Revista Ribatejo Invest / março 2017

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Março 2017 | Ano II | N.º 18

Temos 71 PME Excelência SI2E: Novo Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego

Internacionalização

Couro Azul “a bordo” da TAP

Business 2017

Rui Medinas, Presidente da Câmara Municipal daa Golegã

“A economia da Golegã cresce ce ‘a galope’ devido ao cavalo”

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ÍNDICE

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Março 2017 | Ano || | N.º 18

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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Notícias das empresas Empresas: RENOVA Especial PME Excelência Empresas: Números e Soluções Empresas: Penta Group Poder Local Novos Investimentos: Villa Tejo Nature & Spa Hotel Entrevista Rui Medinas, Presidente da Câmara Municipal da Golegã

VIVER O TEJO 26

Ribatejo Histórico

INFORMAÇÃO E APOIO 27

28 29 30 33 34 35

Transgénicos Novo Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego Produtos ou agentes extintores A importância da participação pública para uma Europa mais inovadora e mais sustentável Configuração de contas de e-mail no Outlook Lançamento do Programa Qualifica destinado à educação e formação de adultos

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 42

36 40 42

Notícias Empresas: Tipografia Central do Entroncamento Empresas: Mitsubishi

INTERNACIONALIZAÇÃO 43 46 48 50

Notícias Empresas: Quintinha d’Aldeia Eventos: NERSANT Business 2017 Empresas: Couro Azul

46 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt

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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade: Mensal Tiragem: 1000 exemplares

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DA MEIGAL EM FERREIRA DO ZÊZERE

Editorial

Ribatejo Invest

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stá em discussão pública até 14 de abril um conjunto de medidas para as empresas, no âmbito do programa Capitalizar, onde se incluem um novo regime de insolvências e a adoção de mecanismos alternativos para financiamento no mercado de capitais. A NERSANT participou de forma ativa neste debate público, expressando as suas preocupações e apresentando as suas propostas. Apesar de genericamente positivas, o sucesso destas medidas irá depender da forma como serão operacionalizadas. Destacamos a tentativa de agilizar e resolver processos fora dos tribunais, o que exigirá maior articulação e agilização de decisões por parte do Estado para facilitar as aprovações dos processos, incluindo-se aqui Ministério das Finanças, Segurança Social, Banca e IAPMEI. É fundamental que exista uma maior sensibilidade e articulação por parte das estruturas intermédias da Administração Pública, para as necessidades e problemas sentidos pelas empresas. Um dos objetivos agora anunciados passa por uma deteção e intervenção precoce nas empresas em dificuldades, de forma a aumentar as possibilidades de sucesso dos processos de reestruturação empresarial e de valorização de ativos e valor económico, no caso dos processos de insolvência. Objetivo meritório, mas que obriga à criação de estruturas de acompanhamento que possam antecipar casos problemáticos. Verificamos ainda que o acesso ao PER passa a ser limitado às empresas, criando-se um instrumento alternativo para as pessoas singulares. Este é o aspeto mais positivo da medida, pois até agora os administradores e gerentes estavam totalmente desprotegidos num processo de insolvência. Na área do financiamento às empresas, apesar dos vários instrumentos de apoio que têm sido anunciados, as entidades bancárias não estão a corresponder, da forma que seria desejável e necessária, às necessidades das microempresas e das PME`S. A NERSANT tem, por isso, defendido com veemência a implementação da Linha de Financiamento a Operações de Capital Reversível em todo o país. Esta é uma medida muito desejada e necessária e para a qual nos dispomos, uma vez mais, a colaborar na discussão acerca da sua operacionalização.

Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT

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A Meigal acaba de instalar um novo Centro de Distribuição localizado em Ferreira do Zêzere. Trata-se de um investimento superior a 500 mil euros que resultou na criação de 30 postos de trabalho diretos. Este Centro de Distribuição pretende dar resposta a um dos grandes desafios que é estar cada vez mais próximo dos seus clientes, cumprindo a promessa de ter a entrega dos melhores produtos alimentares, frescos e congelados, num prazo máximo de 24 horas. Este novo Centro de Distribuição vai aumentar a presença da Meigal numa área entre o Ribatejo e Beiras e entre a Lezíria e os Pinhais do Interior. Localizado na histórica Comave, um matadouro com mais de 35 anos de história, este Centro está preparado, a nível logístico e humano, para proporcionar um serviço de qualidade, correspondendo às exigências atuais do mercado. Esta localização vem permitir à população de Ferreira do Zêzere e áreas envolventes terem perto de si uma estrutura que garante a disponibilidade de produtos de qualidade, nas melhores condições e com a garantia de frescura em 24 horas. Este Centro tem uma dimensão superior a 1500m2 e uma equipa especializada na gestão de produtos alimentares e acompanhamento aos clientes de retalho. A Meigal é uma empresa que faz especificamente o retalho em todo o país e também em Espanha. Vende e entrega produtos alimentares frescos e congelados no mercado de retalho, e em grande parte marcas do Grupo Lusiaves, como a Lusiaves, Campoaves, Campogrill, Quinta dos Olivais e Margrill. Conta atualmente com 10 entrepostos localizados em Ponte de Lima, Mirandela, Grijó, Mangualde, Leiria, Loures, Corroios, Estremoz, Albufeira e, agora, Ferreira do Zêzere.

CARTAXO ORGANIZA CONCURSOS DE VINHOS Estão abertas as inscrições para o XVIII Concurso de Vinhos do Tejo e para o XXXIII Concurso de Vinhos do Concelho do Cartaxo – O Melhor Vinho na Produção - Colheita de 2016/2017. Os concursos são organizados pela Câmara Municipal do Cartaxo, que vai divulgar os resultados no decorrer da Festa do Vinho 2017. Neste momento, já fecharam as inscrições para as adegas interessadas em participar, estando neste momento o Município do Cartaxo a proceder à recolha de amostras dos vinhos concorrentes. Em 2016 os concursos contaram com mais de 48 produtores da região, 11 dos quais se apresentaram a concurso pela primeira vez, tendo sido avaliadas 97 amostras de vinho – 48 de tinto, 36 de branco e 13 de rosé –, o maior número de sempre. Os vinhos deverão ser acompanhados por boletim de análise recente, com 30 dias de antecedência à data da colheita e para cada tipo de vinho a apresentar – branco, rosé ou tinto –, deve ser entregue uma ficha de inscrição própria.

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ISO 9001:2015 IMPLEMENTADA NA TECNIPEC

VIGOBLOCO COMEMOROU 40 ANOS… A Vigobloco, sediada em Ourém, comemorou no dia 24 de fevereiro 40 anos de atividade. A empresa comemorou a efeméride com toda a sua equipa, a quem agradeceu a dedicação e o entusiasmo do trabalho diário. A empresa familiar fundada em 1977 tem como missão conceber produzir e montar soluções pré-fabricadas de betão, com a pretensão de contribuir para uma sociedade mais sustentável e coesa, através de um compromisso social, ambiental e economicamente responsável. A Vigobloco é hoje líder em Portugal na fabricação de produtos de betão para a construção.

…E A GSP, 10 Quem também comemorou aniversário, foi a empresa GPS Unipessoal, Lda. A empresa sediada no Sardoal, comemorou 10 anos de atividade, aproveitando a ocasião para agradecer a todos os clientes e fornecedores o empenho, atitude e seriedade com que têm efetuado negócios ao longo dos anos. De referir que a GPS Unipessoal tem como base de trabalho a manutenção industrial com profissionais qualificados nas áreas da serralharia civil e mecânica, soldadura, eletricidade e pintura, bem como dispõe de trabalhadores não especializados aptos a exercer um vasto leque de funções, quer na área industrial (carristas, limpezas industriais...), bem como na área da construção civil (pedreiros, pintores, canalizadores e serventes). Dedica-se ainda à revenda de produtos e consumíveis industriais.

O Sistema de Gestão da Qualidade da tecnipec encontra-se agora aprovado e certificado de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2015, cumprindo todos os requisitos relativos à atualização da norma. A mais recente auditoria externa, realizada anualmente pela Lloyd’s Register LRQA à fábrica de rações em Montalvo, à fábrica de pré-misturas em Vendas Novas e aos escritórios em Lisboa, debruçou-se nos requisitos relativos à atualização da norma ISO 9001 - que passou da denominação ISO 9001:2008 (de acordo com a qual estava certificado em anos anteriores) para ISO 9001:2015 -

e resultou na aprovação do Sistema de Gestão da Qualidade da tecnipec. Esta certificação é válida tanto a nível nacional - pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC) - como internacionalmente - pelo United Kingdom Accreditation Service (UKAS) e é aplicável à conceção, produção e comercialização de pré-misturas e alimentos compostos para animais.

A SEM IR DESENVOLVE PROJETO NA CASA MÃE EM AZAMBUJA A SEM IR, empresa sediada em Santarém, mereceu a confiança para desenvolver o projeto de Climatização Inteligente, AQS, e produção de Energia Elétrica com armazenamento da Casa Mãe em Azambuja. Trata-se da recuperação de um espaço residencial com data de 1864, bem no centro da vila, em que os materiais e tecnologia aplicada torna este espaço bastante sustentável, amigo do ambiente e com uma elevada classificação energética no fim do projeto. Por outro lado, também a empresa Jodel S.A. confiou nos serviços da SEM

IR. Neste momento, a empresa já está a produzir energia 100% renovável através da sua Central Solar Térmica. Um projeto desenvolvido pela SEM IR, com a colaboração dos seus parceiros. Toda esta energia reflete-se na produção de milhares de litros de água quente, que diretamente incorporam o seu processo industrial na produção de detergentes, reduzindo de forma considerável os custos com gás no sistema tradicional.

HIDRO IBÉRICA TEM NOVO LOGÓTIPO Enquadrado num Plano de Marketing que tem como objetivo a aproximação ao cliente e a relação com o universo real (terra, água e serviços),uma equipa de criativos, desenvolveu um novo logótipo para a Hidro Ibérica - Estudo e Montagem de Regas, Lda, empresa com sede em Salvaterra de Magos. Mantendo as suas iniciais e criando uma identidade relacional com a terra, a água e os sistemas de rega, o novo logótipo pretende apresentar a ondulação do terreno e a ondulação de um pivot integrado na paisagem. O universo cromático realça os dois elementos iniciais: o azul representa a água e o verde representa a produção agrícola. Assim, pretende-se dotar a marca de uma identidade gráfica própria e inconfundível.

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AGROGASPARES ABRE FILIAL EM SALVATERRA DE MAGOS A Agrogaspares, com sede na Branca, Coruche, inaugurou novas instalações na zona industrial de Vale de Lobos, em Muge. A inauguração aconteceu no dia 11 de fevereiro, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Manuel Esménio. Para além do autarca, participaram no convívio de inauguração dezenas

de convidados. A inauguração de nova unidade no concelho de Salvaterra de Magos veio ainda assinalar os 25 anos de atividade da empresa. De referir que a Agrogaspares é uma empresa especializada na comercialização, manutenção e reparação de máquinas e equipamentos agrícolas, florestais e industriais que está no mercado desde 1989.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Pelarigo & Filhos organizou 1.ª Gala de Clientes, Fornecedores e Amigos

CaCO3 está a restaurar a pia batismal da Sé de Braga A CaCO3 – Conservação e Restauro do Património Artístico, Lda. empresa de Tomar, encontra-se a efetuar trabalhos de conservação e restauro na pia batismal da sé de Braga. A remodelação do batistério contempla o novo enquadramento da pia, com a sua recolocação na parte interior da torre norte, e respetiva beneficiação do espaço envolvente. Esta operação permitirá o desafogo desta área da nave na ligação ao claustro adjacente. A pia batismal, com a nova localização, terá uma posição simétrica à do túmulo do infante D. Afonso, localizado na torre sul. Os referidos trabalhos, promovidos pelo Cabido da Sé de Braga, foram consignados à empresa especializada CaCO3 – Conservação e Restauro do Património Artístico, Lda., de Tomar, tendo a Direção Regional de Cultura do Norte garantido o respetivo apoio

e acompanhamento técnico. Esta é uma intervenção desenvolvida pela Direção Regional de Cultura do Norte e Cabido da Sé de Braga, no âmbito da Operação Rota das Catedrais no Norte de Portugal, cofinanciada pelo Programa Operacional Norte 2020. A Sé Catedral de Braga é monumento nacional deste 1910, sendo imóvel propriedade do Estado afeto à Direção Regional de Cultura do Norte para efeitos de gestão. A segunda fase da intervenção na Sé de Braga contempla o projeto de acessibilidade à visita cultural para o ordenamento do claustro e espaços adjacentes (Capelas de N. S. Conceição, S. Geraldo e de Santiago); intervenção na Galilé, com levantamento e caraterização de patologias da fachada; remodelação do Batistério, conservação e restauro da Pia Batismal e conservação e restauro do espólio azulejar da Sé.

A Pelarigo e Filhos e a Lavritejo realizaram no dia 11 de fevereiro, a 1.ª Gala de Clientes, Fornecedores e Amigos, que decorreu nas instalações do CNEMA – Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas em Santarém, com a presença de mais de 500 pessoas. Entre o meio milhar de convidados, estiveram o Presidente do Município de Salvaterra de Magos, Hélder Manuel Esménio, que esteve na cerimónia acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Salvaterra de Magos e Foros de Salvaterra, Manuel Bolieiro, onde se encontra sediada a empresa. A empresa Pelarigo nasceu no ano 2001, sendo vocacionada para os fatores de produção (comércio e distribuição) de adubos, agroquímicos, sementes, cereais, rações, batatas de semente e consumo. Mais recentemente alargou os seus serviços de comercialização de produtos horto-industriais. Em 2015 a empresa adquiriu uma empresa concorrente - Lavritejo, sediada no Cartaxo e que opera também na área dos adubos e produtos fitofarmacêuticos. Esta foi a 1.ª Gala de Clientes, Fornecedores e Amigos, e que reuniu em Santarém parceiros de ambas as empresas.

Sociedade Agrícola Casal do Conde mudou de mãos A Sociedade Agrícola Casal do Conde, situada em Porto de Muge (Valada – Cartaxo), foi adquirida pela Casa Agrícola Faia e Filhos. A administração está a cargo de António Manuel Faia, que na tarefa de gerir o projeto Casal do Conde conta com o apoio de Margarida Menezes, que assumiu a direção-geral. A casa agrícola Faia e filhos foi fundada em 2007 por António Faia e seus filhos. A família já tinha investimentos em vinha e produção de vinhos de marca própria mas, no ano de 2014, aumentou a sua atividade vinícola adquirindo as vinhas e a marca da quinta Vale D’Algares, em Vila Chã de Ourique.

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Com a aquisição de Casal do Conde, a empresa explora hoje uma área de cerca de 168 hectares de vinha. Mas esta área vai aumentar com a plantação de mais

40 ha no Casal do Conde, empresa que produzia cerca de 200 mil garrafas anualmente, em adega própria. As marcas são Casal do Conde, Terra Chã e Terras do Vale. Em declarações à Revista de Vinhos, Margarida Menezes revelou que nos projetos mais próximos irá apostar num “restyling” da marca Casal do Conde. “Futuramente iremos adaptar o nosso portefólio e marcas às necessidades que detetarmos no mercado, com possibilidade de ser lançada uma nova marca”, revelou a agora diretora-geral da adega. Outros objetivos a alcançar passarão pelo aumento da notoriedade da marca e uma maior internacionalização.

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Gencork da Sofalca premiada no German Design Awards 2017 A marca Gencork, a mais recente inovação da empresa abrantina Sofalca em soluções de revestimento, isolamento e decoração, foi premiada no German Design Awards 2017. A cerimónia de entrega do prémio aconteceu em Frankfurt em fevereiro. A marca GenCork, com direção artística da Digitalab, permite que se produzam paredes com padrões em cortiça com efeitos únicos, não tendo este sido o único prémio recebido por esta marca da empresa Sofalca, que está sediada em Abrantes. A Sofalca é uma empresa portuguesa que pertence ao Grupo Estrada SGPS. Foi fundada em 1966, produzindo Aglomerado de Cortiça Expandida (ICB). A maior parte da produção da Sofalca destina-se aos mercados estrangeiros, em especial ao mercado Europeu (França, Espanha, Áustria, Itália, Reino Unido e Bélgica), China e Japão, e é comercializada através da Isocor - Aglomerados de Cortiça, ACE., onde as vantagens do aglomerado de cortiça como forma de

isolamento com cariz fortemente ecológico são amplamente apreciadas. A Sofalca, para além do isolamento térmico e acústico que fabrica e fornece através da Isocor, tem vindo a apostar na resolução de problemas complicados com os quais se deparam arquitetos e designers. A Sofalca está equipada com máquinas (CNC e outras) capazes de realizar, em cortiça expandida, praticamente tudo o que se quiser. Ainda na área do isolamento, a Sofalca lançou a marca CorkWave, e CorkWave Green, que permite o isolamento térmico e acústico de paredes interiores, ao mesmo tempo que representa uma solução de revestimento. A CorkWave resulta da parceria entre a Sofalca e o arquiteto Miguel Arruda. A Sofalca criou também a marca de design Blackcork, lançada em janeiro de 2014 durante a primeira edição da Feira Maison&Objet, numa forte aposta na área do design, com a direção artística do designer português Toni Grilo. Já em maio de

2015, durante a Feira TEKTÓNICA em que a Sofalca foi patrocinadora, a empresa - em parceria com a DigitaLab -, lança oficialmente a Gencork, uma inovadora solução de revestimento acústico e térmico que permite a arquitetos e designers cobrir espaços interiores e/ou exteriores com aglomerado de cortiça expandida, mas com o delicado detalhe de padrões únicos, aliando a funcionalidade à componente estética.

Portuguese AgroFood Cluster reconhecido publicamente O setor agroalimentar português congrega quatro atores e cria o Portuguese AgroFood Cluster, reconhecido publicamente pelo Governo no dia 23 de fevereiro. Este reconhecimento foi atribuído no decorrer da sessão de apresentação do Programa Interface que contou com a presença do Primeiro-Ministro António Costa e dos Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, da Economia, Manuel Caldeira Cabral e da Agricultura Luís Capoulas Santos. A PortugalFoods, a InovCluster, o AgroCluster e a PortugalFresh são as associações integrantes deste consórcio. O Cluster tem uma dimensão nacional, tendo a PortugalFoods como promotor líder, contando igualmente com a FIPA a presidir o Conselho Estratégico. O Portuguese AgroFood Cluster resulta de um contrato de consórcio em que todas as partes mantêm a sua identidade e figuras jurídicas, que de uma forma articulada concretizam as estratégias individuais, otimizando recursos e desenvolvendo um conjunto de pilares estratégicos para o setor. Os eixos estratégicos desenvolvemse em torno da internacionalização, investigação & desenvolvimento tecnológico

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e inovação, comunicação, capacitação e empreendedorismo, materializando-se em projetos estruturantes de natureza coletiva e colaborativa. O seu funcionamento será estruturado por via de projetos dos diversos consortes (individuais ou em parceria) que corporizam uma estratégia única. Atuando numa lógica de proximidade, as atividades do Cluster estão dirigidas e orientadas para os interesses e necessidades do tecido empresarial nacional, sendo alavancadas pelo conhecimento gerado nas Entidades do Sistema Científico. As entidades que integram o Portuguese AgroFood Cluster têm pautado a

sua intervenção no setor por um elevado dinamismo na promoção dos produtos alimentares nacionais junto dos mercados externos, associando-se em prol de objetivos comuns para o setor, como é o caso do aumento das exportações da fileira agroalimentar, com projeções de aumento em 16% até 2020. O agroalimentar português exportou 5,6 mil milhões de euros, o que representou 11,3% das exportações nacionais. O universo de empresas do Portuguese AgroFood Cluster foi responsável por um valor superior a mil milhões de euros e tem revelado um aumento consistente nos últimos anos.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Iki Mobile antecipa abertura de fábrica em Coruche para 2017

Magos Irrigation Systems tem nova sucursal em Mirandela A Magos Irrigation Systems inaugurou em fevereiro uma nova sucursal na Zona Industrial de Mirandela. De acordo com a empresa, esta nova unidade é uma forma de dar “continuidade à sua estratégia de proximidade aos agricultores nas regiões agrícolas mais dinâmicas e promissoras do país”. “Com o nosso conhecimento em sistemas de rega pretendemos contribuir para a evolução tecnológica da lavoura transmontana, introduzindo novos produtos e serviços que ajudarão a aumentar a rentabilidade das explorações agrícolas da região. É notório o espirito empreendedor dos transmontanos que se tem traduzido na criação de inovadores projetos de investimento agrícola”, afirmou António Gastão, administrador da Magos Irrigation Systems. A nova sucursal da Magos Irrigation Systems conta com uma área coberta de 700 metros quadrados e uma equipa de seis colaboradores nas áreas de Obras, Assistência Técnica, Logística e Técnico-Comercial. Miguel Empis, administrador da empresa refere que o objetivo é desta forma “realizar uma cobertura nacional de proximidade e afirma a sua vontade de trabalhar em estreita colaboração com os principais centros regionais de produção de conhecimento técnicocientífico, nomeadamente, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico de Bragança, que tal como nós visam colocar a agricultura de precisão ao serviço do setor”.

A Revista Ribatejo Invest noticiou iou em janeiro de 2016, a instalação de uma unidade de produção de telemóveis em Coruche, que deveria acontecer até final de 2018. A Iki Mobile vai agora a antecipar o investimento, garanntindo que vai instalar esta nova unidade de produção naquela vila ribatejana até ao final do presente ano. Neste momento, a empresa está já a contratar colaboradores. Coruche foi o local escolhido pela empresa portuguesa de telemóveis e smartphones Iki Mobile para instalar a sua primeira unidade de produção. Criada em 2013, a IKI Mobile é uma empresa portuguesa que quer concorrer com as grandes empresas internacionais e que já disponibiliza um leque alargado de produtos para todas as idades e carteiras. Por enquanto, os telemóveis e smartphones da Iki Mobile são fabricados na China e mais recentemente em Angola, mas a empresa quer começar a produzir os seus produtos em Portugal. A opção pela instalação da fábrica no concelho de Coruche deve-se às boas acessibilidades existentes e à proximidade do aeroporto de Lisboa, o que facilita a exportação dos produtos, afirmou o CEO da Iki Mobile, Tito Cardoso. A empresa revelou ainda a intenção de introduzir a cortiça na produção de capas e outros acessórios para telemóveis, facto que reforçou a escolha por Coruche, por todos conhecida como a Capital da Cortiça. Outro elemento que contou na escolha do concelho foi o facto de Coruche, estando próximo de Lisboa e com uma excelente rede de acessibilidades, se encontrar numa zona de convergência, que permite um incremento de 10% na

captação de fundos comunitários, já que a empresa quer candidatar a fábrica no âmbito do Portugal 2020, disse. De acordo com declarações prestadas pelo Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira à Lusa, a fábrica que a Iki pretende construir em Coruche representará um investimento de 12,5 milhões de euros e irá criar 200 postos de trabalho. A Iki Mobile vai instalar-se num terreno com 25.000 metros quadrados no Parque Empresarial do Sorraia. Na altura, a Iki Mobile anunciou que este investimento deveria estar concluído até ao final de 2018, com apoio dos fundos comunitários. Mas como o Portugal 2020 tem as suas características e análises próprias, a empresa decidiu, não obstante a manutenção da candidatura, avançar com capitais próprios e antecipar os prazos de abertura desta nova unidade fabril para o ano de 2017. O empresário Tito Cardoso, CEO da Iki Mobile garantiu mesmo ao jornal Dinheiro Vivo, que ainda este ano a Iki Mobile terá produtos Made In Portugal. Para colocar em marcha este novo projeto de investimento, a empresa está já a contratar talentos em Coruche, em diversas áreas, num investimento que irá resultar na criação, até ao final do ano, de 44 postos de trabalho diretos e 220 indiretos.

Adega do Cartaxo lança topo de gama Desalmado Desalmado é a mais recente referência de vinho topo de gama da Adega do Cartaxo, com uma produção limitada de 3883 garrafas. Resultante da conjugação das castas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon, Tinta Roriz, Alicante Bouschet, Merlot e Castelão, com um estágio de 12 meses em barricas de Carvalho Francês grão extrafino e um

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posterior estágio em garrafa durante 24 meses. O resultado é um vinho profundo, intenso e exuberante. O vinho “Desalmado” apresenta-se com muita alma e é um verdadeiro desafio aos nossos sentidos. O novo néctar da Adega do Cartaxo foi lançado no dia 2 de março, durante um jantar no restaurante Taberna Ó Balcão, do Chef Rodrigo Castelo em Santarém.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

RENOVA acolhe visita comemorativa de 180º aniversário da AIP A Renova - Fábrica de Papel do Almonda, S.A., conhecida empresa sediada no concelho de Torres Novas, foi a primeira de um conjunto de dez empresas industriais a receber a visita da Direção da AIP e do seu presidente, José Eduardo Carvalho, e de 80 empresários, no âmbito da celebração dos 180 anos da Associação. Maria Salomé Rafael, Presidente da Direção da NERSANT, também esteve presente.

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endo como anfitrião o presidente da empresa, Paulo Pereira da Silva, juntou-se à delegação empresarial o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos. Durante a visita à fábrica da Renova, em Torres Novas, o presidente da AIP salientou a capacidade desta e de outras empresas portuguesas que sobreviveram ao processo de ajustamento e que nesse período “cresceram e se desenvolveram”. José Eduardo Carvalho referiu que a Renova se enquadra nos critérios que a AIP definiu para escolher as dez empresas que irá visitar até novembro: ser empresa associada, pertencer ao setor da indústria transformadora, ter-se desenvolvido e crescido durante o período de ajustamento.

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PAULO PEREIRA DA SILVA: “A COMPONENTE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA É UM FATOR ESSENCIAL PARA O NOSSO DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL” A Renova atinge globalmente um volume de faturação superior a 140 milhões de euros, dos quais, mais de 50% com a exportação dos seus produtos para mais de 70 países, com destaque para Espanha, França, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido, Lituânia, Canadá, México, China, Austrália, Nova Zelândia, Japão entre muitos outros. Em 2016, para além da conclusão da primeira fase de implantação da unidade industrial em França, a marca iniciou um investimento de cerca de 36 milhões de euros na instalação de uma nova unidade de fabricação de papel tissue e na ampliação da sua fábrica em Portugal, Torres Novas.

A nova unidade (Máquina de Papel No7) é um projeto tecnologicamente inovador e pioneiro em toda a Europa. Com arranque de produção no início deste ano, permite à Renova aumentar a sua capacidade de fabricação de papel tissue em 50%. Segundo Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova, “este investimento é consequência da nossa forte aposta na inovação e competitividade. A componente inovação tecnológica é um fator essencial para o nosso desenvolvimento internacional”.

JOÃO VASCONCELOS: “A RENOVA É UMA REFERÊNCIA NA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS, NO RESPEITO PELO MEIO AMBIENTE E COM O NÍVEL DE SOFISTICAÇÃO E DE ABERTURA AO MUNDO” “Caso muito especial para o tecido empresarial português”, disse João Vasconcelos,

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a Renova “apostou na tecnologia” e por isso “é uma das fábricas mais evoluídas em Portugal, em relação a sectores como o do automóvel”. “Faz os guardanapos de papel com os melhores equipamentos de automação existentes no país e lidera também em termos de registos de propriedade intelectual, de design e de marketing”, observou o titular da pasta da Indústria ao relevar o “espírito de inovação” da empresa: “A Renova foi uma das fontes inspiradoras do programa de apoio criado pelo Governo e que disponibiliza dois mil milhões de euros para esta área”. “A Renova fez um grande investimento numa nova máquina para aumentar a produção, mas sem deixar de ser uma referência na gestão de recursos humanos, no respeito pelo meio ambiente e com o nível de sofisticação e de abertura ao mundo”, acrescentou o secretário de Estado, acentuando que a fabricante do singular papel higiénico “é um farol” na indústria tradicional portuguesa, “um exemplo de como se deve gerir uma empresa”.

EMPRESA PORTUGUESA DE CAPITAL 100% PRIVADO COM DUAS FÁBRICAS EM PORTUGAL E UMA EM FRANÇA EXPORTA PARA MAIS DE 70 PAÍSES A Renova é uma marca de produtos de grande consumo comercializada em mais de 70 países, âncora de toda a atividade da empresa Renova FPA, SA, empresa portuguesa de capital 100% privado, fundada em 1939.

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Conta em 2017 com cerca de 600 colaboradores diretos, suportando duas unidades industriais e centro logístico em Zibreira - Torres Novas, uma terceira unidade produtiva em Saint-Yorre, França, e escritórios comerciais em Lisboa, Porto, Madrid e Paris. A sede da empresa está localizada em Torres Novas, num perímetro industrial que engloba divisões de Reciclagem, Fabricação e Transformação de papel tissue. A marca apresentou ao mercado, entre muitos outros, os primeiros lenços coloridos e perfumados com propriedades de aromaterapia, rolos de cozinha em papel anti-bacteriano, ou papel higiénico com micro-gotículas de creme hidratante.

PORQUE É QUE O PAPEL HIGIÉNICO NÃO PODE SER PRETO? Renova Black, o primeiro papel higiénico preto do mundo, lançado pela marca em 2005, é o mais iconográfico dos produtos “impensáveis”. Foi precisamente este paradoxo que a Renova conseguiu romper: porque é que o papel higiénico não pode ser preto? A aceitação dos cidadãos a este lançamento respondeu à questão retórica anterior. O papel higiénico preto colocou a marca Renova nos cinco continentes, e o que inicialmente começou por ser um único produto inovador foi trabalhado pela marca para ser uma gama de produtos diferenciadores. Renova Black label foi desenhada para consumidores que procuram a diferenciação e valorizam a estética, e não apenas a funcionalidade.

Renova venceu o prémio “Produto Cinco Estrelas 2017” Renova Grand Royal - papel higiénico com 4 camadas muito suaves - venceu o prémio “Produto Cinco Estrelas 2017”, na categoria “Papel Higiénico”. Esta é a mais recente distinção da Renova que, pelo terceiro ano consecutivo, consegue o reconhecimento do prestigiado Prémio Cinco Estrelas. “Superamo-nos a cada ano para exceder as expetativas dos cidadãos mais exigentes, os quais merecem nada menos que o melhor. Deste desígnio surge Renova Grand Royal: um papel de quatro folhas, mais denso e serviços maiores, mais macio, mais resistente e mais seguro”, anunciou a marca ribatejana no seu portal. O Prémio Cinco Estrelas é atribuído com base nas avaliações de um painel alargado de cidadãos portugueses, numa metodologia rigorosa adaptada a cada categoria. No caso do Papel Higiénico, o resultado do Renova Grand Royal resulta da combinação de três formatos de avaliação: focus group, um estudo de mercado junto de uma amostra representativa da população portuguesa e experimentação cega em casa, prévia à identificação do produto e da marca. Deste modo, um Produto Cinco Estrelas é um produto testado e valorizado pelos consumidores, considerando a sua própria experiência e os critérios que influenciam as suas preferências.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Distrito de Santarém tem 71 PME Excelência 2016 O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação já divulgou a lista das empresas a quem atribuiu o estatuto PME Excelência 2016. Ao todo foram 1.786 empresas portuguesas distinguidas com este selo de reputação, mais 277 que as premiadas em 2015. O distrito de Santarém tem 71 PME Excelência, com destaque para os concelhos de Ourém, Santarém, Abrantes e Coruche.

N

a região de Santarém, há 71 empresas distinguidas com o estatuto PME Excelência 2016, sendo o concelho de Ourém o que mais se destaca no âmbito destas distinções. Este concelho foi o que mais estatutos PME Excelência recebeu, com 15 empresas a acolher esta distinção. Segue-se o concelho de Santarém, com a atribuição de 9 estatutos PME Excelência, e Abrantes e Coruche, com 6 empresas cada concelho a receber este estatuto. Salvaterra de Magos e Torres Novas têm 5 empresas PME Excelência cada concelho, seguindo-se Benavente, que tem agora 4 empresas com o estatuto de PME Excelência. Aos concelhos do Cartaxo e Ferreira do Zêzere a distinção foi atribuída a 3 empresas em cada território. Os concelhos de Almeirim, Chamusca, Entroncamento, Rio Maior, Tomar e Vila Nova da Barquinha têm duas empresas distinguidas em cada um, sendo que Alcanena, Constância e Mação, têm apenas uma empresa PME Excelência em cada um dos concelhos. Os concelhos de Alpiarça, Golegã e Sardoal

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não têm qualquer empresa com o estatuto PME Excelência 2016. Quanto ao ranking por distrito, Santarém encontra-se a meio da tabela. Vejamos a distribuição por distrito no que à atribuição de estatutos PME Excelência diz respeito: Porto (373), Lisboa (330), Aveiro (220), Braga (198), Leiria (161), Faro (101), Santarém e Setúbal (empatados com 71 empresas por distrito), Viseu e Coimbra (empatados com 57 empresas por distrito), Viana do Castelo (33), Castelo Branco (19), Beja (13), Évora (10), Bragança e Vila Real (empatados com 8 empresas por distrito) e, por último, Portalegre (4).

PME EXCELÊNCIA É UMA MARCA REGISTADA DO IAPMEI O estatuto PME Excelência é atribuído pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal (no caso das empresas do Turismo), em parceria com 11 bancos a operar em Portugal: Banco BIC, Banco BPI, Banco Popular, Bankinter, Caixa Geral de Depó-

sitos, Crédito Agrícola, Millennium BCP, Montepio, Novo Banco, Novo Banco dos Açores e Santander Totta. Trata-se de um selo de reputação que permite às empresas distinguidas relacionarem-se com a sua envolvente – fornecedores, clientes, sistema financeiro e autoridades nacionais e regionais – numa base de confiança facilitadora do desenvolvimento dos seus negócios. Para empresas exportadoras e com ambição internacional, o estatuto PME Excelência é particularmente relevante, constituindo um fator de diferenciação e um garante da solidez e idoneidade das empresas. Estas empresas são selecionadas pelo IAPMEI e pelo Turismo de Portugal, a partir do universo das PME Líder, e o estatuto das “melhores das melhores” tem como objetivo conferir notoriedade às PME, num justo reconhecimento do seu mérito e do seu contributo para os resultados da economia. O estatuto PME Excelência tem a validade de um ano. Em 2016, foram atribuídos mais 277 estatutos PME Excelência do que em 2015.

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EMPRESAS COM ESTATUTO PME EXCELÊNCIA 2016

Concelho

EMPRESAS COM ESTATUTO PME EXCELÊNCIA 2016

Concelho

A Transportadora Ideal de Minde, Lda.

Alcanena

Madeiras Custódio & Filhos, Lda.

Chamusca

Cartaxo

Magos - Irrigation Systems, S.A.

Salvaterra de Magos

Adega Cooperativa do Cartaxo, CRL Agri-Mendes - Agricultura e Comércio, Lda. Agrotécnica - Fly In Earth, Lda. Almácla - Importação de Materiais de Construção, Lda.

Santarém

Manuel Vieira & Companhia (Irmão) Sucessores, Lda.

Torres Novas

Cartaxo

Maria D’Assunção T.R. Sousa e Silva, Unipessoal, Lda.

Almeirim

Maria Isaura da Silva Mendes Galveia, Lda.

Benavente

Salvaterra de Magos Constância

Micronipol - Micronização e Reciclagem de Polímeros, S.A.

Américo Duarte Paixão, Lda.

Santarém

Óptica Central de Abrantes, Lda.

Avitrata - Sociedade de Tratamentos Fitosanitários Aéreos, Lda.

Benavente

Panificadora Marques Filipe - Indústria de Panificação, Lda.

Bielco - Equipamentos para Veículos Industriais, Lda.

Rio Maior

Pedra Alva - Sociedade Exploradora de Calcários do Centro, Lda.

Almouroltec, serviços de informática e internet, Lda

Cabazverde - Unipessoal, Lda.

Salvaterra de Magos Santarém

Rações Zêzere, S.A.

Caniço & Companhia - Transportes de Mercadorias, Lda.

Benavente

Ranexpress - Tranportes Rodoviários de Mercadorias, Lda.

Cidalina Silva - Sociedade Agrícola, Unipessoal Lda. Construções Francisco & Marco, Lda.

Abrantes Torres Novas

Prosaúde, S.A.

Campodobrado - Sociedade Agro-Florestal, Unipessoal, Lda.

Chot - Centro Nefrológico Ourém - Tomar, Lda.

Ourém

Ourém Almeirim Ferreira do Zêzere Torres Novas

Rodalgés - Equipamentos Industriais, Lda.

Coruche

Salvaterra de Magos

Ruralsor - Serviços Agrícolas e Florestais, Lda.

Coruche

Ferreira do Zêzere

S.A.O.V. - Sociedade Agrícola Ouro Vegetal, S.A.

Abrantes

Tomar

Construmação - Construções e Terraplanagens, Unipessoal, Lda.

Mação

Segurança 24, Lda.

D. F. J. Vinhos, S.A.

Cartaxo

Servisantos - Terraplanagens e Nivelamentos, Unipessoal, Lda.

Coruche

Electro-Marques - Reparações Eléctricas Auto, Lda.

Ourém

Shoperfil, Lda.

Ourém

Euromolding - Madeiras, Lda.

Ourém

Sociedade Agrícola Herdade do Caldas, Unipessoal Lda.

Chamusca

Espaço Mecânico - Com. e Manutenção de Equip. de Terraplanagem, S.A. Vila Nova da Barquinha

Sociedade Panificadora Costa & Ferreira, Lda.

Rio Maior

Europisol - Empresa de Trabalho Temporário, Lda.

Soprofe - Sociedade de Produção Florestal, Lda.

Abrantes

ST - Serviços de Restauração, Lda.

Santarém

T. R. M. - Tratamento e Revestimento de Metais, Lda.

Abrantes

Farmácia Almeida Gonçalves, Lda. Farmácia Manuela Quartau, Unipessoal, Lda.

Ourém Entroncamento Ourém

Entroncamento

Farmácia Ondalux, Unipessoal Lda.

Abrantes

Tacofrota - Comércio de Tacógrafos, Lda.

Benavente

Farmajaneiro, Unipessoal, Lda .

Coruche

Tecadi - Indústria e Comércio de Produtos para o Sector Agro-Alimentar, Lda.

Santarém

Ourém

Transjm Transportes e Logística, Lda.

Ourém

Transportes Roda Rosa, Unipessoal, Lda.

Ourém

Fernanda Isabel R. Salsa Castelo, Unipessoal, Lda Ferplay - Fábrica de Portões, Lda. Filourém - Comércio de Peças Auto, Lda. Florestalzezere - Exploração Florestal, Lda. Irmade - Indústrias de Revestimento de Madeiras, S.A. Irricampo Sistemas de Rega, Lda. Jorge Caseiro - Comércio de Produtos Alimentares, Lda.

Santarém Ourém Ferreira do Zêzere Ourém Santarém Salvaterra de Magos

Transportes Vieira Vacas, Lda.

Santarém

Trigénius - Tecnologias de Informação, S.A.

Ourém

Tymrest - Restaurante Rápido Unipessoal, Lda.

Tomar

Verdeteor - Agro florestal, Lda.

Coruche

Vieira Alves - Metalomecânica, S.A.

Abrantes

José Carlos Jesus Cordeiro, Lda.

Santarém

Vipremi - Fabricação de Produtos em Betão, Lda.

Laverde - Produtos Naturais de Cosmética, Lda.

Coruche

Vitriu - Comércio de Produtos e Serviços Ópticos e Audiometria, Lda.

Ourém

Zone Soft - Fabrico de Produtos Software, Unipessoal Lda.

Luís Augusto Fernandes da Silva - Sociedade Unipessoal, Lda. Luís Leal & Filhos, S.A.

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Torres Novas

Ourém Vila Nova da Barquinha Torres Novas

Fonte: IAPMEI

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Com escritórios nas cidades de Leiria e de Ourém

“Números & Soluções” abre portas em Fátima com novos serviços A Números & Soluções, projeto inovador multisserviços e multimarcas com escritórios em Leiria desde 2003 e em Ourém desde 2007, acaba de abrir um novo escritório em Fátima. A inauguração aconteceu a 22 de fevereiro, estando o mesmo agora situado na rua D. Júlio F. Constantino, edifício Anjo de Portugal, junto da Rotunda Anjo de Portugal.

A

firmando-se cada vez mais como uma proposta profissional colocada ao serviço de particulares e de empresas, a Números & Soluções continuará a prestar os serviços da “Números Articulados” e da “Soluções Úteis”. À abertura dos escritórios na Cova da Iria, a Números & Soluções soma a prestação de novos serviços. A expansão do projeto alarga-se inclusive à possibilidade de reserva de salas para marcação de reuniões de direção, comerciais, ou de formação por parte dos clientes. Números Articulados, Lda., com gerência de Susete Mangas, é a empresa detentora do franchising ACOUNTIA em Leiria desde 2014, com prestação de serviços de consultoria, contabilidade, fiscalidade, elaboração de projetos e apoio à gestão. Soluções Úteis, Lda. tem gerência de Olinda Mangas e representa as marcas franchisadas EXCHANGE e ACCIVE desde 2003 e 2007 em Leiria e em Ourém, nas áreas de aconselhamento financeiro inde-

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pendente e seguros, respetivamente. As novas parcerias estabelecidas com profissionais e empresas permitirão o acesso a outros serviços, nomeadamente nas áreas da advocacia, imobiliária, consultoria financeira e de gestão e investimento. O mesmo espaço acolhe os escritórios da Ricardo Lains Unipessoal Lda., empresa com atividade desde 2014, especializada em obras de reabilitação e remodelação de interiores de edifícios, estabelecimentos comerciais e hoteleiros. Susete Mangas, licenciada em Contabilidade e Fiscalidade, e Olinda Mangas, em Gestão de Empresas, explicam os principais motivos da opção pela Cova da Iria: “É chegada a hora de investir em Fátima, uma cidade em crescimento, um lugar central e com boas acessibilidades. Começámos por apostar em Leiria e em Ourém, faltava-nos Fátima, onde ambas vivemos. Antevemos que a partir daqui teremos uma maior capacidade de ação e de desenvolvimento”. “É inevitável que, com o passar do tempo,

tenhamos pensado alargar as nossas áreas de atuação. São os próprios clientes que nos impelem ao crescimento, porque nos apresentam novos desafios e propostas”, referem Olinda e Susete Mangas, que sublinham que as diversas parcerias estabelecidas “são garantia de trabalho de qualidade e de resposta conforme às exigências que nos são colocadas”. Ricardo Lains desenvolve trabalhos no Centro de Portugal e em França. “Com o crescimento da empresa, senti necessidade de expandir também o espaço de escritório, que funcionava no Moimento (Fátima). Estou certo que empresa ganhará uma maior visibilidade e tornar-se-á mais acessível com este novo espaço na Cova da Iria”. A Números & Soluções tem o seguinte horário de funcionamento: segunda a sextafeira, entre as 9:00 e as 18:00, com intervalo para almoço entre as 13:00 e as 14:00. Na inauguração foram passando pelo novo espaço em Fátima familiares dos empresários, amigos, clientes e parceiros de negócios.

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Em Salvaterra de Magos

Penta Group investe 5 milhões em novas instalações A Penta Group, grupo que integra as empresas Penta Pack e a Penta Adhesiv está a investir 5 milhões de euros em novas instalações, em Salvaterra de Magos.

A

empresa, que se dedica ao setor das embalagens industriais, e que já está instalada naquele concelho desde 2000, planeia transferir a sua atividade para novas instalações em meados deste ano. Com este investimento, a Penta Group, grupo de capitais nacionais, procura responder à necessidade de aumentar a produção, em virtude de um aumento das encomendas para a exportação. Atualmente, a empresa exporta 20% da produção para os mercados de Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Cabo Verde, mas o objetivo é atingir, no final de 2017, os 30%. A Penta Pack fabrica caixas de cartão canelado e micro-canelado com ou sem impressão, nos mais variados tipos de cartão canelado. Já a Penta Adhesiv é líder de mercado na produção de etiquetas e rótulos adesivos, com aplicações diversas, e que encontra na indústria farmacêutica, indústria alimentar e no setor vinícola alguns dos principais clientes. Esta empresa produz também embalagens flexíveis, com múltiplas aplicações, por exemplo, na indústria alimentar. Ali são complexadas e impressas dezenas de embalagens plásticas que conservam os mais diversos produtos alimentares e que são presença habitual nas nossas casas, como por exemplo as embalagens de arroz, cereais, bolachas, produtos congelados e tantos outros. Frederico Jorge, CEO da Pentagroup explicou à Ribatejo Invest que as atuais instalações onde as duas empresas estão a laborar, e que ficam a pouco mais de 1 quilómetro de distância da nova unidade, já não reuniam as condições necessárias para que a empresa ali pudesse continuar

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o seu crescimento, dada a impossibilidade de ampliação das áreas fabris. Surgiu, entretanto, a possibilidade de aquisição de uma unidade industrial que que reunia os requisitos pretendidos. Um espaço que terá uma área total de 10 mil metros quadrados, com bons acessos e que está a ser totalmente preparada segundo as normas de qualidade internacionais. Ali será instalado o novo centro de operações da Penta Group, que será um dos mais modernos e inovadores centros de impressão de embalagens e rótulos da península ibérica. A aquisição do espaço e a montagem do futuro print center representa um investimento que ronda os 5 milhões de euros, parte dos quais apoiados pelo Portugal 2020. Um investimento feito em dois anos e que deverá estar concluído este ano. De acordo com o CEO da empresa, o objetivo é crescer, de forma faseada, nos próximos anos. Nas ainda atuais instalações será instalado um outro segmento de negócio, centrado na produção de embalagens plásticas.

A empresa espera assim aumentar o volume de faturação que se situou, em 2016, nos 10 milhões de euros, valor que o administrador acredita que irá duplicar nos próximos anos. O aumento da produção fará com que seja necessário recrutar novos colaboradores. “No final de 2018 esperamos dar emprego a cerca de 150 pessoas, de diversas áreas, licenciados e não licenciados”, afirmou Frederico Jorge à Ribatejo Invest. Neste momento, a Penta Group já é a maior empregadora do concelho de Salvaterra de Magos, com quase 100 colaboradores, altamente qualificados na área da produção gráfica, dos quais 20% são licenciados. A empresa possui um departamento de engenharia, um laboratório e equipamento do mais moderno que existe no seu setor de atividade. Possui ainda um departamento de desenvolvimento e de desenho, que permite aos seus clientes criarem ou desenvolverem os seus rótulos e embalagens personalizadas, com possibilidade de impressão flexográfica e digital.

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Seminário “Potenciar Sinergias na Atividade Pecuária” em Santarém A Câmara Municipal de Santarém em parceria com os Municípios de Rio Maior, Cartaxo e Azambuja - quatro municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Maior - organizaram o Seminário “Potenciar sinergias na atividade pecuária”, que teve lugar no dia 7 de março, no auditório da Escola Superior de Gestão e Tecnologias, no Instituto Politécnico de Santarém. A abertura do seminário contou com a presença de Ricardo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Santarém, Inês Barroso, vereadora com o pelouro da Proteção Ambiental, Carlos Frazão Correia, vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Silvino Lúcio, vice-presidente da Câmara Municipal da Azambuja e Sónia Serra, vereadora da Câmara Municipal do Cartaxo. O presidente da Câmara Municipal de Santarém referiu que em 2014 surgiu a 1.ª reunião entre os quatro municípios – Santarém, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja – acerca do Projeto Intermunicipal para a Sustentabilidade da Atividade Pecuária, relacionado com a poluição que existe no rio Maior, “começou a trabalhar-se para que pudéssemos, de alguma forma, levar a um crescimento sustentável na atividade pecuária nestes 4 concelhos sem colocar em causa a biodiversidade, todas as questões ambientais que hoje dizem tanto e que são imprescindíveis no futuro a gerações vindouras. Associaram-se o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. (INIAV) e a Federação Portuguesa de Associações de Suiniculturas (FPAS)”. Ricardo Gonçalves referiu que se pretende criar uma relação de simbiose entre a atividade pecuária e a sustentabilidade

ambiental. A vereadora da autarquia scalabitana, com o pelouro da Proteção Ambiental, Inês Barroso, apresentou o Projeto Intermunicipal para a Sustentabilidade da Atividade Pecuária (PISAP). Referiu que o objetivo do (PISAP) é criar uma rede de parcerias com os atores relevantes, de forma a encontrar soluções que garantam a viabilidade da atividade económica, de peso na região do Ribatejo, associada a reduzidos impactes a nível do bem-estar das populações e da qualidade ambiental dos territórios. O trabalho de discussão promovido permite concluir que é necessário além, do quadro legal em vigor, agilizar os processos, exigindo por isso uma articulação das entidades com competência na matéria para alavancar a urgente mudança cultural, que garanta um quadro de competitividade com responsabilidade social e ambiental dos produtores pecuários.

No encontro, moderado por Olga Moreira, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, foram também debatidos temas como “Normas Regulamentares da Gestão Sustentável de Efluentes Pecuários” por Patricia Moreira da Fonseca, Carla Dias e Pedro Borges da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), “Insetos como uma solução na atividade pecuária – Uma resposta a dois desafios” por Daniel Murta, investigador CIISA-FMV e “Financiamento disponível para o setor pecuário – DLBC” por Maria João Botelho da Associação para a Promoção do Desenvolvimento Rural do Ribatejo (APRODER). Estiveram também presentes no Seminário várias entidades públicas e autarcas dos Concelhos, bem como três movimentos ambientalistas – Movimento cívico Ar Puro, de Rio Maior, Movimento Coração da Cidade, de Santarém, e o Movimento Ecologista do Vale de Santarém.

Mação acolhe seminário sobre Economia da Floresta O Conselho Económico e Social (CES), presidido por António Correia de Campos, promoveu no dia 2 de março o Seminário “Economia da Floresta e Ordenamento do Território”, em parceria com a Câmara Municipal de Mação, no Auditório do CC Elvino Pereira, em Mação. O evento aconteceu tendo em conta a nova legislação no âmbito da Reforma das Florestas que vai ser aprovada em breve pelo Governo. O objetivo do encontro foi, assim, ajudar à definição de políticas públicas baseadas na evidência, pretendendo o CES enriquecer a discussão, no Parlamen-

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to, do novo pacote legislativo, através de recomendações estratégicas, concretas e viáveis que melhorem a gestão da Floresta e o Ordenamento do Território. O seminário contou com um painel de luxo, com a participação do Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, bem como de diversas entidades e dos parceiros sociais representados no CES, promovendo a discussão com múltiplas perspetivas – técnicas, económicas e sociais – que reforcem a sustentabilidade socioeconómica e ambiental do setor, no médio prazo, contribuindo para melhor ordenamento do território.

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Festival Internacional de Balonismo em Coruche para estimular comércio local O Rubis Gás UP, Festival Internacional de Balonismo irá decorrer em Coruche de 28 de março a 2 de abril. Um evento que se propõe trazer aos céus do concelho uma multiplicidade de balões de ar quente em paralelo com diversas atividades lúdicas que terão lugar no Parque do Sorraia e na envolvente da Praça de Touros. A campanha de comércio local Rubis Gás UP, Festival Internacional de Balonismo 2017 é uma iniciativa da “Windpassenger, Passageiros do Vento, Lda.” em parce-

ria com a Associação de Comerciantes de Coruche e Salvaterra de Magos, a Câmara Municipal de Coruche, e a colaboração das Juntas de Freguesia do concelho. Esta campanha tem como objetivo incentivar às compras no comércio local e habilitar os consumidores a um sorteio de dez vouchers (cheques-prenda) correspondendo cada voucher a uma viagem de balão individual a ter lugar entre os dias 29 de março e 2 de abril, durante o festival de balonismo.

Por cada 20 euros em compras feitas no comércio local, será entregue uma senha de participação carimbada pelos comerciantes. Estas senhas devidamente preenchidas com os contactos dos consumidores serão depositadas em duas tômbolas, localizadas respetivamente no Posto de Turismo de Coruche e no Museu Municipal de Coruche, ou entregues nas juntas de freguesia da área de residência. A campanha iniciou no dia 1 de fevereiro.

“Empreende Já” apresentado em vários municípios do Ribatejo O “Empreende Já”, programa do IPDJ – Instituto Português do Desporto e da Juventude de apoio ao desenvolvimento de projetos visando a criação do próprio posto de trabalho, foi apresentado em vários municípios do Ribatejo. O projeto, que pretende promover uma cultura empreendedora centrada na criatividade e na inovação através do apoio ao desenvolvimento de projetos que visem a constituição de empresas ou de entidades da economia social, direcionado para jovens NEET (que não estudem nem trabalham), prevê a atribuição de bolsas monetárias no valor de cerca de 700 euros mensais durante um período de 180 dias, e onde haverá lugar a formação e tutoria com vista à criação do próprio posto de trabalho. O “Empreende Já” é ainda destinado a jovens com idades entre

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Ourém nomeado na categoria “melhor autarquia” nos Publituris Portugal Trade Awards 2017

18-29 anos que tenham escolaridade obrigatória, residência em Portugal Continental, não estejam a trabalhar, estudar ou em formação à data da candidatura ao programa e que estejam inscritos nos serviços de emprego. No Ribatejo, o projeto de apoio ao empreendedorismo foi apresentado na Chamusca (17 de fevereiro), na Golegã (21 de fevereiro) e em Tomar (23 de fevereiro).

O Município de Ourém voltou a ser nomeado para o prémio de “Melhor Autarquia” nos Publituris Portugal Trade Awards, concurso que pretende distinguir a excelência no Turismo, promovido pela revista Publituris. O Município de Ourém concorre na categoria “Melhor Autarquia” com os municípios de Elvas, Lagos, Lisboa, Loulé e Porto. Os nomeados foram escolhidos pela redação mas os vencedores resultam de uma média ponderada entre os votos dos assinantes da newsletter da Publituris (40%) e os votos do Júri (60%). Desde 2010, e dado o número de categorias a concurso, a Publituris, com o apoio da BTL, passou a organizar os Publituris Portugal Trade Awards. Este ano, o evento conta com mais de 90 nomeados a concurso em 14 categorias e, ainda, o Prémio Personalidade do Ano.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Villa Tejo Nature & Spa Hotel

3,7 milhões de euros vão ser investidos em novo hotel em Constância A Ribatejo Invest noticiou em outubro de 2015 a apresentação de um investimento candidatado aos fundos comunitários para a construção de um novo hotel em Constância. Pois bem, o período de espera chegou ao fim e o Villa Tejo Nature & Spa Hotel vai mesmo ser construído com apoio dos fundos comunitários. A nova unidade hoteleira, um investimento total na ordem dos 3,7 milhões de euros, vai localizar-se em Constância e deverá estar pronta dentro de 24 meses.

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oão Rosa, empresário proprietário da Casa João Chagas, também em Constância, é o promotor deste projeto de investimento e não podia estar mais feliz. Os trabalhos para a construção deste novo hotel, “um investimento de 3,7 milhões de euros”, já iniciaram, devendo o mesmo estar concluído na primavera de 2019. “É o sonho de uma vida”, confidenciou o empresário à Ribatejo Invest. O projeto de construção do Villa Tejo Nature & Spa Hotel, um “hotel ecológico”, empreendimento que “aguardava luz verde de acesso aos fundos comunitários”, foi apresentado em outubro de 2015 no Centro Náutico de Constância perante cerca de uma centena de empresários, autarcas, decisores políticos e dos serviços descentralizados do Estado, tendo sido sublinhada por todos a “pertinência e mais-valia” do projeto para a região do Médio Tejo. O acesso aos fundos comunitários para este novo investimento, que se situará junto à A23, acaba agora de ser confirmado, e vai receber comparticipação financeira de 1 milhão de euros. Segundo João Rosa, o projeto de investimento vem “colmatar uma lacuna” na região do Médio Tejo, tendo em conta a experiência de seis anos de gestão da residencial Casa João Chagas, no centro histórico de Constância. “O nosso cliente quer ficar mais do que um dia em Constância e na região, porque temos coisas boas para visitar e para conhecer. Mas fui notando que faltavam as outras valências, para além do alojamento, como um restaurante, uma piscina ou um SPA, porque as pessoas gostam e procuram integrar no pacote de serviços que adquirem”, destacou o empresário, que se mostrou visivelmente satisfeito com a aprovação do projeto junto dos fundos comunitários. Para além dos 3,7 milhões de euros de investimento, “investimento que terá um retorno previsível ao fim de oito anos”, João Rosa está ainda disponível para investir um

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Apresentação do Villa Nature & Spa Hotel em outubro de 2015

total de 5 milhões de euros em Constância ao longo dos próximos 15 anos ao nível de equipamentos e estruturas ligadas à hotelaria e turismo. Promovido pela Vila Poema, Sociedade de Gestão Hoteleira, Lda., o Villa Tejo Nature & Spa Hotel é assumido como um “empreendimento que se pretende integrar na envolvente natural, com uma ligação muito forte aos rios Tejo e Zêzere”, sendo constituído por 28 quartos duplos, 10 suites, 5 suites premium com jacuzzi na varanda, SPA com piscina interior, jacuzzi, banho turco, sala de relaxamento e massagem com duche, restaurante, bar e um auditório, entre outros equipamentos que assentam nos cuidados ambientais. No seu exterior estão contempladas amplas áreas verdes de utilização comum, percursos pedestres e de btt, zonas de estacionamento, uma esplanada panorâmica, uma piscina exterior para adultos e crianças e um parque infantil aquático, para além de quartos com ambientes distintos: “a nossa oferta é diferenciadora e como tal vamos ter ambientes dedicados a colóquios, empresas e reuniões de negócios, um outro mais para as famílias, e um terceiro desenhado para os amantes da

O QUE É UM HOTEL ECOLÓGICO? Esta terminologia começa a constituir, cada vez mais, um elemento distintivo a valorizar a oferta de alojamento para quem anda à procura de alternativas e que é militante (ou apenas curioso) de práticas e filosofias de vida relacionadas com preocupações holísticas, feng-shui, sustentabilidade ambiental, contacto com a natureza e permacultura. Mais do que procurar um hotel para dormir, é cada vez maior o número de pessoas que preza uma estadia num hotel, num resort ou num hostel que lhe ofereça garantias de preocupação em ter pegadas ecológicas diminutas ou inexistentes. natureza e desporto aventura”, revelou o empresário. A unidade hoteleira será composta por “três corpos que se interligam em forma de «V», projetando vistas para a envolvente natural, o que lhe permitirá estabelecer uma cumplicidade com o meio onde se integra e que contribuirão para a sua valorização”, destacou. Quanto ao número de postos de trabalho a criar, o Villa Tejo Nature & Spa Hotel vai criar 26 postos de trabalho diretos, podendo este número duplicar em época alta.

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ENTREVISTA

Rui Medinas, Presidente da Câmara Municipal da Golegã

“A economia da Golegã cresce ‘a galope’ devido ao cavalo” A Golegã respira e vive o cavalo como nenhuma outra terra portuguesa. Isso é certo e ninguém o pode negar. Mas o que o leitor pode – ainda – não saber, é que têm crescido “a galope” em redor deste mercado, muitos outros negócios que fazem desta localidade um excelente território para viver e investir. Em tempos muito ligado ao setor primário – com destaque para a criação do cavalo – que concelho é hoje a Golegã? A Golegã é hoje um concelho de oportunidades para empresários, empreendedores e particulares. Considero que na atualidade a Golegã não se caracteriza só pelo setor primário. Continua a ser um setor importante, designadamente na agroindústria, mas hoje somos, de facto, um concelho que tem atratividade e que cria oportunidades para que outras áreas de negócio se possam aqui instalar, desenvolver e consolidar. De facto, temos até trabalhado numa estratégia que associe o produto cavalo, nosso ex-líbris, ao desenvolvimento de outros setores de atividade. Pretendemos que quem nos visita à procura do cavalo não o faça apenas durante a Feira Nacional do Cavalo, mas também ao longo do ano. Queremos que este interesse por este produto de excelência do país, que temos o privilégio de também criar na Golegã, passe para além da Feira. E temo-lo sentido. De que forma delinearam esta estratégia? Sem dúvida que a Feira Nacional do Cavalo e Internacional do Cavalo Lusitano é o maior evento do concelho, com elevado impacte regional, nacional e, cada vez mais, internacional. A estratégia do Município da Golegã passa por desenvolver um conjunto de eventos ao longo do ano

Temos até trabalhado numa estratégia que associe o produto cavalo, nosso ex-líbris, ao desenvolvimento de outros setores de atividade.” 22

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que permitam inverter a sazonalidade associada à feira. No âmbito desta estratégia, temos conseguido atrair competições internacionais de saltos de obstáculos e de atrelagem, nomeadamente a de tradição, bem como outras provas equestres de âmbito nacional. Temos também conseguido atrair para o nosso território, numa parceria que estabelecemos com o Núcleo do Sporting Clube de Portugal da Golegã, o projeto XTerra, importante prova de triatlo que tem vindo a realizar-se na Golegã já há 3 anos e cuja parceria renovámos em 2016 para mais 3 anos, até 2019. Esta aposta da Câmara Municipal da Golegã em associar-se a estes eventos e a ser parceira destas associações para que estes eventos internacionais aconteçam neste território, tem um impacte na economia local muito significativo. Todos estes eventos trazem Rui Medinas, Presidente da Câmara Municipal da Golegã pessoas à Golegã antes e depois da sua realizanificativamente nestes últimos três anos. ção, várias vezes por ano. São presenças Não são taxas de ocupação de apenas 1 dia importantes do ponto de vista da permaou 2 dias, há muitos casos que são taxas nência, que usufruem da nossa vila, dos de ocupação superiores a 3 dias e isso já nossos serviços e dos nossos produtos. começa a ser muitíssimo interessante, no Que ficam nos hotéis e que almoçam nos caso concreto para o alojamento, e com restaurantes! a devida repercussão ao nível da restauDo ponto de vista do alojamento e da ração. Sentimos diariamente a dinâmica restauração, há de facto um impacte muito do nosso setor da restauração! A Golegã positivo e significativo. O resultado disso é destino regional de quem quer vir fazer é visível, os empresários que estão nessa a sua refeição. área reconhecem este trabalho porque as Para além da evidente vantagem em taxas médias de ocupação aumentaram sig-

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termos de negócio para o setor da hotelaria e restauração, esta estratégia do Município está já a dar frutos no que diz respeito à criação e fixação de novas empresas. Diversas unidades de alojamento com conceitos diversos, do tipo hostel e do tipo de albergue, foram criadas muito recentemente na Golegã, por exemplo. Outras estão já em fase de construção. Claro que a Feira Nacional do Cavalo e Internacional do Cavalo Lusitano, o ex-líbris do concelho, tem sido de facto uma locomotiva para que estes eventos se realizem na Golegã. A economia da Golegã cresce “a galope” devido ao produto cavalo. Começou dizer que a Golegã é um concelho de oportunidades. Quer especificar que oportunidades são essas? Estamos não só a conseguir promover lá fora o turismo do cavalo, designadamente daqueles que procuram aqui o cavalo PuroSangue Lusitano, mas também o turismo a cavalo! Há neste momento um importante nicho respeitante ao turismo equestre que apresenta um enorme potencial de desenvolvimento e de crescimento. Para além do cavalo, que coloca a Golegã no mapa, temos aproveitado a Feira Nacional do Cavalo para dar a conhecer o potencial turístico-cultural da vila. Temos potencial, em termos de visitação, da nossa rede de museus, onde se destaca a CasaEstúdio Carlos Relvas, e da Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo. Ao nível do setor primário, está aprovado o Projeto de Emparcelamento Rural das freguesias de Azinhaga, Golegã e Riachos,

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promovido pela AGROTEJO – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo, que prevê a execução da rede de caminhos agrícolas e da rede de enxugo e drenagem, a limpeza do rio Almonda, a sistematização de terrenos, a remodelação da rede de furos de captação de água para rega, a reorganização da rede de distribuição de energia elétrica, a valorização e integração paisagística, a demarcação e titulação de novos lotes, indemnizações e monitorização ambiental, tendo um encargo estimado em cerca de 9,58 milhões de euros. A execução deste projeto originará uma reestruturação das explorações agrícolas no perímetro de intervenção, reconfigurando um elevado número de parcelas,

aumentando a sua dimensão e otimizando a sua configuração, traduzindo-se numa maior eficácia e aumento de competitividade das explorações inseridas nesta região, que é uma das mais férteis do país. O projeto prevê ainda a remodelação da rede de furos de captação de água para rega, assim como a reorganização da rede de distribuição de energia elétrica, o que permitirá baixar os custos de exploração, já que os agricultores ficam com parcelas maiores e em menor número. Este investimento trará um conjunto de oportunidades de negócio aos nossos agricultores que conseguirão, por exemplo, iniciar as suas culturas mais cedo e, logo, escoá-las mais cedo junto do mercado nacional e internacional. Por outro lado, a Golegã é um concelho que tem tranquilidade e que é amigo das famílias, pelo que também os serviços são uma das oportunidades expectáveis. Existem todas as condições para que isso possa acontecer. Que ações mais diretas tem realizado o Município para alavancar estas oportunidades que existem no concelho? A Câmara Municipal da Golegã teve de fazer ao longo destes três anos consolidação em termos económicos e financeiros, daquilo que resultou numa penalização em relação ao Centro de Alto Rendimento de Desportos Equestres, pelo que do ponto de vista direto, as verbas que dedicámos a medidas ou iniciativas de apoio ao tecido empresarial foram ainda insuficientes. Posso dizer que este ano, ao nível do Orçamento que já foi aprovado, temos

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ENTREVISTA

Diversas unidades de alojamento com conceitos diversos, do tipo hostel e do tipo de albergue, foram criadas muito recentemente na Golegã, por exemplo. Outras estão já em fase de construção.” algumas medidas das quais destaco duas: a criação do Fundo Golegã Jovem Empreende, que pretende, em parceria com instituições bancárias e com associações empresariais, poder financiar projetos de empreendedores e jovens empresários e que queiram arrancar com os seus negócios, ou, aqueles que já os têm, ampliá-los. Temos também previsto no plano de ação para a Reabilitação Urbana, a reabilitação do antigo Centro de Estágio da Golegã, onde deverá ser criada uma área destinada à incubação de jovens empreendedores. Prevê-se também a assinatura de um protocolo com a Associação Nacional de Business Angels, que deverá dar apoio aos empresários que aqui se queiram instalar e desenvolver os seus negócios. Não podemos deixar de falar da Mendes Gonçalves. É o principal empregador do concelho? Hoje já é, felizmente. Há alguns anos atrás, e não muitos, a Câmara Municipal era o principal empregador do concelho. Neste momento somos já o 3.º empregador, com a Santa Casa da Mise-

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ricórdia da Golegã a assumir o 2.º lugar. A Mendes Gonçalves faz toda a diferença no nosso território. É uma empresa com uma dinâmica extraordinária em termos nacionais, mas sobretudo, e cada vez mais, no mercado internacional, optando não por uma lógica de exportação de produtos, mas por uma lógica de internacionalização de produtos, que cria um fato à medida de cada um dos mercados que aborda. Pareceme que esta é uma estratégia muito interessante. Há visão, há estratégia e liderança. É uma empresa claramente com uma cultura familiar, mas é uma empresa da Golegã para o mundo. Obviamente a Mendes Gonçalves, por tudo o que representa, é um ativo muito importante para o concelho do ponto de vista económico mas também social. A presença da empresa no nosso território dá-nos alguma tranquilidade em termos de empregabilidade e de taxa de desemprego. Veja-se que no relatório sobre a da taxa de desemprego relativa ao 1.º semestre de 2016, a Golegã foi um dos 40 municípios com menor taxa de desem-

prego, na ordem dos 5,5%. Interessa notar que a Golegã é um concelho que continua a ter oportunidades e há pequenos negócios que estão a fazer o seu caminho. Tem conhecimento de projetos de investimento privado no seu concelho? Existem neste momento na nossa divisão de obras, um conjunto de novos projetos muito interessantes do ponto de vista do alojamento. A Golegã tem capacidade para poder ter uma maior oferta ao nível do alojamento, um alojamento de qualidade. O Hotel Lusitano tem capacidade para 24 quartos, existem outras pequenas unidades de alojamento, algumas recém-criadas que oferecem mais alguns quartos na nossa vila. Espero que todas estas unidades de alojamento possam ser em breve uma realidade. Não se faz turismo de qualidade sem alojamento de qualidade. Disse há pouco que a Golegã é uma vila tranquila e amiga das famílias. Paralelamente ao crescimento de alguns negócios, há procura da vila para viver? A Golegã consegue ter uma harmonia e equilíbrio muito interessante entre aquilo que é o trabalho, a habitação e os incentivos à fixação de pessoas. Mas temos ainda desafios à nossa frente no mercado de arrendamento. Existe ainda um fenómeno ligado à feira, que diz respeito ao arrendamento. Muitos proprietários preferem o arrendamento sazonal aquando da realização da feira, o que faz com que o mercado de arrendamento não tenha muita oferta na Golegã, ou, a que existe, esteja um pouco desvirtuada, com preços acima do mercado. É necessário sermos criativos para ultrapassar esta lacuna. Mas o que nos tem diferenciado tem sido a reabilitação urbana. A Golegã está toda

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A Golegã consegue ter uma harmonia e equilíbrio muito interessante entre aquilo que é o trabalho, a habitação e os incentivos à fixação de pessoas.”

ela delimitada em áreas de reabilitação urbana. Isso é claramente um incentivo a quem quer comprar para reabilitar. Essas áreas de reabilitação urbana conferem um conjunto de benefícios fiscais interessantes, nomeadamente em termos de IVA de 23% para 6 %, um diferencial de 17%, muitíssimo interessante. Na realidade, temo-nos apercebido do número crescente de pessoas que procura a Golegã para 2ª ou 3ª habitação devido aos processos de reabilitação urbana que têm entrado na nossa divisão de obras. Mais do dobro, relativamente a 2015! Nestes últimos três anos, a receita de IMT (imposto sobre transmissões onerosas de imóveis), cresceu 390%. Absolutamente fantástico! Um dos serviços que perderam foi o Tribunal. Qual o ponto de situação atualmente? O fecho do Tribunal da Golegã foi uma grande perda para não só para o concelho mas para a região. Foi uma perda para os empresários e para o comércio local, mas acima de tudo uma perda para os cidadãos, que têm de se deslocar agora muito mais. Temos lutado pelo nosso tribunal junto do Ministério da Justiça. Continuo a afirmar que o Tribunal da Golegã é um dos que tem melhores condições no país. É um dos únicos a nível nacional que tem, por exemplo, um elevador que permite o acesso a pessoas com mobilidade reduzida à sala de audiências. Tem salas para magistrados do ministério público, advogados e testemunhas, e sala de audiências com toda a dignidade. Com o fecho do Tribunal da Golegã, a Secção de Proximidade, agora integrada na Comarca de Santarém, tem funciona-

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do também como uma sala de apoio ao tribunal do Entroncamento. Transmiti à Ministra da Justiça que tal alteração está muito aquém das nossas expetativas. O Tribunal da Golegã, tem potencialidade para muito mais, devido também à sua centralidade. Não nos podemos esquecer que a antiga comarca da Golegã englobava não só o concelho da Golegã, mas também o da Chamusca, nada mais nada menos que um dos 10 primeiros concelhos com maior área geográfica do país. O Tribunal da Golegã não tem a funcionalidade e a utilização que eu acho que o edifício merece. A nossa ideia era que, pelo menos, o tribunal se reativasse com os processos de família e com processos-crime até um determinado montante, dentro daquilo que é a atual organização. Espero que o processo de reorganização do mapa judiciário se possa inverter no futuro. O que falta no concelho da Golegã? Mais implicação dos nossos munícipes nos processos de decisão coletiva. Há necessidade ainda de haver uma aproximação, uma implicação dos nossos munícipes na vida do concelho, naquilo que são as suas atividades, do ponto de vista social, cultural e empresarial. Acho que existe um desligamento cada vez mais acentuado das pessoas em relação às suas comunidades e aos processos de decisão, como referi. A Golegã não foge à regra. Por outro lado, acho que nos falta fazer um conjunto de investimentos, nomeadamente em relação à nossa zona industrial. Se queremos captar investimentos de maior dimensão, temos de ter área para os instalar e atualmente não temos. Há necessidade de fazer esse trabalho. Esta questão está já prevista no PDM mas é

preciso desenhar uma operação financeira robusta para adquirir terrenos, considerando que todos são propriedade de particulares. Acho que acima de tudo, faz falta o nosso Cine-teatro, obviamente associado a um conceito diversificado de funcionamento e oferta, espaço que prevemos reabilitar no âmbito da candidatura já aprovada no plano de reabilitação urbana. Considero que uma sala de espetáculos num concelho como o nosso faz sentido, não só para esse fim, mas também porque não temos nenhuma sala de conferências e workshops para mais de 100 pessoas. Acho que faz falta internacionalizar mais e melhor a Golegã, colocá-la no mapa mundial de todos os amantes do cavalo. Seguindo este desígnio, estivemos em Londres em dezembro na London Horse Show. A nossa estratégia tem de ser um pouco esta, no fundo afirmar a Golegã lá fora, posicionando-a como um destino de excelência em relação a cidadãos estrangeiros que venham a Portugal, que possam ir a Lisboa, mas que depois possam também vir à lezíria e ter na Golegã um destino onde possam experienciar vivências únicas. O que é que as empresas e os empreendedores podem esperar do Município da Golegã? Somos um Município de portas abertas, escancaradas até! [risos] Tratamos dos processos com toda a celeridade e proximidade. Quem quer investir o seu dinheiro em determinado território não pode ter do outro lado, uma administração local que não lhe dê resposta, que não seja sensível, que não se implique. O Município da Golegã quer dar resposta, quer implicar-se e quer criar todas as condições para que os negócios se criem e tenham sucesso. Muito provavelmente iremos promover este ano a abertura do espaço de apoio ao empresário, numa parceria que desejamos estabelecer precisamente com a NERSANT, num espaço que está já identificado.

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VIVER O TEJO

Ribatejo Histórico

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Ribatejo é história. E este é o pacote temático que selecionámos para si que aprecia arte, cultura e gastronomia: o Ribatejo Histórico. Os programas sugeridos, por Ferreira do Zêzere, Tomar e Vila Nova da Barquinha, irão proporcionar-lhe uma diversidade de atividades de âmbito cultural e gastronómico. Uma verdadeira experiência única. Estes programas são para todos aqueles que gostam de contemplar monumentos, viver e relembrar histórias, sozinho ou em grupo. Neste roteiro são apresentadas sugestões de programas a realizar durante a sua estadia, podendo estas serem alteradas e adaptadas com as outras ofertas, conforme a sua preferência. A opção é sua. Área Geográfica Tomar, Vila Nova da Barquinha, Ferreira do Zêzere Tomar é hoje conhecida não só pelos seus monumentos fabulosos, dos quais se destaca o Convento de Cristo, declarado pela UNESCO Património Mundial, mas também pelas suas potencialidades turísticas que proporciona a visita de inúmeras edificações históricas, relíquias arqueológicas, passeios pelos seus frondosos e frescos jardins. É uma cidade cheia de magia, com uma arquitetura atrativa e um grande significado histórico.

Os rios desde os tempos mais remotos constituíram um polo de atração para a fixação das populações devido à facilidade de obtenção de meios de subsistência. É o caso de Vila Nova da Barquinha, vila portuguesa, sede de um pequeno município com 49,53 km2 de área, subdividida em 4 freguesias, e banhada pelo rio Tejo. Entre os pontos de interesse no concelho podem destacar-se: O Castelo de Almourol, a Igreja Matriz da Atalaia, o Parque Ribeirinho/ Parque de Escultura Contemporânea Almourol, a Galeria do Parque, o Centro Integrado de Educação em Ciências, entre outros. Ferreira do Zêzere, situado no topo norte do distrito de Santarém, é um território de transição geográfica entre o Ribatejo e as Beiras, entre a lezíria e os pinhais do interior, distando cerca de 150 km de Lisboa e 184 km do Porto. É um território de grande riqueza e diversidade, com paisagens substancialmente diferentes, pelo tipo de floresta, pela vegetação, pelos solos, pela agricultura, em suma por diferentes paisagens. O concelho destaca-se pela beleza natural e paisagística e pela vasta mancha florestal que lhe conferem excelentes potencialidades turísticas. Dispõe de diversificado património arqueológico e histórico, religioso, arquitetónico e cultural. Dois dias de atividades em família! Venha connosco Viver O Tejo, por terras templárias!

Dia 1

Tarde

Manhã Visita guiada a Tancos-Castelo de Almourol (por barco)

Castelo de Almourol Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, em 1171, é o ex-libris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários Almoço • Restaurante Almourol (Tancos) 26

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Aldeia histórica de Dornes É um dos mais belos quadros da riquíssima paisagem portuguesa, cujo património histórico, o ambiente preservado e a Torre Templária envolta pelo casario branco fazem de Dornes o ex-libris do paraíso turístico que é a albufeira de Castelo de Bode. A Torre de Dornes, constitui um raro exemplar da arquitetura militar da Reconquista. Mandada edificar por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, para defesa da linha do Tejo, terá sido construída sobre a base de uma antiga torre romana. No interior, é possível encontrar algumas inscrições funerárias templárias. No século XVI, perdida a função guerreira,

foi transformada em torre sineira. Prova de vinhos, azeites e gastronomia na Herdade dos Templários (Tomar) Jantar

Jantar livre em Tomar • Restaurantes: Bela Vista; Casa das Ratas; Chico Elias; Lúria; Taverna Antiqua Alojamento • Casa Da Avó Genoveva • Hostel 2300 Thomar

Dia 2 Manhã Circuito pedestre ‘Cidade Templária’ e Mata dos Sete Montes, com guia. www.nersant.pt


Mata das Merendas dos Sete Montes Antiga cerca dos freires do Convento de Cristo, é um belo parque natural, valorizado pela ligação ao Convento e ao centro histórico de Tomar. Tem percurso de manutenção e parque de merendas

UNESCO como Património da Humanidade, desde 1983. É representativo de seis séculos da história e da arquitetura portuguesas e considerado fundamental para a aprendizagem da nossa história, desde a conquista do território e as Cruzadas, até aos Descobrimentos.

Almoço

Aqueduto dos Pegões

• Almoço livre ou pic-nic no Parque de Merendas da Mata Nacional dos Sete Montes

Construído a pedido do rei Filipe II pelo arquiteto Filipe Terzi, com o objetivo de abastecer o Convento de Cristo, entre 1593 e 1614. Com cerca de 6 km de extensão e uma altura máxima de 30 m, pode ser percorrido livremente, ao longo de uma plataforma junto à caleira da água.

Tarde

Visita guiada ao Convento de Cristo e ao Aqueduto dos Pegões

Convento de Cristo

Venha viver a diversidade da região - património cultural, gastronomia e animação cultural - que lhe proporciona uma experiência envolvente e única. Dois dias de atividades em família! Venha connosco Viver O Tejo!

Informações e reservas www.viverotejo.pt

Conjunto monumental reconhecido pela www.nersant.pt

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INFORMAÇÃO E APOIO

Transgénicos Armando Fernandes Crítico Gastronómico

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ão sou especialista em engenharia de modificação de plantas, mas interesso-me por tudo quanto tem a ver com o progresso científico e técnico. Não sou perito no referente a produtos alimentares originais ou modificados, mas procuro estar ao corrente das alteridades alimentares tanto mais que – obviamente – se não comermos fenecemos ao fim de algum tempo. A população mundial só não cresce na velha e fanada Europa (ali e acolá ténues aumentos). Tal crescimento é enorme na Ásia e significativo em África apesar dos conflitos, avanço das zonas áridas e consequente carestia de água potável. Abundam os estudos acerca das causas e consequências do aumento demográfico e da fome. O Homem apesar de dedicar tempo ao estudo no ser eficaz a destruir o seu irmão Homem, também investiga a maneira de produzir mais e «melhores» alimentos no intuito de corresponder às necessidades. Por essa causa logrou conceber extraordinária indústria alimentar representada no espanto do menino da aldeia quando pela primeira vez entrou num hipermercado e viu embalagens contendo apenas pernas de frango. De jeito pouco jeitoso (anti-científico) tentei explicitar a causa do aparecimento dos produtos transgénicos destinados à

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nossa alimentação e de outro animais e que estão na crista da onda de intensa controvérsia científica e cultural conhecendose declarações apologéticas de um lado e do outro, verificando-se ações agressivas e conflituais, temendo-se riscos ante incertezas de vária ordem, incluindo as de matriz ética e moral. Por assim ser e tendo em conta a génese da NERSANT ouso meter opinião em seara alheia (não tão alheia assim) sugerindo a este importante órgão empresarial o incluir nos seus programas de referência instrumental a discussão e análise dos efeitos da produção ou proibição de espécies transgénicas no Ribatejo. Se já o estão a fazer peço desculpa, no entanto, ouso continuar a dissertar sobre o tema. Seja-se a favor ou contra, os transgénicos conceberam-se, semearam-se e plantaramse, aí estão, não vão desaparecer. Podem as leis retardam o seu crescimento ao pé da nossa porta ou além-fronteiras, porém a ciência e a técnica tudo farão no propósito de eliminarem reticências ao seu consumo e tal como com outras representações curais (cozinhar é um ato cultural) os denominados produtos «biológicos» também ganharam expressão resultando daí a plena dicotomia – alimentos modificados – alimentos originais – cabendo às autoridades sanitárias certificar uns e outros e aos consumidores decidirem. Mas, há existências. O melhoramento de plantas é tão velho quanto a pertinácia humana, por essa

razão a História nos indica cientistas, hortelãos, jardineiros, botânicos, biólogos, silvicultores e agrónomos distintos por se terem distinguido em tão fascinante área. Ora, a Lezíria ribatejana dada a fecunda aptidão dos terrenos – fortes, fundos, frescos e férteis – é depositária de formidável tesouro a potenciar no domínio as matérias-primas sem pecado original. Agora, que todos enchem a boca aduzindo as potencialidades turísticas do nosso terrunho, são marcantes as singularidades existentes às portas do maior centro de turismo nacional, Lisboa. Não podemos, não devemos fugir a pensar o futuro hoje, discutir e analisar qual será o desempenho da reserva agrícola ribatejana no tocante a especificidades alimentares, parece-me antecipar esse mesmo futuro. As autoridades americanas acabam de aprovar a inclusão de novas variedades comestíveis, incluindo rosadas maçãs e batatas. Ao mesmo tempo Institutos como o Okamagan Spcialty Fruits testam outras e os caçadores de frutas continuam a calcorrear o Mundo à sua procura. O cientista português Mendes Ferrão, entre outros, é autor de notável obra no tocante a plantas alimentares. Detemos seculares conhecimentos na matéria, tudo somado constitui valioso capital para nos tornarmos parceiros primaciais em tão fascinante universo. Como todos sabemos até Camões referiu a flora na sua obra capital, Os Lusíadas, que tem sido objeto de estudos comparativos.

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Novo Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego

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oi criado, pela Portaria 105 de 10 março, um novo Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego, o SI2E. Este novo Sistema de Incentivos visa apoiar de forma simplificada pequenos investimentos empresariais de base local e complementar os atuais incentivos às empresas do domínio da competitividade.

TIPOLOGIAS DE OPERAÇÃO São passíveis de financiamento do SI2E as seguintes tipologias de operações: • Criação de micro e pequenas empresas ou expansão ou modernização de micro e pequenas empresas criadas há menos de cinco anos; • Expansão ou modernização de micro e pequenas empresas criadas há mais de cinco anos.

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O QUE APOIA E QUEM • Micro e pequenas empresas, inseridas em todas as atividades económicas (com exceção das que integrem o setor da pesca e da aquicultura; o setor da produção agrícola primária e florestas; o setor da transformação e comercialização de produtos agrícolas; atividades financeiras e de seguros; lotarias e outros jogos de aposta);

to (60% para territórios baixa densidade); • Apoio por posto de trabalho criado: até 15 meses (ou 18 meses para territórios baixa densidade) - limite por mês: 1 IAS.

DOTAÇÃO ORÇAMENTAL • Total nacional: 320 milhões de euros • Médio Tejo: 8 milhões de euros • Lezíria do Tejo: 11 milhões de euros

• Investimentos até 235.000 € (100.000 € nos DLBC);

CANDIDATURAS

• Criação líquida de postos de trabalho;

• Prevê-se que os avisos estejam abertos a partir de 14 de abril

• Investimentos em máquinas e equipamentos, informática, marcas, planos de marketing e pequenas obras de remodelação.

APOIOS

MAIS INFORMAÇÕES: DATIC - Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: datic@nersant.pt | portugal2020@nersant.pt Tel.: 249 839 500

• Subsídio entre 30% e 50% do investimen-

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INFORMAÇÃO E APOIO

Produtos ou agentes extintores

ÁGUA Abaixamento de temperatura de um fogo Elevada capacidade de absorção de calor Estado líquido a vapor. A água absorve o calor quando se transforma em vapor (maior facilidade se pulverizada, maior superfície exposta). Na forma líquida pulverizada atua também por asfixia. O aquecimento das partículas de água, provoca a deslocação do ar que envolve o fogo, levando-o à extinção por falta de comburente Aplicações: • Fogos da classe A – A água está perfeitamente aconselhada no combate a incêndios da classe A, quer se tratem de fogos de superfície ou de profundidade. O seu poder extintor é melhorado substancialmente se for utilizada sob a forma pulverizada (nevoeiro). • Fogos da classe B – A água em forma pulverizada é utilizada em fogos de produtos químicos líquidos desde que a sua temperatura for inferior à temperatura de inflamação dos líquidos. A água irá baixar a temperatura de superfície do líquido para valores inferiores à temperatura de inflamação, parando a emissão de vapores inflamáveis. Restrições e limitações de utilização: • Não deve ser utilizada no combate a incêndios quando a densidade do combustível for inferior ao da água, uma vez que, neste caso surge o risco de a água funcionar não como agente extintor mas sim como arrastador ou projetor de chamas. • Não deve ser utilizada na extinção de instalações elétricas, dado a sua condutividade elétrica.

DIÓXIDO DE CARBONO O dióxido de carbono é um gás incolor, inodoro e mais pesado do que o ar. Pode ser

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condensado em líquido quando submetido a pressão elevada. Por regra o CO2 está contido em reservatórios, parcialmente liquefeito, à temperatura de 20º C e a uma pressão de 60 Kg/cm2. Quando sai bruscamente do reservatório e se expande devido à quebra de pressão daí resultante, o líquido arrefece rapidamente havendo uma parte que solidifica (neve carbónica). A quebra brusca de temperatura pode atingir os 80º C negativos. O dióxido de carbono atua sobre o fogo de duas formas simultâneas: • Diminuição do teor de oxigénio (asfixia) – devido à características inertizantes e redutoras deste gás; • Abaixamento da temperatura (arrefecimento) – resultante da expansão do gás ao sair do reservatório sob pressão, o que provoca a queda de temperatura. Vantagens da aplicação de CO2: • Não ser condutor de eletricidade; • Ter ação química nula; • Não ser corrosivo; • Não deixar resíduos na atmosfera; • Efetuar extinções “limpas”; • Não necessita de energia auxiliar; • Ter um elevado poder de difusão; • Ter uma atuação rápida e energética; • Devido á baixa temperatura poder extinguir fogos em hidrocarbonetos com baixas temperaturas de combustão; • Poder ser carregado em garrafas ou extintores com rapidez; • Ser bom agente extintor em fogos de classe B, C e alguns da classe A; • Ser versátil na utilização (instalações fixas, extintores) cobrindo vários locais onde se encontram: ᧐ Produtos alimentares; ᧐ Aparelhos elétricos e eletrónicos; ᧐ Casas de máquinas.

Restrições e limitações de utilização: • Em ambientes com temperaturas inferiores a 0ºC, a tensão de vapor do gás baixa significativamente, provocando uma diminuição de débito; • Deve ser tido em conta o choque térmico, pois em certos casos o CO2 poderá danificar alguns materiais devido ao brusco arrefecimento produzido durante a utilização; • O seu alcance não excede normalmente 1,5 metros; • O CO2 não deve ser utilizado em fogos da classe D (dissocia o CO2), fogos de materiais instáveis e ávidos de oxigénio, brasas de carbono (pode dissociar-se em monóxido de carbono combustível).

PÓ QUÍMICO Os pós químicos são substâncias sólidas finamente divididas, absolutamente fluidas, consistindo em cristais secos reduzidos a partículas, com dimensões entre os 10 e os 75 microns. Os pós químicos atuam nos incêndios, por inibição, sobre a reação em cadeia. As partículas de pó provocam a paragem brusca da reação originando a extinção das chamas. A fluidez e capacidade de escoamento são fatores importantes, visto que quanto mais próximos forem estas características, das dos fluidos mais eficaz será o pó. Os pós químicos são classificados segundo as classes de fogos que extinguem: Pó clássico BC • Normalmente a matéria de base é o bicarbonato de sódio ao qual se juntam produtos que permitem melhorar a sua fluidez, resistência à humidade e à compactação; • Em incêndios que envolvam equipamentos eléctricos, apresentam a desvantagem de deixarem resíduos corrosivos. Pó polivalente ABC • O pó clássico BC é de grande eficácia em

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incêndios da classe B e por excelência nos da classe C, mas o seu efeito é nulo ou efémero sobre incêndios da classe A; • Os pós polivalentes foram adotados para poderem ser também eficazes nos incêndios da classe A. A matéria de base é o fosfato monoamónico; • Este pó actua de forma clássica em incêndios BC, mas nos incêndios da classe A, como o desaparecimento de chama não significa o apagar do incêndio, dado que ficam brasas que o activarão de novo, este pó actua por meio de asfixia, fundindo-se e formando uma vitrificação que envolve o combustível. Pó especial da classe D Este pó é totalmente ineficaz sobre incêndios das classes A, B e C, utilizando-se em incêndios de metais no estado puro (sódio, potássio, magnésio, etc) e é concebido individualmente para cada um destes metais. Restrições e limitações de utilização: • A utilização de pó químico diminui a visibilidade; • Dificulta a restituição da operacionalidade do equipamento após a extinção; • Não devem ser projetados sobre explosivos e ácidos concentrados; • O armazenamento e acondicionamento do pó químico devem obedecer a algumas regras: ᧐ Dada a sensibilidade às variações climatéricas, a embalagem deverá ser sólida, estável e impermeável ao vapor de água; ᧐ Durante as ações de manutenção dos meios de utilização deve-se evitar o contacto excessivo entre pós e o ar húmido;

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Deve-se ter em conta os perigos de condensação devido às variações bruscas de temperaturas e evitar as diferenças acentuadas de temperatura entre os locais de embalagem e de armazenagem.

ESPUMAS Espuma é uma massa estável de pequenas bolhas gasosas, envolvidas por películas aquosas mais leves do que a água. As espumas obtêm-se pela mistura de água, produto espumífero e ar. As espumas são eficientes no combate a incêndios da classe A e particularmente da classe B. As espumas atuam por asfixia e arrefecimento, sendo a asfixia a principal responsável pela eficácia das espumas na extinção de incêndios Classificação quanto ao coeficiente de expansão: • O coeficiente de expansão é a razão entre o volume total de espuma obtida e o volume de solução emulsora (espumífero + água), utilizadas na produção; • O coeficiente de expansão indica-nos a capacidade que um determinado tipo de líquido espumífero tem de se expandir em relação ao volume primitivo da mistura de água/líquido espumífero (ex. 1lt de água/espumífero produz 10 litros de espuma, o coeficiente de expansão é de 10). Alta expansão • Espuma com coeficiente de expansão superior a 200. É muito leve, mas tem o inconveniente de se destruir muito facilmente em presença do calor, não sendo aconselhável a sua utilização em espaços abertos, uma vez que é levada

pelo vento ou brisa existentes. Média expansão • Espuma com um coeficiente de expansão compreendido entre 22 e 200. É mais pesada que o ar e menos sensível a correntes de ar. Baixa expansão • Espuma com coeficiente de expansão menor que 22. Possui boas características de aderência e boa estabilidade ao calor, embora a sua condutividade elétrica seja idêntica à da água. Espumíferos • Espumíferos proteicos; • Espumíferos sintéticos. Espumíferos proteicos Este tipo de espumíferos contém polímeros proteicos pesados, derivados de proteínas naturais sólidas decompostas quimicamente. O polímero resultante exibe boa resistência mecânica, elasticidade e capacidade de retenção de água. A espuma resultante é de baixa expansão, muito estável e exibe, normalmente, uma boa resistência mecânica e térmica, sendo também biodegradável. Aplicações • Aplica-se na extinção de incêndios em hidrocarbonetos líquidos, quer em consequência de derrame, quer no caso de incêndios em tanques de armazenamento. • Aplica-se também como medida de protecção de um derrame de hidrocarbonetos líquidos, prevenindo a sua ignição, bem como na protecção de superfícies expostas a um incêndio. Vantagens • Bom isolamento da superfície livre do

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INFORMAÇÃO E APOIO combustível, suprimindo a libertação de vapores; • Boa capacidade de arrefecimento, dado o elevado teor de água que contém (taxa de concentração volúmica do espumífero proteico, na sua mistura com a água varia entre 3 a 6 %). Desvantagens • Não pode ser usado em incêndios de gases (liquefeitos sob pressão ou não), bem como de líquidos combustíveis constituídos à base de solventes polares (por ex. alcoóis); • Não pode ser utilizada para injecção de espuma abaixo da superfície livre de líquidos combustíveis contidos em depósitos, pois a espuma resultante seria impregnada pelo combustível e assim não flutuaria. Espumíferos fluor-proteicos Possui uma composição semelhante à do espumífero proteico, com a diferença de possuir polímeros tenso-ativos fluorados que dão maior consistência às bolhas de espuma, permitindo a sua mais fácil expansão. A taxa de concentração volúmica deste espumífero está, como no proteico, compreendida entre 3 a 6 %. A espuma resultante exibe as mesmas características da que é formada com base em espumífero proteico e, ainda, a característica de não ser contaminada pelo líquido combustível, mesmo quando é injetada abaixo da sua superfície livre. Vantagens • A espuma resultante possui as vantagens e o mesmo campo de aplicação da espuma proteica, exibindo uma eficácia superior; • Pode ser aplicada por injeção abaixo da superfície livre de líquidos combustíveis

contidos em depósitos. Ressalva-se na aplicação deste tipo de espumífero o facto de os depósitos não poderem possuir teto flutuante, sob risco de bloqueamento da espuma sob o teto, reduzindo a sua eficácia; • Possibilidade de aplicação manual da espuma, mergulhando a agulheta no sei do combustível, devido à não contaminação das bolhas de espuma pelos combustíveis líquidos. Espumíferos sintéticos São compostos do tipo detergente que originam espumas muito leves e com elevado conteúdo de ar. Estas espumas são normalmente de média ou alta expansão. A taxa e concentração volúmica deste espumífero, na sua mistura com a água, está compreendida entre 1,5% a 3%. Estes espumíferos possuem um tipo designado por AFFF (Aqueous Film-Forming Foam), ou seja agentes formadores de filme flutuante. A espuma resultante perde rapidamente, por decantação, grande parte da sua água e exibe uma viscosidade baixa. A película flutuante possui ainda uma característica importante: quando é perfurada, volta a formar-se. Estas espumas atuam por abafamento. A película formada sobre a superfície do

QUADRO DE AGENTES EXTINTORES VS CLASSES DE FOGO CLASSE DE FOGO

AGENTE EXTINTOR ÁGUA E JATO

A B

ÁGUA PULVERIZADA

ESPUMA FÍSICA

PÓ NORMAL

PÓ POLIVALENTE

PÓ ESPECIAL

CO2

Desvantagens • Não pode ser utilizada em incêndios de gases, quer estejam liquefeitos sob pressão ou não, bem como de combustíveis líquidos constituídos à base de solventes polares; • O filme flutuante vaporiza-se em contacto com metais a temperaturas elevadas destruindo a espuma AFFF; • O espumífero AFFF não deve ser misturada com qualquer outro tipo de espumíferos. A espuma, porém, pode ser aplicada em simultâneo com espumas baseadas noutros agentes espumíferos. Na próxima coluna, iremos, de uma forma muito reduzida, abordar as medidas passivas e ativas, para depois podermos abordar a legislação obrigatória de prevenção de proteção contra incêndio.

c

Sólidos Líquidos

D

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Vantagens • Aplica-se em fogos combinados das classes A e B e no arrefecimento de estruturas metálicas expostas a um incêndio, devido à sua capacidade de decantação da água; • Expande-se rapidamente sobre a superfície livre dos líquidos, sendo indicada para casos de grandes derrames; • Pode ser aplicada recorrendo às mesmas agulhetas utilizadas para projeção de água.

c

C

c EXCELENTE

líquido não só extingue a combustão por abafamento, como evita a emanação de vapores inflamáveis.

BOM

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ACEITÁVEL

NÃO CONVENIENTE

INACEITÁVEL

Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt

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A importância da participação pública para uma Europa mais inovadora e mais sustentável A degradação do ambiente, a perda da biodiversidade, o rápido crescimento económico e a má utilização dos recursos podem ter consequências devastadoras para o nosso planeta. É por este motivo que a inovação e o crescimento sustentável são tão importantes para o desenvolvimento económico da Europa e dos seus Estados-Membros. O desafio que se coloca é simples mas ambicioso - promover uma economia mais competitiva e amiga do ambiente, na qual os recursos utilizados são usados de uma forma inovadora e eficiente. A iniciativa CASI mostra-nos como responder com sucesso a este repto.

C

ASI (“A Participação Pública no Desenvolvimento de um QuadroComum de Avaliação e Gestão de Inovação Sustentável”) é uma iniciativa financiada pela Comissão Europeia que investiga o impacto da inovação sustentável enquanto fenómeno societal. Esta iniciativa adota uma perspetiva abrangente, considerando os efeitos da inovação sustentável num nível social e tecnológico e envolve diferentes intervenientes desde empresas, universidades, centros de investigação, organizações de sociedade civil e política e os cidadãos em geral na construção de ferramentas úteis de avaliação e gestão de processos de inovação sustentável. Reunindo uma parceria que inclui mais de 30 peritos em matérias de inovação, sustentabilidade e ambiente (das quais se destaca a INOVA+ em Portugal), a iniciativa CASI tem promovido o debate e a participação pública sobre as dimensões conceptuais, as políticas e as boas práticas no âmbito da inovação sustentável enquanto veículo de excelência no processo de transição para uma economia de baixo carbono e eficiente em recursos. Para tal, ao longo de três anos, esta iniciativa reforçou e alavancou o envolvimento de cidadãos Europeus no debate e na investigação de inovações sustentáveis conducentes a uma economia amiga do ambiente, através de um conjunto alargado de eventos que incluíram painéis

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de cidadãos, workshops de co-criação e seminários de aprendizagem mútua. Nos vários eventos, os contributos dos participantes transformaram visões de futuro em importantes recomendações e políticas. Paralelamente, os peritos CASI produziram também um conjunto alargado de recursos e ferramentas , dos quais destacamos: • A CASIPEDIA - uma base de dados de iniciativas e exemplos de inovação sustentável que reúne mais de 500 entradas a nível Europeu e que serve como fonte de inspiração para novas inovações; • A CASI-F – uma ferramenta de avaliação e diagnóstico de práticas de inovação sustentável, cuja metodologia assenta na construção de um Roadmap de Ação (considerada o resultado de excelência desta iniciativa). Esta ferramenta é particularmente útil para todos os inovadores que pretendam criar um plano detalhado das suas inovações e tem como enfoque a implementação de uma ou várias ações perspetivadas de acordo com quatro dimensões de gestão (contextos, pessoas, processos e impactos). • Vários Policy Briefs – mais de uma centena de documentos estratégicos que reportam, através de um prisma político, o estado-de-arte de inovações sustentáveis selecionadas (a nível nacional). Alguns dos temas relacionam-se com

crowdfunding, prioridades de investigação para um futuro mais sustentável, cidades inteligentes e Plano de Ação para a Eco-Inovação. A iniciativa CASI ganha assim um merecido destaque ao envolver os cidadãos no desenvolvimento de ferramentas que desafiam os inovadores a aprimorar as suas inovações, através de processos estruturados, detalhados e promotores de criação e de partilha de conhecimentos entre vários intervenientes. O objetivo final do CASI e dos seus recursos e ferramentas torna-se assim muito claro - contribuir para a promoção de uma economia mais competitiva e amiga do ambiente, na qual os recursos utilizados são usados de uma forma inovadora e eficiente. Para Eurico Neves, CEO da INOVA+, “São iniciativas como o CASI que alertam para a necessidade da existência de processos de inovação, que lidem de forma eficiente com os constantes desafios ambientais e que sejam conducentes a uma melhoria do bem-estar de todos os Europeus através de um crescimento inteligente e sustentável e a um aumento da competitividade da economia Europeia”.I MAIS INFORMAÇÕES Catarina Azevedo inovamais@inovamais.pt www.casi2020.eu

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INFORMAÇÃO E APOIO

Outlook Como configurar contas de e-mail?

O

Microsoft Outlook é um nome que provavelmente todos nós conhecemos. Muitos de nós e até o utilizamos diariamente. Mas, para quem não o conhece, o Microsoft Outlook é um programa que tem como principal funcionalidade proporcionar uma ferramenta onde possamos enviar e receber os nossos e-mails, podendo vir a servir como uma interface única caso tenhamos mais do que uma conta de e-mail. Para que possamos utilizar o Microsoft Outlook para enviar e receber os nossos e-mails, o primeiro passo a seguir será sempre configurar uma conta de e-mail no Outlook, algo que é mais simples do que aparenta à primeira vista. Por isso aqui deixamos um guia de uma configuração básica de contas de e-mail (POP ou IMAP) nas diversas versões do Outlook.

(PASSO 1) – OUTLOOK 2007 Se está a aceder ao Outlook pela 1.ª vez, irá aparecer uma janela a perguntar se deseja configurar uma conta de e-mail. Diga “Sim” e carregue em “Seguinte”. Pode saltar já para o ponto 4. 1. No menu “Ferramentas”, clique em “Definições de Conta”; 2. Estando o separador “Correio eletrónico” selecionado, deverá carregar em “Novo”; 3. Na janela que foi aberta, seleciona a opção “Microsoft Exchange, POP3, IMAP ou HTTP” e carregue em “Seguinte”; 4. Coloque um visto na opção “Configurar definições de servidor manualmente ou tipos de servidores adicionais” e carregue em “Seguinte”; 5. Escolha a opção “Correio eletrónico da Internet” e carregue em “Avançar”; 6. Salte agora para a parte “(Passo 2) – Instruções de Configuração” que se encontra mais abaixo.

(PASSO 1) – OUTLOOK 2010 Se está a aceder ao Outlook pela 1.ª vez, irá aparecer uma janela a perguntar se deseja configurar uma conta de e-mail. Diga “Sim” e carregue em “Seguinte”. Pode saltar já para o ponto 2. 1. No menu “Ficheiro” clique em “Adicionar Conta”; 2. Coloque um visto na opção “Configurar definições de servidor manualmente ou tipos de servidores adicionais” e carregue em “Seguinte”; 3. Escolha a opção “Correio eletrónico da Internet” e carregue em “Avançar”; 4. Salte agora para a parte “(Passo 2) – Instruções de Configuração” que se encontra mais abaixo.

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(PASSO 1) – OUTLOOK 2013 E 2016 Se está a aceder ao Outlook pela 1.ª vez, irá aparecer uma janela a perguntar se deseja configurar uma conta de e-mail. Diga “Sim” e carregue em “Seguinte”. Pode saltar já para o passo 2. 1. No menu “Ficheiro” clique em “Adicionar Conta”; 2. Coloque um visto na opção “Configurar definições de servidor manualmente ou tipos de servidores adicionais” e carregue em “Seguinte”; 3. Escolha a opção “POP ou IMAP” e carregue em “Avançar”; 4. Salte agora para a parte “(Passo 2) – Instruções de Configuração” que se encontra mais abaixo.

(PASSO 2) – INSTRUÇÕES DE CONFIGURAÇÃO 1. Irá aparecer uma janela onde poderá colocar os seus dados de configuração: Nome: O nome que é a mostrado quando é enviado um email; Endereço de E-mail: O seu endereço de e-mail; Tipo de Conta: “POP3” ou “IMAP”: POP3 – Transfere os e-mails do servidor; IMAP – Sincroniza os e-mails com o servidor. Servidor de receção de correio: Endereço do servidor de receção de e-mails, geralmente é algo como “mail. oseuservidor.pt” ou “pop.oseuservidor.pt” ou “imap. oseuservidor.pt”; Servidor de envio de correio (SMTP): Endereço do servidor de envio de e-mails, geralmente é algo como “mail. oseuservidor.pt” ou “smtp.oseuservidor.pt”; Nome de utilizador: O seu endereço de e-mail Palavra-passe: A sua password; Coloque um visto na opção “Lembrar Palavra-passe”; E por fim clique em “Mais Definições”. 2. Na janela que aparece, no separador “Servidor de envio” colocar um visto na opção “O meu servidor de envio (SMTP) requer autenticação”. Após isso poderá carregar em “Ok” para seguir em frente; 3. Clique na opção “Testar Definições da Conta” para verificar se está tudo correto; 4. Se não existir nenhum erro, poderá clicar em “Seguinte” e “Concluir” para finalizar a configuração da sua conta de e-mail no Outlook; 5. Está pronto pode começar a usar o Outlook para enviar e receber os seus e-mails!

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Lançamento do Programa Qualifica destinado à educação e formação de adultos O programa Qualifica é a estratégia do Governo para recuperar a educação de adultos, que se integra no Programa Nacional de Reformas, sendo encarada como prioritária e deverá abranger cerca de 600 mil pessoas até 2020.

O

programa pretende garantir que até 2020 metade da população ativa do país conclua o ensino secundário. Alcançar uma taxa de participação de adultos em atividades de aprendizagem ao longo da vida de 15%, alargada para 25% em 2025 é outro dos objetivos do programa. O Governo pretende ver instalados cerca de 300 centros Qualifica no continente até ao final de 2017. Atualmente, existem 261 centros, 30 dos quais criados no ano passado. Este ano, será aberto concurso para mais 42. A ANQEP - Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, após analisar a rede de necessidades do país, já lançou um aviso de concurso para quem quiser abrir um Centro Qualifica. O Programa Qualifica destina-se principalmente a quem tem 18 ou mais anos, mas excecionalmente pode ser uma solução para os jovens que não se encontram a estudar, nem a trabalhar, nem em formação. Podem inscrever-se neste programa todos os adultos que não disponham de qualificação de nível básico, secundário e/ ou profissional, bem como os jovens que tenham abandonado a escola e não se encontrem a trabalhar ou a estudar.

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De acordo com o Governo, este programa distingue-se dos anteriores por colocar mais ênfase na qualificação “com obrigatoriedade de encaminhamento para formação certificada” ajustada às necessidades de cada formando. “Passa a existir uma lógica de complementaridade entre reconhecimento, validação e certificação de competências”, acrescenta. Para facilitar a informação, estará disponível uma plataforma tecnológica, o Portal Qualifica, onde podem ser igualmente consultados os serviços e instrumentos relacionados com o programa. O portal dirige-se a formandos, empregadores e agentes ligados à educação e formação de adultos, permitindo pesquisar a oferta existente, por zonas, recolher informação sobre o Sistema Nacional de Créditos e obter ou atualizar o Passaporte Qualifica, que registará a formação. O Governo justifica a criação do programa com a quebra verificada na formação de adultos nos últimos anos: Em 2013/14, havia pouco mais de 39 mil inscritos, “um terço do número registado em 2000/01”. Os novos centros serão criados por concurso, em função das necessidades locais e regionais de qualificação.

ZONAS CRÍTICAS NO INTERIOR NORTE E INTERIOR CENTRO Segundo um estudo feito pela ANQEP à atual rede de centros, as zonas críticas são “o interior norte e o interior centro, onde a população não tem uma resposta”, segundo Gonçalo Xufre, acrescentando que existem ainda outras regiões do país “onde a cobertura não é a mais adequada, porque a distribuição não era a ideal ou zonas com uma densidade urbana onde não se conseguiu ter um centro”. As estruturas existentes – os atuais CQEP - não serão desmanteladas, mas sim adaptadas às novas necessidades e moldes do novo programa. “Os atuais Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional podem constituir-se em Centros Qualifica”. O Programa Qualifica traz algumas novidades. Logo à partida, os formadores passarão a ter de dedicar 80% do seu tempo aos Centros Qualifica. Vai ser também criado um sistema de créditos e de módulos. Outra inovação é o “Passaporte Qualifica”, onde fica registado todo o percurso do aluno, numa lógica de currículo, mas também as competências que ele pode adquirir no futuro, numa lógica de aprendizagem ao longo da vida.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Medirolo continua a crescer A Medirolo, empresa sediada em Fátima e que foi criada com o apoio técnico da NERSANT no âmbito dos seus projetos de empreendedorismo, tem crescido a bom ritmo. Tem agora mais produtos, mais viaturas e um novo showroom. No âmbito da boa recetividade dos clientes, a Medirolo tem vindo a crescer. A empresa acaba de expandir a sua atuação para a área dos produtos de segurança, acrescentando ao seu portfólio toda uma variedade de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), sinalética, maquinaria, entre outros. Dentro das gamas de produtos de EPI as áreas de negócio são tão variadas como a medicina dentária, medicina hospitalar, forças de segurança, estabelecimentos fabris, cozinhas, oficinas automóveis, entre outros. Os produtos comercializados na área de segurança estão certificados e cumprem com os requisitos específicos estipulados para cada tipologia de

utilização. Naturalmente que o acréscimo destes novos produtos e equipamentos resultou no crescimento do seu showroom, que duplicou em termos de área. Também o espaço de armazenagem foi alargado por forma a garantir um stock ajustado de produtos de grande rotatividade. Em termos de marca própria, a aceitação tem sido tal que possibilitou a expansão do número de referências de produtos sob a marca Medirolo. Para acompanhar este crescimento, a empresa também aumentou a sua frota própria de viaturas.

BAU Special Solutions assina protocolo de cooperação com a Universidade da Beira Interior A BAU Special Solutions estabeleceu um Protocolo de Cooperação com a UBI – Universidade da Beira Interior para o desenvolvimento de uma colaboração conjunta nos domínios da informação, investigação e da extensão universitária. “A UBI é uma instituição que nos permitirá, no âmbito regional e nacional, abordar e investigar temas relacionados com a atividade que exercemos e, ao mesmo tempo, estreitar laços com uma instituição de ensino no centro do país, que tão bem conhecemos”, afirma Jorge Rolão Fonseca, General Manager da BAU, sublinhando que “um dos grandes objetivos é realmente aproximar a universidade da empresa de um modo mais real e eficaz.” No âmbito deste protocolo, a UBI e a BAU estabelecem a realização de estudos e projetos de investigação; organização conjunta de seminários, conferências, colóquios e aulas abertas, com a disponibilização de especialistas. Promovem ainda o intercâmbio de informações provenientes de levantamentos e investigações que possam resultar num aproveitamento de sinergias. A BAU vai facultar estágios a finalis-

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tas dos cursos ministrados pela UBI, proporcionando assim a inserção de recém-licenciados no mercado de trabalho e beneficiando, por outro lado, do contacto com novos conhecimentos e métodos de gestão. Nomeará também um orientador profissional para cada aluno, a quem compete distribuir o trabalho considerado de valia para a sua atividade. Já a UBI escolherá um orientador pedagógico para orientar a aplicação dos conhecimentos adquiridos na Universidade na prossecução dos trabalhos assinados pelo orientador profissional. O estagiário tem de entregar no fim dos estágios um relatório, disponibilizado à Universidade e à BAU para efeitos da sua avaliação.

Hackathon global escolheu Portugal como um dos palcos de ação Esta maratona intensiva contou com a participação de equipas de nove países de cinco continentes diferentes. Lisboa e Lagos foram as duas regiões portuguesas incluídas no programa. Portugal participou no primeiro ‘hackathon’ global que, no prazo de 48 horas, conectou e reuniu ‘hackers’, ‘designers’, programadores e startups em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030, de forma a encontrar soluções realistas relativamente à Indústria, Inovação e Infraestrutura, à Redução da Desigualdade, e à Produção e Consumo Sustentáveis. Lisboa, Lagos, Nova Iorque, Londres, Rio de Janeiro, Bali, Genebra, Bahrein e Chandigarh foram as regiões envolvidas nesta maratona intensiva, que contou com equipas de nove países, em cinco continentes diferentes. Em Lisboa, o hackathon focou-se na Indústria, Inovação e Infraestrutura. O evento, que decorreu de 10 a 12 de março, está dividido em três partes: o primeiro dia, que iniciou ao final da tarde, vai contar com um ‘briefing’ geral, votação de ideias e formação das equipas de trabalho. O ‘hacking’ propriamente dito ocorreu durante o segundo dia, e, por fim, o ‘pitch day’, que teve lugar no último do evento. Os oradores convidados foram, entre outros, Frederico Fezas Vital, fundador da Terra dos Sonhos; Carolina Pereira, fundadora da My Destiny e da HE for SHE; e ainda Carolina Almeida Cruz, fundadora da Sapana. As equipas vencedoras terão acesso a uma panóplia de recursos capazes de tornar as ideias em negócios reais. Mais tarde, terão a oportunidade de demonstrar o seu produto na sede da ONU. As ideias premiadas serão colocadas na página da UnInflux, organizadora do evento, com o objetivo de atrair investidores, mentores e funcionários.

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Candidaturas abertas aos Prémios Europeus de Promoção Empresarial… O IAPMEI, em parceria com a Comissão Europeia, lança mais uma edição dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial (European Enterprise Promotion Awards), uma competição que tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade a boas práticas de promoção da iniciativa empresarial na Europa. Até 12 de abril, as entidades com projetos relevantes no âmbito dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial podem candidatar-se a cinco categorias: Promoção do espírito de empreendedorismo; Investimento em competências empreendedoras; Desenvolvimento do ambiente empresarial; Apoio à internacionalização das empresas; e Empreendedorismo responsável e inclusivo. Ao longo dos anos, Portugal tem vindo a apresentar candidaturas ganhadoras em diversas categorias. Na última edição do concurso, o projeto

PME Líder venceu a competição europeia na categoria de ‘Desenvolvimento do ambiente empresarial’ e, em 2015, pela primeira vez, um projeto português foi galardoado com o ‘The Jury’s Grand Prize’, com a iniciativa ‘Lisboa Empreende’, dina-

mizada pela Câmara Municipal de Lisboa. Os interessados em saber mais informações sobre os Prémios Europeus de Promoção Empresarial e o processo de candidatura, podem fazê-lo através do portal do IAPMEI, em www.iapmei.pt.

…e aos Prémios RegioStars 2017

IAPMEI quer mais PME nacionais a fornecer a Agência Espacial Europeia O IAPMEI quer aumentar a participação das PME nacionais no programa espacial europeu. Na sequência do reforço da participação financeira do Ministério da Economia na Agência Espacial Europeia (ESA), o número de PME portuguesas que fornece este organismo ao abrigo do programa Tecnológico GSTP, vai poder ser alargado, permitindo assim a mais empresas ligadas ao setor aeroespacial, posicionar-se como fornecedores da ESA. Para alavancar a participação portuguesa, o IAPMEI criou um grupo de trabalho que, em conjunto com a FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, está a desenvolver ações de prospeção para apurar as necessidades da Estação Espacial Europeia, nos programas financiados e potenciais PME em condições de se poderem posicionar-se como potenciais fornecedoras ou utilizadores de tecnologias do espaço. Em breve serão anunciadas iniciativas para esclarecimento das PME relacionadas com este setor.

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Foi recentemente lançada a convocatória de projetos para os Prémios RegioStars 2017, cujo prazo para apresentação de candidaturas decorre até 10 de abril. O dia 15 de fevereiro marcou o lançamento dos Prémios RegioStars 2017, que este ano celebra o seu 10.º aniversário, pela Direção-Geral da Comissão Europeia para a Política Urbana e Regional, mais uma vez com o objetivo de identificar boas práticas no Desenvolvimento Regional e destacar projetos originais e inovadores que possam atrair e inspirar outras regiões. Após terem sido selecionados por um júri independente, os representantes dos projetos finalistas serão convidados a participar na Cerimónia de Prémios para receber um certificado e uma medalha, bem como serão incluídos numa Brochura publicada pela Comissão Europeia (CE), e ainda no banco de dados on-line de boas práticas no site da Inforegio. A cerimónia de atribuição dos Prémios RegioStars deste ano terá lugar no dia 10 de outubro durante o Open Days 2017 - Semana Europeia das Regiões e Cidades. Os vencedores em cada categoria receberão um troféu RegioStars e um certificado apresentado pela Comissária Europeia para a Polí-

tica Regional e pelo Presidente do Júri dos RegioStars. Para cada vencedor será produzido um pequeno vídeo, posteriormente publicado online seguido por uma campanha promocional nos media sociais. As candidaturas podem ser enviadas pela Autoridade de Gestão (AG) regional ou local, ou pelo Gestor de Projeto, mas com a autorização da AG responsável. As categorias a concurso dos Prémios RegioStars 2017 são: Especialização inteligente para inovação nas PME; União da energia: ação climática; Empowerment das mulheres e participação ativa; Educação e formação; e Citystars: cidades em transição digital. Para esclarecimento de dúvidas, os interessados devem remeter um e-mail para o endereço eletrónico regiostars2017@iservice-europa.eu.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

União Europeia apoia com 25 milhões de euros projetos científicos portugueses O Programa Operacional Regional do Centro - Centro 2020 - aprovou um conjunto de 21 projetos na área da ciência, que totalizam um valor de fundos europeus de 25 milhões de euros. De acordo com Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), “estes projetos visam sobretudo criar emprego científico nas unidades de investigação da região, o que é absolutamente vital para o rejuvenescimento do corpo de investigadores e para a entrada de novos talentos. A melhoria das condições de investigação é outro dos objetivos, com apoios para aquisição de equipamentos essenciais para o desenvolvimento de projetos de investigação. Também a construção e o reforço de redes internacionais é outro dos objetivos destes apoios”. Um primeiro grupo de projetos, com um apoio de fundos europeus de cerca de 18.5 milhões de euros, abrange um total de 14 programas integrados de ciência e tecnologia, liderados pelas três universidades públicas da região, e com os quais se pretende estimular a criação e/ou consolidação de conhecimentos e competências

em domínios científicos diversificados. O apoio concedido visa, fundamentalmente, apoiar a contratação de recursos humanos qualificados pelas entidades referidas, desde bolseiros a investigadores doutorados, para atividades e projetos de investigação em áreas científicas de reconhecida apetência regional e institucional, com destaque para a saúde, tenologias de informação e comunicação, energia e materiais avançados. Com um apoio Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 6.5 milhões de euros, o programa Centro 2020 aprovou um segundo grupo de projetos,

focado na capacitação técnico-científica de sete infraestruturas científicas da região, previamente reconhecidas pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e inseridas no Roteiro Nacional de Infraestruturas Cientificas de Interesse Estratégico. O apoio aprovado, maioritariamente centrado na qualificação de equipamentos para fins científicos, visa assegurar a prestação de serviços de qualidade à comunidade científica, educacional e empresarial e reforçar a presença internacional destas infraestruturas, em particular pela sua integração em redes internacionais de investigação e desenvolvimento científico.

Escola Profissional de Coruche inaugura Centro Qualifica A Escola Profissional de Coruche inaugurou dia 6 de fevereiro, o seu Centro Qualifica (CQ). O Centro Qualifica pretende proporcionar a jovens e adultos um serviço de informação, orientação e encaminhamento com vista à obtenção de uma qualificação escolar e/ou profissional de nível básico e secundário, assim como o encaminhamento para o ensino superior. O Centro Qualifica da Escola Profissional de Coruche, constituído por uma equipa de 13 profissionais em educação e formação de adultos, irá, igualmente, desenvolver processos de reconhecimento, validação e certificação de competências (RVCC) adquiridas pelos adultos ao longo da vida, por vias formais, informais e não formais, na sua vertente escolar, profissional ou de dupla certificação. Salomé Rafael, presidente da direção da Escola Profissional de Coruche, disse que “foi com muito orgulho que vi aprovada a candidatura do Centro Qualifica da nossa escola”, sustentando que muitos adultos têm contactado, nos últimos anos,

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a Escola Profissional de Coruche com o objetivo de concluírem o 9.º e o 12.º ano. “A EPC vai certamente contribuir para certificar centenas de adultos do concelho de Coruche”, garantiu a responsável. Já o presidente da Câmara Municipal de Coruche referiu a todo o público presente que “é muito importante aumentar as qualificações”. Francisco Oliveira lembrou que “muitas empresas, públicas e privadas, exigem habilitações académicas mais altas como condição para o exercício de determinadas profissões”. A cerimónia inaugural contou ainda

com as presenças de Fátima Galhardo, vereadora com o pelouro da Educação; Isabel Alves, coordenadora do Centro Qualifica da Escola Profissional de Coruche; Mário Gonçalves, coordenador do Centro Qualifica da Escola Profissional de Salvaterra de Magos; os presidentes de todas as juntas de freguesia do concelho; representantes das associações e coletividades, assim como diversos empresários da região. No final, dezenas de alunos adultos tiveram a sua primeira sessão para a conclusão do ensino básico e secundário.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Tipografia Central do Entroncamento inova com serviço chave-na-mão Já é longa a história da Tipografia Central do Entroncamento, que completa 69 anos de existência e serviço no concelho do Entroncamento. Porém, o caro leitor poderá questionar-se como conseguiu uma empresa do setor gráfico sobreviver num tempo onde muitas congéneres não resistiram. A resposta está na capacidade de adaptação da empresa aos novos tempos.

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icardo Cunha é a segunda geração à frente da Tipografia Central do Entroncamento. O seu pai adquiriu a empresa há cerca de 48 anos e acabou por levar o seu filho a reboque do negócio. Ricardo está à frente dos desígnios da tipografia desde 1990, há 27 anos, cargou que tomou “sem conhecer absolutamente nada do negócio”, confessa. A vontade de vencer foi mais forte e a empresa, a pulso “foi crescendo degrau a degrau”. “Neste momento, estamos a crescer 20% ao ano”, revelou. E qual o segredo de sucesso da Tipografia Central do Entroncamento, perguntou a Ribatejo Invest ao empresário. A resposta foi rápida e simples. Para além do constante investimento em novos equi-

Ricardo Cunha

Se em determinada altura a impressão em papel diminuiu, tivemos necessidade de criar um serviço personalizado para que os clientes nos continuassem procurar.” 40

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pamentos industriais que satisfizessem as necessidades dos clientes, em termos de qualidade e tempo de resposta, o verdadeiro segredo da empresa tem sido, a sua capacidade de acompanhar o mercado e as suas inovações tecnológicas. O leitor saberá tão bem quanto nós, que o setor gráfico sofreu grandes alterações nas últimas décadas, nomeadamente com a ascensão do digital em detrimento da

utilização do papel. Ciente desta realidade, a Tipografia Central do Entroncamento, liderada por Ricardo Cunha, soube aceitar o desafio do novo paradigma. Em primeiro lugar, criou novas áreas de negócio. Dentro do mesmo grupo, criou uma empresa paralela de brindes publicitários, decoração de lojas e automóveis, entre outros, dando sociedade a um trabalhador de longa data. Come-

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A Tipografia Central do Entroncamento soube reinventar-se e isso tem-se refletido no crescimento da empresa.” çou também a integrar o mercado em áreas específicas, como as embalagens. “Tínhamos mesmo de dar este salto, senão ficávamos para trás.” Diversificar as áreas de negócio foi uma das estratégias, sem esquecer de aprimorar o serviço prestado no seu principal ramo de negócio, que foi outro dos caminhos escolhidos. No âmbito da impressão, a Tipografia Central do Entroncamento apostou na prestação de um serviço chave na mão. “Se em determinada altura a impressão em papel diminuiu, tivemos necessidade de criar um serviço personalizado para que os clientes nos continuassem procurar”. A Tipografia Central do Entroncamento contratou cinco designers e presta hoje um serviço chave-na-mão. Assim, e embora o cliente possa apenas entregar o material que deseja imprimir, tem também a possibilidade de solicitar todo o serviço completo à empresa, desde grafismo, criação de logótipo e paginação. “A Tipografia Central do Entroncamento soube reinventar-se e isso tem-se refletido no crescimento da empresa”, confidenciou orgulhoso Ricardo Cunha à Ribatejo Invest. De facto, o crescimento de 20% ao ano

da Tipografia Central do Entroncamento e com o investimento associado, fez com que as antigas instalações da empresa, passassem a demasiado pequenas para o sonho concretizado. Por este motivo, a empresa mudou-se “de malas e bagagens” para a zona industrial do Entroncamento, onde está desde setembro de 2016, num investimento que representou cerca de 1 milhão de euros. No entanto, se o caro leitor pensa que a Tipografia Central do Entroncamento fechou as antigas instalações, engana-se. A empresa transformou-as numa loja, que tem inauguração prevista para o segundo trimestre do presente ano. Aqui, as antigas máquinas – obsoletas para o volume de negócios que a empresa entretanto alcançou – tornaram-se verdadeiras ferramentas para pequenos trabalhos, ao jeito do consumidor doméstico. Nesta nova

loja, a empresa investiu cerca de 70 mil euros e pretende fazer a delícia dos consumidores com os seus brindes, convites de casamento, estampagem de t-shirt’s e objetos, encadernações, produção de agendas, entre outros serviços. Quanto a perspetivas, Ricardo Cunha acredita que o futuro será risonho para a Tipografia Central do Entroncamento. A empresa está neste momento a trabalhar num novo site com loja online, com o objetivo de chegar aos mercados internacionais. “Vamos lançar-nos para o mundo com este novo portal”, disse à Ribatejo Invest, que aproveitou ainda a oportunidade para revelar que a empresa também já exporta para a Suíça. E foram exatamente estes livros exportados para Suíça, que mereceram, durante dois anos seguidos, o prémio “Melhores Livros feitos em Portugal”, pela Revista do Papel.

Serviços • Folhetos promocionais • Criação de logótipos • Trabalho Comercial • Impressão Digital • Cartões de Visita • Publicidade • Carimbos • Convites • Sacos

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

II edição do Hey! Hackathon acontece dias 28 e 29 de abril, no Tramagal

Mitsubishi Fuso e CEiiA desafiam estudantes para maratona tecnológica É o regresso anunciado da Hey! Hackathon, uma iniciativa dirigida a estudantes universitários em que o objetivo é encontrar soluções inovadoras e sustentáveis na área da conectividade. Transformação digital e Indústria 4.0 são os principais temas deste ano. O evento realiza-se dias 28 e 29 de abril, na MFTE, no Tramagal.

C

erca de 100 estudantes universitários vão estar juntos numa maratona de 24 horas non stop onde o objetivo é responder a desafios reais e encontrar soluções tecnológicas, anunciou a Mitsubishi Fuso Truck Europe (MFTE) e o CEiiA, organizadores do evento Hey! Hackathon. Em parceria estreita com as universidades e os politécnicos portugueses, e tendo como tema central “Be Connected” - a conectividade no âmbito da transformação digital e da Indústria 4.0 - o Hey! Hackathon, que terá lugar nos dias 28 e 29 de abril, no Tramagal, concelho de Abrantes, na sede da MFTE, realiza-se num ambiente de laboratório colaborativo disponibilizado pela Mitsubishi Fuso e tem como objetivo promover o aparecimento de soluções inovadoras para projetos sustentáveis da área da conectividade. As 20 equipas de 3 a 5 alunos são incentivadas a encontrar soluções para desafios em 3 áreas principais: “Connected Product”, como um serviço de mobilidade sustentável, “Connected Process”, como uma ferramenta para a eficiência produtiva, e “Connected People”, como forma de melhorar a comunicação na

linha de produção (chão de fábrica). “As empresas em geral, e a nossa em particular, não se podem fechar sob si próprias e a ligação com as escolas é fundamental para potenciar o crescimento do país. Esta geração, que está hoje nas universidades, será a geração que liderará a 4.ª Revolução Industrial, a designada Indústria 4.0. Enquanto empresa, queremos estar na linha da frente e, por isso, contamos com estes jovens”, referiu Jorge Rosa, CEO da MFTE. Para José Rui Felizardo, CEO do CEiiA “a realização deste género de iniciativas são um excelente instrumento de aproximação entre o ensino superior e a indústria, em torno de desafios concretos que obrigam a grandes inovações e contribuem para o crescimento da indústria e são também um espaço de identificação de talentos e de posicionamento do ensino que é realizado no nosso ensino superior”. O concurso é dirigido a todos os estudantes do ensino superior, nomeadamente, mas não exclusivamente, nas áreas de Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Tecnologias de Informação e Comunicação e Produção Industrial. As inscrições podem

Mitsubishi Fuso Truck Europe A Mitsubishi Fuso Truck Europe é um fabricante europeu de veículos comerciais (Fuso Canter), localizado no Tramagal, concelho de Abrantes. Tem a sua CasaMãe no Japão, Mitsubishi Fuso Truck & Bus Corporation (MFTBC) e faz parte integrante do Grupo Daimler – um dos maiores produtores mundiais da indústria automóvel, onde figuram as marcas Mercedes, Smart, Fuso, Maybach, entre outras. Exporta para mais de 30 países na Europa, além de Marrocos, Israel e Irão.

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O ano de 2017 marca o arranque da produção da nova Fuso eCanter, veículo da terceira geração do Fuso Canter E-Cell, já desenvolvido nesta unidade fabril. Camião 100% eléctrico, na linha das novas estratégias de mobilidade e que tem no factor ambiental um pilar decisivo.

ser feitas através da página web www. heyhackathon.com, através do preenchimento de um formulário. Os projetos de cada uma das equipas serão avaliados por um júri, e serão premiados os 3 melhores. Recorde-se que esta é já a 2.ª edição do Hey! Hackathon em Portugal, sendo que em 2016 as equipas participantes desenvolveram projetos nas áreas da Logística Interna, Qualidade, Produção e Engenharia Industrial.

CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto Centro de Engenharia e Inovação orientado para o desenvolvimento de produtos e sistemas nas indústrias da mobilidade, aeronáutica e offshore. Está presente em 6 países e conta com unidades de I&D em Portugal e no Brasil. O CEiiA é, hoje, líder e entidade de referência nas principais iniciativas e fóruns europeus de mobilidade inteligente, sendo também internacionalmente reconhecido pelas suas competências aeronáuticas. O CEiiA tem a visão de posicionar Portugal como referência nas indústrias da mobilidade, no desenvolvimento de tecnologias e de novos produtos e sistemas, concebidos, industrializados e operados a partir de Portugal.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Seminário Internacional junta uma centena de gestores da água em Salvaterra de Magos

Autarcas de Cabo Verde querem adotar modelo da Águas do Ribatejo Mais de uma centena de quadros, autarcas e gestores participaram no dia 14 de fevereiro, num seminário internacional sobre as parcerias das entidades nacionais com os municípios e entidades gestoras de Cabo Verde. O encontro decorreu no Centro Interpretativo do Cais da Vala em Salvaterra de Magos e teve como entidades acolhedoras a Águas do Ribatejo e o Município de Salvaterra de Magos. Uma delegação de decisores de Cabo Verde veio conhecer no terreno o modelo da AR para o replicar no Arquipélago. Hercules Vieira, Presidente da Associação Nacional de Água e Saneamento de Cabo Verde considerou que esta missão inversa é fundamental num momento em que o arquipélago está a procurar as melhores soluções para o abastecimento de água. “Este modelo da Águas do Ribatejo está testado com grande sucesso e é uma boa solução para implementarmos em Cabo Verde. Não temos dúvidas que a associação de vários municípios permite ganhar escala e valor”, referiu. Francisco Nunes Correia, Presidente da Parceria Portuguesa para a Água e exministro do Ambiente congratulou-se com um auditório repleto de players com provas dadas no setor da água. “Ter uma centena de participantes com esta qualidade em Salvaterra de Magos é digno de registo. É importante que possamos conhecer exemplos de sucesso como o da Águas do Ribatejo. As boas experiências que temos em Portugal onde fizemos o milagre da água devem ser uma referência para Cabo Verde”, disse. A AR enquanto associada da PPA – Parceria Portuguesa para a Água, tem vindo a colaborar ativamente em várias iniciativas desta associação, nomeadamente no projeto P3LP – Pontes e Parcerias nos Países de Língua Portuguesa. No âmbito deste projeto, a Águas do Ribatejo é uma das entidades de acolhimen-

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to da Missão que trouxe a Portugal uma delegação de Cabo Verde, composta por gestores e técnicos, de 13 a 17 de fevereiro. A comitiva visitou a Estação de Tratamento de Água de Salvaterra de Magos e a Estação de Tratamento de Águas Residuais dos Foros de Salvaterra, duas das mais de 150 infraestruturas construídas e requalificadas que integram um pacote de 115 Milhões de Euros de investimento na região que tem mais de 1000 km de redes de abastecimento de água e saneamento. A missão contemplou ainda reuniões de trabalho com a administração da AR e os técnicos dos vários departamentos da empresa municipal. O Presidente da AR, Francisco Oliveira realçou a importância de dar a conhecer um modelo de gestão municipal, pioneiro em Portugal, e algumas das suas infraestruturas e equipamentos na área do abastecimento de água e saneamento. “É um encontro de autarcas, gestores, decisoreschave e técnicos para trocas de experiências no espírito do projeto P3LP que valoriza todos os participantes. A AR tem feito um esforço para estar na linha da frente junto do conhecimento e da inovação das Universidades e de todos os intervenientes na gestão da água”, refere o autarca de Coruche que partilha a administração da AR com os presidentes das Câmaras de

Benavente, Carlos Coutinho e de Torres Novas, Pedro Ferreira. Francisco Oliveira, Presidente da AR congratula-se com a confiança depositada na empresa para acolher este evento. “É mais um reconhecimento do trabalho feito pela AR e do mérito deste projeto intermunicipal que foi pioneiro e está agora a ser replicado em várias regiões de Portugal. Estou certo que também será em Cabo Verde”, disse. “Esperamos contribuir para as boas decisões que os autarcas e gestores de Cabo Verde terão de tomar a curto prazo”, acrescenta. Recorde-se que em Cabo Verde só uma parte da população tem acesso à água da rede tratada e segura. O tarifário aplicado em algumas zonas do arquipélago é sete vezes mais caro que o que está em vigor nos sete concelhos que integram a AR. Na área do saneamento, Cabo Verde está a dar os primeiros passos para a construção de sistemas de tratamento de águas residuais. A Águas do Ribatejo foi a primeira empresa em Portugal com um sistema que acumula a alta e a baixa e onde os únicos acionistas da empresa são os sete municípios. A empresa tem garantido a sustentabilidade do “negócio” sem sacrificar os seus clientes que pagam uma das faturas mais económicas da região.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

VALPIEL apresentou nova coleção floral em Milão A empresa de curtumes Valpiel, de Alcanena, participou em fevereiro pela segunda vez na Lineapelle, em Milão. A empresa apresentou na feira a temática “Botânicas”. De facto, é recente a estreia da empresa na participação em eventos internacionais. A empresa estreou-se precisamente em setembro de 2016 na Lineapelle, tendo estado também logo de seguida, em outubro, na Futurmoda, em Alicante, Espanha. A experiência foi positiva e a empresa continuou este ano a sua presença neste tipo de certame, voltando em fevereiro à Lineapelle, em Milão, desta vez com as “Botânicas”. Trata-se de uma temática com muitos motivos florais e alegres que transportam o consumidor para uma ideia de jardim com toques primaveris. As “Botânicas”, nova coleção verão 2018, tem assim um ar mais “light” e “fresco” que faz lembrar as suaves brisas da primavera. No seguimento desta estratégia, a empresa estará este mês, de novo na Futurmoda. A Valpiel iniciou a sua atividade em

2001, no comércio de couros acabados, tendo estes como destino final a indústria do calçado e da marroquinaria. Em 2015, a empresa passa a transformar nas instalações de uma das participadas do grupo “Wind Bound”, os couros que comercializa no mercado nacional e internacional, sendo neste momento o mercado nacional o que detém maior quota. A matéria-prima utilizada para a produção dos artigos resul-

ta de um subproduto da carne de bovino. Os artigos produzidos estão inseridos em categorias Croute, Pull Up, Nobuck, Engelhados e/ou Torcidos, Crust, Anilinas e/ ou Napas, Queimados e Papéis fantasia. Os recursos humanos e os equipamentos do processo produtivo dão em média anual uma resposta na procura dos seus clientes em cerca de 10 milhões de pés quadrados.

Vinhos do Tejo levam adegas ribatejanas à Alemanha

Gepack abre fábrica nos Estados Unidos da América A Gepack inaugurou a sua primeira unidade fabril fora de Portugal, nos Estados Unidos da América. A empresa com sede em Aveiras de Cima produz embalagens que são uma alternativa ao vidro e exporta 70% da produção. Esta nova unidade pretende responder ao crescimento da procura nas Américas. A Gepack, dedicada à produção de embalagens de plástico para mais de 400 clientes em 29 países, abriu a primeira fábrica no estrangeiro, no Estado do Arizona, nos Estados Unidos, tendo criado 15 novos postos de trabalho. A produção iniciou-se em janeiro e a empresa planeia uma expansão da mesma unidade ainda este ano, com a instalação de mais maquinaria e contratação de mais recursos. “O mercado americano tem sido

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cada vez mais interessante”, reconheceu à Lusa o diretor-geral da empresa nos EUA. A empresa utiliza um método de reciclagem de plástico, conhecido como PET, para produzir mais de 250 modelos de embalagens, cerca de 20 das quais patenteadas. A Gepack, fundada há mais de 10 anos, cresceu entre 11 e 13% nos últimos 5 anos. Produz embalagens para óleo de argão, de abacate, azeite, bebidas alcoólicas, frascos de comprimidos de alta gama, cosméticos, entre outros. A empresa exporta cerca de 70% da sua produção, sobretudo para a Europa. Tendo em conta o crescimento da procura nas Américas, para além desta unidade fabril já em funcionamento, a empresa pretende também abrir novas unidades de produção nos EUA, possivelmente na costa leste.

Sendo a PROWEIN uma das mais importantes feiras de vinho mundiais, os Vinhos do Tejo marcam mais uma vez presença na edição de 2017, perfazendo um total de 92m2 com a participação de 14 produtores desta região do país. Adega do Cartaxo, Adega M. Cordeiro, Casa Cadaval, Quinta Casal da Coelheira, Quinta Casal do Conde, Fiuza, Herdade dos Templários, Pinhal da Torre, Quinta da Alorna, Quinta da Badula, Quinta da Lagoalva, Quinta da Lapa, Quinta de Vale de Fornos e Quinta do Casal Monteiro são as adegas que integram o stand dos vinhos do Tejo na feira, que se realiza de 19 a 21 de março em Düsseldorf, Alemanha.

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Sumol+Compal supera vendas de 80 milhões em Angola O grupo Sumol+Compal, que tem uma unidade fabril no Ribatejo, em Almeirim, investiu em 2015 cerca de 51 milhões de dólares (47 milhões de euros) numa fábrica para produção em Angola dos sumos e refrigerantes da marca. Em 2016, primeiro ano completo consolidado pela fabricante portuguesa, realizou vendas locais de 90 milhões de dólares (83,6 milhões de euros ao câmbio atual). A informação foi transmitida à LUSA pelo administrador delegado da Sumol+Compal em Angola, António Casanova, que adiantou que mais de 95% das vendas realizadas pelo grupo naquele território são de produção local, para abastecimento exclusivo do mercado angolano. António Casanova referiu ainda que aquela unidade fabril está concluída e a operar, com três linhas de produção, duas delas alocadas à produção de sumos. Adiantou que para este ano está prevista a ampliação da capacidade de produção atual, de cerca de 800 mil litros diários, com a instalação de mais duas linhas de enchimento. No arranque da fábrica, localizada na zona do Bom Jesus (Luanda), nas proxi-

midades do rio Kwanza, o grupo tinha inicialmente previsto a criação de cerca de 180 postos e trabalho, mas atualmente emprega já cerca de 300 trabalhadores. Apesar das restrições decorrentes do acesso a divisas em Angola, para a importação de matérias-primas, o que tem causado “grandes dificuldades nos pagamentos ao exterior”, o gestor admitiu que os resultados obtidos foram “razoáveis”. “Temos noção que há uma crise que causa aqui vários constrangimentos, até mesmo ao nível da procura, devido ao poder de compra reduzido das pessoas. Ainda assim acreditamos que temos aqui oportunidades grandes, diria que no

médio prazo o futuro é promissor”, frisou. Segundo António Casanova, um conjunto de matérias-primas diversificado é importado, salientando que em 2016 cerca de 70% dos materiais para a produção vieram do exterior e cerca de 30% foi adquirido localmente. Para o responsável, a instalação destas indústrias, no caso concreto da Sumol+Compal e do setor das bebidas, “cria uma oportunidade do surgimento de uma fileira da fruta a montante, que possa abastecer as fábricas e reduzir aquilo que é o nível das importações e até da dependência em relação ao exterior de um conjunto de bens que hoje têm que ser importados”.

STI representa Portugal no projeto europeu HyLAW

Trigénius em São Tomé e Príncipe A Trigénius esteve em São Tomé e Príncipe a instalar o novo servidor e o novo sistema de recenseamento eleitoral em São Tomé e Príncipe, equipamentos que forneceu a este país. Para aquele país africano viajaram dois técnicos da equipa da Trigénius, para procederem a instalação do novo sistema eleitoral da Comissão Eleitoral Nacional (CEN). A viagem da equipa enquadrou-se nos preparativos da CEN com vista ao arranque do Recenseamento Eleitoral de Raiz que decorrerá no país até 25 de maio. Recorda-se que a CEN possui um novo sistema de Recenseamento Eleitoral incluindo um novo servidor e vários kits para recenseamento eleitoral, ofertados pelo governo timorense ao governo são-tomense no quadro da cooperação bilateral entre os dois países, membros da CPLP e de G7+. Para além da instalação do novo sistema, a Trigénius também agendou e dinamizou formações para os técnicos nacionais que irão gerir a nova base de dados, bem como os futuros utilizadores dos novos kits para o Recenseamento Eleitoral.

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A indústria de Células de Combustível e Hidrogénio (FCH) tem sido alvo de atenção, tendo já sido feitos alguns progressos no que respeita à sua implementação nos mercados europeus. Contudo, os quadros jurídicos e os processos administrativos que lhes estão associados, onde se incluem planeamento, segurança ou instalação e funcionamento, apenas refletem, dentro das energias renováveis, as tecnologias já existentes, o que condiciona, severamente, o avanço da tecnologia FCH. A STI, empresa com sede em

Abrantes, integra, em representação de Portugal, o projeto Europeu HyLAW que pretende identificar e descrever o quadro jurídico e administrativo aplicável às tecnologias de Células a Combustível e Hidrogénio, em dezoito sistemas jurídicos da União Europeia, bem como no da própria UE. Pretende-se com este projeto entender quais as principais barreiras legais ao desenvolvimento da tecnologia FCH em cada país, entendendo assim qual a posição de cada um no que respeita às práticas já existentes e na posição que poderá adotar no futuro.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Quintinha d’Aldeia está a exportar 70% da sua produção em menos de 3 anos Foi de sorriso nos lábios que Susana Santos, sócia-gerente da Quintinha D’Aldeia, recebeu a Ribatejo Invest na salsicharia que fundou com o marido em Pernes há cerca de 3 anos. E não é para menos. A empresa foi criada com capitais próprios e conseguiu já angariar 150 clientes por todo o território nacional… e até internacional. 70% é o volume de exportação da empresa, que pretende aumentar este valor.

S

im, leu bem. Em, menos de três anos, a Quintinha D’Aldeia está já a exportar 70% da sua produção. Nós explicamos-lhe. Tudo remonta a 2013, altura em que o setor da construção civil – e outros a ele associados – atravessaram uma grave crise económica. Foi o caso de Paulo Piedade, marido de Susana Santos, que por esta altura se viu obrigado a fechar a sua empresa de painéis solares. Mas como é na crise que nasce a oportunidade, Paulo Piedade e Susana Santos depressa fizeram contas à vida e arriscaram tudo o que tinham conquistado ao longo da vida numa nova empresa. Em 2013, o casal adquiriu uma propriedade e depressa a transformou numa salsicharia, um investimento total na ordem dos 250 mil euros, adiantounos Susana Santos. “Fomos corajosos. Costumo dizer que o meu marido é um grande homem, porque conseguiu vir de um negócio completamente diferente e adaptar-se a um negócio que nem ele próprio sabia se gostava. Mas claro que não arriscámos num negócio à toa. Contámos com a ajuda preciosa dos meus pais, que toda a vida trabalharam a carne”, contou Susana Santos à Ribatejo Invest. “Quando iniciámos este negócio, há

Tenho viajado bastante para acompanhar de perto o meu cliente. Perguntar-lhe qual a aceitação do produto e até sugestões de melhoria! De forma inversa, também muitos dos clientes têm visitado a nossa salsicharia. É necessário criar esta relação de confiança entre vendedor e comprador.” 46

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Susana Santos, sócia-gerente da Quintinha D’Aldeia

menos de três anos, não tínhamos um único cliente”, revelou Susana Santos à Ribatejo Invest, que deixou o seu emprego de 25 anos para se juntar ao marido na empresa. “Desde Alenquer e Torres Vedras, a Ferreira do Zêzere, bati a todas as portas para mostrar o produto. Tive várias negas, mas não baixei os braços. Com o tempo, vamo-nos habituando a ouvir um «não»”, relatou a empresária. “Aprendi a ser persistente, a nunca desistir, e esta estratégia tem colhido frutos”, concluiu. “Hoje, mandamos produtos para todo o país e temos como clientes hipermercados de distribuição moderna”, revelou ainda. O produto, esse, não é um produto qualquer. Trata-se de um produto tradicional, não industrializado. “O nosso negócio é a produção de enchidos atados à mão e secos a lenha”, fez saber Susana Santos, acrescentado que, embora ambicione crescer, este crescimento tem de ser sus-

tentado, em virtude de não se perder a qualidade conseguida até ao momento. “Não queremos produzir muito, queremos produzir com qualidade”, rematou. Mas se julga que a Quintinha d’Aldeia centrou a sua estratégia de marketing apenas na região, desengane-se. A internacionalização foi sempre um objetivo e começou a ser trabalhada paralelamente ao mercado nacional. “O nosso foco foi sempre fazer chegar o nosso produto aos mercados externos”, fez saber Susana Santos, acrescentando que começou desde logo a construir uma base de dados com todas as lojas portuguesas em França, na Bélgica e no Luxemburgo, países onde, devido à grande comunidade portuguesa, o chamado mercado da saudade tem uma importância acrescida. “Comecei a enviar e-mail com a apresentação da empresa, com o nosso catálogo de produtos. Telefonava insistentemente. Perdi o conto às caixas com amostras que enviei!

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O nosso foco foi sempre fazer chegar o nosso produto aos mercados externos.” É preciso semear para colher!”, narrou a empresária. Mas o que é certo é que, alguns meses depois, os resultados – as encomendas – começaram a chegar. Atualmente a empresa exporta 70% da sua produção essencialmente para países onde estão enraizadas comunidades portuguesas. França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Cabo Verde são os 7 países para onde vende a Quintinha D’Aldeia. França e Luxemburgo, confessou-nos a empresária, são os principais compradores. “Neste momento, estamos já numa fase diferente”, declarou Susana Santos. Após a fase de prospeção de negócios, a empresa tem já uma carteira de clientes nos mercados externos – na sua maioria portugueses com espaços comerciais abertos – pelo que está a fazer o trabalho de

acompanhamento aos mesmos. “Tenho viajado bastante para acompanhar de perto o meu cliente. Perguntar-lhe qual a aceitação do produto e até sugestões de melhoria! De forma inversa, também muitos dos clientes têm visitado a nossa salsicharia. É necessário criar esta relação de confiança entre produtor e comprador”, desabafou a empresária, que confessou ainda: “Gosto de aprender no estrangeiro para surpreender o nosso consumidor

nacional que cada vez é mais exigente”. Na empresa trabalham atualmente 7 pessoas, fazendo parte do staff o filho de Susana e Paulo, responsável pela área da expedição de mercadorias e que começa já, também, a acompanhar a empresária aos mercados externos. Uma grande preocupação da empresa é a higiene e o investimento na formação para aumentar as capacidades e conhecimentos para cada vez melhor satisfazer os clientes.

Os produtos A Quintinha d’Aldeia produz duas toneladas de enchidos tradicionais por semana – feitos à moda antiga, ou seja, manualmente – entre eles chouriço de carne e sangue (os chamados Mouros), farinheira, paio, morcela de arroz e sangue (chamada de assar) e paiolas. Por serem feitos à mão, o tempero de cada um dos enchidos pode ser “ao gosto” do cliente, desde que as quantidades assim o justifiquem. Paralelamente, e para responder às solicitações dos clientes, a empresa adquire e comercializa com a sua marca outros produtos como doces, compotas e queijos. Em alturas festivas, os cabazes são rei e fazem a delícia dos clientes.

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Novos investimentos Apesar de terem investidos 250 mil euros de capitais próprios na salsicharia, outros novos investimentos estão já previstos. “Temos ainda capacidade para aumentar a produção, mantendo a qualidade do produto. Para isso, temos como objetivo investir em tecnologia, pois responde ao desígnio da empresa em oferecer sempre mais qualidade ”, fez saber a empresária. “Para além disso, a empresa tem ainda aqui um grande pavilhão de cave e 1.º

andar que vai ser requalificado para ser um armazém onde possamos colocar câmaras frigoríficas, um investimento na ordem dos 50 mil euros. Para além de salsicharia, somos também entreposto, o que significa que temos autorização para receber todo o tipo de embalados e voltar a vender, pelo que mais este espaço de armazenamento será uma mais-valia”, revelou ainda a empresária, acrescentando que “é nestas pequenas coisas que podemos crescer”.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

NERSANT Business 2017 com novo modelo de inscrição

Catálogo online de produtos/serviços portugueses será divulgado a nível mundial O NERSANT Business - Encontro Internacional de Negócios da Região do Ribatejo, que se irá realizar de 23 a 25 de outubro, tem este ano um novo modelo de inscrição, com o objetivo de garantir mais e melhores negócios para as empresas participantes. Este ano, a associação empresarial apresentará os produtos portugueses ao mundo através de uma plataforma online onde constarão diversas categorias de produtos/serviços das empresas portuguesas.

À

medida que a NERSANT vai re c e b e n d o i n s c r i ç õ e s d a s empresas nacionais, as mesmas vão sendo introduzidas no catálogo online na categoria correspondente ao produto ou serviço que vendem ou prestam. Neste momento, estão abertas as seguintes categorias: Alimentação e Bebidas; Construção, Materiais de Construção e Metalomecânica; Consultoria e IT; Hotelaria e Turismo; Mobiliário, Moda e Decoração, entre outros (a promoção será efetuada através de imagens de produtos/serviços, sem se referir, na presente fase, nomes ou marcas das empresas inscritas). O portal já se encontra ativo em http://

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business.nersant.pt/, estando a ser já divulgado aos mais de 4.000 parceiros e contactos internacionais que a NERSANT tem. As empresas estrangeiras interessadas em inscrever-se no NERSANT Business, terão de o fazer através deste portal e mediante sinalização dos produtos/serviços que estão nesse portal. Só no final de verificado o interesse da empresa estrangeira em determinado produto/serviço português, é que a NERSANT vai contatar novamente as empresas nacionais, para que estas possam finalizar o seu processo de inscrição no NERSANT BUSINESS 2017. Com um total de 5 edições realizadas (de 2012 a 2016), o NERSANT Business já promoveu, no total, a realização de 3.575

reuniões entre empresas nacionais e estrangeiras, bem como a participação de 372 empresários estrangeiros/ entidades internacionais e 529 empresas nacionais. Quanto a resultados, só em 2016, estimase que tenham sido gerados negócios na ordem dos 1,5M€ de exportações. A NERSANT, entidade promotora do evento, quer agora, com este novo modelo de inscrições, um evento ainda mais focado nos negócios e mais proveitoso para as empresas. Sempre a inovar e a trabalhar por fazer mais e melhor, esta é a inovação que a NERSANT está a preparar para esta edição do NERSANT Business e que espera que seja um enorme passo para o aumento efetivo do volume de exportação das empre-

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O NERSANT Business volta este ano a realizar-se em Tomar, de 23 a 25 de outubro.

sas portuguesas presentes. Assim, o que a associação pretende é que as reuniões B2B a realizar no evento sejam o mais produtivas possíveis. A associação empresarial quer, com isto, empresas mais satisfeitas com o evento e melhores resultados nesta edição do evento. O NERSANT Business é um evento realizado pela NERSANT desde 2012 e que visa a promoção da imagem dos produtos e serviços da região como sendo inovadores e competitivos a nível nacional e internacional, através da promoção e de apresentação de potencialidades da região, das suas empresas e produtos a potenciais investidores estrangeiros e importadores, de modo a promover as exportações e atrair Investimento direto estrangeiro. Para além dos empresários interessados em estabelecer parcerias de negócio com as empresas portuguesas, também entidades institucionais e governamentais têm integrado as comitivas internacionais que marcam presença nas várias edições do evento, fundamentais para agilizar contactos e as particularidades das negociações internacionais. As reuniões de negócio são sempre agendadas de acordo com os objetivos específicos de cada um dos países e empresários presentes, tal como as visitas programadas a diversas empresas. Para mais informações, os interessados devem contactar o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT através dos contactos datic@ nersant.pt ou 249 839 500. O portal do NERSANT Business está disponível em http://business.nersant.pt/. De referir que a edição de 2017 do encontro internacional realiza-se novamente em outubro, de 23 a 25. O evento realiza-se no âmbito do projeto Exportintelligence, projeto de apoio à internacionalização de empresas que a associação está a dinamizar. Este projeto, apoiado pelo COMPETE 2020 no âmbito do SIAC, tenciona alavancar o aumento das exportações da região e também atrair investimento para o Ribatejo, prevendo a realização de diversas atividades, sendo uma delas, precisamente, a realização de encontros internacionais de negócios onde o networking empresarial entre mercados é a ação principal.

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Concursos públicos internacionais disponíveis para as empresas O apoio à internacionalização das empresas da região é um dos princípios da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, que diariamente se encontra a trabalhar para incrementar o aumento das exportações do Ribatejo. Para além das ações mais visíveis, onde cabem a organização anual do NERSANT Business, bem como a realização de missões empresariais a diversos mercados externos, a associação tem ainda outro tipo de apoio à exportação, que passa pela disseminação de informação importante no âmbito da exportação às empresas. Para o efeito, está neste momento a dinamizar o Exportintelligence, que, através do seu portal (http://exportribatejo.com/), está em contacto permanente com o tecido empresarial da região.

Para além de informações sobre diversos mercados e de um espaço de oportunidades de negócio e até de esclarecimento de questões diretas colocadas pelas empresas, o portal dispõe ainda de um serviço bastante relevante para as empresas exportadoras ou que pretendam exportar. Trata-se de uma área onde são carregadas regularmente pela associação empresarial, avisos de concursos públicos internacionais, que estão acessíveis a toda a comunidade. De referir que o Exportintelligence é mais um projeto de apoio à internacionalização das empresas dinamizado pela NERSANT, desta feita com especial enfoque no conhecimento, acesso a mercados e valorização da oferta nacional, e financiado pelo COMPETE 2020 no âmbito dos fundos comunitários.

Avisos abertos País

Setor

Descrição

Data Limite

Argentina Água e Saneamento Ampliação de coletores e redes

26/abr/17

Áustria

Metalomecância

Máquinas para metalurgia e respetivas peças

03/mai/17

Canadá

Alimentar

Carne, Peixe e Aves

27/dez/17

Eslovénia

Alimentar

Produtos alimentares, bebidas, tabaco e produtos afins

13/abr/17

Espanha

Metalomecânica

Edificação de coberturas e outras construções especializadas

07/abr/17

França

Construção

Obras de construção naval

02/mai/17

França

Energia

Eletricidade, aquecimento, energia solar e nuclear

18/set/17

Itália

Construção

Serviços de construção de pontes

04/mai/17

México

Construção

Construção de corredor de transportes urbanos

19/abr/17

Polónia

Alimentar

Frutas, legumnes e vegetais

03/jun/17

Suécia

Construção

Construção de edifícios

08/mai/17

Suíça

Alimentar

Produtos alimentares, bebidas, tabaco e produtos afins

12/abr/17

MARÇO 2017

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Couro Azul “a bordo” da TAP A empresa de couros de Alcanena Couro Azul, já sobejamente conhecida em território nacional e internacional por ter fornecido grandes marcas automóveis, entre elas a Porsche, está agora também a bordo da TAP. O primeiro A330 para o qual a empresa ribatejana forneceu peles para as cadeiras cama executivas, está já a voar.

O

A330 com o nome de João Gonçalves Zarco já voa com a cabina totalmente renovada. Este é o primeiro de sete aviões A330 que, até ao final deste ano, terão completado este processo, que se insere no âmbito do programa de atualização de frota. Este programa representa uma aposta da TAP na melhoria do conforto e do serviço prestado ao cliente e decorre do plano de capitalização da Companhia, que investiu 70 milhões de euros na renovação da sua frota. Com a atualização destes aviões, a TAP melhora a oferta aos seus passageiros em todas as classes, alinhando toda a imagem das cabinas à dos A330neo que irão integrar a frota. A parceria da TAP com empresas portuguesas continua, com a escolha de materiais e desenvolvimento de acabamentos a cargo da Almadesign, e a pele presente em alguns pormenores da cadeira de Executiva fornecida pela Couro Azul, o que já tinha acontecido no modelo A319, cujo voo inaugural aconteceu em outubro. De facto, é efetivamente na classe executiva que a TAP efetuou as alterações mais profundas. As cadeiras executivas para as quais a Couro Azul forneceu peles são totalmente novas, e contam com reclinação total – cadeiras cama – e comprimento da cama de 1,93 metros quando totalmente reclinada. Inseridas num ambiente luxury, disponibilizam agora 25 lugares. “Já não é a primeira vez que fornecemos esta indústria, mas é uma porta aberta”, disse aos jornalistas Nuno Carvalho, administrador da Couro Azul, na exposição de interiores da aviões, que decorreu em Hamburgo, na Alemanha, o ano passado e onde foi anunciado que a TAP seria a primeira companhia a operar o avião A330 neo da gigante francesa da aviação. Outros elementos aumentam o conforto dos passageiros que viajam nesta classe são suportes para os auscultadores, luz de leitura individual, mesas de apoio e compartimentos de arrumação, suportes para garrafas, entradas USB e tomadas elétricas individuais. Quanto à cabina económica, esta passa a ser constituída por duas categorias:

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MARÇO 2017

economy plus e economy. A configuração e o design sugerem um ambiente fresh, sendo os revestimentos das cadeiras totalmente novos, em tons de verde e cinza no caso da economy, e em tons de cinza com alguns apontamentos a vermelho, no que diz respeito à economy plus. Esta nova categoria tem mais espaço e maior reclinação das cadeiras.

VOO INAUGURAL DO A319 “GAGO COUTINHO” FOI EM OUTUBRO No âmbito desta sua atualização de frota – que envolve 48 aeronaves e 70 milhões de euros – aconteceu em outubro passado, também com novos interiores, o voo inaugural do A319 da TAP, com o nome ‘Gago Coutinho’. Este foi o primeiro avião da companhia com interiores integralmente renovados a entrar ao serviço, no âmbito do programa de atualização da frota que a TAP tem em marcha com intervenção em 48 aviões e um investimento total de 70 milhões de euros, num projeto que contou pela primeira vez com várias empresas portuguesas como parceiras no seu desenvolvimento. Neste caso, a nova cabina é uma aposta

na melhoria do conforto e do serviço prestado ao cliente. Com dois tipos de novas cadeiras do mais avançado que existe hoje no mercado, os novos interiores estão aliados a uma imagem que apela à portugalidade, utilizando o vermelho e o verde, que são também as cores da companhia de bandeira portuguesa. O design é integralmente português, da responsabilidade da Almadesign, que criou um conceito cuja materialização se faz com curvas graciosas, naturais e movimentos fluidos. Recorreu-se também, pela primeira vez, à produção nacional para os revestimentos das novas cadeiras, da responsabilidade da Karmann Ghia de Portugal. Os couros utilizados, provenientes da também portuguesa Couro Azul, foram produzidos de forma ecológica, isentos de crómio e de metais pesados. A renovação de todos os interiores da frota é mais uma aposta da companhia que resulta dos contactos feitos junto dos seus clientes, com o objetivo de corresponder aos seus pedidos mais frequentes, assim como às suas reais expectativas. Além da modernização e do aumento do conforto, a capacidade dos aviões aumenta também com estas alterações, passando a TAP a disponibilizar 12 lugares adicionais, no caso dos aviões A319. A opção por materiais mais leves e de vanguarda na indústria permitiram retirar 700 kg ao peso da aeronave, o que se traduz no aumento da eficiência da frota.

www.nersant.pt




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