SANTA CASA DE MARINGÁ Relatório Comemorativo 1990 - 2010
Expediente Conselho Editorial
Roberto Kennedy Spinola Ana Paula Pelissari
Assessora de Jornalismo Ana Paula Pelissari - MTB 8560
Projeto Gráfico
Majestade Propaganda
Fotografias
Bulla Jr Massao Arquivo pessoal Arquivo Santa Casa de Maringá
Estatística
Jaqueline Hungare Gisele Cristina da Silva
Tiragem
2000 exemplares
Impressão
Gráfica Regente
“A gente se torna eternamente responsável por aquilo que cativa.” Saint - Exupéry
Palavra do Presidente É com alegria que a Santa Casa de Maringá comemora os 20 anos da UTI Pediátrica e Neonatal. É um momento oportuno para agradecermos a todos os profissionais que ao longo da história salvaram tantas frágeis vidas, trazendo aos seus pais a esperança de poder receber de volta a resposta do milagre pelas mãos dos profissionais, que ao longo destes 20 anos atuaram na luta pelo seu resgate. Agradecemos também, os idealizadores desta obra, onde trazemos presente à lembrança dos pioneiros, Ir. Vidal e a Dra. Maria Cristina, além de tantos outros profissionais da época que acreditaram neste projeto e foram. Sabemos da importância que representa a UTI Pediátrica e Neonatal para a nossa comunidade e região. E por isso temos a responsabilidade e o compromisso de intensificar esses 20 anos. Obrigado a todos os profissionais que fizeram e continuam fazendo parte desta história, que sempre, de alguma forma, nos traz um final feliz, seja na renovação da vida ou na aprendizagem diária que se tem ao termos que lidar com a providência divina. Que Deus abençoe a todas as crianças, familiares e profissionais da UTI Pediátrica e Neonatal da Santa Casa de Maringá.
Irmão Rafael Carregosa Diretor Presidente
Editorial
U
Maria Cristina Suzuki
Atual Chefe da UTI Pediátrica e Neonatal
m relatório, uma pequena mostra do trabalho realizado em 20 anos de atividade de uma UTI-Pediátrica da Santa Casa de Maringá. Ela deve ser fiel em números, mas talvez não exprima nossa imensa gratidão aos pacientes e familiares que por aqui passaram. Os resultados podem ser positivos ou negativos, do ponto de vista técnico, mas eles jamais conseguirão expressar a grandeza da vivência humana que atravessamos em conjunto, com o nosso paciente, sua família e toda a equipe de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e tantos especialistas dos quais dependemos. Considerando a permanente busca da verdadeira humanização, uma equipe comprometida com estes valores não pode se satisfazer com avaliações estatísticas positivas, pois cada caso é uma história única que merece o mais profundo respeito e total dedicação. Isto coloca a nossa estatística fixa no valor de 100% de esforço para cada um que de nós necessite. Nossos dedicados funcionários com quem contamos diuturnamente. São eles os técnicos de enfermagem, lactaristas, secretárias, e tantos outros funcionários de apoio, dos quais seria impossível cobrar a compreensão de resultados, algumas vezes frustrantes. Difícil também mensurar o quanto temos aprendido e o quanto o nosso trabalho nos desafia a continuar em frente na busca de resultados ainda melhores. Por todo lugar que passamos, vemos rostos conhecidos, por uma passagem de alguém querido junto ao nosso serviço. Isto se revela pelo número de atendimento nestes 20 anos e a abrangência deste atendimento é muito grande, atravessando, até, as fronteira
do nosso estado. Mais uma vez, isto mostra que valeu a pena a iniciativa da Santa Casa em investir numa unidade que até então só era disponível em Curitiba. A equipe nem sempre foi a mesma, porém ela só soube o que era expansão em número e em eficiência. Logo percebemos nossa vocação à assistência ao pequeno paciente, nos desdobrando em atender a demanda cada vez mais crescente, num atendimento cada vez mais humanizado. A maternidade da Santa Casa é o que chamamos de Maternidade de alto risco, atendendo à profissionais da área obstétricas de todos os hospitais de Maringá, bem como também tornou-se uma unidade de pósoperatórios de diversas especialidades cirúrgico-pediatricas. São 15 médicos que se alternam num trabalho incessante e hoje, como há 20 anos volto a coordenar este serviço. Fiz parte de todas as composições da equipe e é com muita satisfação pelo trabalho realizado que passamos a compartilhar alguns dados com a nossa comunidade. Agradeço, aos pacientes e familiares, que obrigatoriamente nos confiam seus filhos, seus bens mais preciosos, e almejo acima de tudo continuar merecendo a confiança de Deus, para a continuidade deste trabalho. Nosso paradigma é melhorar cada vez mais o atendimento e aprender com nossos pequenos pacientes e os avanços da ciência , melhorando a qualidade de vida de nossos pacientes, especialmente ao pequeno prematuro, futuros cidadãos na construção de um mundo melhor, pleno de Paz!!! ■
Como tudo começou... Linha do Tempo Humanização Médicos da Graça Como estamos hoje?
Sumário
Nossa Equipe Aprendizagem Aleitamento Materno Agradecimentos
6 7 8 9 10 11 12 13 14
u t d o o m começou... o C
A
história da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal da Santa Casa de Maringá começou no dia 26 de Dezembro de 1990. O projeto da administação do hospital em conjunto com os médicos da época era trazer para a cidade de Maringá e região um lugar de assistência de qualidade, que somente era encontrado nos grandes centros. Na época a equipe realizou um estudo da região que detectou essa necessidade. Pioneira na região Noroeste do Estado, a UTI da Santa Casa trouxe a segurança e tranquilidade que a população de Maringá e região precisavam. A instituição, administrada pelos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora, na época sob a presidência de Irmão Vidal Klur, ofereceu todos os subsídios que a equipe precisava. A unidade, a princípio com quatro leitos, durante os primeiros meses de trabalho, já havia atendido crianças de Maringá, região e outros Estados do Brasil. ■
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o p n i h L a do Tem
A equipe médica e de enfermagem realizou um árduo trabalho para que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e Neonatal tivesse um amplo crescimento. Desde o começo, investiu-se nas constantes adequações do parque tecnológico.
Setembro de 1990 – Estruturação de uma equipe
treinada e capacitada para o atendimento de UTI infantil. Desenvolvimento de normativas e rotinas para a unidade que logo seria inaugurada. Na equipe somavam-se oito, dentre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Dezembro de 1990 – Inauguração da Unidade de
Terapia Intensiva Infantil e Pediátrica com quatro leitos.
Nova unidade inaugu
rada em 2010.
Maio de 1991 – A unidade passou a contar com seis leitos.
Desta data em diante foram adquiridos ano após ano, novas incubadoras, respiradores e todos os equipamentos necessários para que a unidade se mantivesse atualizada para melhor atender os pequenos pacientes da Santa Casa. Além disso, o número de leitos subiu para 11, sendo 8 destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse período também aconteceu a sistematização em enfermagem, onde o enfermeiro desenvolve mecanismos para uniformizar a assistência. Esse processo possui algumas fases: o histórico de enfermagem (Coleta de dados do paciente); diagnóstico e planejamento ou plano de assistência (Orientações destinadas à equipe). Dessa forma, o enfermeiro norteia as atividades dos técnicos de enfermagem.
Dezembro de 2000 – Comemoração dos 10 anos de UTI Pediátrica e Neonatal e início do tra-
balho de Humanização Hospitalar, por meio dos Médicos da Graça. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual de Maringá, com o intuito de amenizar o estresse proveniente do ambiente hospitalar, por meio do lúdico, brincadeiras e da alegria que os “clowns”(Palhaços) deixam onde passam.
De 2000 até 2010 – As mudanças e o crescimento não pararam mais. Sendo que em
TI.
dimento na antiga U
aten Enfermeiros durante
2010, para comemorar os 20 anos da unidade, um novo espaço foi adequado. No dia 8 de outubro foi a inauguração da nova unidade. Atendendo aos requisitos da hotelaria hospitalar foram utilizadas cores e decoração que acalmam os bebês e crianças que lá ficam internados.
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E
Humanização
m uma instituição enraizada nos princípios cristãos, morais e éticos, acreditar e exercer a humanização hospitalar é um compromisso. Com o intuito de manter essa marca, a Santa Casa de Maringá, investe em ações contínuas de conscientização, além do constante aperfeiçoamento da equipe, para que tal foco seja mantido. Não existe tratamento e cura de doentes, sem dedicação e amor. Com esse zelo pelo paciente, a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica da Santa Casa, mantém, assim como nas demais áreas da atuação da instituição, um forte laço de respeito à aqueles que tanto precisam. A humanização é ter essa percepção por parte dos profissionais da área da saúde. Foram inúmeras as conquistas da Santa Casa nesse sentido. Pode se destacar a permissão para que os pais das crianças internadas pudessem ter contato com os filhos internados, fato que não era uma realidade em unidades de terapia intensiva, neonatais e pediátricas. É comprovado que quando a criança escuta a voz dos pais ou dos seus responsáveis durante o período de internação, a melhora no quadro clínico, é incontestável. Existem outros trabalhos realizados na área de humanização hospitalar na Santa Casa. Como por exemplo, a hotelaria que se oferece aos pacientes, além do próprio cuidado de profissionais qualificados e empenhados na manutenção da vida. O trabalho de humanização hospitalar teve início no Brasil no ano de 2000, por meio de um projeto piloto que tinha como intuito promover o respeito e valorizar a vida humana. Nesse período a humanização já era uma realidade na Santa Casa de Maringá, o que marca o comprometimento da instituição com a promoção da vida. ■ Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnhah01.pdf
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Médicos da Graça
N
o aniversário de 10 anos da UTI Pediátrica e Neonatal, a união de profissionais comprometidos fez com que surgisse os Médicos da Graça, uma Associação de Apoio à Criança e ao Adolescente e sem fins lucrativos. O objetivo foi de atender a criança e o adolescente enfermo em hospitais ou outras instituições de tratamento, para promover, por meio da arte e da cultura, da educação, da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, a humanização da relação. A criança “fala” de suas dores de muitas maneiras e segundo este projeto, uma dessas formas de expressão é a brincadeira, por ser a ocupação favorita dela, podendo, assim criar um mundo próprio e aprender a lidar com a vida. Para os Médicos da Graça, brincar é coisa séria, sendo esse, aliado a arte, o objetivo deles.
“
Sonho que se sonha só é somente um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto, é realidade. Raul Seixas
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Como Estamos Hoje:
A
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica da Santa Casa de Maringá já é referência no Estado do Paraná. Já passaram pela unidade pacientes de Maringá e região, além de outros Estados do Brasil, e até de países vizinhos. É fato a ideia de que a equipe não mede esforços para manter as baixas taxas de mortalidade e o sucesso ■ dos tratamentos.
o d i r e f u a é Tudo questituição pela in tido é rever e para t n e m l a r g inte mento nos reinvesti do próprio projetos pital. hos
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Atualmente a Santa Casa de Maringá a tende uma média de 35 pacienes por mês, o que rep resenta cerca de 415 crian ças por ano, com a média de permanênc ia de 6,5 dias.
Nossa Equipe
A
eficácia do atendimento e do tratamento dos pacientes é decorrente do trabalho em equipe, que acontece em plena sintonia. Pediatras, Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Psicólogos, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Administradores, Nutricionistas, enfim, todos, se empenham para que paciente e família estejam assistidos e amparados. Em nossa equipe somam-se 2 Assistentes Sociais, 7 Enfermeiros, 24 Técnicos de Enfermagem, 2 Auxiliares Administrativos, 12 Fisioterapeutas, 3 Lactaristas, 1 Psicólogo, 2 Nutricionistas, 1 Terapeuta Ocupacional, 2 Colaboradores de Limpeza, 2 Fonoaldiólogos, onde totalizam-se 58 profissionais, além de todo o corpo clínico de médicos, trabalhando para a manutenção da vida de nossos pequenos pacientes.
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Aprendizagem
uem atua em uma unidade de terapia intensiva infantil aprende a ter outro olhar, são verdadeiras lições de vida que a equipe vivência na rotina do dia a dia. É uma grande escola para aqueles que têm a oportunidade de trabalhar diretamente com crianças. Para todos aqueles que passaram pela UTI Pediátrica e Neonatal da Santa Casa, existe a certeza de que escolheram o caminho certo. “O acolhimento do bebê que deveria estar no colo da mãe e com a família é o grande diferencial que a gente tem que ter. É preciso ter um olhar para ele de conforto, além da atuação junto da família” Maria de Lourdes - 1ª enfermeira da UTI
“Existe o objetivo de querer defender a todo custo aquele bebê ou criança. Sem contar que é um ambiente muito rico para aprender, não somente tecnicamente, mas também na questão de valores pessoais e morais. A gente encontra ali a explicação para muitos problemas que achamos que temos” Marcos Andrade – Gerente de Enfermagem “Trabalhar com pediatria é maravilhoso, porque você vê que tem luz de vida, não importando a intensidade da luz, e se você conseguir manter aquele foco de luz e dar condições para isso, ela brilha” Mariane Arns - 4ª Pediatra da UTI
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o n Aleitamento Mater
om o objetivo de tornar-se hospital amigo da criança, a Santa Casa de Maringá desenvolve projetos de humanização, além do incentivo ao aleitamento materno nas primeiras horas de vida dos recém-nascidos. A maternidade da instituição também conta com alojamento conjunto, onde mãe e filho ficam internados juntos. São medidas tomadas para que a vida seja sempre preservada. Esse trabalho está diretamente interligado ao da UTI Pediátrica e Neonatal, pois como hospital de referência a Santa Casa tem como objetivo que os pequenos pacientes saiam fortes do momento da internação. Além disso, aquelas mães que não podem amamentar os filhos que estão internados da UTI, recebem suporte da equipe para continuar a ordenha do leite.
Gestação de Alto Risco
A Santa Casa no decorrer desses 20 anos, também se tornou referência para o atendimento a Gestação de Alto Risco, para uma região de 29 municípios, sendo um hospital padrão de alta complexidade. Essa realidade reafirma a importância de uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica pronta para o atendimento de prematuros e gestações que necessitam de cuidados especiais.
Nosso Foco
Ver além do tratamento técnico, ou seja, o compromisso também está em cuidar do emocional e do acolhimento de quem passa pela UTI Pediátrica e Neonatal.
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A seguir confira relatos de quem passou pela UTI da Santa Casa:
“Gostaríamos de agradecer pela atenção, cuidado e carinho que tiveram com o nosso filho e com todos que chegam até vocês. Que Deus continue lhes abençoando e capacitando. Obrigado”. (Gabriel, Fábio, Mariane e Maria Vitória)
“Amigos da UTI pediátrica da Santa Casa, vocês são demais! Cuidaram muito bem de mim, sempre pedirei a Deus para guardar vocês! Obrigado por tudo!”, (Anabelle)
“Aos funcionários, médicos e colaboradores da UTI. Papai, mamãe, Vinícius e Vitória agradecem a Jesus e a todos vocês por nossas preciosas vidas”.
“Agradeço a toda equipe da UTI neonatal por todo carinho e cuidado que me deram!” (Pedro Martinelli).
“Tios e tias da UTI Pediátrica, graças a sua fundamental participação, estou em casa com meu papai e minha mamãe, curado e feliz! Obrigado por sua dedicação e carinho. Que Papai do Céu continue os abençoando, para que vocês possam ajudar muitos outros amiguinhos”. (Vitor Alexandre)
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Agradecimentos
A Santa Casa de Maringá agradece à todos aqueles que fizeram parte dessa equipe e contribuíram para que a UTI Pediátrica e Neonatal fosse estruturada, além de fazerem parte de grandes projetos que de lá surgiram. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, lactaristas, administradores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, todos vocês são as peças que movem esta unidade. Deixamos a vocês, que além de colaboradores são nossos amigos, o nosso muito obrigado.
Diretoria - Santa Casa de Maringá
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Fone: 44 3027-5633
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