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13 . Nova ameaça: o substitutivo Afranio Lages
"Ceder paru não perder": o subsiiimi vo A f rani() Lages
beira da derrotada saciai isea,
Apelo ao Congresso Nacional
A aprovação da reforma da Constituição desejada pelo Presidente João Goulart ficara bastante comprometida pelo repúdio que provocou em todas as camadas da opinião nacional.
Nem por isso desistiram os agro-socialistas de impor ao País uma lei de reforma agrária. Recorreram então a métodos mais subtis a fim de conseguir sua -aprovação no Legislativo. Para tanto, punham em ação a velha tática do "ceder para não perder". Era como se dissessem: "O Governo preconiza uma reforma agrária radical. Vibremos contra ele um golpe "terrível". Façamos urna reforma "moderada". Cedamos um pouco para não perder tudo".
Era esse o espirito do projeto elaborado por urna das figuras mais insignes da Câmara, o Deputado Milton Campos, e do substitutivo apresentado logo, em seguida, de autoria do Deputado Afranio Lages. O texto que assim entrava em discussão incluía medidas que implicavam em séria mutilação da propriedade rural e em verdadeiro totalitarismo agrário, Em julho de 1963 a imprensa noticiava que era iminente sua aprovação.
Os autores de Reforma Agrária — Questão de Consciência se opuseram a tal. No dia 19 de julho daquele ano publicaram o manifesto A lavoura brasileira à beira da derrocada socialista — Apelo ao Congresso Nacional, no qual mostravam como o substitutivo Afranio Lages mutilava a propriedade rural, ao conferir ao Executivo poderes para a "distribuição e redisiribuição de terras através de normas baseadas
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