X-MAG 2021 by NEXX Helmets [Português]

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Edição

X-MAG

20 ANOS DE HELMETS FOR LIFE

THE MALLE MILE | ACT ITÁLIA | A TEMPORADA NÓMADA | LXMFF 2021

2021


#nexxh

AVI

O USO CONSTAN X-MAG 100% DIGITAL

NÃO USAR S PARA EVITAR

SÓ PARA AF HELMETS


helmets

ISO

NTE DESTA REVISTA PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA

SEM TEMPO OU MANTER NUM LOCAL SEGURO R MAU USO OU ABUSO. DE QUALQUER MODO, DESFRUTAR O CONTEÚDO.

FICIONADOS S FOR LIFE


NEXX RIDER Bryan Fernandes Aka “Blkmrkt” Jökulsárlón Glacier Lagoon ISLÂNDIA



NEXX RIDER Kewin Aka “Adv Anywhere” Sułoszowa Village Krakow, POLÓNIA



NEXX RIDER Tiago Ribeiro Lagoon Of Fire AÇORES, PORTUGAL



SCRAM AFRICA by Fuel Motorcycles Photographer: Gotz Goppert, Deserto do Sahara MARROCOS



NEM TUDO NA V COMO ESPER VIVER AS EXP DEIXE, SIMPLES A VI

#SEMÍN


VIDA CORRERÁ RA. PARE DE PECTATIVAS E SMENTE, FLUIR IDA.

NDICE

LEON BROWN


Y E A R S


20 ANOS DE NEXX Vinte anos passaram num abrir e fechar de olhos. Abraçando uma cultura de inovação, a NEXX está em sempre em evolução para se manter na vanguarda de uma indústria, em constante mudança. Seguimos o nosso caminho, investindo em desenvolvimento de capital humano, em I&D, em produtos de valor acrescentado, pós-processos e tecnologia e equipamentos de ponta, tudo para concretizar a nossa visão. No entanto, estar à frente da nossa concorrência também significa pensar fora da caixa.

Como irão as cidades desenvolver-se no futuro? Como se desenvolverão as estradas? Como se comunicarão os motociclistas entre eles? Como vai ser um capacete daqui a 20 anos? Nós incentivamos os nossos designers, a sair daquilo que sabem hoje, catalisando a sua paixão e os valores da marca, para um Design Visionário. A empresa está a olhar duas ou três décadas para o futuro, e a prever o que serão os capacetes para os motociclistas de amanhã, mais seguros e preparados para a derradeira experiência de conduzir uma moto!


T O P - O I T O 8 TOP 8 CAPACETES HISTÓRICOS


08

TOURATECH AVENTURO Em 2015, a NEXXPro S.A. uniu-se à Touratech no desenvolvimento de um capacete Aventura em fibra de carbono - o Aventuro da Touratech.Hoje em dia, a NEXX continua a produzir os modelos Aventuro 2 e Aventuro Traveller, em fibra de carbono da Touratech - projetados para Aventureiros POR Aventureiros.

07

X.R1R CARBON A NEXX produziu o seu primeiro capacete de fibra de carbono em 2009: o X.R1R Carbon um modelo de corrida que resistiu ao teste do tempo!

06

HUGO BOSS HB.01 Em 2010, a NexxPro assinou um contrato de licença de dois anos com a HUGO BOSS Trade Mark Management GmbH & Co. KG, que faz parte do Grupo HUGO BOSS. A licença exclusiva cobriu o design,produção e distribuição mundial do primeiro capacete de moto sob a marca HUGO BOSS que faz parte da coleção BOSS Black Menswear.


05

SX.60 DENIM O SX.60 DENIM começou como uma brincadeira que foi ganhando dimensão! Em 2005, um colaborador teve a ousada ideia de experimentar Denim num capacete; outros chegaram com mais sugestões “costurem um bolso, como os jeans”; “adicionem uma pequena etiqueta vermelha”.

04

X.R1R DIABLO XR1.R Diablo possui um design patenteado, sendo o único capacete integral, totalmente revestido em couro ótico.

03

X.30 Em 2008, a NEXX lançou o revolucionário X.30 - o primeiro Flip-Up com proteção de queixo - criando um novo segmento de mercado, o MAXIJET! O CCP - Chin Crash Protection - foi um sistema único no mercado que dispersa a energia de impacto do queixo e através da calota.


02

SX.10 Em 2014, o NEXX SWITX SX.10 ganhou um “Red Dot Design Award‘ um dos mais prestigiados prémios internacionais na área do Design, na categoria de Design de Produto. Um capacete urbano totalmente personalizável e compacto com com um avançado sistema de ventilação. Nesse mesmo ano, SWITX SX.10 foi premiado como o “Melhor Produto do Ano” e “Melhor Capacete do Ano” pela webBikeWorld.

01

SU O SU foi a visão da NEXX em 2006 para um supercapacete e um sistema de protecção frontal modular que o permitiria ser mais equilibrado e aerodinâmico, com a abertura não para cima, mas para ... as laterais! A melhor parte era o seu design fantástico - um conceito verdadeiramente inovador – digno de um filme de ficção científica! No entanto, devido à complexa engenharia e ao alto investimento do SU, o projecto foi cancelado antes de entrar em produção.




Fotógrafo: JÓNI DA COSTA

HANDS BEHIND NEXX




CRIAR O FUTURO DOS CAPACETES DE MOTOCICLISMO Na fábrica de última geração da NEXX, talentosas mãos e costureiras realizam um minucioso trabalho, costurando mais de 5.000 forros de capacete por semana. Após 20 anos, na actual fábrica, na Amoreira da Gândara, é possível confeccionar um forro completo em quinze minutos - e de tal maneira, que o eventual

dono do capacete nunca dará conta do seu toque humano. No máximo, poderá subtilmente sentir que o seu capacete “abraça” a sua cabeça com um conforto que um capacete standard não oferece. O nosso objectivo é tornar os nossos capacetes tão confortáveis, de modo a que nos esqueçamos que o estamos a usar!


SEGUROS NAS NOSSAS MÃOS: EQUIPA DE DESIGN & DESENVOLVIMENTO DA NEXX Mais de dois milhões de vidas fornecidas. No coração da fábrica, o NEXX R&D Center é um lugar onde inovadores e excepcionais, designers e engenheiros dão o seu melhor todos os dias para desenvolver a próxima geração de capacetes e tecnologias para motociclistas. Máquinas de prototipagem de última geração; equipamentos de fabricação; avançado design de interacção; visão de produto; tudo se reúne no local de nascimento de cada NEXX. Seja para melhorar a conexão entre o homem e a máquina ou na busca de novas soluções para mantermos as nossas cabeças seguras e confortáveis, sabemos o que é preciso para o fazer.

Não se trata apenas de capacetes de motociclismo – trata-se de VIDAS e tornar cada curva, cada nova estrada e cada viagem mais divertida do que a anterior. AS MÃOS HUMANAS TÊM UM EFEITO CENTRADO NOS HUMANOS, FAZENDO PARTE DA HISTÓRIA DOS NOSSOS CAPACETES O gradual processo final das nossas Calotas - uma sinfonia perfeita entre primário, tinta, decalques de água e verniz que, graças às mãos mestras e à maquinaria de ponta da NEXX, oferece uma superfície e aparência perfeitas, vista de qualquer ângulo.






A MÃO HUMANA É UMA MARAVILHA DE DESTREZA Por alguma razão, “precisão cirúrgica” é uma expressão recorrente. As decoradoras da NEXX devem possuir um copioso entendimento do complexo comportamento dos decalques de água sem falar, uma mão firme. Seja com a ajuda de um gabari ou de uma régua de precisão, as nossas decoradoras usam maravilhosamente as suas hábeis mãos, de acordo com a forma e a estética. Elas têm um vasto conhecimento das diferentes decorações, peças e padrões e dependem de medições precisas para que cada linha, curva ou grafismo caiam exactamente onde devem. Porque cada milímetro conta, no design da NEXX.

HUMANOS E ROBÔS, TRABALHANDO JUNTOS: AS MÃOS POR DETRÁS DOS NEXX. Apesar de todo o avanço tecnológico e consequente maquinização de processos, a presença das mãos humanas na nossa produção é evidente, importante e indispensável. O toque humano é tudo, quando se fala de valor qualitativo. Significa um investimento de tempo e uma preocupação com os detalhes em todos os aspectos do produto, do design ao envio. As nossas rígidas directrizes de controlo de Qualidade estão presentes em todas as fases de produção: ao todo, cada NEXX tem cerca de 50 pontos de controlo, o que lhe confere um pedigree inigualável!


O DESAFIO DO PERFECCIONISMO Os capacetes NEXX oferecem uma textura uniforme e uma sensação suave ao toque, no entanto, eles não são criados dessa forma. É por isso que o Primer é uma parte tão importante no processo de pintura. Aplicado antes da pintura, a tinta primer é um tipo de revestimento preparatório,

projectado para ajudar a pintura a aderir à superfície do capacete, para que tenha uma aparência melhor e maior durabilidade. A realização deste processo requer maquinaria de última geração e bastante actividade motora, sob o olhar atento e as habilidosas mãos dos nossos experts - a busca pela Superfície Perfeita!


FÁBRICA DE SONHOS, MOLDANDO O CARÁCTER DOS NOSSOS CAPACETES A moldagem dos nossos capacetes em fibra é feita inteiramente na nossa fábrica e a obtenção de uma calota de qualidade depende muito da experiência do operador de molde e das suas especializadas mãos. As calotas em fibra, vulgarmente chamadas de “cascos” são produzidas impregnando um compósito de diferentes

materiais, tais como a fibra de vidro, a aramida ou o carbono, dispostos em camadas e que juntos, atuam como uma estrutura de suporte para a resina endurecedora, determinando a resistência e as características da parte exterior do capacete. Nós moldamos o carácter dos nossos capacetes e os nossos capacetes, moldam o nosso!


Next-Level Adventuring

Travel is a state of mind. The new Sand 4 H2O.

RIDE WITH US! SIGN UP. STAY CONNECTED @REVIT_ ADVENTURE


b i g e n duro

r oad and tr ac k

Greece Italy Portugal Pyrenees Romania

Nexx – Helmet partner of the Adventure Country Tracks since Day 1. Thank you very much!

ADVENTURE COUNTRY TRACKS

Adventure Country Tracks e.V. is a registered nonprofit organization whose mission is to establish and maintain off-road routes and tracks in European countries for so-called adventure motorcycles / dual purpose bikes. By providing information, advocacy and promoting responsible motorcycle travel, ACT seeks to preserve motorcycling on unpaved roads in the backcountry for generations to come and also to promote tourism in rural areas. Adventure Country Tracks works with enthusiastic partners in some countries of Europe, with tourism authorities, land administrations, forest services, tourist boards, tour

operators, etc. to provide routes and remote roads for motorcycling. By investing in communication and hopefully supporting local small businesses, guesthouses, and local resources, ACT is able to provide free GPS tracks and advice, create photo and video archives of the routes, and educate the motorcycle community on the routes. The GPS routes are still available for free. Our desire is to provide a detailed documentation of the routes, areas and backgrounds and to motivate the traveler to follow these routes. All funds for Adventure Country Tracks are invested in the projects, there is no commercial goal.

WWW.ADVENTURECOUNTRYTRACKS.COM


À DESCOBERTA DO CORAÇÃO VERDE DA ITÁLIA


Informações gerais da rota: ACT Itália é uma longa viagem à parte central dos Apeninos italianos, desde a vila de Bertinoro, nas colinas Romagnole, até à costa selvagem de Abruzzo dividida em 5 etapas e um total de 1160 km em estradas de aventura.

Uma viagem que começa na floresta de Romagna, passando pelos vales verdes da Umbria e Marche para continuar pelo fabuloso Val d’Orcia e encerrar a aventura nas costas de uma das regiões mais selvagens e intocadas da Itália: Abruzzo!


BERTINORO

INÍCIO BERTINORO FIM CITTÀ DI CASTELLO DISTÂNCIA 220 KM DIFICULDADE EASY

CITTÀ DI CASTELLO


Hotel & Restaurantes Ristorante Trattoria gattara Località Gattara, 11 47861 Casteldelci (RN) 43°45’30.4”N 12°11’15.0”E Phone:+39 0541 179 5538 Ristorante Sottobosco 14 Localita’ Svolta Del Podere 52032 Badia Tedalda (AR) 43°42’12.4”N 12°08’18.9”E Phone: +39 335 595 5887 Hotel Country House Santa Felicita Paterna Località Pieve delle Rose 06012 Città di Castello (PG) Phone: +39 075 781 6611

DIA 1 Descrição O primeiro dia é o “dia offroad”! A saída de Bertinoro oferece uma vista maravilhosa da costa do Adriático e estreitas estradas de asfalto que em poucos quilómetros nos levam pelas rápidas estradas de terra do Vale do Savio. Atravessamos bosques densos e estradas no topo de colinas suaves até seguir direto para o sul para chegar às montanhas dos Apeninos de Marche. Paisagens de perder a vista e estradões caracterizam este primeiro dia de viagem. Também há passagens por aldeias típicas da Itália central. Os trilhos, no geral são ótimos, especialmente em dias ensolarados; em dias chuvosos, a aderência e a poeira desaparecem. No verão a temperatura também pode ser alta (28/32 graus), pois as áreas tocadas não são muito altas.


Hotel & Food Ristorante Baccano Il Panino Toscano Corso il Rossellino, 9 53026 Pienza (SI) 43°04’37.6”N 11°40’40.3”E Phone:+39 0578 748784

Hotel Hotel Virgilio Piazza Duomo, 5 05018 Orvieto – TR Phone: +39 0763 394937

Ristorante La Bottega Di Cacio Piazza del Moretto, 31 53027 Bagno Vignoni San Quirico d’Orcia – SI 43°01’40.1”N 11°37’05.9”E Phone: +39 0577 887477

Camping Camping Camp Joy SS448, km 8, 05023 05023 Baschi TR 42°43’20.1”N 12°15’37.9”E Phone: +39 351 985 2520

INÍCIO CITTÀ DI CASTELLO INÍCIO PASSIGNAN SUL TRASI DISTÂNCIA 260 KM

DIFICULDADE FÁCIL/MÉDIA DIA 2

Descrição Monte Nerone e Monte Cartria: os dois destaques desta etapa!! Após atravessarmos o bosque acima de Città di Castello, subimos rapidamente a mais de 1000 metros, chegando ao Monte Nerone (1500 metros) onde uma estupenda vista sobre os Apeninos centrais nos permite observar o outro pico da etapa: o Monte Catria a 1700 metros. A descida que nos leva a Gubbio depois de Scheggia é uma bela faixa de asfalto de pura diversão; depois da cidade de Gubbio, estradões fáceis até Passignano Sul Trasimento: a chegada ao pôr do sol é pura poesia, com o sol vermelho refletido no lago.

Hotel & Food Ristorante Bar Pizzeria le Bighe Via Campo Sportivo, 1 06027 Scheggia – PG 43°24’08.7”N 12°40’08.1”E Phone:+39 366 406 4420 Ristorante Ostearia degli OstiNati Via Porta Vittoria 22 Cagli – PU Lat/Lon : 43.54496/12.64724 Phone: +39 0721 787730 Hotel Hotel Lidò Viale Roma, 1 06065 Passignano sul Trasimeno – PG Phone: +39 075 8272191

DISTÂNCIA 195 KM DIFICULDADE FÁCIL DIA 3 Descrição Desfrute das belíssimas colinas da Toscana e das suas estradas de gravilha! A estrada ao longo do Lago Trasimeno leva-nos a Badiaccia, entramos na Toscana e atravessamos a planície do Val di Chiana por pequenos caminhos que, após 30km, nos conduzem ao sopé da serra do pirme. Deste ponto até Orvieto, há uma sucessão de subidas e descidas nas colinas da bela Val d’Orcia (Patrimônio Mundial da UNESCO); você passa-se por pequenas cidades e vilas características que ficaram famosas no mundo pelos seus vinhos e beleza: Montepulciano, San Qurico d’Orcia, Bagno a Vignioni com a sua praça de águas termais são apenas alguns exemplos. Pelas típicas estradas brancas da Toscana, seguimos até norte do Monte Amiata, e depois sudeste até chegar a Orvieto e à majestosa catedral com o famoso “Poço de São Patrício” A paisagem de fundo e tipo de estradas, na última parte da etapa tornam-se novamente mais cerrados, e pequenos bosques novamente como protagonistas.


NO IMENO DISTÂNCIA 235 KM DIFICULDADE FÁCIL DIA 4 Descrição Um dia cheio de bosques e montanhas com mais de 1000 metros de altura na parte final. Depois do Lago Corbara os primeiros trechos off-road começam com um bom piso, com algumas partes de pedra solta, seguem-se mais uns quantos belos bosques, pouco densos e planaltos com fluídas e divertidas estradas. Depois do Sangemini a paisagem e a mudança de terreno: entra na área mais montanhosa do dia. Nos últimos 155 km cruzam-se alguns picos com importantes subidas e descidas: Monte Birbone (1250mt), Monte Metano (1100mt) e Monte Peritone (1200mt). A descida do Monte Peritone leva-nos diretamente até Leonessa: uma pequena cidade ao pé do Monte Terminillo (2200mt)

INÍCIO ORVIETO

Hotel La Torre Viale Francesco Crispi 202016, Leonessa – Ri Lat/Lon : 42.56548/12.96232 Phone: +39 07 46922166


INÍCIO LEONESSA DIA 5 Descrição Abruzzo: planaltos selvagens e um belo mar. Saindo de Leonessa, apanhamos os primeiros 15 km off-road em direção ao sudeste e depois regressamos para a estrada sinuosa SR471, a cidade de nossa partida para Posta: uma pequena cidade às margens do rio Velino. Continuamos a conduzir por ruelas movimentadas e por pequenas aldeias características desta região da Itália e depois de Bivio Pizzoli, um trecho de off-road com 12 curvas fechadas leva-nos a um planalto a 1200 metros acima do nível do mar dentro do Parque Nacional Gran Sasso e Monti della Laga (é proibido sair das estradas).

A descida do Monte Stabiata guia-nos até Paganica, onde ainda é possível ver os sinais deixados pelo forte terremoto que atingiu esta região em 2006. Passando Colle Biffone, depois de Pescomaggiore, chegamos ao pitoresco Santo Stefano di Sessanio imediatamente antes de ver o Rocca Calsascio, que em breve tocaremos ao longo do próximo trecho nos arredores da aldeia de Calascio. Os últimos 120km da etapa são cheios de curvas fechadas. Depois de passar o Lanciano Pass (1500mt) cruzamos o Parque Natural Maiella e chegamos ao vale Lanciano que nos leva ao mar Abruzês, destino da nossa jornada na cénica Costa dei Trabocchi.

Hotel & Food Ristorante L’ Elisir del Poeta Via Benedetta 67020 Santo Stefano di Sessanio – AQ 42°20’33.9”N 13°38’44.3”E Phone:+39 389 195 5586

Ristorante Trabocco Punta Isolata Vallevò, SS16, km 484 66020 Rocca San Giovanni – CH 42°16’55.0”N 14°29’20.1”E Phone: +39 339 581 1338


MARINA DI SAN VITO

FIM MARINA DI SAN VITO DISTÂNCIA 250 KM DIFICULDADE FÁCIL



X.WRL

AVENTURA SEM LIMITES O X.WRL (Wild Rally) é um capacete Enduro Rally extremamente confortável e leve que oferece proteção máxima e ventilação impressionante. Apresenta alguns toques ótimos que o fazem funcionar muito bem se usar um enduro full-face com óculos de proteção.


VIAJE CONNOSCO A PRÓXIMA MEIA-HORA NALTAR VALLEY, PAQUISTÃO Este é o 14º episódio da viagem a solo ao Paquistão do nosso NEXX Rider Abrar Hassan. Neste episódio, Abrar começa em Gilgit e segue direção ao deslumbrante Vale Naltar - provavelmente o vale mais bonito - mas com alguns ingrimes e difíceis trilhos off-road à mistura.

Depois da aldeia de Naltar, torna-se mais plana, mas muito rochosa e com chuva, cheia de lama. A região Norte do Paquistão está considerada entre as mais bonitas, pela sua deslumbrante beleza natural e pelas suas imponentes montanhas.



NO TELHADO DO MUNDO CHAPTER # 01 - Tajiquistão – Vale Bartang – Montanhas Pamir Por vezes imaginamos o horizonte como o final do ‘tudo’, uma linha ténue que olhamos de longe com medo de passar, sonhamos que ao chegar ali, nada mais que um precipício existirá, uma queda para o ‘nada’.

Este final que idealizamos, de nada serve ao pensamento do nosso Karakoram Son, ele não sonha acordado nem fica sentado a olhar o horizonte, ele arranca sem medo, sem limites, para mostrar ao mundo que o Mundo não acaba ali e o caminho a percorrer, somos nós que o traçamos e não tem fim!




Bartang Valley, uma jóia escondida no Tajiquistão. Provavelmente a área/estrada mais difícil de atravessar, afirma o nosso piloto de aventura, mesmo depois de fazer Shimshal Valley Road, Carretera de Austral, Death Road Bolivia, Laguna Rota Atacama. O seu deserto áspero e aspecto desafiador tornam este percurso ainda mais emocionante e bonito. Esta é a história de Karakoram Son nos caminhos de Bartang Valley, caminhos de ninguém!

O ser humano é adaptável, mas, qualquer viagem consegue transformar o mesmo. Para Karakoram Son, é surreal como em tão pouco tempo, apenas alguns meses, estava num lugar completamente diferente, um homem diferente e com uma mentalidade muito distinta. Demorou 4 meses para chegar a uma pequena cidade de Kalaikhum, perto da fronteira Afeganistão – Tadjique, separados apenas por um rio.

“Há momentos em que desejas seguir o teu instinto. Foi uma situação idêntica para mim… Eu não sabia que caminho seguir para cruzar a Montanha Pamir em direcção ao Quirguistão: ROAD 41 pavimentada, Vale Wakhan ou o infame Bartang Valley (verde).”


Tecnicamente não existe nenhuma estrada no Google Maps, em vez disso, existe apenas uma ‘estrada’ de montanha com aproximadamente 400km ao longo do rio Bartang, caminho este que pode facilmente desaparecer durante a noite devido à subida no nível da água. Altitude elevadíssima, falta de civilização e infraestruturas, sem gasolina, sem água e comida; a combinação perfeita para tudo se tornar ainda mais desafiador. “Eu tinha prometido a mim mesmo sair da minha zona de conforto e desafiar a minha capacidade de lidar com os problemas.”

Karakoram Son decidiu seguir caminho por Bartang, sem saber muito sobre este percurso que escolhera e acabou por ser uma das estradas mais desafiantes, física e psicologicamente. Logo no primeiro dia, notou numa grande amolgadela no aro da frente, sentiu medo e fúria ao mesmo tempo quando percebeu que este percalço poderia piorar dentro do vale e que ficaria em grandes apuros, pelo que, poucas horas antes de entrar precisou de encontrar uma solução para consertar a jante.


“Bem… Se estão a pensar porque raios está a minha moto deitada no chão, porque é que aquele miúdo está a segurar a minha mochila e porque existe um martelo perto da roda da frente, é porque vou martelar a jante até conseguir a sua forma normal! Parece assustador e caro, mas, quando se está no meio do nada e tenho compromissos, o que tiver que ser, será… Nesta pequena aldeia, o mecânico recusou-se a bater com um martelo numa superfície de alumínio, não tive outra escolha sem ser martelar eu próprio e reparar o problema. Não havia nenhuma oficina de luxo da BMW, ou melhor, nenhuma oficina…”


DIA 01

“Os primeiros 25km foram relativamente fáceis, mas, de repente a altitude aumentava e a estrada transformou-se num inferno com uma travessia de água provavelmente a cada 10/15km de secção do caminho. O nível da água aumentava a cada minuto e decisões tinham que ser tomadas rapidamente!

Segui em linha recta por um pequeno acesso em pedra, passando pelas pedras maiores arredondadas e com uma perfeita combinação entre acelerador e embraiagem para passar pela água! Uma grande pedra submersa e escondida mudou o meu caminho naquele instante porque acabei por cair de cabeça em grandes rochas. Levantar, avaliar os danos e continuar!”


“Uma das experiências mais assustadoras desta viagem por causa de uma má tradução ao falar com um Russo e do meu próprio espírito aventureiro. Esta ponte não é para motos carregadas mas, mesmo sem experimentar caminhar sobre a mesma e testar a carga e o equilíbrio, peguei numa moto de 450kg (incluindo a minha pessoa) e fomos atravessar esta ponte de corda.

Demorei apenas alguns segundos para perceber que esta decisão teria sido muito provavelmente, o maior erro da minha viagem. A meio da ponte, esta começou a balançar e a mover-se lateralmente e tive que contrariar estes bruscos movimentos com peso, num espaço muito apertado.”



“Em Bartang Valley, com 4000m de altitude, ainda menos comida e sem água. Com todos estes factores, perdi o foco por momentos e uma poça de gravilha fez o meu pneu da frente ziguezaguear e balançar. Caí com o meu pé esquerdo por baixo dos alforges e fiquei preso. Bem… Ao empurrar a moto, todo o peso bruto foi feito em cima do meu pé, nem mesmo as melhores ‘AlpineStars’ com um ‘Gore-Tex’ completo iriam parar as dores que sentia. O significado de Viagem de Aventura é sempre relativo para todas as pessoas que por si só, são sempre diferentes, mas uma coisa que existe em comum é que o facto de ser incrível estar lá, no deserto, perdidos no nosso lado mais selvagem!”

É assim, o Oeste das Montanhas Pamir, selvagem e austero! Bartang Valley, perigoso e memorável. Apesar do solo e paisagens estéreis, nascem e crescem nestes caminhos aventuras que deixam marcas, experiências que elevam o ser humano a um novo nível de capacidade. Karakoram Son, um dos poucos aventureiros que, carregando combustível para 400km e poucos recursos, concluiu a travessia do vale em poucos dias. Depois de toda uma jornada onde o nosso piloto foi levado aos mais diversos limites, ainda lhe sobram forças para afirmar:

“Não trocaria nenhum destes dias de travessia de Bartang Valley por um único dia no conforto do sofá e Netflix!”

DIA


MAIS UMA VITÓRIA 20/25 VENTILAÇÃO ACÚSTICA AERODINÂMICA ESTILO PREÇO/ PERFORMANCE

A revista alemã MOTORRAD NEWS realizou recentemente um teste comparativo de Capacetes de Aventura, publicado na última edição Julho 2021: o NEXX X.WED2 VAAL recebeu a pontuação mais alta pelo seu desempenho, qualidade e versatilidade. Se ainda restavam dúvidas, após o galardão ‘Best Buy” atribuído pela

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“Ride Magazine”, o ‘Selo de Produto Recomendado” pela revista espanhola “La Moto”, a review 5 Estrelas da prestigiada revista britânica “MCN” - aqui está mais uma prova que estamos diante, nada mais, nada menos, que o melhor capacete AVENTURA no mercado! Leia o comparativo completo e aventure-se na leveza da nossa nova fibra de carbono X-PRO!


SABER MAIS


A TEMPORADA NÓMADA DIARIES OF - MONGÓLIA


Entre o partir e o ficar existe uma linha muito ténue que se chama medo. Esta sensação atua sobre nós como um véu invisível que, muitas vezes, é uma barreira limitativa para o passo em frente. Como disse Mark Twain, “Daqui a vinte anos, ficará mais desapontado com as coisas que não fez do que com as que fez. Então, deite fora as amarras. Navegue para longe do seu porto seguro. Agarre os ventos alísios com as suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.” Neste X-Perience, rodamos juntos até à Mongólia com os nossos NEXX Riders Anabela e Jorge Valente (DiariesOf): um casal de aventureiros que decidiu dar o primeiro passo e furar a barreira do medo, deixando para trás o que já haviam ganho – para somar o que ainda têm a conhecer e a ganhar – para percorrer o MUNDO, sem olhar para trás.

Visitar um país pela primeira vez é sempre uma aventura, uma oportunidade para perceber se as ideias pré concebidas sobre aquele local estão certas ou erradas, será verdadeiro o que lemos, pesquisamos e analisamos antes de chegar ao nosso destino? “Para nós, a Mongólia é a pátria do vasto império conquistado por Genghis Khan, um reino que finalmente desabou para os seus vizinhos titãs, China e Rússia. Ao aproximarmo-nos, as nossas mentes enchem-se de bravos cavaleiros, terríveis guerreiros e tribos nómadas nas vastas e cénicas estepes.” Deixam a fronteira russa para trás e não veem de imediato a da Mongólia. Ocasionalmente, há uma terra de ninguém entre dois países vizinhos, especialmente nas fronteiras mais remotas. Seguem caminho até que, depois de alguns quilómetros começam a questionar-se, se não estarão completamente perdidos.


“Um pequeno prédio que avistamos deu-nos força para continuar. Certamente encontraríamos alguém que nos ajudasse a perceber a nossa localização. Infelizmente quando chegámos, não existia nem uma alma. Na verdade, era um armazém abandonado. Não conseguimos deixar de achar piada porque o braço da barreira estava ali parado, sozinho na natureza, como uma das portas de Magritte, facilmente contornável. Uma existência sem sentido. Quando nos preparávamos para contornar a fronteira perdida, um homem com o rosto mais estupefacto que já vimos, saltou da casa, obviamente não esperava visitas e lentamente se recompôs. Balbuciou a palavra ‘passaportes’, ainda incrédulo com o facto de alguém passar ali, no meio do nada; muito rapidamente nos devolveu os documentos e fez sinal para prosseguirmos.” Com apenas 30 dias para explorar o 18º maior país do mundo, Jorge e Anabela estavam divididos entre, correr para ver o máximo possível ou seguir marcha lenta para absorver mais daquele país. A viagem acabou por ser uma combinação de ambos. Abandonaram a ideia de visitar as tribos mais remotas como os pastores de renas, os Tsaatan mas mesmo assim não se apressaram e reservaram um tempo para acampar perto das Gers onde encontraram nómadas e puderam conhecer mais sobre o seu estilo de vida. “Os nossos primeiros 20 km na Mongólia, da fronteira em direção a Olgii, deram-nos uma excelente ideia do que esperar dos caminhos deste país. Haveria muito offroad e estradas de terra que tendem a ficar muito escorregadias com a chuva mas, tivemos sorte, a Mongólia fez jus à sua reputação de ser a terra do céu azul e as estradas permaneceram secas durante toda a nossa viagem!” Ao chegar a Olgii, avistam uma outra moto estrangeira, uma Honda Transalp. Pertencia a um casal do norte de Espanha que também planeava encontrar uma rota que os levasse para Ulaanbaatar. Travariam conhecimento, experiências e simpatia, percorrendo assim parte da jornada juntos. A viagem cai muito rapidamente numa rotina simples: andar de moto, comer e montar acampamentos selvagens sem quaisquer visitas obrigatórias,

completamente livres de obrigações; até hábitos como pentear o cabelo, usar roupas limpas ou tomar banho são embalados e esquecidos no fundo das suas malas, tudo isto, trocado por locais deslumbrantes, fogueiras quentes ao anoitecer, contemplando as estrelas. “Sentimo-nos livres. Sentimo-nos como nómadas na estrada com um único propósito de viajar o leste para chegar a Ulaanbaatar antes que o nosso visto de 30 dias expirasse. Além disso, éramos livres para fazermos o que quiséssemos. Só nos restou aproveitar o passeio, a paisagem, alimentarmo-nos e encontrar um lugar seguro para montar o acampamento e pernoitar. Poderá a Vida ser mais simples e significativa que isto?” A vida não poderia ser mais simples mas ela estava lá para lembrar os nossos Riders que certamente poderia ficar mais complicada. Esses obstáculos surgiam na forma de uma travessia de um rio, pela água ou até mesmo na paisagem que se abria em todas as direções. Esta é a beleza da Mongólia e algo que apreciam bastante, um mundo sem fim e extensões ilimitadas de pastagens mongóis. Esta paisagem vem geralmente com desafios adicionais, especialmente no caminho de Altai a Uliastai onde a estrada de terra se multiplica em vários trilhos sem se saber qual deles seguir.



“O mapa mostrou-nos a existência de uma única estrada. De onde vieram todas estas outras? Qual delas é a estrada no mapa? Após uma meticulosa análise do mapa e prolongada discussão entre nós os quatro, tomamos a decisão com um jogo de pedra-papel-tesoura! Então, finalmente seguimos em frente, calculamos que todos os caminhos, provavelmente nos levariam ao mesmo lugar. Não foi bem assim, por vezes tínhamos que seguir caminho pelos campos para voltar à estrada e não seguir pela direção errada. Foi aqui também que encontramos pela primeira vez areia na Mongólia, foi um grande desafio, não pelo tereno em si mas sim pelo peso total das motos, o nosso peso e todo o equipamento – tivemos que conduzir com cuidado redobrado para evitar bancos de areia mais profundos.” Ponto positivo, não dividirem a estrada com camiões e motoristas impacientes mas sim com cabras e cavalos, ora uma rodagem mais lenta, ora uma corrida a par com uma manada de cavalos, mais uma vez, a liberdade do sentir a natureza no seu estado mais puro. Durante todo o percurso, a povoação é quase inexistente, por isso, aproveitam sempre

para se aproximar das gers que aparecem ao longo da paisagem. Nunca encontram assentamentos de iurtas, apenas duas ou três juntas e geralmente pertencentes à mesma família. Acampam perto deles ou são mesmo convidados a ficar com a família. Vistas de fora, as iurtas parecem frágeis tendas em forma de cúpula mas a sua estrutura é realmente robusta.


“Entrar numa iurta é como entrar no mundo mágico da toca do coelho da Alice. São como grandes apartamentos que acomodam todos os móveis de uma família numa única divisão. Confortável e aconchegante. O toque final é dado pelos tapetes coloridos que revestem o piso, paredes e teto. Ficamos mesmo muito surpresos porque algumas famílias tinham eletricidade gerada por painéis solares e baterias e mesmo TV com antenas parabólicas.”


Ficar numa iurta ou acampar ao lado de uma delas é a oportunidade para Jorge e Anabela Valente testemunharem o estilo de vida nómada em primeira mão, em que todos participam, incluindo as crianças. O trabalho é feito por todos os membros da família, cada um sabe das suas tarefas e o que há a cumprir a cada dia que passa, desde o simples ordenhar ao facto de manterem o terreno verde para que os animais possam pastar. As crianças brincam, todos respiram o mesmo ar puro da estepe e todos partilham o mesmo objetivo: VIVER!

“Depois de arrumar o acampamento e deixar as crianças sentar nas nossas motos por um belo momento era hora de seguir caminho, as crianças correram atrás de nós até se cansarem e pudemos seguir a planície à nossa frente, pelo menos até os nossos estômagos pedirem alimento. Perto das aldeias havia mercearias que vendiam a mítica massa instantânea que cozinhávamos no nosso fogão a gás. Evitávamos sempre barriga cheia porque existem muitos caminhos de difícil travessia.”


“Não criar expectativas” anda de mãos dadas com a descoberta de grandes revelações. Em Kharkhorin, o inesperado acontece, o nosso aventureiro casal descobre um hotel muito bom e alguns albergues. Local onde se situa também o Mosteiro Erdene Zuu, o mais importante centro religioso da Mongólia, património da UNESCO e museu, o seu nome significa ‘cem tesouros’, número que se refere aos cem Stupas que formam as paredes externas do local sagrado.

“Aqui, neste local religioso foi também onde nos despedimos dos nossos amigos Oscar e Cristina que tiveram menos tempo de sobra do que nós e tiveram que seguir em frente enquanto nós tínhamos planeado mais alguns desvios. Lágrimas nos olhos; o abraço apertado e o bem-estar de ter conhecido e experimentado o prazer de novos amigos para a vida, o desejo de boa sorte e a vontade do reencontro a qualquer hora em qualquer lugar do mundo.”




Seguem viagem até às festividades de Naadam, um festival tradicional que acontece em toda a Mongólia em Julho. Uma pausa estratégica para descansarem e mais uma vez, aproveitar o que de bom há na vida e naquele país. Quando as festividades terminam, seguem um desvio para o deserto de Gobi sem pensar duas vezes, são dois SIM. Dois apaixonados pelo deserto não iriam deixar escapar esta oportunidade, mesmo sabendo das dificuldades em andar de moto na areia e das poucas condições para abastecimento e calor. Poderiam ter optado por um veículo de tração de 4 rodas mas não seria a mesma coisa.

“Saímos de Ulaanbaatar em direção a Dalanzadgad, com sentimentos contraditórios. Pelo que nos foi dito, a boa notícia era que provavelmente não morreríamos de sede no deserto. No entanto, a má notícia era que havia uma grande chance de nunca chegarmos lá. Se a areia for demais para as habilidades do Jorge de conduzir na areia (e os nervos aguentarem), talvez tenhamos que fazer o retorno antes das dunas. A área que queríamos alcançar chamava-se Khongoryn Els e é notável pelas suas enormes dunas de areia.”


Ao chegarem a Dalanzadgad, a maior cidade antes do deserto, não deixam de reparar em todos os 4×4 e antigos Buhankas Russos (o equivalente off-road russo das carrinhas VW), todos totalmente equipados e prontos para a aventura de Gobi.

É aqui também que se encontra a última estação de serviço para abastecer antes do deserto e por azar, está fechada. Mas graças aos seus novos amigos mongóis, conseguem fazer com que alguém abra o posto, abastecem e seguem caminho.

“Tínhamos tudo o que precisávamos. A partir daqui, deixamos a estrada de asfalto para trás. Os próximos 180 quilómetros eram só cascalho e areia. Como bónus, também experimentamos uma forte tempestade que se transformou numa tempestade de areia. Quando a tempestade nos atingiu, olhamos ao redor e chegamos à terrível constatação de que estávamos no ponto mais alto do deserto, então paramos e sentamonos no chão, longe da moto, e esperamos que as nuvens se afastassem.”


As dificuldades do deserto aparecem por ordem sequencial. Têm que conduzir com muito cuidado devido aos bancos de areia. Uma queda ou outro acidente pode ser fatal. O sol, geralmente um aliado, torna-se um dos principais desafios, o terreno árido e o calor não ajudam e Anabela sente-se fraca, sendo que a única sombra que existe é a sombra da moto que também. “Esperávamos encontrar algumas gers, mais perto das dunas, onde pudéssemos descansar e obter alguma sombra. Por isso seguimos em frente, parando de vez em quando. Ficamos aliviados quando avistamos algumas iurtas no horizonte, para pernoitar. As dunas espetaculares já estavam à vista. Poderíamos ir até elas, depois de uma boa noite de sono. Mas assim que chegamos ao acampamento de ger, Anabela começou a vomitar.

Devemos ter subestimado o clima. Esses podem ser os sintomas de uma insolação. Os habitantes do acampamento perceberam sua condição frágil e trataram-nos como convidados especiais, o que incluiu preparar uma sopa de arroz para acalmar o seu estômago e não nos deixar dormir na nossa tenda. Em vez disso, eles ofereceram uma de suas iurtas mais confortáveis.” Revigorados depois de uma boa noite de sono e um farto café da manhã, seguem caminho até às dunas que já estão mesmo ali ao lado, no entanto, a parte final do deserto para subir as mesmas teria que ser feito a pé, um desafio que não é para todos…Param na quarta duna onde já estão a uma boa altura para vislumbrar toda a beleza que os rodeia.

“Depois de alguns minutos ali, admirando a paisagem de ondas congeladas de areia, deixamos de ouvir os nossos corações a bater. O nosso coração finalmente descansou e os nossos olhos também, com esta paisagem monocromática e minimalista, que se repetia até onde os nossos olhos alcançavam. Quando o coração e os olhos descansam, o mesmo acontece com a alma. O silêncio instala-se, sentimos o nosso corpo e a meditação acontece organicamente. Foi isso que nos atraiu para o deserto? Este silêncio que cura? Esse estado de consciência graciosa que facilmente torna tão claro o que é importante e o que é supérfluo? Silêncio, escuridão, reclusão, grandes extensões, amplos espaços abertos. Todos nós carregamos um eremita dentro de nós? Alguém que anseia por silêncio e reclusão? Ou estamos apenas cansados do barulho enlouquecedor de nossa civilização acelerada?”

Mongólia, que país! Embora adorassem ter ficado mais tempo, o visto dos nossos NEXX Riders iria expirar em 2 dias, pelo que, tiveram que seguir viagem em direção à República da Buriácia, na Rússia.

Esta seria a segunda vez do casal na Rússia mas numa região completamente diferente e com 10 dias que lhes foram concedidos para transitar 4000km até Vladivostok…





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MONKEY ON THE WAY NEXX Rider | André Sousa aka Ride That Monkey Capitulo #1 – Europa Quando uma boa dose de loucura e o espírito aventureiro se unem simbioticamente, o Homem é capaz de tudo, inclusive partir à descoberta do mundo numa mini-moto, muita tralha, pouco dinheiro e um livro por escrever, de histórias por contar. O nosso Rider André Sousa mais conhecido por Ride That Monkey, com apenas 24 anos, pode não ter a maior moto para este tipo de desafio mas terá certamente o maior desejo de aventura de sempre (e um parafuso a menos)! No passado Verão de 2020, André Sousa saiu para passear e não voltou até agora!




Iniciou a volta ao mundo a 12 de Julho de 2020 desde Avis, Portugal. O seu objectivo era ser a primeira pessoa a fazer a volta ao mundo numa mini-moto e continua a ser este o seu desafio. O total da viagem serão 2 anos, a travessia de todos os continentes, visitar cerca de 50 países e aproximadamente 50 mil quilómetros de pura aventura. Este X-PERIENCE vem contar como foi o rodar da Monkey pelo continente Europeu, 20 países e mais de 16 mil quilómetros.





“No Mónaco, não consegui resistir e tive que por a Super Monkey no circuito de fórmula 1 (isto é, para carros) e sim, tinha que ser com o cotovelo para baixo. Pena que o Marquez está ferido, eu teria feito uma corrida pelo seu dinheiro, embora ele tivesse que carregar a sua Honda RC213V com uma tenda e um saco-cama para tornar as coisas mais justas. Um muito obrigado ao turista que fez a fotografia mas não tanto à polícia do Mónaco que me queria multar!” “Após sair do Mónaco, segui os Alpes em direção a Torino, Itália. Infelizmente, uma das alças que seguravam as malas traseiras partiu e tive que ter muito cuidado. Perto de Sospel, senti um impacto brutal na traseira da Monkey que me fez deslizar 10 metros pela estrada, preso debaixo da moto. Um carro bateu em mim e pôs-se em fuga. Eu não estava muito ferido e a Monkey foi arranjada mas não sabemos em quem confiar para fazer a coisa certa quando estamos lá fora.”

MÓ NA CO


SUIÇA


“Um dos locais onde desfrutei de ainda mais da hospitalidade do povo. O moto clube de Neuchatel organizou um evento para mim onde arrecadei 300 libras e segui para o Liechtenstein. Numa Monkey totalmente carregada, os caminhos de Grimsel, Furka e Oberalp são um verdadeiro desafio e de travessia muito lenta!”

“Ainda na Suiça e 2429 metros acima do nível do mar. E, se este hotel continua no topo, é porque fez uma breve aparição no James Bond – Goldfinger, ao lado de um Glaciar. Não sei como teria feito o Connery para lidar com todos estes ziguezagues montado numa Monkey. Paz à sua alma!”



CROÁCIA NO PARAÍSO ESLÁVICO. TEMPO DE DESCANSAR E APRECIAR A NATUREZA! “Quando cheguei à Croácia, acampei na área de Novigrad. A vista era absolutamente fenomenal e a praia era nudista.

Esta foto foi tirada na ilha de Hvar. É o ponto mais alto da ilha e demorei uma hora em off-road para lá chegar!”


BÓSNIA A ATRASADA PARTICIPAÇÃO NAS OLIMPÍADAS DE INVERNO DE 84, COM UM VEICULO NÃO CONFORME PARA O DESPORTO… “Ao cruzar a fronteira para a Bósnia era necessário um teste negativo à Covid 19, este foi feito e segui viagem para Sarajevo onde foram realizados os Jogos Olímpicos de Inverno no ano de 1984.

Por debaixo dos graffiti é uma abandonada pista de Bobsled. Fixe de se ver, melhor de se andar, posto isto, eu e a minha Monkey fizemos a mesma!”


ALBÂNIA O FAMOSO NA PRAIA DA MONTANHA! “Não que se possa chamar uma praia no paraíso mas foi ótimo passar alguns dias na costa albanesa. Assim que consegui tirar toda a areia das minhas botas, segui para Tirana onde mais uma vez estava a ser ajudado por pessoas que seguiam o meu percurso através das redes sociais. Até dei entrevistas para a televisão Albanesa!”

91



GRÉ CIA UM BANQUETE À MODA DA GRÉCIA ANTIGA! “Estive na Grécia durante 4 semanas e não posso estar mais feliz e grato à Federação de Motociclismo Grega (MOTOE) que organizou toda a minha jornada através deste incrível país. Desde a fronteira Grega, a hospitalidade foi inacreditável. Todos os Moto Clubes me ofereceram Hotel, muita comida, muita bebida e festas de receção fenomenais!”


AMÉRICA, SERÁ?


Neste momento, o nosso André Sousa já se encontra por outras andanças, um novo continente, mil novas aventuras, capítulos de vida que daremos a conhecer num futuro próximo.


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Anabela and Jorge are riders, who, just like you, have a passion for riding out, far and wide. The diariesof magazine shares their experiences from around the world. Inspiration guaranteed! *Photography in Kyrgyzstan, on their journey from Portugal to Japan

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NEED FOR

SPEEED



O VIRTUAL ANTES DO REAL A necessidade de um bom design no campo da aerodinâmica exige desenvolvimento em túnel de vento. No entanto, os testes começam virtualmente no PC, com análise virtual CFD (Computational Fluid Dynamics), que permite melhores e mais sustentadas decisões.


Um esforço considerável foi colocado na eficiência aerodinâmica do design da calota, viseira, spoilers e ventilações do X.R3R.

No monitor, imagem da ventilação da zona da testa.



Esses resultados são depois sustentados por testes em túnel de vento, com piloto e moto na escala 1:1, e testes de estrada, que validam o desempenho aerodinâmico do capacete em diversos ângulos e posições de condução.



VELOZ E ELÉCTRICO PIRES!


NEXX RIDER ANDRÉ PIRES

- COMO FOI A EXPERIÊNCIA NO FIM MOTOE? O MotoE difere de tudo que conduzi até agora e exige muita adaptação, seja pelo peso, seja pela forma como a moto entrega a sua potência, que, embora não exagerada, dá-se num regime diferente e de uma forma muito diferente. É preciso mudar um pouco “o chip” na nossa cabeça e demoramos algumas voltas para sentir a moto, mas é muito divertido e não tenho dúvidas de que no futuro veremos desenvolvimentos fantásticos nesta área. A experiência foi, sem dúvida, gratificante. Tive a oportunidade de descobrir novos circuitos, viajar por locais onde nunca estivera a competir diretamente com os melhores pilotos mundiais e sem dúvida que viver dentro do Paddock do MotoGP é algo de outro mundo, fiquei positivamente impressionado, o contacto que existe entre equipas e pilotos é muito mais próximo e saudável do que se poderia imaginar. Não é fácil ter oportunidades como esta e competir a este nível,especialmente para os pilotos portugueses; então, quando eles aparecem,precisas de reunir todas a tuas forças e aproveitá-las ao máximo. É um sonho tornado realidade e sinto que desfrutei ao máximo. - COMO É O BALANÇO FINAL? O saldo só pode ser positivo. Foi uma nova aventura para mim e completamente fora do espectro de qualquer competição ou campeonato em que já participei.

uma equipa 100% profissional e com meios que nunca tivera antes, por isso valeu a pena, aprendi muito e fui sempre evoluindo, é o mais importante para todos.


Um campeonato a este nível é bastante exigente e toda a experiência e bagagem que trazemos é fundamental, principalmente ao nível do conhecimento dos circuitos e foi aí que parti em desvantagem, pois quase todos os circuitos eram novos para mim, o que me atrapalhou em todas as sessões de treinos livres. A adicionar a isso o formato do campeonato com sessões tão curtas e qualificação no modo E-Pole também não ajudaram particularmente. Cheguei sempre ao final de cada fim-de-semana, com a volta mais rápida estabelecida na própria corrida, o que demonstra bem a evolução, mesmo que não se tenha traduzido nos resultados desportivos que esperava. Enfim, sou muito grato por tudo que vivenciei e por conseguir levar a cabo este ambicioso

- LESÃO E RECUPERAÇÃO A lesão é a parte mais negativa desta temporada, em tantos anos de competição nunca me lesionei desta forma, mas felizmente agora tudo aponta para uma recuperação de 100% até ao final do ano. A fratura da clavícula levou a uma lesão nos tendões que teve que ser tratada com cirurgia, correu muito bem, já comecei a fisioterapia e a cada dia que passa consigo ganhar mais mobilidade e força. Espero voltar à pista em breve! - COMO SE SENTE AO SER UM DOS POUCOS PORTUGUESES A FAZER ILHA DE MAN E MACAU? Correr na ilha de Man e em Macau é outra categoria de experiência que dificilmente pode ser descrita em palavras. É algo movido pela paixão e adrenalina que temos dentro de nós. Felizmente, consegui construir uma carreira que me levou a estes dois circuitos únicos e para isso tenho tido muito apoio, o que é gratificante e orgulha-me de levar a bandeira portuguesa mais longe. Eu gostaria de ver mais pilotos Portugueses a participarem; só seria bom para Portugal e para o desporto, em geral.

- QUAIS FORAM AS SENSAÇÕES AO EXPERIMENTAR O NOVO X.R3R? O novo X.R3R é um verdadeiro capacete de competição. Eu senti isso no momento em que peguei e coloquei o capacete na minha cabeça. É perfeito em todos os níveis. Ele encaixa-se muito bem e tem um visual bem agressivo como eu gosto. Tenho certeza que este é um capacete vencedor, gostei muito de experimentá-lo na pista, é muito confortável e deu-me confiança, desde o início. - QUAIS OS TEUS PLANOS PARA 2022? Para 2022, tenho vários planos na mesa. Esta lesão no final do ano só vou perceber como me vou sentir, mais à frente, na recuperação. Gostaria de continuar a competir no MotoE, mas também gostaria de poder realizar outros campeonatos em simultâneo, e competir em outras disciplinas como o Supermotard com a AJP que tenho vindo a desenvolver ao longo deste ano. Vamos ver, está tudo aberto por enquanto, também vai depender um pouco dos apoios que eu conseguir reunir. Sem esquecer, claro, o regresso ao Grande Prémio de Macau e talvez Ilha de Man...de novo!




X.R3R

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FEITO PARA VENCER

Descomprometidamente desportivo, com um design impressionante e a mais recente tecnologia transferida dos desportos motorizados modernos. O novo X.R3R está pensado para as condições e emoções mais exigentes na pista. UM VENCEDOR.


KATTY XIOMARA AUTORIDADE NACIONAL DE SEGURANÇA RODOVIÁRIA E PORTUGAL FASHION JUNTOS NA “CATWALK EM SEGURANÇA” A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e o Portugal Fashion lançaram a coleção “Desfilar em Segurança” da estilista Katty Xiomara, reconhecida internacionalmente. Nesta coleção, a estética alia-se ao valor mais nobre, a vida humana, e é esta união que pretende fazer história, num desfile criativo de apelo à causa Zero Deaths on the Road. “Cada um de nós conta para alcançar este objetivo. Cada um de nós deve ser portador de uma mensagem de mudança, de um compromisso que nos chama a esta causa”, afirmou Rui Ribeiro, Presidente da ANSR. A campanha “Desfile Seguro”, criada num registo urbano, moderno e irreverente, apresentou uma coleção de dez t-shirts, inspiradas nos temas mais emergentes como segurança rodoviária: velocidade, álcool, telemóvel e dispositivos de segurança. Uma forma diferenciada de trazer o tema da segurança rodoviária para a agenda pública nacional e internacional.









LUCKY NO.7! THE MALLE MILE 2021


Corra, derrape, construa, marche, festeje, ria, exiba, pinte, comente, cozinhe, fotografe, documente, beba, jogue, dance,voe — tudo isto torna o The Mile tão especial! O novo capítulo do The Mile para 2021 foi realmente o número 7 - da sorte! Com todas as restrições a serem levantadas, apenas alguns dias antes dos portões abrirem, a música ao vivo retornou ao palco principal, tal como a família do The Mile - e as suas inapropriadas corridas de moto – desta feita, na nova casa: o incrível Castelo de Grimsthorpe mesmo centro do país, no coração desta pequena ilha selvagem!





















Imagens e palavras de Kevin Bennett

Para 2021, o clima apresentou-se menos agreste, desta feita, a mãe natureza foi gentil connosco - não quente, ou propriamente com momentos de sol, mas pelo menos manteve-se seco (felizmente, para o meu equipamento de fotografia). Então, qual seria a característica definidora da corrida deste ano?” Será a nova Galeria da Malle Beach Race? Situada perfeitamente na calçada, com vista para a pista de corrida, a exposição de arte, a música…Será o line-up cravejado de estrelas da Realeza do The Malle Mile? Será a épica corrida e as suas novas categorias? Todos poderiam ser o denominador comum entre os pilotos e a experiência deste ano, de uma corrida na praia, mas haveria um, que se destacaria durante este fim-de-semana Malle. A imprevisível, adiantada e implacável …maré de Margate! Por norma, grande parte das preocupações de um Fotógrafo resume-se a dois aspetos: — onde se posicionar e o objecto em foco — o primeiro depende de mim, posicionar-me entre as motos e a maré, sem ficar muito molhado e coberto de areia. Felizmente, o segundo é assegurado pela equipa da Malle London — e evento após evento, eles parecem acertar sempre, atraindo uma maravilhosa variedade de máquinas selvagens, em lugares selvagens, com pilotos ainda mais selvagens, com verdadeira coragem e capacetes cheios de personalidade. Não basta a loucura de colocar mais de 250 motos na praia, que ainda correm entre elas, a toda a velocidade, lutando,caindo, e jogando moto polo

enquanto a maré sobe em torno delas e força as massas a recuar para a praia, mais alguns metros a cada (poucos) minutos — lavando enfim as marcas dos pneus e a pista de corrida. No final da tarde, as motos abandonam a praia e os banhistas de Margate voltam, para aproveitar o sol – como se tudo isto nunca tivesse existido! Para mim, porém, capturar um espetáculo louco que é jogar Moto polo na praia, enquanto uma ilha se forma ao redor do campo, no meio de uma caótica partida – enquanto a amplitude da maré atinge o seu máximo - é algo que perdurará na minha memória — ver o próprio Duque de Londres a acelerar no meio das ondas, a perseguir uma bola de Moto Polo na sua absolutamente ridícula… e absolutamente fantástica Barbie Trike rosa ‘vintage’ customizada… é disto que se trata, esta corrida selvagem e não irão encontrar nenhuma igual, em qualquer outro lugar do mundo. Então, na Malle Mile Beach Race deste ano, a maré pode ter tornado a diversão um pouco mais curta do que todos esperávamos, mas que “corrida” que foi - ser uma pequena parte de tudo isto e tentar capturar o acontecimento — sob o ponto de vista privilegiado que foi ser, o fotógrafo oficial da corrida”.


TIME &

WAIT FOR


& TIDE

R NO MAN MARÉ E TEMPO NÃO ESPERAM POR NINGUÉM. Às 4h da manhã, a organização da Malle London volta ao areal pela 2ª vez, para preparar a The Malle Mile Beach Race 2021. Em 12 horas, a maré voltará a reclamar a pista de corrida...será esta, a corrida mais louca do mundo?










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MARIA RIDING COMPANY | “SPADES” CAMISOLA DE INVERNO Com um visual arrojado e toque confortável, esta camisola é uma boa peça para os passeios na estação fria. Pensada para uma aparência customizada e com um toque suave e aconchegante. Camisola em 100% algodão natural com uma textura agradável e suave. Produzida, cortada e costurada em Portugal. Fit regular. Store.mariariding-company.com/ PVP 92 €

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Num ano em que tudo foi diferente, o Lisbon Motorcycle Film Fest conseguiu manter a sua essência internacional. Projectado para os amantes do cinema de duas rodas, o festival “reuniu” uma vez mais nomes bem conhecidos da personalização e customização de motos, pilotos, artistas, directores e atores, protagonistas de filmes cujo tema é o universo do Motociclismo. Além dos filmes, o programa do evento contou ainda com várias Talks e com o CEO da NEXX, Helder Loureiro, entre os convidados especiais sob o tópico 20 ANOS DE HELMETS FOR LIFE. A transmissão em direto da corrida da classe rainha do Moto GP a partir do Circuito de Mugello e uma ride matinal, denominada de Easy Sunday Morning Ride que teve início no Museu Nacional dos Coches, completaram a edição de 2021 deste encontro único.











PONTO DE

FUGA *

Quando há cerca de três anos me propuseram a retratar o mundo das motos português, a mim, que não tenho moto e atinjo os meus níveis de liberdade com um velhinho Volvo V50, a primeira coisa em que pensei, é que sobre a moto em si, não há muito que dizer ou investigar. Já sobre a sua história e quem as conduz, é um universo infindável. Seria possível retratar socialmente a totalidade do nosso país e a sua História moderna a partir dos tão diferentes donos das Famel, das Macal, das DT, das BMW, das Harley, das motos de pista, das de terra, das dos agricultores, dos polícias ou até dos amoladores de facas, a moto local de trabalho. Existem ainda, os apaixonados com o sonho por cumprir, os penduras, os que vêem os equilibristas a passar, os que têm bicicletas na certeza que um dia se transformarão numa moto. Este projecto, propõe-se a honra-los a todos, a retratar a sua diversidade e a redesenhar o imaginário do Motard do nosso país, por vezes tão mal falado, pouco compreendido e quase nunca documentado. E já agora, os Motards, odeiam a expressão “Motard”. Fotografia e Palavras de: Tiago Miranda

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Isabelle Faria, Lisbon


Zé Ferrari, Alfragide



Giovanna Bessone, Lisbon


Fernando Ganhão, Lisbon



Cristiano Fernandes, Franscisco Fernandes Ana Silvestre


Vitor Hugo Cardinali Junior, Lisbon


Daneila Sousa, Oeiras


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SALOON SV

VELHOS TRUQUES, NOVAS HABILIDADES. Fortemente inspirado nos capacetes clássicos de meados dos anos 60, o X.G20 certamente qualifica-se como uma das grandes atualizações retro de todos os tempos de um capacete Jet enriquecido com o que há de mais moderno em segurança e tecnologia.


G.I. TAN! “O Meu nome é Diane Mae Tan, 30 anos, natural de Marikina City, Filipinas, mas agora a residir em Camp Pendleton, Califórnia. Eu sou uma especialista em Abastecimentos para Aviação na Marinha dos Estados Unidos (USMC) e uma motociclista entusiasta que adora inspirar as mulheres a conduzir motos.“



CARA-A-CARA NEXX RIDER: DIANE MAE TAN

Como entraste no mundo das motos? Como começou essa paixão? Entrei no mundo das motos após ver o filme Lara Croft: Tomb Raider (2001). Era o meu sonho, quando tinha 11 anos: lutar contra os bandidos, andar de moto e caçar tesouros. Agora, mais velha, realizo um sonho semelhante no dia-a-dia, ao fazer parte do Corpo de Fuzileiros da Marinha dos Estados Unidos; quando pego na minha moto e parto à “caça” de aventuras, em duas rodas, por novas estradas, curvas e lugares. Apaixonei-me pelo mundo das motos quando um amigo meu, me levou a passear, pela primeira vez na Pacific Coast Highway (PCH1). Depois disso, resolvi comprar a minha própria moto. Que tipo de condução praticas? Alterno bastante entre a estrada e o offroad. Faço muitos passeios de cidade em cidade mas também pelo deserto e montanhas. É assim que encontro os mais belos cenários, principalmente quando eu e os meus companheiros de viagem vamos acampar juntos. Motociclismo é uma experiência física, espiritual ou emocional? (ou todos os três?) Para mim, o motociclismo tem essas três dimensões: física, espiritual e emocional. Física porque, ao conduzir, eu sento cada centímetro do meu corpo em sincronia com as vibrações da máquina. Posso sentir o vento a passar no meu rosto e o calor do motor e do escape perto do meu corpo, lembrando-me de que estou viva. Espiritual, porque andar de moto ajuda-me a encontrar e aprender mais sobre mim mesma, por meio da

liberdade, da fuga às rotinas diárias, do trabalho e da sociedade. Por último, emocional porque andar de moto deixa-me feliz e, às vezes, anseio por mais alegria desta, pelos risos incondicionais das aventuras que encontro sobre as duas rodas. Que tipo de moto conduzes agora?! Eu conduzo uma Royal Enfield 535cc GT Continental. Se uma mulher te pedir um pouco da tua sabedoria sobre ‘andar de moto’ o que lhe dirias? Se uma mulher vier até mim, a pensar em andar de moto, eu definitivamente direi que é algo deve experimentar na vida. “Não tem nada a perder após experimentar uma vez! “ Qual foi a maior lição que o motociclismo te ensinou? A maior lição que o motociclismo já me ensinou é que não importa há quanto tempo tu ou outra pessoa, conduz motos, todos devemos levar cada dia, seja na estrada ou fora dela, como uma aprendizagem. Uma palavra para motivar outras mulheres que querem experimentar andar de moto, mas não ousam?! Eu motivo sempre os meus amigos a experimentarem uma moto, dando-lhes toda a ajuda possível! Faço questão de apresentá-los à comunidade motociclista, demonstrando o quanto cuidamos uns dos outros.


O que vem a seguir? Provavelmente vou comprar outra moto, personalizá-la e conduzi-la mais longe, do que aquilo que a minha Royal Enfield já viajou!


HEL METS FOR INDIA


Temos vindo a anunciar a campanha Helmets for India há já algum tempo. Deixe-nos explicar melhor em que é que consiste este projecto e porque é que o consideramos muito importante:

Helmets for India é um projecto solidário que visa mudar a situação da segurança e da cultura rodoviária dos motociclistas na Índia. Viagem segura para todos, em todo o lado!






70

%

REDUÇÃO DO RISCO DE LESÕES GRAVES






De acordo com um estudo levado a cabo por uma seguradora, “quase 57% dos proprietários de motociclos na India não utilizam capacete enquanto conduzem os seus veículos, sendo que esse valor aumenta para 74% quando verificamos a incidência da não utilização de capacete pelos seus acompanhantes (pendura) “. Enquanto fabricante de capacetes de motociclistas é-nos difícil aceitar a ideia de que, nos dias que correm, haja ainda quem escolha imprudentemente não utilizar um capacete de segurança e mais ainda, não usar nas pessoas que transportam (incluindo crianças)! Capacetes salvam vidas.



A MISSÃO O projecto Helmets for India usa o poder da arte para unir globalmente a comunidade de motociclistas, aumentar a consciencialização sobre a causa e fornecer pelo menos 1000 capacetes para pessoas necessitadas na Índia.

É por esse motivo que doámos alguns desses capacetes ao projecto para que pessoas que precisam urgentemente de um, possam conduzir com segurança pela Índia.



O MENTOR DO PROJECTO O tamanho da tua aventura não depende do tamanho do teu motor - Niels Peter Jensen Este projecto solidário foi idealizado por Niels Peter Jensen, um ex-atleta de desportos radicais, que hoje em dia desenvolve várias actividades como apresentador de TV, Designer e NEXX Rider! Durante 20 anos, o Niels viajou pelo mundo como atleta. Conhecer pessoas e explorar lugares são duas das coisas que mais adora. A sua paixão pela vida tem-no levado a procurar sempre novos objectivos e a realizar projectos extraordinários. Na vida pessoal, enquanto pai de 4 crianças, encontra equilíbrio e amor nas coisas mais simples, como preparar os almoços para os filhos.

Numa das suas muitas viagens à Índia presenciou um trágico acidente, de uma família que seguia sem capacete num motociclo (incluindo um menor de idade), que o marcou profundamente. Naquele dia, o Niels decidiu que não queria voltar a ser um mero espectador e que poderia realmente fazer algo para ajudar a minorar aquele tipo de negligência. Com a ajuda e o apoio da NEXX Helmets, assim como de outras marcas do sector e artistas incríveis de todo o mundo, o HELMETS FOR INDIA pretende ser um ponto de viragem – e salvar vidas ao consciencializar as pessoas para o uso de capacete.


THE HELMET ART SHOW 25 Capacetes personalizados por artistas de todo o mundo – como pode soar melhor? Depois de personalizados, os capacetes foram expostos em diferentes eventos de motos por toda a Europa e EUA nos últimos 2 anos.



Os Artistas Para esta exposição de arte itinerante, a NEXX Helmets irá contribuir com cinco capacetes personalizados por cinco artistas incríveis:

Carsten Estermann

Womeneoteric Customs

Desde o início de 2012, Carsten Estermann dedica-se à gravação personalizada de carros e motociclos.

Conheça Satyaveni, de 24 anos, uma motociclista que fez um retorno incrível ao mundo do motociclismo após um acidente potencialmente fatal e que está a provar que a determinação é um passo importante na vitória. Para além disso, a história de vida desta jovem tem vindo a inspirar outras mulheres e a quebrar barreiras sociais na Índia.

Sign painting, tipografia, design de skates e tatuagens inspiram-no tanto quanto hot-rods, low riders, mopeds clássicas e Volkswagens antigos. Cada uma das suas gravações manuais é única e irrepetível.

Satyaveni também deixa a sua marca no mundo das motas. Enquanto a sua irmã Sangeetha reescreve vivências e histórias individuais, ela pinta e estiliza essas mesmas histórias em tanques de combustível.


Shivaji Ghosh Moto Machao Artistas de motos. Obcecados por motos. É assim que Shivaji Ghosh se define a si e ao colectivo que compõe o projecto Moto Machao. Na oficina Moto Machao personalizam-se capacetes e tanques de moto. E também se constroem coleccionáveis de sucata. Segundo Shivaji, eles não precisam construir um império, apenas forjar uma rebelião que sobreviverá ao imperador. Um brinde a horas de suor e sprays de pintura para criar uma peça personalizada.

D* Face

Sami Graystone Physical Graffiti

D*Face, também conhecido por Dean Stockton tem-se afirmado como uma figura de renome no âmbito da arte urbana contemporânea, tendo iniciado a sua já extensa carreira de 15 anos desenhando adesivos e posters e colando-os pelas ruas de Londres e arredores, para que a população os descobrisse. É uma das figuras mais conhecidas que surgiram da cena britânica, mantendo uma presença constante durante toda a sua ascensão meteórica na chamada pop-culture.

Conheça esta talentosa senhora: originária de Yorkshire na Inglaterra, Sami Graystone não é apenas uma rider fora de série, mas também uma ilustradora incrível que assina uma linha vanguardista de t-shirts sob a chancela “The Meat Hook”. Acrescente o facto de que também é vocalista da dupla Zealous Doxy e concluímos que temos um verdadeiro talento multifacetado a participar deste projecto.


A Viagem de Aventura Solidária

Juntamente com Niels-Peter Jensen, uma criativa equipa de entusiastas de motos viajou pela Índia durante três semanas com o objectivo de distribuir capacetes e alertar para a causa solidária do projecto Helmets for India. A equipa permaneceu durante os primeiros dias da viagem em Mumbai, onde se realizou a 1º exposição de arte em capacetes no conhecido Festival Motorart. Os capacetes personalizados por artistas de todo o mundo foram as estrelas da exposição, juntamente com a arte e motos de artistas locais.


Uma das motos que integrou esta viagem de aventura solidária de Mumbai a Goa foi personalizada por um artista local de forma a assinalar a recente ligação que tem vindo a surgir entre a cena personalizada europeia e indiana. Após a viagem, esta moto foi enviada para a Europa e apresentada em inúmeros eventos em todo o continente.

Do mundialmente famoso Gate of India (Portão da Índia) em Mumbai, a comitiva iniciou a sua viagem em direcção a Goa. Ao longo do percurso, distribuiram capacetes às pessoas necessitadas e também visitaram entusiastas locais de motos, construtores e heróis locais para aumentar a consciencialização sobre a causa.

Do mundialmente famoso portal da Índia em Mumbai, a tripulação começou o sua digressão em direção a Goa.

Finalmente, com a chegada a Goa da equipa, a primeira viagem de aventura solidária “Helmets for India” teve o seu final, com uma celebração no Royal Enfield Garage Café!


Arte desenhada pela Pussboy Arts & Co para o 20º Aniversário da NEXX. pussyboyarts.com



OBRIG POR

Esperamos que se


GADO LER!

e tenha divertido!


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