamizando o empreendedorismo através do apoio aos novos empresários e à promoção de ações nas escolas do concelho no sentido de promover uma cultura empreendedora. Considero, também, de relevante importância, a prestação de apoio técnico por parte da NERSANT no sentido do desenvolvimento de novas ideias de negócio, ações de informação, estruturação de eventuais candidaturas a fundos comunitários, bem como na área da formação. Parece-nos ser, a criação da StartUp Ourém, um evento emblemático destes 30 anos de associativismo empresarial da NERSANT, na certeza de que será destas parcerias, que decorrerá parte significativa do sucesso do nosso mundo empresarial, nomeadamente de uma juventude ambiciosa e bem formada, que será o futuro do nosso concelho, da nossa região e do país.

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COOPERAÇÃO

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José Eduardo Carvalho Presidente do Conselho de Administração da Tagusgás

O mais estruturante dos projetos para a região

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Tagusgás – Empresa de Gás do Vale do Tejo, S.A. foi constituída no início de 1997. Foi dos projetos liderados pela NERSANT e por um conjunto de empresários do distrito o mais estruturante para a região. Na altura tornava-se difícil aceitar que um gasoduto de transporte de gás natural atravessasse o subsolo da região do Ribatejo para abastecer as empresas e as populações do litoral. Havia consciência que era um projeto difícil de concretizar por diversas razões: • Volume de investimento; • Montantes de recursos financeiros a mobilizar; • Constituição de estrutura acionista;

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Concurso público internacional; Negociação do contrato de concessão; • Montagem do “project finance”; • Capacidade e know-how técnico • Capacidade de gestão Tudo isto foi superado com esforço e perseverança. A estrutura acionista foi participada, maioritariamente, por empresas regionais (das poucas que acreditaram no projeto) e por todos os municípios abrangidos pela concessão da Tagusgás. Este foi um dos principais fatores do sucesso do projeto, que estruturou o seu “ADN” e enformou a sua missão: • Aumentar a competitividade das empresas do distrito; • Melhorar e conforto e o bem-estar

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das famílias; E, em parceria com as autarquias, aumentar a competitividade da região. Atualmente, a Tagusgás transporta 122 ml m2 de gás natural e já atingiu os 40 mil pontos de entrega. Investiu 111 milhões de euros, tem 938 km de rede divida em 141 km de rede primária e 797 km de rede secundária. É muito difícil falar da Tagusgás sem mencionar nomes como Álvaro Pinto Correia, António Barroca, Manuel Lourenço, Carlos Cunha, Ramiro Vieira, Pedro Marques e Andrade Tavares que conseguiram transformar uma necessidade num projeto incontornável para o desenvolvimento desta região. •

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COOPERAÇÃO

José Eduardo Carvalho Presidente do Conselho de Administração da PNVT- Parques de Negócios do Vale do Tejo

Parques de Negócios do Vale do Tejo, vem aí um novo ciclo de gestão

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s parques de negócios do Vale do Tejo foram concebidos como instrumento de dinamização da atividade económica e para reforçar a atratividade do investimento na região de Santarém. A sua conceção, planeamento e execução iniciou-se a partir do ano de 2000. Datam dessa altura, e inseridos na mesma estratégia, o Tecnopolo de Abrantes e o Parque Almourol, projetos que presumo serão pouco falados nas comemorações dos 30 anos da NERSANT, mas que envolveram a estrutura da NERSANT de forma muito significativa. O objetivo dos PNVT foi criar áreas de localização empresarial para colmatarem a insuficiência e a má qualidade da oferta que existia na altura. A localização dos parques foi definida por um estudo elaborado pelo Dr. Amado da Silva, com base em diversos critérios, nos quais sobressaía

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os polos de maior potencial de desenvolvimento futuro. A etapa seguinte foi visitar os principais parques industriais localizados na Europa. Esta ação de benchmarking permitiu definir o conceito do projeto imobiliário mais adequado às características e às condições da região de Santarém. Estas visitas serviram também para mobilizar e sensibilizar autarcas e investidores para o projeto. Definiu-se assim o conceito de área de localização empresarial como sendo um produto imobiliário intermédio entre um parque de ciência e tecnologia e as denominadas zonas industriais (sem grande exigência de qualidade urbanística e de infraestruturas). O modelo concebido foi o seguinte: 1 - Estas áreas de localização empresarial seriam geridas por sociedades gestoras acreditadas pelo ministério da economia que lhes outorgaria um

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alvará concedendo autorização para instalar empresas de acordo com CAE’s previamente definidos. 2 - As sociedades gestoras destes espaços teriam de satisfazer requisitos financeiros, de capital e de capacidade técnica para serem acreditadas. 3 - As sociedades gestoras teriam competências de licenciamento, delegadas pelo ministério da economia pra proceder à tramitação de licenciamento das empresas a instalar no parque, tendo acesso direto à plataforma eletrónica de licenciamento. 4 - O licenciamento prévio de ALE seria antecedido de aprovação de avaliação de impacto ambiental de todo o loteamento. Dispensava-se assim a AIA de cada empresa a instalar. 5- O Ministério da Economia assumiria um papel regulador, fiscalizador e sancionatório do cumprimento do

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CP

alvará concedido. 6 - Exigia-se qualidade urbanística no loteamento e infraestruturas adequadas (gás natural e fibra ótica) cujo custo de infraestruturação seria compensado por incentivos fiscais (IMI e IMT) consagrado no orçamento de estado, a conceder às empresas instaladas. 7 - Haveria a obrigação dos loteamentos estarem dotados de serviços de apoio às empresas instaladas e gestão comum de segurança, espaços verde, etc. O governo de então, liderado por António Guterres e tendo como ministro o Dr. Pina Moura e o secretário de estado Prof. Vitor Santos aprovou o modelo, consagrando-o no DL 72/2009, tornando assim Portugal no país com a legislação mais avançada em termos de licenciamento e ordenamento da atividade económica.

Constituíram-se 5 sociedades gestoras, com 52 acionistas regionais, autarquias e privados, com o objetivo de infraestruturar 170ha em duas décadas. A localização dos terrenos a instalar as ALE obedecia aos seguintes critérios: área mínima 35ha; acesso direto às vias de alta prestação (autoestradas ou IP’s); relativamente perto da malha urbana das cidades. A escolha da localização competiu aos municípios. Todos os terrenos por eles escolhidos, careciam de alteração de uso do solo, devido às condicionantes ambientais que apresentavam. A tramitação deste processo demorou 8 a 12 anos. O processo de reconhecimento das sociedades gestoras e das ALE foi também muito demorado, tendo sido necessário ultrapassar fortes resistências, nomeadamente nas áreas e competências ambientais. A dele-

Investimento privado

(capital social, prestações acessórias de capital)

gação de competências da administração central para a sociedade civil foi travada, tendo o modelo inicial sido esvaziado por sucessivas alterações legislativas. O regime de isenções fiscais concedido pelas ALE manteve-se e foi reconhecido por todos os governos depois do Eng. Guterres (Dr. Durão Barroso, Dr. Santana Lopes, Dr. José Sócrates, Dr. Passos Coelho), mas foi removido pelo atual governo, passando essa competência para os municípios. Pelas razões acima referidas, os projetos dos parques só foram licenciados e aprovados em plena crise (2008-2015), com a retração do investimento que se conhece. Alguns dos acionistas de referência das estruturas acionistas passaram também por algumas dificuldades, mas as sociedades gestoras conseguiram com forte resiliência aguentar os projetos. Neste momento, os números atuais dos PNVT são os seguintes:

6.897.834€

Investimento realizado

16.662.831€

Área vendida

314.172 m2

Área em negociação

52.125 m2

Empresas de referência localizadas em instalações dos PNVT

Carnes Nobre | Cortizo | Avenal Generis | LIDL | Digidelta Tagusgás | SONAE

Nota: Não foram incluídas nestas áreas as empresas instaladas no parque de Fátima Os PNVT vão entrar em 2019 num novo ciclo de gestão e serão nos próximos anos o maior projeto estruturante na região.

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Pedro Seabra Presidente da Comissão Executiva da Garval – Sociedade de Garantia Mútua, S.A

NERSANT teve papel decisivo na criação da Garval

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NERSANT, em conjunto com os muitos empresários seus associados, teve um papel decisivo na criação de uma Sociedade de Garantia Mútua (SGM) dedicada a apoiar as Pequenas e Médias Empresas da região centro do País, a Garval, sediada em Santarém, com capacidade de decisão própria e de intervenção regional, e com a proximidade necessária às empresas e aos seus empresários para garantir que os seus projetos fossem devidamente apoiados no acesso ao crédito, em igualdade de circunstância com quaisquer outros, sem a desvantagem da distância e desconhecimento que teriam, se fossem decididos e apoiados a partir de grandes centros de decisão, como Lisboa ou Porto. A Garval foi assim a única SGM regional a atuar no País a ser constituída sem qualquer garantia ou projeto previamente contratado, e foi também a única SGM do País a contar no seu capital inicial com empresas acionistas fundadoras e uma associação empresarial, a NERSANT, que desde o início acreditaram no seu projeto. Com o apoio da NERSANT, a Garval desde o seu primeiro dia atuou diretamente junto das empresas, partindo do conhecimento da realidade e necessidades das empresas para

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antecipar soluções de financiamento a apoiar, e conseguindo com isso manter-se até hoje fiel à sua missão de apoiar as PMEs no acesso ao crédito em melhores condições, e fiel aos seus valores de proximidade e confiança na relação com as empresas e os empresários, tendo apoiado desde a sua fundação mais de 7.088

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milhões de financiamento, distribuído por mais de 21.498 Empresas, com mais de 453 mil postos de trabalho criados ou mantidos. Parabéns à NERSANT pelo relevante marco de 30 anos de atividade atingido, pelo seu meritório percurso até lá chegar, e votos de muito sucesso para o futuro.

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Ana Paula Grijó Presidente da Direção da Tagusvalley

Tagusvalley, o parque tecnológico do Vale do Tejo

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uando na viragem do milénio o Município de Abrantes e a NERSANT começaram a desenhar a estratégia regional para estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação no tecido empresarial, o tema era ele próprio uma inovação. E um passo ambicioso de quem, já na altura, visionava a importância de apoiar o desenvolvimento de novos projetos empresariais e o papel diferenciador que, pela inovação, é exigido às empresas para singrar nos mercados atuais. Conhecer experiências e aprender com os projetos que na europa já existiam de forma consistente desde os anos 50 e que, em Portugal, se tinham iniciado em Lisboa no inicio da década de 90, foi o primeiro passo para construir um projeto que se fundou por via da vontade conjunta do NERSANT, do Instituto Politécnico de Tomar e da Câmara Municipal de Abrantes, a que mais tarde se juntaram a TEJO ENERGIA e o Instituto Politécnico de Santarém, que hoje compõem a TAGUSVALLEY, associação que gere o Parque Tecnológico do Vale do Tejo. Hoje, o Parque Tecnológico do Vale do Tejo, enquanto parque de ciência e tecnologia, é um espaço de referência no panorama regional e nacional na promoção da inovação e desenvolvimento tecnológico ao serviço das

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empresas, nos sectores estratégicos identificados para a região, como são os casos da metalomecânica, do alimentar, da energia e das tecnologias de informação. Nestes 30 anos de atividade da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, importa dizer: Obrigado!

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Pela visão de ontem que se mantém atual hoje. Pela força da cooperação que os projetos mais ambiciosos para o futuro exigem. E que só os mais audazes, como a NERSANT, abraçam com espírito de missão e cultivam com a tenacidade que vem da certeza que juntos chegamos mais longe!

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Carlos Lopes de Sousa Presidente do Agrocluster Ribatejo

NERSANT foi determinante para a afirmação do Agrocluster

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m 2008 constituiu um ato de oportunidade a criação do AGROCLUSTER por duas razões: havia que aproveitar um momento de abertura em que o então Governo se propunha incentivar a criação de clusters; existiam e existem condições, no território Ribatejo, para fazer crescer um cluster da fileira Agroindustrial. Foi esse o entendimento, desde logo, da Mater NERSANT ao reconhecer que, uma estrutura vocacionada para uma fileira, teria um contributo acrescido para o desenvolvimento das empresas, organizações e agentes do conhecimento, da sua área de influência. Nasceu por isso, o AGROCLUSTER, com os pés assentes na terra, porque aproveitou a implantação da NERSANT e porque desde o primeiro momento entendeu que tirar partido e otimizar as vantagens de trabalhar em cooperação obriga a interagir dentro e com toda a fileira agroindustrial. Foi um percurso de aprendizagem feita a partir de um relacionamento direto e em primeira pessoa com os Associados. O crescimento de 30 para os 127 Associados tem muito a ver com essa postura: responder aos problemas concretos das Empresas gerando negócio e promovendo o relacionamento, com vantagens mútuas, entre todos os atores nomeadamente entidades do sistema científico. Os pilares de atuação do AGROCLUSTER assentam na: Competitividade – razão primeira. Criação de condições para a continui-

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dade e crescimento das Empresas e para a sua evolução na cadeia de valor. Ajudar a melhorar a gestão e qualidade das Empresas. Cooperação - Divulgação e disseminação dessa cultura fomentando as interações entre as partes (partindo de círculos de proximidade progressivamente alargados) e indo demonstrando a bondade e interesse do trabalho em rede. A interação como fator gerador de riqueza! Internacionalização - Naquilo que passa pelo estudo aprofundado da oferta da fileira e região; no conhecimento dos mercados de procura e só depois pôr no terreno as ferramentas de promoção da oferta. Reconhecer e dar a conhecer oportunidades nos mercados que inclusive possam determinar alterações na orientação produtiva das empresas (no nosso caso também na produção agrícola). Inovação e Investigação – Se projetada na oportunidade, com incremento da competitividade, para efetivo impacto na oferta ao mercado das empresas e consequentes vantagens para todos os parceiros. Empreendedorismo – Dar condições para o aparecimento de novos Negócios e Empresas, diferenciadas, promovidas por empreendedores qualificados e municiados com ferramentas de gestão adequadas e devidamente enquadrados. Temos de repetir que os recursos da NERSANT e o seu capital de conhecimento, nestas áreas, foram determinantes para um mais rápido e profícuo desempenho do AGROCLUSTER.

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Novos desafios estão aí: • A s nossas empresas necessitam de criar escala: a cooperação pode ajudar quer em negócios concretos quer na agregação de esforços e capitais. • O cluster deve rentabilizar o seu

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conhecimento e capital de reconhecimento: alargar para territórios com as mesmas singularidades. • A coordenação com outros clusters para quem “vende” cooperação tem de se fazer desde já uma vez que está feita a sua consolidação. O pri-

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meiro passo foi dado com o Portuguese AgroFood Cluster mas tem de ser operacionalizado, no terreno, tirando partido das competências adquiridas e das complementaridades consequentes segundo uma estratégia comum, incluindo a agre-

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gação em ações concretas ou mesmo de organizações! Por tudo isto foi gratificante fazer parte do percurso, de 30 anos de vida, da NERSANT. Parabéns NERSANT!

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COOPERAÇÃO

António Campos Presidente do Conselho de Administração da NERSANT Seguros, S.A

NERSANT Seguros, um player das empresas

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m 2010, o então Presidente de Direção da N E R S A N T, D r. J o s é Eduardo Carvalho, decidiu que era importante promover o abaixamento dos custos das empresas com as suas carteiras de seguros e facilitar a realização de seguros para algumas especificidades na indústria, dada a categoria de riscos existentes. Todos os associados da NERSANT foram convidados a participar no projeto e as empresas do sector de seguros foram convidadas individualmente

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a aderir ao projeto. Nestes termos, conseguimos criar a empresa com 20 acionistas, reunindo um capital social de 80,5 mil euros. Neste desafio, a Link Seguros foi nossa parceira inicial, sendo que posteriormente aderiu ao projeto a empresa Houstongest. Foi um projeto de difícil concretização, muito devido ao conservadorismo da generalidade das empresas com os seus mediadores tradicionais. Ao fim destes anos, conseguimos baixar os custos das carteiras de seguros de muitas empresas, inde-

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pendentemente de se terem tornado clientes NERSANT Seguros ou não. Este era o primeiro grande objetivo e foi plenamente atingido. O segundo grande objetivo era que a NERSANT Seguros fosse rentável, o que conseguiu já em 4 exercícios, significando que está consolidada no mercado. Garantidamente, a NERSANT Seguros é hoje um player na nossa região, que não visa só o lucro, mas que permite que as empresas possam ter menores custos e serem mais competitivas.

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Paulo Nuno Resende Diretor Geral do TBCC - Ten Best Civil Cooperation, ACE

ACE, unir para criar valor

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NERSANT reuniu empres a s d a á re a d a C o n s trução Civil para criar um ACE – Agrupamento Complementar de Empresas, com a ideia de trabalhar em equipa e unir várias formas de pensar com o objetivo de internacionalizar. Vivíamos em Portugal um período de crise e este objetivo que todos, os que aceitámos, perseguíamos, foi o sinal aglutinador para criarmos um grupo de trabalho de dez empresas, que se veio a registrar em 12 de setembro de 2012 como Ten Best Civil

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Corporation ACE. Várias foram as empresas que fizeram parte deste ACE, umas partiram e outras mais solicitaram informações para se unirem neste projeto comum. Somos no presente: Bindopor Lda, de Ourém, Bagno Interiores Lda de Leiria, Cabena-Cabinas de Benavente Lda, EcoEdifica Ambiente e Construções S.A. de Torres Novas, Gracinda de Jesus Silva & Filhos Lda de Abrantes, Jerónimos Clima Lda de Zona Industrial Entroncamento, Metalúrgica Moderna Caxarias Lda, MOMSteelPOR S.A. de Abran-

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tes, MKM Construções da Madeira, NERSANT - associação Empresarial da Região de Santarém. Vontades distintas, com diferentes ritmos, partilha de objetivos que não sendo imediatos, prometem na continuidade cumprir o objetivo claro lançado pela NERSANT, de UNIR e criar VALOR. A internacionalização e a reabilitação urbana e industrial são sectores potenciais de continuidade de trabalho, para as empresas que perseguem este trabalho comum e aberto a novas empresas que queiram integrar o projeto e trazer mais-valias.

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FIGURAS PÚBLICAS

Anabela Freitas Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo

30 anos de excelência, em prol do desenvolvimento regional

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ivemos um tempo em que, mais do que nunca, o trabalho em rede é fundamental para o desenvolvimento local. Os empresários da região foram dos primeiros a percebê-lo, já lá vão três décadas, quando lançaram mãos à tarefa de constituir uma associação que lhes conferisse força e potenciasse o seu valor coletivo, não apenas no panorama nacional, mas nos competitivos mercados europeu e global em que então nos estávamos a integrar. A NERSANT soube fazê-lo de forma exemplar e teve desde logo um papel preponderante no apoio e preparação das empresas para os desafios e obrigações que o mercado comum do velho continente lhes foi colocando, bem como para o aproveitamento dos fundos comunitários destinados à inovação e modernização. A par de iniciativas que tinham por fim dar visibilidade ao tecido empresarial, como a FERSANT, foram sendo desenvolvidos projetos de menor visibilidade para o grande público mas fundamentais a nível estruturante, como foi o caso, dando dois exemplos muito distintos, da criação da Tagusgás para a distribuição de gás natural na região e da Garval, determinante para o setor enquanto sociedade de garantia mútua. Também as inúmeras ações com vista à internacionalização e cooperação, quer centradas na região, quer no exterior, têm sido fulcrais para alavancar a economia local. Assino este texto, hoje, na dupla

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qualidade de presidente da Câmara Municipal de Tomar e de presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Ao serviço da autarquia, tive sempre na NERSANT um parceiro privilegiado e dinâmico, capaz de ajudar a ultrapassar inércias e de dar ao empreendedorismo local uma grandeza e visibilidade impossíveis de alcançar de per si. Nas novas funções ao serviço da CIMT, encaro esta associação empresarial como decisiva para o nosso desígnio comum: dar à nossa região uma

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dimensão de nível internacional, capaz de a tornar competitiva no mercado global e desse modo contribuir para a melhoria da qualidade de vida de todos os seus habitantes. Felicito, pois, a NERSANT, mais do que pelos trinta anos da sua constituição, pelo facto de serem trinta anos recheados de um trabalho profícuo em prol do desenvolvimento local, assegurando que podem continuar a contar com as duas entidades que represento como parceiros naturais na prossecução desse objetivo.

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Pedro Miguel César Ribeiro Presidente do Conselho Intermunicipal da CIMLT

Caminhamos lado a lado, com os olhos no futuro

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o longo de 30 anos, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo tem levado a cabo inúmeros projetos em parceria com a NERSANT. Este tem sido um percurso de grande aprendizagem de ambas as partes, sempre na busca do efetivo desenvolvimento sustentado da região. Novos caminhos começam a construir-se, em resposta aos grandes desafios da economia global. A competitividade e a internacionalização, a promoção da coesão social e da

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empregabilidade, a requalificação e sustentabilidade territorial e a modernização e eficiência dos serviços são preocupações da CIMLT e dos seus Municípios associados, preocupações que vão ao encontro das apostas da NERSANT para o futuro da região. O empreendedorismo e as novas tecnologias são também, hoje em dia, temas basilares a ter como prioridade, sendo por aqui os caminhos a construir e a percorrer por todos os atores do território. A NERSANT já estabeleceu estas áreas como prioritárias para os seus

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projetos futuros. Áreas que são também de grande importância para a CIMLT, que aposta cada vez mais numa Lezíria do Tejo inovadora e empreendedora. Conhecer o que se quer é o primeiro passo para um longo e próspero percurso. D e o l h o s p o s t o s n o s p ró x i m o s desafios, a CIMLT irá prosseguir o seu caminho lado a lado com a NERSANT, a tomar decisões, a ter iniciativa, persistência e otimismo, trabalhando sempre por uma Lezíria cada vez melhor!

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FIGURAS PÚBLICAS

João Freitas Coroado Presidente do Instituto Politécnico de Tomar

O ensino politécnico e o associativismo empresarial

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s finais dos anos oitenta são especialmente importantes no que concerne ao desenvolvimento socioeconómico da Europa e do nosso País. Três anos depois de Portugal ter entrado para a Comunidade Económica Europeia (CEE) o contexto de crescimento económico e de investimento público e privado favorece o crescimento da produtividade industrial e com esta aumenta o investimento em ciência, tecnologia e inovação. É neste ambiente que são criadas a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, e o que viria a ser, em 1996, o Instituto Politécnico de Tomar (IPT). A NERSANT, principal associação empresarial do Distrito de Santarém, com a missão de fomentar e impulsionar a capacida-

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de empresarial tem tido um papel muito relevante nomeadamente nas atividades relacionadas com a cooperação empresarial, no empreendedorismo e apoio à internacionalização do setor empresarial. O IPT é uma instituição de ensino superior localizada no Médio Tejo que centra a sua atividade na formação superior, investigação, desenvolvimento e inovação nas áreas de engenharia, tecnologia, gestão, artes e humanidades. Tem particular atenção com as parcerias públicas e privadas e redes nacionais e internacionais que cooperam e promovem a mobilidade de estudantes e colaboradores, a investigação aplicada, transferência de conhecimento e inovação. A complementaridade e o interesse estratégico da relação entre o IPT e a

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NERSANT, que deve ser incrementada, representa a materialização da especificidade do ensino politécnico com o tecido empresarial e objetiva-se, principalmente, na facilitação de parcerias que permitem o desenvolvimento da atividade empresarial na inserção de diplomados pelo IPT no mercado de trabalho e no envolvimento conjunto em processos de investigação e inovação relevantes para o tecido empresarial e desenvolvimento e sustentabilidade da região. Em nome do IPT e fazendo votos para que as duas instituições convirjam no interesse maior das comunidades de influência, felicito a NERSANT pelos seus trinta anos de existência dedicados ao desenvolvimento e apoio, muito relevante, da atividade empresarial.

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José Mira de Villas-Boas Potes Presidente do Instituto Politécnico de Santarém

Parceiros no desenvolvimento Regional

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desenvolvimento regional é um desiderato que visa a promoção do aumento do nível de vida e bem-estar das populações que vivem em determinada região, servindo-se para tanto da organização dos serviços centrais, que, para poderem corresponder eficazmente, se descentralizam. O desenvolvimento constrói-se a partir do conhecimento e este, fomenta-se através das instituições de ensino, formação e investigação. Mas a concretização na aplicação dos novos conhecimentos necessita de um processo de transferência eficaz, para que a utilização eficiente destes pelos produtores de bens e serviços se verifique. Este enquadramento torna-se oportuno para compreender o papel do Instituto Politécnico de Santarém (IPSantarém) e da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), que celebra trinta anos de existência em 2019, quando o IPSantarém irá completar trinta e nove sobre a sua criação. Efectivamente, inscreve-se na lógica dos planos regionais de desenvolvimento que se iniciem os processos pela criação das estruturas de formação, investigação e acesso ao conhecimento, para que, adquirido este, ele possa ser transferido para as empresas, que são o seu utilizador final. Independentemente do sucesso de cada Instituição, a verdade é que o conhecimento está em permanente actualização e produção, sendo obtido nos centros que pela maior escala

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melhor performance alcançam e, por conseguinte, a aplicação aos processos e sistemas de produção regionalizados, relevam o papel das Instituições locais para a sua difusão. Por outro lado, o tecido empresarial regional se não estiver devidamente organizado, dificulta a transferência das novas tecnologias pelas suas empresas, de modo a que estas possam evoluir no sentido da inovação e aumento da eficiência nos processos produtivos. A região do Ribatejo e Oeste desde sempre foi reconhecida como potencialmente rica do ponto de vista agrícola e agro-transformador, sendo, portanto, natural o reconhecimento de uma Escola Agrária centenária e corresponsabilizada no desenvolvimento do sector primário. Mas é importante salientar que a Associação de Agricultores do Ribatejo é das mais antigas da era pós-revolução e percursora da profissionalização do sector, pelo que se compreende a criação do núcleo empresarial, robusto no

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domínio agro-transformador, mais forte do País. Ser a região de Portugal que apresenta o Produto Agrícola Bruto (PAB) mais elevado, significa que se caracteriza pelas condições ambientais próprias para maiores produtividades, mas também que o seu tecido empresarial, nomeadamente o agro-transformador, é co-responsável. O IPSantarém considera que é um privilégio ter como parceira a NERSANT no seu objectivo comum de desenvolvimento regional e indução de modernidade, parceria essa consubstanciada em projetos, iniciativas, estruturas e acontecimentos de que muito nos orgulhamos. Estamos certos que as nossas duas entidades continuarão a assumir-se de per si, mas sobretudo no reforço da sua ligação, como grandes vetores do desenvolvimento da nossa região. A NERSANT está, portanto, de parabéns!

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Mais de 400 convidados em jantar comemorativo no Convento de S. Francisco, em Santarém

NERSANT assinalou 30 anos ao serviço das empresas com jantar de homenagem aos protagonistas da sua história 70

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Mais de 400 pessoas estiverem no passado dia 8 de maio no Convento de S. Francisco, em Santarém, para o jantar comemorativo dos 30 anos da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém. Com esta gala, a associação teve como objetivo perpetuar os projetos mais marcantes e homenagear alguns dos protagonistas ligados ao sucesso da associação empresarial ao longo destas três décadas. O Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, marcou presença no evento.

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a gala comemorativa, a NERSANT começou p o r h o m e n a g e a r, por isso, os seus 16 s ó c i o s - f u n d a d o re s , com a medalha de mérito empresarial, tendo os representantes das empresas presentes subido ao palco para a distinção. Seguiu-se homenagem, também com atribuição da medalha de mérito empresarial, aos secretários-gerais, Joaquim Serrão - que não pôde estar presente no evento -, Otávio Oliveira, Filipe Martins, António Campos e Pedro Félix, e também à colaboradora mais antiga, Sónia Nunes, em nome de toda a equipa da NERSANT. P e l a s p a rc e r i a s e s t a b e l e c i d a s ao longo destas três décadas no desenvolvimento de infraestrutura fundamentais ao desenvolvimento económico da região, foram ainda consagrados alguns municípios. A palco, foram chamados os presidentes, à época, e os atuais presidentes das Câmaras Municipais de Torres Novas (sede NERSANT e pavilhão de exposições), Chamusca (Centro Regional de Artesanato), Cartaxo (Núcleo NERSANT do Cartaxo), Abrantes (Núcleo NERSANT de Abrantes), Benavente (Núcleo NERSANT do Sorraia), Ourém (Centro de Negócios de Ourém e Startup Ourém) e Santarém (Startup Santarém), que receberam, também, este símbolo da NERSANT. A medalha de mérito empresarial foi ainda atribuída a Jorge Lacão e Miguel Relvas, ambos na qualidade de ex-governantes, e a Moura de Campos, ex-gestor do Programa Operacional da Região de Lisboa e Vale do Tejo. A título póstumo, e pelo empenho e trabalho realizado em prol da competitividade regional, foi atribuída a medalha de mérito empresarial a António Fonseca Ferreira, recebida pelo sobrinho, André Fonseca Ferreira, e a Carlos Cunha, recebida pelas filhas Ana e Paula Cunha. Na gala, a NERSANT atribuiu ainda a sua mais alta distinção, a medalha de ouro da associação. Este

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Homenagem aos Municípios pelo apoio no desenvolvimento de infraestruturas determinantes à competitividade empresarial.

símbolo da NERSANT foi atribuído a três personalidades de extrema importância na história da associação. Pelo apoio fundamental à constituição da NERSANT e à sua atividade ao longo dos anos, a NERSANT começou por atribuir a medalha de ouro a Luís Mira Amaral, ex-Ministro da Indústria e Energia. A gala comemorativa dos 30 anos da NERSANT culminou com a atribuição da medalha de ouro aos dois ex-presidentes da Direção da associação. José Eduardo Marçal, Presidente da Direção entre 1989 e 1993 e José Eduardo Carvalho, Presidente da Direção entre 1993 e 2011, receberam das mãos da atual Presidente, Maria Salomé Rafael, a medalha de ouro da NERSANT. “Foi em 1989 que um grupo de empresários, que estão hoje aqui connosco, tomou a iniciativa de constituir uma associação empresarial, com o intuito de dinamizar a atividade empresarial do distrito, defendendo os interesses das empresas e promovendo o desenvolvimento

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Homenagens a título póstumo. integrado do território. Foi com esse objetivo e num contexto socioeconómico e político diferente do que temos hoje, que surgiu a NERSANT”, começou por enquadrar Maria Salomé Rafael, Presidente da Direção da NERSANT. 30 anos depois, continuou a dirigente da NERSANT, “entendeu a atual direção assinalar este

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momento com diversas iniciativas. O livro e o filme comemorativo do nosso 30º aniversário são o resultado de vários meses de trabalho, onde procurámos recuperar memórias, imagens e testemunhos de alguns dos protagonistas da história da NERSANT e que culminam nesta gala comemorativa”.

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Homenagem aos Secretรกrios Gerais

Homenagem aos sรณcio-fundadores

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No discurso de encerramento, a Presidente da Direção da NERSANT agradeceu aos presentes e a todos os que têm feito da NERSANT “a maior associação empresarial regional do país”. “Com o forte contributo da NERSANT temos hoje uma região mais dinâmica, mais competitiva, mais inovadora e com uma vocação exportadora cada vez mais acentuada e vamos continuar a trabalhar para que o Ribatejo continue a ser uma região líder”, assegurou a Presidente da Direção. Referiu, por isso, que “o passado de que todos nos orgulhamos traz-nos, por isso, responsabilidades acrescidas para o presente e, sobretudo, para o futuro”, apontando desde logo “várias questões que continuam por resolver e que preocupam todos os empresários, e para os quais, sistematicamente, a NERSANT tem chamado a atenção, nomeadamente o financiamento bancário, que continua a ser um dos maiores problemas das empresas e a inviabilizar novos investimentos, a elevadíssima carga fiscal e os pesados custos de contexto e ainda a incerteza sobre a legislação laboral.” O Secretário de Estado Emprego, Miguel Cabrita, acompanhou a cerimónia de comemoração dos 30 anos da NERSANT. Na sua intervenção, traçou rasgados elogios ao tecido empresarial da região e à associação, começando por referir que “se a NERSANT é o que é hoje, deve-se aos empresários”. Mostrou-se, no entanto, surpreendido pela “enorme vitalidade” da associação, “numa região que não tem a mesma cultura histórica empresarial de outras”, e conclui: “uma base associativa empresarial sólida resulta, muitas vezes, desta cultura empresarial. No caso da NERSANT, será uma causa e não uma consequência. A imagem do distrito é completamente diferente de hás 30 anos”, notou. No final, a NERSANT partilhou o seu bolo de aniversário, depois de cantados os parabéns um uníssono com os 400 convidados.

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Medalha de ouro foi entregue aos ex-presidentes José Eduardo Carvalho e José Eduardo Marçal

José Eduardo Marçal, o primeiro Presidente da Direção

Secretário de Estado do Emprego

José Eduardo Carvalho, Presidente da Direção entre 1993 e 2011

Medalha de Ouro entregue a Luís Mira Amaral

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Maria Salomé Rafael comanda a direção da associação desde 2011

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