Sporting Clube Olhanense – Honra e Glória

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Textos: Armando Alves Paginação: Rúben Henriques Coordenação: Paulo Ferreirim Imagem: Paulo Ferreirim, Rúben Henriques e Eduardo Raposo Publicidade: Departamento Marketing SCO, Manuela Cruz, José Daniel Impressão: Gráfica Ossónoba 1.ª edição, Agosto de 2012, 2500 exemplares

Agradecimentos: Arquivo do Diário de Notícias, Isidoro Sousa, Sérgio Correia, Manuel Teixeira, Lígia Sousa, Filipe Sousa, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Júlio Favinha, Leonel Baptista, Luís Teixeira, José Rafael, Mário Proença, Neto Gomes, Bruno Hilário, Adílio Ramos, Claúdia Cruz, Carlos Deus Pereira e a todo o staff do S.C.Olhanense.


Principais honr arias e distinções: Membro da Ordem do Infante D.Henrique

Títulos

Sporting Clube Olhanense

Medalha de Mérito Desportivo Medalha de Bons Serviços Desportivos Medalha de Mérito (grau ouro) da Câmara Municipal de Olhão Instituição de Utilidade Pública Louvor do Governo da Nação

Principais títulos: Campeão de Portugal – 1923/24 Campeão da II Liga – 1935/36 Campeão Nacional da 2.ª Divisão – 1940/41 Finalista da Taça de Portugal – 1944/45 Campeão Nacional da 2.ª Divisão, Zona Sul – 1960/61 Campeão Nacional da 3.ª Divisão – 1969/70 Campeão Nacional da 2.ª Divisão, Zona Sul – 1972/73 Campeão Nacional da 2.ª Divisão, Zona Sul – 1990/91 Campeão Nacional da 2.ª Divisão B, Zona Sul – 2003/04 Campeão Nacional da Liga de Honra – 2008/09 Campeão Nacional da 2.ª Divisão de basquetebol feminino – 1978/79

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Ser olhanense Uma indelével marca d’água perpassa todo um século de história do Sporting Clube Olhanense: ao lado estético que fez escola nos anos 20 e 40, atravessando décadas, a ponto de ainda hoje ser um registo identificador das equipas rubro-negras, junta-se a paixão dos adeptos, o orgulho de erguer bem alto a bandeira, de dizer presente mesmo nos momentos mais difíceis.

São vasos comunicantes, veias do mesmo sistema circulatório, parte essencial de um coração que sempre viveu desses dois preciosos alimentos: um futebol de qualidade, como se as camisolas rubro-negras representassem um antecipado selo de garantia, de espectáculo, de vibração; e o cariz popular, de clube de gentes humildes, símbolo aglutinador de vontades, esperanças, sonhos e conquistas.

O Sporting Clube Olhanense tem um percurso incomparável no desporto português. Nenhum outro concelho com uma dimensão semelhante ao de Olhão pode ufanar-se de tamanhos sucessos no nosso futebol: este emblema extravasou fronteiras geográficas, quebrou barreiras, rompeu hegemonias, alcançou êxitos porventura inimagináveis – criou uma auréola que, cumprido um século de existência, constitui o maior e o mais significativo património a que uma instituição deste cariz pode aspirar.

Nestas páginas desfolharemos os principais capítulos de uma longa epopeia, com foco particular em alguns dos acontecimentos mais relevantes, num momento muito gratificante para a “nação” rubro-negra, uma vez que o centenário se cumpre com o Sporting Clube Olhanense no escalão principal do futebol português, pedindo meças aos melhores, na arte e no entusiasmo – essa marca d’água que faz parte intrínseca do “Ser Olhanense”.

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Por iniciativa de um militar, o major Campos, foi fundada em Tavira, em 1914, a Liga de Educação Física, entidade que se propôs organizar o Campeonato do Algarve, estando em disputa o troféu “Nau Catrineta” (uma caravela em prata), a entregar ao clube vencedor por três vezes consecutivas. Participaram Olha-

Origens

nense, Ginásio de Tavira e Sete Estrelas, de Vila Real de Santo António (antecessor do Lusitano), com os jogos a disputarem-se em Tavira, vestindo a nossa equipa de... azul e grená, “jersey” oferecido pelo guarda-redes italiano Paolo Castello (ligado à indústria do peixe em salmoura), natural de Génova, por aquelas serem as cores do emblema da sua terra. Apresenta-se como plausível que a definição das cores do Olhanense, iguais às do AC Milan, tivesse clara influência deste cidadão transalpino, pois já na altura o conjunto milanês se destacava como um dos mais fortes do seu país (campeão em 1906 e 1907 e vice-campeão em 1911 e 1912) e da Europa. Sabe-se que, aquando da fundação de muitos clubes algarvios, se registaram disputas em torno dos nomes e das cores – havendo por norma dois blocos, no sentido de vincar uma ligação sportinguista ou benfiquista, e o rubro-negro do Milan pode muito – embora não haja documentação que o suporte – ter resultado de uma sugestão de Paolo Castello, guarda-redes que alinhou também, em diversas ocasiões, pelo Farense. Curiosamente, o Olhanense ficou com uma ligação ao Sporting, através do nome e também pelo estatuto de filial (n.º 4), mas igualmente ao Benfica, a partir de 18 de Novembro de 1945, data em que o clube lisboeta distinguiu os rubro-negros como sócio honorário, gesto retribuído três dias depois, por iniciativa do dirigente Joaquim do Carmo Peres, com o Benfica a usufruir de igual condição. Feita esta breve (e necessária) incursão pelas cores e pelas ligações clubísticas, assentemos de novo o foco nos primeiros campeonatos do Algarve, realizados em Tavira. O Olhanense venceu as duas primeiras edições e, na terceira, os adversários faltaram aos compromissos agendados, o que conferia o direito ao troféu por parte dos rubro-negros. Mas a Liga extinguiu-se e a “Nau Catrineta”, que já lá tinha gravados os dois sucessos do Olhanense e estivera em exposição na montra da sapataria Ideal, no centro de Olhão, acabou por ficar na posse da Câmara Municipal de Tavira. Nestes jogos disputados em Tavira o Olhanense contou com o “reforço” de vários jogadores naturais do Olhão e que regressavam à sua terra nas férias, como Manuel Sérgio Pereira, estudante de Direito em Coimbra, defesa da Académica e um dos melhores do país, naquele tempo; Joaquim Rosa e Sertório Sena, estudantes em Lisboa, no Liceu Passos Manuel e no Liceu Pedro Nunes, e outros, como José Bita, Manuel Cajuda e José Nunes. Em 1914 foi fundada a União de Futebol de Faro e em 1917 nasceu a Associação de Futebol do Algarve, mas nenhum destes organismos se mostrou verdadeiramente aglutinador e o Olhanense continuava a jogar com outros clubes de Olhão ou de Faro, sem que existisse uma estrutura organizada que promovesse competições regulares. Isso só sucederia, verdadeiramente, com a criação da Associação de Futebol de Faro (Fundada a 22 de Janeiro de 1922) nos moldes em que ainda hoje existe, sendo o Sporting Clube Olhanense um dos emblemas fundadores. A falta de condições para a prática do futebol em Olhão, com constantes problemas no Largo da Feira gerados pelas marés, que alagavam o espaço, a partida para outras paragens de muitos dos jovens, entre os quais alguns dos futebolistas rubro-negros, e a I Guerra Mundial, levaram ao enfraquecimento do grupo a partir de 1914 e o Olhanense passou por um período de dificuldades, embora mantivesse a actividade, à custa 26


do entusiasmo de uns quantos elementos do núcleo inicial, encabeçados por Armando Amâncio, e nos quais se incluíam Domingos Chumbeiro, um dos fundadores do Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, Delfim Revés, José Rasco, Chico Preto e vários outros.

ge sobre a possibilidade de reorganizarmos de vez o Sporting Clube Olhanense, pois o nosso comum amigo Cândido do Ó Ventura estava interessado no assunto e tinha facilidade em conseguir um campo em condições para a prática do futebol, na Cerca da Ex.ma Senhora D.Maria Ventura, local onde foi depois edificado o prédio do Grémio dos Industriais de Conservas de Peixe.” Esses encontros viriam a ter o seu epílogo numa reunião que aprovou Cândido do Ó Ventura para presidente do clube e Armando Amâncio para capitão da equipa de futebol.

Origens

Em meados de 1918, e conforme o relato de Armando Amâncio, “fui procurado por Marcelino Jor-

Acta

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Campeões de Portugal

Visão e Talento

Cândido do Ó Ventura

A visão de um homem (Cândido do Ó Ventura) e o talento de outros onze – não haverá explicação mais sucinta para o brilhante desempenho do Sporting Clube Olhanense na época 1923/24, escrito a letras de ouro no historial da colectividade, por via da conquista do Campeonato de Portugal. Em tempos em que Olhão estava muito longe dos grandes centros – uma viagem de uma equipa de futebol rubro-negra ao Porto demorava dois dias... -, o presidente do clube criou condições para trazer para o Algarve alguns dos melhores jogadores portugueses, como o célebre Tamanqueiro, e formou um conjunto poderoso, elogiado pela qualidade do seu futebol. Na final de 1924, foram os próprios adversários a reconhecer a superioridade do Olhanense, num gesto que reflecte a inteira justiça do sucesso alcançado por aquele que, na época, era o melhor conjunto nacional, com um fio de jogo que deixava encantados os espectadores, dos mais simples aos mais ilustres, como sucedeu com o Presidente da República Manuel Teixeira Gomes, presente no encontro decisivo do Campo Grande, com o FC Porto. Na altura, o Campeonato de Portugal era a única competição de âmbito nacional, para a qual se apuravam os melhores das provas regionais, não fazendo sentido – como ainda muitas vezes sucede, pela pena de vários autores – a menorização da prova, considerando-a a antecessora da Taça de Portugal e não um verdadeiro campeonato. Alegam os defensores de tal estatuto secundário do Campeonato de Portugal que um campeonato, dito como tal, não se disputa em eliminatórias. Como explicam, então, que o Campeão do Mundo e o Campeão da Europa sejam apurados em competições que durante várias edições se desenrolaram exclusivamente nesse formato e ainda nos dias de hoje continuam a ter uma segunda fase a eliminar? O Campeonato da I Liga, aquando da sua criação, em 1934/35, e já depois de 13 edições do Campeonato de Portugal, contava apenas com clubes de quatro associações (Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal) e era uma prova fechada, sem dimensão nacional, na qual o Algarve só se faz representar (pelo Olhanense), a partir de 1941/42.

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Assim, desde a sua primeira edição até à última, em 1937/38, o Campeonato de Portugal era, à época, a única competição verdadeiramente nacional existente no futebol português, pelo que se tratava da conquista maior a que um clube de futebol poderia aspirar. Como, honrosamente, sucedeu com o Sporting Clube

Equipa Campeã de Portuga em 1923/24

Campeões de Portugal

Olhanense, numa campanha brilhante e marcada por clara superioridade sobre os demais competidores.

Olhanense - Sporting , 24-4-1924, Golo de Gralho

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Clube dos Três Titulos

Euforia e Desilusão

O Olhanense regressou à 1.ª Divisão em 1961, num sucesso que conheceu múltiplos sabores – o retorno ao galarim, depois de batido o Farense, numa luta mano-a-mano, com a festa a ter lugar em Portimão… - e jogadores como Luciano, Madeira, Reina, Alfredo, Gancho, Rui, Matias ou Campos teriam oportunidade de mostrar a qualidade do seu futebol ao mais elevado nível. O Padinha voltou a viver tardes únicas, de fervor clubista e de festa, de paixão, de emoções fortes, com os rubro-negros a mostrarem um futebol de um quilate inferior ao do apresentado na primeira passagem pelo escalão maior mas cheio de alma, de querer – como se cada jogador carregasse nas veias um pouco do sangue de cada um dos adeptos… E havia ali talento. Muito! Luciano, a mais cotada das jovens promessas, não tardaria a despertar o interesse dos “grandes”, com o Benfica a ganhar a corrida… O retorno ao topo voltou também a trazer à tona um problema já conhecido: as dificuldades sentidas pelo clube para fazer face à presença no patamar superior, pois as despesas continuavam a ser largamente superiores às receitas. Num concelho pequeno, com uma actividade económica limitada à pesca e seus derivados, não havia muita porta por onde bater e os encargos, com a crescente profissionalização da modalidade, cresciam assustadoramente. Não estranhou, por isso, a queda no escalão secundário, para desilusão dos adeptos. E a escassez de meios, a par de crises directivas (circunstâncias, naturalmente, interligadas), levou a apostas modestas no capítulo desportivo, traduzidas na descida à 3.ª Divisão, em 1967/68 – algo impensável uns anos antes, quando o Olhanense ombreava com os melhores… A reacção a tal percalço foi positiva: os verdadeiros olhanenses deram as mãos e criaram as condições necessárias para que a “viagem” ao mais baixo dos escalões nacionais não se prolongasse por muito tempo. Depois de uma primeira tentativa falhada (em mais uma disputa com o Farense, desta feita favorável aos homens da capital algarvia), aconteceu a subida, com o importante acrescento da cereja no topo do bolo – o título nacional! Campeão de Portugal, da II Liga e da 2.ª Divisão, o Olhanense juntava mais um sucesso relevante,

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tornando-se no único clube português a ostentar triunfos em todos os escalões do futebol nacional, fruto de uma campanha que se pode considerar irrepreensível. Três anos depois, os rubro-negros estavam a festejar, de novo, a subida à 1.ª Divisão, com uma base de

de entre os quais sobressairia Ademir. Um regresso assinalado com a célebre “morte do borrego” – a primeira vitória (e única, até ao momento) diante do Sporting – e por dificuldades financeiras agravadas pelo período revolucionário. No final da década de 70, nova queda na 3.ª Divisão, com a subida a ocorrer dois anos decorridos. Festa do regresso do Olhanense a 1.ª Divisão, 1960/61

Clube dos Três Titulos

jogadores da casa (Alexandrino, Reina, os Poeiras…) a ter complemento num bom número de sul-americanos,

Equipa Campeã em 1969/70

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Entrevista

“Passado glorioso deve ser inspir ação par a o futuro” Isidoro Sousa, Presidente da Direcção do Sporting Clube Olhanense, em entrevista

José Isidoro Sousa desempenha cargos directivos no Olhanense há perto de três décadas e lidera o clube desde 2007, tendo sido reeleito por duas vezes, a última das quais em 2011. Fala-nos, em entrevista, do significado do centenário, do presente e do futuro, que quer igualmente recheado de conquistas. - Que significado atribui à circunstância de ser o presidente do Sporting Clube Olhanense no ano do centenário? - É um orgulho muito grande e era impensável para mim, há uns anos, atingir este marco histórico no percurso do clube na condição de presidente da Direcção. Porém, quando regressámos ao patamar superior do futebol português, após 34 anos de ausência, definimos como grande meta estarmos na 1.ª Divisão aquando do centenário e felizmente vivemos agora a concretização esse sonho. Não tenho palavras para expressar o que sinto neste momento marcante. - Os cem anos do Sporting Clube Olhanense possibilitam um olhar para um passado recheado de glórias, num percurso de grande significado. Esse percurso é uma fonte de inspiração para o futuro? 216


- O clube tem uma história rica e soma relevantes conquistas, que lhe conferem um estatuto de relevo no âmbito nacional. Aproveitaremos o centenário para, naturalmente, recordarmos todo esse legado de várias gerações unidas por um objectivo comum: engrandecer o Olhanense. Sentimos todos, e particularmente os

importa estarmos focados no presente e trabalhar para que no futuro possamos escrever mais páginas brilhantes. Vivemos um período de reconhecidas dificuldades, sem que isso nos retire a ambição de construirmos um clube cada vez mais sólido e com melhores condições para responder aos desafios das novas gerações. - Esse desejado futuro risonho depende de quê? - Essencialmente de uma gestão rigorosa dos recursos disponíveis e de uma grande união, envolvendo toda a cidade e quem nos possa ajudar e apoiar numa caminhada árdua, pois o Olhanense apresenta um

Entrevista

adeptos, um grande orgulho nos sucessos obtidos ao longo destes cem anos mas, revendo-nos nesses feitos,

quadro que o deixa em clara desvantagem em relação aos restantes clubes do escalão principal: ao factor geográfico junta-se a reduzida dimensão do tecido económico do concelho e o factor demográfico. De entre as localidades representadas no campeonato principal, Olhão é a que apresenta o menor número de habitantes. O concelho de Guimarães conta com 63 freguesias e Olhão apenas tem cinco… Importa encontrar soluções para contornar essas circunstâncias adversas, a fim de, no futuro, continuarmos a dispor de motivos de orgulho. Somos pequenos mas agimos movidos por uma força adicional quando sentimos que a terra apoia e acarinha o clube; isso constitui um estímulo para nos tornarmos a cada dia mais capazes, mais competitivos. - Como se explica que uma vila, depois elevada a cidade, na década de 80 do século passado, some tantas e tão significativas conquistas e usufrua de uma generalizada simpatia fora das fronteiras do Algarve? - Estamos numa terra de gente humilde, em que a actividade piscatória ainda hoje assume grande importância. Lembro-me de sócios que já não estão entre nós me relatarem episódios de encontros disputados em Lisboa em que contávamos sempre com grande apoio: se jogávamos contra o Sporting, os adeptos do Benfica e do Belenenses puxavam pelo Olhanense; e se o adversário era a equipa de algum destes dois últimos clubes, os simpatizantes dos outros juntavam-se para nos incentivarem… Criou-se, desde os tempos da vitória no Campeonato de Portugal, uma onda de simpatia também pela qualidade do futebol praticado pelos nossos jogadores. É difícil encontrarmos, por todo o país, alguém que não goste do Olhanense, circunstância relacionada com as raízes deste emblema e com o seu trajecto ao longo deste século. Aqui há paixão, há uma ligação forte entre o meio e o clube, as pessoas sentem e vivem o Olhanense, e isso representa uma força enorme e é a base de suporte de um passado muito rico e de um presente que nos orgulha. E terá de ser a sustentação do futuro… - O Olhanense iniciou este século na 2.ª Divisão B e num espaço de tempo relativamente curto “pulou” dois escalões. Foi um trabalho planeado ou o clube limitou-se a aproveitar as oportunidades? - Estou ligado ao Olhanense há 27 ou 28 anos, trabalhando ao longo deste período com cinco presidentes, antes de assumir a liderança, e houve um momento-chave, a subida à Liga de Honra. Aí, senti que ou o clube dava passos firmes na sua modernização para rapidamente chegar ao escalão principal ou mais valia voltar à 2.ª Divisão, por não dispor das condições mínimas para competir no futebol profissional. Tínhamos dois caminhos: a ousadia, apostando num salto qualitativo, a todos os níveis, num curto espaço de tempo, ou o 217



Índice Títulos ....................................................................................................................................................

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Introdução .............................................................................................................................................

7

Mensagem do Presidente da República ..................................................................................................

8

Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Olhão ....................................................................

9

Mensagem do Presidente da Assembleia Geral do Sporting Clube Olhanense .......................................

10

Mensagem do Presidente da Direcção do Sporting Clube Olhanense ....................................................

11

Mensagem do Presidente do Conselho Fiscal do Sporting Clube Olhanense ..........................................

14

Mensagem do Sócio n.º do Sporting Clube Olhanense ........................................................................

15

Mensagem do Reverendo Bispo do Algarve ...........................................................................................

16

Mensagem de Esmeralda Ramires ..........................................................................................................

17

O Hino do Olhanense ............................................................................................................................

18

I - Origens ............................................................................................................................................

20

O futebol em Portugal e no Algarve ......................................................................................................

22

O nascimento do Sporting Clube Olhanense ..........................................................................................

24

Os campos de futebol do Sporting Clube Olhanense .............................................................................

32

As sedes do Sporting Clube Olhanense .................................................................................................

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O jornal do clube ...................................................................................................................................

39

O “irmão” africano ................................................................................................................................

40

II - Campeões de Portugal .................................................................................................................

42

Um sucesso retumbante .........................................................................................................................

44

III - Campeões da 2.ª Liga e da 2.ª Divisão .......................................................................................

53

A vitória na 2.ª Liga ...............................................................................................................................

55

A conquista da 2.ª Divisão ......................................................................................................................

58

IV - 1.ª Divisão .....................................................................................................................................

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O ciclo dourado .....................................................................................................................................

63

A estreia na 1.ª Divisão ...........................................................................................................................

63

V - Final da Taça de Portugal ............................................................................................................. 68 A presença no jogo desicivo ..................................................................................................................

70

O jogo das salésias ................................................................................................................................

70

O Sporting Clube Olhanense na Taça de Portugal ..................................................................................

73

261


VI - Os internacionais do Sporting Clube Olhanense .....................................................................

80

Tamanqueiro ..........................................................................................................................................

81

Delfim ....................................................................................................................................................

84

Domingos Neves ....................................................................................................................................

86

Fernando Cabrita ...................................................................................................................................

88

Outros internacionais .............................................................................................................................

91

VII - Figuras marcantes ......................................................................................................................

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Armando José Amâncio .........................................................................................................................

95

Cândido do Ó Ventura ...........................................................................................................................

96

Dâmaso da Encarnação ..........................................................................................................................

98

Francisco Padinha ...................................................................................................................................

100

Herculano Valente .................................................................................................................................

102

Júlio Favinha ..........................................................................................................................................

104

Vitor Neves ............................................................................................................................................

106

Joaquim Gralho ......................................................................................................................................

108

Abraão ...................................................................................................................................................

109

Grazina ..................................................................................................................................................

110

Salvador .................................................................................................................................................

112

Joaquim Paulo .......................................................................................................................................

114

Moreira ..................................................................................................................................................

116

Palmeiro .................................................................................................................................................

117

Loulé ....................................................................................................................................................

118

Madeira ..................................................................................................................................................

120

Luciano ..................................................................................................................................................

122

Reina ......................................................................................................................................................

124

Manuel Poeira ........................................................................................................................................

126

João Poeira ............................................................................................................................................

127

Alexandrino ...........................................................................................................................................

128

Ademir ...................................................................................................................................................

129

Edinho ...................................................................................................................................................

130

Djalmir ...................................................................................................................................................

132

Dirigentes ............................................................................................................................................... 134

262

Treinadores ............................................................................................................................................

138

Aníbal Cavaco Silva ................................................................................................................................

143

VIII - O clube dos três títulos .............................................................................................................

144

De novo na 1.ª Divisão ...........................................................................................................................

146

Campeões da 3.ª Divisão .......................................................................................................................

151


De novo no escalão maior ......................................................................................................................

157

A morte do “borrego” ...........................................................................................................................

163

Nova subida ...........................................................................................................................................

166

IX - Um clube a renascer ....................................................................................................................

170

A primeira subida à Liga de Honra .........................................................................................................

171

Preparar os alicerces ..............................................................................................................................

178

De novo na Liga de Honra .....................................................................................................................

180

Mensagem de Carlos Nóbrega ..............................................................................................................

190

Mensagem de Bruno Veríssimo .............................................................................................................

191

X - Um sonho concretizado ...............................................................................................................

192

De volta à ribalta 34 anos depois ..........................................................................................................

194

Mensagem de Jorge Costa ....................................................................................................................

204

Mensagem de Rui Duarte .......................................................................................................................

205

Um regresso saudado ............................................................................................................................

206

XI - Outras modalidades ....................................................................................................................

209

Sucessos no basquetebol e o ciclismo ....................................................................................................

210

Aposta na Formação ..............................................................................................................................

215

Entrevista ao presidente da Direcção do Sporting Clube Olhanense .......................................................

216

Registo histórico de todos os jogos na 1.ª Divisão ..................................................................................

222

O Olhanense na Taça da Liga .................................................................................................................

252

O Centenário do Olhanense – texto em língua inglesa ...........................................................................

254

263



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