SFMC REPRESENTADA EM ENCONTROS DA SOMERJ
NOVEMBRO AZUL E OUTRAS CAMPANHAS DE PREVENÇÃO
“DIA DA SAUDADE” RELEMBRA MÉDICOS QUE PARTIRAM
MISSA, HOMENAGENS E CONFRATERNIZAÇÃO MARCAM “DIA DO MÉDICO”
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PALAVRA DA PRESIDENTA
Congresso Médico é desafio para 2019 Um ano que se finda marcado por muito trabalho e um próximo que se aproxima já trazendo com ele desafios, o principal deles o tradicional 18° Congresso Médico Cidade de Campos em outubro, que de três em três anos coloca nosso município ainda mais no foco da Medicina. Ainda estamos fechando junto com a Supem (Sociedade Universitária de Ensino e Pesquisas Médicas) a programação, mas não há dúvidas que vamos trazer o que tem de melhor em inovação tecnológica e científica na nossa área. Este ano de 2018 foi uma espécie de aquecimento para 2019, por isso fizemos vários eventos no nosso auditório e apoiamos outros através de parcerias com as Ligas Acadêmicas da Faculdade de Medicina de Campos (FMC) e órgãos da Prefeitura de Campos. Em março, por exemplo, contribuímos com um evento que tratou de forma unificada sobre Dia Mundial do Rim e do Dia Internacional da Mulher, alertando a ocorrência de doenças renais em pessoas do sexo feminino. Também tivemos uma Jornada de Cardiologia Pediátrica no mês de abril, assim como uma homenagem as mães em maio. No mesmo mês, aderimos ainda à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe e contribuímos para a realização do I Encontro de Atenção Integral à Saúde Esportiva. Nos emocionamos, em junho, ao ouvir os relatos da doutora Julia Amando, que contou sua experiência como cirurgiã no “Médicos Sem Fronteiras”. No segundo semestre mantivemos a nossa rotina de eventos, que estão citados nesta edição de nossa revista, como o Novembro Azul que alertou os homens sobre o câncer de próstota e muitos outros, que trataram sobre oncofertilidade , aleitamento materno, cardiologia, ginecologia e obstetrícia. Isso sem contar a nossa programação social, marcada pelo Dia do Médico em 18 de outubro, quando homenageamos o doutor Euclides Damásio, como “Médico do Ano”, e doutor Makhoul Moussalem pelos seus 25 anos de contribuição ao Cremerj. Lembramos também daqueles colegas de profissão que faleceram com o “Dia da Saudade”. Durante todo o ano fizemos ainda constantes reuniões entre diretoria, departamentos e comissões permanentes da nossa Sociedade, assim como participei de várias reuniões da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj). Não vou ficar aqui avaliando o nosso trabalho, deixo isso por conta dos associados e da classe médica em geral, mas posso garantir que fizemos de tudo para que este ano fosse produtivo e, diante do que temos ouvido, creio que acertamos na maioria das vezes. No último encontro da Somerj, apresentamos nossas realizações na SFMC e fiquei feliz quando o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Lincoln Ferreira, falou que quer vir a Campos conhecer nosso trabalho na Sociedade, por ter achado muito interessante a forma como estamos conduzindo a nossa entidade. Vamos seguir no próximo ano realizando e apoiando os eventos, mas, sem dúvida, temos que concentrar todos os esforços dos nossos associados no Congresso Médico Cidade de Campos. Conto com vocês e aproveito para agradecer aos parceiros que apoiaram nossos eventos e desejar boas festas de fim de ano a todos. Que venha 2019! Dra. Vanda Terezinha Vasconcelos
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Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia DIRETORIA TRIÊNIO 2017/2020
DIRETORIA: Presidenta: Vanda Terezinha Vasconcelos Vice-Presidente: Luiz Felipe Rabello e Silva 1ª Secretária: Ana Paula Galvão Baptista Araújo 2º Secretário: Erik Schunk Vasconcelos 1º Tesoureiro: Almir Quitete Lima Filho 2ª Tesoureira: Elisabete Bastos COMISSÕES PERMANENTES Sindicância e Fiscalização: - Leonardo Bath Bacelar da Silva - Moacyr Seródio Garcia Paes - Ricardo Venâncio Juliboni DEFESA PROFISSIONAL E UNIÃO DE CLASSE - João Tadeu Damian Souto - Maron El Kik - Rodrigo Luna Venâncio PROMOÇÃO CIENTÍFICA: - Celina Márcia Ferreira Ribeiro Barreto - Claudemir Bragança Rodrigues - Diogo Corrêa Neves DIVULGAÇÃO: - Laura de Fátima Afonso Dias - Patrícia Meirelles - Sylvia Regina de Souza Moraes INFORMÁTICA: - Cintia Carvalho Ribeiro Gonçalves - José Rodrigues Falcão Neto - Rodrigo Chicralla de Almeida DELEGADOS À SOMERJ EFETIVOS: - Almir Abdala Salomão Filho - Angela Regina Rodrigues Vieira - Francisco Almeida Conte SUPLENTES: - Frederico Paes Barbosa - Makhoul Moussallem - Márcio Sidney Pessanha de Souza DEPARTAMENTOS: ESPORTIVO - Evaldo Luiz Otal Baptista - Luiz Fernando Ferreira Sampaio - Guilherme Alcy Salles Ferreira SOCIAL - Laura Pessanha Duarte - Maria Stela Bogado Fassbender - Neusa Cristina Ferreira de Souza CULTURAL - Alcino Sahid Facó Hauaji - Magid Abud - Leandro Naked Chalita PUBLICAÇÃO - Welligton Paes - Consuelo Chicralla Martins - Flávio Mussa Tavares
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Índice 3 Palavra da presidenta
Perfil: Annelise Wilken de Abreu conta sua trajetória
8e9 5 Notícias da Sociedade
Perfil: Paulo Lima festeja 45 anos de formado relembrando histórias
Novos associados recebem boas vindas..................................................Página 10 SFMC lembra médicos falecidos no “Dia da Saudade”................Páginas 12 e 13 Missa marca abertura do Dia do Médico.................................................Página 14 Homenagens e coquetel também na programação....Páginas 15, 16, 17, 18 e 19 Campanhas de prevenção como o Novembro Azul.....................Páginas 20 e 21 SFMC participa de encontros da Somerj................................Páginas 22, 23 e 24 Artigo Científico trata sobre arboviroses..................................................Página 26 Depressão pós-parto em Campos abordada no artigo...........................Página 27 Membros da SFMC em eventos culturais.....................................Páginas 28 e 29 Mensagem de Natal e fim de ano...............................................................página 30 EXPEDIENTE: A sua Sociedade em Revista Nº 33- Dezembro de 2018 / Março de 2019 Uma publicação da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia e-mails: socimedi@sfmc.com.br e sfmc@sfmc.com.br Editoria e Produção: Neusa Martini Siqueira DRT-1167/90 Marketing e Publicidade: Claudia Marcia Vieira de Lima Programação Visual e Arte Final: Luiz Carlos Lopes Gomes
Textos: Jornalista Rodrigo Gonçalves Revisão: Vanda Terezinha, Rodrigo Gonçalves, Célia Serpa e Lana Castheloge Circulação: Trimestral Tiragem: 2.000 exemplares Distribuição: Dirigida e gratuita Impressão: Grafitusa Colaboradores: Equipe de médicos associados e diretores da SFMC Cobertura Fotográfica: Ademar Santos A Revista “A Sua Sociedade em Revista” não se responsabiliza por opiniões ou conceitos emitidos em artigos publicados
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NOTÍCIAS DA SFMC MESA REDONDA SOBRE ONCOFERTILIDADE
Uma relíquia esse prédio da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia. A belíssima parte frontal foi a primeira construção feita pelos associados e foi denominada Policlínica, onde foi instalada a sede da SFMC e até hoje, 97 anos depois, permanece com intensa atividade. Assunto bastante em alta, a Oncofertilidade foi tratado no espaço da SFMC. Uma mesa redonda na noite de 16 de agosto, organizada pelo Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), da Fundação Benedito Pereira Nunes (FBPN), abordou a “preservação da fertilidade em pacientes oncológicos” e reuniu diversos especialistas na área, inclusive de fora de Campos. O médico e professor Dr. Francisco Colucci, chefe do Serviço de Reprodução Humana do Álvaro Alvim e do Centro de Infertilidade, falou sobre “Oncofertilidade: O que é? Como? Para quem? A visão do ginecologista também foi revelada através da palestra do doutor Israel Alecrin, responsável pela disciplina da FMC e chefe do Serviço de Ginecologia do HEAA. Depois foi a vez de mostrar o lado do oncologista e coube à doutora Renata Paes falar sobre o tema. Ela atua na área no Álvro Alvim e na Clínica Santa Maria. As técnicas de “Criopreservação” e em que circunstâncias devem ser aplicadas foram outros assuntos colocados em discussão. A professora Lilian Aguiar, responsável pelo laboratório de embriologia do Serviço de Reprodução Humana do Álvaro Alvim e do Centro de Infertilidade, destacou quais são e em quem podem se utilizadas as técnicas de “Criopreservação”. A mesa redonda foi fechada pelo doutor Colucci, que explicou a “Medicina Personalizada, como perspectiva de futuro”.
ATUALIZAÇÃO EM G&O O auditório da SFMC também sediou o Encontro de Educação Continuada de Ginecologia e Obstetrícia (GO), organizado pela SGORJ. O evento aconteceu na noite do dia 21 de setembro e contou com três palestrantes. O primeiro foi o professor Renato Augusto Moreira de Sá, que falou sobre “Medicina Fetal e seus recentes avanços. Em seguida, o tema abordado foi a “Restrição de Crescimento e como conduzi-la”, apresentado pelo doutor Fernando Maia Peixoto Filho. Já a professora Joyce Barreto destacou a “Indução da ovulação no consultório, com suas vantagens e desvantagens”.
ESPAÇO ABERTO À CARDIOLOGIA A sessão regional Norte/Noroeste Fluminense da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ) também utilizou o auditório da SFMC para a realização do 18º Programa de Educação Médica Continuada. O evento foi no dia 27 de outubro e contou com mesa redonda sobre “Doença Arterial Coronariana/Estratificação de Risco” e várias outras discussões como Anticoagulação na era dos NOACs (novos anticoagulantes orais). Os debates ocorreram todos durante a manhã do sábado, com um intervalo, no qual foi servido um coffee break.
SEMANA CIENTÍFICA DA FMC A Sociedade também apoiou, entre os dias 23 e 25 de outubro, a XI Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). A presidenta da SFMC, Vanda Terezinha, compôs a mesa de abertura do evento. A edição deste ano trouxe algumas novidades, como a marcação da presença por biometria e algumas atrações inovadoras como o Corner com Bonificação e o Hacking Health. Renomados conferencistas atraíram um grande público nas palestras, entre eles, o Dr. Delta Madureira Filho, Drª Alessandra de Sá Earp Siqueira, Dr. Carlos Alberto Mandarim-de-Lacerda e Dr. Walter Tavares.
MOMENTOS DE MUITA ALEGRIA... Os médicos Welligton Paes e Vanda Terezinha, visitando Dr. Walter Siqueira, uma referência não só na Medicina, mas também no meio literário campista. Nascido em 15 de outubro de 1929, se formou médico em 1955. Além de um dos mais ilustres associados da SFMC, ele é membro da UBT (União brasileira de Trovadores), da UBE (União Brasileira de Escritores), da SOBRAMES (Sociedade Brasileira de Médicos Escritores), da IWA (International Writers Association), da ACL (Academia Campista de Letras), entre outros.
OUTROS ACONTECIMENTOS NO AUDITÓRIO *Entre os eventos feitos pela Prefeitura de Campos com apoio da SFMC esteve o Seminário de Vigilância em Saúde promovido pela secretaria municipal de Saúde, no dia 27 de setembro. *No dia 31 de outubro ocorreu, no auditório da SFMC, uma assembleia da associação de ex-alunos da Faculdade de Medicina de Campos, sob a presidência de Dr. Jair Araújo.
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UMA VIDA para aprender e en Médica e professora, Annelise Maria de Oliveira Wilken de Abreu fala da sua vida profissional e pessoal
Uma professora-médica ou uma médica-professora? Para a doutora Annelise Maria de Oliveira Wilken de Abreu a resposta pode ser qualquer uma das duas. Aos 68 anos, ela é conhecida, principalmente, na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) por sua dedicação ao longo dos mais de 40 anos à instituição, desde que chegou nela ainda como estudante no início da década de 70. Como aprendiz foi exemplar e a primeira ex-aluna da FMC a se tornar professora de lá. Como educadora é até hoje uma referência na Iniciação Científica, orientando a produção de Projetos e o desenvolvimento de Pesquisa Científica e de trabalhos de Conclusão de Curso. Natural do Espírito Santo e criada em Niterói, Annnelise, pelo sonho de ser médica, teve que ficar longe do pai Bernardo Augusto Wilken, alemão refugiado da guerra quando tinha cinco anos, e da mãe Maria Tereza de Oliveira Wilken, além do irmão. Nesta entrevista, ela fala um pouco sobre isso, da realização profissional e também da sua relação com Campos, onde se casou com Paulo César Campista de Abreu, teve dois filhos e atualmente três netos. SFMC - Como é que surgiu a Medicina em sua vida? Em que momento a senhora pensou: é isso que eu quero seguir. Annelise - Então, mamãe era professora e queria que eu continuasse com o colégio dela lá em Niterói. Só que no terceiro ano normal para seguir a profissão de mamãe, eu encontrei uma professora de Biologia e que facultou muita coisa da área médica, inclusive eu assisti a um parto. Isso virou a minha cabeça. Foi aí que conversei com meus pais. Minha mãe ficou meio que balanceada, porque eu não iria seguir a profissão dela. Mas, eu fiquei feliz porque eles ficaram satisfeitos de eu ter encontrado um caminho. SFMC - Já tinha histórico na sua família de algum médico? Annelise - Não, mas eu sempre fui muito curiosa com a parte de cuidados, tratar de animais. E foi daí que surgiu o meu interesse. SFMC - E onde a senhora cursou Medicina? Annelise - Eu primeiro fiz prova para UFRJ e passei ou para Odontologia, ou Nutrição, porque não consegui a média para a vaga de Medicina.Eu fiquei triste na época e um colega sugeriu que eu fizesse o vestibular para a Faculdade de Medicina de Campos. Eu nem sabia direito como seria. SFMC - Mas já conhecia Campos? Annelise - Eu só conhecia Campos porque, naquela época, fazia parte de um grupo que era contra a Ditadura, então participava de passeatas e tudo mais. Daí meu pai me pegou e me mandou para Campos para eu sossegar, porque senão eu não iria fazer Medicina, nem nada. Quando veio esse convite para fazer a FMC, papai falou: “Você só vai se for para lá. Com essa turma que você está, não vai não”. A turma tinha ido para o Sul do Estado. Eu concordei e acabei vindo estudar em Campos e quase que não viro aluna da FMC. SFMC - Por que quase não virou aluna? Annelise - É uma história interessante! Porque na época, início da década de 70, eu vim para fazer a prova e voltar. Fiquei numa pensão na Formosa, onde hoje é um hortifrute. Acordei, vesti um calça e fui para o Liceu, onde ocorreu a prova. Quando eu cheguei fui informada que não podia entrar de calça. Mulher não podia entrar no Liceu de calça cumprida. Fiquei doida e corri na pensão para trocar e coloquei um vestido e voltei para fazer a prova. Quando cheguei também disseram que eu não podia entrar, porque o vestido estava curto. Foi aí que apareceu o Arnaldo Vianna, que já estudava na FMC, era monitor de anatomia, e estava ajudando no dia A sua Sociedade em Revista
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do vestibular, Ele falou: “Não fica nervosa não, que eu vou dar um jeito aqui. Você baixa um pouquinho o cumprimento e eu vou na sua frente te escondendo e te coloco direto na sala”. Só assim que eu pude fazer a prova e Arnaldo virou muito meu amigo. SFMC - Veio morar sozinha em Campos? Annelise - Quando eu mudei para cá morei na pensão e, no meio do ano, eu já estava movimentando para fazer a primeira república feminina de Campos, a “Luluzinha, homem não entra”. Era um prédio na vila do antigo cinema, próxima à faculdade. SFMC - Como foi a sua estabilidade aqui no município. Por que decidiu ficar por aqui? Annelise - Eu adorei a FMC, um ambiente ultra-saudável. Gostava de estudar, mas como eu tinha feito o Normal, sabia bem escrever e era rápida para copiar toda a aula. Foi quando pensei: Peraí vou ganhar um dinheirinho com isso, porque era difícil para os meus pais me manterem aqui. Então, comecei fazer apostilas, os chamadas de apontamentos. Na época eu vendia, porque era uma forma de conseguir um extra, me vestir melhor... Também fui professora de Biologia no Auxiliadora. Quando estava no aperto, ganhei um carro e não tinha dinheiro para a gasolina, aí irmã Suraya Chaloub me convidou para dar aula lá. Eu gosto muito de irmã Suraya . SFMC - A senhora não foi fazer residência fora? Annelise - Fui monitora durante todo o tempo da faculdade. Um professor chamado Doyle Maia, que atuava na UFRJ e vinha dar aula aqui, observava os melhores alunos. Quando me formei em 1975, no dia da formatura, para surpresa minha, ele informou que estava me chamando para ser a 1º professora ex-aluna da FMC. Fui fazer residência em pediatria nos Plantadores de Cana, porque o professor Doyle perdeu o assistente que ajudava ele e eu passei a auxiliá-lo. Depois fiz o mestrado na UFRJ. Algumas pessoas questionaram o fato de ser médica, doutora, e querer fazer mestrado. Mas eu queria continuar sendo professora. O pessoal nunca entendeu direito. Continuei a formação no Rio e aqui em Campos, na faculdade, eu dava aula nos dias que o professor Doyle não podia.
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e ensinar
SFMC - Seus pais vieram para a formatura? Annelise - Levaram um susto, porque vieram para ver o diploma da médica e quando chegaram eu fui indicada à professora. Papai logo falou que para isso eu nem precisava ter vindo para Campos. Mas sabia que eu tinha me tornado professora de um nível diferente. SFMC - Chegou a atender em consultório como pediatra? Annelise - Tinha uma clínica chamada Pape, que eu era uma das sócias, onde eu atuei alguns anos. SFMC - Com esta vida profissional corrida, em que momento a senhora abriu espaço para a vida pessoal? Annelise - Quando solteira, eu nem pensava muito em casar, quer dizer a gente sempre pensa. Mas, foi em umas férias em Grussaí que encontrei aquele homem enorme de short curtinho, que veio até mim e disse: “Olha eu estou interessado em você”. Foi naquele barzinho amarelo. Eu fazia o mestrado na época e ele até acompanhou muito comigo, porque eu tinha que ir ao Rio e voltar. Logo depois a gente casou, não chegou nem a um ano. Depois tivemos dois filhos, atualmente três netos (dois meninos e uma menina). SFMC - Algum dos seus filhos quis fazer Medicina? Annelise - Olha, eles ficaram no paralelo. Lauro fez Odontologia e Bernardo cursou enfermagem. SFMC - Até hoje atua como professora na FMC? Annelise - Atualmente estou mais na área de microscopia, no laboratório. Mas além de professora, também fui vice-diretora na FMC de Osvaldo Cardoso de Melo, durante uns dez anos. Quando ia assumir a direção, não pude, porque meus pais vieram morar comigo, minha mãe com esclerose múltipla. Então, não tinha condição. Na faculdade fui a responsável em implantar o curso de farmácia (...), mudar os laboratórios. Hoje eu ocupo o cargo de vice-presidente da Fundação Bendito Pereira Nunes e quero continuar sendo útil.
SFMC - Não sente falta de atender em consultório? Annelise - Eu parei agora há pouco tempo. Eu era responsável pelo Programa de Prevenção Diagnóstico e Tratamento da Toxoplasmose, que existia na rede municipal de Saúde. Fiz doutorado na Uenf na área de infectologia, tratando de toxoplasma gondii, que é conhecida como a doença do gato. Com o apoio do Arnaldo Vianna, quando foi prefeito, eu abri um ambulatório na Prefeitura. Mostrei o problema que era a toxoplasmose no município, com um índice altíssimo de casos. Foi um levantamento inédito, eu mesma tive doença e não sabia. O atual prefeito resolveu que não precisa mais desse ambulatório, tanto que eu parei, mas tenho todos os prontuários. SFMC - Sua vida sempre foi de aprendizado e também de ensinamentos. A senhora pretende se aprofundar em algo mais? Annelise - Continuo gostando de escrever, de contar uma história... e chamo os alunos para trabalharem comigo. Na realidade, hoje eu oriento muitos alunos. Eles me procuram, porque têm também que melhorar os currículos deles. Faço muito iniciação científica. SFMC - Além de se dedicar ao trabalho e à família o que mais a senhora gosta de fazer? Annelise - Gosto de correr, nadar e jogar tênis. Na frente da minha casa tem a pracinha do Flamboyant e lá, quando nós moradores nos reunimos, há 40 anos, e resolvemos criar aquele espaço, pensamos num lugar que tivesse árvores, piso para andar... Daí surgiu o Flamboyant, não só comigo, mas toda a comunidade. Tenho as fotos dos meus filhos ainda pequenos plantando as árvores. Ali é um local que todos nós continuamos usando para caminhar e correr. SFMC - Quando a senhora olha para o futuro, o que espera? Annelise - Tenho uma família equilibrada, os meus filhos são adoráveis, meus vizinhos são ótimos... Na faculdade, quero continuar servindo, sempre brincando com os alunos, orientando, formando novos monitores e professores. Quero ainda seguir ajudando Márcio Sidney à frente da FBPN.
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DEDICAÇÃO para trazer vidas ao Com 45 anos de formado, Paulo Lima é um dos ginecologistas e obstetras mais conhecidos de Campos e região O jeito brincalhão, conhecido entre pacientes, amigos e familiares, continua sendo a marca do doutor Paulo Roberto Siqueira Lima. Sua dedicação à Medicina fez dele um dos ginecologistas e obstetras mais respeitados de Campos e região ao longo dos últimos 45 anos, desde a sua formação na segunda turma da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). Aposentado como servidor federal e estadual, Paulo Lima tem no currículo mais do que a realização profissional. Com 70 anos, não pensa em parar de fazer os seus plantões às quartas-feiras na maternidade da Beneficência Portuguesa. Filho de Paulo Lima e Gesi Siqueira Lima, casado com Cármen Lúcia Massote Lima, desde a época da faculdade, o médico é pai de quatro filhos e avô de duas meninas. Católicos, ele e a esposa já atuaram durante anos à frente de encontros conjugais e hoje dão Cursilho, evangelizando mais pessoas. Sempre grato aos amigos que o ajudaram em sua trajetória, o médico lembrou nessa entrevista de quando se mudou para o Amazonas para iniciar Medicina, aos 17 anos, do seu retorno a Campos e de momentos inesquecíveis vividos dentro das Santas Casas de Misericórdia de Campos e São João da Barra, e no Centro de Referencia da Mulher. Ainda na época da faculdade foi professor de Biologia no Liceu para ajudar a bancar os custos da mensalidade. E também como um professor, ensina até hoje vários acadêmicos e recém-formados que o acompanham durante os plantões. Contra o desejo da esposa, chegou a se aventurar rapidamente pela política, sendo candidato a vice-prefeito de Campos, pelo PMDB, na chapa do ex-deputado José Cláudio. Como hobby, gosta de viajar em família e com os amigos. Um dos últimos destinos foi a cidade de Penedo, no Sul do Rio. O motivo foi mais do que especial: um encontro da sua turma formada em 1973 na FMC. A cada cinco anos eles se reúnem da mesma forma. Nas paredes do seu apartamento estão retratos antigos que ajudam a contar um pouco dessa trajetória e também um mapa-múndi com várias marcações dos destinos que já viajou no Brasil e no mundo. SFMC - Como foi o início na Medicina para o senhor? Paulo Lima - Eu comecei, na verdade, a fazer a faculdade em Manaus, no Amazonas. Prestei vestibular em 1968, era uma época que tinha o excedentes, ou seja, pessoas que tiravam uma nota boa para ser aprovado, mas não tinha a vaga para elas. Eu fui um dos excedentes da Fluminense de Niterói (UFF). Foi na época do movimento pela criação de novas universidades, época da Revolução... O governo querendo agradar os estudantes por conta das manifestações começou a criar as faculdades. Eu fiquei um ano batalhando, porque, excedentes na verdade estavam reprovados por não ter a vaga, aí nós começamos fazer protestos com passeatas na ruas pedindo para abrir vagas. Foi quando criaram uma faculdade no Amazonas, então surgiu a chance de entrar lá. Surgiu primeiro a
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oportunidade de ir para Teresópolis, mas a vaga mais imediata era para Universidade Federal de Manaus. Valia mais um passarinho na mão do que aguardar. Então, fomos eu e mais uma turma aqui de Campos. Só se fazia Medicina quem era rico, mas com as facilidades que surgiram por conta da Revolução, eu logo abracei a chance. SFMC - Mas o senhor se formou em Campos? Paulo Lima - Conseguimos transferência, mas foi difícil porque cada excedente daquela época representava uma verba para a universidade, que estava começando. Mas aqui em Campos, a FMC abriu e começou um movimento para trazer de volta os campistas que estavam em Manaus, já que tinha faculdade aqui. SFMC - Como era a sua rotina lá? Paulo Lima - Morava em república. Naquela época, o avião para lá era aquele avião da FAB (Força Aérea Brasileira) quadrimotor, daqueles de para-quedas. Era para ir e ficar, nem dava para visitar a família e telefone também não tinha, a gente falava por rádio amador, marcando dia e hora. Todos os campistas se juntavam para falar com as famílias. Meus pais ficavam com medo daquele avião, avisavam para tomar cuidado com as cobras. Só que não era nada disso, encontramos lá um povo muito acolhedor. Ate hoje me correspondo com algumas pessoas de lá. Há uns três anos eu fui a Manaus com a minha esposa. Fui ver a minha república, as pessoas que me ajudavam lá, os vizinhos que deram comida para a gente. Naquela época
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as ao mundo chegava o dinheiro e em 15 dias a gente torrava tudo, nos outros 15 dias tinha que comer na casa dos amigos. Foi um momento muito forte das nossas vidas. Imagina que eu tinha 17 anos e ter coragem de sair daqui, recém formado no Liceu. Hoje eu não sei, por exemplo, se eu não tivesse ido, talvez tivesse feito outro vestibular, perdido e nem seria médico. SFMC - E a volta para cá, como ocorreu? Paulo Lima - Nós fomos em outubro e voltamos, mais ou menos, em abril do ano seguinte, mas perdemos a grade feita em Manaus e não pudemos seguir com a turma que tinha começado também em outubro em Campos, por isso sou da segunda turma da FMC. SFMC - O senhor fez residência médica onde? Paulo Lima - Não fiz residência, naquele tempo já fiquei direto após fazer o internato aqui na Santa Casa de Campos, onde fui cria. Me formei no internato de ginecologia e obstetrícia. SFMC - Sempre quis a área de ginecologia e obstetrícia? Paulo Lima - Pensei em ser psicanalista ou pediatra, mas dessisti. Na metade do sexto ano da faculdade eu já atuava em plantões na Sapucaia. Também era plantonista no antigo Pronto Socorro de Campos, na Santa Casa. Tudo para manter o curso de Medicina. Naquele tempo, na Santa Casa, a gente era proibido de entrar na maternidade, a chefia não deixava, porque não podia ver as partes pudendas das mulheres, mas no sexto ano já era permitido. Chegando lá, eu me encontrei. Logo me empolguei com os partos, acompanhar as mulheres durante a gestação até o nascer. Foi ali que eu defini o que queria para minha profissão. Hoje, já estou naquela fase de receber aquela geração que eu ajudei a nascer e que hoje traz também suas filhas para serem consultadas e até fazer o parto dos netos delas. SFMC - Quanto tempo trabalhou nesta área na Santa Casa? Paulo Lima - Eu fiz o internato, que era no último ano da faculdade, e escolhi a ginecologia e obstetrícia na Santa Casa. Fiquei lá por 45 anos. É muito empolgante ser médico, mais ainda na minha área. Eu sempre trabalhei com o povão e a Santa Casa era isso. Não tem nada mais gostoso, quando você está no plantão às 5h da manhã, já cansado, com aquela mãe lá sofrendo, e você resolve fazer uma cesariana de emergência e consegue tirar aquele bebêzinho todo sujo. É para isso que a gente faz Medicina. Nos traz um crescimento muito grande. Hoje, eu saio na rua e encontro às vezes aquela pessoa humilde que me grita: “Doutror, eu tive meus quatro filhos com o senhor”. Eu até cheguei pensar em me aposentar, mas é o que falo às vezes, você chega a uma fase que já não é mais o homão da sua mulher, não é mais o herói do seus filhos, todos já conhecem, mas o seu paciente ainda te encontra e massageia seu ego, te abraça, beija as suas mãos, até criam umas histórias com mais aventuras.
Isso sem contar, os presentes: perus, galinhas, aipins... SFMC - O senhor acha que essa relação mudou muito? Paulo Lima - Hoje é difícil mudar um temperamento e a minha ligação com a paciente sempre foi de muita brincadeira. Nos dias de hoje, tenho até medo, porque qualquer coisa pode ser encarada como assédio. Graças a Deus nunca passei por isso, porque as pessoas já me conhecem, sabem que sou brincalhão. SFMC - Trabalhou em algum outro hospital? Paulo Lima - Sim, mas o hospital que mais dediquei o meu tempo foi à Santa Casa. Fiquei lá até 2014, quando fechou a maternidade e eu fui para a Beneficência, onde até hoje dou plantão às quartas-feiras. Trabalhei também no antigo Inamps e no Centro de Saúde. Cheguei até ter alguns consultórios particulares. SFMC - Tinha alguma referência familiar na área médica? Paulo Lima - Não foi por referência familiar não. Eu me lembro que o meu pediatra era o doutor Almeida Gusmão, era ali na rua Alberto Torres. Quando era garoto e ia na consulta, mamãe tinha que levar a minha urina e, na mesa dele de médico, ele pegava, colocava em um vidrinho, levava ao fogo e aquilo fazia uma ebulição. Então aquilo para mim enquanto criança era místico, era fantástico. Acho que foi a partir dali que eu comecei a pensar em fazer Medicina. SFMC - Em que momento resolveu se dedicar à vida pessoal? Paulo Lima - Eu conheci minha mulher em um lugar muito gostoso que chama-se Atafona, onde sou muito ligado até hoje. Tenho uma casa e frequento lá desde os meus dez anos de idade.Todo mundo sabe que tenho uma relação muito forte com Atafona. A conheci na casa de uma amiga. Namoramos, noivamos e, em um ano e pouco, nos casamos em julho de 1973. Me formei em dezembro. Estamos casados há 45 anos. Temos quatro filhos, um deles, o Fabrício, também fez Medicina, é cirurgião plástico; a Gabriela, única menina; Rafael, que mora nos Estados Unidos; e Marcos, que é da polícia e vive em Cabo Frio. Também temos duas netas. SFMC - E como hobby, o que gosta de fazer? Paulo Lima - Curtir a minha família e amigos, além de viajar. Desde o início da minha profissão eu decidi que não iria trabalhar aos fins de semana, então eu compensava de segunda à sexta. Sábado e domingo tirava para me dedicar à minha esposa, aos meus filhos e viajar. Sempre viajamos, mas os passeios internacionais maiores começamos mesmo a fazer depois que eu completei 40 anos. O lugar que mais gosto é Paris, mesmo que eu vá a outros destinos sempre dou um jeito de passar por lá. SFMC - Que conselho daria a quem escolhe fazer Medicina? Paulo Lima - Eu acho que Medicina não é uma coisa que seja ciência. Ciência é fisiologia, biologia, bioquímica... Medicina é arte! É você saber pegar essas ciências e juntar tudo em prol do outro. Para isso é preciso ter dom. Medicina é dom! Muita gente tem esse tipo conhecimento todo e não sabe juntar para usar. Muitos têm dificuldade de se doar, saber ouvir. Se alguém perguntar para mim: O que eu faria? Eu escolheria de novo Medicina.
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TRADIÇÃO
Campanha e BOAS VINDAS aos novos associados Com 562 associados, a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) continua sendo buscada por médicos que acreditam nela para a defesa de seus interesses, nas áreas técnico-científica, ética, social e do exercício profissional. As novas adesões são frutos de um trabalho de reconquista feito por sua presidenta Vanda Terezinha Vasconcelos e equipe. A campanha realizada pela Sociedade “Doutor seja um Associado da SFMC! Juntos somos mais fortes” segue convocando os profissionais a manter viva a história da Medicina em Campos, representada através dos 97 anos de fundação da SFMC. O chamamento é feito através de banners, folders e pela internet. A Sociedade é também uma referência para os recém-formados e outros médicos que se mudam para Campos. Ao se associarem, os doutores passam ter acesso aos benefícios da instituição. São congressos médicos e outros eventos científicos com valores diferenciados e até gratuitos, nos quais o profissional não só pode participar como ouvinte, mas também apresentar os seus trabalhos, inclusive ministrando palestras em eventos que tenham a organização ou colaboração da SFMC e quem sabe ser notícia aqui nesta revista. Isso sem falar nas várias atividades sociais e recreativas, descontos em lojas parceiras à entidade e o acesso a um manual completo com todas as informações sobre os demais médicos, com especialidades, referências, telefones e endereços. Ao se associar, o doutor passa a ser informado por e-mail e WhatsApp de todas atividades e campanhas. Quer fazer parte deste grupo? Então entre em contato o telefone (22) 27225074 ou pelo WhatsApp (22) 999795078 ou ainda procurar a sede da SFMC, que fica na Avenida Alberto Torres, 271 (altos), no Centro de Campos.
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A SFMC aproveita para dar as boas vindas aos mais recentes associados em 2018: Dr Antônio Tadeu Marques Pinto Dr. Lucas Barcelos Paravidino de Almeida Dra Luiza Damian Ribeiro Barbosa Dr. Pedro Henrique Ferraro da Silveira Dr. Douglas Rangel Bernardes Dra. Cynthia Azeredo Cordeiro Dr. Rogério Alves Costa
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NUNCA SERÃO ESQUECIDOS
“DIA DA SAUDADE” para homenage Um dos momentos mais marcantes e emocionantes, o “Dia da Saudade” é uma forma escolhida todo ano pela Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) para homenagear médicos falecidos. Neste ano foram lembrados os profissionais que morreram entre agosto de 2017 e julho deste ano. A solenidade aconteceu no dia 31 de agosto último, no auditório da Sociedade, e contou com a participação de familiares e amigos dos homenageados Aroldo Ribeiro Silva, Honor de Lemos Sobral, Luiz Carlos Marques de Souza, Osvaldo Ferraz Filho e Antônio Carlos Peres da Silva. Os convidados falam um pouco sobre como era a pessoa, não só como médico, mas também como esposo, pai, filho e amigo. Outros médicos falecidos este ano serão lembrados no “Dia da Saudade” de 2019. Segundo a presidenta da SFMC, Vanda Terezinha Vasconcelos, o “Dia da Saudade” é um momento de reconhecimento e de lembranças. Uma forma encontrada pela Sociedade para mostrar aos familiares dos médicos falecidos que se solidariza com eles e que cada profissional nunca será esquecido, continuando amados e respeitados, por todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-los. “É entregue aos familiares a foto de cada um deles com um texto falando de suas histórias. Foi um momento de muita emoção e reconhecimento a todos estes profissionais que dedicaram as suas vidas para cuidar do outro. Também fazemos uma cópia da foto e colocamos no nosso livro”, afirmou Vanda. Nascido em Campos, no dia 16 de junho de 1948, Dr. Aroldo Ribeiro Silva faleceu em 16 de março de 2018 e foi lembrado no “Dia da Saudade” por, entre outras coisas, ter se dedicado durante 40 anos ininterruptos à atividade de médico plantonista intensivista na (UTI) Unidade de Terapia Intensiva da Beneficência Portuguesa de Campos. Ele atuou também como ginecologista e obstetra na Clinica Coelho dos Santos, Santa Casa de Misericórdia de Campos, na própria Beneficência, prefeituras municipais de Campos e São Francisco de Itabapoana, além do seu consultório particular. Foi casado com Eloisa Helena Guimarães Silva com quem teve dois filhos: Rachel Guimarães Silva e Cyro Guimarães Silva. Outro homenageado, o Dr. Honor de Lemos Sobral nasceu em 12 de setembro de 1930, em São Luiz do Maranhão, morreu no 07 de outubro do ano passado. Sua vinda para Campos deu-se através da Liga Norte Fluminense de Combate ao Câncer, em 1958. Com um extenso histórico, exerceu atividades em vários órgãos como, por exemplo, no Instituto Nacional da Previdência Social (INPS). Foi Membro da Comissão Organizadora e de Instalação da Faculdade de Medicina de Campos, na qual atuou como professor assistente de Anatomia e Fisiologia Patológicas
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Dra. Vanda Terezinha com Heloisa Sobral e seu filho e, posteriormente, como responsável por essa disciplina. Já tinha sido homenageado pela SFMC , do qual era associado, tendo sua biografia feito parte do livro: “A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia Tem Ouro, Prata e até Diamante”, lançado em 18 de outubro de 2015. Já o doutror Luiz Carlos Marques de Souza nasceu em Campos, na localidade de Cantagalo, em 17 de julho de 1948 e deixou saudade no dia 03 de maio deste ano. Foi aprovado no vestibular de 1970 para a Faculdade de Medicina de Campos, onde se graduou na turma de 1976. Nos dois anos seguintes, fez sua residência no serviço de pediatria da Fundação Benedito Pereira Nunes e no Hospital dos Plantadores de Cana. Prestou serviços em vários Hospitais de Campos. Casou-se com Eliane da Penha Sant’Anna Souza, com quem teve três filhos: Luiz Carlos Jr. (Dentista), Luiz Felipe (Médico Ortopedista), Laura (Enfermeira) e o neto Matheus. Na sua fé de Católico Fervoroso, fez parte da Pastoral Familiar da Igreja Sagrado Coração de Jesus, além de ser ministro extraordinário da Sagra-
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NUNCA SERÃO ESQUECIDOS
nagear os que deixaram seus legados
Dra. Vanda Terezinha e os familiares do Dr. Aroldo Ribeiro
Dra. Vanda Terezinha e a família de Dr. Oswaldo Ferraz
Dra. Vanda Terezinha e a família do Dr. Antonio Carlos Peres
Dra. Vanda Terezinha e a família de Dr. Luiz Carlos Marques
da Eucaristia e membro da Pastoral da Criança. Também deixou saudade o médico Osvaldo Ferraz Filho. Nascido em Campos, no dia 25 de novembro de 1943, ele faleceu em 04 de dezembro de 2017 em sua residências. O endocrinologista se formou em 1971 na antiga Faculdade Fluminense de Medicina, atual UFF, e se especializou-se no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), no Rio. Retornando à sua terra natal, associou-se a um grupo de médicos e ao pai do colega Herbert Sidney e fundam o Instituto de Medicina Nuclear e Endocrinologia. Além do consultório particular, foi chefe do PU da Saldanha Marinho, Perito do INSS, trabalhou também em várias unidades de saúde, inclusive como diretor. Casado com Diva Maria Guimarães Ferraz, com quem teve três filhos, dois deles médicos: Fabiano e Nathália; e Evandro, que é veterinário. Na noite de lembranças teve ainda a homenagem ao doutor Antônio Carlos Peres da Silva. Falecido em 16 de junho de 2018, deixou, fruto de
dois casamentos, seis filhos e seis netos. Ele nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 31 de março de 1940. Diplomado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade da Guanabara (FCM-UEG), atual UERJ, na turma de 1967, fez sua formação pedagógica e especialização em Microbiologia e Imunologia pela UERJ e UFRJ. Mudou-se para Campos em 1971 e integrou-se ao corpo docente da FMC e, no ano seguinte, o da Faculdade de Odontologia de Campos (FOC), permanendo como professor em ambas até seu falecimento. Trabalhou ainda como médico laboratorista de vários hospitais, inclusive chefiando alguns setores destas unidades. Apaixonado pela medicina, principalmente em lecionar, também era amante de artes e tinha como hobby escrever artigos e crônicas para jornais de Campos, como A Cidade e Monitor Campista. Após as homenagens, os presentes puderam ainda tomar um café e relembrar com os amigos outras histórias de seus entes queridos.
Nota de falecimentos Os últimos quatro meses foram de muitas perdas para o meio médico de Campos e região com os falecimentos dos doutores Cláudio D’Ângelo Carneiro, Admardo Henrique Tavares, Luiz Carlos Mendonça da Silva, José Abílio Sarmet Moreira Smiderle e Marcelo Tadeu Barbosa dos Santos. A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) manifesta aqui o seu pesar e se solidariza com familiares e amigos. Consagrado pediatra, Cláudio D’Ângelo morreu no dia 10 de agosto, aos 80 anos. Ele deixou uma bela história de atendimento médico em diversos hospitais do município. Já no dia 20 do mesmo mês, quem faleceu devido a uma embolia pulmonar foi o também pediatra Admardo Henriques Tavares, de 71 anos. Ele se gradou na
Faculdade de Medicina de Campos. Em 06 de setembro, morreu, aos 91 anos, o obstetra Luiz Carlos Mendonça da Silva. Ele fez parte do grupo de fundadores da FMC, instituição da qual foi professor e chegou à direção, eleito por unanimidade para dois mandatos. Na longa carreira profissional, atuou o Hospital Plantadores de Cana, onde a maternidade leva seu nome, e na Beneficência Portuguesa. No mês de novembro foram duas perdas sequenciais. No dia 27, faleceu no Rio de Janeiro o médico José Abílio Sarmet Moreira Smiderle, aos 65 anos. O pneumologista morreu devido a complicações após cair de uma escada. Dois dias depois, desencarnou também o angiologista e cirurgião vascular Marcelo Tadeu Barbosa dos Santos. Ele atuou na Santa Casa de Misericórdia, Unimed e outras unidades de saúde, além de consultório próprio. Todos deixam um legado indiscutível.
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DIA DO MÉDICO
A Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia parabenizou no dia 18 de outubro, àqueles cuja principal missão é salvar vidas!
MOMENTO DE AGRADECER
Se tem uma data bastante esperada pela categoria é o dia 18 de outubro, quando é comemorado o Dia do Médico. Todos os anos, tradicionalmente, a SFMC pede para ser celebrada uma missa. Vários profissionais compareceram com seus familiares e amigos ao Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Convento Redentorista), onde padre o Élio da Silva Athayde fez uma bela celebração e ainda convidou os médicos até a frente do altar para serem homenageados. Um reconhecimento a estes profissionais que salvam vidas guiados pela mão de Deus.
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DIA DO MÉDICO
HOMENAGENS
e confraternização marcam noite especial
Euclides Damásio: Médico do Ano
Uma noite memorável, marcada por homenagens, confraternização, coquetel ao som de violino e teclado do Centro Cultura Musical de Campos e do cantor João Damásio, fechada com o tradicional parabéns diante do bolo pelo Dia do Médico. No dia 18 de outubro, a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) abriu suas portas para mais uma vez receber estes profissionais, familiares e amigos em uma noite de comemoração. Além da missa celebrada no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, teve solenidade no auditório da SFMC para homenagear o “Médico do Ano” escolhido pela Sociedade, o ginecologista e obstetra Euclides do Rosário Damásio, de 69 anos, e também o doutor Makhoul Moussallem, de 73 anos, por ter dedicado 25 deles ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Os dois receberam uma placa cada. A homenagem começou com a presidenta da SFMC, Vanda Terezinha Vasconcelos, dizendo que para ela era uma grande honra está presidindo a Sociedade em uma noite memorável como aquela. “Estamos homenageando dois ilustres colegas médicos, doutor Euclides e doutor Makhoul, que após 25 anos de inestimáveis serviços prestados a toda classe médica do nosso município, junto ao Cremerj, está desligando-se. Mas quem sabe não volta? Uma árdua tarefa que soube como ninguém desempenhar com competência e integridade, motivo de muito orgulho para todos nós”, discursou. Para falar um pouco sobre o histórico dos dois homenageados a SFMC convidou a médica Elizabeth Bastos, obstetra como doutor Euclides, casada com o primo dele, e o cardiologista Jamil Soares, amigo que trabalhou com doutor Makhoul em diversos lugares. Elizabeth destacou o profissional dedicado, religioso e família de dr. Euclides. O médico Jamil im-
pressionou os presentes no auditório pela minuciosidade de detalhes sobre a extensa carreira de dr. Makhoul falando desde sua vinda com a família do Líbano. Também comentaram um pouco sobre eles, os médicos Osvaldo Cardoso de Melo e Paulo Lima, este último foi o cerimonialista da noite. O “Médico do Ano” Euclides nasceu em Campos no dia 24 de janeiro de 1949 e é filho de Beatriz do Rosário Damásio e Jovelino José Danasio. Formado na Faculdade de Medicina de Campos (FMC) na turma de 1978, especialuzou-se em obstetrícia, fazendo residência médica no Hospital dos Plantadores de Cana. Trabalhou na Prefeitura Municipal de Campos e juntamente com doutor Luiz Maurício Crespo, implantaram um serviço de ginecologia e obstetrícia em vários distritos. Recentemente se aposentou pela Prefeitura, após cumprir mais de 35 anos de serviços prestados. Continua em efetiva atividade na Unimed-Campos e Beneficência Portuguesa, onde atua há mais de 39 anos. Ao falar sobre a escolha da Sociedade com “Médico do Ano”, ele disse que ficou muito emocionado e explicou o motivo. “A gente imagina que o tempo não vai nos oferecer oportunidades como esta, por saber que ele, o tempo, é rigoroso. A nossa Sociedade está consolidando uma expressão que queriam riscar do nosso dicionário, que denomina-se congregar. Então para esse século congregar e não desagregar tem sido uma grande oportunidade para a nossa geração que estava com muita tristeza assistindo a degradação de grandes valores, como respeito, amizade, a cultura do amor, o repartir...”, destacou Mas até chegar ao reconhecimento, foi uma longa trajetória marcada por dificuldades, mas também por pessoas que acreditaram nele. “Até hoje eu me pergunto como surgiu a medicina na minha vida? Eu sou um médico que não tinha o perfil estabelecido pela sociedade na época para ser médico. Porém surgiram as graças e eu abracei essa graça de Deus, por isso estou aqui. Foi uma situação criada por Deus para mostrar através da minha conquista de que Ele ainda é quem tem a onipotência e onisciência e onipresença de tudo. Tive o prazer de conhecer ex-professores do Liceu que me incentivaram muito e, entre eles, tem uma que pagou a minha matrícula na FMC, dona Célia Cruz e dentro da faculdade eu fui acompanhado por mestres que investiram no meu sonho, entre eles alguns fundadores como doutor Luiz Sobral, Luiz Carlos Silva, Geraldo Venâncio...”, relembrou doutor Euclides, que era de uma família no Parque Rosário com poucos recursos para ele e mais quatro irmãos. Foi o único a conseguir fazer uma faculdade e hoje vê a caçula dos quatro filhos fazendo também Medicina.
“Eu abracei essa
graça de Deus e por isso estou aqui”
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DIA DO MÉDICO
Reconhecimento por uma vida no Cremerj O ano era o de 1983, quando um grupo de médicos do Rio de Janeiro formou uma chapa, a “Causa Médica”, para disputar a eleição do Cremerj, e doutor Makhoul Moussalem foi convidado para fazer parte dela. Eleito, assumiu o cargo de Conselheiro. Dr. Jamil Soares, Dr. Makhoul Moussallem, Dr. Felix Chalita, Dra. Vanda Terezinha e A “Causa Médica” disputou de cinco em cinco anos Dr. Osvaldo Cardoso de Melo as eleições e foi sendo reeleita mandato após mandato, sendo que o último terminou em 30 de sembro de 2018, ou seja, 25 anos após. Durante esse período, o Dr. Makhoul foi batalhas vencidas desde quando chegou ao Brasil em 20 de janeiro de Conselheiro do Norte Fluminense, não só de Campos como também 1955. Filho de Halim Makhoul Moussallem e Josephine Aboumrad do Norte Fluminense, e foi também Coordenador da Seccional Muni- Moussallem, Makhoul nasceu na cidade de Karaoun no Vale Bekah ou Boukah, no Líbano, em 28 de abril de 1945. Cursou até a 3ª série. cipal de Campos do Cremerj, além de Conselheiro federal. A homenagem prestada a Makhoul transcende ao seu legado no Chegou de navio na cidade do Rio com 9 anos, acompanhado de sua Cremerj, e faz uma referência também a toda sua vida de conquistas e mãe, da irmã Naual e dos irmãos Bassam e Amer. Rapidamente, os quatros aprenderam a língua portuguesa em apenas dois meses. Ao avaliar a homenagem feita pela SFMC, Makhoul disse que é bom ter reconhecido o trabalho que fez não só no Cremerj, mas para área de Saúde de Campos. “Fundamos o primeiro pronto Socorro de Campos, na Santa Casa, e a Unimed-Campos, presidi a SFMC por dois mandatos e a FBPN, instituí o Congresso Médico de Campos, transformei o Hospital Álvaro Alvim de ambulatório em uma unidade de ensino, coloquei o nome de hospital escola, e instalei vários serviços de ponta, como neurocirurgia, cirurgia cardíaca, emodinamica fertilização in vitro, o único serviço deste tipo que atendia pelo SUS no estado do Rio de Janeiro. No caso da Unimed, eu comprei o prédio, Dra. Vanda fazendo entrega da Pla- Dra. Vanda fazendo a entrega montei a cooperativa. Fundei também o Clube Médico e o Sindicato de Placa ao Dr. Makhoul Mousca ao médico do Ano Dr. Euclides dos Médico”, relatou rapidamente Makhoul parte do seu histórico. sallem do Rosário
Dr. José Manoel, Dr. Euclides, Dr. Jamil, Dra Annelise, Dr. Ricardo Juliboni, Vera Marques, Dr. Makhoul Moussallem e Dr. Osvaldo Cardoso de Melo
Dr. Makhoul Moussallem com família e amigos
Público atento às homenagens
Plateia assistindo às homenagens pelo Dia do Médico
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Família do Dr. Makhoul Moussallem
Família do Dr. Euclides do Rosário
Dr. Ricardo Juliboni, Dra Vanda Terezinha, Dr. Osvaldo Cardoso, Dr. Makhoul Moussallem, Dr. Paulo Lima e Dr. José Manoel
Paulo e Dra. Annelise, Dr. Félix Chalita, Dra. Vanda Terezinha, Sérgio (Unicred)
Família Dr. Makhoul
Dr. Luiz Fernando Sampaio, Dra. Vanda Terezinha, Dr. Humberto Siqueira, Dra. Vera Marques e Elisabete Bastos
Família Dr. Makhoul
Dr. Makhoul Moussallem, Nilzete e Dr. João Bosco, Dr. Francisco Conte e Gina Conte
Dra. Luci Moreira e Dra. Vanda Terezinha
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Dr. Euclides do Rosário e Dr. Edalvo Henriques Paes
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Convidados festejam e parabenizam a SFMC
Entre os convidados da noite uma coisa era em comum: a mais do que justa homenagem aos doutores Euclides e Makhoul. O diretor da Faculdade de Medicina de Campos, Edilbert Pellegrini, ressaltou a importância dos dois profissionais para a área médica da cidade. Já o presidente do Sindicato dos Médicos, José Roberto Crespo, parabenizou mais um vez a iniciativa da Sociedade, que naquela noite agraciava a categoria “com mais uma bela festa”. Para o ex-presidente da SFMC, Francisco Conte, o Dia do Médico é bastante aguardado por ser uma ocasião para reencontrar amigos, que muitas vezes no corre corre da vida de médico não dá conversar fora do ambiente profissional. “Na verdade é uma homenagem a todos nós. A Sociedade sempre teve esse papel de reconhecer aqueles que se destacam na nossa área”, garantiu. Para a realização da noite a SFMC contou com a colaboração
Ronaldo Vasconcelos e Dra. Vanda Terezinha
Dr. Elmon Tatagiba e Margarida Tatagiba
de parceiros como a Unimed-Campos, Fundação Benedito Pereira Nunes (FBPN), Labmed, Unicred, Laboratório Plínio Bacelar e a médica Vera Marques, além do próprio Makhoul. O representante da Unimed Rodrigo Luna Venâncio reconheceu a importância do evento. “Tem esse intuito de não só prestigiar a questão do Dia do Médico, mas também aproveita para homenagear alguns colegas de grande relevância para a sociedade campista. Em todo evento da SFMC a gente faz questão de ser parceiro”, afirmou. Representando a Unicred, Roberto Carvalho ressaltou o fato das homenagens serem prestadas aos médicos em vida. “Para a gente, ser parceiro da SFMC é de suma importância, pois sabemos do cuidado que ela tem com a categoria, reconhecendo aqueles que se destacam enquanto ainda estão entre nós”, disse.
Lais Gomes e Dr. Aloisio Gomes
Samira Paes Salomão, Dr. Luiz Fernando Sampaio, Dr. Dra. Vanda acompanhada de D. Heloisa Sobral e filho, e dos Médicos Paulo Lima, Aloisio Gomes Alexandre Pires e esposa Simone Machado Gomes
Dr. Jamil Soares, Dr. Gumercindo Martinez e Dr. Edalvo Henriques Paes
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Dr. Antonio Salim, Dr. Osvaldo Cardoso de Melo e Dr. José Manoel
Dr. Renato Sardinha, Dr. José Roberto Crespo e Dr. Roberto Carvalho
Dra. Elisabete Bastos e Robson Damásio
Lana Cristina, Dr. Makhoul Moussallem e Célia Regina
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Jony William – Orquestrando a Vida
João Damásio e Dra .Vanda Terezinha
Dra. Vanda Terezinha e os músicos do Orquestrando a Vida
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PREVENÇÃO
NOVEMBRO AZUL: mais qu Destaques na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), as campanhas mensais de conscientização ganham força através do WhatsApp da Sociedade (22 999795078) e também em eventos realizados no auditório da instituição. Exemplo disso, foi o “Novembro Azul”, ocorrido no dia 08 daquele mês. Com o tema “Uma Abordagem Multiterapêutica sobre Câncer de Próstoda”, a mesa redonda reuniu os médicos urologistas Gilberto Oliveira e Francis Roque Khouri, além da oncologista Maria Teresa Pessanha e a radioterapeuta Andreia Carvalho. O debate foi organizado em pareceria com as Ligas Acadêmicas de Genética Médica; Humanidades em Medicina; Anatomia Patológica; e Farmacologia. O câncer de próstata é o tumor mais comum entre homens com mais de 50 anos. De acordo com estatísticas americanas, um em cada seis homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer da vida. Ele é responsável por 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino, ficando atrás dos tumores de pulmão e intestino. Por essa razão, a prevenção ainda é o melhor remédio. E tanto para prevenir novos casos desse tumor, como para fazer um diagnóstico precoce e garantir um tratamento de qualidade que existe o Novembro Azul. De acordo com a presidenta da SFMC, Vanda Terezinha Vasconcelos, os palestrantes abordaram o assunto de forma técnica, mas também esclarecedora. “Todos que acompanharam a palestra, mesmo aqueles que não eram da área médica, conseguiram entender. Eles usaram slides com imagens e foram explicando todo processo da doença. Até porque o paciente pode ter um PSA - antígeno prostático específico - aumentado e não ser câncer de próstoda. Na maioria das vezes a evolução é lenta. Se não for um câncer de próstata muito agressivo, não será isso que vai tirar a vida da pessoa, por isso é importante o diagnóstico precoce. E mesmo nos casos mais graves é possível o tratamento com quiomioterapia, entre outros, e cirurgia. Foi extremamente esclarecedora a participação de todos os palestrantes”, descatou a presidenta.
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SFMC cada vez mais próxima
A integração com as ligas acadêmicas é outro destaque, uma forma de aproximar os futuros novos médicos à SFMC. Cada representante de uma das ligas ficou responsável por entregar aos palestrantes um certificado de agradecimento pela participação na mesa redonda. Os ouvintes também receberam a certificação. No evento, Dr. Vanda aproveitou para mostrar um pouco mais sobre a Sociedade, que inclusive foi através dela que foi construído o prédio que abriga há 97 anos da SFMC e, posteriormente a Faculdade de Medicina de Campos (FMC). “Temos aproveitado estes eventos e usado dois minutinhos para explicar ao acadêmicos como é a SFMC e a diferença para FMC, pois muitos não sabem. A sociedade é uma entidade sem fins lucrativos, formada por médicos associados, tendo como objetivo a promoção de diversos eventos, de cunho científico, cultural e social, voltados para os profissionais da saúde e a comunidade campista”, ressaltou Dr. Vanda Terezinha.
Dr. Gilberto Oliveira – Urologista
Dra Maria Tereza - Oncologista
Dr. Francis Roque Khouri - Urologista
Dra Andréia Carvalho – Radioterapia
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PREVENÇÃO
s que um alerta
Dra Vanda Terezinha na entrega dos certificados aos Palestrantes
Outras parcerias para conscientizar
As parcerias com outras entidades e órgãos da Prefeitura de Campos também são meios de realizar eventos no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC). Durante o Agosto Amarelo, que visa o incentivo ao aleitamento materno, aconteceu no dia 21 daquele mês o III Seminário Municipal de Amamentação (SMAM). O encontro foi promovido pelo Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher da Criança e do Adolescente (Paismca) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e abordou o tema “Por que resgatar a cultura da amamentação?”. A vice-prefeita Conceição SantAnna esteve presente. — Para mim foi um enorme prazer participar de um evento como este, que abordou o amor que transborda de mãe para filho na amamentação. É um elo que nunca é apagado. Amamentar não é apenas alimentar o bebê, mas também protegê-lo. Este é um tema que precisa ser muito debatido e tenho certeza de que todos os profissionais presentes irão multiplicar os conhecimentos deste seminário em seus trabalhos — ressaltou a vice-prefeita. O evento foi direcionado a profissionais da Rede Municipal de Atenção à Saúde de nível superior e residentes de Medicina com a proposta de informar sobre como a amamentação está ligada à segurança alimentar e contou com a palestra da médica Maria da Conceição M. Salomão. Ela é membro do Grupo Técnico Interinstitucional de Aleitamento Materno (AM) da secretaria Estadual de Saúde, do Comitê da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), Avaliadora e Multiplicadora das Iniciativas do Hospital AM da SOPERJ e da Unidade Básica Amiga da Amamentação.
Campanhas também pelo WhatsApp
Dra Vanda Terezinha, palestrantes e participantes do Novembro Azul
Além do Novembro Azul e do Agosto Amarelo, a SFMC abraça mensalmente outras campanhas, entre elas o Setembro Amarelo, objetivando a prevenção ao suicídio, e o Outubro Rosa, que alerta as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer de colo de útero. Através do seu WhatsApp (22 999795078), a SFMC envia os avisos sobre as campanhas. O mesmo material é encaminhado por e-mail.
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INTEGRAÇÃO
PARTICIPAÇÃO da SFMC em en Durante todo o ano, a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC) participa de vários encontros da Sociedade Médica do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) e, o último deles, entre os dias 30 de novembro e 02 dezembro, em Vassouras, foi marcado pelas homenagens aos médicos do ano, escolhidos pelas filiadas, além do destaque de 2018 indicado pela Somerj. O evento aconteceu em um Eco Resort, na cidade do Sul Fluminense, e contou também com as presenças dos presidentes da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Ferreira, da Federação Nacional do Médicos (Fenam), Jorge Darze, e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Sylvio Provenzano, além da presidenta da SFMC, Vanda Terezinha Vasconcelos. Logo no primeiro dia de evento, na sexta-feira, aconteceu uma Assembleia Geral Extraordinária, na qual foi tratada a reforma do estatuto da Somerj, fechando a noite com um jantar. “O encontro foi de trabalhos intensos, alias quando cheguei no hotel nem fui para o quarto e segui direto para a discussão da reforma do estatuto. Nó vamos passar um comunicado aos associados informando o que foi alterado no estatuto da Somerj”, destacou doutora Vanda. Já no sábado, os participantes tiveram a manhã livre, almoçaram e, às 14h, participaram de uma reunião do conselho deliberativo e diretoria plena.”Durante toda à tarde aconteceu a apresentação dos trabalhos de todas as filiadas. Cada um pôde mostrar como tem conduzido suas ações. Achamos bastante interessante porque, neste evento, o presidente da AMB compareceu e assistiu a tudo, assim como outras autoridades da Fenam e do Cremerj, o que mostra a relevância do encontro. Apresentamos para todos, através de projeção, o que desenvolvemos na Sociedade nos últimos três meses, dando destaque aos eventos. O que me deixou feliz foi o presidente da AMB, Lincoln Ferreira, dizer que quer vir conhecer o meu trabalho na SFMC, assim como o de Niterói. Saí de lá avaliando que estamos no caminho certo. Ele achou muito interessante a forma como conduzo a Sociedade em Campos”, disse a presidenta da SFMC.
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Dra. Valéria Patrocínio Teixeira – 1ª Tesoureira da AMF , Dra. Zelina Caldeira – Presidente da AMF e Dra. Vanda Terezinha – Presidenta da SFMC
Grupo de Médicos durante a Reunião da SOMERJ
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INTEGRAÇÃO
m encontros da Somerj fecha o ano
Médicos que se destacaram em 2018
O grande ponto alto do encontro, ainda no segundo dia, foi a solenidade de homenagem aos destaques no ano de 2018 das filiadas e ao destaque da Somerj-2018, o doutor José Ramon Varela Blanco. Logo após ao término da solenidade, por volta das 21h30, ocorreu um jantar. “Cada uma das filiadas define quem é o médico do ano e a Somerj também escolhe seu destaque. O nosso escolhido, doutor Euclides Damásio, esteve presente, com a esposa, e recebeu uma placa ‘reconhecendo e agradecendo por sua brilhante trajetória no exercício da Medicina em Campos, como representante dos ideiais de profissional pelo qual lutamos e padrões a ser seguido pelas novas gerações’. Fui convidada a entregar-lhe a placa. Ele ficou muito feliz e emocionado, o que foi nítido para as pessoas que estavam na plateia. Quem também esteve presente na solenidade foi o diretor da Faculdade de Medicina de Campos, Edilbert Pellegrini. Depois fomos jantar e quem quis pôde ainda ir ouvir música ao vivo que estava tendo no hotel”, ressaltou. No domingo, dia 02 de dezembro, houve mais confraternização durante o café da manhã e o almoço. “Neste dia não teve nenhuma atividade programada pela Somerj, mas serviu para a gente colocar o papo em dia com os amigos e suas famílias que estavam lá, pois os outros dois dias foram bastante corridos e de trabalho”, afirmou Vanda Terezinha.
De pé da esquerda para direita: Dr. Armindo Fernando Mendes – Conselheiro do CREMERJ, Dr. Flávio Antonio de Sá Ribeiro Tesoureiro do CREMERJ, sentados da esquerda para direita: Dr. Lincoln Lopes Presidente da AMB, Dr. Romulo Capello – Secretário Geral da SOMERJ, Dr. Benjamin Baptista – Presidente da SOMERJ, Dra. Ilza Boeira – Vice-Presidente da SOMERJ
Dra. Cátia Helena de Paiva – Vice-Presidente da Associação Médica Valenciana, Dra. Valéria Ramalho – Presidente da Associação Médica de Rio das Ostras, Dra. Vanda Terezinha – Presidenta da Sociedade Flum. Medicina e Cirurgia e Dra. Carmen Lúcia Garcia de Souza – Vice-Presidente da Regional Sul da SOMERJ
Dr.Euclides do Rosário Damásio e Dra. Vanda Terezinha Vasconcelos
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INTEGRAÇÃO Em setembro
Antes do encontro de fim de ano, a presidenta da SFMC também esteve em Niterói, onde participou de uma Assembleia Ordinária, que aconteceu no dia 29, na Associação Médica Fluminense (AMF), onde, entre outras coisas, foi analisado o relatório anual da diretoria da Somerj. Na noite anterior, os participantes puderam prestigiar “Una Notte Italiana”, em comemoração aos 89 anos da AMF. “Nesse dia, antes do jantar, assistimos palestra com a reumatologista Mirhelen Mendes de Abreu, que falou sobre Artrite Reumatoide por Chikungunya e outras Artrites Inflamatórias. Também tive a alegria de encontrar Kari, ex-aluna da nossa FMC, da turma de 1997. Ela contou que, graças às excelentes aulas do Dr. Cardoso de Melo, fez especialização em Oftalmologia e que sente muita saudade de nossa Faculdade, reconhecendo a alta qualidade do ensino administrado pela mesma. Foi bem gratificante ouvir isso”, salientou doutora Vanda.
Dra. Ilza Boeira, Dra. Vanda Terezinha, Dra. Kari e Dr. Ramon Varela
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Dr. Benjamin Baptista, Dr. Waldenir de Bragança e Dra. Vanda Terezinha
A médica e ex-aluna da FMC Kari e Dra. Vanda
Noite festiva na AMF em Niterói, após palestra promovida pela SOMERJ.
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ARTIGO CIENTÍFICO INOVAÇÕES EM TECNOLOGIA EM SAÚDE NO CONTROLE DAS ARBOVIROSES: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA TECHNOLOGICAL INNOVATIONS IN HEALTH IN THE CONTROL OF ARBOVIRUSES: INTEGRATIONAL REVIEW OF THE LITERATURE EDUARDO DE JESUS GOMES ARUEIRA1, THIAGO NASCIMENTO DO PRADO2
1 Especialista latu sensu em Epidemiologia, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória-ES, Brasil. 2 Professor Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo Brasil Correspondência: Eduardode Jesus Gomes Arueira; earueira@gmail.com; Telefone: (22)999589580 • O estudo foi realizado na cidade de Bom Jesus do Norte - ES, Brasil. RESUMO Introdução: As arboviroses são problema de Saúde Pública mundial. Neste trabalho são mencionadas as febres Amarela, pelo vírus da Dengue, da chicungunya e da zika. A importância destas zoonoses e suas tecnologias de controle justificou a confecção desta pesquisa. Objetivo: Descrever as evidências disponíveis na literatura sobre as inovações tecnológicas no controle das arboviroses. Metodologia: Foram analisados artigos de 2013 a 2017, via endereço www.bireme.br, filtrando por artigos em português e usando todas as bases de dados inerentes ao endereço de Internet nomeado acima. Para a coleta de dados dos artigos que foram incluídos na revisão integrativa, foi desenvolvido um quadro sinóptico com a síntese dos artigos que atenderam aos critérios de inclusão. Resultados: As tecnologias mencionadas foram: a abordagem eco-bio-social; a monitorização rigorosa da infestação; o uso de diversos seres vivos que interferem na biologia do mosquito, técnicas moleculares para o controle populacional deste mosquito, acompanhamento do perfil de sensibilidade aos mesmos produtos químicos e a integração das diversas tecnologias; a permanência e união das vigilâncias entomológica e epidemiológica. O desenvolvimento de Imunobiológicos (soros e vacinas), além de exames diagnósticos adequados é necessário (Quadro 1). A amostra final desta revisão integrativa foi constituída de sete artigos. Conclusão: Encontraram-se diversas tecnologias inovadoras, com potencial impacto no controle das
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arboviroses. O Aedes aegypti sobressai-se, na transmissão das arboviroses urbanas. O controle vetorial integrado à vigilância epidemiológica potencializa o controle das arboviroses. Não houve menção, nos artigos conseguidos, da vacina contra a dengue. A quantidade de artigos conseguida foi considerada pequena. Palavras-chave: tecnologia, arboviroses, vigilância epidemiológica, dengue. CONCLUSÕES O estudo permitiu identificar, dentro do período 2013 a 2017, uma quantidade de tecnologias inovadoras no controle das arboviroses, as quais poderão potencializar a diminuição dos índices de mosquitos, diminuindo assim a quantidade de casos das arboviroses transmitidas por eles. Fica patente, também, a importância do Aedes aegypti na transmissão de diversas arboviroses, as de incidência predominantemente urbana, acentuando a necessidade do aperfeiçoamento das tecnologias ligadas ao controle deste vetor. A integração das atividades de controle vetorial às de vigilância epidemiológica potencializa as ações de controle das arboviroses. Na amostra de artigos conseguida não houve menção direta da vacina obtida por Laboratório Farmacêutico contra dengue, tecnologia inovadora e importante pela possibilidade de evitar a maioria dos casos desta doença.
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ARTIGO CIENTÍFICO RELATO DE CASO
INCIDÊNCIA DE DEPRESSÃO PÓS-PARTO NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES BERNARDES DR , SILVA DD, CABRAL DTC, PORTUGAL JA, BITTENCOURT GRBV RESUMO: O presente estudo visa avaliar a incidência de depressão pós-parto na maternidade do Hospital dos Plantadores de Cana no município de Campos dos Goytacazes e seus principais fatores de risco. Trata-se de um estudo descritivo a partir de análise de dados colhidos de parturientes internadas em até 3 dias de puerpério. Avaliaram-se possíveis incidentes passíveis de abalo emocional durante a gravidez, o nível de escolaridade e de renda per capita de todas as parturientes levantando os fatores mais frequentes quando há manifestação. O grupo pesquisado apresentou variação etária de 14 a 49 anos. Dado o exposto conclui-se que a gravidez não planejada é o fator que menos contribuiu para a patologia avaliada enquanto a falta de apoio do companheiro foi o fator primacial para a ocorrência da patologia.
Para a perimetria do pescoço foi utilizada uma fita inelástica modelo Sanny.
INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto (DPP) é um transtorno psicológico que pode surgir logo após o nascimento do bebê ou até os seus 6 meses, ocasionando uma neurose de origem psiquiátrica que traz graves sequelas para a mãe e o bebê. Esta patologia ainda é subnotificada, demandando estudos que possam auxiliar na identificação de parturientes com o quadro e instituir diagnóstico e tratamento precoce.
CONCLUSÃO: A depressão pós-parto é uma patologia que deve ser pesquisada nas puérperas frente aos riscos para elas e seus filhos. A falta de apoio do companheiro foi o fator primordial para a ocorrência desta patologia.
MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi descritivo a partir de análise de dados oriundos de questionário com perguntas de cunho socioeconômico e pessoal, bem como o questionário de Hamilton para depressão em 50 parturientes com até 3 dias de puerpério. Todas as entrevistadas assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Este projeto atende à Resolução 196/96 do CNS relativas às questões de ética em pesquisas realizadas em humanos.
RESULTADOS: A incidência de DPP foi de 6%, dentre as quais 33,3% apresentaram complicações durante a gravidez, 66,7% pensaram em interromper a gravidez, sendo esta a mesma porcentagem de gravidez não planejada, a variável encontrada em todas as parturientes depressivas foi a falta de apoio do companheiro. Em contrapartida nas parturientes não depressivas a falta de apoio do companheiro se fez presente em 29,8% dos casos, 17% apresentaram algum tipo de complicação durante a gestação, 10,6% pensaram em interromper a gravidez e 55,3% das gestações não foram planejadas.
REFERÊNCIAS: 1- BECK C.T.(2002). Postpartum depression: A metasynthesis. Qualtative Health Research, 12,453-472. 2- MELLO VL. Distúrbios psiquiátricos do pós-parto. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 1987. 3 - MORAES I. G. S, et. al., Prevalência da depressão pós-parto e fatores associados. Revista de saúde publica v.40, n.1, p.65-70, 2006. Disponível em: http://artigocientifico.com.br/uploads/artc 1140635061 97.pdf. Acesso em 10 set. 2011.
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LITERATURA E ARTE
EVENTOS CULTURAIS pr
Prestigiar a cultura de Campos faz parte da rotina dos que compõem a Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia. A presidente da SFMC, Vanda Terezinha Vasconcelos, é também a primeira vice-presidente Academia Campista de Letras (ACL) e sempre está enviando aos associados convites para prestigiar as atrações. No dia 22 de outubro, ela participou da cerimônia de posse dos novo quatro membros da ACL e teve a honra de entregar o diploma a um deles, o poeta sanfranciscano Roberto Pinheiro Acruche, 74 anos. O auditório da Academia estava completamente lotado com a presença de autoridades municipais, acadêmicos e convidados dos novos membros: o próprio Roberto Acruche, além de Aluysio Abreu Barbosa, Ronaldo Júnior e Elias Gonçalves. Ainda na ACL, em outro momento marcante, aconteceu uma “Ciranda Poética” em homenagem às crianças. O evento foi organizado acadêmica Heloisa Crespo e contou com várias participações,
A vice-presidente da ACL, Vanda Terezinha, fazendo a entrega do diploma de posse ao novo acadêmico Roberto Acruche
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entre elas, a de Dr Sebastião Siqueira com uma poesia de sua autoria dedicada aos pequenos, e de Dr Elmar Martins, ex-presidente da Academia de Letras que também leu um texto feito por ele. Já no Museu Histórico de Campos, os médicos Welligton Paes e Vanda Terezinha estiveram representando a Sociedade em uma homenagem ao compositor campista Wilson Baptista, no dia 30 de outubro, organizada pelo Instituto Histórico e Geográfico de Campos. O jornalista Chico de Aguiar foi responsável pela palestra “Wilson Baptista - a Ordem do Mérito”. Outro evento prestigiado por doutora Vanda foi a 10ª Bienal do Livro de Campos, entre os dias 20 e 21 de novembro. A feira registrou um intenso movimento de estudantes, professores e leitores em geral. A Bienal trouxe obras de vários gêneros, com preços a partir de R$ 5, e aconteceu no Instituto Federal Fluminense (IFF)-Centro.
Ainda na Academia encontro de amigos: vereadora Joilza Rangel, presidenta Vanda Terezinha, presidente Belo momento de reencontro com da ACL, Herbson Freitas, e ex-secretaria de Educação, a acadêmica Heloisa Crespo, orgaBeatriz Diniz nizadora da ciranda poética
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LITERATURA E ARTE
S prestigiados por membros da SFMC
Médica ginecologista Marli Schimeli e o marido Dr. Elmar Martins, eterno Defensor Público e ex-presidente da ACL, em homenagem à criança na Academia de Letras
Genilson Soares, Orávio Campos e o jornalista Chico de Aguiar, palestrante da noite que falou sobre o compositor campista Wilson Baptista, ao lado dos médicos Welligton Paes e Vanda Terezinha, representando a SFMC no evento ocorrido no Museu Histórico de Campos
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MENSAGEM FIM DE ANO
É tempo de traçar novas metas. Um ano para quebrar barreiras, lutar pelo que se acredita e poder concretizar. A boa notícia é que você está no controle. Um ótimo 2019!
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Aniversariantes do Mês de Janeiro Dia 01 – Ana Maria Sartori Ana Paula Galvão Baptista de Araújo Zulchner Dia 03 – Luiz Clovis Parente Soares Dia 04 – José Claudio Granato Poppe Ronald Young Junior Dia 06 – Reinaldo Antonio da Silva Nunes Sergio de Queiroz Vieira Dia 07 – Jomir Carlos Pereira Ricardo Guerra Peixe Roberto Nascimento Costa Dia 08 – Christian Spalla Lepesteur Moreira Francis Helen Skury Mattar Giovanni Lhamas Coelho Dia 09 – Marcia Cristina Ramos Vasconcelos Dia 12 – Ricardo Dias do Amaral Dia 13 – Leonardo Ferraz Ricardo Gomes de Vasconcellos Dia 14 – Geraldo Nogueira de Oliveira Paulo Sergio dos Santos Machado Roberto Miotto Dia 15 – Fernando Cesar Rodrigues Almeida Flavio Augusto Braz Gomes Jayme Tinoco Netto Dia 19 – Cynthia Dumas Viveiros José da Silva Nogueira Júnior Leandro Alcy Sales Ferreira Tania Lucia Moraes Pessanha Araujo Dia 20 – Sebastião José de Siqueira Dia 23 – Marcio Barreto Moreira Dia 24 – Carla Gomes Areas Euclides do Rosario Damasio Dia 25 – Célio Maia Fiaux Dia 26 – Alexandre Marcos Mocaiber Cardoso Dia 27 – Cynthia Azeredo Cordeiro Dia 29 – Luiz Carlos Santos Mota Maria das Graças da Silva Nunes Dia 30 – Benedicto Waldyr Pohl Carlos Eduardo Pereira Osvaldo Valentim Carneiro Filho Dia 31 – Elizabeth Passebon Soares Eliane Cravinho Brasil Maurício Lobo Escocard Waldyr Rodrigues Simões
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