Jornal da Trezena de Santo Antônio da Paróquia de Jaú

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Tradicional Trezena de Santo Antônio | 31 de Maio à 19 de junho

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Conheça nosso Pároco Santa Casa de Misericórdia de Jahu. Mudou-se para Jahu aos 3 anos de idade. Cresceu e viveu a maior parte de sua vida nesta cidade, por ele muito querida. Estudou nas escolas: Dr. Domingos de Magalhães, Túlio Espíndola de Castro, Caetano Perlatti e Colégio Academia. Ainda criança, fez catequese na capela da Santa Casa, onde participou do Coral Cor Iesu. Recebeu a Eucaristia pela primeira vez, pelas mãos de Dom Luiz Gonzaga Fechio, hoje Bispo Diocesano de Amparo.

Pe. Armando Rodolfo Valencise é o filho mais novo de Benedito Antônio Valencise e Íria Sartori Valencise. No dia 25 de março de 1989, solenidade da Anunciação, quando sua família morava em Itapuí, onde foi batizado, nasceu, em um sábado de aleluia, na

SECRETARIA PAROQUIAL

Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Aos sábados funciona das 8h às 12h. O plantão do dízimo funciona no mesmo local, sempre antes e após a Santa Missa os finais de semana.

FALE CONOSCO

(14) 4103-5000 Secretaria Whatsapp 98174-2347 www.facebook.com/santoantoniojau santoantonio@santoantonio.org.br www. santoantonio.org.br

ENDEREÇO

Rua Gomes Botão, 441 - Bairro Santo Antônio, CEP17202-220 - Jaú/SP

Sentindo o chamado de Deus bater forte no coração, fez os encontros vocacionais, chamados “DESPERTAR”, em Jahu, promovidos pela Pastoral das Vocações e pelas irmãs da Santa Casa. Em 2006, após fazer 4 encontros vocacionais e um estágio no seminário Diocesano de São Carlos, foi admitido ao Propedêutico.

Fez a preparação para o Sacramento da Crisma na Paróquia São Benedito. Recebeu o sacramento da Confirmação em dezembro de 2003, pelas mãos do então bispo auxiliar de São Carlos, Dom Sérgio Aparecido Colombo, atual Bispo de Bragança Paulista.

Em 2007 cursou, em Jahu, o ano propedêutico, aos cuidados do reitor, Pe. Marcos Eduardo Coró. Entre os anos de 2008 e 2010, cursou Filosofia no Instituto de Filosofia Santo Tomás de Aquino, em São Carlos, aos cuidados dos reitores: Pe. Jorge João Aparecido Nahra, Pe. Oswaldo Gonçalves, Pe. Luiz Gonzaga Fechio e Pe. José Carlos Frederice. A partir de 2011 deu início aos estudos teológicos, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, aos cuidados do reitor Pe. José Edmil-

CELEBRAÇÕES EUCARÍSTICAS Quarta-feira: 18h com Novena Quinta e sexta-feira: 20h Sábado: 18h Domingo: 10h e 17h

ATENDIMENTO DE CONFISSÕES Você pode receber o sacramento da confissão às quintas-feiras, das 14h às 17h e aos sábados, das 8h30 às 12h.

son Santos. Foi admitido às Ordens Sacras e recebeu o ministério de leitor em 2012 e de acólito em 2013. No dia 6 de dezembro de 2013 recebeu, pelas mãos de Dom Paulo Sérgio Machado, na Catedral Diocesana de São Carlos, o Sacramento da Ordem, no grau do Diaconato. Aos 8 dias do mês de dezembro de 2014, solenidade da Imaculada conceição foi ordenado Presbítero na Paróquia São Benedito, em Jahu, onde é vigário Paroquial. Exatamente um ano após a ordenação presbiteral, foi nomeado pároco da mais nova paróquia de Jahu: Santo Antônio, onde vem exercendo os trabalhos pastorais. Seu lema de Ordenação Diaconal foi: “Em tudo, amar e servir”. Seu lema de Ordenação Presbiteral é: “Antes de saíres do ventre, eu te consagrei”.

CASAMENTOS

Agende seu casamento em nossa capela nos seguintes dias e horários: Sexta-feira: 19h ou 21h Sábado: 11h, 12h, 19h, 20h ou 21h

SHOW DE PRÊMIOS NA TREZENA Nos três domingos, 05/06, 12/06 e 19/06, às 13h. Compre antecipadamente e pague R$ 15,00 para concorrer ao prêmio de R$ 1.000,00 e muito mais. CRIAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO AGÊNCIA DOGMA COMERCIAL TEL. (14) 981131242 / PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO GRCI EDITORA (14) 2104-2100. ELOGIOS, SUGESTÕES E CRÍTICAS PODEM SER ENVIADOS PARA O EMAIL / PASCOM@SANTOANTONIO.ORG.BR


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Conheça a Paróquia Santo Antônio


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Criada no dia 8 de dezembro de 2015, a Paróquia Santo Antônio está localizada na Rua Gomes Botão, 441, no bairro que leva o nome do mesmo Santo Padroeiro, em Jahu-SP. O Primeiro pároco desta igreja, que é a mais nova Paróquia de Jahu é o Pe. Armando Rodolfo Valencise. Pouco se sabe a respeito das origens da construção da Capela de Santo Antônio. Alguns dizem que a Rua Gomes Botão foi a primeira, ou uma das primeiras de Jahu, consequentemente, a capelinha dedicada ao nosso santo padroeiro também teria sido uma das primeiras da cidade, que se tem registro.

parecia mais bonita, relegando aquela para um quarto de despejos na Matriz. Dali ela foi levada pelos fiéis para a Igreja de Santo Antônio. Por volta de 1950, o prefeito Osório Neves manda então retira-la da Igreja e trazê-la para colocá-la no saguão da Prefeitura Municipal. Mais tarde a imagem deixou a Prefeitura e foi levada para o Museu Municipal, dali voltou para Igreja Matriz onde se encontra até hoje.” Os registros começaram a ser feitos no livro tombo da Capela de Santo Antônio a partir de junho de 1948, pela fundação da irmandade de Santo Antônio e, nesses registros, destacamos: 19 de outubro de 1948 Compra de mais um sino: ”Iniciando os trabalhos o senhor João Victor falou sobre a compra de um sino para a capela, o que foi aprovado por todos os presentes”. 18 de outubro de 1949 – Catequese: “Será iniciado brevemente o catecismo para as crianças, sendo que já foram nomeadas as catequistas”.

Concretamente, o primeiro registro oficial da capela de Santo Antônio está no livro tombo da igreja matriz Nossa Senhora do Patrocínio: “Ao que parece em 1915 um vigário que não tendo a justa compreensão do valor histórico que representava para Jahu essa imagem, substituiu-a no altar-mor da nossa Matriz por outra mais moderna e que lhe

29 de novembro de 1949 – Compra do Altar da capela: “Por uma comissão da capela, estão sendo angariados donativos para a compra do altar da capela. Foi angariada uma boa quantia cuja assinatura dos fiéis se acha no “livro de ouro” da capela”. 27 de dezembro de 1949 – Ladrilhamento da igreja: “Após feita a leitura, foi avisado de que seria suspensa por alguns domingos a missa na capela,

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para ladrilhamento da igreja. Pelo mesmo motivo, a reunião da irmandade passou a ser realizada na casa ao lado”.

08 de janeiro de 1950 – Inauguração do ladrilhamento: “No dia oito de janeiro, seriam realizadas duas missas, uma às seis e trinta e outra às nove horas, com inauguração dos ladrilhos”. 15 de agosto de 1950 – Levada da imagem de Nossa Senhora do Patrocínio: “Temos que registrar na presente ata, a transposição da imagem “Nossa Senhora do Patrocínio”, que se achava nesta capela com o nome de “Nossa Senhora mãe dos homens” a mais de vinte anos, para o prédio da prefeitura municipal onde ficará alojada num nicho especialmente construído. Este acontecimento se deu no dia quinze de agosto, data que se comemora esta santa e ainda o dia da fundação da cidade. Foi levada pelos atiradores do tiro número vinte e cinco até a matriz onde se realizou a missa solene e dali foi levada para a prefeitura. Essa imagem representa um documento histórico na

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fundação da cidade. Foi trazida por escravos dede Itu até aqui, em mil oitocentos e cinquenta e três. No lugar desta santa, na capela, será colocada uma nova imagem ofertada pela prefeitura municipal”. 08 de outubro de 1950 – Doação da imagem de N. Sra. Das Graças pela Prefeitura Municipal: “Realizou-se no dia oito de outubro de mil novecentos e cinquenta a condução da imagem de Nossa Senhora das Graças que foi ofertada pela Prefeitura Municipal, para a referida capela, em solene procissão. A procissão, composta de todas as irmandades da capela e demais fiéis foram até a matriz, de onde voltaram conduzindo a imagem colocada em magnífico andor de rosas naturais. Ao sair da matriz foi benzida a imagem tendo paraninfado o ato o senhor Ozório Ribeiro

de Barros, digníssimo prefeito municipal. A imagem deu entrada na capela exatamente às dezenove horas”. 24 de dezembro de 1950 – Primeira Comunhão: “Pela primeira vez as crianças farão a primeira comunhão na capela de Santo Antônio, na véspera de Natal”.


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da Fábrica de Móveis Santo Antônio de propriedade do Sr. João Victor para oferecer melhores condições baseadas nos seguintes termos: 1) Banco inteiramente de embuia; 2) Medidas, conforme registra o desenho e reza o contrato”.

20 de fevereiro de 1951 – Doação da imagem de Santa Luzia: “Tenho, entretanto, a acrescentar, nesta ata, a oferta feita a esta capela de uma imagem de Santa Luzia. Foi esta ofertada pela senhora Soledade Peres Bonilha; em agradecimento a uma graça alcançada por intermédio desta. A imagem permanecerá na residência da mesma até que se conclua as obras da capela”. 5 de fevereiro de 1952 – Doação do atual lustre da capela: “Ficará assentada nesta ata a doação pelo Monsenhor da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio à capela de Santo Antônio de dois lustres usados. Estes deverão ser desmontados, aproveitada as peças melhores para a confecção de um para ser colocado no centro da capela. Esta doação foi recebida por todos com prazer uma vez que se trata de objetos de grande valor e beleza”. 5 de agosto de 1952 – Pintura externa da capela: “Nesse mês ficou pronta a pintura da parte de fora da capela ficando a pintura de dentro para ser feita logo que termine a instalação elétrica e feitura do forro”. 2 de setembro de 1952 – Fim da Irmandade de Santo Antônio, que retornou as atividades em 7 de outubro de 1963.

06 de agosto de 1968 – Compra do terreno para construção do salão. 28 de maio de 1969 – Primeiro registro da trezena de Santo Antônio. 19 de setembro de 1967 – Novos Bancos: “Em sua nova fase de trabalho, o Sr. Presidente da Irmandade, Osvaldo Baio, deu conhecimento aos presentes do desejo de se fazer uma campanha, valendo-se do “livro de ouro” pertencente à capela, para angariar fundos para a confecção de novos bancos, tendo em vista que os existentes estão bem estragados. O Sr. Presidente convidou o Sr. Armando Sparapan e Egídio Foganholo, para que após estudos com a comissão deverão apresentar desenho do banco, em cujo modelo deverá estar as medidas convenientes”. 12 de março de 1968 – Fabricação dos bancos: “Estudando as propostas e ouvindo o parecer de sua Reverendíssima, Padre Augusto Sani, decidiu-se a favor

24 de junho de 1969 – Pintura interna da capela: “Estando pronta a pintura interna da igreja, deveria ser marcada a missa para a inauguração dos bancos”. Aos poucos a história vai sendo resgatada até chegarmos aos dias atuais. Estamos trabalhando para conseguir divulgar a história de nossa capela.


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CONHEÇA O PROJETO DE NOSSA NOVA IGREJA MATRIZ


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Todas as casas localizadas entre o quadrilátero composto pela Rua treze de maio, Fazenda Maria Luiza, ferrovia (Maria Luiza 4) e Rua Dr. Joaquim Gomes do Reis, pertencem à Paróquia Santo Antônio. Isso significa que os bairros Maria Luiza IV, Santo Antônio, Jardim Paulista, Vila Nassif Name, Vila Padre Nosso, Vila Nova Brasil, Chácara Canhos e Vila Brasil são atendidos pela

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nossa Paróquia nas mais diversas necessidades: catequese, confissões, visita aos enfermos, etc. Além dos bairros acima citados, também a Vila Ribeiro faz parte do território paroquial da Santo Antônio, juntamente com o território rural que está próximo à Vila. Na verdade, sabemos que atualmente muitas pessoas preferem escolher a paróquia não pelo território, mas pela afetivida-

de, ou seja, pelo coração, por se sentirem mais à vontade em determinada paróquia. Assim sendo, o que podemos dizer a você, hoje é: Seja muito bem-vindo, muito bem-vinda à nossa mais nova paróquia da cidade, mesmo sendo uma das mais antigas igrejas. Que Santo Antônio, nosso padroeiro, olhe por todos nós, pela sua casa, pelo seu trabalho e por todas as nossas necessidades!


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“Santo Antônio: anunciador da Misericórdia de Deus”


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CONHEÇA NOSSO PADROEIRO Um pouco de biografia da vida de nosso padroeiro

Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal). Não conhecemos a data exata de seu nascimento. Comumente é colocada no ano de 1195. Porém, tanto os historiadores como os anatomistas que, no ano de 1981, analisaram os restos de seu corpo, antecipam de alguns anos, até 1188, a data do seu nascimento. Na pia batismal recebeu o nome de Fernando, que ele mudou para Antônio quando ingressou na Ordem franciscana.. Antônio, em grego, significa “Flor nova”. Por sua incidência religiosa e social, Antônio foi realmente uma flor nova, de grande beleza e fragrância. Seus Pais, Martín de Alonso e Maria, eram de família nobre e bem arranjada. A casa em que nasceu se achava ao lado da catedral. Freqüentou a escola da catedral, onde não só aprendeu a ler, escrever e fazer contas, mas também iniciou-se nas artes liberais do chamado trívio: gramática, retórica e dialética, e do quadrívio: aritmética, música, geometria e astrologia. Todo o ensino era ministrado em latim, que Antônio chegou a dominar perfeitamente, como também chegou a dominar a cultura humanística de Roma e da Grécia. Nos Sermões, o número de citações e referências a flora e a fauna revelam que Antônio gostava também das ciências naturais. Enquanto Antônio embebia seu espírito na sabedoria humana e cristã, sucediam fatos de grande ressonância política e religiosa. As batalhas de Navas (1212) e de Alcázar de Sal (1217) liberavam a Espanha e Portugal do domínio muçulmano. No ano de 1215, realizou-se em Roma o Concílio Lateranense IV, cujas duas finalidades principais eram a reforma da Igreja e a libertação do Santo Sepulcro. A pujante juventude de Antônio, adornada com dons intelectuais e morais, lhe

prometia uma boa colheita de louros amorosos e profissionais. Porém, justamente quando se lhe ofereciam de bandeja todos os atrativos mundanos, sentiu em seu interior o chamado para uma entrega plena e generosa ao Senhor. Bateu às portas do mosteiro agostiniano de São Vicente, nas cercanias de Lisboa; porém, ao ver-se assediado por freqüentes visitas de familiares e amigos, pediu transferência para o mosteiro de Santa Cruz, de

sagrado, com sua memória tenaz podia recordá-lo, citando, quando queria, livro e capítulo, e com sua capacidade de síntese, conciliá-lo com muitos aspectos da mensagem cristã. Era tão grande a admiração que os contemporâneos tinham pelo conhecimento e da paixão pela Bíblia de Antônio que costumavam dizer que, se se perdessem todos os livros da Sagrada Escritura, teria bastado a memória do Santo para reescrevê-los. Antônio esperava encontrar em Coimbra um mosteiro que fosse um ninho de fraternidade, um oásis de paz e um estímulo para o apostolado; em vez disso, encontrou-se em meio a situações muito turbulentas. As intromissões do rei, que gozava do direito de patronato, e uma série de desordens e de indisciplinas criaram-lhe não poucas tensões. Parece que Antônio, tanto por seu caráter como para dar conta de seus estudos prediletos, se manteve a margem dessas decadências humanas.

NA ESTEIRA DO POVERELLO

Coimbra, que era um prestigioso centro de espiritualidade e de cultura, de nível universitário. Ali Antônio pode freqüentar toda a cultura filosófica e teológica da época; sobretudo, se aprofundou na espiritualidade e no contato diário com a Sagrada Escritura e a Patrística. Acerca de sua cultura bíblica, todos os testemunhos o elogiam. Com sua poderosa inteligência, Antônio podia extrair o sentido pleno do texto

No ano de 1219 chegaram a Coimbra cinco irmãos franciscanos que dirigiam-se ao Marrocos como missionários. Antônio, como hospedeiro, os acolheu e desde o começo se sentiu tocado pelo exemplo de humildade e pobreza que viu neles. Em 29 de janeiro de 1220, os cinco franciscanos sofreram o martírio e seus despojos foram trazidos, como relíquias, ao mosteiro de Santa Cruz, onde receberam honras solenes. Os ideais missionários e o sangue desses cinco franciscanos foram um chamado profundo ou, melhor, uma inspiração, para Antônio, o qual, desejoso de imitálos, solicitou permissão para deixar os agostinianos e passar para os franciscanos. Na Ordem Franciscana chegou a ser ministro provincial e também foi o primeiro professor de teologia.


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Testamento. Frei Antônio era um homem metódico e, utilizando estes textos, pode desencadear uma exposição bíblica de amplo repertório e segura eficácia. O texto sagrado é amiúde explicado segundo os quatro sentidos, que gozavam de grande simpatia entre os escolásticos: o sentido literal, o anagógico (em relação a vida eterna), o alegórico e o moral. Os mais desenvolvidos são o alegórico e o moral. Era a mentalidade da época, à qual Antônio se adaptou muito bem.

OS SERMÕES Segundo os estudiosos, os Sermões Dominicais e Festivos são a única obra autêntica da pena de Frei Antônio e, como toda obra leva o cunho de seu autor, trazem a marca de sua personalidade e espiritualidade. Depois de inúmeros estudos e confrontações de códices e citações, finalmente, no ano de 1979 se publicou a edição crítica dos Sermões, em Latim, graças ao árduo labor dos irmãos franciscanos conventuais Benjamín Costa, Leonardo Frassón e Juan Luisetto, com a colaboração de Pablo Morangón. A obra foi editada pelo Mensageiro de Santo Antônio lá de Pádua, Itália. Desde o começo faz-se necessário um esclarecimento. Os Sermões de Santo Antônio quase nada têm a ver com nossos sermões ou homilias; talvez poderíamos sim definilos como um manual, um prontuário, um tratado, um conglomerado de mensagens bíblicas, para que os futuros pregadores os assimilassem, os ruminassem e os enfeitassem para o povo. Os temas centrais são os evangelhos dos domingos e festas. Para desenvolvê-los, recorre ao missal e ao breviário. O missal lhe oferece, além do Evangelho, o oremos e a epístola; o breviário lhe oferece os textos do Antigo

Antônio tinha o nobre propósito de explicar a Bíblia com a Bíblia. Nada mais justo nem mais proveitoso, porque o melhor intérprete de um texto é outro texto ou o contexto, ou a tradição! Este método ajudava muito a iluminar, ampliar e aprofundar o texto. Naturalmente não faltam maneiras um tanto artificiosas para fazer concordar um texto com outro em razão do nome, do lugar, da etimologia, da história. Para respaldar sua interpretação, o santo recorre à grande fonte patrística; e, muito freqüentes, são as citações de Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Jerônimo, São Gregório, São Bernardo. Igualmente, em temas filosóficos ou morais, recorre a sabedoria da Grécia e de Roma. Para matizar os temas e ampliar horizontes, não deixa, de vez em quando, de recorrer às ciências naturais as quais, apesar de achar-se em seus inícios, constituíam o único acervo científico da época. Em Antônio se pondera um gosto particular pela etimologia que lhe permite, através de interpretações e símbolos, enriquecer seu caudal doutrinal e abrir-se a novas realidades. Seu grande mestre foi Santo Isidoro de Sevilha.

FINS E TEMAS Que fins buscava Frei Antônio? No Prólogo de seus Sermões ele mesmo esclarecer isto. O fim remoto, evidentemente, é a glória de Deus e o bem das almas; o fim próximo, a instrução dos irmãos, aos quais queria brindar uma ajuda para sua conduta espiritual e suas atividades ministeriais. Os mesmos fins temos nós ao publicar aqui

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os escritos do santo: brindar aos leitores material formativo para sua instrução e animação na vida cristã. Nos Sermões aparece com freqüência a palavra “Glossa”. O que era? Era uma coleção ordenada e racional de explicações bíblicas e de sentenças dos Santos Padres. Para os mesmos fins exegéticos, Antônio utiliza as famosas “Sentenças” de Pedro Lombardo, que tanta influência tiveram nos grandes mestres do Século XIII: santo Tomás de Aquino, São Boaventura, e o beato João Duns Scoto.

Ossos de Santo Antônio de Pádua

Antônio pregava nas igreja e nas praças para os humildes, os simples, os pobres, os marginalizados, os pecadores. Manifesta preferência pelos temas morais: o homem e Deus, a conversão, a reforma da vida, a confissão, o espírito penitencial, o chamado à santidade, as grandes vivências evangélicas, o seguimento do Senhor, o serviço ao próximo, a fraternidade, a solidariedade. Frei Antônio, com sua experiência de teólogo e de santo, abre a todos os seus ouvintes a torrente da misericórdia do Senhor, a ternura do Menino-Deus, os gemidos amorosos do Senhor crucificado, os encantos virginais de Maria e sua maternal proteção, a companhia e o alento da inumerável multidão dos santos. Que metodologia seguiremos? Procuraremos seguir algumas orientações básicas: antes de tudo, fidelidade ao texto; em seguida, claridade de conceitos; e, finalmente, linguagem o mais possível agradável. Se conseguiremos ou não, deixamos a apreciação dos leitores. Frei João Mamede


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A Trezena de Santo Antônio

São as orações que se fazem em louvor a Santo Antônio nos treze dias antecedentes à sua festa. Esta devoção é muito antiga: teve origem em Bolonha, na Itália, no ano de 1617. Uma senhora, necessitando de um grande favor dos céus, recorreu a Santo Antônio com insistência, por nove terças-feiras sucessivas visitou sua imagem na Igreja de São Francisco, e aí rezava com fervor. Alcançou de modo admirável o que desejava. A notícia se espalhou e muitas pessoas necessitadas de graças e bênçãos seguiram seu exemplo de visitar a Igreja durante nove terças-feiras para rezar com fé, diante da imagem de Santo Antônio. Como se multiplicassem as graças e milagres, essa prática se divulgou rapidamente. Mais tarde, o número das terças-feiras foi aumentando para treze, uma vez que o Santo passou para a eternidade no dia 13 de junho de 1231.

PROGRAMAÇÃO DA TRADICIONAL TREZENA DE SANTO ANTÔNIO

Fonte: franciscanos.org.br

17/06, 18/06 e 19/06 - QUERMESSE DE ENCERRAMENTO DA FESTA

30/05

19h30: Missa das mãos Ensanguentadas de Jesus

TODOS OS DIAS HAVERÁ BÊNÇÃO DOS PÃES 31/05 1º/06 02/06

19h30: Missa com bênção do sal 19h30: Missa com bênção dos remédios 19h30: Missa com bênção das velas

03/06 19h30: Missa com bênção dos instrumentos de trabalho 04/06 18h: Missa com bênção da cruz e objetos de devoção 05/06 10h e 17h: Missas com bênção das chaves 06/06 07/06 08/06 09/06

19h30: 19h30: 19h30: 19h30:

QUERMESSE QUERMESSE QUERMESSE

Missa com bênção das roupas Missa com bênção do óleo Missa com bênção da água Missa com bênção das fotografias

10/06 19h30: Missa com bênção dos lírios, imagens e terços QUERMESSE 11/06 18h: Missa com bênção das carteiras de trabalho e habilitação QUERMESSE 12/06 10h e 17h: Missas com bênção das alianças QUERMESSE 13/06

06h 12h 15h 19h 20h30 -

DIA DO PADROEIRO Missa com bênção do bolo e dos pães Missa com bênção dos pães Missa com os enfermos Procissão e missa solene com bênção dos pães QUERMESSE COM BANDA SINHÁ


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ORAÇÃO - Glorioso Santo

Antônio que tivestes a sublime dita de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me a graça que vos peço e vos imploro do fundo do meu coração (pede-se a graça). Vós que tendes sido tão bondoso para com os pecadores, não olheis para os poucos méritos de quem vos implora, mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus para atender o meu insistente pedido. Amém. Santo Antônio, rogai por nós. (Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)

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Responsório de Santo Antônio

Se milagres desejais, Recorrei a Santo António; Vereis fugir o demónio E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido, Rompe-se a dura prisão E no auge do furacão Cede o mar embravecido. Todos os males humanos Se moderam, se retiram, Digam-no aqueles que o viram, E digam-no os paduanos.

Repete-se: Recupera-se o perdido...

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V: Rogai por nós, bemaventurado Santo António. R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Pela sua intercessão Foge a peste, o erro, a morte, OREMOS O fraco torna-se forte E torna-se o enfermo são. Ó Deus, nós vos suplicamos, que alegre à Vossa Igreja a Repete-se: Recupera-se o solenidade votiva do bemperdido... aventurado Santo António, vosso Confessor e Doutor, Glória ao Pai, e ao Filho e ao para que, fortalecida sempre com os espirituais auxílios, Espírito Santo… mereça gozar os prazeres Repete-se: Recupera-se o eternos. Por Jesus Cristo, perdido... Nosso Senhor. Amém.


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Milagres de Santo Antônio A cada dia, um milagre será narrado em cada missa da trezena.

1º DIA OS PÁSSAROS E A PLANTAÇÃO

O pai de Santo Antônio, Martinho de Bulhões, gostava de ir a uma fazenda que possuía nos arredores de Lisboa. Um dia, levou o filho com ele. Ocorre que insaciáveis bandos de pássaros desciam continuamente para bicar os grãos de trigo. Era necessário espantá-los para impedir grave dano à colheita. Martinho encarregou o garoto de manter longe os pequenos ladrões. O pai se foi e Fernando permaneceu correndo de cá para lá no campo. Em pouco tempo , começou a se aborrecer com aquela ocupação. Não muito longe, uma capelinha rústica o convidava à oração. Mas o pai o mandara enxotar os passarinhos. Gritou então aos pássaros, convidando-os a segui-lo para dentro de uma sala da fazenda. Obedientes os pássaros entraram. Quando todos estavam dentro, Fernando fechou as janelas e as portas, e foi tranqüilamente fazer sua visita ao Senhor. Retornando o pai veio procurá-lo. Andou pelo campo, chamando-o , mas não o encontrou. Preocupado, dirigiu-se à capela e o descobriu, todo absorto na prece. Fernando tomou o pai pelas mãos e o conduziu ao salão repleto dos vôos e dos cantos dos graciosos prisioneiros. Abriu a porta e, a um sinal seu, os pássaros, em bando, retornaram os livres caminhos do espaço.

2º DIA O JUMENTO SE CURVA DIANTE DA EUCARISTIA

Durante uma pregação, cujo tema era a Eucaristia, levantou-se um homem dizendo: “Eu acreditarei que Cristo está realmente presente na Hóstia Consagrada quando vir o meu jumento ajoelhar-se diante da custódia com o Santíssimo. Sacramento”. O Santo aceitou o desafio. Deixaram o pobre jumento três dias sem comer. No momento e lugar pré-estabelecido, apresentou-se Antônio com a custódia e o herege com o seu jumento que já não agüentava manter-se em pé devido ao forçado jejum. Mesmo meio-morto de fome, deixou de lado a apetitosa pastagem que lhe era oferecida pelo seu dono, para se ajoelhar diante do Santíssimo Sacramento.

porque desejamos fazer uma experiência: no Evangelho está escrito que Jesus Cristo disse aos seus discípulos que ainda que tomassem veneno mortal nenhum mal sofreriam e estamos querendo saber se és de fato discípulo de Cristo”. Santo Antônio fez o sinal da Cruz sobre aquele prato e o comeu com apetite, saboreando a comida envenenada como se fosse alimento saudável, e nada sofreu, deixando mais uma vez os hereges confusos e assombrados.

3º DIA LIVRO ROUBADO

Um dia, o frei descobriu que um noviço havia fugido do mosteiro e levado com ele seus comentários sobre o Livro dos Salmos. Então, rezou para o retorno de ambos. Em pouco tempo, o jovem arrependido voltou para a vida religiosa, acompanhado, é claro, dos manuscritos.

5º DIA O MILAGRE DA BILOCAÇÃO (ESTAR EM DOIS LUGARES AO MESMO TEMPO)

4º DIA O PRATO ENVENENADO

Alguns hereges resolveram matar Santo Antônio, envenenando-o. Convidaram-no para comer com eles, dando como pretexto debater sobre alguns pontos da Fé. Santo Antônio sempre aceitava comparecer a esses debates e polêmicas. Os hereges puseram diante dele, entre outros pratos, um que continha veneno mortal. Antes que o tocasse, Deus revelou-lhe a cilada e o Santo, conservando toda a calma, repreendeu os hereges pela traição. Vendo revelado o intento perverso, os hereges não se abalaram e responderam cinicamente: “É verdade que esse prato tem veneno, mas nós o colocamos aí

No domingo de Páscoa enquanto pregava na Catedral, Santo Antônio lembrou-se de que fora designado para entoar a Alleluia na Missa que se celebrava naquele momento na Igreja do Convento franciscano. Não querendo faltar com a obediência e não podendo descer do púlpito, parou um pouco, calou-se como se estivesse retomando a respiração e, nesse momento, foi milagrosamente visto no Coro de seu convento, entoando a Alleluia. Esse prodigioso milagre de bilocação foi assistido e certificado por muitas testemunhas, espalhando-se a notícia em todos os locais.

6º DIA CONTROLE SOBRE O TEMPO

Num dia festivo, em Limoges, Santo Antônio pediu licença para pregar numa igreja paroquial. Como era imensa a sua fama,o povo deslocou-se para o local, mas o recinto era pequeno para acolher toda aquela gente e foi obrigado a pregar em praça pública. Mal havia começado o sermão, o céu escureceu e muitos relâmpagos e trovões anunciavam uma grande tempestade.


Tradicional Trezena de Santo Antônio | 31 de Maio à 19 de junho O povo, atemorizado, começou a murmurar e já se dispunham a sair dali em busca de abrigo. Mas Santo Antônio pediu silêncio e, em nome de Deus, assegurou que não choveria naquele local, recomendando a todos que ficassem atentos à pregação. Tranqüilizados, os fiéis ouviram o sermão até o fim. Quando se retiravam para suas casas, verificaram com muita admiração, que embora estivesse perfeitamente seco o local da pregação, toda a redondeza estava completamente alagada pela chuva da forte tempestade.

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certa de que encontraria a inocente vítima horrivelmente queimada e morta. Mas, cheia de fé em Santo Antônio, invocou-o e quando aproximou-se seu filho estava são e salvo, brincando e pulando na água fervente, sem que esta lhe queimasse.

Um soldado espanhol chamado Aleardino, que havia perdido a Fé, chegou à Pádua no dia do enterro de Santo Antônio. Vangloriando-se de sua incredulidade, segurou um grande copo de vidro e disse a muitas pessoas que o censuravam: “Se este copo ficar inteiro depois que eu o atirar àquelas pedras, acreditarei que esse padre faz milagres”. E atirou o copo com toda a força, mas ele não se partiu. Renunciou então seus erros publicamente e quis converter a um amigo também incrédulo. Chegou, pois, ao amigo e lhe contou todo o acontecido, mostrando-lhe o copo objeto do prodígio. O amigo ouviu-o com risadas e sinais de desprezo e respondeu: “Não acredito no que dizes. O que estás dizendo é tão impossível como aquela videira sem frutos, de repente, ficar carregada de ramos e cachos, e nós, com suas uvas, fazermos vinho para encher teu copo milagroso!” Mal acabara de falar, a videira se encheu prodigiosamente de folhas e belos cachos de saborosas uvas, as quais, espremidas por Aleardino, encheram o copo com seu licor maravilhoso. Esse copo ainda hoje se conserva no relicário da Basílica de Santo Antônio, em Pádua.

8º DIA MENINO SALVO PELA FÉ

Santo Antônio pregava em Briba, quando uma senhora, apressada para assistir seu sermão, deixou sobre o fogo um caldeirão com água, sem se lembrar de que seu filho pequeno ficara só em casa. Ao chegar da pregação, viu com horror que o menino havia caído dentro do caldeirão e que a água estava fervendo. Bem se pode imaginar os gritos de desespero que deu a pobre mãe! Não ousava aproximar-se,

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pergunta se não havia perdido uns papéis e, ante a reposta afirmativa do Bispo, entrega-lhe os papéis tão desejados!

9º DIA CRIADA CAMINHA SOB FORTE CHUVA SEM MOLHAR AS ROUPAS

Certo dia, faltando alimentos no convento de Briba, Frei Antônio mandou que fossem pedir a uma senhora devota, dona de uma grande propriedade, a esmola de algumas verduras. Apesar de estar chovendo fortemente, a piedosa senhora ordenou a uma criada que fosse apanhar as verduras na horta distante da casa. A criada obedeceu contrariada pois chovia muito. Foi quando se deu conta de que, apesar da chuva torrencial que caía, não estava molhando nem os pés, nem as roupas que vestia. Chegou à horta, colheu as verduras, foi entregá-las no convento e retornou à casa completamente seca. Tanto ela, quanto sua senhora, ficaram assombradas diante daquele prodígio e não cessaram de contar a todos, os altos merecimentos do Santo.

10º DIA SANTO ANTÔNIO RESSUSCITA UM MORTO 7º DIA FAZ NASCER UVAS NUMA VIDEIRA SEM FRUTOS

Edição Especial

Vinha Frei Antônio e um companheiro pelo caminho, voltavam de uma aldeia carregando grande peso às costas, quando encontraram um carroceiro que carregava um homem adormecido. O Santo, muito cansado, pediu-lhe por amor de Deus que levasse alguns víveres que ele e seu companheiro haviam recebido de esmola para o sustento da comunidade. O carroceiro respondeu rudemente que não podia fazê-lo porque estava conduzindo um defunto. O Santo acreditou, rezou pelo descanso eterno da alma do falecido e continuou seu caminho. Qual não foi o espanto do carroceiro quando, mais tarde, foi acordar o amigo que supunha adormecido e o encontrou realmente morto! Confuso e arrependido, foi em busca de Santo Antônio e prostrou-se aos seus pés, pedindo-lhe humildemente perdão. Frei Antônio se compadeceu do homem, aproximou-se da carroça e depois de uma curta oração, fez o sinal da Cruz sobre o cadáver e o ressuscitou.

11º DIA AJUDA UM BISPO A RECUPERAR PAPÉIS PERDIDOS

O Bispo D. Frei Ambrósio Catarino, grande escritor, estava saindo de Tolosa e levava na bagagem muitos papéis e apontamentos particulares e também um livro intitulado “A Glória dos Santos”, para discutir com os hereges. Depois de caminhar muitos quilômetros, percebeu que haviam caído pelo caminho três escritos preciosos, frutos de muito trabalho. Com enorme tristeza, refez o caminho para os encontrar. Procurou-os em vão. Lembrou-se então de Santo Antônio, dirigiu-lhe uma prece fervorosa, prometendo que se encontrasse os papéis, acrescentaria ao livro “A Glória dos Santos” a narração daquela graça de Santo Antônio. Nesse mesmo instante, aproxima-se dele um desconhecido que lhe

12º DIA O MENINO JESUS APARECE PARA O SANTO

Certa vez, Santo Antônio precisou de alojamento em Pádua e um senhor nobre, da família dos Condes de Camposampiero, teve a honra de o acolher em sua casa. Uma noite, vendo do lado de fora do quarto de Frei Antônio alguns raios de luz, aproximou-se e viu o Santo segurando nos braços um gracioso Menino que suavemente o acariciava. Ficou cheio de espanto por tão extraordinária maravilha. Compreendeu que se tratava do Menino Jesus que se tornara vísivel ao Santo para recompensá-lo com celestes consolações pelas fadigas sofridas. Enquanto ainda observava, o Menino desapareceu. Saindo do extâse, Frei Antônio deixou o quarto e dirigiu-se ao dono da casa, dizendo que sabia que ele o havia observado durante a aparição. Pediu então com insistência que não revelasse o que tinha visto. O senhor cumpriu a palavra, somente revelando o fato depois da morte do Santo. A história o tocara profundamente e todas as vezes que a relatava, não conseguia reter as lágrimas.

13º DIA O CASAMENTO DA JOVEM

Conta-se que uma jovem muito linda, mas cansada de esperar por um noivo, já desesperada de encontrar marido, pediu ajuda a Santo Antônio. Adquiriu uma imagem do santo, benzeu-a e todos os dias enfeitava-a com flores que colhia no jardim. Além disso, orava com regularidade para que Santo Antônio lhe arranjasse um noivo. Mas, passou-se muito tempo e o noivo não aparecia. Certa vez, pôs-se a lamentar a ingratidão do santo, chegando mesmo a ser repreendida pela mãe. E, desapontada, pegou a imagem e, no auge do desespero, atirou-a pela janela afora. Passava na rua, naquele momento, um jovem cavaleiro e a imagem o acertou na cabeça. Apanhou-a intacta e subiu a escada para devolvê-la. Quem o recebeu foi a formosa donzela. O cavaleiro apaixonou-se por ela e algum tempo depois casaram-se, naturalmente por milagre do santo.


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