Charles Darwin e a política da intolerância

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Charles Darwin e a política da intolerância. “Para haver paz, é necessária a guerra”. Não concordo com isto, mas este é provavelmente um dos maiores lemas da humanidade. Desde o princípio do mundo, vivemos em guerra constante. Para as guerras existem milhões de motivos. Na verdade, muitos dizem que não é necessário haver motivo. As guerras se sucedem por gerações e gerações. Vejamos os Estados Unidos. Viveram oito anos com “O Senhor das Armas” – George Bush – presidente parceiro das indústrias armamentistas. Em apenas três anos, sob a supervisão do Departamento de Defesa, as exportações da indústria bélica americana quase triplicaram. De tanques, helicópteros e aviões de caça a mísseis, aviões não-tripulados e até navios de guerra, o Pentágono acertou, neste ano fiscal, a venda ou transferência de mais de US$ 32 bilhões em armamentos a governos estrangeiros. Em 2005, foram US$ 12 bilhões. Jornal o Estado de São Paulo – 2008

Agora vivem um novo Hitler - O Bilionário Donald Trump - cujo maior objetivo é promover a intolerância religiosa. Os ataques verbais de Donald Trump a imigrantes e muçulmanos levaram a um aumento das manifestações de ódio e intolerância racial nos EUA, segundo instituições que estudam ações extremistas no país. A violência vai além de insultos na internet e abrange ataques a pessoas e símbolos islâmicos, além da multiplicação de casos de intimidação contra crianças hispânicas e muçulmanas em escolas. Jornal o Estado de São Paulo – 2016

Analisando as informações referentes às guerras no mundo, podemos fazer uma analogia com a teoria de Charles Darwin. Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecao natural2.php - Acesso em 17/03/2017

Esta teoria é tomada como base por muitos líderes mundiais que consideram a existência de seres humanos superiores a outros seres humanos. Hitler considerava a raça ariana superior a qualquer outra, especialmente os negros e judeus. Bastou esta ideia para iniciar o genocídio que matou cerca de 6 milhões de judeus.


Em todos os lugares e tempos da história, encontramos milhares de exemplos de guerras e atrocidades cometidas por líderes que se consideram superiores, ou desejam a superioridade. A mentalidade de “Eu tenho a força!”, leva alguns humanos a se considerarem seres supremos e acima da maioria da humanidade. As atitudes podem ser coletivas; quando uma nação impõe seu domínio sobre outra. Ex. Indonésia se apodera do Timor Leste em 1975. Ou podem ser individuais. Ex. Renan Calheiros se recusa a obedecer a ordem do Supremo Tribunal Federal e não sai da cadeira de Presidente do Senado Federal. O oficial do Supremo Tribunal Federal (STF) foi na noite desta segundafeira à residência oficial do Senado para entregar ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) a notificação da decisão do ministro Marco Aurelio Melo sobre o afastamento da presidência do Senado. Renan se recusou a receber o oficial. O peemedebista foi até a porta e voltou sem a notificação. O oficial saiu alguns minutos depois com os papéis na mão. Jornal: Estadão de Alagoas – 5 de dezembro de 2016

Provavelmente, Charles Darwin, apesar de ser um homem muito culto, que viajava pelo mundo e conhecia política, não tenha associado a teoria da evolução com a política e comportamento dos políticos, entretanto, muito se assemelha a sua teoria com as razões que levam indivíduos, grupos e nações a se sentirem superiores e imporem seu poder sobre outros seres humanos.

“Só os mortos conhecem o fim da guerra” George Santayana

Prof. Nilo Jeronimo Vieira 17 de março de 2017


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