Agrocluster em Revista 2018

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2018 em revista




06 JANEIRO

16 ABRIL

36 JUNHO

26 MAIO

46 JULHO

Agrocluster dinamiza formação-ação junto do setor agroindustrial; • AgriEmpreende em implementação no Ribatejo.

Primeira de quatro Mesas Redondas explorou as oportunidades da Bioeconomia; • Bio-Ware convida ao desenvolvimento de produtos de valor acrescentado no Instituto Politécnico de Santarém; • Novo concurso de bionegócios; • Receção da comitiva BIC - Bio-based Industries Consortium; • Agrocluster convidado para sessão solene do centenário do Ministério da Agricultura.

Bio-Ware: Agrocluster e NERSANT alertam para vantagens da bioeconomia no setor agroflorestal; • AgriEmpreende: Concurso de Ideias de Negócio recebeu 25 candidaturas; • Terrorismo alimentar e Food Defense na ordem do dia em conferência sobre bioeconomia; • Bio-Ware: Boia luminosa biodegradável para pesca noturna vence concurso de bio-ideias de negócio.

10 FEVEREIRO

Reunião sobre Cadeia de Valor da Produção e Transformação Agroalimentar em Portugal no Ministério dos Negócios Estrangeiros; • Agrocluster apresenta parceria Euro-Mediterrânica em Lisboa.

14 MARÇO

Concurso de ideias de negócio na área da bioeconomia.

Agrocluster Ribatejo lança AgriEmpreende no evento AGRODAY; • Agrocluster e Inovcluster promovem Agriempreende: Concurso dá prémios monetários às melhores ideias de negócio da fileira agroalimentar; • Encontrado vencedor para o concurso de bio-ideias de negócio; • 3.ª Mesa Redonda Bio-Ware: Bioeconomia como fator de internacionalização discutida na Escola Superior Agrária em Santarém.

Agrocluster Ribatejo leva produtos agroalimentares da região além-fronteiras; • Louça biodegradável, compostável e comestível vence 1.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende: Iniciativa é promovida pelo Agrocluster e pelo InovCluster.

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/ Í NDI C E


52 AGOSTO

61 OUTUBRO

Procuram-se empreendedores para 1.º Programa de Aceleração do projeto AgriEmpreende; • Lançado 2.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende.

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/ ÍNDICE

Agrocluster e NERSANT querem negócios seguros para as empresas da região: Segurança Económica e Proteção do Conhecimento na ordem do dia; Segundo Concurso de Ideias de Negócio AgriEmpreende recebeu 14 candidaturas; Agrocluster orador no seminário ”Economia Circular para a região de Lisboa e Vale do Tejo”.

56 SETEMBRO

66 NOVEMBRO

Agrocluster Ribatejo participou na Frimor e na Agroglobal; • Agrocluster integra seminário nacional do Move PME; • AgriEmpreende: Programa de Aceleração e Concurso de Ideias de Negócio em marcha.

3.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende abre candidaturas: Inovação e novos negócios para o setor agroalimentar no Ribatejo e na região Centro; • Segundo Programa de Aceleração do projeto AgriEmpreende em Castelo Branco; • AgriEmpreende organiza ciclo de workshops para capacitação de empreendedores.

72 DEZEMBRO

Projeto de biotecnologia para desenvolver o crescimento e a multiplicação de plantas vence concurso de ideias do AgriEmpreende; • Ideias de negócio do projeto AgriEmpreende apresentadas a potenciais financiadores: Empreendedorismo agroalimentar no Ribatejo e na Região Centro; • Ação do AgriEmpreende com ecossistema académico e empresarial gerou 72 ideias de negócio: Primeira sessão de geração de ideias de negócio; • Agrocluster Ribatejo integra consórcio europeu para o desenvolvimento do setor agroalimentar; • Agenda Regional para Economia Circular do Centro. •

82 AGROCLUSTER Agrocluster Dimensão • Caracterização dos Associados • •


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JANEIRO


Agrocluster dinamiza formação-ação junto do setor agroindustrial

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O Agrocluster Ribatejo continuou em janeiro, a dinamizar o projeto Move PME, o programa de consultoria e formação que contribui para o aumento de competências das empresas. Através da dinamização do Move PME, o Agrocluster Ribatejo aposta na melhoria da capacidade do tecido empresarial da região, em diferentes áreas, visando proporcionar um incremento de

competências através de formação e consultoria personalizada, gerando mais-valias no competitivo mundo dos negócios. As ações têm vindo a iniciar em contínuo por toda a região do Ribatejo, sempre que se encontram reunidas as condições de arranque dos diversos grupos. Até ao momento, o Agrocluster iniciou ações nas áreas de Gestão Estratégica, Implemen-


tação de Sistemas de Gestão, Organização e Gestão e Internacionalização, esta última ação com arranque em novembro passado. O projeto Move PME - Motivar, Otimizar, Valorizar Empresas, é um programa de formação-ação (formação e consultoria) desenvolvido pelo Agrocluster em parceria com a AIP/CE - Associação Industrial Portuguesa/Confederação Empresarial. Paralelamente à formação em sala, o Move PME disponibiliza consultores seniores, que farão um diagnóstico completo à empresa. O mesmo servirá de base para a definição do plano de ação e sua posterior implementação. De facto, a componente de consultoria é o fator diferenciador deste tipo de formação, que se torna assim

adaptada às reais necessidades das empresas. O Move PME destina-se a Pequenas e Médias Empresas e tem como objetivo intensificar a formação de empresários e gestores para a reorganização e melhoria das capacidades de gestão e proporcionar formação aos trabalhadores, devidamente enquadrada na estratégia e necessidades da empresa. Pretende aumentar as capacidades de gestão das empresas para encetar processos de mudança e inovação e aumentar a qualificação específica dos trab alhadores em domínios relevantes para a estratégia de inovação, internacionalização e modernização das empresas. De referir que se trata de um projeto financiado a 90%.

O projeto AgriEmpreende, promovido pelo Agrocluster Ribatejo em parceria com a Inovcluster - Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro atua num domínio crítico para o desenvolvimento do país, nomeadamente o apoio ao empreendedorismo qualificado e criativo e à criação e aceleração de novas empresas no setor agroalimentar nas regiões Centro e Alentejo.

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AgriEmpreende em implementação no Ribatejo


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É objetivo do AgriEmpreende criar e dinamizar uma estrutura técnica, de gestão e tecnológica de apoio ao empreendedorismo que potencie a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas na fileira agroalimentar ou outras, especialmente em empreendedorismo qualificado e criativo. O projeto está orientado para potenciar e apoiar o aparecimento de startups e acelerar o crescimento de empresas com perfil exportador em setores intensivos em conhecimento ou tecnologia e/ou dos setores cultural e criativo. A estratégia definida para a implementação do projeto assenta no reforço de um ecossistema de apoio ao empreendedorismo que, suportado nas infraestruturas, no conhecimento e nas vantagens competitivas das regiões, potencie o aparecimento de novas empresas e o crescimento mais rápido e sustentado de startups de empreendedorismo qualificado e criativo. “O projeto AgriEmpreende compreende um conjunto de atividades que, recorrendo a meto-

dologias inovadoras, pretendem constituir um verdadeiro incentivo à promoção do empreendedorismo qualificado e criativo e do espírito empresarial nas regiões em que entrevimos.O apoio do Compete 2020 tornou-se essencial para garantirmos o apoio na criação de novas empresas qualificadas e inovadoras. Sem este apoio, ser-nos-ia mais difícil realizar, com este nível de profundidade, algumas das ações que consideramos uma mais-valia para os empreendedores. Para o AgroCluster e Inovcluster, o contributo do Compete 2020 foi decisivo para que este projeto se tornasse uma realidade”, referiu Ana Pompeu, responsável pela implementação do projeto, ao Compete 2020. O projeto conta com o apoio do Compete 2020 no âmbito do Sistema de Apoio a Ações Coletivas, envolvendo um investimento elegível de 986 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de 838 mil euros. O projeto continuou em janeiro a ser implementado na região de intervenção das duas entidades promotoras.


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Reunião sobre Cadeia de Valor da Produção e Transformação Agroalimentar em Portugal no Ministério dos Negócios Estrangeiros O Agrocluster Ribatejo participou no encontro-debate sobre a cadeia de valor da produção e transformação agroalimentar em Portugal, que decorreu no dia 28 de fevereiro no Ministério dos Negócios Estrangeiros. A convite do Secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, estiveram presentes o Secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Vieira Medeiros, representantes da AICEP Portugal Global, da Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), do Gabinete de Planeamento e Administração Geral do Ministério da Agricultura (GPP), assim como várias associações empresariais do sector agroalimentar português. Enquadrada no Programa Internacionalizar, este encontro teve como objetivo debater as perspetivas e desafios do setor agroalimentar na vertente da internacionalização e do investimento, e assim consensualizar um conjunto de ações concretas a ser implementadas. A consolidação da cadeia de valor da produção, o alargamento da base exportadora nacional, a promoção e abertura de novos mercados, a articulação entre agentes económicos, os custos de contexto inerentes à internacionalização e à implementação de mais investimento foram algumas das questões em destaque nesta reunião.


No dia 7 de fevereiro, o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, recebeu o lançamento em Portugal da Parceria para a Investigação e Inovação na Região Mediterrânica (PRIMA). A iniciativa PRIMA consiste num dos mais recentes desenvolvimentos da Parceria Euro-Mediterrânica. Foi lançada na 2.o Conferência Ministerial Euro-Mediterrânea, a 4 de maio de 2017, em La Valeta, Malta, através da Declaração sobre Fortalecimento da Cooperação Euro-Mediterrânea através da Investigação e Inovação. É um programa de financiamento com a duração de 10 anos (entre 2018 e 2028) que agrega a soma global indicativa de 440 milhões de euros, divididos entre contribuições dos países participantes e da União Europeia, através do Programa Quadro para a Ciência e Inovação H2020.

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Agrocluster apresenta parceria Euro-Mediterrânica em Lisboa


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O Agrocluster Ribatejo, enquanto parceiro português do projeto, efetuou a presentação deste cluster, bem como do projeto PRIMA. A apresentação esteve ao cargo do Presidente da Direção do Agrocluster Ribatejo, Carlos Lopes de Sousa. Na sessão de abertura do evento, marcou presença o Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Os países participantes são Alemanha, Argélia, Chipre, Croácia, Egipto, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Jordânia, Líbano, Luxemburgo, Malta, Marrocos, Portugal, Tunísia e Turquia. No plano da sua agenda estratégica de investigação e inovação, a PRIMA centra-se nas temáticas dos sistemas alimentares e dos recursos hídricos, com os seguintes pilares: gestão sustentável da água em áreas áridas e semiáridas do Mediterrâneo; sistemas agrícolas sustentáveis; e cadeia de valor alimentar no desenvolvimento regional e local mediterrânico. Este evento teve por objetivo apresentar esta parceria junto do público português, pré-anunciar os seus primeiros concursos para projetos de investigação colaborativa e apresentar experiências em curso de colaboração transnacional no plano euro-mediterrânico.


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MARÇO


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Concurso de ideias de negócio na área da bioeconomia No âmbito do projeto BIO-WARE foi lançado o ”Acelerador de Bio-ideias”, concurso de ideias de negócio que pretendeu aproveitar o potencial da bioeconomia na região de Santarém, convertendo -o em bioprodutos e bioserviços. As candidaturas estiveram abertas até 30 de março. As ideias a concurso tiveram de obedecer aos seguintes critérios: proporcionar o desenvolvimento de produtos e serviços, orientados para reais necessidades da região de Santarém nas áreas temáticas (bioeconomia verde e branca); incorporar uma inovação de âmbito regional/ nacional claramente definida ou uma inovação que, embora já existindo, possa ter um campo de aplicação diferente do atual; demonstrar a capacidade e intenção do promotor em implementar a ideia, preferencialmente na região de Santarém; e indicar o impacto da ideia, utilizando para o efeito indicadores de sustentabilidade económico-financeira. Puderam concorrer todas as pessoas singulares residentes em Portugal, maiores de 18 anos,

individualmente ou em grupo, bem como pessoas coletivas recentemente constituídas e sem atividade significativa, com o objetivo de explorar uma ideia no âmbito da bioeconomia. Sendo de âmbito nacional, não existiram quaisquer restrições à proveniência das candidaturas, desde que as ideias apresentadas tenham sido para concretização na região de Santarém. De referir que o projeto BIO-WARE visa promover ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região, nomeadamente, Bioeconomia “Verde” (agroflorestal) e “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O projeto conta com o cofinanciamento do COMPETE 2020.


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ABRIL


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Primeira de quatro Mesas Redondas explorou as oportunidades da Bioeconomia

Os promotores do projeto, Agrocluster e NERSANT, promoveram a primeira de quatro Mesas Redondas, onde a Bioeconomia é a peça central. Indissociável de sinergias estratégicas empresariais, o conceito permite a integração e combinação de resíduos transformados em novos produtos com menos impacto ambiental. O conceito de Bioeconomia abrange todos os recursos biológicos renováveis e a conversão desses recursos. Nesta linha, o setor agroalimentar está numa posição privilegiada para ser impulsionador e gerador de mais competitividade, criando valor acrescentado para as suas empresas e, assim, colocam-se na linha da frente da circularidade. Tendo em conta a mudança de mentalidades no consumo dos cidadãos “os produtos Bio vão, claramente, ocupar uma faixa de consumo razoável”, afirmou Carlos Lopes de Sousa, Presidente do Agrocluster Ribatejo durante a abertura da sessão. O setor agroalimentar é indissociável do

ambiente, da terra, do mar, da floresta e “a bioeconomia ligada a um sistema saudável, com tudo o que isso inclui, pode ser a solução”, alertou, dando o mote para o início do programa. De seguida, a NERSANT deu voz ao projeto Bio-Ware, centrado nas duas bioeconomias, verde (Agroflorestal e engloba a produção primária) e branca (soluções industriais e ambientais, de transformação dos produtos biológicos e naturais) onde, entre as várias valências, se encontra o Concurso de Ideias de Negócio, para premiar as melhores ideias de bio produtos ou bio serviços. Da parte da SPI - Sociedade Portuguesa de Inovação, Miguel Carnide explorou as oportunidades que a Bioeconomia oferece apresentando as várias tendências a considerar, tais como a rotulagem que mostra o caminho através da cadeia de valor, o estilo de vida atual associado a dietas mais saudáveis, as embalagens no contexto Lessis More, maior consciência e maior circularidade.


cessos de licenciamento industrial dos projetos, lacunas na classificação e “cuidados com as alterações climáticas em relação ao sistema de produção agrícola”, rematou. No que toca às sinergias, apontou as bio refinarias como simbioses industriais que são o princípio da cascata de valor dos resíduos fundamentais na economia circular. No momento que antecedeu os esclarecimentos, Carlos Lopes de Sousa, Presidente do Agrocluster Ribatejo, expôs alguns exemplos práticos, não sem antes frisar que “sem Bioeconomia não passaremos à biotecnologia”, mostrando que as duas devem ser separadas. Esta foi a primeira sessão de Mesa Redonda realizada no âmbito do projeto Bio-Ware, que pretende sensibilizar e disseminar a importância da bioeconomia e da sua integração nos setores relevantes para a região, bem como promover lógicas de colaboração entre os atores nacionais direcionadas para a identificação e valorização de oportunidades de financiamento e promoção da geração de ideias em torno do desenvolvimento de projetos colaborativos entre empresas e entidades de ensino e de ciência e tecnologia. Na sessão, estiveram presentes diversos representantes de empresas da região.

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No campo das tendências de investimento empresarial a nível mundial, o orador expôs alguns casos de alimentos que se têm vindo a afirmar no mercado como os probióticos, proteína de ervilha, algas, chia, entre muitos outros. Como tendências tecnológicas, entre muitas, destacam-se as técnicas de exploração sustentável, técnicas de fermentação, políticas agroflorestais e redução da pegada de carbono. Agrupando as tendências de consumo às tendências tecnológicas criam-se oportunidades para a bioeconomia e a sustentabilidade. O segundo tema da Mesa Redonda escrutinou as Sinergias Estratégicas Empresarias da Bioeconomia com a intervenção de João Nunes, fundador da ALL, Associação Portuguesa para a Bioeconomia e Economia Circular. O profissional falou da “Bioeconomia circular para integrar tudo” e apresentou algumas lacunas da Bioeconomia na temática do “recurso da água doce e água potável”, acrescentado que “o impulso correto seria bioeconomia azul”. Na sua intervenção abordou o exemplo da Suíça como o país com melhor posição em Bioeconomia, a bio capacidade dos territórios como grande potencial para Portugal, o sistema agroalimentar que apresenta obstáculos em pro-


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Bio-Ware convida ao desenvolvimento de produtos de valor acrescentado no Instituto Politécnico de Santarém A sensibilização das empresas para a Bioeconomia, circularidade e sustentabilidade, através do projeto Bio-Ware, cujo objetivo é dotar as mesmas de ferramentas que visam permitir um input na sua rentabilidade e competitividade no mercado, continua a ser uma das prioridades do Agrocluster e da Nersant. Uma estratégia empresarial direcionada para o crescimento, rentabilidade e notoriedade terá indissociavelmente que ter na sua génese valores ligados à circularidade, que, para além de apoiar a sustentabilidade financeira dos negócios, ajuda ainda na transmissão de uma boa imagem externa da empresa. A segunda de quatro Mesas Redondas dinamizadas pelo Bio-Ware teve o mote “Desenvolvimento de produtos de valor acrescentado” e pretendeu a capacitação das organizações para desenvolverem novos produtos e serviços derivados de resíduos e dessa forma criarem e acrescentarem valor. O workshop realizou-se na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém no dia 19 de abril, pelas 15h00. Após a sessão de acolhimento, integrou o programa a apresentação do projeto Bio-Ware - Programa de Sensibilização para a Bioeconomia, com todo o seu enquadramento, objetivos e áreas de atuação, à qual se seguiu a intervenção de Luís Girão da SPI - Sociedade Portuguesa de Inovação, com o tema “Tendências e caminhos estratégicos para as empresas”. No seguimento do programa teve a palavra Lígia Rodrigues, do Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho com a temática “Produtos de


ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos inovadores de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da Região. Muito embora o projeto se concentre na região de Santarém, por vocação das entidades copromotoras, não se pretende limitar o seu âmbito de influência. Pelo contrário, pretende-se mobilizar a base científica e tecnológica nacional, de relevância e impacto crescente, para um reflexão e discussão em terno da temática, assim como a disseminação de conhecimento. Este projeto pretende sensibilizar e disseminar a importância da bioeconomia e da sua integração nos setores relevantes para a região, promoção de lógicas de colaboração entre os atores nacionais direcionadas para a identificação e valorização de oportunidades de financiamento e promoção da geração de ideias em torno do desenvolvimento de projetos colaborativos entre empresas e entidades de ensino e de ciência e tecnologia. É um projeto

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valor acrescentado a partir de resíduos dos setores Agro-Alimentar-Florestal”. Para melhor demonstrar as potencialidades do tema central da Mesa Redonda, o workshop contou ainda com a intervenção da Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda. na pessoa do seu CEO, Paulo Estrada, que deu a conhecer a experiência desta empresa do concelho de Abrantes no âmbito da bioeconomia. Na reta final do workshop houve lugar a debate que permitiu a partilha de experiências e criação de rede de contactos e conhecimentos sobre o tema, moderado pela SPI. O projeto Bio-Ware visa a promoção da inovação e do empreendedorismo de forma a melhorar a comercialização dos resultados científicos associados à Bioeconomia “Verde” (Agroflorestal) e à Bioeconomia “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O projeto centra-se no estudo e disseminação de informação sobre a bioeconomia, compreende


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Novo concurso de bionegócios

O Agrocluster e a NERSANT incentivam, pela segunda vez este ano, ideias de negócio ligadas aos recursos biológicos e renováveis com a realização de um novo concurso de ideias no âmbito do programa Bio-Ware. Procuram-se ideias de soluções industriais, produtos e serviços bioinovadores, com base na valorização de recursos biológicos. Bioeconomia, um conceito atual. Ainda que o seu enorme potencial esteja por explorar, apresenta-se como uma resposta para o hoje e o amanhã, tendo no seu núcleo os recursos biológicos renováveis e renováveis, impondo-se a cir-

cularidade como parte integrante do vocabulário empresarial. Para promover a necessidade de aplicação deste conceito no meio empresarial, o Agrocluster e a NERSANT dinamizam o projeto Bio-Ware, que tem efetivamente na sua génese a realização de ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos inovadores de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região de Santarém. No âmbito do projeto, as associações lançaram


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o segundo concurso de ideias de negócio, que distinguirá bioideias de cariz empresarial, direcionadas para o desenvolvimento de soluções inovadoras com base em recursos biológicos e renováveis. O concurso teve abrangência nacional, pelo que não existiram quaisquer restrições à proveniência das candidaturas, desde que se proponham concretizar a iniciativa empresarial preferencialmente na região de Santarém. Para participar, os candidatos tiveram de cumprir alguns requisitos, tais como proporcionar, com as suas ideias, o desenvolvimento de produtos e serviços, orientados para reais necessidades da região de Santarém nas áreas temáticas; incorporar inovação de âmbito regional/nacional claramente definida ou uma inovação que, embora já existindo, possa ter um campo de aplicação diferente do atual; demonstrar a capacidade e intenção do promotor em implementar a ideia, preferencialmente na região de Santarém; e indicar o impacto da ideia, utilizando, para o efeito, indicadores de sustentabilidade económico-financeira. Foram premiadas as três ideias melhor classificadas pelo júri com uma bolsa monetária, participação num programa de aceleração de ideias, 40 horas de apoio técnico para a concretização da ideia apresentada e incubação física gratuita na Startup Santarém. De referir que o projeto Bio-Ware, dinamizado pelo Agrocluster Ribatejo e pela NERSANT, visa promover ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região, nomeadamente, Bioeconomia “Verde” (agroflorestal) e “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O projeto conta com o cofinanciamento do COMPETE 2020.


Receção da comitiva BIC - Bio-based Industries Consortium Nos dias 18 a 20 de abril 2018, o Agrocluster Ribatejo recebeu a visita de uma comitiva de membros do BIC -Bio-based Industries Consortium, sob a temática “Creating value chains to foster bio-based industries in Europe”. Esta visita foi uma oportunidade de conhecer melhor o programa BBI JU da União Europeia

para a Indústria, que tem como missão desenvolver novas cadeias de valor de base biológica através de novas tecnologias, produtos e aplicações industriais; otimizar o uso de matérias-primas, que contribuem para uma economia circular sustentável, criando um clima de negócios favorável.

Há 100 anos uma dúzia de ovos equivalia a 60% do salário médio de um trabalhador. Foi neste contexto de grave crise de escassez de alimentos, inflação e açambarcamento de géneros, originada pela 1.a Guerra Mundial, que foi criado, em 1918, o Ministério da Agricultura.

Cem anos depois, o Ministério assinala a data com uma sessão solene em Lisboa com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, do Ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, do Secretário de Estado da

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Agrocluster convidado para sessão solene do centenário do Ministério da Agricultura


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Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, e do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas. A Sessão Solene do Centenário do Ministério da Agricultura realizou-se no dia 20 de abril, na Fundação Champalimaud em Lisboa Durante a sessão solene, foram distinguidos antigos funcionários do Ministério da Agricultura e serão homenageados antigos Ministros da Agricultura. O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos destacou o facto de o Ministério comemorar o centenário num contexto de “evolução muito positiva da Agricultura, que está a registar uma taxa de crescimento superior ao da taxa média da economia, com um ritmo crescente das suas exportações”. “Um desempenho notável - sublinha o Ministro - sobretudo porque ocorre também num contex-

to de profundas alterações climáticas, que são o grande desafio do próximo século”. “No caso do Ministério da Agricultura, as respostas passam por procurar soluções em torno de dois grandes pilares que são o regadio e as florestas”, afirmou Luís Capoulas Santos, chamando ainda a atenção para o papel que a futura Política Agrícola Comum pode ter neste campo. O Ministro deixou ainda“uma palavra de agradecimento aos atuais e antigos funcionários do Ministério da Agricultura e a todos os agricultores que são os verdadeiros protagonistas da grande mudança que foi operada no setor”. A convite do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, o Agrocluster Ribatejo esteve presente na sessão solene que assinalou o centenário do Ministério da Agricultura.


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MAIO


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Agrocluster Ribatejo lança AgriEmpreende no evento AGRODAY Realizou-se no dia 9 de maio, pelas 14h00, no CEi - Centro de Empresas Inovadoras, em Castelo Branco, o evento AGRODAY, onde foi lançado o AgriEmpreende. Trata-se de um projeto desenvolvido pelo Inovcluster e pelo Agrocluster Ribatejo com o objetivo de potenciar a criação e aceleração de novas empresas no setor agroalimentar. O evento, que contou com a presença do Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Medeiros Vieira, arrancou precisamente com a apresentação do projeto AgriEmpreende, pela voz de Cláudia Domingues Soares, Presidente do Inovcluster e de Carlos Lopes de Sousa, Presidente do Agrocluster Ribatejo. O projeto AgriEmpreende, desenvolvido pela InovCluster e pelo Agrocluster Ribatejo, cofinanciado pelo Portugal2020 e pela União Europeia, através

do FEDER, pretende criar e dinamizar uma estrutura de apoio ao empreendedorismo que, reforçando a capacidade técnica existente nas duas entidades copromotoras, potencie a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas na fileira agroalimentar. O AgriEmpreende atua num domínio crítico para o desenvolvimento do país, nomeadamente o apoio ao empreendedorismo qualificado e criativo e à criação e aceleração de novas empresas no setor agroalimentar. Para além do AgriEmpreende, foram ainda expostas outras iniciativas para a fileira agroalimentar em temas como a inovação, a bioeconomia e o financiamento, motes demais importantes quer para empresários e empreendedores do setor, esperando-se, por isso, casa cheia na iniciativa AGRODAY.


Agrocluster e Inovcluster promovem Agriempreende

O Agrocluster Ribatejo e o Inovcluster encontram-se a dinamizar o projeto Agriempreende, ao abrigo do qual acabam de lançar o 1.º concurso de ideias de negócios. Com o mesmo, pretende-se estimular a criação de novas empresas nos setores da agroindústria e alimentação. Com a dinamização deste projeto - e também deste concurso - os promotores pretendem fomentar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos jovens qualificados, utilizar exemplos de boas práticas, inovadoras e criativas, a nível internacional, explorar as características distintivas das regiões para atrair e desenvolver novas e diversificadas iniciativas empresariais, valorizar e premiar casos de sucesso, apoiar novas empresas, numa lógica de aceleração do negócio que possa ser alavancado pelo sistema de incentivos e por novas formas de financiamento e apostar na geração de spin-offs

nos setores mais competitivos das regiões. As candidaturas estiveram abertas até 8 de junho para projetos nas áreas da agroindústria e alimentação. As mesmas são exclusivamente apresentadas online no portal do projeto, acessível no endereço www.agriempreende.pt. Os três projetos vencedores tiveram direito a pré-incubação física para desenvolvimento do projeto, em sistema de co-working reservado, por um período de 3 meses, a incubação física (pós-início de atividade) em sistema de co-working reservado, por um período de 6 meses e ainda a prémios monetários (5.000 euros para o primeiro classificado, 3.000 euros para o segundo, e 1.000 euros para o terceiro classificado). A pré-incubação ou incubação das ideias pode ser feita na Startup Santarém ou no CEi - Centro de Empresas Inovadoras, em Castelo Branco.

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Concurso dá prémios monetários às melhores ideias de negócio da fileira agroalimentar


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Pratos rasos, fundos e tigelas biodegradáveis, bem como palhetas para mexer o café biodegradáveis e comestíveis, é a aposta dos empreendedores Pedro Cadete e Luís Simões, que lhes valeu o primeiro prémio do concurso de bio-ideias de negócio realizado pelo Agrocluster Ribatejo e pela NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, ao abrigo do projeto Bio-Ware. Na sua estratégia “Bioeconomia - A Inovação para o crescimento sustentável”, a EU estabelece o rumo para uma economia sustentável e eficiente na utilização de recursos. Reconhecendo-se a forte ligação da região de Santarém à terra e aos recursos biológico, considera-se existir um enorme potencial na região em torno da Bioeconomia e da sua utilização inteligente para o desenvolvimento de soluções inovadoras, com base em recursos biológicos e renováveis. Neste sentido, o Agrocluster e a NERSANT, ao abrigo de um projeto de promoção da bioeconomia - o Bio-Ware -, dinamizaram na região o I Concurso de Bio-Ideias de Negócio, que recebeu candidaturas entre 28 de fevereiro e 30 de março.

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Encontrado vencedor para o concurso de bio ideias de negócio


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A concurso receberam-se dezenas de ideias de negócio com forte componente biológica e sustentável, e que foram apresentadas em sessão de júri na Startup Santarém no dia 11 de maio. As propostas de negócios foram avaliadas, tendo os membros do júri, composto por representantes da NERSANT, Agrocluster, Associação Eco Parque do Relvão, Sociedade Portuguesa de Inovação e Instituto Politécnico de Santarém, chegado a um veredicto, que foi conhecido no dia 17 de maio, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém. O júri decidiu atribuir o primeiro prémio do concurso ao projeto “Louça Biodegradável + Palhetas

de Mexer o Café Biodegradáveis e Comestíveis”, dos promotores Pedro Cadete e Luís Simões. O projeto, através de uma técnica patenteada de prensagem de farelo de trigo, prevê a representação e comércio em Portugal de pratos rasos e fundos, tigelas, que são biodegradáveis em 30 dias. Também as palhetas para café são objeto deste projeto, sendo as mesmas, desta feita, constituídas de materiais orgânicos como o amido de milho, fibras vegetais e aromas, bem como outros ingredientes neutros, que permitam que a mesma não se dissolva durante o uso, nem adultere o sabor do café. Estas palhetas, além de biodegradáveis, são também comestíveis.


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Com a atribuição do primeiro prémio por parte da NERSANT e do Agrocluster, os promotores vão agora receber uma bolsa monetária no valor de 1000 euros para a concretização da ideia, bem como apoio técnico, integração num programa de aceleração e ainda a incubação física do negócio na Startup Santarém. O segundo prémio no âmbito do concurso foi atribuído a Rodolfo Silva, com o projeto Silva FarmerFrutis. Neste caso, a ideia é aproveitar a “fruta feia” (fruta com qualidade alta mas com baixo consumo devido ao seu aspeto), para produção de Kits saudáveis, com brinde, por forma a despertar o interesse de consumo de fruta “saudável” nas camadas mais jovens. Apoio técnico, 500 euros para a concretização da ideia, participação em programa de aceleração e incubação física na Startup Santarém, é o resultado deste segundo lugar no pódio.


1. o Classificado

2. o Classificado

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3. o Classificado

Quanto ao terceiro lugar, o mesmo foi atribuído a Licínio Neto, pela candidatura com o projeto “Rosefood - Edibleflowersbouquets”, cujo produto consiste na venda de ramos de flores comestíveis, com certificação biológica e garantia alimentar. No caso, o empreendedor receberá 250 euros em prémios para a concretização da ideia, apoio técnico, participação no programa de aceleração e incubação da empresa na Startup Santarém. De referir que o concurso de bio-ideias de negócio – denominado Acelerador de Bio-ideias – teve como objetivo desafiar a comunidade empreendedora a apresentar ideias para a conceção e comercialização de bioprodutos ou bio-serviços, estimular a geração e o aproveitamento de ideias em torno do desenvolvimento de projeto colaborativos e potenciar o desenvolvimento de bio-ideias de negócio. O concurso realizou-se ao abrigo do Bio-Ware, projeto que visa promover ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos de Bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região, nomeadamente, Bioeconomia “Verde” (agroflorestal) e “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O mesmo conta com o cofinanciamento do FEDER, através do COMPETE 2020.


3.a Mesa Redonda Bio-Ware

Empresas, empreendedores e comunidade escolar e científica reuniram no dia 17 de maio no Auditório da Escola Superior Agrária de Santarém, para integrar mais uma Mesa Redonda do projeto Bio-Ware. Em destaque esteve novamente a bioeconomia, desta vez como um fator importante para a internacionalização das empresas. Bioeconomia, bioprodutos, bioideias, bio-serviços encontram-se no patamar de excelência para trocas comerciais internacionais apostando na competitividade, no desenvolvimento sustentável e na circularidade como divisa. Foi tendo em conta esta premissa que o Agrocluster e a NERSANT levaram à Escola Superior Agrária do IPSantarém, um seminário sobre “Bioeconomia: Pontes para a internacionalização”. A sessão iniciou com a apresentação do Bio-Ware, projeto de promoção da Bioeconomia dinamizado pela NERSANT e o Agrocluster, seguindo-se a intervenção da SPI - Sociedade Por-

tuguesa de Inovação, que apresentou exemplos de sucesso internacionais, alguns deles da região, como a Sofalca e a Silvex. Foi ainda dado a conhecer o SCAR - Standing Committee on Agricultural Research, pela voz de José Matos, representante de Portugal nesse Comité, seguido do tópico “Plano de ação para a revisão da Estratégia Europeia para a Bioeconomia” com a intervenção de Carla Brites no INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.. A sessão fechou com a intervenção Paulo Azevedo, Diretor Geral da Silvex - Indústria de Plásticos e Papéis, S.A., bem como de Carlos Rodrigues, da mesma empresa, que falaram detalhadamente da experiência da empresa na Bioeconomia. Na sessão estiveram presentes diversas empresas, empreendedores e representantes da comunidade científica da região, tendo os presentes trocado alguns contactos para a estreitamento de relação entre as partes.

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Bioeconomia como fator de internacionalização discutida na Escola Superior Agrária em Santarém


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Na sessão marcaram ainda presença, em representação da NERSANT, António Campos, Presidente da Comissão Executiva, Carlos Lopes de Sousa, Presidente do Agrocluster Ribatejo, bem como Marília Oliveira Henriques, Presidente do Conselho Técnico-Científico da Escola Superior Agrária de Santarém. O Bio-Ware visa a promoção da inovação e do empreendedorismo de forma a melhorar a comercialização dos resultados científicos associados à Bioeconomia “Verde” (Agroflorestal) e à Bioeconomia “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O projeto centra-se no estudo e disseminação de informação sobre a bioeconomia, compreende ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos inovadores de bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região. Este projeto pretende sensibilizar e disseminar a importância da bioeconomia e da sua integração nos setores relevantes para a região, promoção de lógicas de colaboração entre os atores nacionais direcionadas para a identificação e valorização de oportunidades de financiamento e promoção da geração de ideias em torno do desenvolvimento de projetos colaborativos entre empresas e entidades de ensino e de ciência e tecnologia. O BIO-WARE conta com o cofinanciamento do COMPETE 2020.


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Bio-Ware

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Agrocluster e NERSANT alertam para vantagens da bioeconomia no setor agroflorestal

No dia 7 de junho, o Agrocluster Ribatejo e a NERSANT, promotores BioWare, estiveram na Startup Santarém a apresentar soluções inovadoras de valorização agrícola, florestal e industrial. Esta foi a 4.o e última Mesa Redonda realizada ao abrigo do projeto, que pretende promover conceitos de bioeconomia e economia circular na região. A Economia Circular pretende substituir o modelo tradicional de Economia Linear, em que a produção e o consumo assentam numa cadeia que passa por extrair recursos, produzir bens e depositar resíduos. Ao longo desta cadeia, os níveis de desperdício são significativos, havendo uma perda de valor económico e ambiental. Com este novo modelo, pretende-se reter o máximo de valor possível de produtos ou recursos. Ao aplicar esses princípios, as empresas podem minimizar o desperdício de recursos, aumentar a produtividade e dissociar o crescimento do consumo de recursos naturais. Decorrente da necessidade de uma maior utilização dos recursos renováveis surge o conceito de bioeconomia, que se entende como sendo uma economia que utiliza os recursos biológicos da terra e do mar, bem como os resíduos, como fatores de produção de alimentos para consumo humano e animal e de produção industrial e de energia. Abrange também a utilização de processos de base biológica com vista a permitir indústrias sustentáveis.


Lezíria do Tejo tem-se assumido como um território de ancoragem de importantes unidades industriais agroalimentares, em paralelo com um processo de afirmação e de consolidação de uma rede de pequenos e médios centros urbanos. Trata-se, assim de um contexto económico e geográfico fortemente dependente do setor primário, o qual proporciona um conjunto de oportunidades estratégicas relacionadas com a valorização dos recursos naturais. Valorização energética de resíduos, recuperação de calor residual, simbiose industrial e integração de renováveis, foram algumas das soluções apontadas pelos especialistas presentes para os negócios da região, que, para além das mais-valias evidentes ao nível do ambiente, têm ainda vantagens do ponto de vista financeiro para as empresas. A aposta na Biomassa foi uma das soluções com maior viabilidade encontrada, uma vez que é uma forma eficaz de minimizar os incêndios, através da redução da carga combustível.

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Sendo o Ribatejo uma região plena de oportunidades nesta área, o Agrocluster e a NERSANT dinamizaram um Santarém, no dia 7 de junho, uma sessão ao abrigo do Bio-Ware, que teve como objetivo alertar as empresas e indústrias da região para as vantagens de utilização da bioeconomia e economia circular no seu dia-a-dia. De facto, foi explicado na sessão, no território que corresponde ao Médio Tejo existe um modelo de especialização industrial assente em fatores competitivos ligados à proximidade e facilidade de acesso a recursos naturais. Este território combina uma vocação natural agroflorestal com atividades industriais. Por um lado o aproveitamento florestal está relacionado com as grandes manchas florestais que possui, no prolongamento das vastas áreas florestais do centro do país. Por outro lado, integra polos de especialização industrial de relevância nacional como por exemplo, a produção de curtumes no município de Alcanena. Complementarmente, a


Na sessão, para além do Agrocluster e da NERSANT, falaram e discutiram o tema com os participantes, especialistas da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI), do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) e da Universidade do Minho. Esteve em análise um caso de estudo na primeira pessoa, referente à empresa Silicolife, Lda., exemplo empresarial na bioeconomia, patente no estudo de Benchmark do projeto Bio-Ware, que explicou como desenvolver novas vias biológicas para produzir compostos de interesse industrial. De referir que Bio-Ware visa a promoção da inovação e do empreendedorismo de forma a melhorar a comercialização dos resultados científicos associa-

dos à bioeconomia “Verde” (Agroflorestal) e à bioeconomia “Branca” (aplicações industriais e ambientais). Este projeto pretende sensibilizar e disseminar a importância da bioeconomia e da sua integração nos setores relevantes para a região, promoção de lógicas de colaboração entre os atores nacionais direcionadas para a identificação e valorização de oportunidades de financiamento e promoção da geração de ideias em torno do desenvolvimento de projetos colaborativos entre empresas e entidades de ensino e de ciência e tecnologia. O projeto, dinamizado pelo Agrocluster Ribatejo e pela NERSANT, conta com o cofinanciamento do COMPETE 2020, encontrandose disponibilizada mais informação no portal do projeto em: http://bioware.nersant.pt.

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AgriEmpreende: Concurso de Ideias de Negócio recebeu 25 candidaturas O primeiro Concurso de Ideias de Negócio realizado no âmbito do projeto AgriEmpreende recebeu 25 candidaturas. O AgriEmpreende é um projeto inovador que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. O próximo concurso de ideias vai ser lançado em setembro. Os vencedores do primeiro Concurso de Ideias de Negócio, desenvolvido no âmbito do projeto AgriEmpreende, vão receber os seguintes prémios: 5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro. Para além do valor monetário, o prémio inclui pré-incubação


No que se refere ao tipo de inovação, 76% das candidaturas referem-se a inovação de produto/ serviço, 16% a inovação de processo e 8% a inovação organizacional. As NUT’s que mais contribuíram para as candidaturas foram o Centro (48% - sendo que o Médio Tejo contribuiu com 41,6% e as outras NUT’III com 58,4%) e o Alentejo (40%). O segundo Concurso de Ideias de Negócio está previsto para setembro de 2018. Mais informações serão disponibilizadas em www.agriempreende.pt. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e

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física para desenvolvimento do projeto em sistema de co-working por um periodo de 3 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras, e incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um periodo de 6 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras. Os vencedores serão revelados no próximo mês. A principal faixa etária dos candidatos (68% do sexo masculino e 32% do sexo feminino) vai dos 20 aos 30 anos (48%). As restantes candidaturas dividem-se da seguinte forma: 31-40 (32%); 41-50 (8%); mais de 51 anos (12%). A nível de escolaridade, 76% dos promotores são licenciados (Nível 6) e 16% contam com o Mestrado (Nível 7).


novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Carlos Lopes de Sousa, Presidente do AgroCluster Ribatejo, líder do projeto, realça que “esta iniciativa vai afirmar a vocação empreendedora destas duas regiões e dotá-las das condições técnicas e estruturais essenciais para promover o empreendedorismo inovador e qualificado na fileira agroalimentar”. Este projeto é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.

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Terrorismo alimentar e Food Defense na ordem do dia em conferência sobre bioeconomia A contaminação intencional de produtos - terrorismo alimentar - é uma realidade a que as empresas, em especial as exportadoras, devem estar atentas. Associado ao conceito, surge o de Food Defense, que apareceu nos Estados Unidos da América aquando dos atentados do 11 de setembro, e que reúne metodologias que garantem a segurança dos alimentos. A problemática esteve em destaque na Conferência sobre Bioeconomia levada a cabo pelo Agrocluster Ribatejo e pela NERSANT, no âmbito da implementação do projeto Bio-Ware. O Agrocluster Ribatejo e a NERSANT têm vindo a dinamizar na região de Santarém o Bio-Ware, projeto de promoção para a bioeconomia que realizou na região diversas ações de sensibilização para as empresas em torno


a não adulteração dos produtos alimentares ao logo da cadeia produtiva e obter assim quantidades de produtos confiáveis e com qualidade para um consumidor cada vez mais exigente e informado, num mercado nacional e internacional competitivo. Na sua intervenção, Rita Porto explicou que o conceito ganhou escala aquando dos ataques terroristas do 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos da América, tendo, este país, desta forma, largamente implementadas e regulamentadas as medidas de defesa alimentar, “o que não acontece nem na Europa, nem em Portugal”, disse. No entanto, a profissional explicou a implementação de metodologias de “defesa alimentar” devem fazer parte da rotina das empresas, em especial aquelas que abordam os mercados internacionais. Apresentou, por isso, algumas dicas para a inclusão deste tipo de metodologias e medidas de proteção para as empresas. “Este é um tema muito importante para a cadeia de fornecimento. As medidas de proteção devem estar bem implementadas para assegurar a produção dos alimentos quanto à proteção da contaminação intencional e maliciosa, sabotagem, bioterrorismo e outros pontos de vulnerabilidade às organizações”, alertou Rita Porto. Na sessão foram ainda entregues os prémios aos vencedores do segundo concurso de ideias de negócio do Bio-Ware.

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do conceito. A sessão, que iniciou precisamente pela apresentação das diversas atividades realizadas ao longo da implementação do programa - desde estudos de benchmarking, workshops, roadmap tecnológico, sessões de mesa redonda e um website que funciona como uma montra de bioprodutos - deu a conhecer ainda alguns exemplos casos de sucesso de empresas que trabalham nesta área, como a FermALG, que aposta na comercialização de microalgas como um dos produtos com maior potencial na alimentação humana, animal e cosmética, da A4F, que trabalha na área da investigação e desenvolvimento de projetos de bioengenharia para a produção industrial de microalgas e ainda da VALORBIO, projeto de I&D do Instituto Politécnico de Tomar que aposta na valorização de resíduos através de zonas húmidas construídas modulares usadas para tratamento de águas residuais. No entanto, para além das temáticas apresentadas, mereceu destaque a apresentação sobre o tema Food Defense, explanado por Rita Porto, da SGS. Trata-se de um conceito que aborda todas as atividades para prevenir a contaminação acidental ou intencional dos produtos alimentares por agentes biológicos, químicos, ou radioativos no decorrer da sua produção e distribuição. Associado a este conceito, estão, entre outros, a fraude alimentar, a segurança e a qualidade alimentar que importam ser discutidos de forma a garantir


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Bio-Ware: Boia luminosa biodegradável para pesca noturna vence concurso de bio-ideias de negócio O Agrocluster Ribatejo e a NERSANT, ao abrigo do projeto Bio-Ware, dinamizaram na região um concurso de ideias de negócio onde desafiaram a comunidade a apresentar ideias empresariais biológicas. Neste que foi o segundo concurso realizado ao abrigo do projeto, os promotores atribuíram o 1.º prémio ao projeto MARLight, que tem como objetivo a produção e comercialização de boias flutuantes biológicas para a pesca noturna. Todos somos conhecedores dos problemas de poluição dos nossos rios e mares. Na realidade, não é de todo invulgar assistirmos na televisão a notícias relacionadas com a morte de algumas espécies de peixes, não só devido à ingestão de enormes quantidades de plástico, mas também devido a doenças que advém do nível de poluição das águas. Manuel Seixas, Rafaela Freitas e Adriana Luz, os promotores do projeto MARLight, candidatado ao segundo concurso de bio-ideias de negócio do Bio-Ware, pensaram numa solução para ajudar a resolver esta questão. Criaram um produto substituto dos atuais starlights usados em pesca noturna, que para além da cápsula em plástico ou

outro material que demora anos a deteriorar-se, ainda têm no seu interior químicos necessários à produção de luz. “Assim, a nossa ideia tem como principal foco o desenvolvimento e produção de starlights biológicos - MARlights - com um invólucro de biomateriais biodegradáveis, sem apresentar consequências negativas para o ambiente e organismos que nele habitam, e ainda serem capazes de emitir uma luz biológica através de reações bioluminescentes com o uso de enzimas específicas”, relataram os promotores. De facto, a ideia de negócio convenceu o júri do segundo concurso de bio-ideias levado a cabo pela NERSANT e pelo Agrocluster Ribatejo no âmbito do Bio-Ware, tendo o projeto sido anunciado no dia 27 de junho, na Startup Santarém, como o grande vencedor. Carlos Lopes de Sousa, Presidente da Direção do Agrocluster Ribatejo, entregou à equipa o diploma que assinala esta conquista, que lhes vai valer 1000 euros para a implementação do negócio, um ano de apoio técnico para a concretização do negócio e incubação física na Startup Santarém.


junho na Startup Santarém. Representantes da NERSANT, Agrocluster Ribatejo, Associação Ecoparque do Relvão, Instituto Politécnico de Santarém, Instituto Politécnico de Tomar e Sociedade Portuguesa de Inovação, analisaram e votaram as melhores bio-ideias de negócio. Os prémios foram entregues na Conferência de Bioeconomia realizada ao abrigo do projeto Bio-Ware, que se realizou no dia 27 de junho na Startup Santarém, e onde esteve em destaque o tema Food Defense. O projeto Bio-Ware - Programa de Sensibilização para a Bioeconomia, visa a promoção da inovação e do empreendedorismo de forma a melhorar a comercialização dos resultados científicos associados à Bioeconomia “Verde” (Agroflorestal) e à Bioeconomia “Branca” (aplicações industriais e ambientais). O projeto centra-se no estudo e disseminação de informação sobre a bioeconomia, compreende ações de sensibilização e informação que contribuam para a concretização de projetos inovadores de bioeconomia que possam ser desenvolvidos no seio das fileiras estratégicas da região.

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Em segundo lugar, ficou classificado o projeto desenvolvido por Marlon Muniz da Silva, que consiste na valorização de Lignina, um polímero natural biodegradável presente nos materiais vegetais, junto a celulose e hemicelulose, responsável por conferir rigidez, e que, transformado através de nanotecnologia, permite gerar um produto para várias aplicações em polímeros e outros materiais, conferindo-lhes um carácter biodegradável. O terceiro prémio foi atribuído ao projeto de Ana Rita Santos - SweetHummus - que consiste numa pasta de grão-de-bico com chocolate, ideal para barrar no pão e acompanhar com fruta, entre outros. Pretende ser um produto feito a partir de ingredientes de agricultura biológica, vegan, sem gluten, sem lacticínios e sem açúcares refinados. O segundo e terceiro lugar do concurso vão receber, respetivamente, 500 e 250 euros para a implementação do negócio e apoio técnico e incubação física durante 3 meses. As ideias de negócio candidatas foram analisadas em sessão de júri que decorreu no dia 22 de


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3. o Classificado


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Agrocluster Ribatejo leva produtos agroalimentares da região além-fronteiras

O Agrocluster Ribatejo viu aprovado em julho, um novo projeto para o apoio à internacionalização das empresas agroindustriais da região. Trata-se do Agriexport 4.0, que contempla a realização de receções de importadores na região, a realização de mostras promocionais de produtos em diversos países estrangeiros e a organização e promoção de encontros internacionais de negócios. Visando a melhoria do posicionamento das empresas agroindustriais portuguesas em mercados externos, o Agrocluster irá realizar no período 2018-2020, ao abrigo deste novo projeto agora aprovado, um conjunto de ações de internacionalização, que estão já neste momento, devidamente calendarizadas e a receber intenções de participação por parte das empresas da região. No que à realização de missões inversas diz respeito, prevê-se a receção de uma delegação de importadores da Noruega, em novembro de 2018, o acolhimento de uma delegação de importadores do Canadá, em abril de 2019, e a receção de uma comitiva da Holanda, em setembro de 2019. Já em 2020, prevê-se acolhimento de uma delegação empresarial do Japão em janeiro e a receção de uma delegação de gestores de produtos de plataformas digitais, em abril.


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Quanto às mostras promocionais, que contemplam a organização da mesma, a promoção através de exposição de produtos e o agendamento de contactos para reuniões B2B, o Agrocluster prevê a realização de duas ações, uma na República Checa, em setembro de 2019 e outra na Holanda, em março de 2020. O projeto prevê ainda a realização de dois eventos internacionais de negócios, nomeadamente a edição de 2019 e 2020 do AGRIBUSINESS, evento internacional destinado à agroindústria, que engloba reuniões com potenciais compradores agroalimentares de diversos mercados e visitas a empresas. Os encontros estão previstos para o mês de maio. Para além destas ações, será dada continuidade ao estudo de condicionantes de entrada dos produtos alimentares da região nos mercados da Austrália, Japão, Canadá e Noruega. De referir que o projeto AgriExport 4.0 tem como objetivo reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas no domínio da internacionalização. Este projeto é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


Louça biodegradável, compostável e comestível vence 1.o Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende

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Iniciativa é promovida pelo Agrocluster e pelo InovCluster Louça biodegradável como alternativa à louça descartável, casca de arroz como carga para suportes lenhosos e uma fusão de plantas para criar uma alternativa ao sal. São estes os três projetos vencedores da 1ª edição do Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, que atribuiu ainda três menções honrosas. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. Segue-se agora um programa de aceleração para os responsáveis por estes três projetos, aberto a outros empreendedores que pretendam desenvolver os seus negócios. Uma alternativa benéfica para o ambiente e menos onerosa na produção de louça foi a grande vencedora do 1º Concurso de Ideias de Negócio

do projeto AgriEmpreende. A ideia apresentada por Pedro Cadete faz com que louça biodegradável feita de farelo de trigo seja alternativa à louça descartável feita de papel ou plástico. Os produtos são inovadores porque fazem parte da economia circular, aproveitam um resíduo e no fim de vida são usados como alimento ou como composto natural acrescido dos alimentos com que estiveram em contacto. O produto é somente o farelo de trigo e a tecnologia de compressão encarrega-se de o tornar num produto funcional e ao mesmo tempo amigo do ambiente. É diferente das demais alternativas ao plástico porque se biodegrada em cerca de 30 dias e é possível comer também.


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O segundo lugar ficou para o projeto Casquinha, cuja inovação passa por utilizar a casca de arroz como carga em pastas de preenchimento volumétrico e superficial para suportes lenhosos. A inovação consiste no reaproveitamento de um subproduto abundante em Portugal, de baixo custo, que poderá ter diferentes funcionalidades e aplicações, tendo como vantagem a sua preparação no local, apenas na quantidade necessária, evitando o desperdício de material. É também um produto de características semelhantes às madeiras e seus derivados. Tatiana Brás, Ricardo Triães e Eduardo Ferraz são os rostos por detrás desta ideia.


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O projeto SALYS apresentado por Luis Lavoura e João Figueiredo, conseguiu o terceiro lugar. Esta marca criou uma alternativa ao sal através da fusão de plantas halófitas e plantas aromáticas de origem biológica da região Centro. Os temperos SALYS permitem temperar e salgar sem os malefícios normalmente associados à utilização de sal convencional. Os três vencedores do primeiro concurso vão receber os seguintes prémios: 5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro. Para além do valor monetário, o prémio inclui pré-incubação física para desenvolvimento do projeto em sistema de co-working por um período de 3 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras, e incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um período de 6 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras. Para além dos vencedores, o 1.º Concurso de Ideias de Negócio atribuiu ainda três menções honrosas. O projeto MARlight, promovido por Manuel Seixas, tem como objetivo a produção e comercialização de starlights biológicos para a pesca noturna. Ainda um projeto de Valorização da lignina para produção de nanopartículas e aplicação em embalagens polimétricas, de Marlon Muniz da Silva, e por fim o projeto Haja Apetite, que prevê a criação e desenvolvimento de Conservas de Peixe do Rio, assentes na pesca artesanal e sustentável, baseada em espécies invasoras/exóticas/predadoras dos rios em Portugal. Receitas tradicionais

portuguesas associadas a cada um dos peixes, numa ótica de conservas pasteurizadas, valorizando os sabores e saberes, aromas e texturas em cada tipo de confeção e produto, de cariz artesanal e natural. Segue-se agora um programa de aceleração para os empreendedores que apresentaram as suas ideias neste 1.º Concurso, aberto a outros empreendedores que pretendam desenvolver os seus negócios. O segundo Concurso de Ideias de Negócio está previsto para setembro de 2018. Mais informações serão disponibilizadas em www.agriempreende.pt. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Carlos Lopes de Sousa, Presidente do AgroCluster Ribatejo, líder do projeto, realça que “esta iniciativa vai afirmar a vocação empreendedora destas duas regiões e dotá-las das condições técnicas e estruturais essenciais para promover o empreendedorismo inovador e qualificado na fileira agroalimentar”. Este projeto é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


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Procuram-se empreendedores para o 1.o Programa de Aceleração do projeto AgriEmpreende No seguimento do 1.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, segue-se agora o 1.º Programa de Aceleração. A iniciativa, gratuita e com número de vagas limitadas (até 15 empreendedores, entre eles os vencedores do concurso e aqueles que receberam menções honrosas). O Programa tem como objetivos apoiar os empreendedores na aceleração do processo de passagem da ideia ao negócio. O projeto tem como entidade líder o AgroCluster e como copromotor o InovCluster. O programa inclui três áreas distintas: 8 workshops de capacitação sobre temas diversificados desde a construção da proposta de valor até ao controlo de gestão; consultoria e acompanhamento personalizado ao processo de desenvolvimento da ideia ao negócio por consultores e mentores com experiência reconhecida; financiamento, na medida em que para os interessados o programa termina com a apresentação de projetos a potenciais financiadores, entre os quais

se incluem a banca, business angels e fundos de capital de risco. O programa, promovido pelo AgroCluster e InovCluster, consiste num programa condensado no tempo que, em apenas 5 semanas, através de ferramentas, workshops, networking, mentoria e consultoria especializada e dedicada, procura apoiar os empreendedores na aceleração do processo de passagem da ideia ao negócio e no encontro de financiamento, visando uma mais rápida preparação, operacionalização e entrada no mercado. Decorre nas instalações da Startup Santarém nas seguintes datas: 6, 7, 13, 14, 21, 25 e 26 de setembro, e 4 de outubro. As manhãs estão reservadas a um workshop temático, seguido de trabalho acompanhado por consultores e mentores à tarde. Em agosto, o Agrocluster lançou o 1.º Programa de Aceleração do AgriEmpreende aos empreendedores. O mesmo realiza-se em setembro.


O Agrocluster Ribatejo lançou em agosto o 2.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. A iniciativa, que na primeira edição recebeu 25 candidaturas, prevê prémios monetários e incubação física para os vencedores. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. Carlos Lopes de Sousa, Presidente do AgroCluster Ribatejo, líder do projeto, realça que “o projeto AgriEmpreende está a superar as expetativas traçadas inicialmente, trazendo para a região ideias inovadoras e que poderão marcar a diferença no futuro do setor agroalimentar também a nível nacional”. O concurso, direcionado a pessoas individuais com ideias de negócio nas temáticas indústria e tecnologias de produção, agricultura e alimentação, tem como objetivos fomentar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos jovens qualificados, utilizar exemplos de boas práticas a nível internacional, explorar as características distintivas das regiões, apoiar novas empresas numa lógica de aceleração do negócio e apostar na geração de spin-offs nos setores mais competitivos da região.

Desenvolve-se em 3 fases: Lançamento da ”Call” e receção de candidaturas; Avaliação dos Projetos; e Divulgação dos resultados. Os prémios a atribuir aos vencedores dividemse por: Pré-incubação física para desenvolvimento do projeto em sistema de co-working por um periodo de 3 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras; Incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um periodo de 6 meses na Startup Santarém ou no Cei - Centro de Empresas Inovadoras; prémios monetários para os 3 projetos vencedores (5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro). O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Tem como objetivos gerais reforçar a competitividade das PME, a promoção do espírito empresarial (nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas), o empreendedorismo qualificado e criativo, a identificação de novas ideias de negócio a nível internacional, a criação de me-

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Lançado 2.o Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende


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todologias de Co-criação a implementar nas infraestruturas de incubação e o estímulo de novos processos de criação de negócios. As ideias Louça biodegradável como alternativa à louça descartável, Casquinha (casca de arroz como carga para suportes lenhosos) e SALYS (uma fusão de plantas para criar uma alternativa ao sal) foram as três vencedoras da 1.ª edição do Concur-

so de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, que atribuiu ainda três menções honrosas. As candidaturas estiveram abertas até 28 de setembro através do portal www.agriempreende.pt. Este projeto é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


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Agrocluster Ribatejo participou na Frimor e na Agroglobal

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Com o objetivo de dar a conhecer ao público em geral, e às empresas em particular, a atividade e os projetos que está atualmente a dinamizar, o Agrocluster Ribatejo e a NERSANT participaram em alguns certames da região no mês de setembro. As associações participaram na Frimor - Feira Nacional da Cebola, no Pavilhão Multiusos de Rio Maior, tendo o stand, localizado na zona destinada à exposição agroalimentar e empresarial, suscitado a atenção de todos os visitantes De igual forma, o Agrocluster e a NERSANT estiveram na Agroglobal, com um stand expositor. No espaço, as entidades deram a conhecer a sua atividade e alguns projetos atualmente em exe-

cução, todos direcionados para o desenvolvimento e inovação empresarial da região. Em destaque estiveram as diversas ações de internacionalização que estas associações vão levar a cabo ao longo do ano de 2019. A Agroglobal é o maior certame agrícola do país e uma das maiores feiras da Europa. Trata-se de um evento que tem como objetivo promover um ambiente de partilha de conhecimento e interatividade através da demonstração, em contexto real, da mais avançada tecnologia ao serviço do sector agrícola, enaltecendo assim, a importância deste setor para o desenvolvimento económico, social e ambiental do país.


A AIP - Associação Industrial Portuguesa, entidade coordenadora do projeto de formação-ação Move PME a nível nacional, realizou no dia 25 de setembro, pelas 14h30, no Centro de Eventos Bissaya Barreto, em Coimbra, um seminário no âmbito deste projeto com a designação “Balanço Intercalar e Novos Desafios”. Para a ocasião, foram convidadas todas as entidades que dinamizaram este projeto a nível nacional, bem como as centenas de empresas que integraram esta inovadora formação. O Agrocluster Ribatejo esteve presente no evento, bem como algumas empresas da região que com

esta associação apostaram nesta formação-ação. O seminário contou com a presença de Nelson de Souza, Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, que efetuou uma apresentação sobre a Reprogramação do Portugal 2020, de elevado interesse para as Associações e PME presentes. Jaime Andrez, Presidente da Comissão Diretiva do COMPETE, entidade financiadora do projeto, interveio também na sessão. O Agrocluster Ribatejo, assim como a NERSANT, marcaram presença na área de exposição dos promotores do projeto Move PME.

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Agrocluster integra seminário nacional do Move PME


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AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA / SETEMBRO

AgriEmpreende: Programa de Aceleração e Concurso de Ideias de Negócio em marcha O 1.º Programa de Aceleração do projeto do Agrocluster AgriEmpreende, arrancou na Startup Santarém no dia 6 de setembro, com a participação de algumas dezenas de empreendedores. O programa, que tem a duração de cinco semanas, inclui a realização de workshops de capacitação sobre temas diversificados desde a construção da proposta de valor até ao controlo de gestão; consultoria e acompanhamento personalizado ao processo de desenvolvimento da ideia ao negócio por consultores e mentores com experiência reconhecida; e financiamento, na medida em que para os interessados o programa termina com a apresentação de projetos a potenciais financiadores, entre os quais se incluem a banca, business angels e fundos de capital de risco. Também em setembro, o Agrocluster abriu can-

didaturas para o 2.º concurso de ideias de negócio do AgriEmpreende e que recebeu candidaturas até 28 de setembro, nas áreas de Indústrias e tecnologias de produção; Agricultura; Alimentação. Os objetivos passam por fomentar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos jovens qualificados, utilizar exemplos de boas práticas a nível internacional, explorar as características distintivas das regiões, apoiar novas empresas numa lógica de aceleração do negócio e apostar na geração de spin-offs nos setores mais competitivos da região. O projeto AgriEmpreende é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


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OUTUBRO


Agrocluster e NERSANT querem negócios seguros para as empresas da região

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Segurança Económica e Proteção do Conhecimento na ordem do dia O Agrocluster Ribatejo e a NERSANT acolheram na região o SIS - Serviço de Informações de Segurança, para a realização de duas sessões de sensibilização subordinadas ao tema da Segurança Económica e da Proteção do Conhecimento. O objetivo das sessões foi alertar as empresas para o perigo da espionagem económica e promover comportamentos em prol dos negócios seguros. A segurança económica constitui, atualmente, um dos pilares centrais da segurança dos Estados modernos e desenvolvidos. O crescente número de casos de espionagem económica ocorridos recentemente levou o SIS a promover um programa de sensibilização que pretende alertar entidades e empresas em Portugal para as ameaças de espionagem, sensibilizando -as para a importância da proteção do conhecimento. Na região, o programa esteve em Torres Novas no dia 24, e em Santarém no dia 25, tendo as organizações presentes tido a oportunidade de conhe-

cer e refletir sobre a importância de proteger o conhecimento e a informação sensível, num mundo concorrencial e simultaneamente aberto às parcerias e às oportunidades da globalização. Cláudia Pinto, da SIS, começou por contextualizar a realidade nacional relativamente às questões da segurança e da espionagem e identificou atores e métodos de atuação da espionagem económica. “É cada vez mais importante interiorizar uma cultura de segurança nas nossas organizações”, fez saber a profissional, acrescentando que grande parte dos espiões têm origem no corpo diplomático, na classe jornalística e nas empresas privadas. “Há embaixadas onde cerca de metade dos diplomatas não o são, efetivamente”, concluiu. Aeroportos, hotéis, táxis e até as instalações das próprias empresas, alertou ainda, são alguns dos locais privilegiados para a espionagem económica, pelo que os empresários devem manter-se vigilantes.


Neste sentido, “e como as principais falhas são comportamentais”, o SIS enunciou nos seminários algumas recomendações de segurança. No ciclo de segurança do conhecimento, a empresa deve, em primeiro lugar, ter em conta que informação é sensível e qual a vulnerabilidade do seu acesso. A partir daqui, a organização deve criar uma cultura de segurança, que terá de ser claramente comunicada a todos os membros da mesma. A mesma organização deve ainda definir um gestor da informação que tenha a responsabilidade de implementar e avaliar as medidas de segurança. Quanto às medidas de segurança, o SIS deixou algumas recomendações que poderão minimizar os riscos de espionagem: controlo de entradas e saídas e acessos diferenciados, badges para funcionários e visitantes, implementação de um regulamento de segurança e a sua comunicação frequente, a realização de visitas acompanhadas e definir comportamentos durante as mesmas, como a ausência de telemóveis, por exemplo, a implementação de políticas de “clear desk”, ou seja, mesa limpa, sem papeis com informação potencialmente sensível à vista, o bloqueio do posto de trabalho durante ausências e a alteração regular de passwords, iniciaram o rol de boas práticas a ter pelas organizações. Mas muitas outras podem ser implementadas, sempre tendo

no e externo, a limpeza do histórico e atualização do software e antivírus são ainda outras boas práticas a ter em conta. A especialista do SIS enumerou ainda algumas recomendações em relação às viagens de negócios: é importante descrição em relação à agenda nas redes sociais, a informação sensível deve estar sempre junto do empresário, e os equipamentos, especialmente computadores, devem ser dedicados apenas e exclusivamente àquele propósito. A profissional lançou ainda alguns cuidados a ter, tais como “desconfiar sempre de alguém que subitamente nos surge com interesses coincidentes aos nossos”, ter cuidado com as abordagens nos aeroportos, hotéis e táxis, levar sempre sacos de segurança para guardar o material sensível no hotel, e ter noção de que, nesse espaço, existe possibilidade de gravação de som e imagem. O empresário deve ainda evitar ligar-se a redes de wi-fi gratuitas nestes espaços, “uma vez que são locais nevrálgicos para sacar a informação sensível”. No caso do hotel, o empresário pode ainda “colocar a informação sensível em sacos de segurança, cuja violação será percetível no local”, e, sempre que possível, deixar a luz e TV ligada, bem como o dístico de “não incomodar” na porta do quarto, quando se ausenta. Na sessão foram ainda partilhados alguns casos concretos de comportamentos que deram origem a fugas de informação das organizações que resultaram em grandes prejuízos para as mesmas.

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em conta o tipo de empresa e informação sensível da mesma. São elas a restrição de telemóveis aos visitantes, a restrição de telemóveis em salas de reuniões a implementação de procedimentos para a utilização de e-mails e redes sociais, a separação física do equipamento informático inter-


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Segundo Concurso de Ideias de Negócio AgriEmpreende recebeu 14 candidaturas

O segundo Concurso de Ideias de Negócio realizado no âmbito do projeto AgriEmpreende recebeu 14 candidaturas. Os resultados finais serão divulgados em novembro e os vencedores vão participar num programa de aceleração. O AgriEmpreende é um projeto inovador que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. No total, os dois concursos de negócio já realizados receberam 39 candidaturas. O próximo está previsto para janeiro de 2019. Os vencedores do segundo Concurso de Ideias de Negócio, desenvolvido no âmbito do projeto AgriEmpreende, vão receber os seguintes prémios: 5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro. Para além do valor monetário, o prémio inclui pré-incubação física

para desenvolvimento do projeto em sistema de co-working por um periodo de 3 meses na Startup Santarém ou no Cei - Centro de Empresas Inovadoras, e incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um periodo de 6 meses na Startup Santarém ou no Cei - Centro de Empresas Inovadoras. Os vencedores serão revelados no próximo mês. A principal faixa etária dos candidatos (57% do sexo masculino e 43% do sexo feminino) vai dos 20 aos 30 anos (39%). As restantes candidaturas dividem-se da seguinte forma: 31-40 (31%); 41-50 (15%); mais de 51 anos (15%). A nível de escolaridade, 21% contam com o nível 3, 50% dos promotores são licenciados e mestrados (Nível 6) e 25% contam com o Nível 5. No que se refere ao tipo de inovação, 50% das candidaturas referem-se a inovação de produto/ serviço, 36% a inovação de processo, 7% a inovação organizacional e 7% inovação marketing.


de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. O projeto AgriEmpreende é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.

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As NUT’s que mais contribuíram para as candidaturas foram o Centro com 43% e o Alentejo (57%). O terceiro Concurso de Ideias de Negócio está previsto para janeiro de 2019. Mais informações serão disponibilizadas em www.agriempreende.pt. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias


Agrocluster orador no seminário ”Economia Circular para a região de Lisboa e Vale do Tejo”

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AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA

A convite da Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), o Agrocluster participou como orador, no dia 29 de outubro, num seminário sobre o tema “Economia Circular para a região de Lisboa e Vale do Tejo” abordando a temática dos desafios para o setor agroalimentar.

O seminário, decorrido na Chamusca, realizouse no âmbito da Agenda Regional para a Economia Circular, um documento em que todos os atores regionais são chamados a dar o seu contributo. O tema da Economia Circular é transversal e procura dar resposta aos grandes desafios do ambiente, da escassez de recursos e da nova economia.


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NOVEMBRO


3.o Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende abre candidaturas

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Inovação e novos negócios para o setor agroalimentar no Ribatejo e na região Centro Foram abertas no dia 19 de novembro as candidaturas para o 3.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. A iniciativa, que nas duas anteriores edições recebeu 39 candidaturas, prevê prémios monetários e incubação física para os vencedores. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. O concurso, direcionado a pessoas individuais com ideias de negócio nas temáticas Novos produtos agro-industriais, Valorização de subprodutos agro-industriais, Saúde e Bem-estar e Agro-turismo, tem como objetivos fomentar o empreendedorismo inovador e criativo junto dos

jovens qualificados, utilizar exemplos de boas práticas a nível internacional, explorar as características distintivas das regiões, apoiar novas empresas numa lógica de aceleração do negócio e apostar na geração de spin-offs nos setores mais competitivos da região. Desenvolve-se em 3 fases: 1) Lançamento da ”Call” e receção de candidaturas; 2) Avaliação dos Projetos; 3) Divulgação dos resultados. Os prémios a atribuir pelos vencedores dividem-se por: Pré-incubação física para desenvolvimento do projeto em sistema de co-working por um período de 3 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de Empresas Inovadoras; Incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um período de 6 meses na Startup Santarém ou no Cei – Centro de


Tem como objetivos gerais reforçar a competitividade das PME, a promoção do espírito empresarial (nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas), o empreendedorismo qualificado e criativo, a identificação de novas ideias de negócio a nível internacional, a criação de metodologias de co-criação a implementar nas infraestruturas de incubação e o estímulo de novos processos de criação de negócios. Este projeto é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.

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Empresas Inovadoras; prémios monetários para os 3 projetos vencedores (5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro). O prazo para apresentação de candidaturas decorre entre os dias 19 de novembro de 2018 e o dia 21 de dezembro de 2018 através do portal www.agriempreende.pt, onde podem ser encontradas todas as informações. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo.


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Segundo Programa de Aceleração do projeto AgriEmpreende em Castelo Branco No seguimento do 2.º Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, segue-se agora o 2.º Programa de Aceleração. A iniciativa, gratuita e com número de vagas limitadas (até 15 empreendedores), arrancou no dia 29 de novembro no CEI (Centro de Empresas Inovadoras), em Castelo Branco, e vai ter a duração de 4 semanas. Tem como objetivos apoiar os empreendedores na aceleração do processo de passagem da ideia ao negócio. O projeto tem como entidade líder o AgroCluster e como copromotor o InovCluster. O programa inclui três áreas distintas: 8 workshops de capacitação sobre temas diversificados desde a construção da proposta de valor até ao controlo de gestão; consultoria e acompanhamento personalizado ao processo de desenvolvimento da ideia ao negócio por consultores e mentores com experiência reconhecida; financiamento, na medida em que para os interessados o programa termina com a apresentação de projetos a potenciais financiadores, entre os quais se incluem a banca, business angels e fundos de capital de risco. A iniciativa, promovida pelo AgroCluster e pelo InovCluster, consiste num programa condensado

no tempo que, em apenas 4 semanas, através de ferramentas, workshops, networking, mentoria e consultoria especializada e dedicada, procura apoiar os empreendedores na aceleração do processo de passagem da ideia ao negócio e no encontro de financiamento, visando uma mais rápida preparação, operacionalização e entrada no mercado. Decorre nas instalações do CEI (Centro de Empresas Inovadoras), em Castelo Branco, nas seguintes datas: 29, 30, 6, 7, 13, 14, 20 e 21 de dezembro. As manhãs estão reservadas a um workshop temático, seguido de trabalho acompanhado por consultores e mentores à tarde.


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AgriEmpreende organiza ciclo de workshops para capacitação de empreendedores Teve lugar entre os dias 29 de novembro e 20 de dezembro o segundo ciclo de workshops do AgriEmpreende, um projeto inovador que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. Desta feita, a iniciativa foi realizada em Castelo Branco, no CEI, Centro de Empresas Inovadoras. O projeto AgriEmpreende tem como entidade líder o AgroCluster e como copromotor o InovCluster. Destruição Criativa (29 de novembro); Os 3 W’s e a Produção (30 de novembro); Segmentação de Clientes (6 de dezembro); A importância dos canais de distribuição (7 de dezembro); Produto mínimo viável / Como operacionalizar o negócio (14 de dezembro); A realidade dos números (20 de dezembro). Foram estas as 6 temáticas e respetivas datas do segundo ciclo de workshops do projeto AgriEmpreende, realizadas no Centro de Empresas Inovadoras, em Castelo Branco. O ciclo de workshops realizou-se às quintas e sextas-fei-

ras, das 11h00 às 12h30. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Tem como objetivos gerais reforçar a competitividade das PME, a promoção do espírito empresarial (nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas), o empreendedorismo qualificado e criativo, a identificação de novas ideias de negócio a nível internacional, a criação de metodologias de Co-criação a implementar nas infraestruturas de incubação e o estímulo de novos processos de criação de negócios. O AgriEmpreende é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


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Projeto de biotecnologia para desenvolver o crescimento e a multiplicação de plantas vence concurso de ideias do AgriEmpreende

Um método que permite produzir plantas de elevado valor acrescentado, a utilização de terrenos marginais para a produção de biomassa e remoção/controlo de espécies invasoras e snacks de fruta desidratada com sabor a Moscatel. São estes os três projetos vencedores da 2.ª edição do Concurso de Ideias de Negócio do projeto AgriEmpreende, que recebeu 14 candidaturas no total. O projeto tem como entidade líder o Agrocluster e como copromotor o InovCluster. A Bioexplant foi a grande vencedora do concurso. Trata-se de um projeto na área da biotecnologia vegetal que pretende utilizar diferentes métodos laboratoriais (micropropagação in vitro) e de crescimento como a hidroponia, com o objetivo de produzir plantas de elevado valor acrescentado. Relativamente ao processo laboratorial, a Bioexplant está a desenvolver um processo de produção baseado numa investigação científica, que tem permitido desenvolver o crescimento e a mul-

tiplicação de plantas através de bioreatores. Este método tem-se mostrado altamente eficiente, obtendo uma grande taxa de multiplicação e consequente crescimento no último ano e meio. A CanaBogne, segunda classificada, utiliza terrenos marginais (seja por dimensão ou caracteristicas do solo ou relevo) para a produção de biomassa e para a remoção/controlo de espécies invasoras selecionadas. Tem como objetivos o controlo de erosão de solo, a aplicação de tecnologias de agricultura de precisão e a gestão de terrenos baldios. O pódio fica completo pela empresa Sabor a Moscatel, que desenvolveu snacks de fruta desidratada com sabor a Moscatel, com base em fruta portuguesa das mais diversas variedades regionais. Os três vencedores vão receber os seguintes prémios: 5000€ para o primeiro classificado, 3000€ para o segundo e 1000€ para o terceiro. Para além do valor monetário, o prémio inclui pré-incubação física para desenvolvimento do projeto em siste-


Segue-se agora um programa de aceleração para os projetos vencedores, que se juntam a outros empreendedores para esta ação a decorrer nas próximas quatro semanas, no CEI, em Castelo Branco. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Mais informações em http://www.agriempreende.pt/. É promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.

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ma de co-working por um período de 3 meses na Startup Santarém ou no CEI - Centro de Empresas Inovadoras, e incubação física pós início de atividade em sistema de co-working reservado por um período de 6 meses na Startup Santarém ou no CEI. As candidaturas foram avaliadas pelo júri do Concurso, composto por Luis Farinha (Docente do Departamento de Gestão e Economia e Investigador NECE - Research Center in Business Sciences da UBI), Cristina Pintado (Responsável Técnico do Laboratório de Microbiologia e Responsável Técnico do Laboratório de Análise Sensorial do CATAA - Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar de Castelo Branco), Carlos Lopes de Sousa (Presidente da Direção do Agrocluster), Fernando Zuzarte Reis (CEO da Sociedade Lusitana de Destilação, SA e Vice-presidente da Direção do Agrocluster) e António Fonseca Ferreira (ex-presidente da CCDR Lisboa e Vale do Tejo e CEO da Manual).


Ideias de negócio do projeto AgriEmpreende apresentadas a potenciais financiadores

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Empreendedorismo agroalimentar no Ribatejo e na Região Centro Teve lugar na Startup Santarém a 1ª sessão do Mercado de Financiamento do projeto AgriEmpreende. Na iniciativa, diversos projetos, entre eles alguns dos premiados, tiveram a oportunidade de apresentar a sua ideia de negócio a investidores e financiadores. O AgriEmpreende é um projeto inovador que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. O projeto AgriEmpreende tem como entidade líder o AgroCluster e como copromotor o InovCluster. Sabor a Moscatel, Casquinha, Soditud, SweetHummus, GluGlu Free e Marlight. Foram estes os 6 projetos ligados ao AgriEmpreende que proporcionaram aos seus empreendedores a oportunidade de apresentar as suas ideias de negócio na Startup Santarém a financiadores, entre os quais a Banca (Montepio e Bankinter), Business Angels, crowdfunding (PPL) e equity crowdfunding (Seedrs).


viveiros de empresas), o empreendedorismo qualificado e criativo, a identificação de novas ideias de negócio a nível internacional, a criação de metodologias de Co-criação a implementar nas infraestruturas de incubação e o estímulo de novos processos de criação de negócios. Entre os projetos desenvolvidos encontram-se, para além do Mercado de Financiamento, Ciclo de Workshops, Concursos de ideias de negócios e Programas de Aceleração. O AgriEmpreende é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.

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Na iniciativa, cada empreendedor realizou um pitch de apresentação do projeto e das necessidades identificadas para o seu desenvolvimento. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Tem como objetivos gerais reforçar a competitividade das PME, a promoção do espírito empresarial (nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de


Ação do AgriEmpreende com ecossistema académico e empresarial gerou 72 ideias de negócio

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AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA / DEZEMBRO

Primeira sessão de geração de ideias de negócio

A primeira sessão de geração de ideias de negócio teve lugar na Escola Superior Agrária de Santarém. Juntou alunos e professores daquela instituição académica, mas também empresas, municípios e entidades ligadas ao setor. A iniciativa contou com 24 participantes e gerou 72 novas ideias de negócio. Esta foi mais uma iniciativa do AgriEmpreende, um projeto inovador que potencia a geração de novas ideias de negócio, a criação de novos produtos e a concretização de novas empresas da fileira agroalimentar no Ribatejo e na região Centro. Estas sessões de geração de ideias de negócio, para além de fortalecerem e promoverem o espírito empreendedor, permitem trabalhar os desafios do setor agroalimentar (necessidades,

tendências, negócios...) no sentido de gerar novas ideias com potencial para a criação de novos negócios. A sessão realizada na Escola Superior Agrária de Santarém contou com 24 participantes e revelou-se muito dinâmica. Permitiu a formação de grupos de trabalho para a apresentação de novas ideias. No total foram geradas 72 novas ideias, as quais estão agora a ser trabalhadas pela equipa AgriEmpreende para a segunda sessão, onde serão apresentadas aos participantes, que irão detalhar e maturar as mesmas. Será realizada uma sessão sequencial no próximo dia 9 de janeiro. O projeto AgriEmpreende visa a criação e dinamização de uma estrutura técnica de apoio ao empreendedorismo que potencia a geração de


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ideias de negócio, a criação de novos produtos e novas empresas na fileira agroalimentar, especialmente ao nível do empreendedorismo qualificado e criativo. Tem como objetivos gerais reforçar a competitividade das PME, a promoção do espírito empresarial, o empreendedorismo qualificado e criativo, a identificação de novas ideias de negócio a nível internacional, a criação de metodologias de Co-criação a implementar nas infraestruturas de incubação e o estímulo de novos processos de criação de negócios. O AgriEmpreende é promovido pelo Agrocluster em parceria com o Inovcluster, financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.


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AgriRenaissance - “Innovation-driven agri-food sectors for a European industrial renaissance”. Assim se denomina o projeto europeu que o Agrocluster Ribatejo integra e que pretende promover o desenvolvimento de toda a cadeia agroalimentar em cinco regiões da Europa. O projeto, financiado pelo programa de financiamento europeu Interreg EUROPE, é liderado pelo Governo regional da La Rioja - Espanha, e tem como parceiros, para além do Agrocluster Ribatejo, o CTIC - CITA Logronho - Espanha, o Ministério da Agricultura da Lituânia - Lituânia, a Agência para o Desenvolvimento da região da Mazovia - Polónia, o Governo Regional de Varsóvia - Polónia e a Região da Calábria - Itália. Na génese deste projeto está a necessidade de revitalização do setor agroalimentar sentida por parte da região espanhola de LaRioja e a consequente união deste Governo regional ao CTIC-CITA, como centro de desenvolvimento tecnológico de

referência nesta região, para o desenvolvimento de um projeto que procurasse resolver este défice. O projeto, que representa cinco regiões europeias – La Rioja (Espanha); Vilnius (Lituânia); Mazovia (Polónia); Calábria (Itália) e Centro (Portugal) – valoriza, assim as sinergias entre estas regiões de modo a potenciar o desenvolvimento de toda a cadeia agroalimentar, em consonância com os objetivos da nova política industrial Europeia. O projeto visa, assim, influenciar e contribuir para a elaboração das políticas europeias, nomeadamente na construção das futuras oportunidades de financiamento europeu, abordagem que facilitará o aparecimento de novas cadeias de valor intersetoriais, bem como a geração de redes de cooperação nas regiões, e evitando duplicações no investimento em I&D. Os objetivos do projeto passam por aumentar os recursos de investigação e inovação, melhorando as infraestruturas e competências, estimular a

/ DE Z E M B RO

AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA / DEZEMBRO

Agrocluster Ribatejo integra consórcio europeu para o desenvolvimento do setor agroalimentar


colaboração público-privada para alcançar a excelência em I&D, e hibridizar o setor agroalimentar com outros setores industriais a nível regional e da UE, capitalizando competências e infraestruturas complementares de D&I de modo a permitir o aparecimento de novas cadeias de valor transfronteiriças e intersetoriais.

O acordo de subvenção do projeto, que tem a duração de quatro anos, foi assinado por todos os parceiros numa cerimónia que decorreu na região de LaRioja, em Espanha, em setembro passado, sendo que está prevista para janeiro a reunião de stakeholders da região Centro com vista à elaboração do Plano de Ação Regional para esta região.

Agenda Regional para Economia Circular do Centro

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No sentido de se obterem contribuições dos atores relevantes da região para a construção da Agenda Estratégica para a Economia Circular da região Centro, a Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-Centro) realizou, em Coimbra, a reunião de arranque da Agenda Regional para a Economia Circular do Centro, da qual o Agrocluster fez parte integrante.



2018

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AGROCLUSTER


Agrocluster A Animaforum – Associação para o Desenvolvimento da Agro-Indústria (Agrocluster), é uma associação de empresas e entidades do setor agroindustrial, cujo principal objetivo é o desenvolvimento do sector agroindustrial e o aumento da competitividade das empresas. Foi formalmente reconhecida pelo Governo Português em julho de 2009, tendo iniciado a sua atividade com 30 Associados. É atualmente composta por 128 associados, entre eles empresas, entidades do SCTN (Sistema Científico Nacional e Tecnológico), Institutos Superiores de Educação, Associações Empresariais e Entidades Públicas.

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AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA / SÍNTESE

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2014

2015

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2017

2018

87 59 30

2009

40

2010

2011

2012

2013

2016


Dimensão

128 Associados

2.241

M€

579

M€

Exportação

11.285 Postos de trabalho

385

M€

VAB

de Exportações da Região

60%

DA SUPERFÍCIE AGRÍCOLA PORTUGUESA

84

40%

Mais de


Caracterização dos Associados 9%

Institucionais

13%% Frutas & Vegetais

9%

Nutrição & Saúde Animal

19%

85

AGROCLUSTER 2018 EM REVISTA / SÍNTESE

Serviços

13%

Azeite, Vinagres, Molhos & Condimentos

9% Bebidas

20% Secos

10%

Carnes, Charcutaria & Lacticínios


geral@agrocluster.com www.agrocluster.com


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