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RIBATEJO Outubro 2019 • Ano V • Nº49
Especial
Brexit:
• Preparação para um Brexit sem acordo • Governo português aprova novas medidas de preparação para Brexit sem acordo • Consequências do Brexit para as empresas portuguesas em análise na NERSANT P. 50-57
Conheça as alterações
Novo Código do Trabalho em vigor no dia 1 de outubro P. 22
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ÍNDICE
RIBATEJO Outubro 2019 • Ano V • Nº49
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Desenvolvimento Regional
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Empreendedorismo e Inovação 28 Notícias
05 Notícias
32 C2CNewCAp é uma das quatro PME portuguesas apoiadas pelo Conselho Europeu de Inovação
12 Atualidade Nacional 14 Poder Local
16 Intermarché vence 14.ª edição das 24 Horas de Logística 17 Autoridade da Concorrência aprova compra do TVT pela MSC
35 Gato Badéu: A hamburgueria gourmet que concilia produtos tradicionais com inovação
Internacionalização
Informação e Apoio
38 Notícias
18 Promoção da eficiência energética e da utilização das energias renováveis nas empresas
42 Doces D’Aldeia investe 1,7 milhões de euros em novas instalações
22 Novo Código do Trabalho em vigor no dia 1 de outubro
46 Linha de 100 milhões de euros para Seguro Caução dedicada ao setor da construção e obras públicas já está em vigor
44 Empresários da região em missão a Cabo Verde apontam “expetativas largamente superadas”
20 Converte +: Nova medida para incentivar conversão de contratos a prazo em contratos permanentes 24 Novo Programa de Apoio à Sucessão Empresarial e Incremento de Escala
49 NERSANT Business 2019: Empresas francesas querem subcontratar serviços de metalomecânica
Viver o Tejo 26 Maria Lamas, uma mulher do nosso tempo que nasceu há 125 anos
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50 Especial Brexit
58 Hidro Ibérica reforça parceria com espanhola Agromillora
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EDITORIAL
EDITORIAL
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elebramos, nesta edição, o 4.º ano de edições da Ribatejo Invest. Durante estes quatro anos, trabalhámos sempre com o propósito de dar a conhecer a dinâmica empresarial do distrito, de contribuir para a divulgação das boas práticas adotadas pelas empresas ao nível da gestão, produção e inovação, mostrando o que de melhor temos no Ribatejo. Visitámos centenas de empresas, conversámos com empresários, empreendedores, autarcas, decisores, etc.. Testemunhámos o sucesso e o mérito de muitos projetos empresariais no nosso distrito, muitos deles reconhecidos internacionalmente. Acompanhámos o crescimento de muitos projetos de empreendedorismo, que vingaram graças à persistência e coragem dos seus promotores. As dificuldades e os constrangimentos à atividade empresarial do distrito foram (e serão) sempre um tema recorrente na Ribatejo Invest. Com a ajuda de muitos especialistas que connosco colaboraram, abordámos e esclarecemos dúvidas sobre alguns temas de grande importância para as empresas,
FICHA TÉCNICA Diretora: Maria Salomé Rafael Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Sandra Pereira ribatejo.invest@nersant.pt
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Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt
sempre numa perspetiva positiva, mostrando alternativas e os apoios disponíveis. Nestes quatro anos, houve algumas situações que se mantiveram inalteradas ou que se agravaram, mas também houve melhorias significativas e progressos em muitas áreas. O volume de exportações aumentou, temos mais empresas a exportar e diversificámos para outros mercados. Na Ribatejo Invest temos acompanhado de perto todos os esforços e investimentos que as empresas ribatejanas têm feito para se modernizarem e acompanharem os desafios inerentes a um novo paradigma industrial e económico. No dia-a-dia das empresas, verificamos que sustentabilidade, inovação e indústria 4.0, são conceitos já interiorizados e postos em prática por um número cada vez maior de empresas. São algumas destas histórias de sucesso empresarial que vos convidamos a conhecer, nesta edição especial da Ribatejo Invest.
Maria Salomé Rafael Presidente da Direção da NERSANT
Periodicidade: Mensal Tiragem: 500 exemplares
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Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
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Explazeite com novo site e novos produtos A Explazeite, empresa com produção própria de azeite e vinho sediada no Freixial, em Ferreira do Zêzere, possui um novo portal, bem como novos produtos. O novo portal, disponível
para acesso em www.explazeite.pt em português ou inglês, para além de apresentar a empresa – que conta com um historial de 20 anos de sucesso – dá ainda a conhecer todos os seus produtos,
nomeadamente azeite, vinho, azeitona, tremoço e combinados. A empresa tem vindo, ainda, a lançar novos produtos. Para comemorar os seus 20 anos, a empresa lançou o azeite Terras do Zêzere Seleção Virgem, “onde se preservam os mais intensos e típicos sabores do mediterrânio, através do seu toque peculiar e intenso, bem como a tradição dos cantares durante a apanha da azeitona em Ferreira do Zêzere!”, anunciou no seu novo portal. Disponível em latas de 500 ml, esta edição comemorativa do 20.º aniversário da Explazeite apresenta no verso das mesmas “quadras cantadas pelos locais aquando da apanha da azeitona na Quinta da Ponte do Tabuado”. De acordo com a empresa, as quadras foram “amavelmente cedidas por Luís Baião, e transcritas a partir da coleção iconográfica de seu avô, o engenheiro José Baião”.
Vendas do Grupo Os Mosqueteiros sobem 10% em 2018 para 2,2 mil milhões As vendas do Grupo Os Mosqueteiros subiram 10% no ano passado, face a 2017, para 2,2 mil milhões de euros, avançou o grupo, que anunciou ainda a abertura de “uma centena de novos pontos de venda” no mercado português. “O grupo Os Mosqueteiros encerrou 2018 com um volume de negócios global de 2,2 mil milhões de euros, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior”, refere a empresa em comunicado,
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adiantando que em Portugal conta com “320 pontos de venda que representam três insígnias: Intermarché, Bricomarché e centros auto Roady”. Para este ano, em que comemora o 28.º aniversário em Portugal, o grupo “traçou como meta o aumento contínuo do parque de lojas, uma estratégia transversal às três insígnias presentes no país”, acrescenta. “A estratégia, integrada num plano
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de expansão até 2023, prevê a abertura de cerca de uma centena de novos pontos de venda, o que constitui uma oportunidade para os empreendedores e investidores portugueses que pretendem criar o seu próprio negócio”, salienta. De referir que o Grupo Os Mosqueteiros possui uma base na região do Ribatejo, nomeadamente no concelho de Alcanena.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Vibeiras celebra 31.º aniversário A empresa Vibeiras, com sede em Torres Novas, celebrou no passado mês de setembro, 31 anos de atividade. Possui no seu currículo mais de 1000 obras efetuadas em Portugal e no estrangeiro. “Há 31 anos, em setembro de 1988, nascia a Vibeiras, a primeira empresa em Portugal a definir como seu objeto o projeto e obra de arquitetura paisagista”, começou por anunciar a empresa na sua página de facebook. A empresa referiu ainda que, ao longo destes 31 anos de atividade no mercado, alcançou “um vasto currículo no projeto, construção e manutenção de espaços exteriores, relvados desportivos, campos de golfe e espaços de jogo e recreio”, no total de “mais de 1000 obras efetuadas em Portugal e
no estrangeiro”. Passados 31 anos, refere a empresa, a sua missão mantém-se: “conceber soluções interdisciplinares que conjuguem
a valorização do território, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos utilizadores dos nossos espaços. Continuemos a crescer!”, fez saber.
Companhia das Lezírias conquista aumento salarial de 35 euros
Fluxoterm tem novas instalações A Fluxoterm, empresa de prestação de serviços na área da climatização, anunciou na sua página de facebook, a passagem da sua sede para novas instalações. A empresa tem, assim, desde 16 de setembro, uma nova morada, sita na Variante da Caranguejeira, nº 4275, Pereiras, 2420-125 Caranguejeira, devendo toda a correspondência direcionada à empresa ser enviada para o novo endereço. A empresa anunciou
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ainda que “os contactos telefónicos se mantêm”. Fundada em 2001, a Fluxoterm tem como missão oferecer todo o tipo de serviços na área da climatização e redes hidráulicas, proporcionando aos seus clientes a satisfação de soluções sustentáveis. Climatização, Energia Solar, Canalização, Redes de Gás, Redes de Incêndio, Desenfumagem e Gestão Técnica são alguns dos produtos / serviços da empresa.
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O SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal assinou na manhã de 18 de setembro, em Samora Correia, um aumento salarial de 35,07 euros para todos os trabalhadores da Companhia das Lezírias, anunciou a CGTP no seu portal. Para além do aumento salarial “foi possível alcançar outras importantes mais-valias para os trabalhadores como são exemplo: salário mínimo de 635,07 euros, um aumento de diuturnidades de 5,85% e o aumento de 3,45% das restantes cláusulas pecuniárias (à exceção do subsidio de alimentação)”. Também as comparticipações para as despesas de saúde vão ser atualizadas com um aumento, dos atuais 60€, para 75€ em 2019 e 100€ em 2020, referiu ainda a CGTP. De referir que o presente acordo apenas foi possível devido à sindicalização dos trabalhadores, que reivindicavam uma atualização salarial, inexistente há 9 anos.
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Primetool anuncia parceria com a OZ Energia A Primetool – Produção de Elementos de Comunicação, Lda., com sede na zona industrial de Cerrada Grande, em Torres Novas, acaba de anunciar uma parceria com a empresa OZ Energia. No âmbito da mesma, a empresa produziu e instalou a imagem “do novo posto de combustível da OZ Energia em Alvalade do Sado”, anunciou na sua página de facebook. De referir que a Primetool é especialista na produção de equipamentos para comunicação institucional, contando o seu portfólio com produtos bastante variados, tais como reclamos luminosos, sinalética, expositores, reclamos monobloco, impressão digital, merchandising, painéis digitais e outdoors. A empresa, pertença do Grupo Filipe Faria, acumula mais de 35 anos de experiência e know-how e tem evoluído fortemente em soluções para o mercado B2B.
PTisp de Constância patrocina conferência sobre E-commerce / Novos Canais Digitais A PTisp, hosting provider de referência com sede em Constância, é Gold Sponsor da Conferência “E-commerce / Novos Canais Digitais”, promovida pela AEP - Associação Empresarial de Portugal, e que se vai realizar no próximo dia 14 de novembro, no auditório do Edifício de Serviços da AEP, em Leça da Palmeira. O evento tem como principais objetivos debater como as empresas podem potencializar o seu negócio de e-commerce, analisar modelos de negócio digital alternativos e novos canais digitais. De acordo com a PTisp na sua página de facebook, “este será um evento diferenciador com foco nas experiências de networking e no negócio a proporcionar a todos os seus participantes e expositores”. O acontecimento apresenta diversos oradores e temáticas a explorar. Rui Cunha vai falar sobre “Os modelos
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de negócio online para PME”, Jorge Vieira apresenta o tema “Do modelo tradicional para o digital” e Miguel Brandão focar-se-á na temática “SEO: como começar, implementar e obter resultados”. João Coelho intervém sobre “Dropshipping – um novo mundo por explorar. Aumente as suas receitas no online”, Márcio Miranda sobre “E-commerce e Publicidade nas Redes Sociais - Uma parceria de sucesso” e Roberto Cortez explicará
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como “ Potencializar negócio através do Google Ads”. Os interessados em consultar mais informações sobre o evento podem fazê-lo na página da PTisp em https:// ptisp.events/. De referir que a PTisp é um hosting provider de referência implementado no mercado desde 2001, com operações em Portugal e Espanha. A empresa de serviços de informática e internet tem sede em Constância.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Sugal celebra contrato com LPR Portugal O Sugal Group, empresa agroalimentar portuguesa com fábrica e escritórios em Benavente, celebrou um contrato de fornecimento de serviços de pooling com a LPR - La Palette Rouge Portugal, uma divisão do grupo Euro Pool System. Detentor da marca Guloso, entre outras, o Sugal Group apresenta uma capacidade diária de processamento superior a 16 mil toneladas de tomate fresco na Europa e de mais de 12 mil toneladas de tomate fresco no Chile e mais de duas mil toneladas de fruta (maçã, pêssego, pera, ameixa, entre outras), o que faz da empresa um dos maiores processadores mundiais. Com efeitos desde o início de julho, a LPR Portugal passou operar como fornecedor de serviços de “pooling” do Sugal Group, num vínculo estabelecido para os próximos dois anos. “É com particular apreço que registamos a confiança depositada por uma das referências da agroindústria nacional e com uma consolidada presença internacional. O vínculo estabelecido com o Sugal Group representa, para a equipa da LPR Portugal, um compromisso e um orgulho, em poder fazer parte da cadeia de valor que leva algumas das marcas mais conhecidas no nosso país até à mesa de todos os consumidores”, destacou Flávio Guerreiro, Country Manager da LPR Portugal. “Os desafios do mercado moderno
levam a que as empresas procurem ter, de forma sistemática, os melhores procedimentos, produtos e serviços de modo a entregar a melhor proposta de valor aos seus consumidores. O setor agroalimentar não é exceção, pelo que a parceria com a LPR Portugal resulta da confiança depositada na sua capacidade de gestão dos nossos ativos logísticos, sendo um parceiro valioso na eficácia da nossa cadeia de valor”, declarou Ricardo Ramos, Director Supply Chain no Sugal Group. Com seis mil pontos de recolha e oito armazéns logísticos que asseguram a mobilidade e manutenção de um par-
que de mais de dois milhões de paletes em circulação diária em Portugal Continental e ilhas, a LPR Portugal apresenta-se, assim, como a empresa especialista em movimentações de bens de grande consumo, capaz de adaptar a oferta à medida das necessidades dos seus clientes, no que concerne à gestão de serviços de “pooling” e gestão de paletes simples. De referir que o Sugal Group é especializado na produção de concentrado e polpa de frutas a nível global, detentora de duas unidades produtivas em Portugal (Azambuja e Benavente), uma em Espanha e duas no Chile.
Fernanda Galo Laboratórios assinala Dia Mundial da Segurança do Doente O Fernanda Galo Laboratórios associou-se à iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao assinalar, no dia 17 de setembro, o primeiro Dia Mundial da Segurança do Doente. A campanha centra-se na temática da “Segurança do Doente: uma prioridade da Saúde Global”, com a mensagem “Pela Segurança do Doente: intervenha!”, e pretende reforçar a importância da segurança do doente, bem como mobilizar doentes, profissionais de saúde, decisores políticos, académicos, investigadores, associações e
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indústrias do setor da saúde a intervir. “Também no nosso laboratório colocamos em prática todos os dias estes pressupostos para a segurança
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e confiança no seu diagnóstico laboratorial imperem”, referiu o Fernanda Galo Laboratórios, na sua página de Linkedin.
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Lipronerg assina parceria com União das Misericórdias Portuguesas A Lipronerg, Engineering Consultants assinou, no passado mês de agosto, uma parceria com a União de Misericórdias Portuguesas com o intuito de promover acesso às Misericórdias a serviços como Avaliação e Controlo Ambiental, Qualidade do Ar Interior, Projetos de Engenharia, Certificação Energética e Eficiência
Energética e Hídrica. Através desta parceria, a Lipronerg apoia agora a implementação de medidas de avaliação e controlo ambiental e prevenção de risco de infeção, nomeadamente a Legionella, nas Misericórdias portuguesas, que já foram informadas desta união através da receção da Circu-
lar 39/2019, da União das Misericórdias Portuguesas. De referir que a Lipronerg é uma empresa de referência na área da avaliação e implementação de controlo ambiental e qualidade do ar interior, auditorias energéticas e hídricas e certificação energética de edifícios com sede no Entroncamento.
Agromais e Agrotejo acolhem 5.ª edição da praxe solidária da Católica-Lisbon A Agromais e Agrotejo acolheram, pelo quinto ano consecutivo, 300 caloiros da Católica Lisbon School of Business & Economics, em mais uma ação do projeto Restolho, que tem como objetivo promover o combate ao desperdício alimentar. A 5.ª edição da praxe solidária da Católica-Lisbon decorreu no dia 4 de setembro. Assim, o “Dia Solidário” da Católica-Lisbon, que pretende integrar os novos alunos no ambiente académico, envolvendo-os e partilhando os valores fundamentais que estão na base da cultura da universidade, aderiu uma vez mais ao projeto Restolho.
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Desta vez, o programa da 5.ª edição da praxe solidária da Católica-Lisbon começou pelas 13h00, com receção e piquenique nas instalações da Agromais de Riachos, seguindo-se, pelas 14h30 e até às 17h00, a apanha da batata na Quinta da Labruja. Criado sob o mote “uma segunda colheita para que nada se perca”, lançado no ano 2013, pela Agromais e Agrotejo, em parceria com a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBACF) e a Entrajuda, o projeto Restolho tenta fazer a ponte entre os produtos hortícolas que ficam nos campos e os Bancos Alimentares da região onde
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se inserem estas organizações de produtores. Para além da distribuição de alimentos a famílias carenciadas, é objetivo, ainda, ver reduzido o desperdício alimentar na atividade agrícola. De referir que, desde o arranque da iniciativa, o projeto Restolho já recebeu mais de 4000 voluntários, entre empresas, escolas, universidades, e colheu cerca de 90 toneladas de produtos hortícolas nomeadamente, abóbora, alho, cebola, couves, batata, fava, melão, tomate, entre outros, que por serem perecíveis, não são habitualmente doados nas campanhas de recolha apesar da sua importância na alimentação.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Leroy Merlin abre em Santarém e cria 110 postos de trabalho A 18.ª Loja Leroy Merlin foi inaugurada dia 18 de setembro, no Santarém Retail Park, e tem desde já, 110 trabalhadores diretos e uma área de 7000m2, de bricolage, construção, decoração e jardim. A inauguração, contou com a participação de Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara de Santarém, Cristina Casanova, Vereadora da Câmara de Santarém e de Carlos Marçal, Presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, Karine Blaise, diretora geral da Leroy Merlin Portugal, Jorge Neves, diretor de operações da Leroy Merlin e Catarina Nunes, diretora da Loja de Santarém. Esta Loja Leroy Merlin de última geração, conta com 12 quiosques digitais que complementam a oferta exposta. O cliente terá ao seu dispor serviços como, por exemplo, o Click & Drive 2h, que permite comprar online, com acesso a mais de 120 mil produtos disponíveis, e recolher a mercadoria na loja em apenas duas horas, ou o Self Check-Out, para um processo de compra rápido e autónomo.
Ta m b é m a á re a d e m a t e r i a i s d e construção representa um conceito inteiramente dedicado, concebido a pensar, sobretudo, nas necessidades e especificidades do cliente profissional. Os clientes vão poder encontrar uma oferta alargada de mais de 900 produtos
indispensáveis à concretização de uma grande ou pequena obra e ainda um serviço de atendimento e aconselhamento especializado, com variedade e stock disponível de produtos como cimento, tijolo, placa de gesso, isolamento, cobertura e cerâmica.
Pelarigo organiza Dia de Campo do Milho na Golegã Decorreu no passado dia 19 de setembro, na Golegã, o “Dia de Campo do Milho”, organizado pela Pelarigo em parceria com a Fertibéria Tech (ADP). O evento teve lugar na propriedade de António Martinho, com o intuito de apresentar o ensaio de fertilização da cultura do milho, com especial incidência nas gamas “Nergetic” e “Plusmaster”. De acordo com a Pelarigo na sua página de facebook, “numa primeira observação, aceite unanimemente, a modalidade de fertilização testada apresenta-se bastante melhor que a testemunha… situação que espectamos ver concretizada aquando da colheita da parcela”. Esta partilha de conhecimento e ensaios sobre diferentes modelos de fertilização de milho, culminaram com um almoço convívio no restaurante O Barrigas, na Golegã, onde se debateram algumas questões relacionadas com a manhã de campo, revelou ainda a empresa, que tem sede em Foros de Salvaterra e loja na Azinhaga, concelho da Goelgã.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
ATUALIDADE NACIONAL
Prémio Nacional de Agricultura com candidaturas abertas Estão abertas as candidaturas ao Prémio Nacional de Agricultura, iniciativa que incentiva e premeia os casos de sucesso da Agricultura e Agroindústria, Florestas e Pecuária. O concurso tem como objetivo premiar projetos e iniciativas que se distingam como casos portugueses de sucesso, enquadrados nas categorias Jovens Agricultores / Novas Empresas, ENI, Empresas e Associações / Cooperativas. Pretende-se igualmente reconhecer e distinguir produtos, grandes empresas e personalidades pelo seu importante contributo para os setores da Agricultura, Agroindústria, Florestas e Pecuária. O concurso é uma iniciativa do BPI,
Correio da Manhã e Jornal de Negócios e premiou, nas últimas edições, dezenas de empresas e personalidades,
que comprovam o dinamismo do setor. O prazo para submissão de candidaturas termina a 31 de outubro.
Fundos de CoInvestimento, Fundos de Investimento Imobiliário, abrangendo ainda os incentivos fiscais ao investimento e a capitalização das empresas. “O financiamento do tecido empresarial será o tema mais crítico da economia portuguesa nos próximos anos”, afirmou o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, na apresentação do Portal do Financiamento, em Lisboa. “Apesar da panóplia muito vasta de linhas de crédito com garantia mútua - ao todo estão em vigor quase meia centena destas linhas -, estes instrumentos são muito pouco claros para aqueles que são os seus destinatários”, disse o
Ministro, acrescentando que “o Portal do Financiamento é uma tentativa de simplificar e tornar mais acessível os recursos públicos à medida das necessidades daqueles que deles carecem”, referiu Pedro Siza Vieira. Inserido no programa Capitalizar, o Portal do Financiamento é uma iniciativa do Ministério da Economia e do IAPMEI em parceria com o Turismo de Portugal, a SPGM, a IFD, a Portugal Ventures, a PME Investimentos e o Turismo Fundos, com apoio do Portugal 2020, ao abrigo do Sistema de Apoio à Modernização e Capacitação da Administração Pública (SAMA).
Portal do Financiamento visa simplificar e adequar recursos públicos os empresários Já está online o novo Portal do Financiamento, onde as empresas podem encontrar, agregadas num local único, diversas soluções de financiamento com apoio público, direcionado em particular às PME, nas diversas fases da sua atividade e investimento. Assim, o Portal do Financiamento tem como meta ajudar os empresários a encontrar o instrumento financeiro que mais se adequa a cada projeto, setor de atividade e fase de vida da empresa. A informação encontra-se estruturada em função das necessidades das empresas, das suas estratégias de investimento (crescimento, expansão, exportação, capitalização, etc.), da dimensão empresarial ou do setor de atividade. O objetivo é apresentar as soluções, tendo em conta o perfil do investidor e das características do negócio, bem como identificar os agentes responsáveis pela sua operacionalização. O Portal do Financiamento, alojado no site do IAPMEI, disponibiliza informação sobre um variado leque de soluções, como a Garantia Mútua, Seguros de Crédito, Capital de Risco, Business Angels,
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IFD subscreveu Carta de Compromisso para o financiamento sustentável em Portugal A IFD subscreveu a Carta de Compromisso para o financiamento sustentável em Portugal. A Carta de Compromisso tem em vista contribuir para a promoção e o desenvolvimento do financiamento sustentável em Portugal, dando continuidade ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Grupo de Reflexão para o Financiamento Sustentável. O Grupo de Reflexão para o Financiamento Sustentável, constituído pelos principais atores do setor financeiro em Portugal e coordenado pelo Ministério do Ambiente e da Transição Energética, em parceria com o Ministério das Finanças e o Ministério da Economia, identificou as áreas essenciais e um conjunto de recomendações, com diferentes âmbitos
temporais, para que o setor financeiro nacional possa contribuir para acelerar este processo, nomeadamente através da criação de uma estrutura para promoção do Financiamento Sustentável em Portugal. As instituições financeiras signatárias e a Euronext Lisbon assumem o compromisso de promover o debate sobre a sustentabilidade e sobre os riscos e as oportunidades ambientais, sociais e de governação ao nível dos Conselhos de Administração das instituições financeiras, tendo em vista que esses riscos e oportunidades sejam considerados na definição das respetivas estratégias; promover a formação em financiamento sustentável dirigida aos seus colaboradores nos diversos níveis da organização
(incluindo o Conselho de Administração), com enfoque para a área de análise de risco de crédito, produtos financeiros, comercial e/ou produção; acompanhar a revisão dos critérios da PME Líder e PME Excelência, de forma a incorporar, gradualmente, os temas da sustentabilidade nesses critérios e aceitar a possibilidade de se criar uma categoria de PME Verde ou PME Sustentável; promover a gradual integração dos critérios ambientais, sociais e de governação nas análises de financiamento e investimento; e acompanhar e participar nos trabalhos futuros decorrentes do Grupo de Reflexão para o Financiamento Sustentável.
“Há muita coisa para fazer” nas áreas de localização empresarial do interior “Há muita coisa para fazer, sobretudo ao nível de áreas de localização empresarial” do interior, afirmou o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, após a reunião periódica da Comissão de Captaçãhho de Investimento para o Interior, em Castelo Branco. Esta Comissão, que engloba um conjunto de entidades da Administração Pública, analisa o trabalho que está a ser desenvolvido, quer ao nível de promoção externa e interna do interior, quer ao nível do trabalho para melhorar as condições de atração destes territórios. “Os investidores precisam disso e precisamos de melhorar a disponibilização de solos ou até de melhorar os ativos existentes”, acrescentou o Ministro.
OTIMIZAR E CAPTAR INVESTIMENTO O Governo aprovou um programa para o interior que tem como objetivo estruturar melhor os esforços da Administração Pública para captar investimento para estes territórios de baixa densidade. “Para isso, temos de trabalhar em três
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frentes. Por um lado, promover melhor o interior como destino de investimento e levar ao conhecimento dos investidores nacionais e estrangeiros aquilo que são as diferenciações positivas e as capacidades dos territórios do interior”, disse Pedro Siza Vieira. “Em segundo lugar, simplificar processos de licenciamento para investimentos de alguma dimensão. A terceira nota: melhorar os apoios existentes à localização de investimentos no inte-
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rior, designadamente através de apoios financeiros específicos e benefícios fiscais mais robustos”, afirmou ainda o Ministro. Pedro Siza Vieira lembrou que existe também o regime dos projetos de investimento nacional, que promovem ideias acima de 25 milhões de euros: “Aquilo que fazemos é, para os territórios do interior, ter essa mesma via verde para projetos acima de 10 milhões de euros ou até de valor inferior”, concluiu.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
PODER LOCAL
Torres Novas: SECAL vai realizar empreitada “Central do Caldeirão e áreas exteriores”
Foi adjudicada a empreitada da obra “Central do Caldeirão e áreas exteriores” à empresa SECAL - Engenharia e Construções, S.A., de Alcanena, pelo montante de 1.585.887,27 euros, acrescido de IVA à taxa legal em vigor, e com um prazo de execução de 12 meses. Esta intervenção, incluída no PEDU -
Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, permitirá devolver a “centralidade” ao edifício, salvaguardando as suas características arquitetónicas, recuperando ainda a maquinaria existente. O espaço será dotado de uma área museológica (Centro de Interpretação) que revisita o funcionamento desta ins-
talação. O edifício terá condições para acolher ações culturais e de dinamização social e económica, incluindo um restaurante, um espaço multiusos para espetáculos, áreas para comércio e serviços e todo o tratamento do jardim exterior com vista para a tarambola.
Câmara de Ourém adjudica expansão do Parque da Cidade a empresa local O Município de Ourém deliberou, na Reunião da Câmara Municipal de 16 de setembro, adjudicar à empresa Major, Santos & Filhos, Lda., a empreitada da 1.ª fase de expansão do Parque da Cidade - António Teixeira. A empreitada foi adjudicada a esta empresa, sediada em Espite, pelo valor de 349.265,36 €, acrescido de IVA à taxa legal em vigor. Os trabalhos deverão avançar já em outubro, sendo que o contrato de execução prevê que a obra esteja concluída em 240 dias, por forma a que os oureenses possam desfrutar da ampliação deste espaço icónico da cidade de Ourém já no próximo verão. Aprovado na Reunião da Câmara de 5 de novembro do ano passado, o projeto de execução da 1.ª fase de expansão do Parque da Cidade - António Teixeira privilegia a requalificação da zona ribeirinha compreendida entre as Piscinas Municipais de Ourém e a Rua Marquês de Valença. A generalidade da intervenção pre-
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vista contempla as especialidades de arquitetura paisagística, fundações e estruturas, drenagem de águas residuais, rede elétrica e iluminação
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pública, além da limpeza, valorização e consolidação dos taludes da Ribeira de Seiça, assim como o prolongamento da rede de percursos e da estrutura verde.
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ExpoAlcanede dá a conhecer a freguesia A XII ExpoAlcanede / XVI Mostra Gastronómica foi inaugurada dia 19 de setembro, em Alcanede, por Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Manuel Joaquim Vieira, Presidente da Junta de Freguesia de Alcanede, Nuno Serra, Inês Barroso e José Santos, Vereadores da Câmara de Santarém, diversos Presidentes de Juntas de Freguesia do Concelho, membros da Assembleia Municipal, entre outros. Esta é uma feira onde mais de 40 empresas da região têm a oportunidade de expor os seus produtos, angariando clientes e mostrando o seu trabalho junto da comunidade onde se inserem. Por seu lado, na Mostra Gastronómica, as associações participam com tasquinhas, bares e restaurantes, assim como animação e/ou atuações das Bandas Filarmónicas e Ranchos Folclóricos da Freguesia.
A XII ExpoAlcanede / XVI Mostra Gastronómica, iniciativa organizada pela Junta de Freguesia de Alcanede com o apoio do Município de Santarém, decorreu até domingo, dia 22 de setembro.
A própria NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, integrou a exposição, tendo aí realizado um seminário onde apresentou os seus projetos financiados direcionados para o tecido empresarial.
Feira da Saúde e Bem-Estar no Cartaxo mostrou produtos e serviços do setor Empresas, associações de solidariedade social, organizações públicas e privadas e instituições de ensino, ocuparam o centro do Cartaxo para mostrar produtos, serviços e atividades na área da saúde e bem-estar. A Praça 15 de Dezembro, no Cartaxo, foi palco da Feira da Saúde e Bem-Estar. No dia 28 de setembro, a praça frente ao edifício-sede da Câmara Municipal acolheu um extenso programa de atividades desportivas, culturais e de promoção de estilos de vida saudáveis. Para além da presença de associações de solidariedade social, organizações públicas e privadas, empresas e instituições de ensino, a Feira da Saúde e Bem-estar contou com a presença do Projeto Geração Saudável e do Hospital da Bonecada. A Geração Saudável é um projeto de promoção e educação para a saúde, desenvolvido pela Ordem dos Farmacêuticos, promovido por jovens farmacêuticos e estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, com
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formação prévia e adequada aos conteúdos, que ministram formações muito divertidas às crianças e jovens, com o apoio da carismática mascote, o GS. O Hospital da Bonecada by Bayer é uma iniciativa pioneira da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa – associação sem fins lucrativos. Trata-se de um hospital modelo no qual as crianças levam um boneco para ser tratado. Aqui encontram diversos estudantes da área da saúde que vão acompanhar e promover o tratamento do boneco. Ao longo do percurso os medos das crianças são transferidos para o boneco, consequentemente, no futuro, uma ida ao hospital será mais fácil para aquela criança. O objetivo da iniciativa é erradicar o “Síndrome da Bata Branca”.
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Durante o dia, Feira da Saúde e Bem-estar ofereceu ainda aos visitantes a possibilidade de efetuar diversos rastreios e de participar nas atividades desportivas programadas.
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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Evento decorreu na Mitsubishi Fuso Truck Europe, no Tramagal
Intermarché vence 14.ª edição das 24 Horas de Logística A 14.ª edição das 24 Horas de Logística decorreu, este ano, na Mitsubishi Fuso Truck Europe, no Tramagal, concelho de Abrantes, nos dias 18 e 19 de maio. A entrega dos prémios aconteceu no dia 12 de setembro, com o Intermarché a assumir a primeira posição do pódio.
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e acordo com a Sfori, consultora responsável pela organização do evento, “as 24 Horas de Logística são um evento formativo, de carácter experiencial, focado na gestão de equipas logísticas. Esta iniciativa decorre em contexto real, durante 24 horas ininterruptas, visando testar a destreza intelectual dos participantes como colocar à prova as capacidades relacionais dos mesmos, através de desafios alusivos à área funcional da logística e distribuição”. Desta forma, a ação - em formato de jogo entre equipas - tem uma duração de 24 horas consecutivas, ao longo das quais as 15 equipas participantes nesta edição tiveram de resolver 35 provas (práticas e teóricas, diurnas e noturnas), com vários desafios alusivos à área funcional da logística e distribuição, que colocaram à prova competências como liderança, gestão do tempo, criatividade, adaptabilidade e trabalho em equipa. A grande vencedora do evento, foi anun-
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ciado no dia 12 de setembro, foi a equipa do Intermarché, que revelou à Supply Chain Magazine, media partner do evento, que “as primeiras horas foram difíceis. Era um mundo novo. Vínhamos com um espírito completamente aberto, o que nós queríamos era conhecer uma nova realidade. A nossa primeira experiência foi no ano passado, enquanto organizadores, que foi uma versão completamente diferente”. No entanto, acrescentou a equipa, “conseguimos crescer ao longo das 24 horas”, e que a mais-valia do grupo foi, “embora pertencessem todos à área da logística, virem de áreas completamente diferentes”. A equipa destacou ainda à Supply Chain Magazine que o evento os uniu enquanto equipa, e que foi criada uma “maior camaradagem e sentido de grupo entre nós os cinco”. A Log In Team, equipa dos estudantes da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, arrecadou o segundo lugar, sendo que em terceiro ficou posicionada a equipa da Schnellecke,
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composta pelas divisões Schnellecke Portugal e Logistics. Rui Correia, General Manager da Mitsubishi Fuso Truck Europe, referiu à Supply Chain Magazine que “apesar de sermos uma empresa multinacional, temos uma maneira de estar portuguesa”. O mesmo responsável sublinhou ainda a importância do evento em termos de formação e faz a ponte entre a experiência pela qual as empresas passam e o próprio trabalho das equipas: “sei que é um cliché dizer isto, mas todos ganharam, realmente. Em geral, nestas coisas todos ganham, mas neste tipo de atividade e competição isso ainda é mais verdade”. De referir que, para além de este ano o distrito de Santarém ter sido palco deste evento, através da realização na Mitsubishi Fuso Truck Europe, no Tramagal, também a equipa vencedora do evento tem ligações à região. O grupo Os Mosqueteiros, do qual a insígnia faz parte, tem uma base logística no concelho de Torres Novas, mais concretamente em Bugalhos, Alcanena.
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DR
Concentração de empresas
Autoridade da Concorrência aprova compra do TVT pela MSC A MSC Entroncamento vai mudar-se para o TVT - Terminal Multimodal do Vale do Tejo, situado em Riachos. As atuais instalações da MSC, situadas no concelho do Entroncamento, serão afetadas à manutenção e reparação do material circulante da Medway.
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Autoridade da Concorrência (AdC) deu luz verde à compra do TVT, pela MSC Entroncamento. Em comunicado, a AdC revela a sua “decisão de não oposição” ao negócio da compra do TVT pela MSC Entroncamento, considerando que esta operação de concentração de empresas “não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva nos mercados relevantes identificados”. O TVT é a primeira plataforma logística, com características de porto seco,
em Portugal, assumindo-se como pólo concentrador e distribuidor de carga e mercadorias para o mercado ibérico e mundial. Ocupando uma área total de 200 mil m2, dispõe ainda de uma vasta área para parqueamento de contentores, áreas cobertas para armazenamento e processamento de cargas, zona de parqueamento para veículos pesados, escritórios e zona de alfândega com posto aduaneiro público. A MSC Mediterranean Shipping Company é uma empresa global dedicada aos setores de transporte marítimo e logística.
Presente em 155 países, a MSC agiliza o comércio internacional entre as principais economias do mundo e entre mercados emergentes em todos os continentes. A compra do TVT pela MSC Entroncamento permitirá libertar as atuais instalações desta última empresa, onde passará a funcionar a área de reparação e manutenção do material circulante da Medway, que é detida pela MSC. A Ribatejo Invest deseja que esta concentração de empresas seja o passo em frente há muito esperado para a logística da região do Ribatejo.
INFORMAÇÃO&APOIO
Candidaturas abertas
Promoção da eficiência energética e da utilização das energias renováveis nas empresas Já abriram as candidaturas para apoiar investimentos na área da eficiência energética nas empresas.
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bjetivo: implementação de ações que visem aumentar a eficiência energética e a utilização de energias renováveis para autoconsumo nas empresas, com vista à redução da fatura energética. Tipologia das operações: Intervenções no edificado • Intervenções na envolvente opaca de edifícios climatizados ou refrigerados, com o objetivo de proceder à instalação de isolamento térmico em paredes, pavimentos e coberturas, e assim potenciar reduções do consumo de energia; • Intervenções na envolvente envidraçada de edifícios climatizados ou refrigerados, nomeadamente através da substituição de caixilharia com vidro simples, e caixilharia com vidro duplo sem corte térmico, por caixilharia com vidro duplo e corte térmico. Outras intervenções • Otimização e instalação de tecnologias e sistemas energeticamente eficientes ao nível dos processos produtivos e dos sistemas de suporte, entre os quais se salientam as centrais de ar comprimido, geradores de vapor, caldei-
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ras, instalações frigoríficas, iluminação, entre outros; • Intervenções nos sistemas técnicos instalados, através da substituição dos sistemas existentes por sistemas de elevada eficiência, ou através de intervenções nos sistemas existentes que visem aumentar a sua eficiência energética; • Intervenções ao nível da implementação de sistemas de gestão técnica de energia, enquanto ferramentas de gestão operacional capazes de induzir economias de energia nos equipamentos por estes monitorizados e geridos; • Intervenções ao nível da promoção de energias renováveis nas empresas para autoconsumo, quando complementares com as anteriores (painéis solares térmicos, fotovoltaicos, etc.) – com limite de 20% do investimento total, não considerando o montante de investimento em produção de energia a partir das fontes renováveis. Auditorias • Auditoria ex ante e ex post. – com limite de 5% do investimento elegível. Nota: O investimento a realizar deverá estar suportado por auditoria energética a entregar junto à candidatura. Beneficiários: Empresas de qualquer dimensão e setor de atividade, à exceção: • Financeiras e de seguros – divisões 64 a 66; • Defesa – subclasses 25402, 30400 e 84220; • Lotarias e outros jogos de aposta
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– divisão 92. No aviso do PO Centro apenas são elegíveis empresas pertencentes às divisões 10 a 32 da CAE (Limitação para a Região Centro). Taxa de Incentivo e Forma de Reembolso: • O incentivo é de 70% sobre o investimento elegível; • Subsídio reembolsável. Apenas para a despesa relacionada com as auditorias energéticas é que o apoio é a fundo perdido; • Pode haver lugar à conversão de subsídio reembolsável em apoio não reembolsável, até máximo de 30%, nas situações em que se verifique uma redução do consumo de energia superior a 20% (em intervenções no edificado) ou 10% (noutro tipo de intervenções). Condições do reembolso: sem juros ou outros encargos; 2 anos de carência e 6 anos de reembolso, em prestações semestrais. Prazo de execução das operações: 2 anos Candidaturas: • ALT20-02-2019-57 (NUTS II da Região Alentejo) – até 31.10.2019 (18h) • CENTRO-02-2019-18 (NUTS II da Região Centro) – até 27.12.2019 Dotação Orçamental: 5.000.000,00 € (aviso PO Centro); 3.000.000,00 € (aviso PO Alentejo).
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CONVERTE+ Foi publicada no dia 19 de setembro a portaria que cria a nova medida CONVERTE+, um incentivo à conversão de contratos a termo em contratos sem termo concedido pelo IEFP. Com a criação desta medida, o Governo dá mais um passo no cumprimento dos compromissos que assumiu em matéria de combate à precariedade e de promoção da estabilidade no emprego. As candidaturas a esta nova medida já estão abertas e decorrem até ao final do presente ano.
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reforço e alargamento transitório dos apoios à conversão de contratos foi um dos compromissos assumidos no âmbito do acordo de Concertação Social celebrado em 2018. Esta nova medida surge na sequência da publicação da lei que altera a legislação laboral e que cria a contribuição adicional por rotatividade excessiva, e pretende contribuir para mudar os comportamentos dos empregadores através de um incentivo positivo à conversão de contratos a prazo em contratos permanentes.
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EM QUE CONSISTE A NOVA MEDIDA? O CONVERTE+ é apoio transitório à conversão de contratos de trabalho a termo em contratos de trabalho sem termo, através da concessão de um apoio financeiro à entidade empregadora. Este apoio serve para incentivar as empresas, dentro das margens que a lei proporciona, a optar por contratar sem termo um trabalhador que contratou inicialmente a prazo.
AS CONVERSÕES PODEM SER APOIADAS INDEPENDENTEMENTE DE O CONTRATO A TERMO JÁ TER SIDO RENOVADO? Sim. Esta medida tem como objetivo promover o emprego permanente e favorecer condições de maior estabilidade aos trabalhadores. Se um
QUAIS OS CONTRATOS QUE PODEM SER APOIADOS? Podem ser apoiados os contratos a termo celebrados antes da abertura das candidaturas à medida CONVERTE+ e que venham a ser convertidos em contratos sem termo depois da entrada em vigor da portaria que cria esta nova medida. Existe uma exceção a esta regra que se aplica à conversão de contratos a termo que tenham sido apoiados na medida Contrato Emprego. Essas conversões já podiam ser apoiadas através de um prémio de conversão que está previsto na medida Contrato Emprego e que está sujeito ao calendário de candidaturas a essa medida, mas agora passam a poder beneficiar apenas deste novo apoio.
AS CONVERSÕES TÊM DE SER EFETUADAS ANTES DA CANDIDATURA? Não. Como há regras sobre a data da conversão (depois da entrada em vigor da portaria) e sobre a data de início do contrato a termo que é convertido (antes da abertura das candidaturas), admite-se que a candidatura ao apoio pode ser feita quer antes quer depois da conversão.
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Nova medida para incentivar conversão de contratos a prazo em contratos permanentes trabalhador está a trabalhar a prazo há dois anos e já teve uma ou duas renovações do contrato, a sua transição para um contrato permanente deve ser incentivada.
ção base mensal prevista no contrato de trabalho sem termo, até ao limite de 7 vezes o Indexante dos Apoios Sociais e poderá ser majorado em 10% nos casos seguintes :
QUAL O VALOR DO APOIO?
a) Conversão de contrato de trabalho a termo celebrado com traba-
O apoio será de 4 vezes a remunera-
lhadores que reúnam uma das seguintes condições: • Pessoa com deficiência e incapacidade; • Pessoa que integre família monoparental; • Pessoa cujo cônjuge ou pessoa com quem viva em união de facto se encontre em situação de desemprego, inscrito no IEFP, IP; • Vítima de violência doméstica; • Refugiado; • Ex-recluso e aquele que cumpra ou tenha cumprido penas ou medidas judiciais não privativas de liberdade em condições de se inserir na vida ativa; • Toxicodependente em processo de recuperação. b) C o n v e rs ã o d e c o n t r a t o d e trabalho a termo relativo a posto de trabalho localizado em território economicamente desfavorecido. O apoio financeiro pode ainda ser majorado em 30% ao abrigo da medida Promoção de Igualdade de Género no Mercado de Trabalho , quando se trate de conversão de contrato de trabalho a termo celebrado com trabalhador do sexo sub-representado em determinada profissão (profissão em que não se verifique uma representatividade de 33,3% em relação a um dos sexos).
QUAL O PRAZO DE CANDIDATURA À MEDIDA CONVERTE+? As candidaturas estão abertas até 31 de dezembro de 2019.
MAIS INFORMAÇÃO www.iefp.pt
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Alterações à legislação laboral: O que muda?
Novo Código do Trabalho em vigor no dia 1 de outubro
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s alterações à legislação laboral foram publicadas no Diário da República de 4 de setembro, com a maioria das medidas a produzir efeitos no dia 1 de outubro. Em comunicado, a área de governação do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social realçou as principais alterações, a saber: • Nos contratos de trabalho a termo certo, a duração máxima acumulada (incluindo renovações) baixa, de três para dois anos, enquanto nos contratos a termo incerto baixa, de seis para quatro anos; • A contratação de um trabalhador à procura do primeiro emprego ou dum desempregado de longa duração deixa de ser motivo admissível para a celebração de contrato de trabalho a termo; • Apenas as Micro, Pequenas e Médias Empresas, ou seja, organizações com menos de 250 trabalhadores em início de funcionamento
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podem continuar a celebrar contratos de trabalho a termo durante um período de dois anos; • No trabalho temporário, foi criado um limite de seis renovações ao contrato celebrado a termo certo; • A duração máxima de cada contrato de muito curta duração passa de 15 para 35 dias, mas mantém-se a duração máxima acumulada de prestação de trabalho, que é de 70 dias por ano. Este regime foi também alargado a todos os setores de atividade. • O período experimental dos contratos sem termo passa de 90 para 180 dias no caso de trabalhadores à procura do primeiro emprego ou desempregados de longa duração. • Os estágios profissionais para a mesma atividade e realizados no mesmo empregador passam a contar para o tempo de período experimental. • O número de horas de formação a que cada trabalhador tem
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direito passa de 35 para 40 horas por ano; • A partir de 1 de outubro de 2020 deixam de poder existir bancos de horas individuais em funcionamento, passando a ter de ser acorda-
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dos em grupo, mecanismo este que pode ser aplicado ao conjunto de trabalhadores de uma equipa, secção ou unidade económica, desde que seja aprovado em referendo pelos trabalhadores.
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As alterações aos regimes dos contratos de trabalho não se aplicam retroativamente, ou seja, só valem para contratos celebrados a partir de 1 de outubro de 2019, data a partir da qual entram em vigor as alterações
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legislativas. As alterações ao Código do Trabalho foram aprovadas no Parlamento em votação final global em julho e promulgadas pelo Presidente da República em 19 de agosto.
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Novo Programa de Apoio à Sucessão Empresarial e Incremento de Escala O Ministério da Economia criou o Programa de Apoio à Sucessão Empresarial e Incremento de Escala, dirigido essencialmente a PME, que visa apoiar empresas familiares a assegurarem a transição da propriedade para as gerações seguintes e a aumentar a sua escala através de reforço de capitais, ou de processos de fusão ou aquisição.
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este âmbito, o Ministério da Economia lançou dia 19 de setembro a Linha de Crédito de 100 milhões de euros para Processos de Sucessão Empresarial e Ganhos de Escala. O novo instrumento visa favorecer o posicionamento competitivo no mercado global destas empresas e, ainda, facilitar o financiamento de processos de sucessão e de aquisição tendo em vista o desenvolvimento de negócios, exploração de sinergias e ganhos de produtividade. Por outro lado, o Ministério da Economia irá também garantir um fundo de co-investimento com operadores de mercado e investidores privados em instrumentos de capital e quase-capital que permitam a prossecução dos objetivos declarados. O Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, destaca que “as novas gerações
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têm um peso muito relevante no tecido empresarial português, e apenas com processos de sucessão eficazes e estratégicos, será possível desenvolver e fazer crescer negócio no futuro”. Esta medida insere-se num quadro alargado de trabalho conjunto do Governo em parceria com o IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação e um conjunto de associações empresariais, designadamente a AEF – Associação de Empresas Familiares, e é operacionalizada, do lado da Administração Pública, pela SPGM- Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua. O Programa inclui também ações de sensibilização e formação dirigido aos empresários, levado a cabo pelas associações empresariais.
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VIVER O TEJO
Maria Lamas,
uma mulher do nosso tempo que nasceu há 125 anos
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lgumas escolas em Portugal têm o seu nome, mas pouca gente sabe quem ela foi. O nome de Maria Lamas consta na lista de nomes mais importantes da História portuguesa do séc. XX. Escritora, jornalista e conferencista, Maria Conceição Vassalo e Silva (Maria Lamas) nasce em Torres Novas, na região do Ribatejo, no ano de 1893, quando Portugal ainda era uma monarquia. Proveniente de uma família burguesa, o seu pai era republicano. Maria frequentou os primeiros anos de escola, num colégio de freiras em Torres Novas, e terá desenvolvido um gosto por línguas estrangeiras. Desde muito jovem, Maria Lamas trabalha para poder exercer uma profissão. Defende a igualdade entre géneros, baseada no acesso à educação, e na independência económica das mulheres. Mas também muito nova, aos dezoito anos, apaixona-se por um jovem oficial do exército republicano e casa-se. Por amor, acompanha o marido numa missão em Angola, onde tem a primeira filha, e de onde regressa, grávida da segunda filha e disposta a lutar pelo divórcio e pela autoridade na educação das filhas. Iniciou a sua carreira profissional na Agência Americana de Notícias, tornando-se uma das primeiras mulheres jornalistas profissionais. Escreveu para os jornais “Correio da Manhã”, “Época”, “O Século”, “A Capital” e “Diário de Lisboa”. Volta a casar-se no ano de 1921 com o colega de profissão, Alfredo da Cunha Lamas, num casamento que dura também pouco tempo, mas do qual acaba por guardar o apelido, Lamas, até à sua morte. Deste casamento tem
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uma terceira filha. Em 1928 começou a dirigir o suplemento “Modas e Bordados” do jornal “O Século”, fazendo alterações editoriais que tornaram num êxito de vendas, um jornal que até então dava prejuízo. Na “Modas e Bordados” teve uma coluna onde debatia os direitos das mulheres em Portugal, e através da qual, recebia centenas de cartas. Maria Lamas é uma mulher do nosso tempo e deixa-nos um legado de Conhecimento e de Estudo sobre as mulheres numa diversidade de papéis e contextos. Deixa-nos uma reflexão sobre os diferentes feminismos existentes à época, uma proposta de reflexão e ação da maior atualidade. Na ação destemida, inconformada e comprometida, pugnou pela transformação da vida e da sociedade. Foi uma mulher de ação. Sempre de forma singular e integradora, procurou melhorar a condição de vida das mulheres, dignificar o seu estatuto. Com muitas partilhou momentos de alegria e dor. Maria Lamas não falou apenas de si, mas de todas as outras, mulheres invisíveis, a quem abriu as páginas dos jornais e revistas e lhes deu visibilidade. Defendeu inclusive a presença da Mulher no espaço público. Por aqueles que a recordam, Maria é lembrada como uma mulher que viveu de forma astuta e autêntica. Nunca abrindo mão do seu idealismo, exerceu uma influência subtil na formação de muitas mulheres e alguns homens.
FONTES: HTTPS://WWW.MDM.ORG.PT/ HTTP://OBVIOUSMAG.ORG/
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
Digital Manager Guru vai estar no Web Summit A Digital Manager Guru, empresa sediada na Startup Santarém, vai marcar presença nesta edição do Web Summit, que se realiza já no início no mês de novembro. “Fomos selecionados, entre milhares de startups dos quatro cantos do planeta, para integrar a área beta de expositores do Web Summit - uma das maiores conferências de tecnologia do
mundo”, revelou André Lado Cruz, o fundador da empresa. De referir que a Digital Manager Guru trabalha com uma ferramenta online que simplifica a gestão do negócio digital das empresas, permitindo uma melhor tomada de decisão. A empresa tem sede na Startup Santarém e está, neste momento, em processo de expansão.
Instituto Politécnico de Santarém vence Prémio Nacional de Inovação do Poliempreende O projeto E-Portefolios, do Instituto Politécnico de Santarém, venceu o Prémio Nacional de Inovação do Poliempreende. A final da 16.ª edição do evento aconteceu dia 13 de setembro, no Instituto Politécnico de Tomar. O Poliempreende é uma iniciativa da rede de Institutos Politécnicos, que já existe desde 2003 e que visa, através de um concurso de ideias, avaliar e premiar projetos de vocação empresarial pensados e apresentados por alunos, diplomados ou docentes destas instituições. O objetivo é fomentar uma cultura empreendedora e que impulsione o desenvolvimento de competências, sobretudo nos estudantes, estimulando o empreendedorismo qualificado e criativo. A iniciativa tem uma fase regional, cuja sessão de júri decorreu em junho passado, e, depois, uma final nacional,
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na qual participam os vencedores de cada instituição. A final nacional desta edição contou com a apresentação de 22 projetos. O Prémio Nacional de Inovação foi atribuído ao projeto E-Portefolios, um projeto de tecnologias de apoio à seleção, formação e integração de Recursos Humanos com Deficiências Intelectuais e de Desenvolvimento (DID), apresentado pelos docentes M a r i a B a r b a s e P e d ro M a t o s , d a
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Escola Superior de Educação do IP Santarém. O objetivo do projeto é tornar-se brevemente uma spin-off, colocando ao serviço das empresas um conjunto de ferramentas, metodologias e competências que as apoiarão no cumprimento da Lei 4/2019, de 10 de janeiro, que estabelece o sistema de quotas de emprego para pessoas com deficiência com um grau de incapacidade igual ou superior a 60%.
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BioVó organiza workshops de Biocosmética e Naturopatia A BioVó, marca portuguesa de cosméticos naturais e saboaria com sede em Alcanena, encontra-se a dinamizar em vários pontos do país, workshops e oficinas na área da Biocosmética e Naturopatia. A empresa, que contou com o apoio técnico ao empreendedorismo da NERSANT para a constituição do negócio, realizou, em setembro, diversos laboratórios, entre eles “Cosmética Capilar” (Tomar e Lisboa), “Saboaria” (Torres Novas e Lisboa), “Detergentes Ecológicos” (Entroncamento), “Cosmética Natural (com sal)” (Rio Maior) e “Cosmética Natural” (Póvoa de Varzim). Para outubro, estão agendados os workshops em “Cosmética Natural” (Coimbra, Leiria e Lisboa), em “Cosmética Capilar” (Mozelos, Santa Maria da Feira), “Aromaterapia” (Torres Novas) e “Saboaria” (Amora).
Em novembro, há oficinas de “Saboaria” (Mozelos, Santa Maria da Feira), “Maquilhagem natural” (Entroncamento), e “Cosmética Natural (Prendas de Natal)” (Torres Novas e Lisboa). A calendarização completa dos workshops, com indicação de datas e horários, está disponível no site da empresa, em https://www.biovo.pt/
workshops. De referir que todos os produtos da empresa são produzidos de forma artesanal, apenas com ingredientes naturais, sem recurso a ingredientes de origem animal. A BioVó tem também uma forte componente de Educação Ambiental através do seu projeto a BioVó vai à Escola.
Portugal Ventures desafia empreendedores nacionais
Economia verde, agrotech e bioeconomia e economia do mar são as três áreas target das calls que Portugal Ventures tem em aberto. As candidaturas são até 31 de outubro. A Portugal Ventures lançou um novo desafio aos empreendedores nacionais, convidando-os a apresentar propostas de projetos, de base científica e tecno-
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lógica, nas áreas da economia do mar, economia circular e energia e tecnologia aplicada à agricultura. Colmatar as falhas de mercado e alavancar soluções para problemas ambientais e sociais é o objetivo destas três calls temáticas. A CallBlue Economy é lançada em parceria com o Fundo Azul, permitindo assim o complemento do investimen-
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to da Portugal Ventures com linha de financiamento deste Fundo, sob a forma reembolsável. Também a Call Green Economy e a Call AgroTech tiveram em conta as prioridades nacionais em matéria de ambiente e transição energética, agricultura, florestas e desenvolvimento rural. As candidaturas estão abertas até ao dia 31 de outubro.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
Rui Trol funda WebAppsGlobal
Nova empresa de Benavente apoia processos de Transformação Digital Rui Trol, empreendedor de Benavente, fundou a empresa WebAppsGlobal, focada no apoio aos processos de transformação digital, com o apoio técnico ao empreendedorismo da NERSANT. De acordo com o agora empresário, “a WebAppsGlobal é um projeto criado para disponibilizar às empresas apoio no processo de transformação digital e implementação de soluções Cloud e de mobilidade” e deriva de “conhecimentos adquiridos ao longo de mais de 20 anos na área de Tecnologias e Sistemas de Informação, em projetos de consultoria e desenvolvimento de
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soluções de software, gestão de infraestruturas, redes e sistemas, criação e implementação de projetos IOT (GPS, temperatura controlada…) em áreas como Logística, Distribuição, Transportes, Financeira, Comercial entre outras”. Desta forma, a empresa pretende, “através dos nossos serviços de consultoria e desenvolvimento de software, ajudar na implementação de soluções que melhorem e tragam mais valias aos processos existentes e auxiliar na otimização e evolução dos mesmos, permitindo a integração e disponibi-
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lização da informação em tempo real a todos os seus colaboradores e parceiros de negócio, através de soluções Cloud e de mobilidade”. A empresa situa-se em Benavente, podendo os interessados consultar mais informações sobre os serviços, em http://www.webappsglobal.com.
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E&I
“Portugal Sou Eu” reuniu em Santarém mais de uma centena de empresas aderentes O “Portugal Sou Eu” lançou, no dia 14 de setembro, no Convento de S. Francisco, em Santarém, uma plataforma digital para as empresas aderentes ao Selo “Portugal Sou Eu”. A “Rede de Empresas Portugal Sou Eu” surge para criar novas dinâmicas, numa lógica de rede colaborativa, desenvolvidas em torno de cinco áreas: Informação, Internacionalização, Qualificação, Cooperação e Parcerias e Acordos. O programa, que permitiu criar um momento de networking entre as empresas aderentes ao “Portugal Sou Eu”, contou ainda com um debate sobre a “Rede de Empresas Portugal Sou Eu”, um cocktail, um apontamento musical com a Embaixadora “Portugal Sou Eu”, Cuca Roseta, e um jantar, que uniu todos os que têm acompanhado este percurso de valorização nacional. Durante a tarde, o “Portugal Sou Eu” homenageou também Paulo Nunes de Almeida, que nos deixou recentemente, mas que marcou com a sua ação o programa “Portugal Sou Eu”.
5,2 milhões de euros para o Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria O Programa Operacional do Alentejo aprovou, quatro anos após a assinatura do protocolo de cooperação para o desenvolvimento de um Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria, um investimento de 5,2 milhões de euros para a infraestrutura, que vai agora nascer no Pólo de Investigação da Fonte Boa, na Estação Zootécnica Nacional, no Vale de Santarém. De lembrar que o Protocolo de Cooperação foi subscrito pela Comunidade Inter-
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municipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), Câmara Municipal de Santarém, Agrocluster Ribatejo / NERSANT, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), Instituto Politécnico de Santarém (IPS) e Universidade de Lisboa (UL), numa cerimónia realizada em 23
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de abril de 2015, na Estação Zootécnica Nacional, no Vale de Santarém. De acordo com a CIMLT, em comunicado, “com a aprovação deste investimento, a região dispõe, a partir de agora, de um centro altamente diferenciado e inovador para o setor económico da região”.
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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO
C2CNewCAp é uma das quatro PME portuguesas apoiadas pelo Conselho Europeu de Inovação Foram selecionados 110 projetos inovadores para financiamento ao abrigo do projeto-piloto do Conselho Europeu de Inovação (CEI), na última ronda de financiamento. O montante total a distribuir é de 210,2 milhões de euros, sendo a empresa de Benavente C2C-NewCAp, uma das quatro PME portuguesas apoiadas.
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financiamento foi atribuído no âmbito de duas categorias: “Acelerador do CEI” e “Processo Acelerado para a Inovação” do projeto-piloto do CEI. Cada projeto receberá entre 0,5 e 3 milhões de euros. Graças a este financiamento e a um apoio adicional à aceleração do negócio, as empresas inovadoras poderão
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financiar as suas atividades de inovação próximas da fase de comercialização e aceder mais rapidamente ao mercado. Na categoria “Acelerador do CEI”, 96 PME de 20 países recebem apoio para acelerar o ritmo da sua inovação com 177 milhões de euros. Cada projeto receberá até 2,5 milhões de euros para financiar atividades de inovação como a demonstração, o ensaio, a pilotagem e a expansão. As empresas beneficiarão igualmente de 12 dias de serviços gratuitos de aconselhamento e aceleração empresarial. A maioria das empresas selecionadas desenvolve atividades no domínio das TIC, da saúde e da engenharia. Uma PME portuguesa faz parte deste grupo: a C2C-NewCAp, uma empresa de Benavente fundada em 2014 com origem em investigação desenvolvida no Instituto Superior Técnico. Dedicada à oferta de soluções de armazenamento de energia elétrica, a empresa concebeu um novo dispositivo de armazenamento de energia elétrica para uma mobilidade sustentável. Trata-se de um supercondensador de base aquosa com elevada capacidade de armazenamento de energia que contribuirá para uma utilização
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eficiente da energia com baixos custos ambientais, nomeadamente para baterias de veículos. O financiamento europeu vai ser de 1,4 milhões de euros. Na categoria “Processo Acelerado para a Inovação”, 14 projetos inovadores que envolvem 56 parceiros em 19 países, recebem apoios para um acesso rápido ao mercado, com 33 milhões de euros. Os projetos selecionados receberão cerca de 2 milhões de euros cada um. Os projetos envolvem três a cinco parceiros, incluindo PME e uma maioria de participantes da indústria. As PME participantes também têm acesso a serviços gratuitos de aconselhamento e aceleração empresarial.
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Três projetos selecionados para este financiamento incluem parceiros portugueses: - MappingAir: uma plataforma de monitorização da qualidade do ar e do nível de ruído nas grandes cidades. A sua inovação consiste no baixo custo dos sensores de gás instalados em iluminação pública ou outros elementos de mobiliário urbano e na precisão e rigor dos resultados obtidos. Este projeto internacional vai receber cerca de 2 milhões de euros, dos quais 160.000 euros para a empresa portuguesa OMNIFLOW (Porto), parceira do projeto. - VEMoS: um sistema de diagnóstico revolucionário de modelo ocular
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virtual para um tratamento cirúrgico oftalmológico personalizado. Permitirá decisões clínicas ajustadas às necessidades de cada paciente no quadro das operações de correção da miopia. Este projeto receberá cerca de 3 milhões de euros, dos quais 400.000 euros para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra CHUC, parceiro do projeto. - VIMS: uma plataforma digitalizada integrada para ambientes industriais e fabris. Possibilitará a monitorização e o controlo remoto de linhas de produção por parte de operadores, engenheiros e gestores. O projeto receberá cerca de 2,3 milhões de euros, dos quais 280.000 euros para a empresa portuguesa SERE-
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NITYCLOUD Lda. (Carregado), parceira deste projeto. Carlos Moedas, Comissário com a pasta da Investigação, Ciência e Inovação da Comissão Europeia, afirmou que “cada uma das empresas que recebe financiamento através do Conselho Europeu de Inovação oferece uma solução para um problema que afeta a vida quotidiana dos europeus, seja na área da saúde, meio ambiente, energia e muito mais. É com satisfação que constato que o Conselho Europeu de Inovação já cumpre sua promessa de apoiar os inovadores com a visão e a capacidade de promover mudanças positivas no mundo”.
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A hamburgueria gourmet que concilia produtos tradicionais com inovação Já alguma vez provou um hambúrguer de torricado? E um hambúrguer de choco e salmão? Se a resposta é negativa, então não sabe o que tem perdido. Em Samora Correia há uma hamburgueria tradicional que lhe oferece estes e outros petiscos e que espera a sua visita.
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em pleno centro histórico de Samora Correia, mesmo junto ao Palácio do Infantado, que encontramos o Gato Badéu, uma hamburgueria tradicional que tem conquistado todos aqueles que por lá passam e que também despertou a curiosidade da Ribatejo Invest. Tudo começou há quatro anos, quando Ema e Joaquim Merca, sócio gerente da empresa Merknow (empresa proprietária do Gato Badéu) adquiriram um edifício devoluto e decidiram recuperá-lo, com intenção de dinamizarem o centro histórico de Samora Correia. Após uma pesquisa
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de mercado, decidiram-se pela abertura de um espaço de restauração, certos de que teria de ser algo diferenciador face ao que já existia na cidade de Samora Correia. Foi assim tomando forma a hamburgueria Gato Badéu, um projeto cuidadosamente trabalhado, onde nenhum pormenor foi deixado ao acaso. Até mesmo o nome, Gato Badéu, foi inspirado na alcunha pela qual os familiares e antepassados de Ema Merca eram conhecidos naquela zona. Catarina Guerra ficou responsável pela publicidade e marketing da marca, mas a paixão que sempre teve pela cozinha, fê-la acumular também
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outras funções. Foi ela que concebeu a ementa e é hoje a responsável pela cozinha e pelo serviço ao cliente. Aos 29 anos de idade, com duas filhas e uma licenciatura em Comunicação Organizacional, é na cozinha, a testar receitas e combinações de sabor, que Catarina Guerra se sente como “peixe na água”. Autodidata e apaixonada pela cozinha, Catarina gosta de criar as suas próprias receitas, sempre com a preocupação de utilizar os produtos e sabores tradicionais da região. Foi destas experiências gastronómicas que apareceu o hambúrguer “Quer-Alho” um hambúrguer de baca-
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lhau inspirado no torricado, prato típico da lezíria ribatejana. Aliás, de referir que toda a nomenclatura dos pratos foi concebida em torno do imaginário dos gatos e de expressões ribatejanas, que resultaram em nomes curiosos. Assim, constam da ementa, entre outros, o famoso “Gato-Vadio”, o “Gato Escaldado” ou um “Siamês”. Se preferir, poderá escolher o prato do dia ou uma das várias saladas disponíveis. Da ementa constam ainda hambúrgueres vegetarianos ou vegans, opção cada vez mais requisitada. Para todos aqueles que não podem deslocar- ao restaurante, existe também um serviço de entregas ao domicílio, curiosamente denominado de “Gato Vadio”. Nas redes sociais, sucedem-se os elogios ao conceito inovador desta hamburgueria gourmet que procura conciliar os sabores e produtos tradicionais, apresentando-os de uma forma inovadora.
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Aliás, o Gato Badéu ganhou nos dois últimos anos o Certificado de Excelência atribuído pelo Trip Advisor, prémio concedido a estabelecimentos de hotelaria e restauração que prestam um serviço de grande qualidade. J o a q u i m M e rc a , s ó c i o - g e re n t e , afirma que o Gato Badéu “prima pela diferença e qualidade”, não receando por isso, a concorrência de algumas cadeias de fast-food que se instalaram recentemente na freguesia de Samora Correia. “A nossa carne é entregue duas vezes por dia, nada é congelado”, afirma. Destaca ainda que, apesar do serviço ser idêntico ao que se vê em alguns restaurantes instalados nas grandes cidades, “o preçário não tem nada a ver, é muito mais barato”. A qualidade do serviço é uma das suas preocupações, o que o leva a procurar trabalhar sempre com colaboradores qualificados, com formação específica na área da hotelaria e restauração. Atualmente, ali trabalham nove funcionários.
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Há um ano, este projeto deu mais um passo no sentido do seu crescimento. Joaquim e Ema Merca compraram um edifício contíguo, que também se encontrava em ruínas e recuperam-no totalmente, para aí abrirem uma gelataria. Diz Joaquim Merca que “este edifício, o segundo que comprámos, estava muito degradado e nós reabilitámo-lo totalmente, com um projeto nosso, com uma decoração idealizada por nós”. Este projeto de decoração procurou manter vivas as memórias daquele edifício, onde durante décadas funcionou uma padaria. Assim, na mezzanine, onde noutros tempos dormiam os padeiros, foram recuperadas as cabeceiras das camas de ferro que hoje fazem parte da estrutura decorativa da gelataria e que testemunham a história do edifício. Todo o investimento realizado na aquisição e remodelação dos dois imóveis, assim como na compra de todos os equipamentos, foi feito com recurso a capitais próprios.
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Vibeiras conclui projeto em Marrocos A sucursal da Vibeiras em Marrocos acaba de anunciar a conclusão dos trabalhos na Corniche de Ain Dïab, a avenida marginal principal de Casablanca que se estende ao longo de 3,5 km. De acordo com o anunciado pela empresa na sua página de facebook, “a intervenção incluiu o fornecimento e a instalação de mobiliário urbano, equipamento de jogo e fitness e sinalética”. A Vibeiras é uma empresa com sede em Torres Novas que se dedica há 31 anos a projetos de Arquitetura Paisagista. A empresa atua na área do projeto, construção e manutenção de espaços exteriores, relvados desportivos, campos de golfe e espaços de jogo e recreio, contando, no seu currículo, com mais de 1000 obras em território nacional e internacional.
Lisbon Beyond Summit 2019: o evento para startups que querem apostar na internacionalização O IAPMEI, enquanto coordenador da Enterprise Europe Network em Portugal, promove, no dia 6 de novembro, mais uma edição do Lisbon Beyond Summit, um brokerage event que se realiza anualmente, paralelamente à Web Summit. O Lisbon Beyond Summit, dirigido a PME e startups portuguesas que quei-
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ram internacionalizar o seu negócio, tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de parcerias de negócio entre empresas, bem como entre empresas e investidores portugueses e estrangeiros. Os principais focos de negociação são fintech, deep technologies, digital, Industry 4.0, e-Healht, cybersecurity,
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entre outros. A participação é gratuita, devendo os interessados contactar o IAPMEI para mais informações através dos contactos een.B2B@iapmei.pt ou 213 836 174. O evento dispõe ainda de um portal, disponível em https://lisbon-beyond-summit-2019.b2match.io/.
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Telmo Duarte expõe na Marmomac 2019… Decorreu em Verona, Itália, entre 30 de setembro e 3 de outubro, a Marmomac 2019, evento internacional de referência do setor da pedra natural, certame que pretende dar a conhecer o melhor da tradição e da inovação produtiva a nível mundial, as obras realizadas e a riqueza da pedra natural, bem como as potencialidades expressivas do uso deste material de excelência na arquitetura e no design. A empresa Telmo Duarte - Comércio de Pedras Naturais S.A., de Fátima, concelho de Ourém, marcou presença neste certame. De facto, um dos objetivos estratégicos da Telmo Duarte é a internacionalização, pelo que a participação em feiras internacionais de rochas ornamentais têm sido uma aposta da empresa de forma a publicitar e apresentar os seus produtos, assim como conhecer e analisar as tendências do
mercado, permitindo-lhe ir ao encontro das melhores soluções para os projetos dos seus clientes. A empresa, fundada em 2003, dedica-se à exploração de várias pedreiras próprias, transformação e comércio de
rochas ornamentais não só de origem nacional como internacional. As parcerias estratégicas estabelecidas permitem à empresa apresentar uma vasta qualidade e variedade de produtos.
… E Filstone também Quem também esteve na Marmomac, em Verona, Itália, foi a também empresa de Fátima, Filstone Natural. Para além da apresentação do seu catálogo de produtos e prospeção de mercado, a Filstone aproveitou a presença no prestigiado certame para lançar oficialmente a aplicação Next 360, “uma forma inovadora e sustentável de apresentar o nosso catálogo de produto”, fez saber a empresa através da sua página na rede social facebook. O momento, “que permanecerá na história da empresa”, contou com a presença de diversos convidados e curiosos. De referir que a Filstone - Comércio de Rochas S.A. é uma empresa sediada em Fátima que se dedica à exploração de calcários. Foi fundada decorria o ano de 2002.
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Rações Zêzere intervém em congresso na Tailândia A empresa de Ferreira do Zêzere, Rações Zêzere, esteve presente no World Veterinary Poultry Congress 2019, em Bankok, Tailândia, no passado dia 18 de setembro, onde interveio sobre a utilização de insetos para substituição de soja na alimentação de galinhas poedeiras A conferência decorreu de 16 a 20 de setembro, em Bankok, Tailândia, sob o tema “Aves: a proteína de valor para a saúde”, onde diversos especialistas globais e cientistas conhecidos neste campo apresentaram e debateram temáticas relacionadas com a segurança e biossegurança dos alimentos. No congresso, a empresa Rações Zêzere, através do seu nutricionista Rui Fortunato, formado em Medicina Veterinária, fez uma intervenção sobre a utilização de insetos para substituição de soja na alimentação de galinhas poedeiras. De referir que a Rações Zêzere é uma empresa de capital 100% português, inserida num grupo com mais de 40 anos de experiência no setor agroalimentar. A mesma fabrica e comercializa cereais, misturas e alimentos compostos para animais de criação.
António Costa: “Investimento privado e exportações foram os grandes motores do crescimento económico” O Primeiro-Ministro António Costa destacou que “o investimento privado e as exportações foram os grandes motores do crescimento económico” de Portugal nos últimos anos. Em Lisboa, numa conferência promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, António Costa realçou também a importância fundamental de ter estabilidade para alcançar os resultados positivos. “A devolução de rendimentos deu confiança, a confiança permitiu investimento, o investimento criou emprego e, com esse investimento, as empresas aumentaram a capacidade de competir internacionalmente e de aumentar sempre a quota de mercado ao longo destes quatro anos”, acrescentou. António Costa sublinhou ainda a trajetória de convergência com a União Europeia em 2017, 2018 e 2019, dizendo que “todas as previsões apontam para que vai continuar a haver convergência nos próximos anos”.
PAÍS MAIS PREPARADO PARA UMA FUTURA CRISE O Primeiro-Ministro frisou q u e “ a e s t a b i l i d a d e d o q u a d ro macroeconómico é uma garantia importante quanto aos riscos que Portugal sofre numa crise internacional”, enumerando as evoluções nos saldos primários positivos, na redução da dívida pública e na melhoria das notações das agências de rating. “Aumentámos em 22 anos o quadro de estabilização da Segurança
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Social, houve uma redução do nível de endividamento das famílias e empresas, uma maior autonomia financeira das empresas e uma estabilização do sistema financeiro”, destacou. António Costa afirmou também que existe atualmente uma capacidade de investimento, tanto no setor privado como no setor público, para atuar em situação de crise económica. O Primeiro-Ministro sublinhou que qualquer quadro de evolução económica que se venha a verificar não vai comprometer a capacidade
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do Estado em prosseguir investimentos em carteira que atingem 10 mil milhões de euros.
FORTALECIMENTO DAS EMPRESAS PORTUGUESAS O Primeiro-Ministro sublinhou ainda que “as empresas portuguesas ganharam capacidade de encontrar novos mercados e ganhar quota de mercado”, assumindo que o Estado tem assumido medidas que contribuem para o fortalecimento da posição das empresas no estrangeiro. As medidas dividem-se em duas dimensões: ação externa do Estado
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português, ao criar boas condições para a abertura de novos mercados (só no setor agrícola foram abertos mais de 60 mercados), e exploração de mecanismos de apoio à internacionalização, “que têm de continuar a ser melhorados para ser mais eficazes”. O Primeiro-Ministro sublinhou que é necessário criar boas condições para as empresas continuarem a investir, nomeadamente através de instrumentos relacionados com o sistema fiscal, que tem um papel muito importante no esforço de recapitalização.
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“A União Europeia classificou Portugal como tendo o segundo regime fiscal mais atrativo para o investimento”, disse. António Costa destacou também a importância de instrumentos como o Programa Capitalizar, o Indústria 4.0, o Interface e a criação de Laboratórios Colaborativos, referindo que os recursos a fundos comunitários estão a ser cada vez mais bem aproveitados, tanto nos mais tradicionais como em novos fundos dedicados à inovação, transição energética, investigação e desenvolvimento e ciência.
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investe 1,7 milhões de euros em novas instalações A empresa Socival - Comércio e Indústria Alimentar Lda., mais conhecida pela marca Doces D’Aldeia, inaugurou, no dia 21 de setembro, a sua nova unidade fabril, situada da Zona Industrial de Rio Maior. Novas linhas de produtos são o resultado deste investimento da empresa, que pretende ainda lançar-se nas grandes cadeias hoteleiras e na exportação.
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crescimento registado nos últimos anos levou a Socival a investir na construção de uma nova fábrica, mais espaçosa e totalmente equipada, uma vez que as anteriores instalações já não tinham capacidade para dar resposta às crescentes solicitações que surgem de todos os pontos do país. As novas instalações permitem, desta forma, o crescimento do negócio e o desenvolvimento de novas linhas de produtos. “Uma delas será uma linha saúde, focada no consumidor, que se preocupa com a sua alimentação e com quem sofra de intolerâncias e alergias alimentares. A nova unidade permitirá libertar espaço na fábrica antiga, onde esta nova linha iniciará a sua produção”, adiantou Duarte Santos, engenheiro alimentar da empresa, à Ribatejo Invest. “O novo espaço irá permitir responder às necessidades dos nossos clientes atuais e também a novos segmentos de mercado ainda por explorar”, complementou Duarte, que acrescentou ainda que dois dos objetivos da empresa são lançar-se ativamente na
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conquista de novos clientes, nomeadamente junto das grandes cadeias hoteleiras, e também expandir o seu número de clientes na exportação. A curto prazo as expetativas da empresa são aumentar a produção, de forma a corresponder ao investimento feito nesta nova unidade. A empresa, que emprega agora 36 pessoas, poderá em breve vir a criar mais postos de trabalho. O valor do investimento total para a criação desta nova unidade foi de 1 milhão e 700 mil euros. A empresa apresentou uma candidatura a fundos comunitários, o que lhe garantiu uma comparticipação no valor 611.249,19 euros, dos quais estão por receber cerca de 200 mil euros. Paralelamente à inauguração da nova unidade fabril, a empresa lançou a nova imagem da marca Doces D’Aldeia. “Procurámos atualizar a nossa imagem tornando-a mais moderna e atrativa, pois a imagem anterior estava datada”, explicou Duarte Santos. A empresa apostou também na criação de um site www.docesdaaldeia.com - onde
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dá a conhecer ao público toda a sua gama de produtos. De referir que a Socival é uma empresa familiar criada em 1989, tendo posteriormente criado, em 1996, a marca Doces d’Aldeia, mudando o seu ramo de negócios para sobremesas. Tendo iniciado com um número reduzido de sobremesas artesanais para restauração, a empresa dispõe, hoje em dia, de uma gama bastante diversificada, da qual fazem parte semifrios, sobremesas individuais, bolos de aniversário e batizado, entre outros. Esta empresa produz, assim, todo o tipo de doces e sobremesas destinados, principalmente, ao canal Horeca (Hotelaria, Restauração e Cafés), empresas de catering e a clientes particulares. Uma das premissas da empresa é utilizar sempre receitas tradicionais e matéria-prima da melhor qualidade.
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NERSANT organizou viagem de negócios de 4 a 7 de setembro
Empresários da região em missão a Cabo Verde apontam “expetativas largamente superadas” 12 empresários ribatejanos estiveram na cidade da Praia, Cabo Verde, a conhecer as oportunidades de negócio que este mercado oferece. A missão empresarial, liderada pela NERSANT Associação Empresarial da Região de Santarém, permitiu às empresas realizar diversas reuniões de negócios com empresas e entidades locais, tendo as expetativas dos participantes sido “largamente superadas”. Encontros com a Cabo Verde TradeInvest, o Presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde e o Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças de Cabo Verde integraram o programa institucional do evento.
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NERSANT organizou entre os dias 4 e 7 de setembro, uma missão empresarial a Cabo Verde, com o objetivo de alavancar as exportações das empresas portuguesas para aquele mercado africano. Para o efeito, preparou um programa completo, onde incluiu a realização de reuniões institucionais com algumas entidades moçambicanas suscetíveis de lhes abrir portas ao mercado. Por outro lado, a associação empresarial preparou antecipadamente um calendário de reuniões, fazendo coincidir os interesses e objetivos estratégicos de negócio de empresas ribatejanas e empresas locais. Na viagem de negócios, liderada pelo Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, António Campos, participaram 12 empresas da região do Ribatejo, que se mostraram bastante surpreendidas com o crescimento e oportunidades do mercado cabo verdiano, bem como com a organização da missão empresarial. “Com espírito aberto e ao desconhecido, os contactos e reuniões foram acontecendo. Os apoios sucederam-se, os desafios estão lançados. Valeu a pena. As expetativas foram superadas e em muito”, reforçou um
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dos empresários presentes, acrescentando que “ficaram importantes portas abertas”. “Missão bem conseguida em termos de contactos e acompanhamento (…). As reuniões programadas acabaram por se revelar bastante positivas, proporcionando oportunidades de negócio quer em Cabo Verde, quer em Portugal”, relatou outra das empresas presentes. As reuniões bilaterais entre as empresas ribatejanas e as empresas locais foram, de facto, bastante proveitosas para os participantes na missão empresarial. Outro dos empresários afirmou mesmo chegar a Portugal com o sentimento de “missão cumprida”. “Tenho algumas expetativas das últimas reuniões, que acabaram por se revelar bastante positivas”, completou. Opinião similar tem outra das empresas ribatejanas presentes: “Missão cumprida. Viagem empresarial a Cabo Verde, um país em crescimento, com expetativas de negócio muito boas. Espetacular”, referiu mesmo o empresário. “Uma viagem para conhecer um país em crescimento e que nos pro-
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porcionou reuniões de negócio com possibilidade de ser trabalhadas e, futuramente, existir negócio”, foi ainda o comentário feito por outra das empresas participantes na missão empresarial. Outro empresa participante classificou a ação de internacionalização como “muito interessante”, nomeadamente pela realização bem sucedida das reuniões com empresas locais.
REUNIÕES INSTITUCIONAIS ABREM PORTAS Para além da marcação de reuniões empresariais entre empresas participantes na missão e empresas locais, as viagens de negócio organizadas pela NERSANT têm ainda como premissa o agendamento de encontros institucionais que, por um lado, possam dar a conhecer as características económicas e fiscais do mercado, bem como as principais oportunidades de negócio do mesmo. No âmbito desta missão empresarial, o enquadramento ao mercado de Cabo Verde e divulgação de oportunidades foi o primeiro ponto do programa da missão empresarial, tendo a comitiva reunido com a Cabo Verde
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TradeInvest, entidade local que tem como objetivo promover o crescimento económico sustentável, inclusivo e equilibrado de Cabo Verde com a mobilização de investimentos de qualidade e a dinamização de exportações de produtos e serviços a fim de melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos em termos de emprego, oportunidades e mobilidade social. Na ocasião, a delegação liderada pela NERSANT reuniu com a Presidente desta entidade, Ana Lima Barber, que foi já recebida pela associação empresarial na sua sede em Torres Novas, em contactos anteriores. A NERSANT e comitiva empresarial teve ainda a oportunidade de se encontrar, em jantares oficiais, com Presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Jorge Santos e com o Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia. No segundo encontro, a NERSANT teve a oportunidade de partilhar com o Vice-Primeiro Ministro e Ministro das Finanças o seu trabalho no âmbito do apoio técnico ao empreendedorismo, entre outras atividades associativas.
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De acordo com António Campos, Presidente da Comissão Executiva da NERSANT que acompanhou a missão empresarial, Olavo Correia mostrou-se bastante interessado em conhecer de forma mais aprofundado o trabalho realizado pela associação empresarial no apoio ao empreendedorismo, “esperando-se, no futuro, que a NERSANT possa apoiar tecnicamente Cabo Verde na implementação de um modelo similar naquele país”, em parceria com a PROEMPRESA - Instituto de Apoio e Promoção Empresarial. Alias, o responsável executivo da NERSANT reuniu com a Administradora do Instituto, Mónica Vicente, tendo apresentado o Ecossistema Empreendedor da NERSANT. A missão empresarial a Cabo Verde terminou no dia 7 de setembro, data em que a comitiva empresarial liderada pela NERSANT chegou a território nacional. De referir que o apoio à internacionalização é uma das linhas estratégicas prioritárias da NERSANT, tendo a associação empresarial diversas outras ações calendarizadas com o objetivo de apoiar as exportações das empresas da região.
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Linha de 100 milhões de euros para Seguro Caução dedicada ao setor da construção e obras públicas já está em vigor As empresas do setor da Construção e Obras Públicas contam agora com uma Linha dedicada de Seguro Caução para Obras no Exterior com Garantia do Estado, no valor de €100 milhões, gerida pela COSEC no âmbito do Sistema dos Seguros de Créditos com Garantia do Estado (SCGE).
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criação desta nova Linha de Seguro Caução para Obras no Exterior com Garantia do Estado, que abrange a generalidade dos mercados, à exceção dos países da União Europeia, enquadra-se no Programa Capitalizar Mercados Externos e no Programa Internacionalizar, estabelecidos pelo Governo. As candidaturas podem ser, desde já, feitas online, através de scge.cosec.pt. “O setor da Construção e Obras Públicas é neste momento um dos mais internacionalizados da economia, estando as empresas portuguesas a ganhar uma importante presença em diversos mercados externos. Esta Linha de Seguro Caução tem por objetivo facilitar, em especial, às PME e MidCap do setor, o acesso a projetos internacionais, através da obtenção de garantias
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bancárias normalmente exigidas”, refere Maria Celeste Hagatong, Presidente do Conselho de Administração da COSEC. Protocolos para divulgação e cooperação Durante a sessão de lançamento da nova linha, decorrida na sede da AICCOPN - Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, no Porto, a COSEC assinou protocolos com a AICCOPN e a AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços, com vista à divulgação desta Linha de Seguro Caução junto dos respetivos associados. Para além disso, foram assinados protocolos de colaboração com onze instituições financeiras: Caixa Geral de Depósitos, Banco BPI, Banco Comercial Português (Millennium bcp), Banco Santander Portugal, Bankinter - Sucursal em Portugal,
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BBVA Portugal, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Caixa Económica do Montepio Geral, EuroBic, Montepio Investimento, Novo Banco. “Estes protocolos reforçam a divulgação desta ferramenta para as empresas. No caso das instituições financeiras, para além da divulgação da Linha junto dos seus clientes, pretendem estabelecer bases de colaboração na montagem de operações em que seja requerido o recurso a esta Linha”, acrescenta Maria Celeste Hagatong. A COSEC tem já estabelecido um plano de trabalho com estas associações e as instituições financeiras, com o objetivo de realizar sessões de formação e esclarecimento sobre esta Linha. Construção representa 15,7% das exportações nacionais O setor da construção atingiu, em 2017, um volume internacional de negócios de €10,7 mil milhões, o que
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representa um valor equivalente a 15,7% das exportações nacionais (excluindo o Turismo). Considerando apenas a atividade internacional das empresas portuguesas nos mercados internacionais de construção em 2017, verifica-se que a mesma foi distribuída por 35 países, e continuou centrada nos mercados de África e da América Central e do Sul. No continente Africano, observou-se um crescimento de 10% do volume de negócios das empresas, para €2.438 milhões, mantendo-se como a região do mundo com maior peso no volume de negócios das empresas portuguesas de construção nos mercados internacionais, 48,2%. A América Central e do Sul foi a região onde se verificou um maior dinamismo, ao registar um crescimento de 22% face a 2016, elevando do volume de negócios das empresas para €2.094 milhões.
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NERSANT BUSINESS 2019
Empresas francesas querem subcontratar serviços de metalomecânica O NERSANT Business 2019 - Encontro Internacional de Negócios do Ribatejo acontece já entre os dias 21 e 23 de outubro e não param de chegar manifestações de interesses de diversos mercados estrangeiros. No momento, acaba de chegar à NERSANT a inscrição de um conjunto de empresas francesas que pretendem subcontratar na região serviços de metalomecânica.
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setor da metalomecânica, construção e materiais de construção está a obter forte procura por parte das empresas francesas. À delegação francesa já confirmada, acaba de se juntar mais um conjunto de empresários que, desta vez, têm na metalomecânica o seu objetivo prioritário. Estas empresas pretendem procurar parceiros de negócio para a subcontratação de: • Serviços de metalomecânica; • Maquinação de peças; • Fabricação de produtos de aço, alumínio ou aço inoxidável; • Corte a laser; • Soldadura; • Decapagem; • Tornearia;
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• Caldeiraria e reservatórios metálicos, entre outros. No total, França é assim um dos países com objetivos mais ambiciosos para este NERSANT Business. O país identificou como prioritários, para além da metalomecânica e construção, outros serviços associados, nomeadamente na área de arquitetura e engenharia, equipamentos de cozinha e hotelaria, loiças sanitárias, portas e janelas, mobiliário, rochas ornamentais e pedra decorativa. De referir que o NERSANT Business 2019 integra uma das ações do projeto “Negócios no Mundo”, vocacionado para a potencialização da internacionalização das PME nacionais. O mesmo pretende envolver diretamente 150 empresas de Portugal Continental que apresentam reduzidos valores de
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exportação, que procuram diversificar a sua presença no exterior, bem como a sua rede de parceiros internacionais em novos mercados. Trata-se de um projeto financiado pelo Portugal 2020 e resulta de uma candidatura da AIP Associação Industrial Portuguesa ao Sistema de Incentivos “Internacionalização das PME”, na modalidade de Projetos Conjuntos, em copromoção com sete associações empresariais, entre elas a NERSANT. Para mais informações e inscrições, os interessados devem consultar a página do evento, em www.business. nersant.pt ou solicitar mais esclarecimentos através dos contactos business@nersant.pt ou 249 839 500. Em 2018, o evento dinamizou mais de 1100 reuniões de negócio entre os 38 países presentes e as empresas locais.
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ESPECIAL BREXIT
CE alerta para a preparação para a retirada do Reino Unido da EU em 31 de outubro
Preparação para um Brexit sem acordo:
Comissão lança um último apelo a todos os cidadãos e empresas A Comissão Europeia reiterou o apelo a todas as partes interessadas na UE27 para que se preparem para um cenário de saída sem acordo, no âmbito do Brexit. Atendendo à incerteza persistente no Reino Unido quanto à ratificação do Acordo de Saída – acordado com o Governo britânico em novembro de 2018 – e à situação política geral no país, continua a ser possível um cenário de saída sem acordo em 1 de novembro de 2019, embora tal não seja desejável.
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este sentido, a Comissão Europeia publicou uma lista de controlo pormenorizada para ajudar as empresas que realizam operações comerciais com o Reino Unido a fazerem os preparativos finais. A fim de minimizar as perturbações no comércio, todas as partes envolvidas nas cadeias de abastecimento com o Reino Unido, independentemente do seu local de estabelecimento, devem estar cientes das suas responsabilidades e das formalidades que devem respeitar no comércio transfronteiras. Poderão basear-se nas comunicações anteriores e igualmente nas 100 comunicações dirigidas às partes interessadas que abrangem um vasto leque
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de setores. Além disso, a Comissão propôs ao Parlamento Europeu e ao Conselho introduzir ajustamentos técnicos específicos respeitantes à duração das medidas de contingência previstas pela UE em caso de ausência de acordo no domínio dos transportes. A Comissão propôs igualmente transpor, para 2020, as medidas de contingência de 2019 vigentes para o setor das pescas e no que se refere à potencial participação do Reino Unido no orçamento da UE para 2020. Estas medidas são necessárias, tendo em conta a decisão de prorrogar o período previsto no artigo 50.º até 31 de outubro de 2019. Por último, a Comissão propôs que o Fundo de Solidariedade da União
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Europeia e o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização estejam disponíveis para apoiar as empresas, os trabalhadores e os Estados-Membros mais afetados por um cenário de saída sem acordo. Estas propostas terão de ser aprovadas tanto pelo Parlamento Europeu como pelo Conselho. A Comissão recorda que cabe a todas as partes interessadas prepararem-se para todos os cenários. Dado que um cenário de saída sem acordo continua a ser possível, a Comissão encoraja vivamente todas as partes interessadas a utilizarem o tempo adicional proporcionado pela prorrogação do prazo previsto no Artigo 50.º para adotarem todas as medidas necessárias a fim de se prepararem para a retirada do Reino Unido da UE.
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AJUSTAMENTO TÉCNICO DAS MEDIDAS DE CONTINGÊNCIA ESPECÍFICAS PARA TER EM CONTA A DATA DE SAÍDA DO REINO UNIDO DE 31 DE OUTUBRO DE 2019 Em 11 de abril de 2019, o Conselho Europeu (artigo 50.º) prorrogou o prazo previsto no artigo 50.º até 31 de outubro de 2019. Esse prazo foi prorrogado a pedido do Reino Unido, em acordo com este último. À luz desta prorrogação, a Comissão analisou todas as medidas de preparação e de contingência adotadas pela UE, a fim de garantir que continuam a ser adequadas ao fim a que se destinam. A Comissão concluiu que essas medidas continuam a cumprir os seus objetivos, pelo que não foi
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necessário alterar o seu conteúdo. No entanto, a Comissão propôs agora introduzir alguns ajustamentos técnicos a medidas de contingência específicas, a fim de ter em conta o novo prazo previsto no artigo 50.º. Estes ajustamentos dizem respeito a três domínios principais: 1. Transportes • Regulamento que garante a conectividade rodoviária do transporte de mercadorias e de passageiros [Regulamento (UE) 2019/501]: a Comissão propôs prorrogar a aplicação deste regulamento até 31 de julho de 2020, tendo em conta a lógica e a duração do regulamento inicial.
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• Conectividade aérea fundamental [Regulamento (UE) 2019/502]: a Comissão propôs prorrogar a aplicação deste regulamento até 24 de outubro de 2020, tendo em conta a lógica e a duração do regulamento inicial. 2. Atividades de pesca • R e g u l a m e n t o re l a t i v o à s autorizações de pesca: a Comissão propôs alargar a abordagem prevista no regulamento de contingência adotado [Regulamento (UE) 2019/498] com uma medida semelhante para 2020, prevendo um quadro para que os pescadores da UE e do Reino Unido mantenham o acesso às águas da outra Parte em 2020.
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3. Orçamento da UE • A Comissão propôs alargar a abordagem prevista no Regulamento de contingência relativo ao orçamento para 2019 [Regulamento (UE, Euratom) 2019/1197 do Conselho] com uma medida semelhante para 2020. Isto significa que o Reino Unido e os beneficiários britânicos continuarão a ser elegíveis para participar em programas no âmbito do orçamento da UE e a receber financiamento até ao final de 2020, caso o Reino Unido aceite e satisfaça as condições já fixadas no regulamento de contingência de 2019, pague as suas contribuições para o orçamento de 2020 e autorize os controlos e as auditorias exigidos.
APOIO FINANCEIRO DA UE AOS MAIS AFETADOS POR UM BREXIT SEM ACORDO Na quarta Comunicação sobre a preparação para o Brexit, de 10 de abril de 2019, a Comissão anunciou que poderia ser disponibilizada assistência técnica e financeira da UE em certos domínios para apoiar os mais afetados por um cenário de saída sem acordo. Para além dos programas e instrumentos existentes, a Comissão propôs agora o seguinte: • Alargar o âmbito de aplicação do Fundo de Solidariedade da União Europeia para cobrir, sob certas condições, os pesados encargos financeiros que um cenário de saída sem acordo pode impor aos Estados-Membros. • Assegurar que o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização está disponível para apoiar, sob certas condições, os trabalhadores por conta de outrem e os trabalhadores independentes que sejam despedidos em resultado de um cenário de saída sem acordo. No setor da agricultura, será disponibilizado o conjunto dos instrumentos existentes de apoio ao mercado e de ajuda financeira direta aos agricultores para minimizar os efeitos mais gravosos nos mercados agroalimentares. Para um apoio mais imediato, por exemplo, às pequenas empresas com grande exposição ao Reino Unido, as regras em matéria de auxílios estatais da UE oferecem soluções flexíveis
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em matéria de medidas nacionais de apoio.
IRLANDA A Comissão e a Irlanda continuam a colaborar, no contexto da situação particular da ilha da Irlanda e do seu duplo objetivo de proteger a integridade do mercado interno e, ao mesmo tempo, evitar uma fronteira física, a fim de identificar tanto medidas de contingência para as consequências imediatas de uma saída sem acordo, como uma solução mais estável para o período subsequente. O mecanismo de apoio previsto no Acordo de Saída é a única solução que preserva o Acordo de Sexta-Feira Santa, que garante o cumprimento das obrigações decorrentes do direito internacional e mantém a integridade do mercado interno.
PREPARAR UM CENÁRIO DE SAÍDA SEM ACORDO Num cenário de saída sem acordo, o Reino Unido passará a ser um país terceiro sem qualquer regime transitório. A partir desse momento, todo o direito primário e derivado da UE deixará de ser aplicável ao Reino Unido. Não haverá um período de transição como o previsto no Acordo de Saída, o que causará obviamente perturbações significativas para os cidadãos e as empresas e terá graves repercussões económicas que, proporcionalmente, serão muito mais acentuadas no Reino Unido do que nos Estados-Membros da UE27. Desde dezembro de 2017, a Comissão Europeia tem vindo a preparar-se para um cenário de saída sem acordo. Até à data, a Comissão apresentou 19 propostas legislativas, todas adotadas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho. A Comissão adotou igualmente 63 atos não legislativos e publicou 100 comunicações de preparação. A Comissão não prevê adotar quaisquer novas medidas antes da nova data de saída. Como referido pelo Presidente Jean-Claude Juncker perante o Parlamento Europeu, em 3 de abril de 2019, se vier a concretizar-se um cenário de saída sem acordo, o Reino Unido terá de resolver três questões principais relacionadas com a separação
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enquanto condição prévia para que a UE pondere encetar conversações sobre a futura relação com este país. Trata-se do seguinte: 1) proteger e defender os direitos dos cidadãos que exerceram o seu direito de livre circulação antes do Brexit; 2) cumprimento das obrigações financeiras assumidas pelo Reino Unido enquanto Estado-Membro; e 3) respeitar o espírito e a letra do Acordo de Sexta-Feira Santa e a paz na ilha da Irlanda, bem como a integridade do mercado interno. Todas as empresas que têm relações comerciais com o Reino Unido, tanto de bens como de serviços, serão afetadas por um cenário de saída sem acordo. A Comissão publicou agora uma “lista de controlo de preparação para o Brexit”, que todas as empresas interessadas devem examinar cuidadosamente. As empresas devem agora estar preparadas para cumprir todas as formalidades necessárias. A comunicação apresenta uma panorâmica dos trabalhos de preparação nos domínios em que é necessária uma vigilância contínua e especial, designadamente os direitos dos cidadãos, as formalidades aduaneiras e comerciais, os medicamentos, os dispositivos médicos e as substâncias químicas, os serviços financeiros e as pescas.
PARA MAIS INFORMAÇÕES: O QUE DEVO FAZER EM CASO DE SAÍDA SEM ACORDO? Para o período imediatamente a seguir à saída sem acordo, a Comissão criou um centro de atendimento telefónico para as administrações dos Estados-Membros, que lhes permitirá aceder rapidamente aos conhecimentos especializados dos serviços da Comissão mediante o estabelecimento de um canal direto de comunicação, também a fim de facilitar a necessária coordenação entre as autoridades nacionais. Para saber mais sobre a forma de se prepararem para um cenário de saída sem acordo, os cidadãos da UE podem contactar a Europe Direct e colocar eventuais questões. Para o efeito, basta ligar para o número gratuito 00 800 6 7 8 9 10 11 em qualquer Estado-Membro e em qualquer língua oficial da UE.
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Governo português aprova novas medidas de preparação para Brexit sem acordo
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Conselho de Ministros aprovou medidas adicionais ao Plano de Contingência para a saída do Reino Unido da União Europeia, nomeadamente para o caso de se verificar um Brexit sem acordo, correspondendo ao alinhamento do plano nacional com o plano da União Europeia. O diploma prolonga “até 31 de dezembro de 2020 a situação presente no que diz respeito aos operadores financeiros, por um lado, e no que diz respeito aos descontos e benefícios dos trabalhadores para a Segurança Social, por outro”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, no final do Conselho de Ministros. O período até ao final de 2020 “é o que o Governo tomou como referência na organização dos Planos de Contingência para uma saída sem acordo”, afirmou. “As instituições de crédito, as empresas de investimento e as entidades gestoras com sede no Reino Unido continuarão a poder operar em Portugal até 31 de dezembro de 2020, evitando o risco de o Reino Unidos passar a ser considerado um país terceiro [exterior à União Europeia] a partir de 1 de novembro de 2019”, data do Brexit, disse o Ministro, acrescentando que se assegura “a continuidade de todos
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os contratos financeiros, operações de depósito, prestação de serviços junto dos clientes da banca e dos seguros”. A lógica é a mesa no que diz respeito ao direito de os trabalhadores “verem contado para as suas pensões de reforma o período em que trabalharam no Reino Unido”, disse ainda Santos Silva.
TRABALHAR COM TODOS OS CENÁRIOS O Ministro afirmou que o Conselho de Ministros foi posto ao corrente da concretização do Plano de Contingência, acrescentando que com a aproximação da data de saída com ou sem acordo (31 de outubro) “temos de trabalhar com todos os cenários”. No “plano mais importante” para o Governo, “o plano dos cidadãos, o período de regularização administrativa dos portugueses residentes no Reino Unido e dos britânicos residentes em Portugal, no caso de saída sem acordo, estende-se até 31 de dezembro de 2020”; com acordo, estender-se-á até meados de 2021. Já há perto de 100 mil portugueses regularizados no Reino Unido, tendo havido nos serviços consulares portugueses, de janeiro a julho, um reforço de 13% dos Cartões de Cidadão emitidos e de 28% dos passaportes.
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No plano de preparação da Administração Pública, nomeadamente nos aeroportos e portos, nos serviços aduaneiros, de controlo sanitário e fitossanitário, “o reforço de meios humanos está concluído ou em curso, e estamos preparados para qualquer cenário no dia 1 de novembro”. Finalmente, o trabalho de preparação legislativo e regulamentar para as empresas está feito, disse o Ministro, apelando “a todas as empresas portuguesas que têm relações económicas com o Reino Unido que verifiquem já se todos os procedimentos e requisitos que devem cumprir estão a ser cumpridos”. Em 2018 havia 3871 empresas que exportavam para o Reino Unido, sendo que as mesmas estão já a ser contactadas e “uma a uma pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Economia e das Finanças para serem informadas mais uma vez de todos os procedimentos”. Posteriormente, haverá reuniões do Conselho Estratégico para a Internacionalização da Economia (que reúne Governo e associações empresariais) e do Conselho Permanente de Concertação Social (que reúne Governo, associações empresarias e centrais sindicais) para ver se todos estão preparados para qualquer cenário de Brexit.
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Consequências do Brexit para as empresas portuguesas em análise na NERSANT
AICEP alerta empresas:
“É necessário transformar o Brexit numa oportunidade” A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém recebeu a AICEP na sua sede, em Torres Novas, para a realização de um seminário sobre as oportunidades e desafios do Brexit para as PME. Para além de alertar as empresas para os desafios desta rutura, a sessão deu a conhecer algumas recomendações que podem ajudar a transformar o processo numa oportunidade. O Embaixador de Portugal no Reino Unido e Coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros para o Brexit, João Vallera, marcou presença na sessão.
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saída do Reino Unido da União Europeia - processo conhecido como Brexit - deverá acontecer até 31 de outubro, o que trará inevitáveis consequências para a economia e empresas portuguesas. Foi com o objetivo de elucidar as empresas do Ribatejo sobre este assunto que a AICEP se deslocou a Torres Novas, tendo realizado com a parceria da NERSANT e no edifício sede da associação, um seminário sobre o tema. Domingos Chambel, Vice-Presidente da Direção da NERSANT, fez o acolhimento aos mais de 30 empresários presentes na sessão de esclarecimentos, tendo referido na ocasião que “é uma honra ter acesso a esta informação, que
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rutura, com enfoque na leitura política nos permite não sermos apanhados de e institucional da mesma. surpresa face a esta realidade”. Completou a informação facultada “Trazemos aqui aquilo que podem ser pelo Embaixador, Rui Boavista Maros handicaps que esta situação nos pode ques, Delegado da AICEP de Portugal aportar, mas também as oportunidades de negócio que daí podem surgir”, em Londres, que se centrou no enquadramento económico, com indicação advertiu ainda o Vice-Presidente da das oportunidades e desafios para as Direção da NERSANT. PME. Na sua intervenJoão Vallera, ção, referiu a “relação Embaixador de Por“O Reino Unido tugal no Reino Unieconómica longa e do e Coordenador intensa entre Portué o país com gal e o Reino Unido” e do Ministério dos maior cotação de alguns sinais contradiNegócios Estrangeie-commerce do ros para o Brexit, tórios desta economia. mundo” interveio logo de “Nos últimos 3 anos, o seguida, tendo dado Reino Unido passou Rui Boavista Marques, a conhecer às empreda maior economia do Delegado da AICEP sas presentes o atual G7, para o último lugar enquadramento da deste ranking”, mas, de Portugal em Londres
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por outro lado, “o desemprego está historicamente baixo e há até setores de atividade que aceleraram o crescimento neste período”, fez saber. O especialista avançou, ainda, que, pese embora Portugal não esteja no grupo de países mais afetados pelo Brexit, é necessário cautela e deixou algumas recomendações: “as empresas devem antecipar-se. Há muita informação preparada nos links dos portais da União Europeia, inclusivamente por setores de atividade, e até pelo Governo inglês. A própria AICEP está a preparar cursos de e-learning sobre estas questões”, começou por dizer, acrescentando que, “as empresas devem repensar o seus business plan e equacionar a exportação para outros mercados, bem como estar atentas a acordos comerciais do Reino Unido com outros países e tirar o melhor proveito destes.” Rui Boavista Marques mencionou ainda que “o Reino Unido é o país com maior cotação de e-commerce do mundo”, pelo que os negócios online são claramente uma oportunidade. “Pela nossa relação histórica, temos consciência de que as quotas de mercado portuguesas são privilegiadas, mas neste cenário de incerteza, é necessário acarinhar as relações comerciais que já se têm”, advertiu, acrescentando que é imperativo “transformar o Brexit numa oportunidade”. Terminou com a informação de que existe uma linha de crédito com dotação de 50 milhões para apoiar as empresas com trocas comerciais com o Reino Unido. Na sessão de esclarecimentos, bastante completa, falou também João Gomes, da Alfândega de Peniche, que alertou as empresas para “a reposição, partir da saída do Reino Unido da UE, das formalidades aduaneiras, mesmo que possa haver acordo comercial” e indicou que na região do Ribatejo, as empresas têm acesso a dois postos aduaneiros, Riachos e Entroncamento. Vítor Escária, Professor do ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, apresentou de seguida o estudo da CIP sobre as consequências do
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João Vallera, Embaixador de Portugal no Reino Unido e Coordenador do Ministério dos Negócios Estrangeiros para o Brexit
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Unido como parceiB re x i t , e d e i x o u “As empresas devem ro e c o n ó m i c o , o u claras conclusões e recomendações repensar o seus business seja, Portugal deve plan e equacionar a procurar ser mais do documento: “Relativamente às exportação para outros atrativo e proativo na apresentação da conclusões, o estumercados, bem como do permitiu-nos matriz anglo-saxóniestar atentas a acordos ca, através da adosaber, entre outras, ção de mecanismos que o Brexit é um comerciais do Reino processo assimétriUnido com outros países de regulamentação co e longo e quem para aumentar a e tirar o melhor proveito confiança na iniciasofre mais com ele tiva empresarial”. destes.” é a própria economia britânica. Por Portugal deve, Rui Boavista Marques, outro lado, que ainda, “diversificar o Delegado da AICEP esta rutura com seu relacionamento a UE tem impaceconómico, enconde Portugal em Londres t e s t r a n s v e rs a i s trando mercados na economia poralternativos”, bem tuguesa (bens e serviços, comércio e como estar atendo “às assimetrias investimento internacional, remesinternas dos impactes do Brexit em sas dos emigrantes turismo e imobitermos de regiões e atividades econóliário…)”. Recomenda-se, portanto, micas”. “proatividade na valorização do Reino Da Direção Geral da Atividades
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Económicas (DGAE) do Ministério da Economia, interveio Sara Santos, com uma apresentação sobre o tema “Reino Unido: pauta aduaneira no cenário de país terceiro”.
TRIMNW, DE SANTARÉM, INTEGROU PAINEL DE DEBATE SOBRE IMPACTES SETORIAIS DO BREXIT A parte final do seminário foi composta por um debate sobre os impactes setoriais do Brexit. O mesmo contou com a moderação de Patrícia Gonçalves, Diretora de Economia e Relações Internacionais da CIP e com a intervenção de Maria Alice Rodrigues, Diretora de Serviços do Comércio Internacional da Direção Geral de Atividades Económicas do Ministério da Economia e de Rui Lopes, da TrimNW, empresa de Santarém posicionada no ramo automóvel. Na sua intervenção, Rui Lopes, o responsável pela empresa, afirmou que o
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mercado inglês é o segundo no que à exportação diz respeito, e que o volume de exportação para este mercado está até a crescer. “Em 2018 exportámos 13% para o mercado inglês, em 2019 vai crescer para 17% e esperamos que cresça para 23% em 2020”. “Não consideramos que o Brexit seja, para nós, uma vulnerabilidade, uma vez que não temos concorrência no mercado inglês. De igual modo, também não prevemos que os nossos clientes ingleses deixem de nos comprar para ir comprar a França, por exemplo”, fez saber o empresário, que afirmou ainda que, “de momento, o que está a acontecer, é até um aumento de encomendas, uma vez que vai Rui Lopes,
haver uma barreira a 31 de outubro”. O empresário não nega, no entanto, que o processo alfandegário pode ser uma vulnerabilidade, uma vez que o tempo de expedição vai necessariamente aumentar. “Não conseguiremos colocar o nosso produto no mercado inglês à velocidade que hoje fazemos”, referiu Rui Lopes, que, no entanto, se mostra destemido. “A alfândega não é desconhecida para nós, é um procedimento que tratamos com outros países com os quais trabalhamos”, disse, acrescentado que “os negócios sempre se fizeram e vão continuar a fazer-se”. Questionado quanto ao facto de ter procurado mercados alternativos ao Reino Unido, o empresário afirmou “ter outros mercados com quem pretendem trabalhar, nomeadamente México e Rússia, mas que
a abordagem não deriva do Brexit”. Domingos Chambel, Vice-Presidente da Direção da NERSANT, pediu a palavra à mesa de debate e deixou a seguinte preocupação: “O Estado deve preparar-se para o Brexit mais do que os empresários, no sentido de desburocratizar o desalfandegamento de produtos. Não haverá, após 31 de outubro, recursos humanos suficientes nas alfândegas para que os processos possam ser feitos de forma célere”. Após participação da plateia no debate e troca de ideias entre os presentes, encerrou o seminário Pedro Patrício, Diretor da Direção da Rede Externa e Institucionais da AICEP. De referir que este foi um evento organizado pela AICEP com a colaboração da CIP - Confederação Empresarial de Portugal e da Direção Geral da Atividades Económicas do Ministério da Economia. Contou ainda com a parceria da NERSANT para a realização da sessão na região.
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Hidro Ibérica reforça parceria com espanhola Agromillora
A Hidro-Ibérica, de Salvaterra de Magos e a empresa espanhola Agromillora chegaram a um acordo de parceria que consolida as relações comerciais entre estas duas empresas, que trabalham em conjunto há cerca de quatro anos.
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e acordo com um comunicado enviado pela Hidro-Ibérica à Ribatejo Invest, esta parceria permitiu associar “a elevada qualidade das plantas produzidas pela Agromillora e a licença atribuída para a comercialização de material de propagação à Hidro-Ibérica, pela DGAV - Direção-Geral de Alimentação e Veterinária”, garantindo-se, assim, “uma combinação perfeita, entre a qualidade genética da planta e todo o suporte técnico assegurado pelo sistema de rega, visando uma elevada produtividade, nomeadamente, nos olivais e amendoais instalados nos últimos anos”. A Hidro-Ibérica vai ainda mais longe ao frisar as vantagens desta sociedade. “Com o reforço desta parceria, estamos cada vez mais capacitados para responder aos nossos clientes
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em projetos chave-na-mão, com destaque para as culturas de olival e amendoal”, adiantou a empresa em comunicado. A Agromillora é uma empresa líder, a nível mundial, na produção e comercialização de árvores de fruto, sediada em Barcelona e com delegações em várias partes do mundo. Certificada pela “Quality Assurance & Reserch”, assegura assim um elevado standard de qualidade genética e sanitária das plantas. Por sua vez, a Hidro-Ibérica detém uma experiência acumulada de mais de 30 anos na instalação de sistemas de rega e projetos chave-na-mão, recorrendo sempre aos mais modernos produtos e tecnologias, completando, assim, a atividade da Agromillora em alguns dos seus projetos futuros. A empresa tem sede em Salvaterra de Magos.
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Consultoria empresarial: Porque para atingir o sucesso tem de existir uma estratégia
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