Impacto 03

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Nova cidade comemora 113 anos

N.A. ROCHA – Lar e Construção

Em 2 de outubro de 1901, a transferência da sede administrativa do Embaú para o Povoado da Estação do Cruzeiro fez surgir nova cidade, apontada como a mais moderna da região e uma das mais promissoras do interior do Estado. Ferrovia muda a história, o projeto de Herbert Hunt, a evolução econômica, os políticos duros na queda. Esta edição de O IMPACTO é para você ler e guardar.

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Cruzeiro, 1 de outubro de 2014 - Ano 1 - nº 03 - Circulação Cruzeiro e Região

Garoto teria sido “Transparência e ética são fundamentais”, abduzido?

defende Thales Gabriel

Considerada remota no início das investigações, a hipótese de abdução de Marco Aurélio Simon não pode ser descartada. A família ainda mantém esperanças de reencontrá-lo. O IMPACTO inicia série de reportagens sobre um dos casos mais misteriosos do mundo. Página 3

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Karateca no Japão

O sensei Alison Batista integra a Seleção Brasileira de Karatê no O IMPACTO entrevistou nesta semana o presidente Campeonato Mundial JKA, previsto da Câmara, Thales Gabriel (PCdoB). O vereador foi para outubro, no Japão. Página 8 taxativo na defesa da transparência e da ética na política. Página 03

Dia das Crianças é todo dia e Brinquedos é na Casa Brasileira, a Maior!

Ouro no México

A atleta cruzeirense Paula Jardim conquistou Medalha de Ouro por equipe e Bronze no individual no Festival Olímpico Panamericano, no México. Página 6

Planejar para o futuro

O presidente do Sindicato do Comércio, Anderson Babboni, defende novo planejamento para desenvolvimento ordenado de Cruzeiro nos próximos cem anos. Página 4

Polícia prende 185 em operação especial na região

Na ação do Deinter 1, além do cumprimento de 111 mandados judiciais, também foram registradas prisões em flagrante e apreensão de drogas na maioria das cidades da região. Página 3

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Morre o locutor Israel Diniz Morreu na tarde de ontem (30), o locutor Israel Diniz, de 50 anos, vítima de problemas do coração. Locutor sertanejo de rádio e de eventos, Israel Diniz trabalhou na Rádio Mantiqueira por mais de dez anos. Também tornou-se famoso no Rancho Beira Rio, casa noturna de shows sertanejos. Diniz estava afastado do rádio havia dois anos para tratamento de saúde. No início da tarde de ontem, o locutor chegou a ser internado, mas não resistiu ao agravamento dos problemas coronários.

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CRUZEIRO, A GUENKA TERRAPLANAGEM TEM O ORGULHO DE PARTICIPAR DO DESENVOLVIMENTO DE CRUZEIRO E PARABENIZA ESSA GENTE QUERIDA PELOS 113 ANOS


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O IMPACTO da Notícia

O real valor da educação na política brasileira Eduardo Ferreira de Castro. Parece que estamos ouvindo os “inventores da roda” criarem uma nova realidade educacional em mais um ano de eleições. Não raro, os discursos eleitorais sobre educação prometem a salvação do país por meio dela e uma educação nos níveis de Finlândia e Coreia do Sul, que figuram com os melhores índices no Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o PISA. Isso é muito comum no atual modelo de sociedade em que vivemos, que credita à educação a cura para todos os males do país. Bastante curiosa, no entanto, é a constatação de que, avaliação após avaliação, desde o ano 2000, os alunos brasileiros ou não melhoram seu desempenho global ou alcançam avanços mínimos em seus resultados, destoando visceralmente dos discursos políticos. Então, surgem as dúvidas. Os discursos de campanha são esquecidos após as eleições? A gestão política prioriza, de fato, a educação? Os investimentos anunciados são, inequivocamente, suficientes para garantir o salto de qualidade educacional que o país precisa dar? A gestão dos recursos financeiros é ineficaz, não garantindo que estes cheguem ao seu destino final – “o chão das escolas”? Ou o problema da educação no país vai muito além de investimentos nos sistemas educacionais, passando pelo enfrentamento de questões ligadas às demais políticas sociais e à política macroeconômica. A educação no Brasil é considerada por toda a sociedade, inclusive e especialmente pelos gestores políticos, como um valor fundamental no desenvolvimento da nação ou simplesmente é vista como uma prestação de serviço? Diante de tantos questionamentos, cabem algumas análises. Inicialmente, quando retomamos os discursos políticos, percebemos que estes são construídos a partir de pesquisas nas quais

são verificados os anseios populares, sendo desprezadas quaisquer medidas que possam soar “antipáticas” ao eleitorado. Não que estes anseios não devam ser levados em consideração. Contudo, a definição de políticas educacionais deve ir muito além deles. Então, encerradas as eleições, o eleito, em grande medida, não traduzirá seu discurso na prática, pois esbarrará em questões ignoradas nos discursos eleitorais. O primeiro “esbarrão” passa pela definição do gestor da pasta que, salvo exceções, acontece muito mais por critérios políticos que técnicos. Uma vez realizada a escolha do gestor por aquele critério, o atendimento às “demandas políticas” suplantam o atendimento às reais necessidades educacionais. Daí porque muitos gestores educacionais, quando escolhidos por critérios técnicos, não permanecem por muito tempo no cargo por não se submeterem às tais “demandas políticas” que vão “surgindo” ao longo da gestão. Quantos aos investimentos, temos o dever ético de, no mínimo, analisar a questão sob dois aspectos: aquele que se traduz no montante de recursos destinados à educação e o da gestão destes mesmos recursos para os quais se destinariam estes investimentos. No primeiro aspecto, podemos constatar um crescimento dos percentuais investidos em educação, notadamente a partir da década de 1990. Entre os anos de 2000 a 2009, o Brasil aumentou em mais de 100% os investimentos por aluno no ensino fundamental. Mesmo assim, ainda está abaixo da média de investimentos dos países membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ficando entre os cinco países que menos investem por aluno. Do outro lado, são visíveis os problemas com a gestão destes recursos. Ou são mal utilizados ou escoam pelos ralos da corrupção.

O filho curioso pergunta para o pai: - Papai, o que a mamãe tem debaixo da saia? - O paraíso, meu filho. - o pai responde. O filho, pergunta: - E você, o que tem debaixo da calça? - A chave, meu filho. - Ah tá, mas então eu acho melhor o senhor trocar, porque o vizinho tem a cópia. Quatro baianos assaltam um banco e param o carro uns quilômetros à frente. Um deles pergunta ao chefe da quadrilha: — E aí, meu rei: Vamos contar o dinheiro? — E pra que esse trabalhão? Vamos esperar o noticiário da TV.

Especialista em Educação com ênfase em Gestão Educacional. Diretor de Escola e Consultor Educacional.

Assim, apenas por essa breve análise, podemos perceber que ainda se faz necessário ampliar os investimentos educacionais no país, mas igualmente necessária se faz a melhoria da gestão financeira da educação no Brasil. Acreditamos, no entanto, que os problemas educacionais no país vão, sem dúvida, muito além dos investimentos na área. Enfrentamos sérios problemas de ordem social e econômica no Brasil. Estes, indiscutivelmente, interferem e afetam a qualidade da educação no país. Infelizmente, por uma questão cultural, não entendemos a educação como um valor fundamental em nossa sociedade, a ponto de convivermos invariavelmente com belos discursos sobre as propostas de avanços educacionais em períodos eleitorais, que na maioria dos casos não se traduzem na prática pós-eleição e não nos incomodarmos com isso. Então, nos perguntamos: qual o real valor da educação na política brasileira e para a sociedade brasileira? O valor dado à educação pelo pensamento político brasileiro estaria refletindo o pensamento de nossa sociedade, que não entende ser ela um valor fundamental para o desenvolvimento do país? Pense nisso...

No restaurante o cliente chama o garçom: — Tem uma mosca no meu prato! — É o desenho do prato, meu senhor. — Mas está se mexendo! — É que é um desenho animado. Dois políticos analisam uma proposta de negociata em Brasília. São muito milhões em jogo. Um deles pergunta: — Quanto nos dariam por isso? — Num país sério, nos dariam uns quinze anos, eu acho.

Joãozinho pergunta para a mãe: — Mãe, bunda amarrota? — Claro que não, filhinho! Por quê? — É que hoje eu ouvi o papai falando assim pra empregada: "Prepara a bunda que hoje eu vou passar o ferro!" A juíza pergunta à prostituta: — Quando você percebeu que havia sido estuprada? E a prostituta, secando as lágrimas diz: — Quando o cheque voltou!

Valorizando o passado e aqueles que fizeram a história acontecer, buscando sempre novas conquistas, os comerciários de Cruzeiro trabalham para o pleno desenvolvimento econômico e social. Parabéns, Cruzeiro querida. Conte sempre com a nossa força. SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO |CRUZEIRO /SP

1 de outubro de 2014

Vamos escolher o melhor caminho Jorge Luiz Conde

O que é melhor?: Ser um profissional bem-sucedido num mundo em que estamos desconfortáveis ou um medíocre ou fracassado na empresa que tem o tipo de serviço que adoramos?. Esta questão atormenta muita gente, que às vezes não sabe como programar a gestão de sua carreira. É um dilema sem fim. Todo mundo concorda que as empresas vencedoras precisam de pessoas que vistam a camisa e estejam realizadas no trabalho. Este não é um novo conceito. Mas é uma das regras mais desrespeitadas do mundo corporativo. Existem milhares de pessoas inteligentes, com habilidades e talentos completamente desperdiçados pela falta de motivação. Andam com o freio de mão puxado, inseguras de sua posição no mundo, sem contribuir nem produzir com um quarto do que seriam realmente capazes de fazer. Acho que as pessoas já começam na carreira muitas vezes de forma errada. As empresas estão acostumadas a pensar em termos de oportunidades. Na nossa vida pessoal, temos que começar a pensar diferente: Vejo muita gente falando de planejamento de carreira. Muitas vezes adotam um estilo forçado, um personalidade fragmentada que nem sempre vai formar um profissional adequado ou com a capacidade real de aproveitamento. Essas pessoas podem até conseguir o sucesso financeiro e social, mas é tudo fachada. Por dentro estão destruídas, consumidas internamente por um sentimento

que insiste em atormentá-las sem trégua ou compaixão. É a dúvida mais atroz que existe: se teoricamente tenho tudo para ser feliz, porque não sou? Felizmente existe uma saída. Ao invés de se concentrar no que virá depois, concentre-se no que é mais importante. Na verdade, o trabalho certo para você deveria ser mais parecido com a vida de verdade: às vezes divertido, às vezes agitado, muitas vezes frustrante. Você sabe que encontrou algo que realmente ama quando as contrariedades parecem superficiais e fáceis de contornar. São pequenos obstáculos, que você usa como degraus para o sucesso. Ainda temos o conceito errado de que todo trabalho deve ser desafiador, divertido, e rejuvenescedor. Todos os dias! Como se isso fosse realmente possível. As pessoas que realmente amam seu trabalho raramente falam de como ele é emocionante ou desafiador. Usam termos mais profundos: significado, sensação de bem-estar, realização. Para as pessoas que amam o que fazem, trabalho e vida estão irremediavelmente juntos, não existe uma coisa sem a outra. Devemos concentrar nossos esforços naquilo que realmente importa e não em atividades que achamos que importam. Não fique preso à convenções que a sociedade impõe. Esteja atento ao uso dos seu talento, de suas habilidades e num ambiente onde isto seja realmente fundamental para você e para os seus pares. Estamos todos escrevendo todos os dias a história da nossa

própria vida. Não é uma história de conquistas, mas sim de descobertas. Através de erros e acertos descobrimos qual a verdadeira contribuição que podemos dar ao mundo. Assim, descobrimos que o que no começo parece um grande salto audacioso é apenas um pequeno passo em relação ao destino que nos aguarda. Persiga os sonhos. Seja perseverante e tenha fé. Liderar está intrinsecamente ligado à esta realidade. Vamos correr e estar atento ao que nos interessa e não somente ao que outros possam determinar como fatores para o sucesso pessoal. Cada um é cada um. Óbvio que técnicas de gestão de carreira são importantes. Mas somente elas não farão de você um vencedor. É preciso trabalho e coragem para enfrentar a difícil escolha do caminho. Boa sorte! “Só recebemos do mundo o que damos de coração aberto” (Kant)

Então: Qual é a sua missão? É realmente importante pensarmos qual será nossa missão de vida? Será necessário alinhar nossa vida pessoal e profissional com nossa missão? Essas são apenas algumas das questões com as quais devemos nos preocupar no que tange à nossa missão. Falo de uma missão forte, que nos impulsiona. Refiro-me à sua missão pessoal, particular, única. Independentemente de questões místicas, religiosas, nossa missão é um norte, um guia que pode nos dar o caminho que vamos trilhar alinhados com todas as outras áreas da vida. Se não soubermos para onde desejamos ir, nem o vento mais favorável levará nosso barco para porto algum. Pergunte a si mesmo: O que realmente faz sentido para minha vida? Analisando sua resposta, cabe observar se o caminho que está trilhando o conduz à sua missão. As escolhas de cursos que faz, livros que lê, eventos que participa, pessoas com as quais se associa, tipo de trabalho que executa, seu lazer, sua espiritualidade, suas finanças, seus relacionamentos, coisas com as

Marcelo de Elias

quais alimenta seu intelecto, enfim, os pilares de sustentação da sua vida, estão lhe aproximando ou distanciando-o de suas metas, da sua missão real? Grande parte do stress, das doenças psicossomáticas, de nossos desequilíbrios emocionas, é proveniente de uma vida insatisfatória, sem sentido. Estamos naquele casamento pela comodidade e não por amor verdadeiro. Assistimos à TV pela falta do que fazer, não porque nos faz melhores. Fazemos um curso sem saber se agrega valor para nós. E assim arrastamo-nos por uma vida mediana, insatisfatória, sufocante.

E normalmente colocamos a culpa de nossas insatisfações nas outras pessoas. Precisamos parar de criticar os outros, nossos colegas, nosso chefe, nosso marido, esposa, etc. Não conseguimos mudar o outro, mas conseguimos mudar a nós mesmos, se assim desejarmos. Saiba qual é a sua missão, busque coerência entre seu discurso e sua prática. Faça planos de ação específicos para cada área da sua vida, planos exeqüíveis, possíveis, positivos, com data de começo, meio e fim. Imagine os possíveis obstáculos que irá enfrentar em cada situação, busque alternativa, tendo sempre um plano B. Vai precisar de ajuda de alguém? De recursos? Tome a iniciativa. E observe: todo esse esforço está alinhado com minha missão de vida? Em caso afirmativo, nada, nem ninguém, irá desviá-lo de seu caminho. Esse é um dos segredos dos vencedores. Eles têm uma missão, por isso são tão resilientes e entusiasmados com seus próprios ideais. Vale a pena refletir sobre a sua missão pessoal de vida. Você pode construir sua própria realidade, depende muito de suas escolhas.

Uma cidade sem planejamento Segundo consta, o centro de Cruzeiro teria sido planejado pelos ingleses levando-se em conta a posição da estação ferroviária. Uma rua que levava à Estação e outra que saia dela: Av Cap. Neco e Av. Major Novaes. Não havia Dutra. Os anos se passaram, mais de um século na verdade e, ainda temos como principais as duas ruas citadas. As quadras se tornaram pequenas ao ponto de os semáforos aatrapalharem o trânsito, pois obrigam os motoristas a pararem em intervalos muitos curtos, impedindo a fruição do trânsito. Os pontos de ônibus, que não são respeitados, estão mal colocados no centro e também atrapalham o trânsito. Mãos de direção são invertidas, revertidas e a confusão só aumenta. Nossa lei de zoneamento urbano, uma colcha de retalhos que nenhum governo quis, de forma séria, consolidar em uma só lei, continua a receber novos retalhos que apenas conturbam ainda mais a já avacalhada “vida urbana”. Todos sentimos na pele a desorganização e a falta de planejamento.

Dr. Antônio Claret

Não há ciclovias, a acessibilidade é limitada, o transporte público é horrível, as ruas esburacadas, mal varridas, escuras e sem segurança no trânsito, não há água para todos e nem tratamento de esgotos. Entra prefeito, sai prefeita, a Câmara vocifera, a população reclama, e as coisas não mudam, não andam. Os Conselhos Municipais não são consultados e nem ouvidos e as Associações de Bairro não são chamadas a participar. Eleições só daqui a dois anos, isso se não houver nova cassação.

Mas, temos que refletir sobre que tipo de pessoa gostaríamos que ocupasse o cargo de prefeito. Uma pessoa técnica? Uma pessoa honesta? Uma pessoa comum? Um político profissional? Uma pessoa de outra cidade? Seja quem for, deverá ser uma pessoa de índole austera, aglutinadora, com visão de futuro e capacidade de planejamento, com disposição para o trabalho e para a negociação, com visão moderna da cidade e do meio ambiente equilibrados, além de outras qualidades. Ainda acho que Cruzeiro consegue encontrar o caminho do desenvolvimento, da participação da população na formulação das políticas públicas, da transparência e do trabalho sério pelo bem público. De todos, reputo a participação popular, através dos conselhos, associações de bairro e entidades de classe na formulação e acompanhamento da execução das políticas públicas, como a mais importante das mudanças para Cruzeiro retomar o caminho do desenvolvimento. Seja quem for, me parece que deverá ser diferente de tudo que hoje está por ai.!!!!!

EXPEDIENTE Empresa Paulo Antônio de Carvalho CNPJ 28.813.130/0001-50 • Editor Responsável – Paulo Antônio de Carvalho • Comercial – Silvana Carvalho • Fotos – Daniella Cruz e Manoel Felipe Rua José Florindo Coelho, 409 - Cruzeiro | SP - Cep.- 7712620 - Telefone – (12) 31 452709


“Nada afetará minha disposição pela ética na política”, afirma Thales Gabriel Em entrevista ao O IMPACTO, o presidente da Câmara, Thales Gabriel (PCdoB), afirmou taxativamente que “políticos mal intencionados não têm estofo moral para tentar denegrir minha imagem”. A reação foi durante as respostas às perguntas sobre supostas irregularidades nas obras de reforma do prédio da Câmara. “Tudo será apurado com transparência, não temos o que esconder”, frisou Gabriel. Sobre o relacionamento entre os poderes, o presidente da Câmara citou o que classificou como “arrogância e indícios de desonestidade” os motivos que levaram os vereadores a investir contra a prefeita Ana Karin. “Fomos eleitos para fiscalizar e para mudar os rumos da política em Cruzeiro e jamais poderíamos compactuar com que o estamos assistindo”, disse Thales na entrevista. A ENTREVISTA IN – Você é acusado pelo advogado Marcos Melo de irregularidades na contratação de empresa para obras na Câmara. Como reage? Thales – Primeiro, é necessário que a população saiba que esse advogado foi secretário de Administração do governo de Ana Karin. Agindo com revanchismo, esse advogado tem o objetivo de me nivelar à sua patroa, mas não irá conseguir. As obras na Câmara foram necessárias e o processo de licitação foi aberto e transparente, sem nenhum favorecimento ou prejuízo aos cofres públicos. IN - A empresa teria mudado sua finalidade durante a execução da obra, passando de loja de materiais de construção para prestadora ser serviços de construção civil. Verdadeiro ou não o fato? Thales – Se houve mudança no contexto da empresa, creio que caberá a ela explicar. Para nós, o importante é que a empresa foi contratada pelo melhor preço e executou o trabalho com precisão. O preço inicial foi mantido até o final da obra, não houve nenhum prejuízo aos cofres públicos. IN – Mas, as versões indicam suposto favorecimento na contratação. Thales – Como iríamos favorecer uma empresa se o processo licitatório foi aberto a quem quisesse dele participar. Teria ocorrido favorecimento se a contratação fosse direta. Nesse caso, três empresas participaram da concorrência e ganhou a que apresentou o menor preço. Não há como apontar desonestidade. O que há, sim, é uma jogada sórdida de mandada a tentar denegrir a imagem dos vereadores e a da Câmara. IN – Como você tem certeza de

uma suposta estratégia nesse sentido? Thales – Oras. A resposta está no tempo. As obras na Câmara foram executadas ano passado. Por que não criticaram ou denunciaram naquela época? Depois de aproximadamente um ano, vem alguém ligado à prefeita cassada para fazer denúncias sem fundamento, justamente na véspera de uma eleição. Para qualquer pessoa de bom senso, está claro que a intenção é política, a intenção é a de denegrir a minha imagem. IN – Você não estaria pagando na mesma moeda o que ocorreu com Ana Karin? Thales – Não estou pagando nada. Gente ligada a ela é que tenta isso. Não tenho que pagar nada porque nada de errado eu fiz. A Ana Karin foi cassada porque cometeu desmandos e irregularidades. O povo sabe o que ela fez. Se foi casada duas vezes pela Câmara, inclusive com os votos de seus aliados, é porque ela mereceu. IN – Mas, você participou desse processo. Thales – Claro. Fui eleito vereador para fiscalizar. A partir do momento em que surgiram denúncias, a Câmara não poderia silenciar. Abrimos as investigações com o aval de todos os vereadores e cabe a ela responder por seus atos. Caso me recusasse a participar desse processo de cassação, eu seria um covarde e conivinte. IN – Há rumores de que a cassação de Ana Karin foi uma estratégia sua e do Rafic, o vice. Thales – Não há como falar em armação. Então fui eu quem armou as irregularidades, armou as denúncias, as investigações e as duas cassações? Não há como agir dessa forma. Não cassei a Ana Karin sozinho. Ela foi cassada pelos dez vereadores e as irregularidades cometidas pelo governo dela também foram confirmadas pela justiça. Quanto ao Rafic, é bom lembrar que

ele foi eleito vice-prefeito com a responsabilidade de assumir a Prefeitura quando necessário. Havendo denúncia concreta contra ele, a Câmara também terá que investigar. Agora, se você me perguntar sobre o relacionamento com o Rafic, vou dizer que é bom, sem arrogância ou imposição. IN – Você colocaria dessa forma o relacionamento com Ana Karin? Thales – Ela criou ao longo do tempo grande antipatia no trato com os vereadores e mesmo com outros segmentos da cidade. Ela achava que poderia mandar na Câmara, desfazia de vereadores, agia com arrogância, não respondia aos questionamentos da Câmara. Achava-se impune e que poderia fazer tudo ao seu bel prazer. IN – Fosse diferente ao que você afirma, ela então poderia ter sido poupada? Thales – Não. Eu disse agora há pouco que, mesmo mantendo bom relacionamento com o prefeito Rafic, em havendo denúncias, ele também poderá ser penalizado no final da investigação. Relacionar bem não significa atropelar os interesses da população, ser omisso ou negligente. Mesmo que a Ana Karin mantivesse excelente relacionamento com os vereadores, certamente a maioria iria optar pela cassação devido aos absurdos que ela cometeu. IN – Em sua opinião, até que ponto a alternância no poder pode prejudicar a cidade? Thales – Evidente que a cidade sente os reflexos, mas, se formos pensar assim, nada faremos diante de denúncias. Quem causou tudo isso foi ela. Os vereadores apenas cumprem com a sua obrigação. Apesar dos reflexos para a cidade, o povo ganha com atitudes corajosas como as nossas, o povo fica mais esclarecido, mais atento e passa a exigir mais dos governantes, principalmente ética e transparência.

Polícia prende 185 em operação especial na região Levantamento da Polícia Civil indica que 185 pessoas foram presas na segunda-feira (29) nas cidades do Vale do Paraíba. A operação, coordenada pelo Departamento de Polícia Judiciária do Interior 1 (Deinter 1), é realizada mensalmente visando o cumprimento de mandados de prisão ou de apreensão. Na operação, foram empregados 446 policiais e 143 viaturas. O trabalho foi iniciado às 6 horas e encerrados às 17 horas. Dos 110 mandados de prisão,

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O IMPACTO da Notícia

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59 por falta de pagamento de pensão alimentícia e outros 51 por crimes de roubo e homicídio. Foram registrados ainda 11 flagrantes e mais 40 por uso de drogas. Também foram apreendidos 23 adolescentes e um caso de foragido recapturado. Durante o trabalho foram apreendidos 8,3 quilos de maconha, 339 gramas de cocaína, 41 gramas de crack e 2 armas calibre 38. Também foram apreendidos 1.642 maços de cigarro vindos do Paraguai e 320 mídias falsificadas.

CARRO ROUBADO Na manhã de segunda-feira (29), às 11h30, na Rua Dom Bosco, próximo da Escola Salesiana, Dois homens roubaram um modelo Fiat/Stilo. A proprietária do veículo foi obrigada a entregar a chave a um dos assaltantes, armado com revólver, segundo relatou à polícia. O veículo foi encontrado mais tarde mais tarde na Estrada do Transval. Os bandidos não deixaram pistas.

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Garoto desaparecido teria sido abduzido? O IMPACTO da Notícia publicará nas próximas edições a série de reportagens sobre o desaparecimento do escoteiro Marcos Aurélio Simon, em 8 de junho de 1985, um sábado, durante excursão no Pico dos Marins. Perto de completar 30 anos, o caso é dos mais misteriosos do mundo. A família descarta a crença em morte por acidente ou assassinato. Segundo os pais, não havia motivos para fuga. Nas hipóteses aventadas, há evidências de abdução, interpretam ufólogos que acompanham as investigações. Marco Aurélio, na época com 15 anos, estava no Pico dos Marins com outros quatro escoteiros e o instrutor Juan Bernabeu. Um deles acidentou-se durante a caminhada, por volta das 14h30, o que motivou o retorno do grupo ao acampamento, na base do pico. Marco Aurélio, mesmo contrariando as regras do escotismo, obteve autorização do instrutor para seguir na dianteira na tentativa de agilizar o socorro. Mais tarde, quando Juan e os três escoteiros chegaram à base, Marco não estava lá, tampouco fora visto por moradores. Quase um mês depois, o comando militar encerrou as buscas sem ter encontrado nenhum vestígio. Enquanto dezenas de soldados e voluntários embrenhavam na mata, percorriam trilhas

e encostas, Juan Bernabeu e os três escoteiros não cansaram de responder à polícia e à imprensa a mesma versão, sem nenhuma contradição. Das suposições de videntes, em nenhum local indicado, nada de evidências. O caso foi manchete nos principais jornais, nas emissoras de rádio e de televisão. Apesar da repercussão em todo o País, frustradas todas as pistas sobre a provável localização do escoteiro. Para a família, Marco não tinha motivos para fugir. Corpo não encontrado, fuga descartada e pistas infundadas. “Apenas me correspondo com os desencarnados”, respondeu

certa vez Chico Xavier, o vidente mais famoso do Brasil na época, quando consultado pelos pais do garoto. Então, onde estaria Marco Aurélio? Para ufólogos, o fato ocorrido na segunda noite após o desaparecimento não pode ser ignorado. De acordo com o testemunho dos escoteiros e de outras pessoas, o grito na mata, o som do apito de escoteiro e luzes azuis piscando três vezes entre as árvores são sinais característicos de abdução, caso de pessoa sequestrada por alienígenas. Nas próximas edições de O IMPACTO, a série de reportagens sobre o misterioso caso.


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O IMPACTO da Notícia

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Cruzeiro completa 113 anos da nova cidade

2 de outubro de 1901. A data não é a de fundação de Cruzeiro. É histórica porque marca a transferência do poder administrativo antes instalado no Embaú. Caso raro no mapa brasileiro, Cruzeiro teve dois núcleos urbanos. O primeiro, o Embaú; depois, o Povoado da Estação do Cruzeiro. Também foram dois nomes, o de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro e, em definitivo, Cruzeiro. Os dois tiveram significativa inserção na história do País nos ciclos de transição política, econômico e de avanços tecnológicos nos séculos XIX e XX. Dois núcleos urbanos, dois nomes e duas datas. Além do 2 de outubro, Cruzeiro deveria comemorar o 6 de março de 1871 como o de fundação ou de emancipação político administrativa. Contudo, quiseram os governantes da década de 1940 - aliados a eles alguns historiadores - ignorar a certidão de nascimento, o 6 de março. Oficialmente, foi nesse dia que o governo da Província de São Paulo desmembrou terras de Lorena para a formação de novo município, o de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro, conhecido como Embaú. De fato, Cruzeiro possui oficialmente 143 anos de fundação. Os 113

Zona do Meretrício formou o primeiro núcleo de residências

comemorados em 2 de outubro são por conta da transferência da sede administrativa. A fundação do município de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro foi motivada pela importância política e econômica conquistada pelo Embaú durante o ciclo do ouro. De tribo indígena, o Embaú tornou-se centro estratégico entre São Paulo, Rio e Minas Gerais. Tamanha a importância rendeu-lhe o rótulo de Capital dos Sertões. Por conta, foi elevado à categoria de município em 6 de março de 1871. A partir de 1884, após inauguração da Ferrovia The Minas And Rio, surgiu no entorno da

Estação Central, na junção com a Ferrovia Rio – São Paulo, o pequeno núcleo chamado Povoado da Estação do Cruzeiro. Influenciado pelas duas ferrovias, o povoado apresentou rápido desenvolvimento. Poucos anos bastaram para que a sua importância econômica suplantasse a da cidade. Não havia como o Embaú se manter como sede administrativa e o Povoado da Estação uma simples vila rural. Os papéis, então, foram invertidos por decisão do governo do Estado. O Povoado da Estação passou a ser cidade e o Embaú uma vila rural. Foi o quer ocorreu em 2 de outubro de 1901.

A Capital dos Sertões Em meados do século XVI, por volta de 1860, as expedições bandeirantes avançaram pelas matas nas várzeas do Rio Paraíba (na linguagem indígena: água barrenta) com o objetivo de criar novas vilas e de avançar além das montanhas da Serra da Mantiqueira em busca de riquezas minerais. Jacques Félix, um dos primeiros desbravadores, influenciou o surgimento de Taubaté a partir de 1628. Dois anos mais tarde, surgiu Guaratinguetá e, em 1705, Lorena. De Lorena, os bandeirantes avistaram a acentuada depressão entre as montanhas mais elevadas da Mantiqueira. Por lá, o caminho mais viável para alcançar a região que mais tarde seria chamada de Minas Gerais. Partindo de Lorena, os desbravadores encontraram a tribo dos Puris do Embaú. Os Puris viviam da pesca e da caça, não eram guerreiros,

presas fáceis para os rudes bandeirantes. Nativos, os mais resistentes, acabaram mortos; as mulheres, violentadas; os capturados, feito escravos para carregar as bagagens e abrir trilhas rumo à depressão na montanha. Garganta do Embaú, nome dado á travessia. Em Minas, os exploradores iniciaram o ciclo do ouro a partir de Diamantina e de Ouro Preto. Na rota da trilha em direção a Paraty, no litoral sul do Rio, o Embaú passou a ser estratégico, cruzamento de estradas entre os três estados. O intenso fluxo de tropeiros e de mercadores bastou para a antiga tribo dos Puris ter rápido crescimento. Surgiram casas de comércio e a áreas de plantio agrícola para suprir os primeiros moradores e viajantes. Em 1871, o sargento-mor Antônio Lopes de Lavra iniciou a construção da capela de Nossa Senhora da Conceição do Embaú, concluída seis anos mais tarde. Com fama

de Capital dos Sertões, devido à importância econômica, o lugarejo tornou-se freguesia em 1846. Pouco mais de duas décadas depois, os moradores organizaram um abaixo-assinado para solicitar do governo da Província de São Paulo o desmembramento de Lorena para a fundação do novo município. O ato do governo foi publicado no dia 6 de março de 1871 Por ter sido um dos líderes dom documento assinado por 51 moradores, o Coronel José Joaquim Ferreira foi eleito o primeiro intendente, nome que se dava na época ao prefeito. O nome de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro faz referência à padroeira do município e supostamente ao cruzamento das estradas Minas – Rio e Lorena – Pinheiros. Há versões a indicar que Cruzeiro vem de uma cruz deixada pelas expedições bandeirantes na Garganta do Embaú.

A Cidade do Futuro

Enquanto o Embaú figurava como sede do município, surgia no entorno da Estação Central, na junção de duas ferrovias, o Povoado da Estação, uma vila rural do município de Nossa Senhora da Conceição Cruzeiro. O fluxo ferroviário tiraria das trilhas as tropas de muares. Em vez de burros e mulas em centenas, a Maria Fumaça fazia tudo mais rápido e com economia. O trem revolucionou os meios transportes e mudou o curso do desenvolvimento entre os três estados. Após concluir a Rio – São Paulo, em meados da década de 1870, o Imperador Pedro II liberou a construção da The Minas And Rio. Iniciadas em 21 de abril de 1881, as obras da nova ferrovia foram inauguradas no dia 22 de junho de 1884, numa extensão aproximada de 170 quilômetros entre Três Corações (MG) e a junção com a Ferrovia Rio – São Paulo. Além dos trilhos, foram construídos os prédios da Estação Central, do Almoxarifado e das oficinas. Cerca de quatro mil homens foram empregados nos pouco mais de três anos de

trabalho. Herbert Hunt, o engenheiro inglês responsável pelas obras da The Minas And Rio, também foi encarregado pelo Coronel José Joaquim Ferreira da elaboração da planta das primeiras ruas do povoado que nascia nos arredores da ferrovia mesmo antes da conclusão das obras. Questão de lógica. A junção das duas ferrovias e a Estação Central faziam prever forte fluxo de passageiros, gente que necessitaria de acomodações para comer ou dormir entre os horários de embarque. Na elaboração do projeto urbano, Herbert Hunt traçou uma cidade com aspecto moderno, de ruas largas para os padrões da época, identificadas por números, e de quarteirões bem definidos. Seria, na concepção de Hunt, a cidade do futuro. O núcleo inicial surgiu na área da própria companhia inglesa, no eixo da Rua 2 entre a atual Orhon Barcelos e a Otávio Ramos. Do outro lado, margeando o Paraíba, a Rua 1. Em 1890, o Coronel José Joaquim Ferreira tratou de conseguir a desapropriação de mais 36 hec-

tares de terras da Fazenda Boa Vista para a abertura das ruas 3 e 4, além das paralelas. O momento exigia a desapropriação devido ao franco crescimento do Povoado da Estação do Cruzeiro. Foi com esse moderno formato urbano, influenciado pelo fluxo ferroviário e pela visão futurista do engenheiro inglês, que os cerca de cinco mil moradores do povoado viram chegar o século XX. Num período de trinta anos, o Povoado da Estação enriqueceu com status de novo pólo comercial regional. No mesmo tempo, o Embaú, posto às margens do novo eixo de desenvolvimento, empobreceu, perdeu a importância de antes. Seria inevitável a inversão dos papéis. Em 2 de outubro de 1901, o povoado passou a ser sede administrativa e o Embaú apenas vila rural. Em 1903, mantido apenas o nome Cruzeiro, com a exclusão do da santa padroeira. Em 31 de dezembro de 1936, o Embaú foi transferido para o território de Cachoeira Paulista, em troca pelo Itagaçaba.

Paisagem inspirou Herbert Hunt O engenheiro inglês Herbet Hunt baseou o projeto de arruamento de Cruzeiro no estilo de seu país e inspirado na Serra da Mantiqueira. Hunt admirava os contornos serranos e os comparava às montanhas européias, segundo o comendador Joaquim Amélio Ferreira, agrimensor responsável pela medição das primeiras ruas da nova cidade. “Falta apenas a neve”, dizia o inglês. Pouco antes do início das obras da Ferrovia The Minas And Rio, em 1881, Herbet Hunt tratou da construção da residência oficial dos engenheiros num ponto elevado que possibilitasse visão ampla da várzea do Rio Paraíba. Esse local ficou conhecido como Morro dos Ingleses. A residência oficial (hoje Casa de Nazaré), de tijolos aparentes à moda inglesa de então, foi considerada a mais moderna da região, dotada de água encanada, aquecida no fogão a lenha e de rede de esgoto, estrutura pouco comum para a época. Consta na versão não publicada

nos livros de história que, durante o tempo de elaboração do projeto, Hunt sentava na cadeira da varanda da casa para exercer o imaginário de como seria a nova cidade. O inglês pensou em tudo, na disposição das ruas a oferecer ampla visão da serra e dela receber a melhor circulação de ar. Todas as ruas e avenidas seriam identificadas por números. O legado Hunt ainda predomina. Em meio a ruas largas, o inglês traçou duas estreitas (Major

Hermógenes e Afonso Pena). Essas vias não teriam trânsito de veículos, pois comportariam galerias de águas pluviais desde a Rua 9 até o Paraíba. Esse projeto até hoje não foi executado como previsto. Os prédios, notadamente os públicos, seriam de tijolos a vista, estilo comum em seu país de origem. Desses, resta apenas o do Almoxarifado Central. Por cota das idéias de Herbert Hunt, Cruzeiro foi a sexta cidade projetada do Brasil.

Herbert Hunt comandou uma equipe de aproximadamente quatro mil homens na fase de construção da The Minas And Rio. Durante pouco mais de três anos de trabalho, Hunt sabia que os trabalhadores teriam outras necessidades além do salário, da alimentação e de alojamento. Logo, tratou de destinar uma área entre a Rua 1 e o Paraíba para as “mulheres de vida fácil”, como eram chamadas as garotas de programa, saciassem os trabalhadores. Várias casas foram construídas no local, originando o Bairro do Norte, o primero núcleo de residências da nova cidade. Indiferente aos conceitos sociais influenciados pelos princípios religiosos, o engenheiro inglês raciocinava que a zona do meretrício era fator importante para o desenvolvimento econômico de qualquer cidade. As mulheres atrairiam homens de toda a região; esses gastariam também nos restaurantes, nos hotéis, nas lojas e fariam o dinheiro circular. Com o término das obras da ferrovia, a maioria dos operários voltou para suas cidades de origem. A zona de prostituição, contudo, seguiu crescendo a ponto de tornar-se uma das maiores e mais famosas do eixo Rio – São Paulo.

A procura por mulheres, mais intensa nos finais de semana devido ao forte trânsito de passageiros entre os três estados. Três ou quatros salões sempre repletos. Mulheres bem vestidas, de cabelos laqueados, com decotes acentuados e frestas a exibir parte das coxas desfilavam nos palcos ou entre as mesas para fazer a sensualidade aguçar os desejos libidinosos. As noites dos finais de semana pareciam dos boêmios vindos das cidades da região e das duas capitais. Da própria cidade, os “homens de bem”, os ricos comerciantes e fazendeiros tinham o privilégio de suas reservas antes do sol se por. Não iriam, óbvio, arriscar a noite na prostituição. Afinal, qualquer deslize fatalmente comprometeria o status social. Alguns mantiveram casos exclusivos na zona. Houve até quem montasse casas na cidade para retirar do ambiente promíscuo aquelas por quem se apaixonavam. Dizem os relatos que vez ou outra o padre Laquis Cossermeli, pároco da Igreja Matriz, habituava estar na zona para rezar e pedir o perdão divino às mulheres. A sociedade via o centro de prostituição com preconceito, porém sem reações porque entendia que dele vinham dividendos

financeiros para a economia local, espelhando o entendimento do engenheiro que projetou a cidade. Além do dinheiro dos visitantes, as mulheres gastavam grandes somas no comércio. De tão confiáveis, seus gastos eram apontados em cadernetas. Havia dois pontos com dezenas de charretes, várias delas a disposição das mulheres fáceis de serem identificadas pelas elegantes vestimentas. No início da década de 1970, no entanto, houve o levante da cruzada religiosa a pressionar as autoridades locais. A repressão ganhou força principalmente depois do ataque de uma das mulheres ao delegado Lins. O policial, ferido levemente com uma navalha, passou a empregar toda a sua autoridade. No decorrer dos anos, a zona perdeu força até a extinção em meados da década. Não há nos livros de história de Cruzeiro qualquer citação a respeito da Zona do Meretrício. Historiadores comprometidos com sociedade conservadora não iriam retratá-la como o primeiro núcleo de casas da nova cidade, tampouco reconheceriam a importância da zona para a economia local durante os quase cem anos de existência.

Pesquisar, investigar e historiar são palavras com os mesmos sinônimos, mas com resultados diferentes dependendo de quem executa a tarefa. Diferente de pesquisadores ou de historiadores, Vicente Vale tornou-se o investigador do passado de Cruzeiro e da região. Nascido em Borborema (SP), Vicente adotou Cruzeiro como a terra do coração ainda na infância. Vicente Vale torna notável seu trabalho por não se prender apenas aos detalhes superficiais dos fatos. Como um investigador, penetrar nos arquivos e estar atento aos mínimos detalhes são

tarefas para as quais dedica boa parte de seu tempo. Não fosse pelo aguçado interesse, muitos fatos importantes da história de Cruzeiro estariam ainda no porão do esquecimento. Fotos, documentos, relatos ou recortes formam o volumoso arquivo do investigador. Nas pesquisas em museus, nos arquivos oficiais, nos cartórios, não importa onde estejam as evidências, Vale está sempre disposto a esmiuçar. Dessa forma, descobriu documentos preciosos que desmentem ou confirmam versões, afloram fatos ocultos ou os capazes de desmascarar as inverdades. As

descobertas de Vicente Vale tornam necessário recontar a história de Cruzeiro.

Durante o ciclo do ouro, enormes as tropas de muares que cruzavam as terras do Embaú. Algumas com até cem burros e mulas. O único meio de transporte exigia semanas de cansativas viagens entre os três estados. De Minas vinham as riquezas naturais; de São Paulo e Rio de Janeiro, as cargas de alimentos, de tecidos, de utensílios, etc. Todas se encontravam nos arredores da capela de Nossa Senhora da Conceição. Nas fazendas próximas, surgiram os “estacionamentos” para o descanso das tropas, onde também pernoitavam os tropeiros. O intenso fluxo exigiu a abertura das primeiras lojas, ou vendas como eram chamadas na época. Em 1846, mais de três décadas antes da fundação de Cruzeiro, havia sete comerciantes no Embaú, segundo relatos do Almanak Laemmert, do Rio de Janeiro. No ano da fundação do município, em 1871, era 18 lojas de tecidos e outros 27 de secos e molhados, totalizando 45. A partir de 1884, após inauguração da Ferrovia The Minas And Rio, o transporte ferroviário influenciou definitivamente no cenário econômico. As tropas de muares foram aniquiladas pelos vagões ferroviários. Neles, mais cargas e menos tempo de viagem. A concentração comercial, antes no Embaú, naturalmente foi desviado para os arredores da Estação Central, originando o Povoado da Estação do Cruzeiro, onde surgiram, casas de secos e molhados, de tecido, hotel e padaria. O comércio não parou de crescer e o povoado tornou-se pólo regional. Tanto na sede primitiva no Embaú como na nova cidade, os portugueses foram os primeiros negociantes. Perto de 1920, a

chegada das famílias Zappa, Caruso e Abdalla marcou a estréia de italianos e libaneses no comércio. No final da década de 1940, Cruzeiro contava cerca de 40 mil habitantes, apontada ao lado de Taubaté como as cidades promissoras do interior do Estado. Nesse tempo, Cruzeiro se consolidou como referência comercial regional com a abertura da Casas Pernambucanas, em 16 de novembro de 1948, a primeira rede nacional de lojas na cidade. Depois da fase de grandes riquezas, o comércio local entrou no período de ostracismo no início da década de 1970. Dominado por alguns comerciantes tidos como grandes, o centro comercial deixou de ser atrativo, consequência da manipulação de preços e da forte resistência à chegada de novos investidores. Para os dominantes do comércio, a instalação de novas e grandes lojas “atrapalharia esse ou aquele”. O cenário de domínio perdurou por quase trinta anos, tempo necessário para tirar da cidade o rótulo de pólo regional comercial. O grupo de comerciantes amigos contava ao seu lado a Lei da Semana Inglesa, pela qual o comércio fecharia todos os dias pontualmente às 18 e encerraria a semana às 13 horas de sábado. A lei, que desestimulava novos e grandes investimentos, acabou em 1998. Entendia o prefeito Fábio Guimarães, apesar da forte resistência de comerciantes e de comerciários, que a extinção da Semana Inglesa fomentaria o crescimento do comércio. Guimarães estava correto. Nos anos seguintes, o comércio voltou a crescer como jamais visto antes. BASE ECONÔMICA Para o presidente do Sindicato

O Investigador do Passado

Tropeiros motivaram o surgimento do comércio

do Comércio Varejista, Anderson Babboni, o novo ciclo de crescimento do comércio demonstra a vocação da cidade. “O comércio é a principal variante de estímulo à economia do município”, diz o empresário. A localização estratégia de Cruzeiro é o fator motivador de novos investimentos. “Não adianta vivermos da utopia de atração de grandes indústrias, com milhares de postos de trabalho. Cruzeiro é adequada para as pequenas e médias empresas. Nesse contexto, devemos pensar também no segmento de prestação de serviços. A cidade necessita de políticas públicas de incentivo aos empresários já fixados e para a atração de novos”, explica Babboni. Além de defender a atração de pequenas e médias indústrias, o empresário atenta ainda para outro segmento econômico. “A cidade precisa pensar que sua localização é altamente favorável à instalação de universidades. Esse é outro segmento fundamental para a economia. O poder público precisa agir dessa forma, com incentivos às pequenas e médias empresas, fomentar as empresas prestação de serviços e atrair mais cursos universitários. Dessa forma, a cidade terá crescimento ordenado e sem a dependência dessa ou daquela empresa”, defende Anderson Babboni.

Cidade de grandes encantos, abençoada pelo símbolo sagrado, emoldurada pela exuberância. Cidade de gente trabalhadora, capaz de superar barreiras e de seguir pensando no futuro. Parabéns, Cruzeiro. São os votos do Sindicato do Comércio Varejista de Cruzeiro


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O IMPACTO da Notícia

1 de outubro de 2014

Data de aniversário foi mudada em 1949 Grupo Comunista influenciou formação do primeiro sindicato da cidade

Até 1948, Cruzeiro comemorou o 6 de março de 1871 como data de fundação e de emancipação, tendo em vista que nesse dia ocorreu o desmembramento de parte do território de Lorena para a formação do município de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro, com sede no Embaú. Por razões que causaram profundo desrespeito à história, a verdadeira data acabou desprezada a partir de 1949. Nesse

ano, no dia 8 de agosto, o prefeito Antônio de Oliveira Pimentel sancionou a lei nº 47, de autoria do vereador Alberto Gússen, estabelecendo o 2 de outubro como o Dia da Festa. Alberto Gússen talvez tenha sido induzido pelo irmão, Pedro Gússen, historiador que parecia não aceitar a verdadeira certidão de nascimento de Cruzeiro. Dessa forma, prevaleceu a vontade de um historiador em detrimento

dos verdadeiros fatos. Mesmo sabendo do gravíssimo erro dos irmãos Alberto e Pedro Gússen, o prefeito Pimentel sancionou o projeto. A data de 2 de outubro de 1901 representa apenas a transferência da sede administrativa. Não houve, nesse dia, a formação de novo município e não há como insistir na afirmação a respeito de emancipação ou fundação.

Duros na Queda

Durante mais de um século, o domínio político de Cruzeiro esteve no centro das disputas marcadas por dois grupos. A partir de 1872, mesmo nas épocas de pluralidade partidária, num período que se estendeu até o início da década de 1990, a cidade pendia vezes para um lado, vezes para outro. Foram ao menos dois ciclos históricos, os chamados tempos dos coronéis da política, marcados por grande rivalidade. Grandes embates tiveram o Major Manoel de Freitas Novaes e o Coronel José Joaquim Ferreira. Monarquista, Novaes lutava para preservar sob seu domínio o Povoado da Estação até que a nova cidade tivesse seu sobrenome. Republicano, Ferreira não abria mão da liderança conquistada a partir da fundação do município de Nossa Senhora da Conceição do Cruzeiro. Nas principais disputas entre os dois, o coronel saiu vitorioso Manoel Novaes veio de Queluz para Cruzeiro perto de 1865 para casar-se com Fortunata Joaquina do Nascimento, proprietária da Fazenda Boa Vista. Ele, com cerca de 35 anos; ela, com 65, um casamento que rendeu comentários. Fortunata, viúva de dois casamentos anteriores, analfabeta, não possuía herdeiros. Quem conquistasse sua predileção, herdaria uma das maiores fazendas da região. Novaes, dentre muitos pretendentes, foi o escolhido. Com a morte de Fortunata, nove anos depois, Manoel Novaes tornou-se uma dos fazendeiros de café mais poderosos da região. José Joaquim Ferreira, filho de portugueses, veio de Arrozal (RJ) para o Embaú pouco antes de 1870, aos 30 anos de idade, para investir em cafezais. Foi um dos líderes do movimento para a fundação de Cruzeiro em 6 de março de 1871, tornando-se o primeiro prefeito.

Coronel José Joaquim Ferreira

Major Novaes

Hora um, hora outro, Ferreira e Novaes estabeleceram alternância no poder durante mais de uma década. No centro da disputa, o surgimento de Cruzeiro. O maior embate entre os dois ocorreu entre 1890 e 91. Nesse período, o Povoado da Estação, atrofiado entre a Rua 2 e a ferrovia, necessitava de mais espaço para crescer. Para tanto, mais terras da fazenda Boa Vista seriam necessárias. Difícil a negociação entre os moradores e o Major Novaes. De um lado, os que desejam invadir as terras para construir casas. A invasão foi incentivada pelo Coronel Ferreira. Do outro, a forte resistência de Novaes. À noite, os capangas dele derrubavam as paredes erguidas de dia pelos invasores. A reação despertou grande insatisfação. Novaes chegou a propor que os futuros moradores construíssem casas em suas terras desde que todos se dispusessem a pagar aluguel do terreno ocupado. Considerada absurda, a proposta foi duramente recusada. O Coronel José Ferreira soube como tirar proveito da situação. No Jornal Gazeta, do Rio de Janeiro, ele tratou de publicar

manifesto dos moradores contra o major. A publicação repercutiu no momento em que o José Ferreira tratava da desapropriação de mais terras da fazenda para a abertura de novas ruas no Povoado da Estação. E conseguiu. Em 1890, o governo da Província de São Paulo desapropriou mais 36 hectares, para a abertura das ruas 3 e 4, além das paralelas. O Major Novaes não deixaria por menos. No momento de abertura das novas ruas, o major empregou suas influências para conseguir da Província, em junho de 1891, a transformação do Povoado da Estação do Cruzeiro em município. Queria ele que a cidade se chamasse Novaes. Contudo, o Coronel José Ferreira mais uma vez lançou seu poder de fogo político até a anulação do decreto cerca de um ano depois. Em julho de 1892, o povoado voltou as ter o nome de origem, Cruzeiro. A disputa entre os dois cessou coma morte de Manoel Novaes em agosto de 1898. O Coronel José Ferreira viveria até 1934, para testemunhar a transição de 2 de outubro de 1901 e ainda a primeira fase de acentuado desenvolvimento de Cruzeiro.

O Reinado Avelinista

Na virada da década de 1940 para a de 50, dois líderes políticos entraram para a história, os médicos Diogo Bastos e Tranquelino Avelino de Freitas Júnior. Veterinário e clínico geral, Avelino Júnior chegou a Cruzeiro pouco antes de 1950 para trabalhar na inspeção federal do Frigorífico Cruzeiro. Logo, abriu consultório no centro da cidade e ganhou fama por conta das consultas gratuitas aos pobres. Avelino não ostentava pretensão política alguma. No entanto, sua fama motivou o convite de Diogo Bastos para o ingresso na política. Bastos comandava a cidade desde a ditadura Vargas, da década de 1930. Ter Avelino postado ao seu lado fortaleceria o grupo político. Após várias recusas, Diogo Bastos teria tentado a transferência de Avelino para outra cidade. Por pouco, não conseguiu porque Avelino contava com boa influência na Inspeção Federal.

Em novembro de 1968, as eleições municipais marcaram o surgimento de dois novos líderes. Com foco no discurso da modernização da cidade, o advogado Hamilton Vieira Mendes pôs fim ao reinado avelinista ao eleger-se prefeito. Na Câmara Municipal, uma cadeira estava destinada a João Bastos Soares, um professor com discurso profundamente persuasivo. Apesar de embriões que ligavam Hamilton aos bastistas e João aos avelinistas, a renovação de 68 perdeu o elo com o radicalismo do passado. Oposição e situação travavam polêmicas, mas

Avelino

Diogo Bastos

A reação veio em seguida com a decisão do médico veterinário de ingressar na política, porém, no grupo de oposição a Bastos. Eleito vereador em 1948, Avelino elegeu-se prefeito quatro anos depois com extrema facilidade. A forte resistência imposta ao

projeto do prefeito Antônio Oliveira Pimentel, de captação de água no Rio Paraíba, alavancou a candidatura de Avelino. Não havia quem capaz de impedi-lo. Aniquilado, o grupo de Bastos teve que suportar o reinado avelinista durante vinte anos.

A Renovação

João Bastos

Hamilton Vieira Mendes

sem os rancores dos vinte anos anteriores. Hamilton Mendes fez entre 69 e 73 governo que o projetou para a história como um dos melhores governantes, abriu portas para

novas indústrias e mudou boa parte do aspecto urbano. Mesmo assim, teve que esperar mais vinte anos para conquistar, em 1988, novamente a cadeira de prefeito. Empossado em janeiro de 99, Hamilton Mendes morreu um ano e meio depois, vítima de enfarto. João Bastos, por sua vez, tornou-se dono da carreira meteórica ímpar na história. Eleito prefeito em 1976, saltou em 82 para a cadeira de deputado federal e deputado estadual em 1986, foi secretário de estado do Trabalho e da Indústria e Comércio. Seu pior momento ocorreu em 90. Fracassado na reeleição para estadual, parecia ter encerrado a carreira em cinzas. Como a fênix da mitologia grega, João Bastos ressurgiu com extraordinária vitória nas eleições para prefeito em 1992. Antes de encerrar o mandato em 97, acumulava problemas coronários, posteriormente síndrome do pânico e Mal de Parkinson, até falecer em 2007. Hamilton Vieira Mendes e João Bastos Soares foram as últimas duas grandes lideranças políticas da cidade.

O embrião do sindicalismo em Cruzeiro surgiu num tempo de intolerância do governo e de boa parte da população brasileira em relação aos comunistas. Foram eles os mentores da extensão do Sindicato dos Ferroviários do Rio de Janeiro a Cruzeiro na década de 1930. Independente da posição política adotada, os sindicalistas eram encarados como baderneiros e subversivos diante de sociedade com forte apego ao conservadorismo. O movimento comunista no Brasil foi oficializado no dia 7 de novembro de 1921, com a fundação do Grupo Comunista do Rio de Janeiro. No primeiro congresso nacional, entre 25 e 27 março de 1922, havia gente de Cruzeiro dentre os pouco mais de 70 presentes. A partir desse encontro, outras bases foram formadas no interior do País. Em Cruzeiro, segundo narrativas do jornalista José Campos e do vereador Manoel Ferreira da Silva Filho, o “Barulho”, as reuniões realizadas num galpão diante da Igreja de Santa Cecília, na Rua 3, “eram sigilosas para evitar a repressão policial”. Os encontros mensais também contavam com líderes dos comunistas da capital fluminense. “Quando a polícia chegava, a gente pulava

os muros do fundo e corria pela Rua 4”, dizia Barulho. Das reuniões às escondidas, surgiu a idéia de formação do Sindicato dos Ferroviários da Estrada de Ferro Sul Minas, com sede em Cruzeiro, quase dez anos após. A categoria formava grande contingente de trabalhadores das oficinas, dos escritórios e da estrada de ferro. A posse da primeira diretoria ocorreu em 26 de março de 1933, no Teatro Capitólio, com a presença de Pontes de Miranda, escritor e advogado renomado no País. Além de defender a categoria dos ferroviários, o sindicato também seria um canal de propagação do comunismo. Pouco antes da fundação, em 22 de janeiro de 33, o jornalista Durval Pereira laçou na cidade o Jornal O MOMENTO. Durval, nascido numa localidade próxima de Angra dos Reis (RJ), ferroviário aposentado, fixou residência com a família em Cruzeiro. No dia da posse dos diretores do sindicato, o jornalista anunciou que O MOMENTO seria o porta-voz sindical. No entanto, O MOMENTO foi efêmero. Apenas 47 edições até seu fechamento em dezembro do mesmo ano pela repressão contra os comunistas. Pelos artigos publicados, Durval Pereira

Em 1955, um grupo de operários decidiu criar a Associação Profissional dos Metalúrgicos de Cruzeiro. Na liderança, João Roque precisou de muita habilidade para evitar que a entidade fosse encarada pela direção da FNV como uma frente sindical. Roque sabia que o contexto nacional era quase que por completo desfavorável ao sindicalismo. Os próprios operários temiam a reação patronal. Na estratégia de João Roque, a associação seria apenas uma fachada da atuação sindical que se fortaleceria ao longo dos anos. Foi que ocorreu. Da associação, surgiu o Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro. “Ser sindicalista não é fácil, ainda mais na década de 70, no auge da ditadura militar. Era necessário ser corajoso para enfrentar o regime e a arrogância de parte dos empresários, para quem as máquinas tinham mais valor que os trabalhadores”. A afirmação é do líder sindical José Firmo, a maior expressão da história do sindicalismo local e regional. Através do enfrentamento, das greves, dos piquetes e das cansativas negociações, José Firmo compôs o seleto grupo de sindicalistas capazes de impor a força operária no cenário nacional durante os anos de 80. Eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Cruzeiro,

José Firmo encerrou a carreira como presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. Durante 19 anos, de 1975 a 1994, além da projeção nacional, Firmo reorganizou o sindicato e fez escola. O sucessor, José Odário de Souza, reconhece que a popularidade do líder sindical foi preponderante na sua primeira eleição. Com estilo próprio, Odário fortaleceu sua atuação nas bases operárias e por mais duas vezes venceu a disputa sindical com tranquilidade. Após 12 anos de mandato, José Odário abraçou a candidatura de seu vice, Jumar Batista da Silva, eleito há pouco para o terceiro mandato. Nas relações entre patrões e empregados, Odário e Jumar

foi apontado pelo DEOPS como “Vanguarda do Comunismo na região”. Mesmo após a extinção de O MOMENTO, o jornalista manteve a militância de esquerda. Em 1936, o Sindicato dos Ferroviários de Cruzeiro fracassou na tentativa de evitar o fechamento na cidade das oficinas e dos escritórios da estrada de ferro. O governo havia decidido transferir toda a estrutura para Divinópolis (MG). Em sinal de protesto, o sindicato deflagrou greve e bloqueou a Ferrovia Cruzeiro – Minas, na altura do Bairro do Pontilhão, para evitar os trens que levariam o mobiliário e as máquinas das oficinas. “Nós bloqueamos a ferrovia enquanto o Diogo Bastos tentava ajuda do governador de São Paulo para evitar o fechamento. Certamente, sem as oficinas e os escritórios, a economia de Cruzeiro entraria em colapso. Depois de dois dias de espera, recebemos um telefonema do Bastos. Ele dizia que estava tudo bem, que acabássemos com o bloqueio da ferrovia porque haveria negociação. Na madrugada do dia seguinte, com a ferrovia liberada, o trem seguiu para o Sul de Minas. Caímos num conto”, disse certa vez o diretor do sindicato, José Campos.

Geração Firmo consolida força sindical

José Odário, José Firmo e Jumar Batista

testemunharam a transição do sindicalismo brasileiro. Se antes havia a necessidade de enfrentamento, hoje a tendência é de negociação. “Isso tudo somente é possível porque lá atrás homens como José Firmo fizeram os trabalhadores sentarem á mesa de negociação no mesmo nível dos empresários”, afirma Jumar Batista. Nesses 39 anos, desde José Firmo a Jumar Batista, além das conquistas, o sindicato também ganhou perfil moderno em suas instalações, disponibilizou centro de lazer e de festas no Passa Vinte e incrementou o atendimento social. Todos os esforços levaram o sindicato local à consideração de terceira maior força operária no Vale paulista.


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O IMPACTO da Notícia

Em 32, Cruzeiro sediou a Expo Minas – São Paulo

1 de outubro de 2014

Paula Jardim fatura Bronze no México

Organizadores cuidaram de tratar a fachada de acesso com visão futurista

No dia 6 de março de 1932, os 61 anos de fundação de Cru-

zeiro foram marcados por um dos maiores eventos da história.

Nos estandes, os produtos cultivados na região

O programa da Expo Minas – São Paulo convidava todos os brasileiros para a festa em Cruzeiro.

A Exposição Agropecuária e Industrial Minas – São Paulo obteve repercussão nacional. Organizada pelo Ministério da Agricultura, Prefeitura e secretariais estaduais de agricultura dos dois estados, a mostra reuniu milhares de pessoas de todas as partes do País. Na época, Cruzeiro contava cerca de 30 mil habitantes. Em termos proporcionais, a cidade jamais registrou tamanho fluxo de expositores e de visitantes. Realizada no Estádio Rosalina Novaes (atual Praça Nova) a expo reuniu agricultores e pecuaristas do Vale do Paraíba e do Sul de Minas. O transporte ferroviário de bovinos e de produtos agrícolas foi oferecido gratuitamente pela RMV (Rede Mineira de Viação). Ao Ministério da Agricultura, coube a premiação por categoria de expositor. Foco da grande festa foi a motivação para a diversificação do meio rural. Com a decadência das lavouras de café, os governos direcionavam os ruralistas para outros segmentos de plantio e, notadamente, para a pecuária leiteira e de engorda de bovinos. Seria esse o caminho para o novo ciclo de desenvolvimento econômico do meio rural.

• Sugestões • Reclamações • Agradecimentos • Contestações impactonoticia@bol.com.br

Vigor fomentou pecuária leiteira em Cruzeiro

Waldir Bastos

200 mil litros/dia de leite das fazendas de Cruzeiro e da região. A maior parte, destinada à capital, seguia no famoso Trem Leiteiro. Na usina, o leite passava pelo resfriamento antes de os latões serem embarcados todos os dias, no final da tarde, em dois vagões ferroviários. PECUÁRIA GEROU LÍDERES Até a década de 1820, Cruzeiro manteve uma das maiores bacias leiteiras do Vale paulista, ao lado de Guaratinguetá, de Pindamonhangaba e de Taubaté. Nesse período de status da pecuária local, os fazendeiros Waldir Bastos e Jorge Rubez ganharam projeção no cenário nacional. Waldir Bastos, natural de Cachoeira Paulista, dono de duas fazendas da raça holandesa em Cruzeiro, passou pelo Sindicato Rural de Cruzeiro, pela Cooperativa de Cachoeira antes de chegar à presidência da Cooperativa Central de Laticínios do Estado de São Paulo, cargo que ocupou

anos de idade, incentivada pela irmã Andressa que já nadava e competia. Treinou com o professor Geraldo, na ESC- ESEFIC até 2007. Em 2008 passou a integrar a equipe do Itaguará, de Guaratinguetá onde treinou por 3 anos antes de ser contratada pelo Esporte Clube Pinheiros, na capital. Paula, ao longo de sua carreira, conquistou vários campeonatos, destacando alguns importantes, como o Peixinhos e Golfinhos no inicio de sua trajetória, campeã por seis vezes, campeã Paulista de Maratona Aquática, Campeã Troféu Kim Molo, Campeã Paulista, Campeã Brasileira. Todos estes títulos por várias categorias que passou.

é obrigada a pagar anuidade. O pagamento está atrasado há vários anos. O montante da dívida seria de R$ 12 mil. Robertão explica que o pagamento das anuidades é de responsabilidade da Prefeitura. “A exemplo de outras entidades, a Prefeitura mantém convênio com as ligas e associações, assumindo a responsabilidade pelo pagamento das anuidades, como forma de incentivo ao esporte amador”, explicou o dirigente. Robertão alega que foram várias as reuniões entre ele e Rafic. “Ele ainda era o secretário de Finanças, prometia dar um jeito e só enrolava, o tempo passou e agora a Federação está me cobrando na justiça, é meu nome

que está em jogo”, relatou. Na quinta-feira, por volta das 15h30, Robertão se reuniu com um advogado. “Além de grosseiro, o advogado nada resolveu”. Irritado, Robertão invadiu o gabinete oficial e, segundo relatou, atirou os boletos bancários na cara do prefeito e teria afirmado: “você vai ou não pagar essa conta e parar de me enrolar?” Rafic, por sua vez, não teria reagido. A Guarda Municipal foi acionada, porém Robertão saiu antes, acompanhado de um assessor do prefeito. Na segunda-feira (29), Robertão comentou o episódio na Câmara Municipal, reclamando que a conta da Federação ainda não foi paga.

Rafic leva contas na cara

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Findado o ciclo do café, na década de 1920, as fazendas da região passaram a apostar na pecuária leiteira a partir da década seguinte. A linhagem bovina não possuía fatores genéticos capazes de grandes volumes de produção. Vaga boa de leite aquela que produzia perto de dez litros/dia. Das fazendas, o leite chegava à cidade in natura e vendido em latões dispostos em carroças, sem nenhum controle de qualidade. Outra parte seguia para alguns laticínios da região. Em 1952, a instalação da Usina Vigor em Cruzeiro impulsionou a produção. Os pecuaristas passaram a investir na qualidade da genética dos animais, abrindo portas para o gado holandês, de alta lactação. As fazendas entraram, dessa forma, na era da modernização. José Cipriano, Antônio Ferreira de Carvalho, João Lombardi, Ignácio Rubez, Hugo Bueno, Waldir Bastos, Sebastião Macaco, dentre outros, foram os primeiros a apostar no novo formato leiteiro. Nos anos de 80, Valmir Spinelli iniciou a fase de informatização das fazendas. No auge, a Vigor chegou a captar

A atleta cruzeirense de natação conquistou a Medalha de Ouro por equipe no Festival Olímpico Panamericano, disputado no domingo (28) na Cidade do México. Antes, na sexta-feira (27), a cruzeirense havia conquistado a Medalha de Bronze. Paula Jardim, do Esporte Club Pinheiros, na capital, integra a Seleção Brasileira de Natação. Na sexta-feira, Paula Jardim foi a terceira colocada nos 100 metros livres individual. No domingo, por equipe, ela conquistou Ouro nos 4x200 metros livres. Paula Jardim Escamilla Togeiro Galvão, filha de César Escamilla Togeiro Galvão e Andréa Aparecida Jardim Escamilla Togeiro Galvão, começou a nadar com 03

por 24 anos, até a sua morte em janeiro de 2005. Mesmo caminho nas bases do cooperativismo seguiu Jorge Rubez. Há mais de vinte anos, Rubez ocupa a presidente da Associação Brasileira de Produtores de Leite - Leite Brasil, a maior entidade representativa do setor na América do Sul.

Jorge Rubez

Em janeiro de 2003, o então presidente do PT, José Genoíno, levou uma torta na cara de uma jovem manifestante no momento de uma entrevista. No começo de setembro, um ministro foi jogado dentro de uma lixeira na Ucrânia. Em Cruzeiro, na quinta-feira (25), o prefeito em exercício, Rafic Simão, PMDB, teria levado contas na cara. O autor da inédita façanha em Cruzeiro foi Roberto Tadeu da Silva, o Robertão, presidente da Associação Cruzeirense de Voleibol. Assessores do gabinete de Rafic comentam que os papéis foram jogados sobre a mesa, sem atingir o prefeito. Por ser filiada à Federação Paulista, a Associação de Vôlei local,

Ana Karin sofre mais uma derrota na Justiça A prefeita afastada, Ana Karin, PR, sofreu mais um revés na tentativa de retornar ao cargo. Na quinta-feira (25), o juiz Bruno Luiz Costa Buran negou liminar ao pedido de nulidade dos atos da Câmara no caso dos requerimentos de informações não respondidos dentro do prazo legal. Foi a terceira tentativa frustrada. De acordo com o entendimento, Ana Karin terá que desistir as ações de liminares e aguardar o julgamento do mérito. Ainda não há previsão para a decisão final. “Porém, já é a terceira ação judicial neste sentido, sendo que as outras duas estão com os autos

conclusos para sentença de mérito. Dessa forma não há razão jurídica para reputar necessário ou adequado o presente pedido, a não ser o inconformismo da autora com o indeferimento das liminares em primeira, segunda instâncias, além da confirmação dessas decisões na instância de superposição, isto é, no Superior Tribunal de Justiça”, justificou o juiz. Ana Karin foi afastada pela Câmara no dia 27 de março. 19 dias após, uma liminar garantiu o retorno ao cargo. No dia 15 de julho, a liminar foi cassada pelo Tribunal de Justiça.


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O IMPACTO da Notícia

1 de outubro de 2014

Cidade ficou ilhada na Revolução de 32

A localização estratégica de Cruzeiro atentou as estratégias das forças paulistas e federais durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Por conta do comando de São Paulo, soldados paulistas e mineiros partiriam de Cruzeiro rumo ao Rio de Janeiro na tentativa de tomada do Palácio do Catete, sede da Presidência da República. A estratégia fracassou. Após acordo com o presidente Getúlio Vargas, o comando mineiro mudou de lado. Em vez de aliada, a tropa mineira passou a ser inimiga do levante paulista. Em Cruzeiro, na Escola Arnolfo Azevedo, estava o quartel do general Euclides Figueiredo, de onde partia o comando regional de São Paulo. Tomar a base militar, para Getúlio Vargas, essencial para aniquilar o avanço paulista. A invasão de Cruzeiro começou pelo Grande Túnel, na Serra da Mantiqueira, local de sangrentas batalhas, onde mais de duzentos soldados foram mortos. Pelos lados de Queluz e de Cunha, as tropas paulistas foram encurraladas. Nesse cenário, em vez de avançar sobre o Rio

de Janeiro, os paulistas foram obrigados a se defender. Não havia como os inexperientes e mal armados soldados da revolução resistir ao pesado poder de fogo das tropas de Vargas. Metralhadoras, canhões e aviões, os famosos “Vermelhinhos”, aterrorizaram Cruzeiro por cerca de dois meses. Nesse tempo, a cidade ficou ilhada, o comércio praticamente estagnou; ninguém chegava,

nem partia com a paralisação do transporte ferroviário. A rede de telefonia, cortada. Mesmo a zona do meretrício, habituada ao grande fluxo, parecia deserta. Por lá, apenas os fardados. Derrotados, os paulistas foram obrigados a aceitar o Acordo do Armistício proposto por Getúlio Vargas. Nas entre linhas, rendição assinada no dia 2 de outubro de 1932, na Escola Arnolfo Azevedo.

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Comitiva Imperial pernoitou na casa de Herbert Hunt

Para a visita de inspeção à construção da Ferrovia The Minas And Rio, a comitiva de Dom Pedro II passou a noite do dia 24 de junho de 1882 na residência oficial dos ingleses, a convite do engenheiro Herbert Hunt. Na manhã do dia seguinte, a comitiva seguiu até as obras de abertura do Grande Túnel, na divisa com Minas Gerais. De acordo com jornais da época, a Comitiva Imperial desembarcou no Povoado da Estação do Cruzeiro às 17h30 do dia 24. Após calorosa recepção, todos seguiram para a residência de Herbert Hunt, para jantar às 19 horas em ponto, seguindo os hábitos ingleses. Na manhã seguinte, às 7 horas, Pedro II e sua comitiva participaram de mina na Capela de Santa Fortunata, na Fazenda Boa Vista, antes seguir até o Grande Túnel. Ao contrário de algumas versões criadas, a Comitiva Imperial não pernoitou no casarão da Boa

Vista. Apesar da imponência, o casarão não dispunha de instalações sanitárias. Banhos em bacias e necessidades fisiológicas em pinicos não caberiam no contexto da importante visita. Na casa dos engenheiros ingleses havia de tudo, água encanada e aquecida através de serpentinas em fogão a lenha, banheiro e

rede de esgoto. Considerada a mais moderna da região, a casa de Hunt teve o privilégio de hospedar a Comitiva Imperial. Além de Dom Pedro, outras dez pessoas de significativa importância compuseram a Comitiva, dentre elas a esposa dele, Teresa Cristina; Conde D’Eu e a esposa Princesa Isabel.

Curiosidades da história ■ Em 1906, foi inaugurado o Para Todos, o primeiro cinema da cidade, localizado na esquina da Rua 2 com a Capitão Neco. O freqüentadores, se quisessem mais conforto, tinha que levar cadeiras de suas casas. ■ A primeira eleição direta para prefeito de Cruzeiro ocorreu em 1908. Vitorioso, o Major Hermógenes governou até 1910. ■ Em 1913, José Florindo Coelho implantou a companhia telefônica entre Cruzeiro e Guaratinguetá. Em 32, durante a revolução, a companhia foi destruída. ■ Carlos Rosset, engenheiro, foi o primeiro proprietário de veículo automotor da cidade. Em 1908, comprou um modelo Ford, capaz de alcançar 40 Km/h. Surgiu também o posto de combustível do Coriolano, na esquina do conhecido Beco da Estação, na Rua 2.

■ Celestina Novaes dos Santos Antunes, a dona Tita, foi a primeira mulher eleita vereadora, empossada em 1984. Depois de quatro anos, não quis saber de política. ■ No confronto direto, Jorge Santiago foi o único a derrotar Avelino Júnior na disputa pela Prefeitura. Foi em 1972, com uma diferença de pouco mais de 400 votos. ■ O maior conjunto de obras em Cruzeiro foi construído entre 1925 e 1930, período em que o engenheiro Antônio Penido comandou a construção dos prédios das Oficinas da Estrada de Ferro, Rotunda e AGEF. ■ A construção da Ferrovia The Minas And Rio (Cruzeiro – Três Corações (MG) foi iniciada em 21 de abril de 1881 e inaugurada por Dom Pedro II em 22 de junho de 1884. A obra empregou cerca de quatro mil operários. A construção do Grande Túnel

representou na época uma das maiores obras de engenharia do País. ■ O Jornal O Progresso, editado em 1898, foi o primeiro da cidade. ■ A primeira adutora de água, a partir do Rio Água Limpa, foi construída no governo do Cel. José de Castro, em 1910. O coronel também doou terreno para a instalação do Frigorífico Cruzeiro em 1917, implantou a energia elétrica em 1914 e desapropriou terras da Fazenda Boa Vista para abertura das ruas 5, 6 e 7. José de Castro entrou para a história como um dos prefeitos mais dinâmicos. ■ Em 1927, o italiano Rafhael Zappa iniciou a venda de jornais em Cruzeiro e na região. Antes de abrir a Casa Zappa, Rafhael comercializava jornais nos trens. Rafhael Zappa morreu agosto de 1972, aos 80 anos de idade.

Lavrinhas abre programa Acessa São Paulo

A Secretaria de Educação da cidade de Lavrinhas conta agora com mais um serviço, o Acessa São Paulo. Este programa tem por finalidade a inclusão digital, ou seja, acesso as novas tecnologias da informação e comunicação, em especial a internet. O Acessa São Paulo esta funcionando na Estrada São Sebastião ao lado do Posto de Saúde da Capela do Jacu. O atendimento é uma parceria da Prefeitura com o Governo do Estado. A Secretária Municipal de Educação, Cristina Conilho, explicou que para utilizar o computador será preciso apenas que a pessoa faça um cadastro de atendimento. “Na sala do Acessa São Paulo tem um monitor, Sr. Célio, capacitado a orientar os usuários nos serviços do Acessa São Paulo”, disse. Sobre as regras de uso, Conilho informouainda que existem sites que são

bloqueados, como aqueles com conteúdo obsceno. A secretária enfatizou que o programa é para contribuir com o desenvolvimento social, intelectual e cultural dos cidadãos do município, portanto existe este controle em relação ao acesso de determinados sites e que os serviços disponíveis são para uso de toda a população, inclusive os serviços de impressão de documentos. O Acessa São

Paulo é um programa do Governo do Estado de São Paulo, coordenado pela Secretaria de Gestão Pública, com gestão da Prodesp, Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – Diretoria de Serviços ao Cidadão. Em Poá, as pessoas poderão utilizar esse serviço na Capela do Jacu no horário das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira.

Gente que faz acontecer Pouco mais de vinte anos atrás, o corredor solitário Jorge Luiz, o Carioca, enfrentava o preconceito. Visto com frequência, correndo pelas ruas da cidade, não passava de louco ou vagabundo na consideração de muitos. Carioca pouco se importava com as opiniões. Queria mesmo estar no pódio das principais corridas brasileiras, dentre elas a de São Silvestre. Sem apoio publicitário, com pouca ajuda de alguns amigos, Carioca tentou, porém sem êxito. O sonho do pódio, Carioca transferiu para atletas que ele criou a partir da fundação da Equipe Palaléguas em meados de 1992. Gerar atletas para o futuro e ao mesmo incentivar os estudos, as metas principais. A partir dos primeiros resultados, Carioca

despertou a cidade para a importância do trabalho com as crianças e os adolescentes. Surgiram patrocinadores. A convicção no propósito do trabalho

fez a Papaléguas ganhar respeito no cenário nacional. Vários dos atletas formados conquistaram o pódio de grandes competições nacionais e internacionais. Ao vê-los como dos melhores do País, Carioca também se sente no pódio. “Eu não conquistei o pódio das grandes corridas, mas me sinto honrado quando os atletas da Papaléguas estão lá. É como se eu estivesse também”, afirma o treinador. De louco ou vagabundo, Carioca conquistou respeito e admiração de todos. Sem dúvida, um dos orgulhos da cidade, Carioca tem como uma de suas características a persistência. Para ele, a corrida da vida continua porque ainda há muito a ser conquistado. Mas, já há muito pode se considerar um campeão.


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O IMPACTO da Notícia

1 de outubro de 2014

A novela e o look do dia Por Michella Cruz

Fritando o cérebro pensando na coluna dessa quinzena, uma amiga me perguntou “com essa novela dos anos 70, você acha que a moda volta?”. Meu cérebro fez uma retrospectiva em tudo que foi tendência nos últimos tempos graças à emissora do plin plin. Quem não se empolga quando algum tema volta a ser noticiado, que atire a primeira pedra. Refresca, adapta, traz novas informações. Como louca apaixonada pelas décadas 20 e 30, amei ver o filme "O Grande Gatsby" trazer à tona de novo o design da época. E serviu como referência para minha festa de 30 anos… ( 30 anos, década de 30…. é… a série Boardwalk Empire do Martin Scorcese também me ajudou muito. ) Porém, por mais que a minha vontade às vezes seja transformar a minha casa num museu, também não posso sair andan-

do por aí como uma melindrosa (eu luto contra essa vontade todo santo dia. O filme Meia Noite em Paris, do diretor / ator Woody Allen, me representa.) Portanto, o meu xarope: tudo deve ser usado com moderação. Eu acredito que o jeito de se vestir deve ser característico e único. Senão corremos o risco de sairmos todos uniformizados ou caracterizados. É gostoso usar a idéia como referência, contanto que ela seja dosada, um toque, ao invés de usarmos o look do dia da novela copiado da bloqueira do instagram. Lei de lavoisier: nada se cria, tudo se transforma. Eu me lembro muito bem quando assisti o filme Grease, pela primeira vez. Fiz a minha mãe fazer bigudinho no meu cabelo pra ir pra escola com o cabelo permanente igual à Olívia Newton John. E quantas vezes não usei um paletó branco com lapela preta, louca pra me acabar na pista como John Travolta, em os

"Embalos de Sábado à Noite” ? Eu amo anos 70. Eu amo Sônia Braga. Tenho meias de lurex azul e dourada (sério). Mas por enquanto eu me contento em ter as famosas Disco Pants, as calças de lycra com a cintura alta, coloridas, e usá-las com camisetas brancas ou pretas, neutras, com paletós ou jaquetas de couro. Uso o meu lado Dancing Days no dia a dia, sem parecer que eu acabei de pular da telinha. Qual a sua década favorita?

GENTE QUE NÃO FOGE DA LUTA GENTE QUE CUIDA DA TERRA, DOS REBANHOS GENTE QUE SE ORGULHA DE POR O MELHOR EM NOSSAS MESAS. GENTE QUE SEMEIA O DESENVOLVIMENTO GENTE ESPERANÇA QUE APOSTA NO FUTURO DE CRUZEIRO PARABÉNS CRUZEIRO.

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Unimed realiza a Caminhada do Coração

Cerca de duzentas pessoas participaram, no domingo (28) da 8ª Caminhada do Coração promovida pela Unimed Cruzeiro em parceria com o Villarreal Supermercados. Para o percurso de cerca de três quilômetros, cada participante teve direito a um Kit composto de uma camiseta, boné e uma garrafinha para ingestão de água. Foi oferecido para os presentes um break fest. “O objetivo principal é a prevenção das doenças que acometem o coração, milhares de pessoas morrem no Brasil decorrentes de cardiopatias coronárias. A prevenção é o caminho para que vidas sejam poupadas”, explicou o médico Mozart Novaes Júnior, diretor da Unimed.

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SINDICATO RURAL DE CRUZEIRO E LAVRINHAS Itamarati será reaberto

Antes da caminhada, houve alongamento orientado por uma professora de Educação Física. O trajeto de três mil metros incluiu

II Retiro da Mantiqueira, Praça São Cristóvão, Av. Theodoro Quartim Barbosa e terminando no Supermercado Villarreal. Desativado há cerca de quatro anos, o Itamarati Hotel será reaberto até o final de outubro, segundo informou o empre-

Avenida Theodoro Quartim Barbosa, 695 Cruzeiro /SP - Fone (12) 31 44-8556

Cruzeirense no Mundial de Karate, no Japão O karateca Alison Batista, de Cruzeiro, disputará no Japão, em outubro, o XIII Campeonato Mundial JKA de Karatê como uma dos atletas de ponta da seleção brasileira. Vice campeão mundial de 2011 na Tailândia, o sensei Alison compõe a equipe nacional ao lado de outros oito atletas de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul. O karateca cruzeirense conquistou espaço na seleção brasileira devido às conquistas de várias competições no País, na Europa, na Ásia e nas Américas. Em Tóquio, o campeonato mundial será realizado no Palácio Imperial entre os dias 17 e 19 de outubro. Alison é formado em Educação Física pela Esc-Cruzeiro e professor da Academia M.A. Fight Karate Top Team e Academia do Fabriva.

sário Carlos Novaes. Dos oito andares, três serão reativados no primeiro estágio e os demais em dois meses. Ao todo, são

oitenta apartamentos e área de alimentação no terraço. As obras de reforma foram iniciadas em meados do ano passado, desde que Carlos Novaes locou o prédio, que pertence ao empresário José Galvão, de Guaratinguetá. O edifício de dez andares, na esquina da Capitão Neco com a Engenheiro Antônio Penido (Rua 2, construído em 1968, foi o primeiro da cidade no segmento hoteleiro/residencial. O projeto de edificação foi elaborado pelo engenheiro Estácio Gama. O Itamarati chegou a ser considerado uma dos melhores hotéis da região no período em que foi administrado pelo empresário Oswaldo Pereira.

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O IMPACTO da Notícia

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No inicio do seculo xx Cruzeiro era ponto estratégico para os tropeiros,pois na época era o Caminho do Ouro. Uma das heranças do período em que as tropas passavam pela Serra da Mantiqueira e tinham a cidade como ponto de parada e cozinhavam aqui o arroz vermelho com suã,uma das heranças do período do seculo xx que ainda nos enche a boca ao vermos o prato tão preferido e alegra a nossa alma com muita historia de nossa cidade arroz vermelho com suã ingredientes 1 kl de suã 1 colher de chá de alho em pasta (socado) 2 colheres de chá de sal 1 cebola media bem picadinha 1/2 pimentão verde picadinho 2 xícaras de arroz vermelho ( lavado e seco) 5 xícaras de aguá fervente salsinha picadinha a gosto 1 colher de sopa de óleo Mode de fazer Suã cortar o suã e pequenos pedaços temperar com sal e alho deixar descansar na geladeira por 2 horas colocar na panela o óleo aquecer,em seguida dourar o alho com a cebola,depois de

1 de outubro de 2014 dourar colocar o pimentão mexer por 2 minutos e colocar o suã picado ja temperado mexer ate dourar,adicionar a aguá fervente e deixar cozinhar por 15 minutos,depois colocar o arroz vermelho e deixar cozinhar,(ate ficar cozido como o arroz tradicional ) Acompanhamento Farofa de couve 1 pacote de couve picada e lavada 1/2 cebola media bem picadinha 1 colher de azeite 1 xícara de farinha de mandioca torrada 1 ovo modo de fazer colocar o azeite em uma panela e a cebola dourar,depois colocar o ovo,quando o ovo estiver quase frito mexer para misturar o ovo,colocar a couve picada e refogar,quando a couve estiver macia colocar a farinha de mandioca e misturar tudo Tutu 2 colheres de óleo 4 dentes de alho em pasta (socado) 400 grs de bacon cotado em

pedacinhos 1 xícara de farinha de mandioca torrada 500 grs de feijão cozido modo de fazer colocar o óleo em uma panela junto com o alho e o bacon e fritar depois colocar o feijão,deixar ferver por 5 minutos e em seguida colocar a farinha de mandioca torrada e mexer ate formar um tutu. Torresmo 1 kl de torresmo de barrica 1 litro de óleo modo de fazer temperar o torresmo com sal a gosto e deixar descansar por 30 minutos em seguida fritar e óleo quente Mandioca 1 kl de mandioca descascada e cortada e cozida 1/2 litro de óleo (pode fritar no óleo do torresmo esse e o segredo para dar aquele saborzinho especial) modo de fazer aquecer o óleo e colocar a mandioca para fritar Agora e só servir e Bom Apetite

Busco em meu dia a dia a alquimia da culinária para ajudar na saúde do corpo e no prazer do paladar receitas para facilitar o dia a dia de quem quer ficar e precisar viver sem açúcar, mas com o prazer de ver e comer bem, com o mesmo gostinho do doce prazer do açúcar.

EDITORIAL O IMPACTO – HISTÓRIA

Lagoa da Siriema, o maior centro de lazer e esportes da região Na Rodovia dos Tropeiros, em São José do Barreiro, a Lagoa da Siriema oferece tranquilidade, aventura, tirolesas adulto e infantil, motos aquáticas, barcos, balões e comida por quilo; tudo no maior centro de lazer e esportes da região. A Lagoa da Siriema é ideal para quem precisa combater o estresse. Nada melhor que a piscina ou as relaxantes massagens nas margens da Represa do Funil. Para quem gosta de adrenalina, muita aventura; que tal um passeio de balão ou nas motos aquáticas? Para a família, o inesquecível passeio de lancha pela grande represa. Tem tirolesa para adultos e a exclusiva tirolesa para as crianças. Para quem gosta de boa comida, o cardápio é diversificado. Nada melhor que passar o sábado ou o domingo na aprazível, ao mesmo tempo, exuberante

Fone – (12) 31 171399 Como chegar – Rodovia Presidente Dutra, acesso por Queluz e Areias, a poucos quilômetros de São José do Barreiro.


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O IMPACTO da Notícia

OS MELHORES COMUNICADORES ESTÃO NA RC VALE

O comunicador Sergio Antonio em Alto Astral faz sucesso e garante altos índices de audiência nas tardes da RC Vale – 720.

De segunda a sexta as 15h 30 min

1 de outubro de 2014


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