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Outubro 2016 | N.º 13 Outubro 2016 | N.º 13
Empreendedorismo
Programa de Aceleração de Startups em Santarém
+ Inovação
Fravizel comemora 1.º ano de certificação
+Inovação Quando um lar é gerido profi ssionalmente NERSANT Business 2016 Presença de Câmaras do Comércio e Embaixadas são novidade desta edição Internacionalização
Momsteel cresce no mercado francês
Isaura Morais“Tudo faremos para potenciar esta edição Leia esta edição a fixação de empresas e pessoas em Rio Maior”Leia com ocom QR oCode QR Code
ÍNDICE
Outubro 2016 | N.º 13 08
DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 08 14 16 18 20 22 24
Breves Empresas: Águas do Ribatejo Empresas: Agromais Empresas: Diamantino Coelho e Filho Empresas: Renova Poder Local Empresas: Gina Botequim Atelier Entrevista a Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior
INFORMAÇÃO E APOIO
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Portugal 2020
VIVER O TEJO 32
Trilhos Fotográficos do Ribatejo
INFORMAÇÃO E APOIO
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34 36 39 40 42
Comeres Ribatejanos Startups e Empreendedorismo: Portugal vs Europa A Gestão da Energia como fator primordial na estratégia das organizações Raspberry Pi Seguros de Acidentes de Trabalho
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 44 46 48 50
Programa de Aceleração de Startups em Santarém Breves Empresas: Fravizel Empresas: Lar de S. Mateus
INTERNACIONALIZAÇÃO
58 FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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52 56 58 60 62
Breves Empresas: Sofalca Empresas: Rimol Notícias NERSANT Business 2016
Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares
Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Editorial
Ribatejo Invest
A
ssinalamos, nesta edição da Ribatejo Invest, um ano de existência. Para trás, ficam doze edições onde cumprimos o nosso propósito: dar a conhecer projetos empresariais de sucesso, inovadores, que apostem na internacionalização e que têm contribuído para que o Ribatejo seja uma região cada vez mais competitiva e desenvolvida a nível nacional e internacional. Fizemos deste projeto editorial, totalmente elaborado pelos colaboradores da NERSANT, um desafio, que a cada mês procuramos superar. Ao longo deste último ano, visitámos dezenas de empresas, conversámos com muitos empresários, alguns com muitas décadas de experiência e de gestão empresarial. Outros, jovens empreendedores, estão agora a começar este caminho. Ouvimos as suas expetativas e preocupações. É tempo de reconhecermos que o Ribatejo é uma zona industrial e de serviços de excelência. Ao nível tecnológico, a nível de conhecimento e a nível de investimento, temos do melhor que se faz no mundo. As empresas ribatejanas, nos momentos mais difíceis do país, e contra todas as adversidades, conseguiram aumentar o seu nível de faturação e o seu volume de exportações. Entre 2010 e 2013 as exportações cresceram 41,83%, valor muito acima da média nacional. Entre 2013 e 2014 aumentou também em mais de 30% o número de empresas exportadoras, assim como o volume de negócios, que cresceu 3,6%. Convido-o a desfrutar desta edição especial da Ribatejo Invest e a conhecer um pouco melhor algumas das empresas de sucesso do Ribatejo. Isaura Morais, Presidente da Câmara de Rio Maior é a autarca convidada deste mês.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
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SEM IR ESTÁ A CONTRATAR A SEM IR Lda, empresa de Engenharia e Manutenção Industrial e Residencial com sede em Santarém, está a reforçar a sua equipa técnica. Devido ao acréscimo de projetos, a empresa está neste momento à procura de Técnicos de Energias Renováveis (com carteira profissional) ou via Ensino 12º Ano, nível 4 e de eletricistas de baixa tensão. Os profissionais interessados em candidatar-se a estas ofertas de emprego deverão enviar o seu curriculum vitae para o e-mail geral@semir.pt.
RODALGÉS NA 2.ª EDIÇÃO DA EMPACK & LOGISTICS A Rodalgés voltou a marcar presença na feira exclusiva para profissionais Empack & Logistics, que decorreu na Exponor em Matosinhos, em setembro. No certame, a empresa de Coruche apresentou a sua gama de equipamentos para operações logísticas e distribuiu o novo catálogo de mobilidade. Com a participação em feiras, a Rodalgés tem como objetivo marcar a sua posição enquanto parceiro na excelência operacional, fornecendo soluções completas para a manutenção operacional e logística in-house, contribuindo para a maior eficiência dos equipamentos e melhoria de processos, para uma qualidade sem falhas e para o aumento da produtividade. A empresa fornece soluções profissionais para armazéns e unidades fabris, centros de produção, distribuição, e hubs logísticos, comercializando equipamentos de movimentação, elevação e transporte de cargas, com core business nas Rodas e Rodízios, destacando a qualidade e segurança das mais de 30.000 soluções standard, com fabrico de projetos à medida.
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ACT LANÇA GUIA SOBRE SEGURANÇA NA CONDUÇÃO DE AUTOMÓVEL PROFISSIONAL
IGNORAMUS TEM NOVO SITE A empresa Ignoramus – Produtos Naturais, Lda., situada em Samora Correia, acaba de apresentar o seu novo site, disponível em www.ignoramus.pt. O novo portal é agora mais informativo e intuitivo e pretende ajudar quem o consulta a encontrar um novo mundo de saúde e bem-estar. De referir que a empresa Ignoramus é líder de mercado através da produção e comercialização das suas quatro marcas próprias, a Cem Porcento, a DaTerra, a Forma+ e a GoldenSilk, nas áreas da alimentação saudável, produtos biológicos, suplementos alimentares e cosmética natural.
O Guia “Segurança e Saúde no Trabalho da Condução Automóvel Profissional: Riscos profissionais e medidas preventivas”, acaba de ser editado pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) com os contributos dos parceiros da Campanha de Segurança e Saúde no Trabalho da Condução Automóvel Profissional. Esta publicação, que se encontra já disponível no portal da ACT, em www. act.pt, é um instrumento de apoio muito importante para os intervenientes no setor, podendo contribuir para a integração da segurança e saúde na atividade transportadora rodoviária em Portugal no quadro da melhoria contínua das condições de trabalho, com incidência particular na diminuição do número de acidentes e doenças profissionais.
MEDIOTEJO.NET COMEMOROU 1.º ANIVERSÁRIO
GARRIDO ASSINOU PROTOCOLO COM CASA MUSEU DOS PATUDOS A empresa de Alpiarça Garrido Publicidade, representada por Rita Garrido, e a Câmara Municipal de Alpiarça, representada pelo Presidente do Município, Mário Pereira, assinaram no dia 29 de setembro, na biblioteca da Casa dos Patudos - Museu de Alpiarça, um protocolo de colaboração.
Este protocolo destina-se à produção de materiais promocionais para venda ao público visitante da Casa dos Patudos. A Garrido Publicidade foi criada em 2010 com o intuito de ser uma empresa dedicada à produção e venda de suportes publicitários, impressão digital, brindes publicitários e têxtil promocional.
O jornal digital mediotejo.net, publicação que agrega a atualidade informativa dos 13 municípios da região do Médio Tejo, acaba de assinalar o seu 1.º aniversário a 27 de setembro com o lançamento da publicação “Um ano em revista”, onde estão destacados trabalhos jornalísticos que marcaram editorialmente o primeiro ano deste projeto jornalístico. Dedicado à publicação diária de informação dos 13 concelhos da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo nas áreas da Política, Economia, Sociedade, Desporto e Cultura, o jornal publicou já mais de 6.500 artigos, entre notícias, reportagens e entrevistas, atingindo, neste ano, mais de um milhão e meio de leitores. O mediotejo.net comemorou o seu 1.º aniversário a bordo de um barco, onde marcaram presença dezenas de convidados. Na festa, foi distribuída a publicação comemorativa do aniversário, “Um ano em revista”.
RESITEJO ASSOCIOU-SE AO DIA EUROPEU DE RECICLAGEM DE PILHAS A Resitejo associou-se ao Dia Europeu da Reciclagem de Pilhas, assinalado no dia 9 de setembro, tendo sido disponibilizados pilhões a todos os visitantes dos Ecocentros no decorrer daquele mês. A entidade gestora Ecopilhas, assinalou o dia com uma Sessão Pública que decorreu na Biblioteca do Pavilhão do Conhecimento, no Parque das Nações em Lisboa. Nesta sessão, foi lançada ainda uma aplicação para tablet e smartphone que, entre outras
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funcionalidades, car o pilhão funcionalidades permite identifi identificar mais próximo (da rede de recolha composta por cerca de 20.000 pilhões, em todo o país) em benefício dos consumidores e, consequentemente, para a adequada valorização das pilhas e baterias usadas.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Governo aprova programa especial de redução do endividamento ao estado O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, o Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado, para quem tenha dívidas fiscais ou à Segurança Social, que não tenham sido pagas nos seus prazos normais - até 31 de maio de 2016, para as dívidas fiscais, e até 31 de dezembro de 2015, para as dívidas à Segurança Social. O valor estimado do total da dívida são 20 mil milhões de euros, dos quais 3 mil milhões de euros são devidos à Segurança Social. «Em Portugal tem havido, nos últimos anos, devido às políticas de austeridade, um grande crescimento de dívidas ao Fisco e à Segurança Social», afirmou o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade. Lembrando que «o regime legal atual exige que as empresas e as famílias prestem garantias difíceis de obter, nomeadamente nos mercados financeiros e instituições bancárias», o Secretário de Estado acrescentou: «Isto causa grandes dificuldades as famílias e à tesouraria das empresas na regularização das suas dívidas».
PAGAMENTO TOTAL SEM JUROS OU ATÉ 150 PRESTAÇÕES «Através deste Programa, os contribuintes em situação de incumprimento poderão realizar, até ao final deste ano, o pagamento integral do valor em dívida com dispensa do pagamento de juros», referiu Fernando Rocha Andrade. Em alternativa, famílias e empresas podem «aderir a um plano de pagamento a prestações, com a duração máxima de 11 anos (150 prestações) sem exigência de prestação de garantia», disse ainda o Secretário de Estado. Este Programa tem como novidade o facto de ser dirigido a contribuintes que pretendam regularizar a sua situação, mesmo que não tenham capacidade financeira para solver as suas dívidas de uma só vez. «O regime agora aprovado visa criar condições para a viabilização económica das empresas que tenham dívidas ao Estado, tendo em vista o relançamento da economia portuguesa, a retoma do investimento e a criação de emprego», concluiu.
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BAU Special Solutions na Exposalão Batalha No final de outubro a BAU Special Solutions está na Exposalão – Centro de Exposições na Batalha, num conjunto de feiras dedicadas ao setor da Hotelaria, Restauração e Alimentação – Expocarne, BarHotel, Expoalimenta, Vending e CakeDesign. Este certame tem como objetivo apresentar aos participantes os ser-
viços, que inclui agora o novo ramo de negócio a BAU Water Engeneering. O stand encontra-se no Pavilhão 02 da Expocarne. No stand da BAU, os visitantes podem encontrar as soluções para o tratamento de águas residuais e industriais, assim como as soluções especiais para a reabilitação e reparação de estruturas.
BAU Special Solutions organiza conferência sobre Manutenção e Reabilitação de Obras Públicas A empresa BAU Special Solutions vai realizar a 1.ª Conferência em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar, com o tema “Manutenção e Reabilitação de Obras Públicas”. O evento terá lugar no dia 11 de novembro, pelas 14h00 no auditório do Instituto Politécnico de Tomar. A conferência oferecerá uma oportunidade de conhecer um pouco o que se pode fazer na área da reabilitação, pelo fato de haver necessidade de proceder à regeneração dos edifícios e a importância de criar condições favoráveis e apresentar soluções. O crescimento da construção nova, tem sido o maior facilitador do processo de renovação, pelo que se deve reestruturar para crescer. Os oradores incluídos no programa de evento são Jorge Fonseca, Tânia Lourenço e Marta Martinho, da empresa BAU Special Solutions e Maria de Lurdes Belgas, Docente do Mestrado em Reabilitação Urbana
do IPT. No final da sessão terá lugar um Workshop com a demonstração de injeções feitas numa parede de betão com fissuras. Os interessados em participar devem confirmar presença até 4 de novembro para o e-mail info@bauss.com ou fatima@bau-ss.com ou pelo contato telefónico 249 106 300.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Águas do Ribatejo vai concluir investimento de 130 milhões em 2017 Com investimentos de 130 milhões a concluir em 2017, a Águas do Ribatejo (AR) é hoje uma empresa intermunicipal com características únicas no país, apontada como um exemplo de boas práticas de gestão empresarial. Francisco Oliveira, presidente do Conselho de Administração das AR, falou com a Ribatejo Invest sobre os investimentos que estão a ser feitos na melhoria dos sistemas de abastecimento de água e saneamento.
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ormalmente constituída em 2007, a empresa AR – Águas do Ribatejo E.M. S.A., é uma empresa de capitais totalmente públicos responsável pela gestão dos sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento dos sete municípios que serve: Almeirim, Alpiarça, Benavente, Coruche, Chamusca, Salvaterra de Magos e Torres Novas, possuindo mais de 150 mil clientes. O modelo de gestão implementado é inovador, distinguindo-se por integrar apenas capitais públicos destes sete municípios e por assegurar a Gestão Integrada do Ciclo Urbano da Água: captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água para consumo humano e recolha, passando depois para o tratamento e rejeição de águas residuais tratadas. O Conselho de Administração é constituído pelos sete presidentes de Câmara que, apesar de não terem qualquer remuneração, assumem uma participação ativa e dinâmica na gestão da empresa. Apontado pela tutela como um exemplo de boas práticas, o modelo de gestão das AR está a servir de inspiração a outras empresas intermunicipais noutros pontos
Nos últimos 2 anos o grosso dos investimentos – cerca de 30 milhões, tem sido feito em Torres Novas. Atualmente, só em Torres Novas, estão investimentos em curso no valor de 12 milhões em obras de saneamento, mas há também obras em curso nos restantes concelhos.” 8
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do país, como explicou à Ribatejo Invest, Francisco Oliveira, presidente do Conselho de Administração da empresa e Presidente da Câmara Municipal de Coruche: “Temos sido consultados por outros presidentes de Câmara das Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, de Vila Real de Trás-os-Montes que querem perceber como é que fizemos este caminho, o que não é fácil”. O mais difícil, na sua opinião, é perceberem que este modelo só funciona se existir solidariedade e equilíbrio entre todos os municípios. Trabalha-se para que todos os municípios tenham o mesmo nível de infraestruturação e de qualidade de serviço, motivo pelo qual há municípios que neste momento estão a ser alvo de maiores investimentos, como é o caso de Torres Novas, o último município a aderir às AR. “Nos últimos 2 anos o grosso dos investimentos – cerca de 30 milhões, tem sido feito em Torres Novas. Atualmente, só em Torres Novas, estão investimentos em curso no valor de 12 milhões em obras de saneamento, mas há também obras em curso nos restantes concelhos”. Para os próximos cinco anos estão planeadas obras de ampliação dos sistemas e pequenas
obras de remodelação em alguns pontos, um investimento que deverá situar-se perto dos 30 milhões de euros. A verdade é que nos últimos sete anos foram investidos cerca de 120 milhões de euros na construção de novas infraestruturas e equipamentos de abastecimento de água e saneamento, obras que contribuíram para a melhoria dos sistemas. Neste período de tempo foram construídos mais de 200 equipamentos e mais de 600 quilómetros de redes de abastecimento e saneamento. Duplicou-se a capacidade de abastecimento de água assegurando reservas para 48 horas em quase todos os concelhos. Hoje, cerca de 95% da população destes sete concelhos é servida por água potável. Tudo, sem que as Câmaras tivessem que gastar um tostão, como explicou à Ribatejo Invest o presidente Francisco Oliveira que avança com o exemplo do seu próprio concelho: “O município de Coruche gastou zero com as Águas do Ribatejo e foram feitos investimentos naquele concelho do valor de 24 milhões”. Por outro lado, “também não há distribuição de dividendos, os municípios não gastam um tostão mas também não ganham nada. Os
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ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL
MISSÃO EMPRESARIAL A
MARROCOS C A S A B L A N C A 20 A 24 DE NOVEMBRO 2016 Sabia que: • Nos últimos anos, o número de empresas portuguesas a exportar para Marrocos quase que duplicou: • O número de empresas portuguesas instaladas em Marrocos passou de 45 em 2004 para cerca de 150 presentemente; • O país abrange uma área de 446.550 Km2 e tem cerca de 32,5 milhões de habitantes; • A sua capital administrativa é Rabat, mas Casablanca é a capital financeira, industrial e económica do país; • A língua oficial de Marrocos é o Árabe, sendo que para os negócios o Francês é o idioma mais falado; • Proximidade geográfica com Portugal e boas relações económico-políticas existentes.
inscrições e mais informações em:
http://exportribatejo2020.nersant.pt Organização:
Projeto cofinanciado por: UNIÃO EUROPEIA
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
O nosso objetivo primeiro, que está consagrado na nossa missão é prestar um serviço público de proximidade aos nossos munícipes, com tarifários o mais amigáveis possíveis, mantendo a sustentabilidade económica que nos permita evoluir e modernizar os nossos sistemas.” resultados são para reinvestir e melhorar a qualidade do serviço”. E como é que se consegue financiamento para todos estes investimentos? “O que nós fizemos foi ter uma perspetiva de captação de fundos comunitários para alavancar estas grandes obras. Ao longo deste período conseguimos captar tudo quanto eram Fundos Comunitários e conseguimos uma notação de muito bom”, explica o presidente. Foi tal o nível de eficácia alcançado nas candidaturas anteriores que, neste último quadro comunitário a AR foi convidada pela entidade gestora a apresentar candidaturas, graças ao elevado nível de execução das candidaturas anteriores. Para além dos fundos comunitários, a AR recorre também a empréstimos bancários e a capitais próprios para garantir a componente nacional. Para breve está também previsto um reforço do capital social da empresa. Uma vez que os municípios prescindiram da distribuição dos dividendos, os resultados acumulados ao longo dos últimos anos serão canalizados para o reforço do capital social da empresa, um valor que deve ultrapassar os 2 milhões de euros. O objetivo é manter a empresa sustentável, com condições para poder continuar a investir. Melhorar a qualidade do serviço prestado aos munícipes destes concelhos sem aumentar o tarifário tem sido uma das preocupações da empresa. “O nosso objetivo primeiro, que está consagrado na nossa missão é prestar um serviço público de proximidade aos nossos munícipes, com tarifários o mais amigáveis possíveis, mantendo a sustentabilidade económica que nos permita evoluir e modernizar os nossos sistemas”.
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Para já, acentua Francisco Oliveira, “o bom desempenho e uma boa gestão de tesouraria possibilitou que os tarifários se mantivessem inalterados nos últimos dois anos, situação que se manterá em 2017. Importa ainda destacar que a AR possibilita aos agregados familiares com rendimentos baixos usufruírem de uma tarifa social. Existe também um tarifário para famílias numerosas que abrange agregados com cinco ou mais elementos. Na última Assembleia Geral da empresa, foi ainda debatida uma alteração aos estatutos da empresa, que visa bloquear a entrada de investidores privados na estrutura acionista da AR. Francisco Oliveira considera que a preocupação social que esta empresa deve ter com os munícipes não é compatível com os objetivos de lucro de uma empresa privada. E justifica: “Se numa primeira fase, poderia ser vantajosa a entrada de um privado, neste momento com o nível de qualificação e conhecimento que os nossos 170 colaboradores já têm, a entrada de privados não traria nenhuma mais-valia ao funcionamento do sistema”. A entrada de novos municípios para as AR tem sido uma questão muito debatida
ultimamente. O presidente do Conselho de Administração confirma que têm existido contactos com vários municípios, como Alcanena, Santarém e Golegã, município com quem as “negociações” estão numa fase mais conclusiva, aguardando-se apenas a aprovação da ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos.
INVESTIMENTOS PREVISTOS DE 130 MILHÕES Até 2017, a AR definiu um ambicioso plano de investimentos para concretizar no valor de 130 milhões de euros. Se alargarmos o horizonte temporal para os próximos 40 anos, este valor sobre para 437 milhões de euros. De entre as várias obras já concretizadas destacam-se: a construção de 46 captações de água e remodelação de outras 9; a construção de 67 reservatórios e a reabilitação de 25; a construção de 30 estações elevatórias e de 18 estações de tratamento de águas, a construção de 200 quilómetros de novas adutoras, a construção e reabilitação de 300 quilómetros de rede. No saneamento de águas residuais,
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL foram concluídas 29 ETARS e remodeladas 16. Há 25 novas estações elevatórias e 17 foram reabilitadas. A AR concluiu 79 quilómetros de emissários e de 339 quilómetros de novos coletores nos sete concelhos. De notar, que com as infraestruturas que foram construídas nos últimos anos, em 2017, a taxa de saneamento básico subirá para os 80%. “Temos cerca de 50 novas ETAR equipadas com os mais modernos sistemas e acautelando a redução dos consumos de energia, procurando aproveitar ao máximo as intervenções da natureza nos processos de tratamento. Garantimos que a água que devolvemos ao rio para manter vivo o ciclo da água vai devidamente tratada como atestam as análises realizadas e os indicadores divulgados pela Entidade Reguladora”, afirma Moura de Campos, Administrador Executivo das AR.
INVESTIMENTOS BENEFICIAM ECONOMIA REGIONAL De acordo legislação em vigor, todos as obras lançadas pelas AR obedecem às regras da Contratação Pública, o que significa que pode ser uma empresa de qualquer ponto do país a ganhar a obra a concurso. No entanto, Moura de Campos, considera que a economia da região tem beneficiado bastante com todos estes investimentos. “As empresas da região são bastante competitivas e têm beneficiado bastante. Estes concursos que adjudicámos recentemente no valor de 12 milhões de euros foram ganhos por empresas da região ou por empresas que estão cá há
As empresas da região são bastante competitivas e têm beneficiado bastante. Estes concursos que adjudicámos recentemente no valor de 12 milhões de euros foram ganhos por empresas da região ou por empresas que estão cá há bastante tempo. Mesmo quando existe subcontratação, toda a economia mexe e isso tem um grande impacto local e regional em várias áreas de negócio.” 12
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bastante tempo. Mesmo quando existe subcontratação, toda a economia mexe e isso tem um grande impacto local e regional em várias áreas de negócio”. Moura de Campos elege como um dos objetivos para os próximos anos a redução das perdas de água, ou seja a redução da quantidade de água que sai do sistema e que não é faturada. As perdas não resultam apenas de debilidades na rede, que vão sendo eliminadas com novas infraestruturas mas também de furtos de água que obrigaram a um reforço da fiscalização e à responsabilização dos infratores. Em 2009, estas perdas situavam-se nos 54%, o que significa que mais de metade da água que era tratada, e depois utilizada, não era faturada. Hoje, com um maior controlo, esse valor foi já reduzido para os 35% sendo que o objetivo para 2020 é baixar para os 20%. Nestes sete anos, foram colocados mais de 1200 contadores em locais públicos e foram substituídos 42 mil contadores domésticos, comerciais ou industriais. Francisco Oliveira considera que a AR conseguiu conquistar a confiança dos 75.000 clientes e 150.000 consumidores porque “se verificou uma efetiva melhoria
da qualidade do serviço num curto espaço de tempo”. E acrescenta: “Se por um imponderável qualquer esta responsabilidade tivesse de passar novamente para os municípios nós não tínhamos capacidade para absorver as responsabilidades, tal foi a evolução técnica e tecnológica que este serviço sofreu e que foi transversal a todos os municípios que integram a AR”. A comprovar a satisfação dos consumidores, estão o número de reclamações que tem vindo sistematicamente a baixar, de ano para ano. Ainda sim, sublinha o administrador executivo, Moura de Campos, com 8 lojas de atendimento abertas e com a proximidade dos autarcas junto dos consumidores seria fácil o número de reclamações ser maior. “Possivelmente, se tivéssemos uma perspetiva empresarial que é seguida pelas grandes empresas, fecharíamos as lojas e abríamos um call center, de forma a dissuadir a reclamação”. Atualmente, e cumprindo os prazos fixados na lei, as AR respondem a 99% das reclamações, num prazo médio de 13 dias, sendo que neste período normalmente o problema que originou a reclamação já foi resolvido.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Agromais investe no Alentejo A empresa Plus Alqueva, participada pela Agromais, inaugurou no dia 23 de setembro as suas novas instalações de comercialização de fatores de produção para a agricultura, em Ervidel, no Alentejo. Este evento, onde estiveram reunidos mais de 150 agricultores e parceiros, contou com a participação de algumas das mais ilustres figuras do setor e da região, como o Presidente da Câmara de Aljustrel e o Diretor Regional de Agricultura do Alentejo. Estas novas instalações correspondem a um investimento significativo e serão um importante contributo para o crescimento do universo Agromais, demonstrando ambição para consolidar a presença da empresa na região. “Trata-se de uma instalação fulcral para o desenvolvimento do negócio dos fatores de produção no Baixo Alentejo, promovendo uma presença local neste mercado” afirma o presidente do Conselho de Administração da Plus Alqueva, Luís Vasconcellos e Souza. De realçar
que, na região do Alqueva, a Agromais e as suas participadas tem vindo a realizar um conjunto de investimentos, que ascendem a cerca de 10 milhões de euros, realizados entre 2013 e 2016. De referir que a Agromais - Entreposto Comercial Agrícola nasceu em 1987, na
região agrícola do Norte do Vale do Tejo. Hoje é a maior organização portuguesa de agricultores no setor da comercialização de cereais e hortícolas, com um volume de negócios anual consolidado na ordem dos 41 milhões de euros e com uma área de produção de cerca de 10.000 hectares.
Agromais e Agrotejo organizam ações de restolho Durante o mês de setembro, a Agromais e a Agrotejo organizaram diversas ações de restolho. Tratam-se de ações solidárias que têm como objetivo recolher os produtos que por falta de valorização comercial, calibre inadequado ou defeitos ligeiros, são obrigados a deixar na terra e apanhados em segunda colheita. Setembro é mês de colheitas e como tal, também as ações de restolho se multiplicaram pela região. 18 diretores da Direção Regional de Agricultura do Ribatejo e Oeste deram o exemplo e estiveram no dia 30 na região a participar numa ação de restolho, em campo de nabo cedido pelo produtor Hortícolas Casal da Avó, Lda.. Esta colheita foi entregue aos Bancos Alimentares de Abrantes e da Golegã, totalizando 1322 kg. Dia 24 de setembro, foi a vez de 80 bravos voluntários do Colégio Militar, entre pais, alunos e professores, darem a o seu contributo a esta ação. A colheita decorreu na Quinta da Labruja e foi entregue ao Banco Alimentar de Abrantes. No dia 20 de setembro, teve lugar mais uma ação de restolho, deste vez com voluntários da consultora KPMG. Desta vez a colheita foi de melão e teve lugar em Vale de Cavalos, concelho da
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Chamusca, em terrenos cedidos pela Casa Agrícola Fidalgo. A colheita, que foi distribuída pelo Banco Alimentar de Abrantes, Santarém e Golegã, totalizou 9450 kg, a maior colheita efetuada até hoje. A Agroglobal, o maior evento profissional agrícola nacional, foi desafiada a efetuar uma ação de restolho nos campos experimentais existentes na feira. A ação realizou-se no dia 9 de setembro, pelas 10h30, envolvendo cerca de 100 voluntários (expositores e visitantes da Agroglobal). Esta grande ação de Restolho de batata realizou-se no campo de Valada e a colheita reverteu a favor do Banco Alimentar de Santarém. No dia 7 de setembro, cerca de 250 alunos da Universidade Católica de Lisboa,
que iniciaram este mês os seus cursos em economia e gestão, realizaram uma ação de restolho de batata nos campos da Golegã. Esta ação, em alternativa à praxe tradicional. A batata colhida foi entregue no Banco Alimentar de Abrantes. De referir que o projeto Restolho (www.restolho.org) que decorre sob o mote “uma segunda colheita para que nada se perca”, lançado no ano 2013, pela Agromais e Agrotejo, em parceria com a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBACF) e a ENTRAJUDA, tem como objetivo recolher os produtos que por falta de valorização comercial, calibre inadequado ou defeitos ligeiros, são obrigados a deixar na terra.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Ana Coelho e os colaboradores contratados ao abrigo do Passaporte Emprego 3i
Diamantino Coelho e Filho, S.A. aposta na empregabilidade jovem A contratação de trabalhadores com formação adequada tem sido um dos desafios de grande parte das empresas de todo o país. A Diamantino Coelho e Filho, S.A., empresa do setor agropecuário e agroindustrial situada em Tomar, não é exceção. A empresa acredita que só com trabalhadores qualificados se pode chegar ao sucesso e ao crescimento que tanto buscam. Aderiu, por esse motivo, à medida Passaportes Emprego 3i, estando um dos três estagiários integrados na altura, já a chefiar uma nova fábrica entretanto inaugurada.
A
necessidade real de trabalhadores qualificados levou a empresa a procurar colaboradores junto do Centro de Emprego e até junto de Instituições de Ensino. A Diamantino Coelho e Filho S.A conheceu a medida Passaportes Emprego 3i, medida de apoio à empregabilidade criada pelo Governo e dinamizada na
As empresas que realizaram contratos sem termo com os estagiários que acolheram ao abrigo dos Passaportes Emprego 3i, até 30 dias após o terminus do estágio, tiveram direito a um prémio de integração equivalente a seis vezes a bolsa atribuída ao estagiário.
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região pela NERSANT, e decidiu aderir. “A medida e os seus benefícios foram bastante importantes para a empresa, não só devido à componente económica, mas também devido à facilidade de recrutar recursos humanos mais ajustado às nossas necessidades”, fez saber Ana Coelho, VicePresidente do Conselho de Administração da DCF, acrescentando ainda que o facto de a medida prever estágios de 1 ano “é uma ajuda grande para as empresas, e uma garantia para os estagiários que são direcionados de acordo com as suas habilitações e capacidades tendo a mais-valia que durante um ano têm oportunidade de aprender e de se adaptar à realidade no mercado de trabalho com estabilidade e segurança e com boas perspetivas de empregabilidade. Esta medida favorece não só quem pretende contratar mas também contribui
para que os jovens tenham um acesso mais rápido e facilitado à vida ativa, uma vez que são encaminhados segundo as suas qualificações e pretensões ”. A medida Passaportes Emprego 3i teve como objetivo complementar e desenvolver as competências dos jovens que procuram um primeiro ou um novo emprego, de forma a melhorar o seu perfil de empregabilidade e apoiar a transição entre o sistema de qualificações e o mercado de trabalho, promover o conhecimento sobre novas formações e competências junto dos empregadores e a criação de emprego em novas áreas, e fomentar o desenvolvimento de recursos humanos
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nas respetivas áreas de abrangência. Relativamente à Diamantino Coelho e Filho S.A., a empresa beneficiou da medida Passaportes Emprego 3i integrando três estagiários, tendo celebrado com os mesmos contrato sem termo no dia imediatamente a seguir à conclusão do estágio de 12 meses que cada um deles efetuou. Bruno Riachos e Marta Faria, com 25 e 27 anos respetivamente, foram os primeiros dois estagiários a integrar a empresa. Com formação na área da gestão – Bruno tem uma licenciatura em Gestão de Empresas pelo ISCTE e Marta o equivalente ao antigo bacharelato do mesmo curso do Instituto Politécnico de Leiria – os estagiários foram enquadrados em áreas distintas da empresa. O Bruno, adiantou Ana Coelho à Revista Ribatejo Invest, foi colocado na área das encomendas, dando também apoio à logística e à área da contabilidade da empresa. A Marta está no apoio aos stocks e nas compras, completou ainda a Vice-Presidente do Conselho de Administração da Diamantino Coelho e Filho.
“No âmbito das medidas Passaportes Emprego 3i, é criado um conceito de estágio, dirigido a jovens desempregados, inscritos nos Centros de Emprego, com diversos graus de ensino e de qualificações, visando proporcionar a integração num posto de trabalho, em áreas da economia consideradas cruciais para o desenvolvimento, esperando desta forma desenvolver o capital humano das empresas.”
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Empresa investiu recentemente em nova fábrica A DCF, pioneira nas misturas naturais para animais, construiu a sua primeira fábrica em 1998, tendo obtido a certificação de qualidade, ISO 9001 em 2003, reforçando a sua posição no mercado e o reconhecimento da marca. Em 2015, a DCF inaugurou a unidade industrial de transformação de forragens, a primeira em Portugal. A nova unidade industrial dedicase à desidratação e transformação de forragens para produção de alimentos concentrados. As forragens são selecionadas consoante o seu valor nutricional, desidratadas em estufas e posteriormente granuladas. Os pellets produzidos encontram-se disponíveis em vários granulometrias, consoante a sua finalidade. Dentro das várias granulometrias destacam-se os tacos para alimentação do gado em regime extensivo. Foi exatamente durante o processo de investimento nesta nova fábrica, que a empresa sentiu necessidade de contratar alguém com conhecimentos de automação. Nuno Martins chegou à empresa vindo de um curso intermédio de Automação do Instituto Politécnico de Tomar e foi integrado nas instalações mais antigas da fábrica, a fim de se inteirar de todos os procedimentos. “Pretendíamos ter alguém que acompanhasse desde o início o processo de implementação das máquinas para conhecer o seu mecanismo e o desempenho dos vários equipamentos em todo o processo de produção industrial desta nova fábrica”, revelou Ana Coelho, acrescentando que foi exa-
tamente a esse “enorme desafio”, que Nuno Martins veio responder. Neste momento, continuou a empresária, “o Nuno é responsável pela nova fábrica e dirige uma pequena equipa de trabalhadores”. O balanço dos Passaportes Emprego 3i não poderia ser melhor. “Qualquer um dos colaboradores são pessoas responsáveis, muito sociáveis, corretas, com uma atitude profissional e trabalhadores. Todos têm bom caráter, boa personalidade e sabem o quanto é fundamental o trabalho em equipa e é isso que também faz um bom profissional”, garantiu Ana Coelho, acrescentando que “é pena” atualmente não haver nenhuma medida de apoio semelhante aos Passaportes Emprego 3i. Daqui por diante, revelou ainda a empresária, “esperamos que a empresa cresça e que os agora colaboradores também possam crescer com ela”.
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Governo viabiliza investimento de 36 milhões da Renova A Ribatejo Invest noticiou na primeira edição desta publicação, a intenção de investimento de 36 milhões de euros por parte da Renova S.A.., na região de Torres Novas, onde se encontra sediada. 1 ano depois, há luz verde por parte do Governo para a este investimento da empresa ribatejana. O investimento foi celebrado pelo Governo e a AICEP com a Renova, segundo o despacho publicado no dia 10 de Outubro, em Diário da República. A marca de produtos de grande consumo adianta que nova linha representará “um investimento tecnologicamente inovador que permitirá à Renova aumentar a sua capacidade de produção. Com este investimento, a empresa espera aumentar o volume de negócios para 143,7 milhões de euros em 2021, com as exportações a crescerem para 60,1 milhões”. No total são 36,3 milhões de euros para comprar uma nova máquina de papel com capacidade para produzir 32 mil toneladas por ano, bem como para a construção do edifício destinado à sua instalação. Quanto a postos de trabalho, vão ser contratados cinco colaboradores altamente qualificados para além da requalificação de três postos de trabalho já existentes. “A nova máquina de papel permite a utilização, pela primeira vez a nível nacional e europeu, de um novo processo de produção de papel tissue, que não só é
Fundada em 1939, a Renova é uma marca europeia de produtos de grande consumo presente em mais de 60 países. Redefinindo os valores do papel tissue, é uma marca que acredita no valor da experiência e privilegia a relação com o consumidor. Entre outros, fabrica e comercializa gamas inovadoras de papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha ou lenços de papel, oferecendo à sociedade produtos e experiências que a ajude a adotar um estilo de vida tão sustentável quanto diferenciador.
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mais eficiente como proporciona assinaláveis vantagens em termos de qualidade e de economia de matérias-primas e de energia”, pode-se ler no documento assinado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral. A marca ribatejana vai assim conseguir com este processo produtivo “obter um produto com espessura e capacidade de absorção de água superior aos produtos fabricados com recurso à tecnologia convencional, assim como a introdução de novos produtos premium”. Com este aumento de produção, a Renova vai instalar em França “uma unidade de transformação de papel tissue com forte potencial de expansão futura e uma capacidade adequada ao volume de vendas nos mercados da Bélgica, da França, do Luxemburgo e dos Países Baixos, que ronda as oito mil toneladas por ano, o equivalente a 10% das vendas totais do grupo”. Estes investimentos vão permitir à Renova “centralizar em Portugal a sua produção de papel em bobine, reduzindo o preço de transporte, reforçar o seu posicionamento diferenciado e único e aumentar a sua dimensão face às grandes empresas existentes no setor a nível mundial”. A Renova salienta que este investimento “dá continuidade ao plano de expansão
industrial da empresa portuguesa que recentemente também anunciou a instalação de uma nova fábrica em França”. Com duas fábricas em Portugal e escritórios nos mercado português, espanhol, francês e belga, a marca, que produz papel higiénico, “pretende flexibilizar a sua capacidade de resposta nos mercados centro e norte da Europa e incrementar a sua presença noutros continentes, nomeadamente na América do Norte”. Paulo Pereira da Silva, Presidente Executivo da Renova, anunciou ainda em comunicado que “este investimento é consequência da forte aposta na inovação e competitividade”. A inovação tecnológica “é um fator essencial para o nosso desenvolvimento internacional”, concluiu. A Renova S.A. é uma empresa com capital 100 por cento português e 100 por cento privado. Tem um volume de negócios na ordem dos 140 milhões de euros e emprega 580 trabalhadores.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Novo Centro Nacional de Competências para as Culturas do Milho e do Sorgo em Coruche A assinatura do protocolo de constituição e funcionamento do InovMilho, novo Centro Nacional de Competências das Culturas do Milho e Sorgo realizou-se no dia 28 de setembro, na Estação Experimental António Teixeira, numa parceria entre a ANPROMIS (Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo), o INIAV I.P. (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária) e a Câmara Municipal de Coruche, com a presença do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos. Este será um novo espaço de investigação, de pesquisa, que irá unir todos os atores desta fileira numa estratégia comum de produção de conhecimento aplicado a estas duas culturas em particular. O objetivo do InovMilho é a “elaboração de uma agenda de investigação para as culturas do milho e sorgo que sirva de orientação às políticas públicas e a promoção da competitividade desta fileira através do uso racional e mais eficiente dos fatores de produção. O InovMilho contribuirá também para a avaliação dos parâmetros qualitativos e de rendimento industrial do milho nacional e apoiará os agricultores na seleção de variedades mais aptas à alimentação do efetivo leiteiro nacional. O Centro dará ainda o seu contributo ao incentivo de novas utilizações do milho e sorgo, nomeadamente na área da alimentação humana e na produção de materiais biodegradáveis. Ainda, cerca de 35 entidades parcei-
ras entre Universidades, Institutos Politécnicos, associações ligadas à fileira da produção e transformação do milho e do sorgo, irão colaborar com massa crítica em diversas iniciativas previstas nos objetivos concretos deste projeto. A cultura do milho ocupa no país uma área de cerca de 130 mil hectares e Coruche é o quarto concelho com maior área de cultivo de milho, ultrapassando os 4000ha. A assinatura deste protocolo decorreu
no âmbito de um Dia de Campo organizado pela ANPROMIS, onde decorre já o projeto de investigação aplicada Sanimilho, numa parceria com várias empresas que apresentaram no local a evolução dos ensaios já instalados. Note-se que este é o segundo centro de competências localizado no concelho, dado que o Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça criado em 2014 tem sede no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche.
Taxa de Gestão de Resíduos Município de Tomar assume aumento de 20% sem o repercutir nos consumidores O Município de Tomar, através dos Serviços Municipalizados, vai assumir o aumento de 20% no valor da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), sem o fazer repercutir nas faturas dos SMAS, isto é sem afetar os consumidores. Desde o mês de julho que a Resitejo aumentou a TGR, incidindo agora sobre 50% da quantidade de resíduos enviados para aterro, quando antes incidia sobre 30%, em virtude de nova legislação Europeia. O argumento daquela entidade é de que a situação se alterou este ano com o desvio para aterro de resíduos que antes
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seguiam para reciclagem. A TGR incide sobre as entidades responsáveis pelos serviços de gestão de resíduos, tendo por objetivo refletir nos produtores e utilizadores os custos administrativos de acompanhamento da atividade e incentivar a redução da produção de resíduos. Nos termos da Lei e conforme recomendação da ERSAR, esta taxa deve ser repercutida nas tarifas cobradas aos utilizadores finais dos serviços de recolha, transporte e tratamento de resíduos urbanos, devendo estes valores
estar devidamente desagregados nas faturas. O Município de Tomar, no entanto, decidiu suportar, para já, o encargo daí decorrente, e que orçará os 32 mil euros, libertando os munícipes desse aumento.
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Banco Local de Voluntariado de Constância estabelece protocolo com a Tupperware O Banco Local de Voluntariado, promovido pela Câmara Municipal de Constância, que se assume como uma estrutura de âmbito concelhio facilitadora da participação cívica, estabeleceu, recentemente, um protocolo de colaboração com a Tupperware, enquanto entidade referenciadora. Do protocolo estabelecido, foram acolhidos em setembro três colaboradores da referida empresa, que foram integrados em áreas de voluntariado com intervenção direta junto de alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo do concelho. Os colaboradores da Tupperware foram acolhidos na Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, com participação na atividade
“Ler aqui, ali e por aí”, com o objetivo de promover a leitura junto das crianças, no Pavilhão Desportivo Municipal, com principal incidência na atividade “A pé para a Escola”, que pretende fomentar a interação comunitária intergeracional, aquisição de competências sociais e interpessoais, contacto direto com o património natural e construído, bem como potenciar a destreza motora nas crianças a frequentar o 1º ciclo e ainda na Associação “Os Quatro Cantos do Cisne”, com a dinamização de ateliers de “Artes Marciais”, com o fim de favorecer a dimensão cognitiva, comportamental e social e motora, incutir princípios de disciplina, respeito e auto-
controlo e promover a prática de exercício regular junto das crianças beneficiárias do CATL.
Município de Santarém assina protocolo com Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana No âmbito do Programa “Reabilitar para Arrendar – Habitação Acessível”, foi assinado dia 28 de setembro, o protocolo de cooperação institucional entre a Câmara Municipal de Santarém e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Este programa tem por objetivo o financiamento de operações de edifícios com idade igual ou superior a 30 anos que, após a reabilitação, se destinem predominantemente a fim habitacional, devendo as suas frações destinar-se a arrendamento em regime de renda condicionada. Para além do município e no âmbito do mesmo programa, a Santa Casa da Misericórdia de Pernes também assinou o protocolo com o IHRU.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Há duas décadas no mercado
Gina Botequim Atelier abre mais uma loja em Almeirim Quando foi mãe, aos 18 anos, Virgínia Botequim nem um botão sabia coser. Foi nessa altura que decidiu aventurar-se nas artes da costura, motivada para fazer algumas roupas para o seu bebé. Começaram por ser coisas muito simples, mas logo muito elogiadas, primeiro pela família, e depois pelos amigos e conhecidos.
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ntre as primeiras aulas de costura na máquina da avó até à abertura de um pequeno atelier passaram-se apenas alguns anos. O talento e a facilidade com que Virgínia foi aprendendo os segredos da costura não tardaram a dar os primeiros frutos e a conquistar clientes para os seus trabalhos. Foi em Santarém que Virgínia Botequim, mais conhecida por Gina Botequim, começou o seu negócio, juntamente com uma sócia. Começaram por dedicar-se à confeção de toiletes de senhora (para ven-
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da direta e revenda nas lojas da cidade) e ainda ao vestuário para danças de salão. Com o crescimento do negócio, mudaram-se então para um outro edifício, na zona de S. Domingos, onde instalaram o atelier e abriram a primeira loja. Pouco a pouco, e com a evolução do setor, as toiletes de senhora foram sendo substituídas pela confeção de outros produtos como edredons, almofadas, cortinados. Nessa altura, o negócio estendeu-se também à venda de pequenos móveis e objetos de decoração. Duas décadas depois, o nome Gina Botequim é já uma referência neste setor. A empresa, de cariz familiar, dedica-se à decoração de habitações, espaços públicos, comerciais e de eventos, tanto em espaço interiores como exteriores. Os serviços oferecidos são abrangentes e vão desde a confeção têxtil, estofo e qualquer tipo de mobiliário (inclusivamente por medida) a carpetes, todo o tipo de candeeiros em cristal, inox, ferro forjado e outros, abajures, papel de parede, entre outros. Gina Botequim - Atelier realiza ainda outro tipo de serviços como pequenas obras de remodelação ou melhoramentos, executando todas as obras necessárias e elaborando projetos em 3D. A decoração de jardins, principalmente
de jardins interiores, tem sido também um serviço muito requisitado pelos clientes. Para melhor responder às solicitações dos clientes, Gina Botequim - Atelier estabeleceu parcerias com os melhores fabricantes nacionais e é representante de conceituadas marcas nacionais e internacionais, de tecido, papel de parede, estofo, mobiliário, tapeçaria e objetos de decoração. A aposta num trabalho personalizado, que procura ir ao encontro dos gostos e necessidades dos clientes parece ser o segredo do sucesso desta empresa, como conta à Ribatejo Invest Gina Botequim: “para além do artigo de design próprio e por nós produzido, trabalhamos com as melhores marcas nacionais e internacionais, acompanhando todas as tendências e inovações. Prestamos aconselhamento e procedemos à montagem completa dos artigos. Temos casos de clientes que conhecem o nosso trabalho, que confiam e optam por um serviço de chave na mão onde deixam tudo ao nosso critério, ou escolhem apenas uma ou outra peça e a partir daí fazemos toda a decoração”. A proximidade com o cliente é, na opinião da empresária, o que diferencia Gina Botequim - Atelier. “Quando começamos um projeto, visitamos o espaço
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físico para melhor podermos aconselhar e elaborar uma proposta para o cliente. Posteriormente, procedemos à montagem e aplicação dos artigos e verificamos todo o enquadramento, colocando a peça certa no lugar certo. Isso é o mais importante. Muitas vezes há adaptações na hora da montagem, porque para nós o mais importante é a satisfação do cliente, a decoração deve ficar harmoniosa mas, essencialmente, refletir a sua personalidade e necessidade”, explica. “Cada projeto é encarado como um novo desafio, uma vez que cada cliente é único e tem a sua própria identidade. Não há dois projetos iguais. Conciliar tudo isso é um desafio constante, mas é muito gratificante verificar a satisfação do cliente com o trabalho final”, adianta. A disponibilidade para o cliente é permanente, sem horas e dias marcados. “Sempre que é necessário vamos à casa do cliente, ou recebemo-los nas nossas lojas ou no showroom”. Ao longo dos anos a empresa tem tido um crescimento contínuo e conta já com seis colaboradores. Para além do showroom situado em Achete, freguesia de Santarém, Gina Botequim - Atelier conta já com duas lojas, uma em Santarém, e outra em Almeirim, que abriu recentemente. A opção por Almeirim resultou do facto de possuir bons acessos, o que permite chegar rapidamente aos clientes, mas também levá-los a visitar o showroom da empresa, sem necessidade de efetuar grandes deslocações. Questionada sobre a possibilidade de virem a abrir novas lojas, Gina Botequim não descarta essa hipótese que “dependerá sempre da conjuntura e do objetivo em cada momento”. Outro dos projetos já em desenvolvimento passa pela dinamização da loja on-line, com o objetivo de atingirmos um maior número de clientes. “Encontramonos ainda num projeto de internacionalização onde já surgiram algumas oportunidades”, contou à Ribatejo Invest.
ENTREVISTA
Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior
“Tudo faremos para potenciar a fixação de empresas e pessoas em Rio Maior” Rio Maior foi o primeiro concelho a nível nacional a ter uma Área de Localização Empresarial, conceito inovador de espaços de localização de empresas em termos de ordenamento, licenciamento e criação de dinâmicas interempresariais. A Ribatejo Invest esteve à conversa com a Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, e ficou a perceber que o Parque de Negócios continua a ser um dos desafios do Município, que quer atrair mais investimento para esta infraestrutura. Após vários anos de espera, Rio Maior tem a primeira Área de Localização Empresarial do país. Qual a importância desta infraestrutura para o concelho? A ALE de Rio Maior é de facto importante para o concelho. É um dos nossos vetores de desenvolvimento! Se a nossa preocupação é, por um lado, manter e apoiar os empresários do concelho, por outro é atrair e fixar novas empresas, novas áreas de negócio que sejam geradoras de riqueza e geradoras de emprego, nesta região. Cientes desta oportunidade de localização de empresas no concelho, o Parque de Negócios foi e é um investimento para o Município. Note-se que, embora o Parque seja gerido por uma empresa privada, a Depomor, o Município tem participação de 26,4% na mesma. O Parque de Negócios de Rio Maior inaugurou em 2008. 8 anos depois, qual é o ponto de situação? A ALE de Rio Maior conta já com uma área de infraestruturas de 19,76 hectares e
A ALE de Rio Maior conta já com uma área de infraestruturas de 19,76 hectares e com 21 lotes, prevendo o projeto mais três fases, sendo a área global de 65 hectares, onde serão construídos 76 lotes. Neste momento, 40% dos lotes estão vendidos.” 24
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Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior
com 21 lotes, prevendo o projeto mais três fases, sendo a área global de 65 hectares, onde serão construídos 76 lotes. Neste momento, 40% dos lotes estão vendidos. No total são 7 empresas já instaladas no Parque de Negócios. Um das empresas que aqui temos é a Carnes Nobre, que deslocalizou para estes terrenos a sua unidade de logística. Para além de facilitar a empresa na distribuição dos seus produtos, devido
às melhores acessibilidades que servem o Parque, a empresa pôde ainda, graças à deslocalização da unidade de logística, aumentar a unidade fabril no local onde está instalada. Temos também uma empresa de extrusão e armazenamento de alumínio, um investimento de 15 milhões de euros que criou cerca de 100 postos de trabalho, para além de várias outras já aqui a laborar.
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Neste momento, o Município tem também um pedido de licenciamento para uma empresa que pretende aqui instalar-se. Se apenas 40% dos lotes do Parque de Negócios de Rio Maior está vendido, significa que existem ainda muitos espaços disponíveis para receber empresas. O que está a ser feito esse sentido? Como disse, esta ALE é gerida por uma empresa, sendo que o Município apenas está representado no Conselho de Administração sem funções executivas. O que podemos fazer no momento é muito pouco. Sabemos que nos últimos anos a crise veio condicionar o investimento empresarial, mas também sabemos que este Parque de Negócios tem potencialidades para ser mais e melhor para as empresas. Por este motivo, terá de haver uma grande reflexão em torno do mesmo e da sua divulgação, para que se consiga trazer mais investimento para o concelho de Rio Maior. Não acha que o Município deveria ter um papel mais forte na divulgação da ALE? Sem dúvida. Todo este trabalho está a ser repensado. É nisto que estamos a trabalhar no presente para que se possa melhorar o Parque de Negócios no futuro. Tudo faremos para potenciar a fixação de empresas e pessoas em Rio Maior. Falámos da ALE, mas não nos podemos também esquecer da “velhinha” zona industrial… A Câmara Municipal apenas dispõe de dois ou três terrenos na zona industrial. É também devido a esta ausência de resposta que a dinamização e promoção do Parque de Negócios assume especial e cada vez maior importância. A ALE é de facto a nossa oferta para fixar empresas no concelho. Falou há pouco na Carnes Nobre. A agroindústria é o principal setor económico do concelho de Rio Maior? Como caracterizaria a economia? A agroindústria foi sempre uma área muito forte do nosso concelho e continua ainda a sê-lo, não só pela indústria Carnes Nobre, empresa muito antiga da nossa região e sobejamente conhecida, mas também pela panificação, que tem vindo a crescer. De facto, embora a Nobre continue a ser o principal empregador do concelho, se tivermos em linha de conta o número de postos de trabalho criados, o setor da panificação é o que mais emprega neste
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momento. Outro setor de atividade de referência de Rio Maior é a metalomecânica. A metalomecânica continua a ser um dos nossos pontos fortes, obviamente de uma forma mais mecanizada, com menos postos de trabalho, mas que continua a ter uma grande dinâmica e uma grande inovação. Como é que se atrai investimento para este território? Em Rio Maior conseguimos, seguramente, praticar valores diferentes dos que se praticam nas grandes cidades, como Lisboa por exemplo. Estamos localizados num eixo entre Santarém, Caldas da Rainha e Leiria e, de facto, abundam vias de comunicação. A nossa localização geográfica coloca-nos numa situação privilegiada. Temos ainda outras vantagens: a segurança da nossa cidade, por exemplo. Há empresários a querer investir? Sim, temos conhecimento de alguns projetos empresariais que aqui se querem instalar. Tivemos um contacto recente de uma empresa na área das rações e temos verificado que a área do turismo está em grande expansão. Aliás, recentemente fizemos uma apresentação daquilo que
Em 2013 criámos o CNIRM – Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, para responder às necessidades de apoio ao empreendedorismo e onde estão já 30 empresas incubadas.”
queremos que venha a ser o nosso plano estratégico na área do turismo e verificámos que existem várias pessoas a querer investir nesta área. No âmbito deste plano estratégico, que papel assumem as salinas? As salinas, como sabemos, são o nosso ex-libris, mas efetivamente pouco se tem trabalhado e pouco se tem evoluído. Acaba por ser um património natural que é muito visitado durante o período do verão, mas que temos necessariamente de valorizar. O nosso problema maior é que os terrenos onde estão as salinas são de privados, e não é fácil explicar aos proprietários que é do interesse público que aquele território seja valorizado…. Neste momento já delimitámos a área de intervenção de um plano de pormenor e salvaguarda das salinas, que até então não existia, e que vai obrigar a que a recuperação daquele espaço tenha de ser feito dentro de determinados critérios e determinados materiais para não descaracterizar o espaço. Outro dos nossos objetivos para as salinas é certificar o sal, para que a sua venda possa ser feita em segurança. Para além disso pretendemos, com o envolvimento de toda a comunidade e do Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros onde está inserido, criar um conjunto de vias alternativas para que o trânsito se possa fazer de uma forma mais fluída e tranquila, e com estacionamentos oficializados, inexistentes neste momento. Toda aquela região tem de ser ordenada. Este plano de pormenor está numa fase inicial e irá para consulta pública, para que possa haver a colaboração de todos os intervenientes, nomeadamente do Parque Natural, do IGESPAR, dos próprios comerciantes que ali estão ins-
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ENTREVISTA
“Rio Maior tem três vetores de desenvolvimento: o desporto, o ensino e o empreendedorismo, e por sua vez, a atração empresarial e o apoio ao empresário. ” talados e dos proprietários. Espero que a curto prazo possamos ter as salinas mais valorizadas. Ainda no âmbito do turismo, pretendemos dar visibilidade a outros pontos turísticos do nosso concelho, em particular na freguesia de Alcobertas, que dispõe de um património religioso, romano e medieval muito interessante. Iremos, no âmbito do PEDU, valorizar, por exemplo, a vila romana. Queremos ainda valorizar o rio Maior, que dá nome à cidade e ao concelho. Pretendemos valorizar e requalificar toda a zona do rio Maior e aproximá-la das pessoas. Sabemos que o apoio ao empreendedorismo é também uma das vossas prioridades… Rio Maior tem três vetores de desenvolvimento: o desporto, o ensino e o empreendedorismo, e por sua vez, a atração empresarial e o apoio ao empresário. Entendemos hoje que o Município e o Presidente da Câmara tem de ter um papel mais interventivo na área social, onde a parte empresarial e o emprego assumem alguma importância. Hoje a relação do
concelho com as empresas que cá estão instaladas e com aquelas que se procuram cá fixar é uma preocupação para nós. Por este motivo, temos feito, ao longo dos tempos, esse trabalho de criar condições às empresas. Temos tentado ser uma entidade facilitadora perante as entidades a quem está conferido o licenciamento de empresas, por exemplo. Paralelamente, centramo-nos também no apoio ao empreendedor. Em 2013 criámos o CNIRM – Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior, para responder às necessidades de apoio ao empreendedorismo e aos empresários. Contámos desde a primeira hora com um conjunto de parceiros devidamente protocolados, onde se inclui a NERSANT, com quem temos uma relação especial. Esta parceria foi renovada em outubro de 2014, com a assinatura de um protocolo para a dinamização conjunta do CNIRM. Neste momento temos incubadas 30 empresas (física e virtualmente) e podemos afirmar com orgulho que o Centro de Negócios realizou desde o início do ano,
400 atendimentos entre empreendedores que querem começar o seu próprio negócio e empresas já estabelecidas no mercado que pretendem, através da inovação, da criação da marca, ou mesmo de um novo produto, relançar o seu negócio. Todo esse trabalho tem sido apoiado, e quando não temos condições para apoiar, recorremos aos nossos parceiros ou outras entidades externas. Rio Maior é a cidade do desporto. Qual a importância deste setor dentro daquilo que é a economia deste concelho? Para Rio Maior o desporto é também um negócio. Através da Desmor, atraímos clientes de todo o mundo para o nosso complexo desportivo, graças à qualidade das instalações. Existe um esforço de promoção internacional do complexo que tem sido um enorme sucesso, onde se preparou para os Jogos Olímpicos grande parte da representação da Suécia e onde esteve em preparação o Triatlo do Brasil desde 2011. Para além disso, temos firmadas sinergias com a Escola Superior de Desporto, que já permitiram a criação de algumas startups na área do desporto no Centro de Negócios e a fixação na cidade dos alunos formados pela mesma. A Desmor tem um modelo de gestão inovador. Quer explicá-lo? A Desmor, S.A.. é uma empresa pública municipal criada pela Câmara Municipal de Rio Maior com objetivos definidos na promoção e gestão do fenómeno desportivo em Rio Maior. A seu cargo está a gestão, manutenção e conservação de todo o Complexo Desportivo de Rio Maior. Esta empresa municipal, com sede no Centro de Estágios e Formação Desportiva, exerce a sua atividade desde 1999 e conta atualmente com cerca de 80 colaboradores, sendo
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gerida por um Conselho de Administração nomeado pelo Município. O Complexo Desportivo de Rio Maior incorpora ainda um Centro de Preparação Olímpica, em parceria como o Comité Olímpico de Portugal, o único no país destinado a acompanhar as federações olímpicas portuguesas e ACOLOP. O Centro de Alto Rendimento de Rio Maior - Natação funciona em parceria com o Instituto do Desporto de Portugal, IP e a Federação Portuguesa de Natação, criando-se um conjunto de equipamentos e valências de suporte à preparação dos atletas das Seleções Nacionais Portuguesas de Natação. O Complexo Desportivo de Rio Maior é o Centro de Treinos da Federação Portuguesa de Futebol. A Desmor tem três tipos de clientes e, logo, tem três tabelas diferentes. O cliente local (os nossos clubes, o nosso movimento associativo); o cidadão rio-maiorense; e os clubes e atletas nacionais e internacionais. E nós procuramos que as instalações e a forma como nós apoiamos os nossos clubes locais, sejam em função do número de atletas que cada clube ou que cada associação tem, em função dos escalões e em função dos resultados que obtiveram na época anterior. Isto é o contrato programa que temos com o movimento associativo. A Desmor efetua a contabilização da utilização das infraestruturas e comunica-as à Câmara, que, sendo a responsável pela definição da política desportiva, suporta os custos desta utilização à empresa municipal. O contrato programa que a Câmara estabelece todos os anos entre o Município e a Desmor, é precisamente o encargo que a empresa – que é uma empresa, está no mercado – tem com o serviço que presta aos seus utilizadores. Por sua vez, o atleta nacional, as equipas, clubes e federações, tem um outro enquadramento fruto dos protocolos e do entendimento que temos com o Comité Olímpico de Portugal e as várias federa-
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ções. O Comité Olímpico de Portugal é, por exemplo, quem suporta a equipa médica da Desmor, serviço que prestamos aos nossos clientes. O atleta internacional tem outro enquadramento em termos de tabela. A empresa é gestora das infraestruturas e é ela que vende os serviços quer cá dentro, quer lá fora, aos nossos clientes. Se bem entendemos, é canalizado para o desporto grande parte do vosso investimento… Sem dúvida, quer pela utilização daquela que foi a aposta de há 20 anos para cá, da construção de um conjunto de infraestruturas, quer pela política de investimento em novas infraestruturas sempre que necessário. Temos investido ao longo dos tempos. Por exemplo, quando a Federação Portuguesa de Futebol estabeleceu protocolo connosco, uma das questões que apontava era o facto de não termos um campo de futebol de praia. A nossa preocupação foi dar resposta a esta necessidade e construímos o campo de futebol de praia. Procuramos ir sempre ao encontro daquilo que os nossos parceiros necessitam para continuarmos a ter a confiança e a presença deles no nosso concelho. Esta estratégia tem tido retorno? Temos aumentado significativamente o número de estadias no nosso centro de estágios e a ocupação por parte de todas as instalações e dos equipamentos desportivos. Ao mesmo tempo, sabemos que a ocupação desportiva mexe com a economia local. Não raras vezes existe a
Conseguimos ser um concelho em que é bom viver, investir e trabalhar. ”
necessidade de alugar quartos em hotéis ou apartamentos, quando as nossas instalações estão lotadas. No âmbito do orçamento municipal, para onde é que é canalizado o investimento? Estão a investir em quê? Como disse, a educação é outro dos vetores de Rio Maior, pelo que a maior fatia do orçamento municipal vai sempre para a educação e orgulho-me disso. Temos levado a efeito investimento em projetos educativos, mas também em instalações. Este investimento, que abrange desde jardins-de-infância a Ensino Superior, tem sido tanto, que este ano o próprio Ministro da Educação veio até ao concelho fazer a abertura do ano letivo. De referir também que no anterior quadro comunitário (2007-2014), Rio Maior construiu 5 modernos centros escolares, devidamente equipados. Depois temos também uma aposta que é a Escola Profissional de Rio Maior, que é uma empresa municipal. Aqui procuramos canalizar os nossos cursos para as necessidades do mercado, não só no concelho, mas também na região. Esta aposta continua com a Escola Superior de Desporto, onde o Município contribuiu com 1 milhão de euros para a construção do novo edifício onde a escola está instalada. Este investimento traz-nos sempre retorno, uma vez que todos os anos são mais alunos e mais professores a usufruir de alojamentos e restauração da nossa cidade. Rio Maior é uma região atrativa para as empresas e pessoas que aqui vivem? Por tudo o que foi dito, penso que sim. Acho que conseguimos ser um concelho em que é bom viver, investir e trabalhar. Damos condições para as famílias se poderem fixar, nomeadamente para as famílias que têm filhos, na área da educação e do desporto. Somos uma cidade e um concelho com qualidade de vida e é para a melhoria desta que temos trabalhado.
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Projeto Simplificado Vales deverão abrir em outubro Para as empresas que gostariam de ver concretizados alguns dos seus investimentos, os Projetos Simplificados, designados por “Vales”, podem ser a oportunidade ideal.
O
s “Vales” são um instrumento simplificado, que pela sua acessibilidade, e nível dos procedimentos de análise e do prazo de decisão associado, assume sempre a modalidade de projeto individual, constituindo “vouchers” de apoio a micro e PME na aquisição de serviços de consultoria a entidades acreditadas. O Projeto Simplificado Vale é um programa do Portugal 2020, que permite às PME acederem a financiamento de 75% a fundo perdido (incentivo não reembolsável), com um limite de 15.000,00€, na contratação de serviços de consultoria, em determinadas áreas consideradas elegíveis, a entidades devidamente qualificadas para o efeito, como é o caso da NERSANT. São beneficiários deste apoio, empresas PME, sob qualquer natureza e forma jurídica, tendo a duração máxima de 12 meses de execução. Apresentamos, em modo sintetizado, os serviços a contratar, em cada tipologia de projetos:
INTERNACIONALIZAÇÃO Destinado a empresas que pretendam iniciar o seu processo de internacionalização. A empresa não poder ter tido atividade exportadora nos últimos 12 anos. Consiste na consultoria individualizada para propeção de mercados, identificação de contactos comerciais nos mercados selecionados e deslocação aos mesmos.
INOVAÇÃO Serviços de consultoria abrangendo as seguintes áreas: • Organização, gestão e TIC Elaboração de planos de negócios, planos de marketing, gestão estratégica, otimização do processo produtivo, desenvolvimento de aplicações informáticas à medida – gestão do SGQ, Software de Gestão (ERP); assistência tecnológica;
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ÁREAS DE ACREDITAÇÃO
Internacionalização
Inovação
Empreendedorismo
Incubação
Empresas com pelo menos 3 trabalhadores
• Destinado a empresas que pretendam iniciar o processo de internacionalização. • Consultoria individualizada para prospecção de mercados, identificação de contactos comerciais e deslocação aos mesmos.
• Transição/Certificação de Sistemas de Gestão; • Organização, Gestão e TIC; • Economia Digital; • Propriedade Intelectual
< 2 anos < 1 ano
• Elaboração de planos de negócio; planos de marketing; apoio na organização e gestão estratégica; • Economia Digital (site, loja on-line, portal com área reservada).
• Serviços na área de gestão (modelo de negócios), marketing, assessoria jurídica; • Serviços de desenvolvimento de produtos e serviços.
VALES SIMPLIFICADOS Mais informações: portugal2020@nersant.pt
• Qualidade e Eco-Inovação – consultoria relativa à utilização de normas e serviços de ensaios e certificação Implementação de Sistemas de Gestão, tais como: Qualidade (ISO9001), Alimentar (ISO22000, FSSC22000), Ambiente (ISO14001), Energia (ISO50001), Inovação (ISO4458), NP1090, Marcação CE, etc.
EMPREENDEDORISMO
• Economia Digital Criação de site, loja e catálogo on-line, portal com área reservada;
A NERSANT, como entidade qualificada pelo COMPETE2020, apoia as empresas que pretendam candidatar-se aos “VALES”, apoiando desde a submissão da candidatura. A preparação e submissão da candidatura não tem qualquer custo para a empresa.
• Propriedade Intelectual e Industrial Apoio na consultoria para o registo de marcas, desenhos e modelos de utilidade, a nível nacional, comunitário ou internacional.
INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO (I&DT) Serviços de consultoria em atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico, bem como serviços de transferência de tecnologia.
Serviços de consultoria associados ao arranque das empresas, relacionados com a elaboração de planos de negócios, planos de marketing; apoio na organização e gestão estratégica; Economia Digital (sites, lojas on-line, portais com área reservada).
MAIS INFORMAÇÕES: Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade E-mail: portugal2020@nersant.pt Tel.: 249 839 500
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VIVER O TEJO
Trilhos fotográficos do Ribatejo
A
proposta desta rota é a combinação da aprendizagem/ aperfeiçoamento em fotografia com a visita ao território. Assim, os workshops de fotografia constituirão o início da rota. O tema fotografia pode ser combinado com diversas iniciativas, por ser um tema transversal. Os registos fotográficos poderão ser efetuados nas inúmeras paisagens naturais e monumentos presentes na nossa região. O próprio recurso Tejo é um excelente palco para registar a singularidade dos recursos de fauna e flora existentes na região. Esta rota temática de fotografia não estaria completa sem a visita à enigmática e excêntrica Casa-Estúdio Carlos Relvas, na Golegã. Um ícone da fotografia nacional. Também a viagem de barco com visita guiada ao Castelo de Almourol contemplada nesta rota proporciona oportunidades de fotografar aves e peixes do Tejo. Em alternativa poderá passear a cavalo ou em charrete pela nossa região. O Castelo de Almourol, além do seu valor também icónico, permite uma belíssima panorâmica da paisagem. No final da atividade realização de um workshop de fotografia no Centro Cultural da Barquinha, para análise dos trabalhos e conselhos de técnica fotográfica.
Dia 1
Dia 2
Tarde
Castelo de Almourol
Manhã
Manhã
Casa-Estúdio Carlos Relvas, na Golegã
Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha
É um equipamento incontornável para o tema fotografia, sendo o espaço ideal para os workshops de fotografia que constituirão o início da rota. Almoço • Restaurante Lusitanus ou • Restaurante O Barrigas ou • Restaurante Casa das Enguias Tarde
Reserva Natural do Paúl do Boquilobo Autêntico santuário ornitológico de reconhecida importância internacional (foram observadas cerca de 220 espécies de aves) e integrada na rede mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, a Reserva Natural do Paúl do Boquilobo localiza-se na bacia hidrográfica do rio Almonda e, alberga a mais importante colónia de garças do território português. Jantar • Restaurante do Hotel Torres Novas Alojamento • Hotel Torres Novas ou • Hotel dos Cavaleiros ou • Casa dos Arrábidos
Este parque é parte integrante do projeto Parque Almourol, recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”. O Parque de Escultura Contemporânea do Almourol, enquadrado no Parque Ribeirinho da Barquinha, reúne onze esculturas de grandes dimensões criadas por artistas portugueses contemporâneos Almoço • Restaurante e Petiscos Bar Ribeirinho ou • Restaurante Almourol
Fortaleza reconstruída por Gualdim Pais, em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários. Atividade: Passeio de barco, com visita guiada; passeio a cavalo. • Welcome-to ou • Para Clube Nacional ‘Os Boinas Verdes’
Dois dias de atividades em família! Venha connosco Viver O Tejo, fotografar as melhores paisagens da região!
Informações e reservas www.viverotejo.pt
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Comeres Ribatejanos Milénios de experimentações conduziram ao apuramento das matérias-primas comestíveis, não comestíveis pelos humanos e comestíveis pelos restantes animais, pura e simplesmente maléficos para uns e outros. Documentos de vária ordem aludem à extraordinária fertilidade dos terrenos que bordejam o Tejo no contexto da província ribatejana. Armando Fernandes Gastrónomo
E
specialistas de várias áreas do conhecimento referem a saliência de tais solos impregnados de húmus, os tais solos detentores da categoria dos quatro efes – fortes, frescos, fundos e férteis – os quais muito impressionaram o grego romanizado Estrabão autor da ainda nos dias que correm importante obra intitulada Geografia da Península Ibérica. Nos seus escritos Estrabão refere os campos de cereais, os vinhados e olivais existentes no actual território ribatejano, não esquece a abundância de peixes no rio, bem como a sua riqueza em ostras no seu percurso final. Seguindo à letra o enunciado pelo geógrafo grego podemos afirmar sem receio de desmentido que os lusitanos a viverem nas margens do grande rio peninsular integravam na sua dieta alimentar pão, vinho e azeite. Ao fim, e ao cabo, a tríade da agora propalada dieta mediterrânica. Até ao jogo das trocas derivado das descobertas e conquistas os ribatejanos na sua esmagadora maioria alimentavam-
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se do que a terra e o rio davam, comiam couves, favas, nabos, nabiças, grão-de-bico, lentilhas, chícharos, o pão constituía base primacial da dieta, no tocante a gorduras o porco e seus derivados forneciam-nas prioritariamente. Aves de capoeira alegravam as pitanças das mulheres paridas, os comeres dos dias de festa e serviam para pagar foros e rendas. A penúria grassava, aumentando nos anos de más colheitas cerealíferas, a precisão de farinha levava a moerem-se favas com a finalidade de fazer pão. Também as castanhas constituíam formidável auxílio, além de engrossarem caldos, comiam-se na companhia de carnes ou a sós, cozidas, assadas, fritas, estufadas e secas. A fumagem das castanhas fazia-se em caniços colocados por cima das lareiras a fim de receberem o fumo. Os possidentes recorriam à caça no intuito de quebrarem a monotonia das refeições, as suas cozinheiras e cozinheiros esmeravam-se na criação de receitas a perdurarem nos nossos dias. A caça maior pertencia quase por inteiro à nobreza sendo os banquetes graves demonstrações de poder e de riqueza. Os furtivos caçadores consagravam mais
tempo e engenho à caça menor, sendo mais fácil de caçar através de armadilhas engenhosas, também era mais fácil de transportar. Uma coisa era apanhar uma lebre ou uma perdiz, outra era caçar um javali ou um corço. Se atentarmos e estudarmos o significado da corografia ribatejana deparamo-nos com inúmeros topónimos a enunciarem produtos de natureza animal e vegetal, se o interesse no tema for grande é possível elaborarmos um quadro alimentar medieval baseado nos topónimos. Também no tocante à distribuição das terras e modelos habitacionais a corografia é saliente fonte de conhecimento a inferir nos sistemas de produção, na sazonalidade das matériasprimas e sua transformação em produtos comestíveis. Como acima referi os Descobrimentos provocaram grata revolução no enriquecimento alimentar das populações ao chegarem outras matrizes, algumas delas a passarem à condição de estratégicas caso da batata e do milho maís a par dos já conhecidos (mas de muito custo) açúcar e arroz. Grandes alteridades iam produzir. (Continua)
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Startups e Empreendedorismo
Portugal vs Europa
Jorge Pereira @ Joyn Ventures / Uniksystem, 2016-08-18
CONTEXTO, DESAFIOS E TENDÊNCIAS; INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO O investimento global realizado por Business Angels (BA) em empresas Startup cresceu 8,3% em 2015 e alcançou os 6,1 Mil Milhões de Euros na Europa (EBAN, 2016). A região de UK lidera a categoria de investimentos early stage com cerca de 96 milhões de Euros, seguindo-se a Espanha (€55M) e a Alemanha (€44M). Portugal recebeu cerca de €23,4M de investimento em 2015. A comunidade de Business Angels na Europa é constituída por 303.650 investidores. O valor médio de cada investimento aumentou para €184k em 2015 (€166k em 2013) por empresa, tendo no entanto reduzido o valor investido por cada BA para €19.990 (€20.437 em 2013). TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) é a área com maior volume de investimentos com cerca de 22% do total, seguida de indústria de fabrico (13%) e biotecnologia (11%). Os BA continuam a investir cada vez mais em partilha de investimento e de risco com outros BA e através de fundos de investimento, sendo um forte motor de apoio à inovação e ao empreendedorismo. De acordo com a Startup Europe Partnership (SEP), 40 empresas Portuguesas de base tecnológica com elevado ritmo de crescimento e potencial de escala (scaleups) obtiveram mais de €166M de financiamento de Venture Capital. Nove destas
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empresas Portuguesas (Digisfera, Best Tables, Flipside, Anubis Networks, Fiber Sensing, Webdetails, Tarpipe, FixeAds & Blip) foram adquiridas por multinacionais (exits) tendo 67% dessas multinacionais sede em US. Os montantes de investimento em Portugal são pequenos quando comparados com outros países como UK, Alemanha ou Espanha, devido a dimensão da economia mas são grandes em termos de proporção (SEP, 2015). Uma das empresas com enorme potencial a nível global é a “Farfetch” que tem origem em Portugal pelo empreendedor José Neves. Fundada em 2008 tem o potencial de vir a ser um dos “unicórnios” da Europa. Algumas das empresas Portuguesas que já receberam elevadas quantias de investimento estrangeiro são: Feedzai, Uniplaces, Talkdesk, Kinematix, Muzzley, Codacy. A empresa Outsystems recebeu um investimento de 55 milhões de USD pelo fundo Americano North Bridge no início de 2016, para apoio ao desenvolvimento e rápido crescimento numa escala global (North Bridge, 2016). Portugal vai ainda receber o Web Sumit nas próximas três edições, sendo considerado o evento mais relevante relacionado com empresas Startup e o maior mercado de tecnologia da Europa (web sumit, 2016). Sendo a inovação algo de tão positivo, porque não investem mais as empresas em inovação? Verifica-se que é bastante mais simples uma nova ideia e um novo investimento nascerem numa nova organização (startup) do que dentro de uma empresa com histórico, pessoas e processos, devido à inercia da mudança. Os processos instituídos e o medo (risco) percepcionado pelos colaboradores a uma qualquer mudança impedem a maioria das inovações intra-empresa, acabando por potenciar o nascimento de novas operações como embrião da inovação e das ideias mais disruptivas. Os investimentos em inovação devem por isso procurar o alinhamento com as estratégias de desenvolvimento do negócio nas organizações e devem envolver os seus colaboradores como agentes da própria mudança (JPereira, 2014), ou, então, motivar o nascimento de novas empresas startup criando assim condições para novos rumos e oportunidades. Nos EUA onde a tradição de criação de empresas Startup é mais antiga e signifi-
cativamente mais desenvolvida, cerca de nove em cada dez novas empresas morre nos primeiros anos de vida. O principio é de que a falha, a ocorrer, deve ser o mais rápida possível e é encarado pela sociedade de forma positiva, resultando em experiência adquirida para a equipa promotora. As universidades funcionam como dinamizadores e locais de germinação de novas empresas (após o registo de patentes), em ligação com a sociedade e com o meio envolvente, mas sempre com uma perspectiva de negócios globais. Na Europa esta realidade ainda é vista de forma diferente onde a morte das empresas é considerada como negativa, estando no entanto em evolução e em mudança. De acordo com a consultora McKinsey (2013), deveremos perguntar: Os nossos planos de negócio reflectem o total potencial da tecnologia para melhorar a performance? O alinhamento dos Sistemas de Informação e da tecnologia com os objectivos de negócio de uma organização é um tema crítico mas que nem sempre é devidamente valorizado nem prioritário. Em geral, os gestores de negócio têm opiniões diferentes das defendidas pelos responsáveis da tecnologia (SI/TI) em relação aos Sistemas de Informação, especialmente no que diz respeito à sua importância e valor para o negócio, bem como em termos da necessidade de investimento. Se esta já é uma realidade nos investimentos correntes e de suporte regular à operação, maior se torna esta dificuldade quando se consideram os investimentos em inovações disruptivas, pois as opiniões dos decisores são frequentemente diferentes ou têm diferentes perspectivas. A incorporação de inovação nas organizações é simultaneamente uma necessidade e um risco, que requer alterações significativas nas organizações e que frequentemente implica reinventar os modelos de negócio e abraçar a mudança de forma a potenciar o tão desejado sucesso.
ECOSSISTEMA DAS STARTUP’S O ecossistema que gravita em torno de uma nova startup é tipicamente constituído por jovens com iniciativa (empreendedores; pessoas orientadas à inovação) que desenvolvem uma ideia em que acreditam (iniciativa empresarial; investigação acadé-
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mica) e na qual estão dispostos a investir tempo e recursos pessoais, por uma equipa formada especificamente para desenvolver a ideia e por meios (investimento) que tornam possível a sua implementação. Desta forma juntam-se aos empreendedores as universidades como locais privilegiados para a investigação e desenvolvimento de novos produtos de base tecnológica, as empresas como clientes e laboratórios onde as primeiras implementações permitirão validar e promover a continuidade dos novos conceitos de negócio/ produtos e os investidores (BA’s e Venture Capital - VC). Pessoalmente valorizo bastante os projectos de sucesso resultantes de investimentos conjuntos e de verdadeiro trabalho colaborativo entre universidades e empresas de uma qualquer região, canalizando investimentos fundamentais para a construção de um futuro melhor (e comum). De acordo com o relatório SEP Monitor, “as empresas Startup podem ter origem em qualquer lugar do mundo. O que é necessário, para além de uma forte educação, é ter acesso à mais rápida ligação internet. As Startup’s representam uma oportunidade gigante para reequilibrar as regiões da Europa e suportar a conversão das regiões menos desenvolvidas”. Como podem então as empresas startup obter financiamento e quais são os factores críticos de sucesso? Uma das grandes vantagens no lançamento de uma empresa startup é a obtenção de financiamento proporcionado por investidores externos (BA’s ou VC), que deve ser complementar ao investimento inicial dos seus promotores/empreende-
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dores. Uma segunda vantagem que vem associada à anterior e que tem ainda maior importância será a validação externa por parte dos investidores sobre o conceito e modelo de negócio e sobre a capacidade da equipa promotora de levar a iniciativa a bom porto, sendo que qualquer investidor apenas coloca o seu capital nas startups de maior potencial e com menor risco, ou seja, que têm o potencial de devolver todo o investimento e acrescido de uma boa rentabilidade. Critérios como o potencial de globalização do negócio e a grande rapidez do ciclo de venda e aquisição de novos clientes são essenciais para a obtenção de financiamentos bem como para o sucesso da iniciativa. A decisão sobre qual o local (País / Cidade) onde iniciar a Startup pode condicionar o acesso a financiamento bem como o sucesso do negócio. Portugal pode não ser o melhor local para começar sendo no entanto um local muito procurado para os desenvolvimentos tecnológicos, já que Portugal tem boas universidades de engenharia e tarifas (mundialmente) competitivas para o desenvolvimento de software. Existe em Portugal uma larga rede de investidores (BA) tipicamente organizados em redes e associações como a FNABA ou APBA. O Governo Português tem promovido o empreendedorismo de forma estratégica através da iniciativa StartUP Portugal (Startup Portugal, 2016) e a entidade pública IFD promove o acesso a fontes de financiamento do programa P2020, sendo alguns canalizados através de entidades veículo de Business Angels
(BA) ou de Fundos de Capital de Risco (IFD, 2016). As empresas podem ainda recorrer a gabinetes especializados para colocação de propostas de investimento Europeu ao abrigo do programa H2020 (EU, 2016). Todos estes investidores podem apoiar directamente as empresas mas podem ainda facilitar o acesso e abrir canais internacionais de investimento como por exemplo em UK (o local mais relevante na Europa) ou em Silicon Valey nos EUA. Alguns dos principais aspectos valorizados pelos investidores são: Conceito de Negócio/Produto e potencial de vendas em larga escala (mundial), simplicidade e grande velocidade das vendas; Capacidade, credibilidade da Equipa e dedicação (100%) ao projecto; Plano de investimento e de implementação do projecto com objectivos claros e credíveis. Em adição ao apoio de validação anterior, os BA’s proporcionam ainda uma rede internacional de contactos, dão apoio (mentoring, coaching) na estruturação da oferta (comunicação e marketing) bem como na melhoria dos planos de negócio e na construção das apresentações (pitch) para novos investidores e para o mercado. Procuram novos investidores para as fases seguintes de investimento (exit) de forma a promoverem o seu próprio retorno financeiro o que se traduz na participação activa e no sucesso das empresas com que colaboram. A inovação e o empreendedorismo são opções pessoais para o percurso profissional que exigem coragem, determinação e muita resiliência, incorporam ainda um risco significativo,… mas valem a pena!
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A Gestão da Energia como fator primordial na estratégia das organizações Carolina Nogueira Gestora de Produto da APCER
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energia é, cada vez mais, um bem precioso e fundamental para a operacionalização de qualquer organização e pode ter um custo com impacto significativo na economia de uma empresa ou de um país. Também em termos ambientais (p.e. a depleção dos recursos naturais) se podem repercutir custos importantes. Mesmo que nos concentremos apenas na História mais recente, facilmente nos damos conta da importância geoestratégica da energia e o quanto esta influencia as tomadas de decisão política das nações. A verdade é que estamos perante um novo paradigma: o consumo de energia, à escala mundial e local, passa por uma utilização mais eficiente dos recursos energéticos disponíveis, qualquer que seja a sua fonte. A gestão eficiente da energia é, assim, uma prioridade das organizações, não só pelo potencial significativo de redução de custos, como também pelo seu papel na redução de emissões de gases com efeito de estufa. As organizações têm necessidade de gerir cuidadosamente a utilização de energia de modo a sobreviver e competir. Para o período de 2014-2020, e no quadro da sua política de coesão, a União Europeia tenciona investir cerca de 38 mil milhões de euros para facilitar a transição para uma economia com baixo nível de emissões de carbono, com apoio direto a projetos relacionados com a eficiência energética, as energias renováveis, a mobilidade urbana sustentável e a investigação e a inovação. Havendo aqui abertura para apoio a medidas de caráter tecnológico (p.e. energias renováveis, inovação) também serão contempladas medidas que promovam a eficiência energética. A abordagem à eficiência energética passará, ou melhor, já está a passar pela implementação da ISO 50001 “Energy management systems – Requirements with guidance for use”, norma de reconhecimento internacional. De todos os referenciais normativos e legislativos para o consumo de energia, a ISO 50001 é aquele que permite a uma organização, uma maior sistematização na sua abordagem aos usos e consumo de energia. Prova deste reconhecimento é o anún-
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cio feito pela Clean Energy Ministerial (CEM) no passado dia 2 de junho de 2016: a Campanha Gestão de Energia – incitando os governos, negócios, indústria e outros parceiros chave para usar a norma ISO 50001 como um mecanismo transparente para demonstrar o progresso em direção às metas sobre o clima e energia. A CEM reúne os ministros da Energia de 23 países membros e a Comissão Europeia, e tem o objetivo de acelerar a transição global para a utilização de energia limpa. A Campanha visa atingir 50 001 certificações pela ISO 50001 em 2020. O objetivo da ISO 50001 é definir os requisitos para um sistema de gestão da energia permitindo às organizações estabelecer sistemas e processos necessários para melhorar o seu desempenho energético global, incluindo a utilização, consumo e eficiência energética. O esquema de abordagem da norma tem como base a melhoria contínua e incorpora a gestão da energia nas práticas diárias das organizações. A norma define requisitos que permitem às organizações: – Desenvolver uma política para uma utilização da energia mais eficiente; – Definir metas e objetivos para cumprir a mesma política; – Utilizar dados para compreender melhor e tomar decisões relativamente ao uso e consumo de energia; – Medir os resultados; – Rever a eficácia da política definida; – Melhorar continuamente a gestão de energia.
A estrutura da norma integra medições e dados de desempenho energético, conduzindo não só a uma gestão eficaz dos processos, como também a uma utilização cuidadosa da energia e ao aumento da eficiência energética. No final de 2015, perto de 12 000 organizações em todo o mundo já tinham alcançado a certificação. Depois de cinco anos de existência da ISO 50001, a ISO (Organização Internacional de Normalização) anunciou que chegou a hora de a rever, para garantir que continua a ser uma ferramenta útil para todos os tipos de organizações em todo o mundo. Com base na informação atualmente disponível, a nova versão da norma ISO 50001 será, provavelmente, publicada no final de 2018 ou início de 2019, alinhada com outras normas ISO que estão a ser ou já foram revistas. Esta revisão irá incorporar a estrutura de alto nível e o texto comum do Anexo SL, já incluídos na ISO 9001: 2015 e ISO 14001: 2015. Isto assegura que a ISO 50001 manterá um elevado nível de compatibilidade com outras normas de sistema de gestão. A APCER disponibiliza auditorias de acordo com a norma ISO 50001, estando empenhada em prestar serviços de valor acrescentado e tendo um enfoque permanente nas necessidades e expectativas do mercado. Para mais informações contacte os nossos serviços, visite o site www.apcergroup. com ou as nossas redes sociais.
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Raspberry Pi
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Raspberry Pi é talvez o mais conhecido PC na gama dos mini computadores. Tratase de um computador de dimensões bastante reduzidas (aproximadamente do tamanho de um cartão de crédito) que permite realizar a maioria das tarefas que realizamos nos computadores a que estamos habituados. Além disso, devido ao seu tamanho reduzido e às suas capacidades enquanto computador, o Raspberry Pi possibilita o surgimento de projetos interessantes que outrora não eram possíveis de implementar nos computadores de maior dimensão. A 10 de fevereiro de 2012 foi lançada no Reino Unido o Raspberry Pi Modelo A, sendo o principal objetivo na sua criação promover o ensino em Ciência da Computação básica em escolas, criando para isso um computador de baixo preço que motivasse as crianças a desenvolver algo criativo. Este objetivo foi atingido ou até ultrapassado, uma vez que hoje em dia o Raspberry Pi é visto com utilidade não só para o ensino, mas também a nível pessoal ou empresarial. À primeira vista podemos até nem associar a Raspberry Pi a um computador, isto porque se trata de uma única placa onde estão integrados todos os componentes necessários para o funcionamento do mesmo, à exceção do disco rígido. Um dos componentes que a Raspberry Pi não possui é de facto o disco rígido, existindo sim uma entrada de cartão SD que irá funcionar como se do mesmo se tratasse. As vantagens do Raspberry Pi não se resumem ao seu tamanho e ao seu desempenho. Este mini PC possui também um preço bastante acessível. Esse preço varia conforme a versão escolhida, mas pode dizer-se que varia dos 20$ (17,86€) aos 35$ (31,25€) na generalidade. Existe ainda uma versão mais básica, o Raspberry Pi Zero, que custa à volta de 5$ (4,46€), apresentando-se assim também como um computador de baixo custo. Mas o ponto mais interessante da Raspberry Pi está mesmo na sua versatilidade. Embora se trate sempre de um computador, que pode vir a ter uma utilização “normal”, o que é certo é que o usuário pode dar ao Raspberry Pi uma utilização completamente diferente, tornando-o num projeto inovador.
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Versões Existentes
Raspberry Pi 1 - Modelo A
Raspberry Pi 1 - Modelo A+
Raspberry Pi 1 - Modelo B
Raspberry Pi 1 - Modelo B+ Raspberry Pi 2 - Modelo B
Raspberry Pi 3 - Modelo B
Raspberry Pi Zero
Especificações Técnicas
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Seguros de Acidentes de Trabalho
N
a coluna anterior finalizamos os resumos sobre avaliação de riscos, nesta coluna iniciamos a ligação ao ramo de seguro de Acidentes de Trabalho. Numa primeira parte introduzimos e explicamos os conceitos mais importantes da Lei 98/2009. Posteriormente, abordaremos um resumo das condições e circunstâncias que levam as seguradoras a descaraterizar um sinistro de acidentes de trabalho.
ACIDENTES DE TRABALHO 1. Serviços SST – comunicações obrigatórias às autoridades a. Acidentes mortais e graves: com nicação à ACT, no prazo de 24h. (48h construção) b. Relatório anual das atividades de SST (port.ª 55/2010, 21 jan) Æ ru (anexo d) c. A comunicação à ACT dos acidentes mortais ou graves é da responsabilidade da empresa a que pertence o sinistrado. 2. Conceito de acidente de trabalho mortal a. O acidente é registado como mortal se a vítima morrer no prazo de 1 ano a contar da data do acidente (cfr. Art.º 8º dl 362/93, de 15 outubro e port. 137/94, de 8 março). 3. Conceito de acidentes de trabalho grave – critérios: a. Natureza da lesão; b. Tempo de baixa previsível; c. Tipo de “evento que assuma uma particular gravidade” na perspetiva da segurança e da saúde no trabalho, apesar de não ter produzido vítimas. 4. Acidentes e incidentes graves - comunicação à inspeção do trabalho - enquadramento legal: a. Artigo 111.º da l 102/2009, de 10 de setembro. b. Prazo: 24 h. c. Elementos da comunicação: d. Identificação do trabalhador acidentado; e. Descrição dos factos envolventes do evento; f. Informação e registos dos tempos de trabalho prestados pelo trabalhador nos 30 dias que antecederam o acidente. 5. O conceito de acidente de trabalho (arts. 8.º a 11.º da lat) a. É acidente de trabalho aquele que se verifica no local e no tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte (artigo 8.º, n.º 1 da lat). b. Acidente ou facto Æ local de trabalho Æ tempo de trabalho Æ danoÆ nexo de causalidade entre o facto e o dano. 6. Resumo: a. Acidente i. O facto – ocorrência no tempo e local de trabalho ii. Presunção de nexo causal entre o facto e a lesão iii. Responsabilidade agravada por facto ilícito do empregador ou equiparado b. O acidente ou facto i. Uma ação súbita (duração curta e limitada); ii. Exterior à vítima (origem estranha à constituição da vítima); iii. Violenta no sentido de ser uma ação lesiva do corpo humano. c) Caraterização ou descaracterização
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7. Subitaneidade a. A subitaneidade constitui o elemento distintivo entre acidente de trabalho e doença profissional: b. O acidente é o resultado duma causa súbita; c. A doença profissional é o resultado de uma causa lenta e progressiva de uma lesão ou doença. 8. O local e o tempo de trabalho a) Local de trabalho: i. Conforme resulta expressamente da al. A) do n.º 2 do art. 8.º da lat, conceito normativo de “local de trabalho” enquanto elemento integrador do acidente de trabalho tem um conteúdo mais abrangente do que o da mera situação geográfica específica onde estava sediada a laboração da empresa ou onde o trabalhador exerça a sua atividade profissional. ii. Trata-se, aqui, de todo o local onde o trabalhador se encontrar direta ou indiretamente sujeito ao controlo do empregador, ou seja na dependência jurídica do mesmo. iii. Consequentemente é à luz da teoria da autoridade que teremos, perante o caso concreto, de verificar se no local específico onde ocorreu o acidente o trabalhador se mantinha ou não direta ou indiretamente sujeito ao controlo do empregador. iv. Integram seguramente tal conceito, os seguintes espaços: 1. Zona ou dependência onde ocorre a laboração própria dita; 2. Locais que servem de suporte à prestação laboral (dentro ou não das instalações), como vestiários, lavabos, refeitórios, zonas de repouso usadas durante pausas/interrupções da atividade laboral laborais (ex: camaratas, quartos, etc.); 3. Zonas de acesso à exploração, desde que usadas para esse efeito, ainda que também possam ter caráter público; 4. Local de pagamento da retribuição e durante o tempo que o trabalhador aí permanecer para esse efeito (pode ser na área de laboração ou não. Há, por vezes, certos costumes em algumas atividades, em que o local de pagamento nada tem que ver com o local de laboração); 5. Local onde ao trabalhador deva ser prestada qualquer forma de assistência ou tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins. b) Tempo de trabalho: i. Sobre o conceito de tempo de trabalho enquanto elemento integrador do de acidente de trabalho rege a al. B) do n.º 2 do art.º 8.º da lat. ii. Sintetizando o regime legal, podemos considerar que o integram esse conceito de tempo de trabalho: 1. O período normal de trabalho (entendido este como o período normal de laboração para o trabalhador sinistrado, que pode ser diferente dos demais trabalhadores ou de apenas alguns deles); 2. Períodos que precedem a atividade (ex: tempo gasto a equipar-se, a preparar as ferramentas que
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vai utilizar, etc.) E períodos que se sucedem à atividade (os mesmos anteriormente referidos, agora no sentido inverso); 3. Períodos correspondentes a interrupções normais (como, pequenas pausas para satisfação de necessidades fisiológicas ou outras permitidas pelo empregador ou decorrentes da lei, por exemplo, amamentar); 4. Períodos correspondentes a interrupções forçadas da atividade (estas têm, em regra, carácter imprevisível e são sempre alheias à vontade do trabalhador). 9. Acidente no trajeto a. Porém, e de forma mais subtil, introduz dois requisitos gerais: i. Que o acidente se verifique em trajeto normalmente utilizado, e durante o período de tempo; ii. Que o trabalhador habitualmente gasta para o percorrer. b. Os trajetos enumerados neste preceito são os seguintes: i. Entre qualquer dos locais de trabalho, quando o trabalhador tenha mais do que um (al. A)); ii. Entre a residência habitual ou ocasional do trabalhador, e as instalações que constituem o seu local de trabalho (al. B)); iii. Entre qualquer dos locais referidos na alínea precedente e o local do pagamento da retribuição (al. C)); iv. Entre qualquer dos locais referidos na al. B) e o local onde o trabalhador deva receber assistência ou tratamento decorrente de (anterior) acidente de trabalho (al. D)); v. Entre o local de trabalho e o local da refeição (al. E)); vi. Entre o local onde por determinação do empregador presta qualquer serviço relacionado com o seu trabalho e as instalações que constituem o seu local de trabalho habitual ou a sua residência habitual ou ocasional (al. F)). c. O requisito da habitualidade do trajeto: i. Deve ser interpretado de acordo com o n.º 3 do mesmo artº. 9.º, que admite que tal trajeto sofra interrupções ou desvios determinados pela satisfação de necessidades atendíveis do trabalhador, bem como por motivo de força maior ou por caso fortuito.
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10. O dano a. O conceito no art.º. 8.º, nº 1 da lat Æ dano indemnizável ao de lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte do trabalhador ou a redução da capacidade de ganho. b. Então uma lesão que não tenha uma destas consequências não permite qualificar o acidente como de trabalho. c. Contudo, os acidentes que provocam pequenas lesões mesmo que não suscetíveis de reduzir, mesmo temporariamente, a capacidade de ganho, são suscetíveis de reparação na devida proporção com a prestação de primeiros socorros (artigo 26.º da lat). 11. O nexo de causalidade a. No conceito de acidente de trabalho no art.º. 8.º, n.º 1 da lat Æ verificação de um nexo de causalidade entre o facto e a lesão corporal, perturbação funcional ou doença, podendo esta ser produzida direta ou indiretamente pelo aquele. b. Nexo: sempre que a lesão for constatada no tempo e local de trabalho (artigo 10.º, n.º 1 da lat); caso contrário o ónus da prova (do nexo) compete ao sinistrado ou aos beneficiários legais (n.º 2 do mesmo preceito). c. Para que aquela presunção legal funcione basta que o trabalhador alegue e prove o facto que a lesão foi observada no local e no tempo de trabalho, como decorre dos artigos 349.º e 350.º do c. Civil Æ nesse caso deverá o empregador ilidir esta presunção. A NERSANT seguros em conjunto com o Grupo Rego disponibiliza serviços de avaliação de riscos e formação a todos os seus clientes.
Mais informações: NERSANT Seguros, S.A. Telef.: 249 839 500 | geral@nersantseguros.pt www.nersant.pt
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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Programa de Aceleração de Startups em Santarém
Ao longo de dois meses, a NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém vai levar a efeito o 1.º Programa de Aceleração de Startups da Startup Santarém, que iniciou no passado dia 6 de outubro.
O
1.º Programa de Aceleração de Startups consiste num programa inovador e condensado no tempo que, em apenas 8 semanas, procura apoiar os empreendedores na aceleração dos seus projetos e no encontro de financiamento, visando uma mais rápida operacionalização, entrada e consolidação do projeto empresarial no mercado. O programa compreende a realização de workshops de capacitação de empreendedores e mentoria e consultoria especializada e dedicada. Assim, semanalmente, os 15 projetos que integram o programa (21 empreendedores), participam num workshop de capacitação sobre temas diversificados, como a construção da proposta de valor até ao controlo de gestão, à quinta-feira de manhã. As sextas-feiras de manhã estão reservadas para a realização de visitas a empresas ou centros tecnológicos, onde a inovação é o core-business. As tardes de quinta e sexta-feira são dedicadas ao acompanhamento personalizado e ao apoio ao desenvolvimento do projeto por consultores e mentores com experiência reconhecida, sendo todo o processo desenvolvido numa plataforma web criada para o efeito. A componente de financiamento está também prevista no programa, uma
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Os mentores do programa
vez que no final do mesmo os empreendedores participantes poderão apresentar os seus projetos a um painel de investidores, que incluem Business Angels e Fundos de Capital de Risco. O arranque desta iniciativa deu-se no passado dia 6 de outubro, com a realização do primeiro workshop, que esteve ao cargo de Paulo Sousa Marques, professor universitário, consultor e CEO do Shark Tank Portugal. A apresentação e discussão baseou-se nos “3 W” do negócio (What / Who / Why), tendo sido dadas indicações precisas sobre como apresentar o
negócio e o produto ao seu público-alvo, seguindo-se da parte da tarde, reuniões de coaching com os consultores especialistas. A primeira visita no âmbito do Programa de Aceleração de Startups aconteceu na sexta-feira, à empresa RENOVA S.A.. Este 1.º Programa de Aceleração da Startup Santarém já tem as vagas totalmente preenchidas mas a NERSANT irá brevemente apresentar as datas das próximas edições, sendo que um programa semelhante irá ter lugar também em Torres Novas na sede da NERSANT para facilitar a participação aos empreendedores do Médio Tejo.
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“Há vida antes do dinheiro” A Ribatejo Invest assistiu à estreia do 1.º Programa de Aceleração de Startups e aproveitou para falar com os mentores do ciclo de workshops que estão a ser desenvolvidos no âmbito desta iniciativa. Descobriu, através do mentor Rui Ferreira, Consultor e CFO do Shark Tank Portugal, que os empreendedores tendem a preocuparse demasiado com o financiamento aos seus negócios. “Cada um dos workshops tem uma temática específica, sendo que só no último – e esta decisão não é aleatória – é que vamos abordar o financiamento. O que acontece é que é o financiamento que mais aterroriza os empreendedores”, disse o consultor, que aproveitou ainda a ocasião para deixar um conselho a quem pretende lançar-se no mundo dos negócios: “Há vida muito antes do dinheiro. Se o trabalho que antecede a fase do financiamento estiver bem feito, não há nada a temer”, disse o mentor, acrescentando que é precisamente para ajudar na realização deste bom trabalho, que serve este 1.º Programa de Aceleração da Startup Santarém. Paulo Sousa Marques, professor universitário, consultor e CEO do Shark Tank Portugal, foi o responsável pelo 1.º workshop. Questionado quanto à qualidade das ideias de negócio representadas nesta primeira sessão, o mentor mostrou-se agradavelmente surpreendido. “As ideias de negócio dos empreendedores participantes neste programa de aceleração estão acima da média. Estava à espera de ver negócios mais básicos, mas é com surpresa que verifico que temos ideias algo elaboradas e com o espírito que pretendemos, o que torna o nosso trabalho evidentemente mais interessante”, fez saber o consultor, acrescentando que espera no final deste ciclo ter não só candidatos ao programa de televisão Shark Tank, mas acima de tudo “empreendedores que concretizem negócios porque a nossa economia preciso muito”. Teresa Vieira, outra das mentores do programa de aceleração, corrobora com a afirmação e acrescenta que “é nosso objetivo que os empreendedores encontrem um modo de vida tão ou mais válido como outro qualquer”.
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Mónica Venda
Empreendedores fazem balanço positivo Mónica Venda tem 36 anos e foi uma das vencedoras do concurso Incubar+Lezíria, dinamizado pela NERSANT, em parceria com o Instituto Politécnico de Santarém, a Desmor e o Agrocluster Ribatejo. Foi inclusivamente o prémio deste concurso que lhe permitiu integrar o conjunto de empreendedores que estão a participar no Programa de Aceleração de Startups. “Vegan Cheesy” é o projeto que está a trabalhar com o objetivo de criar uma empresa na região que fabrique e comercialize produtos vegetarianos, sem qualquer adição de ingredientes de origem animal, criando sobretudo alternativas ao tradicional queijo preparado com lacticínios. “A participação no 1.º workshop tem um balanço muito positivo. Embora tenha consciência de que a minha ideia de negócio está bem estruturada, percebi que tenho muito a aprender com os mentores do programa”, começou por dizer a empreendedora, acrescentando que a NERSANT tem sido de facto muito importante em todo este processo. “O facto de estar a trabalhar com a associação empresarial confere ao meu projeto a credibilidade necessária para conseguir avançar. Para além disso, a NERSANT tem toda uma estrutura de contactos que têm sido muito úteis ao desenvolvimento do meu negócio”, fez saber Mónica Venda, que irá constituir formalmente a empresa “o mais breve possível”. A Ribatejo Invest falou também com o José Gonçalves, de 47 anos, que teve também o primeiro contacto com a NERSANT através do concurso Incubar+Lezíria. Com empresa já constituída, José pretende através da mesma, introduzir produtos feitos à base de insetos na alimentação humana ocidental. O empreendedor recorreu à NERSANT porque “estando o projeto numa fase inicial, precisa de muito know-how técnico relativamente à criação de insetos
José Gonçalves
e a alguns aspetos da industrialização da transformação de insetos em produtos consumíveis por humanos. O Incubar+Lezíria foi a nossa oportunidade de procurar o parceiro”, revelou o empresário, que tem, desde então, encontrado na NERSANT a ligação necessária entre o mundo empresarial e científico que pode vir a responder a esta necessidade da sua empresa. “O facto de a NERSANT ter todos esses contactos no distrito quer com o mundo empresarial, quer com o mundo académico, pode ser um elemento altamente facilitador da criação desta relação de parceria que tanto ambicionamos para o arranque efetivo do meu negócio”, disse, acrescentando ainda que é por este motivo que vê a participação no Programa de Aceleração da associação empresarial com grande expetativa. “A expetativa era elevada quando cá cheguei e continua bastante elevada. O conjunto de consultores e mentores apresentados parece-me altamente competente, precisamente pelo facto de juntarem o mundo académico ao empresarial. Não tenho dúvida que, por este motivo, o meu projeto vai crescer muito ao longo das próximas semanas”, concluiu.
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Startup Santarém é entidade acreditada do Vale Incubação Candidaturas abertas ao Vale Incubação… Abriram a 21 de setembro as candidaturas ao Vale de Incubação, apoio destinado a promover a integração de empreendedores e startups no ecossistema, através da contratação dos serviços profissionais de apoio ao desenvolvimento de negócio, prestados pelas incubadoras. Consiste num apoio de cinco mil euros por candidatura aprovada. O montante global destinado a esta medida são 10 milhões de euros, financiados pelos programas operacionais do Portugal 2020. A seleção dos projetos a apoiar contará com o apoio da Rede Nacional de Incubadoras. Há um limite de 20 projetos incubados apoiados pelo Vale de Incubação por cada incubadora. Esta medida terá como consequência o reforço da autonomia financeira das incubadoras com base num sistema de mérito, promovendo uma maior competitividade e profissionalismos das mesmas. O regulamento e as candidaturas estão disponível no site do Balcão2020, até 30 de dezembro de 2016. As startups que tenham acesso a este Vale poderão usá-lo em Incubadoras que tenham sido certificadas pelo IAPMEI. Neste processo candidataram-se 120 incubadoras de todo o país, tendo sido acreditadas cerca de 80.
A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, através da Startup Santarém, é entidade acreditada do Vale Incubação, medida desenvolvida no âmbito do programa Startup Portugal - Estratégia Nacional para o empreendedorismo. Este novo incentivo do Governo é direcionado para startups e prevê apoio para a contratação de serviços imprescindíveis ao arranque das empresas. A medida, que prevê apoios para a incubação e aceleração de empresas nos próximos quatro anos no valor de 10 milhões de euros, dirige-se a projetos simplificados de empresas com menos de 1 ano. São suscetíveis de apoio os projetos de aquisição de serviços de incubação na área do empreendedorismo, imprescindíveis ao arranque das empresas, a entidades devidamente acreditadas, como é o caso da NERSANT. São eles serviços na área da gestão (apoio na definição/consolidação do modelo de negócios, acompanhamento na gestão operacional do negócio e tutoria e capacitação na gestão), marketing (estruturação da estratégia de comunicação/marketing, promoção da atividade, produtos e serviços e estruturação e/ou consolidação do processo de internacionalização), e assessoria jurídica (assessoria e apoio jurídico).
As empresas poderão ainda contratar às entidades acreditadas serviços no âmbito do desenvolvimento de produtos e serviços, como apoio à digitalização de processos de negócios e à proteção/valorização de direitos de propriedade intelectual, e ainda no âmbito do financiamento, solicitando às entidades acreditadas apoio para a candidaturas a concursos de empreendedorismo e inovação e apoio no contacto com investidores e entidades financeiras. O Vale Incubação permite a aquisição de um incentivo não reembolsável na ordem dos 75%, com limite de 5.000 euros. Neste momento está a decorrer o Aviso 20/SI/2016 ao Vale Incubação que permite a apresentação de candidaturas até às 19h00 do dia 30 de dezembro (19 horas). Para mais informações, as empresas interessadas em candidatar-se ao Vale Incubação, poderão manifestar interesse junto da associação, através dos contactos datic@nersant.pt. Mais informações podem ainda ser consultadas no portal da Startup Santarém - Centro de Inovação Empresarial de Santarém, em http://startup-santarem. nersant.pt/. No caso do Startup Voucher, a NERSANT apoio na elaboração de candidatura ao projeto.
… E ao Startup Voucher Abriram a 21 de setembro as candidaturas ao Startup Voucher, um apoio destinado a projetos empreendedores na fase da ideia. Consiste numa bolsa de cerca de 700 euros mensais durante um ano. A Rede Nacional de Incubadoras será responsável pela seleção de projetos a apoiar. As candidaturas abrem ainda em 2016 e podem candidatar-se todos os jovens com menos de 35 anos e que pretendam criar uma startup em Portugal. O regulamento e as candidaturas estão disponíveis no site do IAPMEI (www.iapmei.pt) e estarão abertas por um período de 2 meses.
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Arrozeiras Mundiarroz está a implementar Gesinov É junto ao vale do Sorraia, em Coruche, que se localiza a empresa Arrozeiras Mundiarroz, instalada há 30 anos em Coruche e responsável em Portugal pelas marcas de Arroz Cigala e Saludães. Foi em 2008 que a Mundiarroz implementou o Sistema Integrado de Gestão de Segurança Alimentar e Qualidade estando hoje certificada pelas normas NP EN ISO 9001:2008 – Sistema de Gestão da Qualidade, NP EN ISO 22000:2005 – Sistema de Gestão da Segurança Alimentar e pelo referencial IFS Food. Há cerca de um ano a empresa aderiu ao projeto GESINOV, um Sistema Integrado de Gestão Empresarial, totalmente idealizado e desenvolvido pela NERSANT. Ana Alves, licenciada em Bioquímica e Química Alimentar, responsável pelo Departamento de Qualidade da Mundiarroz e que acompanha a implementação do Gesinov nesta empresa, explicou à Ribatejo Invest que o principal objetivo da empresa ao aderir a esta plataforma foi “melhorar a qualidade da comunicação interna, implementar um arquivo digital e reduzir a quantidade de papel a circular”. Para além de facilitar bastante o trabalho e permitir ganhos de eficiência, a plataforma GESI-
NOV permitirá reduzir o “arquivo físico da empresa”, sendo ainda uma ferramenta muito importante de auxílio ao Sistema de Gestão da Qualidade e que irá permitir simplificar alguns processos. A implementação do Gesinov está a ser feito de forma faseada, dando tempo à necessária aprendizagem e adaptação de todos os colaboradores à plataforma. “Começámos pelo registo de entradas e saídas de documentação e pela gestão e requisições de equipamentos”. Até ao momento, a implementação do Gesinov está a decorrer de forma positiva, o que é facilitado pelo facto de o programa não ser fechado e ir sendo ajustado consoante as necessidades e solicitações da empresa. Na área da Gestão de equipamentos e viaturas, Ana Alves destaca, por exemplo,
o facto de “o sistema emitir alertas sempre que uma viatura ou equipamento necessita de fazer manutenção ou inspeção, ou renovar o seguro, o que facilita bastante o nosso trabalho”. A próxima etapa será incluir toda a informação do sistema de gestão da qualidade, os procedimentos, as fichas, os dados logísticos, nesta Plataforma que passará a ser uma ferramenta essencial de suporte e de apoio à Gestão da Qualidade.
Escola Profissional de Salvaterra e Águas do Ribatejo unidas em prol da educação e formação de adultos O Centro para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP) do Instituto de Educação e Formação do Sorraia, a funcionar na Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM), assinou no dia 13 de outubro, um protocolo de cooperação institucional com a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo (AR). A cerimónia protocolar decorreu na sede da empresa em Salvaterra de Magos, e foi presidida por Francisco Oliveira, presidente do conselho de administração da Águas do Ribatejo, e Duarte Bernardo, presidente da direção da Escola Profissional de Salvaterra de Magos. Esta parceria vai permitir qualificar várias dezenas de funcionários da AR que ainda não terminaram o ensino básico e secundário.
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Eliseu Frazão, Inês Frazão e Jorge Frazão
Fravizel comemora 1.º ano de certificação A Fravizel – Equipamentos Metalomecânicos S.A., está a comemorar 1 ano sobre a certificação da empresa. A Ribatejo Invest esteve à conversa com o responsável pela implementação dos sistemas – da qualidade e ambiental – e verificou que a empresa está hoje mais preparada para responder aos constantes desafios do mercado.
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oi através do RibaCertifica, projeto da NERSANT que concedeu apoio para a certificação, que a Fravizel, empesa na área da metalomecânica situada em Pé da Pedreira, Alcanede, decidiu avançar com a certificação do sistema de gestão da qualidade e com a certificação do sistema de gestão ambiental. O processo iniciou em 2015, tendo a empresa trabalhado arduamente para, em cerca de 6 meses, conseguir a certificação dos dois sistemas, em novembro. Quase um ano após a certificação, a Revista Ribatejo Invest foi conhecer a empresa e perceber o que mudou com a certificação. Encontrou uma empresa mais dinâmica e mais preparada para responder aos novos e constantes desafios que o mercado lhe apresenta. “A satisfação do cliente e o desenvolvimento sustentável – a Fravizel encontrase situada no Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros – é o princípio de
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toda a atividade da empresa e portanto a base do sucesso do negócio”, começou por afirmar Jorge Frazão, responsável pela implementação, acrescentando que
esta foi a motivação para a certificação destes dois sistemas de gestão. A certificação resultou numa empresa melhor preparada para responder aos
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A satisfação do cliente e o desenvolvimento sustentável – a Fravizel encontra-se situada no Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros – é o princípio de toda a atividade da empresa e portanto a base do sucesso do negócio.” desafios do mercado. Os diversos procedimentos e registos de trabalho criados com a certificação, permite à empresa aceder a um número elevado de informações que lhes permite ter uma visão global da empresa e definir objetivos futuros, contou Jorge Frazão, orgulhoso do sistema que gere há quase 1 ano. “Uma das principais vantagens de termos o nosso sistema de gestão da qualidade certificado é em termos de planeamento. Temos hoje em dia objetivos definidos por departamento e devidamente monitorizados. Sabemos sempre onde estamos e para onde queremos ir”, fez saber Jorge Frazão, que acrescentou ainda que “atualmente temos a informação disponível em prol da empresa”. Tendo em conta as constantes alterações do mercado e da conjuntura, “é-nos, portanto, mais fácil, responder às exigências e desafios que o mercado nos coloca”, revelou, acrescentando que a empresa também ganhou em competitividade e produtividade. Outra das grandes vantagens da implementação dos sistemas é a satisfação do cliente. Através de alguns ajustes a nível comercial, melhorias no processo de
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encomendas e até melhorias ao nível da manutenção interna dos equipamentos, é possível agora fazer “um melhor serviço pós-venda e uma melhor assistência ao cliente. Isto é muito importante porque a satisfação do cliente é um ponto fulcral!”. De facto, acrescentou Jorge Frazão, “entendemos que se queríamos evoluir, teríamos, obrigatoriamente de ser certificados”, acrescentando que as normas ISO são “normas internacionalmente conhecidas e muito bem vistas, o que seria naturalmente vantajoso para a imagem da empresa”, pelo que a credibilidade dos produtos e da empresa são também uma importante mais-valia. Atualmente, a Fravizel “passou com distinção” na 1.ª auditoria de acompanhamento, mas reconhece que existe ainda um longo caminho por percorrer. “A certificação assenta no pressuposto da melhoria contínua e de facto temos percebido que podemos sempre melhorar, pelo que este é o nosso objetivo: fazer sempre mais e melhor.”
RIBACERTIFICA PERMITIU APOIO PARA A CERTIFICAÇÃO DA FRAVIZEL Para a certificação do sistema de gestão da qualidade e do sistema de gestão ambiental, a Fravizel contou com o apoio da NERSANT, através do RibaCertifica, projeto que permitiu apoiar as PME’s da Região de Santarém, através da concessão de apoio a fundo perdido, em cerca de 50%, para obtenção da certificação do Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001:2008), Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001:2004), Sistema de Gestão de Segurança Alimentar (ISO 22000:2005) e Sistema de Gestão de Energia (ISO 50001:2012). No total, foram apoiadas 30 empresas nos seus processos de certificação.
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Lar de S. Mateus
Quando um lar é gerido profissionalmente É certo e sabido que no nosso território, a população está cada vez mais envelhecida e é precisamente por este motivo que as entidades da economia social assumem cada vez mais importância nas economias regionais onde estão instaladas. É o caso do Lar de S. Mateus, situado na Junceira, Tomar. Com 40 funcionários, a instituição é o maior empregador da freguesia e vê na sua forma de “gestão empresarial”, um dos fatores do seu sucesso. Neste momento, a empresa está a investir na certificação do sistema de gestão da qualidade.
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m lar tem um funcionamento semelhante a uma empresa normal e como tal tem de ser gerida da mesma forma em termos de critérios, mas com objetivos diferentes”, começou por dizer à Ribatejo Invest Rui Lopes, Diretor Geral do Lar de S. Mateus, justificando a decisão de implementar na instituição a certificação do sistema de gestão da qualidade. E continuou: “num setor de atividade em que os recursos financeiros não abundam, a certificação assume grande importância, porque através dela podemos fazer uma gestão mais realista, ao mesmo tempo que incrementamos qualidade no serviço que prestamos”, contou. A braços com esta necessidade, a Instituição “escolheu o seu parceiro”, tendo contactado a NERSANT para implementar na mesma, a certificação do sistema de gestão da qualidade, o que está a ser feito desde o início de 2016. “Estamos neste
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momento a normalizar procedimentos e a implementar registos, sempre de acordo com as normas e regulamentos da Segurança Social”, revelou Rui Lopes.
Querendo utilizar “o menos papel possível”, a Instituição recorreu a outro produto da NERSANT – o Gesinov Social, Sistema Integrado de Gestão Empresarial
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Num setor de atividade em que os recursos financeiros não abundam, a certificação assume grande importância, porque através dela podemos fazer uma gestão mais realista, ao mesmo tempo que incrementamos qualidade no serviço que prestamos.” que tem como objetivo fomentar a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação na região de Santarém, através da disponibilização de ferramentas de gestão, de contacto com os clientes e de suporte à qualidade e de inserção na economia digital, baseadas na utilização das TIC. “Apesar de já utilizarmos algumas ferramentas informáticas desenvolvidas internamente, estamos a utilizar o Gesinov em áreas não cobertas pelos instrumentos já existentes”. À conta deste produto da NERSANT, a Instituição está atualmente a tratar toda a informação necessária, “utilizando os Planos Individuais informatizados” para cada um dos utentes. Dessa informação, onde constam entre outras, registos clínicos, registo de atividades, registo de deslocações, entre outros, o que significa que “qualquer colaboradora sabe sempre toda a informação sobre determinado utente”. Para além da área pessoal do utente, também a gestão de frotas e a gestão da cozinha passou a utilizar ferramentas
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Rui Lopes, Diretor Geral do Lar de S. Mateus desenvolvidas internamente, permitindo assim a gestão racional da frota da Instituição, alertando quanto à necessidade de inspeções, revisões e seguros por exemplo. Na área da cozinha, existe agora uma “despensa informática”, onde são registadas as entradas e saídas de alimentos, sendo também registados todos os custos inerentes à área, “o que permite controlar no momento o custo de cada refeição bem como os seus valores nutricionais”, disse o Diretor Geral do Lar de S. Mateus. A implementação do sistema de gestão da qualidade – auxiliado pela ferramenta informática Gesinov – será assim mais um passo da instituição rumo à prestação de um melhor serviço ao utente, cumprindo assim os seus objetivos estatutários de prestação de um serviço de apoio social de qualidade, virado para a pessoa como centro da sua atividade. A instituição acredita que no início de 2017, estará em condições de solicitar a auditoria de certificação.
A INSTITUIÇÃO LAR DE SÃO MATEUS JUNCEIRA O Lar de São Mateus resulta de uma associação de proteção e assistência a pessoas de terceira idade fundada a 18 de novembro de 1979, por iniciativa de um grupo de homens da freguesia de Junceira, concelho de Tomar. Graças ao seu forte empenho, eventos, apoio dos associados e amigos e pequenos subsídios sociais, concretizou-se esta beneficente obra, tão importante no auxílio dos seus conterrâneos e cujo nome, S. Mateus, fora inspirado no santo padroeiro da Junceira, terra mãe desta Instituição. A 4 de setembro de 1985 começou a laborar com os primeiros utentes. Um ano depois, a 6 de setembro de 1986, dá-se a inauguração oficial. Em 1988, surgia a resposta social Centro de Dia com a inserção do primeiro casal. Mais tarde em 1990 chega o Apoio Domiciliário. Em maio de 2010 inauguraram-se as obras de requalificação, fulcrais à melhoria das já existentes condições. O Lar de S. Mateus tem à disposição do utente suites, quartos individuais, duplos e triplos, ginásio e sala de estar, pátio interior coberto, cabeleireira e barbeiro, médico, enfermeira e animadora sociocultural permanentes, fisioterapeuta, psicóloga, professora de Gerontomotricidade, além de outro tipo de serviços que são contratados pontualmente, consoante as necessidades dos utentes e funcionários.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Inovação da Paladin nomeada em Paris A partir do conceito “À Portuguesa”, a Paladin tem desenvolvido um conjunto de produtos que têm servido de base à sua estratégia de internacionalização e dos quais se destaca o Ketchup à Portuguesa. Com mais esta nomeação, agora no SIAL Innovation Paris Selection 2016, o maior salão internacional dedicado à inovação alimentar, Carlos Gonçalves, Administrador da Mendes Gonçalves, dona da Paladin sublinha que “esta nomeação vem demonstrar que é possível ousar e fazer diferente, à portuguesa, e competir com as grandes multinacionais que dominam o mercado de molhos e temperos”. O Prémio SIAL Innovation Paris Selection 2016 é atribuído por um júri constituído por personalidades que incluem desde importantes Chefs de Cozinha a críticos gastronómicos, passando por profissionais da distribuição alimentar. Para João Pilão, Diretor de Internacionalização da Paladin, “sermos nomeados em Paris é a demonstração da dinâmica que a Paladin trouxe ao mercado e que permitiu que no acumulado dos 2 últimos anos o segmento de molhos e temperos crescesse cerca de 40%.”
Considerado um dos melhores do mundo devido à sua qualidade, cor intensa e sabor doce, o tomate português é um dos produtos agrícolas mais importantes para a economia portuguesa, mesmo do ponto de vista das exportações e o mais importante ao nível da economia local. Graças à qualidade desta matéria-prima 100% nacional, a Paladin criou, além do Ketchup À Portuguesa, o Vinagre de Tomate do Ribatejo. Ambos os produtos têm um paladar e um aroma fora de série, resultado da forte aposta da marca em I&D. “A procura constante pela inovação faz parte do ADN da Paladin. Trabalhamos todos os dias para criar produtos dos quais os portugueses e os consumidores que temos em todo o mundo se possam orgulhar. Sabemos que os consumidores estão ávidos por produtos originais, que fazem a diferença na hora da confeção dos seus pratos e este prémio demonstra exatamente isso”, acrescenta Carlos Gonçalves. João Pilão, por seu turno, salienta que “a nomeação para o Prémio SIAL Innovation Paris Selection 2016 acrescenta valor à marca e reforça a nossa estratégia de internacionalização nos mercados
onde já estamos com uma forte presença, como é o caso do Norte de África, do Médio Oriente ou da Ásia, onde este fruto é muito apreciado e um elemento importante da gastronomia local”.
SOBRE A PALADIN A Paladin é uma marca registada da Mendes Gonçalves S.A., empresa familiar fundada na Golegã em 1982. A Paladin é representada por um símbolo intemporal, que vai servir a marca por muito tempo em vários universos, do packaging à frota. Um logótipo sintético, relacional e com ligação a Portugal, mas guloso. Um interface de comunicação e uma Identidade visual que destaque a Paladin no linear.
Ludistones esteve na Marmomacc em Itália
Governo conclui negociações da convenção de dupla tributação com Arábia Saudita O Estado Português concluiu as negociações com as autoridades da Arábia Saudita com vista à celebração de uma convenção para evitar a dupla tributação no que diz respeito a impostos sobre o rendimento. O Aviso nº 103/2016 torna público que foram cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e o Reino da Arábia Saudita para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento. Foram assim cumpridas as respetivas formalidades constitucionais internas de aprovação da Convenção entre a República Portuguesa e o Reino da Arábia Saudita para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal em matéria de impostos sobre o rendimento, assinada em Lisboa a 8 de abril de 2015, tendo a mesma entrado em vigor a 1 de setembro de 2016.
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A Ludistones, empresa situada em Pé da Pedreira, Alcanede, repetiu este ano a sua participação na Marmomacc, uma das principais feira na indústria da pedra, que se realizou em setembro em Verona, Itália. A participação da empresa na área da identificação e comercialização de pedras ornamentais, sobretudo Mármores e nos Calcários, tem como objetivo a comercialização dos seus produtos além-fronteiras, estratégia
que a gerência tem vindo a levar a efeito desde o abertura da empresa em 2013. De facto, a participação da Ludistones na Marmomacc não é uma estreia. A empresa esteve no certame como visitante em 2013, tendo participando já como expositor em 2014, repetindo este ano a sua participação. A apoiar a sua estratégia de internacionalização, a empresa tem já o seu portal traduzido em inglês e francês.
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Casablanca em novembro e Toronto em dezembro
Marrocos e Canadá na rota de internacionalização da NERSANT até ao final do ano O apoio à internacionalização das empresas do Ribatejo tem sido uma aposta constante da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, que tem apresentado às empresas da região diversas opções que cumprem este objetivo. Até ao final do ano, a associação vai estar em missão empresarial em Marrocos e no Canadá. A missão a Marrocos realiza-se entre os dias 20 e 24 de novembro e terá incidência na cidade de Casablanca, o maior centro industrial e comercial do país. Na realidade, esta aposta da NERSANT relaciona-se com o facto de este país continuar a oferecer diversas oportunidades de negócio às empresas portuguesas. Veja-se que, nos últimos anos, o número de empresas portuguesas a exportar para Marrocos quase que duplicou, sendo que o número de empresas portuguesas instaladas em Marrocos passou de 45 em 2004 para cerca de 150 presentemente, muito devido à proximidade geográfica com Portugal e às boas relações económicopolíticas existentes. Tudo razões para as empresas nacionais continuarem a investir neste mercado. No caso do Canadá, a missão empresarial incide em Toronto e realiza-se
em dezembro, entre os dias 4 e 8. Tal como Marrocos, o Canadá é um país pleno de oportunidades de negócio para as empresas portuguesas: com 36 milhões de habitantes e uma enorme presença portuguesa no país (os dados apontam para cerca de 1 milhão de habitantes portugueses), a aceitação de produtos e serviços portugueses acontece de forma natural, com destaque para setores como o alimentar, a construção e a metalomecânica. Em qualquer das missões empresariais, as empresas participantes terão a oportunidade de reunir com empresas locais de acordo com os seus objetivos. No caso do Canadá, para além dos diversos contactos, as empresas participantes terão ainda acesso a um espaço onde poderão expor os seus produtos e/ou serviços, uma vez que a associação irá organizar ainda uma mostra dos produtos/serviços das empresas participantes na ação. As empresas interessadas em integrar estas missões empresariais deverão fazer a sua inscrição em http://exportribatejo2020.nersant.pt/ ou enviando um e-mail para o Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, através dos contactos datic@ nersant.pt ou 249 839 500.
Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação visita Angola A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, visitou Angola, onde reuniu com os seus homólogos do Ministério das Relações Exteriores e com responsáveis de outros Ministérios parceiros da cooperação portuguesa, entre os quais os do Planeamento, Finanças, Saúde, Educação, Ensino Superior, Agricultura e Desenvolvimento Rural, Energia e Águas. Na visita, que decorreu entre 5 e 7 de outubro, a Secretária de Estado reuniu com membros da comunidade portuguesa residente em Angola, incluindo cooperantes e empresários nacionais: esteve presente nas celebrações do 30.º aniversário da Escola Portuguesa de Luanda e participou nas atividades organizadas pelo Centro Cultural Português.
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Foram também organizados encontros de trabalho com representantes de organizações multilaterais presentes em Luanda, incluindo as Nações Unidas, Banco Africano de Desenvolvimento, Fundo Monetário Internacional e União Europeia, tendo em conta as perspetivas da cooperação portuguesa executar projetos de cooperaçã
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Governo promove exportações para o Brasil e oportunidades de investimento em Portugal
AgroCluster leva produtos portugueses a importadores suíços No dia 10 de novembro, o AgroCluster Ribatejo vai estar com um conjunto de empresas nacionais, numa mostra de produtos portugueses que se vai realizar em Genebra, na Suíça. O evento é direcionado a compradores e importadores suíços, pelo que esta pode ser uma oportunidade para as marcas portuguesas entrarem neste mercado. Com o objetivo de identificar e proporcionar oportunidades de exportação para as suas empresas associadas, o AgroCluster encontra-se a organizar uma mostra promocional em Genebra, Suíça, direcionada a importadores, distribuidores, supermercados, agentes comerciais e entidades de relevo no mercado suíço. O evento é, portanto, direcionado exclusivamente a profissionais suíços, sendo uma oportunidade única para as empresas portuguesas, uma vez que poderão conhecer e firmar parceiros, clientes, agentes, distribuidores ou representantes num dos mercados mais ricos da Europa. A mostra decorrerá no dia 10 de novembro e incluirá diversas ações, tais como o agendamento e organização de reuniões B2B com potenciais compradores e entidades locais, transporte de produtos, exposição de produtos em espaço comum, elaboração de “brief report” de informação de negócios sobre os potenciais compradores e distribuição às empresas participantes e ainda a realização de um cocktail de degustação e networking preparado com os produtos das empresas participantes. Neste momento, o AgroCluster Ribatejo ainda tem vagas para as empresas que pretendam participar nesta mostra na Suíça. Os interessados devem assim contactar o AgroCluster através dos contactos geral@agrocluster.com ou 249 839 500 (inscrições até ao dia 07 de outubro).
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O Secretário de Estado da Internacionalização visitou o Brasil entre 19 e 25 de setembro com o objetivo de promover as exportações portuguesas e explorar oportunidades de investimento brasileiro em Portugal, na sequência da recente visita do Primeiro-Ministro. Jorge Costa Oliveira reuniu com empresários brasileiros e portugueses, bem como com representantes do governo brasileiro e instituições empresariais. No Rio de Janeiro, o Secretário de Estado reuniu com a Sociedade Nacional de Agricultura, com a Associação Comercial do Rio de Janeiro, com a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa e com a Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio. Visitou ainda as empresas construtoras Dimensional, Andrade e Gutierrez e o Grupo Libra, ligado aos terminais portuários. Já em Brasília, Jorge Costa Oliveira reuniu com o Ministro Interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com o Secretário Executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, e com o Diretor Industrial da Confederação Nacional da Indústria. Presidiu também a uma Mesa Redonda com empresas e instituições brasileiras e teve uma reunião de trabalho com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Em São Paulo, o Secretário de Estado presidiu a um Seminário com empresas brasileiras, integrado nas ações de cap-
tação de Investimento Direto Estrangeiro, realizado em colaboração com a Federação das Industrias do Estado de São Paulo. Aqui, Jorge Costa Oliveira manteve reuniões de trabalho com Juan Quirós, presidente da INVESTE – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade e com o Sindicato das Empresas de Transportes de São Paulo. Ainda na cidade paulista, realizou-se um encontro de trabalho com Murilo Portugal Filho, presidente da Federação Brasileira de Bancos, principal entidade representativa do setor bancário brasileiro. Na ocasião, em que também estiveram presentes representantes os principais bancos brasileiros, foi discutida a perspetiva global e a estratégia de expansão de bancos portugueses para o Brasil e a perspetiva da internacionalização da banca brasileira. Em São Paulo, o Secretário de Estado da Internacionalização reuniu ainda com Márcio Luiz França Gomes, vice-governador do Estado e Secretário para o Desenvolvimento Económico, Ciência, Tecnologia e Inovação, e com vários grupos de empresários.
Green Apple no Dubai O Dubai recebeu a 16.ª edição do “The Hotel Show”, um evento que se apresentou mais uma vez como uma oportunidade para empresários do ramo colocarem as suas marcas e produtos diretamente nas mãos dos compradores-chave para alguns dos melhores hotéis do mundo. A Green Apple do Cartaxo, esteve presente. Mais de 1000 marcas, oriundas de 45 países, mostraram uma vasta diversidade de produtos e serviços de todos os setores chave da indústria, soluções inovadoras de design e sustentabilidade, assim como novas formas de tirar proveito das mais recentes tecnologias. Uma das marcas nacionais presentes foi a Green Apple, do Cartaxo, que participou em stand conjunto com outras empresas do stand da Associação dos Industriais de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP).
A Green Apple International Trading é uma empresa portuguesa com atividade internacional nas áreas de decoração de interiores, mobiliário e iluminação para hotelaria e residências particulares, sob a marca Green Apple Home Style. É sediada no Cartaxo, onde tem um showroom com 800m2. A aposta na internacionalização da Green Apple chega já a 29 países de três continentes.
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Gencork vence prémio “LES DÉCOUVERTES” na sua estreia na Maison et Objet, em Paris
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Sofalca, empresa portuguesa produtora de aglomerado de cortiça expandida, esteve presente pela quarta vez consecutiva na feira internacional Maison&Objet, em Paris, e segunda este ano. Desta vez a estrela foi a Gencork, com direção criativa do atelier DigitaLab que, com um portfólio repleto de prémios e distinções nacionais e internacionais obtidos em apenas um ano de existência, conseguiu destacar-se numa localização Premium. A qualidade da sua primeira coleção de painéis generativos exibidos na feira foi determinante na obtenção de mais um prémio internacional: “LES DÉCOUVERTES”, entregue desde 2010 às empresas que se destacam por ditarem tendências na área do design. Desde 2010 que o prémio “LES DÉCOUVERTES” da Maison & Objet tem sido entregue aos novos lançamentos de produtos de maior destaque. No comando da seleção apresenta-se um júri composto exclusivamente por blogers e jornalistas web influentes, que têm a árdua tarefa de encontrar numa das maiores referências internacionais na área do design, os objetos mais icónicos e as tendências futuras. O stand da Sofalca, onde a Gencork expôs a sua coleção, foi totalmente construído com os blocos de cortiça da empresa de Abrantes, mostrando que com excelentes materiais, know how e respirando um conceito 100% ecológico, é possível criar espaços que marcam pelo seu design, usabilidade e durabilidade. O stand teve localização Premium, cedida pela organização da própria Maison&Objet, pelo facto da Gencork ter um ADN altamente inovador e diferenciador. “Termos sido destacados pela própria organização de uma das maiores feiras a nível mundial na área do design deixa-nos extremamente orgulhosos”, afirmaram Paulo Estrada, CEO da Sofalca, e Brimet Silva, o diretor criativo da DigitaLab. “No entanto, sabemos que é fruto de um longo trabalho da Sofalca na sua aposta na área do design e do poder realmente diferenciador com que a DigitaLab transforma a nossa cortiça. E o facto da Gencork arrecadar mais um prémio internacional, desta feita “LES DÉCOUVERTES”, de um evento que é um dos mais importantes no panorama do design mundial deixa-nos
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particularmente orgulhosos”, adiantou Paulo Estrada. “Do termo Generative Design nasceu o nome Gencork que assenta todo o seu processo criativo no conceito dinâmico e progressivo dos seus padrões. A morfologia dos nossos produtos evolui de acordo com o espaço, e adapta-se às superfícies com ou sem repetição, tirando o máximo partido das particularidades térmicas, acústicas e estéticas da cortiça”, afirma Brimet Silva. Os profissionais que visitaram a Feira Internacional de Paris em setembro, assim como os elementos que compõem o júri para entrega do prémio “LES DÉCOUVERTES”, puderam apreciar uma inovadora solução de revestimento acústico e térmico que permite a arquitetos e designers cobrir espaços interiores e/ou exteriores com aglomerado de cortiça expandida, mas com o delicado detalhe de padrões únicos, aliando a funcionalidade à componente estética. A Sofalca faz a dobradinha este ano na Maison & Objet 2016: em janeiro com a sua marca Blackcork e em setembro com a Gencork. Esta última foi a estrela do stand da Sofalca na Feira Tektónica 2016 que, com direção artística do atelier Digitalab, a apresentou dois padrões com nove metros quadrados cada (6m x 1,5m), que
aliou o desenho generativo computacional ao aglomerado da Sofalca. A continuidade dos padrões ao longo dos seis metros de comprimento, sem nunca os replicar, demonstrou uma possibilidade única de revestimento contemporâneo com um material também ele único que se destaca para além das já referidas características térmicas e acústicas, mas especialmente pelas sensoriais, finalizando com um desenho tão novo, apelativo e apaixonante, tendo sido inúmeros os pedidos de orçamento e promessas de aquisição. “Na edição anterior da feira Maison &Objet, assim como já sentido em 2015, a Sofalca registou um particular interesse por parte do público: a capacidade de se construírem, apenas com recurso à cortiça, diversas obras efémeras para espaços e eventos, temporários ou fixos, sem nunca perder a sua componente visual nem o seu teor sustentável”, afirmou o CEO da Sofalca. Este ano “o prémio LES DÉCOUVERTES veio mostrar que a criatividade e o saber-fazer da Digitalab, pela mão do Diretor Criativo Brimet Silva, não vai deixar ninguém indiferente nos próximos anos, continuando a ditar tendências”, conclui o responsável. A Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda., situa-se na Bemposta, Abrantes.
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INTERNACIONALIZAÇÃO
Rimol a apostar na internacionalização A Ribatejo Invest foi até Rio Maior conhecer a Rimol - Indústria Metalomecânica Lda. e ficou a saber que a empresa tem vindo a reforçar o seu processo de internacionalização. Produtos de qualidade e credibilidade no mercado foram determinantes para o sucesso da empresa além-fronteiras, em especial nos mercados africanos. Graças à internacionalização, a empresa encara hoje o futuro com grande expetativa e otimismo.
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om 30 anos de história, a empresa Rimol apresenta hoje um vasto know-how neste setor de atividade. Ao longo dos anos, a empresa foi criando uma imagem de seriedade e confiança baseada na qualidade dos seus produtos, o que acabou por fazer dela um dos parceiros privilegiados dos mercados africanos. À semelhança de muitas empresas em Portugal, e apesar de ter uma rede de parcerias internacionais muito interessante, a Rimol viu-se obrigada a apostar de forma mais acérrima nos mercados internacionais. “Há quatro fatores chave na nossa decisão de internacionalização: a estagnação do mercado interno, a nossa vocação para o mercado externo, principalmente para o mercado de África, com o qual mantemos relações comerciais há largos anos, o nosso know-how e credibilidade dos nossos produtos, e ainda a nossa rede de parceiros”, revelou David Esteves,
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Diretor Comercial da empresa à Ribatejo Invest, que nos contou também a estratégia da empresa para “internacionalizar mais” os seus negócios. “A nossa estratégia assenta em conhecer de forma consistente os mercados internacionais com os quais trabalhamos, mas também em conhecer a concorrência, oferecendo soluções chave na mão e custom made diferenciadoras”, fez saber o profissional, expondo algumas das atividades que a empresa tem levado a efeito com este objetivo. “Antes de mais apostámos no aumento da nossa competitividade, apostando na qualidade dos nossos produtos e do nosso sistema de gestão, com a implementação da norma ISO 9001:2008 e com a certificação do nosso processo de soldadura, através da NE ISO 9606-1. Por outro lado, estamos neste momento a dar formação aos nossos colaboradores em Metodologia dos 5S (Kaizen), sensibilizando-os para a importância de cumprir
regras muito simples que acabam por ter um grande impacto na produtividade e qualidade dos nossos produtos, melhorando simultaneamente a nossa satisfação no local”, enumerou o responsável, que não esqueceu ainda a parceria com a NERSANT. “Para além destas evoluções a nível interno, temos apostado numa
Olhamos para o futuro com grandes expetativas e otimismo, não só porque ampliámos o nosso raio de ação, mas também porque constatámos que somos mais competitivos face à concorrência.”
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A aposta na internacionalização deunos não só oportunidades de negócio, como também a oportunidade de melhorar o nosso desempenho!”” parceria com a associação empresarial, com a qual estamos muitos satisfeitos. As atividades desenvolvidas, desde as missões empresariais aos encontros de negócio, têm correspondido às nossas expetativas. De facto, a experiência e a ampla rede de contactos que a NERSANT tem disponibilizado, tem-nos permitido estabelecer contactos nos quais depositamos grandes expetativas”, acrescentou David Esteves. Atualmente, a empresa está presente na Ucrânia e Índia, mas o seu forte é mesmo o mercado africano, exportando principalmente para países como Angola, Moçambique, Cabo Verde e Gana. “Estamos a negociar uma unidade de calcinação para o Gana, para além de termos em mãos um projeto para a construção de 10 unidades de produção de ração animal e outras 10 de produção de farinha de milho e mandioca para Angola”, revelou. Mas este leque de países-alvo da Rimol pode ainda aumentar. “Estamos a negociar unidades de produção de óleos de soja para a Rússia, Dubai, Quénia, Etiópia e Uganda”, divulgou David Esteves à Ribatejo Invest. “O volume de exportação da empresa já foi de 90%, antes da crise das divisas em Angola e da instabilidade em Moçambique. Atualmente é de 50%, mas esperamos poder recuperar a nossa atividade internacional em breve!”
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David Esteves, Diretor Comercial da Rimol
Questionado sobre se vale a pena internacionalizar, David Esteves é, ainda assim, perentório. “Com os nossos mercados tradicionais a passarem por grandes dificuldades, a aposta na internacionalização deu-nos não só oportunidades de negócio, como também a oportunidade de melhorarmos a nossa estrutura, o nosso modus operandi, o nosso desempenho!”, disse, acrescentando que “a visão e as expetativas que temos hoje
são completamente diferentes das que tínhamos há 3 ou 4 anos atrás. Olhamos para o futuro com grandes expetativas e otimismo, não só porque ampliámos o nosso raio de ação, mas também porque constatámos que somos mais competitivos face à concorrência, que levamos fatores distintivos que podem fazer toda a diferença na hora de fechar negócios.” A Ribatejo Invest estará cá para noticiar os próximos sucessos.
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Quinta M nomeada para Best Boutique Hotel Awards 2016 A Quinta M, localizada em Casével, Santarém, é uma das unidades turísticas nomeada para “Best Boutique Hotel Awards 2016”. Os premiados serão divulgados num jantar a decorrer em Londres, no próximo dia 9 de novembro. Propriedade de Louis e Florence Giordimaina, a Quinta M é uma das mais recentes unidades turísticas da região do Ribatejo. O novo refúgio, localizado em Santarém, foi inspirado no “aMor” – pela família, a quinta, os cavalos lusitanos, a natureza, a comida saudável, o yoga, os dois fiéis amigos Lola e Renoir e pelos hóspedes. A Quinta M dispõe no total quatro yourtes - tendas de inspiração e arquitetura mongol, batizadas com nomes tão portugueses como Douro, Tejo, Minho e Lima. A escolha pelas yourtes surgiu como alternativa à restante oferta hoteleira, mas também para captar a curiosidade do cliente mais exigente. “São yourtes modernas, contemporâneas, adaptadas à comodidade dum quarto de luxo, equipadas com casa de banho e com um terraço privado, com vista privilegiada para o verde do campo que ladeia a quinta”, explicou a proprietária.
A unidade turística apresenta-se no mercado como a alternativa aos alojamentos impessoais: é um lugar ideal para casais, famílias ou amigos, que precisam recarregar baterias e passar tempo com aqueles que amam, num ambiente de tranquilidade e paz. Além da oferta diferenciadora de alojamento, o empreendimento dispõe de piscina exterior, bicicletas vintage, aulas de yoga, massagem ayurvédica e taças tibetanas. Canoagem, visitas turísticas pela região, provas de vinho ou passeios de charrete também podem fazer parte da experiência. Para os amantes da equitação ou aspirantes a cavaleiros, a
Quinta M tem uma cavalariça exclusiva e dois picadeiros (interior e exterior). No total existem sete cavalos, na sua maioria Puro Sangue Lusitano, disponíveis para quem queira aulas exclusivas ou estágios de equitação. Esta é já a 6.ª edição dos prémios Best Boutique Hotel, que elegem anualmente os mais luxuosos e singulares hotéis boutique do mundo. Os resultados serão divulgados em Londres no próximo dia 9 de novembro. De referir que um hotel boutique é um conceito muito semelhante ao hotel de charme, mas com maior ênfase nos elementos de arte, individualidade e interatividade.
EMEF mostra remodelação do Alfa Pendular em Berlim A EMEF, Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, S.A. marcou presença na maior Feira Mundial do Setor dos Transportes – a Innotrans 2016 – que arrancou dia 20 de setembro, em Berlim, destacando o trabalho de remodelação profunda que está atualmente a efetuar na frota de comboios Alfa Pendular. Recorrendo a uma aplicação 3D interativa, os visitantes puderam “entrar” nas novas carruagens do Alfa Pendular, ficando a conhecer os espaços interiores remodelados. A EMEF aposta, assim, na divulgação das suas competências internas e na capacidade de integrar soluções globais desenvolvidas pela indústria nacional. O espaço ocupado na Feira pela EMEF disponibilizou também o protótipo de dois novos bancos da Classe Conforto do Alfa Pendular, para que os
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visitantes pudessem tomar contacto direto com algumas das novas realidades. No espaço existiu ainda um quiosque interativo com informação relativa à EMEF e um vídeo de apresentação do trabalho realizado nos Alfa Pendular. A integração de conteúdos e suportes multimédia revela-se a materialização da modernidade da EMEF, apostada no desenvolvimento de soluções. De referir que a Innotrans é um cer-
tame bienal, com particular enfoque no setor ferroviário. A última edição (2014) contou com mais de 2700 expositores de 55 países e mais de 133 mil visitantes de 146 países. Neste certame foi ainda apresentado a primeira parte do documentário audiovisual que está a ser produzido pela EMEF sobre o projeto de remodelação profunda que está a ser efetuada no Parque Oficinal do Centro no Entroncamento.
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ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL
MISSÃO EMPRESARIAL AO CANADÁ TORONTO 04 A 08 DE DEZEMBRO 2016 Sabia que: • O Canadá é a 2.ª maior nação do mundo, em território, com quase 10 milhões de Km2 (corresponde a 109 vezes o território português); • É uma Monarquia constitucional e democrata, sendo Otava a capital e Toronto a cidade com maior população;
• É um Estado Federal do continente norte-americano constituído por 10 Províncias e 3 Territórios e deriva de antigas colónias britânicas e francesas; • O centro económico do Canadá está concentrado em Toronto (sendo um mercado de 12 milhões de consumidores) • Toronto é a cidade norte-americana com maior desenvolvimento imobiliário.
inscrições e mais informações em:
http://exportribatejo2020.nersant.pt
Organização:
Projeto cofinanciado por: UNIÃO EUROPEIA
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
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NERSANT Business 2016
Arrancou o maior Encontro Internacional de Negócios de Portugal Teve início dia 24 de outubro em Tomar, com a presença do Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, Eduardo Cabrita, o NERSANT Business 2016, que já é considerado o maior encontro internacional de negócios de Portugal.
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5ª edição deste evento contou com a participação recorde de 90 empresários portugueses e mais de 70 importadores estrangeiros provenientes de 26 países, entre os quais estão agendadas cerca de 1000 reuniões de negócios. Para Maria Salomé Rafael, presidente da NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, a taxa recorde de participação é a clara “demonstração que, com tenacidade e determinação, fomos capazes de aumentar significativamente as nossas exportações e de dar a conhecer in loco, através do NERSANT Business, as empresas e produtos do Ribatejo”. “Estamos aqui porque uma das principais prioridades da NERSANT é a grande aposta no apoio à internacionalização”, prosseguiu a responsável, destacando ainda que “o Ribatejo tem uma localização privilegiada e um conjunto de infraestruturas e condições da maior importância para o desenvolvimento económico e investimento: cinco parques de negócio, benefícios fiscais, dois institutos politécnicos, centros de investigação, clusters organizados, por exemplo, o agroalimentar, que já fatura 2,5 milhões de euros”. Em nome do Governo, o Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro, Eduardo Cabrita, destacou “o quanto é relevante esta dinâmica empresarial de base terri-
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torial”, referindo o facto de a “NERSANT ter sabido, em tempos de crise económica, reforçar a sua atividade, reagir à adversidade e dinamizar a capacidade tecnológica e exportadora das empresas da região” através de iniciativas como esta. Na sua intervenção, a Presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, reiterou que “Tomar está intimamente ligada à história dos Descobrimentos, que aqui foram pensados e financiados pela Ordem de Cristo. O NERSANT BUSINESS vem dar continuidades a esta tradição”. O encontro prosseguiu com a realização de reuniões de negócios e dois seminários sobre os mercados da Holanda e da Colômbia. Também o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, esteve no evento.
SOBRE O NERSANT BUSINESS 26 países, 70 empresários estrangeiros presentes, 90 empresários portugueses participantes e cerca de 1000 reuniões de negócios realizadas são o balanço da 5.ª edição do NERSANT Business. África do Sul, Alemanha, Angola, Áustria, Brasil, Cabo Verde, Canadá, Colômbia, Estados Unidos da América, Equador, França, Gana, Guiné-Bissau, Holanda, Hungria, Índia, Irão, Japão, Letónia, Luxemburgo, Marrocos, México, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Ucrânia e Vietname foram os países que enviaram
delegações ao NERSANT Business 2016, que contou ainda com a participação de diversas Embaixadas e Câmaras de Comércio internacionais. O NERSANT Business tem como objetivos proporcionar a realização de negócios entre os empresários do Ribatejo e os empresários estrangeiros, promover a internacionalização das empresas e dos produtos da Região e dar a conhecer aos investidores presentes as potencialidades do Ribatejo, nomeadamente as infraestruturas de acolhimento existentes, entre as quais se incluem Centros Tecnológicos, cinco novos Parques de Negócios e escolas profissionais que trabalham em cooperação com empresas e instituições de ensino superior.
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