Palavra do presidente Este número de nossa revista está sendo publicado no último mês de nossa gestão à frente da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, assim sendo, aproveito a oportunidade para fazer algumas considerações em relação a estes últimos três anos. Em primeiro lugar é mister reforçar o agradecimento àqueles que estiveram ao nosso lado neste tempo, nos ensinando, orientando, discordando, agregando, doando-se e dedicando-se na lida diária da SFMC, na realização dos eventos e no planejamento do futuro. Não citarei nomes, pois os que ajudam o fazem pelo prazer de ajudar, mas sempre é bom lembrar como os companheiros da diretoria, funcionários desta casa, colegas médicos e parceiros, antigos diretores, foram importantes nesta caminhada. Como conquistas importantes de nossa gestão citamos a reforma e atualização de nossa secretaria, a realização de vários eventos científicos e a adesão de 80 novos sócios neste período. Ressaltamos que precisamos continuar neste movimento de
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agregar novos médicos ao movimento associativo para que continuemos fortes e saudáveis em nossas contendas, lutando pela melhoria em nossas condições de trabalho, que com certeza resultará na melhoria da saúde de nossa população. De 14 a 16 de agosto acontecerá em nossa cidade o X Congresso da SOMERJ, cujo tema central será o atendimento de emergência e contamos com a participação de todos. Por fim, convocamos a todos para a eleição da nova diretoria que será realizada no dia 28 de agosto, lembrando que a data limite para inscrição das chapas é o dia 13 de agosto. Despeço-me com a sensação de que mais poderia ter sido feito pela nossa SFMC, mas fizemos o que pudemos, com muito carinho e dedicação e desejando à próxima diretoria uma gestão repleta de realizações, sempre engrandecendo a nossa classe. Um abraço, Almir Salomão Filho.
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Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia DIRETORIA TRIÊNIO 2011/2014 DIRETORIA: Presidente - Almir Abdala Salomão Filho Vice-Presidente – Vitor Mota Carneiro 1º Secretário – Nabia Maria Moreira Salomão Simão 2º Secretário – Antonio Salim Khouri 1º Tesoureiro – Almir Quitete de Lima Filho 2º Tesoureiro – Leonardo Bath Bacelar da Silva COMISSOES PERMANENTES Sindicância e Fiscalização: - Makhoul Moussallem - Argemiro José Terra Petrucci - Enilton Monteiro Machado Defesa Profissional e União de Classe: - Christian Spalla Lepesteur Moreira - Jairo Perisse - Constantino Campos Fernandes Promoção Científica: - Felix Elias Barros Chalita - Maron El Kik - Valdebrando Mendonça Lemos
Índice
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Palavra do presidente
5 Congresso da Somerj
8 Reforma/Noite da Saudade
Divulgação: - Lara Viana de Barros Lemos - Marcos Vieira Bousquet - José Cláudio Granato Poppe Informática: - Bruno Otavio Crespo Fonseca - Cíntia Carvalho Ribeiro Gonçalves - André Gustavo Maciel Lobo DELEGADOS A SOMERJ EFETIVOS: - Angela Regina Rodrigues Vieira - Ronaldo Pinto Pessanha - Francisco Almeida Conte SUPLENTES: - Frederico Paes Barbosa - Israel de Barros Ribas - Sylvia Regina de Souza Moraes
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10/11 Palestra Andréa Julião
14/16 Palestra Gustavo Safe
18/20 Simec com nova diretoria
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9 Expediente:
A sua Sociedade em Revista Nº24 - Agosto/Outubro de 2014 Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e-mails: socimedi@sfmc.com.br e sfmc@sfmc.com.br Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira- DRT-1167/90 Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Textos: Jornalista Tatiane Freire
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II Encontro de Pais e Cuidadores de Bebês prematuros Revisão: Almir Salomão Filho, Tatiana Freire, Célia Serpa e Lana Castheloge Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Borzan Colaboradores: Equipe de médicos associados e diretores da SFMC Cobertura Fotográfica: Ademar Santos A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados
Congresso
Campos recebe o X Congresso da Somerj entre 14 e 16 de agosto A Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) escolheu o município de Campos para sediar seu X Congresso Médico, entre os dias 14 e 16 de agosto. O evento reunirá profissionais renomados nacional e internacionalmente em discussões científicas e debate sobre problemas que envolvem a política médica, a relação com as operadoras de plano de saúde, as condições de trabalho e o Sistema Único de Saúde (SUS). A solenidade de abertura acontecerá no dia 14, quinta-feira, às 20h, no Teatro Municipal Trianon. A expectativa é de que aproximadamente 500 congressistas, entre médicos e acadêmicos de Campos, Itaperuna e Macaé, estejam reunidos. O congresso é promovido pela Somerj com o apoio da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) e do Conselho Regional de Medicina do
Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). “Muito nos honra o reconhecimento da Somerj quanto à importância da classe médica de nossa região. É sempre um prazer e um prestígio receber um evento desta natureza e grandeza”, agradeceu o presidente da SFMC, Amir Abdala Salomão Filho. No campo científico, o congresso terá como tema o atendimento emergencial, com abordagens voltadas para as mais variadas especialidades médicas. Participam do evento congressistas renomados como o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho; o cirurgião vascular Arno Von Ristow; e o pediatra e presidente do Cremerj Sidnei Ferreira. O presidente da Somerj, José Ramon Varela Blanco, participará da cerimônia de abertura e toda a diretoria estará em Campos prestigiando o evento.
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Programação
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Programação
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Notícias da SFMC
Secretaria da SFMC passa por reformas Para adequar-se à evolução da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), a secretaria da entidade está passando por ampla reforma. A sala irá ganhar acomodações mais modernas e confortáveis para melhor receber os associados e acomodar os funcionários. Além da mudança na estrutura física, a sala irá ganhar novos computadores, impressoras e demais equipamentos. Esta inovação era o que faltava para que a Sociedade esteja por completo remodelada, já que o auditório e a área de lazer passaram por obras há pouco tempo. “Propusemos a reforma pensando na modernização e no conforto da secretaria. O espaço que recebe nossos associados precisa ser agradável e bonita. Quanto aos equipamentos novos, estamos pensando no melhor desenvolvimento dos trabalhos”, disse o presidente da SFMC, Almir Abdala Salomão.
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Notas
Noite da Saudade Em 2014, a Noite da Saudade, realizada pela Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), homenageará o cardiologista Germano Barros Delgado, que deixou este plano em março deste ano. Excepcionalmente nesta edição, o evento acontecerá em 28 de agosto, já que a data tradicional, 31 de agosto, cairá num domingo. Familiares e amigos do Dr. Germano prestigiarão o evento, prestando homenagens póstumas.
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Perfil
Vanda Vasconcelos: uma multiprofissional incansável A pediatra, médica do Trabalho, sanitarista, advogada, professora e pedagoga, Vanda Terezinha Vasconcelos compartilhou um pouco de sua trajetória. Ela contou que só abre mão de exercer todas estas funções para se tornar a “super-avó” de José Vinícius e Ana Luísa. Ser médica é um sonho de infância? Não exatamente! Este desejo surgiu quando eu já era adolescente. Por influência da família, fiz Curso de Formação de Professores e me tornei pedagoga em 1971. O fato de ser uma profissional atuante na área da Educação não me fez desistir de meu maior objetivo. Em 1981, aos 35 anos, me formei em Medicina, na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) e, desde então, dedico-me a duas de minhas grandes paixões: Medicina e Magistério.
Especializações:
Metodologia do Ensino Superior em Saúde e Biologia Celular pela FMC Atendimento ao Deficiente Mental pela UERJ Administração Pública para o Setor de Saúde pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) Administração Hospitalar pela Universidade de Ribeirão Preto (SP) Saúde Pública/Medicina Sanitária pela ENSP (RJ) Saúde Materno Infantil pela USP Medicina do Trabalho pela Universidade São Camilo (RJ) Educação e Saúde pela FMC Psicanálise pela Universidade Federal Fluminense (UFF – Campos)
Além da Medicina e do Magistério você ainda atua em outras áreas? Pouco depois de concluir minha segunda graduação, fui para São Paulo buscar especialização em Saúde Materno Infantil, na Universidade de São Paulo (USP), e comecei a atuar como pediatra. Ainda cursei Direito, fiz especialização em Medicina do Trabalho e tornei-me sanitarista. Já trabalhei em diversos municípios, dentre eles Campos, Quissamã, São João da Barra e Cardoso Moreira. Com tantos sonhos realizados, a vida profissional estabilizada, a senhora ainda tem objetivos a serem alcançados? Sou movida por objetivos. Sonhos devem sempre existir e metas também. Do contrário, sua hora estará perto de acabar. Minha vida gira em torno de projetos. Estou sempre em movimento, buscando coisas novas. E será sempre assim. Hoje consigo administrar um pouco melhor minha vida corrida e me dedicar à família, que é minha base, que me conforta e enche de felicidade. Minha filha Vanieri e meus netos lindos José Vinícius e Ana Luísa são minha razão de viver.
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Epilepsia
Wellanze Ribeiro, Dra Andréa Julião, Dr. Pedro Glória, Dra Lana, Dr. Claudio Rodrigues e Dr. Flávio Mussa Tavares
Andréa Julião defende o sonho da gestação entre mulheres que fazem tratamento de epilepsia
“Não existe justificativa para a mulher deixar de engravidar por conta do uso de medicamentos no tratamento de epilepsia”. O alerta foi feito pela neurofisiologista Andréa Julião de Oliveira, que palestrou sobre o tema no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, na noite de 22 de maio. Ela destacou que vários aspectos específicos para o gênero feminino na epilepsia devem ser levados em conta, dentre eles o ciclo menstrual. Profissionais e estudantes de Medicina prestigiaram o evento. A especialista observou que alguns neurologistas são poucos sensíveis ao sonho que as mulheres com epilepsia têm de ser mãe e esclareceu que as drogas antiepiléticas estão relacionadas ao risco de malformação do feto: índice que aumenta de 2 a 6% nas pacientes que não fazem uso dos medicamentos para 4 a 8% nas pacientes que utilizam. De acordo com Andréa, a reposição do ácido fólico evita o fechamento do tubo neural e, consequentemente, reduz as possibilidades de malformação. “Não existe risco de morte neonatal nos filhos de pacientes com epilepsia”, ressaltou. Ela exemplificou que uma paciente que planeja a gravidez com bastante antecedência pode tentar a substituição de medicamento para diminuir o risco e frisou que durante a gestação não deve ser feita nenhuma troca de medicamento, assim como não deve ser suspenso o uso dos fármacos específicos para o tratamento. “Gestantes com epilepsia fazem pré-natal de alto risco, com o objetivo principal de controlar as crises. O mais coA sua Sociedade em Revista
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Ilka Sedlacek, Paulo César Paravidini, Luiz Felipe Rabello e Silva
mum é a redução do número de episódios durante a gravidez. Geralmente, quando há piora na incidência, o problema está ligado à má-adesão do medicamento ou à privação do sono”, explicou. A prevalência da Síndrome de Ovários Policísticos (PCOS) nas portadoras de epilepsia é de 26%, enquanto na população em geral é de 4%. Andréa avaliou que parece haver prevalência maior em pacientes que utilizam VPA no tratamento e ressaltou que esta associação só é observada em pacientes que usam este fármaco para tratar epilepsia, especificamente.
Epilepsia “As disfunções endócrino-reprodutivas são mais comuns entre mulheres com epilepsia”, informou. Ela orientou que o monitoramento destas funções deve ser feito regularmente, em toda consulta, tanto nas pacientes que utilizam o VPA, como nas que tratam com outros fármacos. “Monitorar significa acrescentar na anamnese perguntas sobre o ciclo menstrual da paciente, saber se está alterado, se foi sempre da mesma maneira. E caso descubra que a mulher passou a ter ciclos irregulares, é hora de encaminhá-la para um ginecologista ou endocrinologista ginecológico”, alertou Andréa. Ela ainda esclareceu que pode haver maior incidência do número de crises durante o período menstrual, seja na segunda metade do ciclo ou mesmo no período ovulatório. Nestes casos, o especialista deve pedir à paciente que faça um diário de crises, com riqueza de detalhes, para que seja posteriormente avaliado. Andréa Julião observou que existem alternativas de melhoria do controle de crises utilizando algumas substâncias de forma intermitente. A palestrante é graduada em Medicina pela UFMG, pós-graduada em Neurofisiologia Clínica pela PUC – RS, mestre em Fisiologia pela UFRGS, membro titular e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica, membro do
Andréa Julião e Pedro Glória
Comitê de Neuromodulação da Liga Brasileira de Epilepsia e atualmente é Epileptologista e Neurofisiologista Clínica do Núcleo Avançado de Tratamento das Epilepsias (Nate), no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte (MG).
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Fertilidade
Mesa de abertura: Dib Abdala, Francisco Colucci, Antônio Salim, Gustavo Safe e Abdalla Dib Chacur
Preservação da fertilidade na mulher em debate na SFMC “A cidade de Campos dos Goytacazes pode se orgulhar de ter um dos principais serviços de reprodução assistida do Brasil”. O reconhecimento foi feito em público pelo ginecologista e obstetra Gustavo Safe, de Belo Horizonte (MG), durante sua palestra “Preservação da Fertilidade na Mulher e Abordagem da Endometriose no Consultório”, ministrada em 29 de maio, no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC). O especialista avaliou que a reprodução assistida pode ser considerada o principal avanço da ginecologia no séc XX, conseguindo elevar a taxa de fecundidade mensal, que era de 20% para 40 e 60%, dependendo da idade e histórico da paciente. Ele ainda observou que o serviço é super viável no país, apesar dos altos custos. “Existem no Brasil poucos serviços cadastrados a realizar este procedimento pelo SUS. Apesar de percebermos um
Gustavo Safe com o público A sua Sociedade em Revista
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descaso do governo federal e de alguns governos estaduais e municipais, o serviço é muito bem desenvolvido em Campos. Dr Francisco Collucci , diretor e responsável pelo serviço consegue oferecer todos os procedimentos clássicos e até mesmo inovar com técnicas modernas, de baixo custo e baixa morbidade em conformidade com a tendência que se vê na Europa, principal referência neste assunto”, comparou Safe. Ele observou que todo tratamento, seja de reprodução assistida ou qualquer outro, apresenta riscos que podem ser minimizados com a escolha de profissionais capacitados, serviços idôneos e bom senso. E ainda alertou que a síndrome de hiperestímulo é um risco que pode acontecer, observando que na Europa o principal problema é a gestação gemelar decorrente destes procedimentos. Em relação à preservação da fertilidade em pacientes oncológicos, Gustavo ressaltou que um cuidado deve ser tomado na seleção dos pacientes, no que diz respeito ao tipo de câncer, e na decisão de se fazer o transplante autólogo, pois poderia reintroduzir células de câncer na paciente. Para isto, existem hoje protocolos e muitas pesquisas visando diminuir estes riscos. Safe explicou que a endometriose é capaz de provocar infertilidade de várias formas, dentre elas tubo-peritonial, ovariana, uterina e imunológica. “Podemos dizer que quase 50% das mulheres inférteis apresentam endometriose e mais de 35% das mulheres com endometriose vão apresentar infertilidade”.
Fertilidade
Abdalla Dib Chacur, Francisco Augusto Colucci, Gustavo Safe, Ant么nio Salim, Moacyr Ser贸dio Garcia Paes
Adalberto Cruz Fonseca, Poliana, Moacyr Ser贸dio Garcia Paes
Robson Gomes, Regina C茅lia Gomes, Consuelo Chicralla, Abdalla Dib Chacur
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Fertilidade Fertilidade e Endometriose A fertilidade ou a concepção é um assunto de extrema importância para a mulher. Com o aumento da longevidade e a capacidade de contracepção com o advento dos métodos contraceptivos orais nos anos 50, as mulheres começaram a mudar as suas prioridades, deixando para gestar mais tarde. Considerando as necessidades dos dias atuais impostas pela sociedade, a diminuição do número de filhos por casal é cada vez mais real, não sendo raro nos dias de hoje a existência de casais que não querem ter filhos. Esta tendência atual de retardo da concepção começou a gerar problemas para a saúde da mulher do ponto de vista reprodutivo. O principal problema seria a endometriose, uma doença que acomete uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. A endometriose consiste no desenvolvimento de endométrio, tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina, geralmente na pelve e abdômen provocando principalmente dor e infertilidade. A endometriose é considerada por muitos a doença da mulher moderna que menstrua mais cedo, retarda o inicio da primeira gestação, evita amamentação e tem menos filhos. Estes fatores de risco, aliados a uma tendência heredofamiliar, faria com que as mulheres menstruassem mais vezes durante a vida reprodutiva, tendo mais chance de terem problemas reprodutivos e de qualidade de vida.
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Um segundo problema desta tendência de retardar a gestação é que as mulheres, diferente dos homens, nascem com um pool de folículos (quantidade de gametas femininos) pré-determinados que vão sendo utilizados ao longo dos anos. Assim, a fecundidade da mulher vai variando ao longo dos anos, com diminuição após os 30 e queda importante após os 40 anos. Costuma-se dizer que o sinal é verde até os 30 anos, amarelo até os 35 anos e vermelho após os 40 anos. Para se ter uma ideia, a taxa que é de 20% por mês antes dos 30 anos, passa a ser de 2% por mês logo após os 40 anos . Este problema enfrentado pela mulher moderna pode ter uma solução futura com o advento da possibilidade de se preservar a fertilidade. A preservação da fertilidade já é uma realidade! Infelizmente accessível a uma pequena parcela da população, devido aos altos custos. Ela pode ser feita pelo congelamento de gametas femininos - óvulos (oócitos) quando não se tem parceiro masculino; congelamento de embriões, quando se tem parceiro; ou congelamento de tecido ovariano (pedaço de ovário) para retirada de oócitos no futuro ou re-transplante do mesmo. Este último, apesar de ser considerado experimental por muitos, já é realidade em grandes centros no mundo há mais de 20 anos e já sendo oferecida por alguns serviços de reprodução assistida no Brasil.
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Simec
Mesa de Abertura: Dra Márcia Rosa Araújo (Assessora da Presidência do Cremerj), Dra Marília de Abreu Silva (Corregedora do Cremerj), Dr. Makhoul Moussallem (Coordenador da Seccional do Cremerj), Dr. Almir Abdala Salomão Filho (Presidente da SFMC), Dr. Reinaldo Tavares Dantas (Presidente em exercício do Simec), Dr. José Roberto Crespo de Souza (Presidente eleito do Simec), Dr. Dante Pinto Lucas (Subsecretário de Saúde) e Dr. Luiz Carlos Sell (Diretor do Simec)
Nova diretoria do Simec trava lutas em prol da classe médica de Campos Disposto a lutar pelos anseios da classe médica, o gastroenterologista José Roberto Crespo de Souza assumiu a presidência do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), em 03 de junho deste ano. Em sua primeira ação à frente da entidade de classe, ele reuniu-se com o presidente da Cooperativa Médica de Campos (Unimed) para apresentar a insatisfação da categoria representada quanto à baixa remuneração pelos serviços prestados na medicina privada. Na ocasião, José Roberto questionou os valores praticados na tabela das operadoras de plano de saúde. Em contrapartida, a diretoria da Cooperativa se comprometeu a avaliar os questionamentos e apresentar respostas dentro de, no máximo, 40 dias. “Foi-nos passada a perspectiva de melhoria do
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preço desde as consultas às cirurgias. Os preços praticados têm sido insustentáveis. Os médicos recebem preços irrisórios pelos serviços prestados, enquanto os usuários pagam preços altíssimos para ter direito a usufruir dos planos”, avaliou Crespo. Dentre as várias outras lutas já travadas e as que ainda estão por vir, o Simec entrou com uma ação judicial para tentar trocar a carga horária proposta pela Prefeitura de Campos aos médicos plantonistas do Hospital Ferreira Machado (HFM) e Hospital Geral de Guarus (HGG). “Estes médicos sempre trabalharam no regime de 24 horas, num único plantão. Agora, a Prefeitura quer que trabalhem em dois plantões de 12 horas. É impraticável para os
Simec
Dr. Messias Moreira, Dra Silvia Cristina Machado Moreira, Dr. José Roberto Crespo de Souza e esposa Ângela, e Dr. Almir Abdala Salomão Filho
médicos que são de outras cidades trabalhar neste novo esquema. Para os campistas que atuam em Campos e também em outros municípios a problemática é a mesma. Entramos com ação para que o regime antigo, de 24 horas num único plantão, seja mantido”, esclareceu José Roberto. A nova diretoria foi eleita para administrar no triênio 2014/2017. Além de José Roberto Crespo de Souza, fazem parte da Diretoria Executiva: Ezil Batista de Andrade Reis, Renato Rabelo Amoy, Lígia Maria Menezes Muylaert, Murilo Costa, Reinaldo Tavares Dantas, Afonso Celso de Souza Faria, Fábio Padilha, Márcia Moulin Valença, Sergio Luis de Andrade Peixoto, Jorge Mansur Murad, Gelson Bento Sardinha, Celina Márcia Ferreira Ribeiro Barreto e Giovanni Lhamas Coelho.
Dra Marília de Abreu, Dr. José Roberto Crespo de Souza e Dra Márcia Rosa Araújo
Dra Valéria Ramalho Pina e Dr. Sérgio Pina (Associação Médica Rio das Ostras), Dr. José Roberto Crespo de Souza e Dr. José Carlos Siqueira (Associação Médica de Macaé)
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Simec
Dra Márcia Rosa Araújo, Dra Marília de Abreu, Dr. Makhoul Moussallem, Dr. Almir Abdala Salomão Filho, Dr. Reinaldo Tavares Dantas, Dr. José Roberto Crespo de Souza, Dr. Dante Pinto Lucas e Dr. Luiz Carlos Sell
DIRETORIA DO SINDICATO DOS MÉDICOS DE CAMPOS-TRIÊNIO 2014 a 2017 DIRETORIA EFETIVA Pres. Dr. José Roberto Crespo de Souza Vice-Pres. Dr. Ezil Batista de Andrade Reis Secret. Geral Dr. Renato Rabelo Amoy 1ª Secret. Drª Ligia Maria M. Muylaert 2ª Secret. Dr. Murilo Costa 1º Tesou. Dr. Reinaldo Tavares Dantas 2º Tesou. Afonso Celso de Souza Faria
DIRETORIA SUPLENTE Dr. Fabio Padilha Drª Márcia Moulin Valença Dr. Sergio Luis de Andrade Peixoto Dr. Jorge Mansur Murad Dr. Gelson Bento Sardinha Drª Celina Márcia Ferreira R.Barreto Dr. Giovanni Lhamas Coelho CONSELHO FISCAL EFETIVO Dr. Luiz Carlos Sell Dr. Messias Moreira de Souza Dr. Luiz Arthemio S. M Smiderle
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CONSELHO FISCAL SUPLENTE Dr. Gabriel Cordeiro Wagner Dr. Flavio Mussa Tavares Dr. Peterson Gonçalves Teixeira DELEG. REPRES. AO CONS. DA FEDERAÇÃO EFETIVOS Dr. Erik Schunk Vasconcellos Dr. Salvador Calomeni Filho SUPLENTE Dr. José Ramos Glória Drª Juliana de Souza Viana
Prematuros
SFMC recebeu II Encontro de Pais e Cuidadores de Bebês Prematuros de Campos O Auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) recebeu, em 15 e 16 de maio, o II Encontro de Pais e Cuidadores de Bebês Prematuros de Campos, uma realização da Prefeitura Municipal de Campos, através da secretaria de Saúde, representada pela Superintendência de Saúde Coletiva, pelo Departamento de Educação em Saúde e com o apoio da Fundação Benedito Pereira Nunes. O evento foi dividido em duas partes. A primeira delas, no dia 15, foi dedicada aos profissionais e cuidadores. Já no segundo dia, houve uma troca viva e emocionante de experiências com as famílias de bebês prematuros presentes. Os trabalhos foram abertos com o curso de “Amamentação em prematuros sob a ótica do cuidado individualizado e voltado para o seu desenvolvimento”, apresentado pelo Pediatra Luís Alberto Mussa Tavares e pelo Banco de Leite Humano do Hospital dos Plantadores de Cana (HPC). Ainda no dia 15, à tarde, o obstetra gaúcho Ricardo Jones promoveu uma discussão com o público presente sobre o tema do documentário exibido: “O Renascimento do Parto”. Este mesmo especialista palestrou à noite, abordando o tema “Colapso: As inter-relações entre cesariana e prematuridade”. O vi-
ce-prefeito de Campos, Francisco Arthur Oliveira, Doutor Chicão, e o diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, prestigiaram este evento. O segundo dia do evento, 16, foi marcado por um emocionante encontro de pais e familiares, aberto ainda aos profissionais cuidadores. Homenagens às famílias e aos cuidadores de bebês prematuros foram feitas através da apresentação do vídeo “O filho que eu quero ter” (disponibilizado no Youtube) e pelo lançamento do livro “Poemas para almas apressadas”, do pediatra campista Luis Alberto Mussa Tavares (o livro está disponível para download em www.alemdauti.com.br). A pediatra e neonatologista Sidianara Ofrante recebeu, através de seus familiares, uma homenagem póstuma oferecida pela equipe da UTI Neonatal Nicola Albano, representada pela médica Laura Dias. O Encontro foi encerrado com a palestra “A neonatologia além da UTIN. As experiências das famílias com a prematuridade”, ministrada pela pediatra Sylvia Maria Porto Pereira, profissional do Instituto de Puericultura e Pediatra Martagão Gesteira (IPPMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autora do livro “Neonatologia além da UTIN”.
Palestra do Dr Ricardo Jones