O fantástico mundo de Eric Carle

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O fantรกstico mundo de




Ficha Técnica: Discentes: Marisa Barbosa, nº14661| Rafaela Barbeitos, nº14828 Docente: Lúcia Barros

Unidade Curricular: Literatura Infantojuvenil Licenciatura: Educação Básica Turma: B| Ano: 2º

Viana do Castelo, 3 de junho de 2015



Nasceu a 25 de Junho de 1929, em Syracuse, na cidade de Nova Iorque. É filho de imigrantes e com apenas 6 anos de idade, acompanhou a sua família no regresso à Alemanha. Já na Europa iniciou os estudos, acabando por se licenciar em Belas-Artes pela “Akademie der

Bildenden Künste” de Estugarda em 1950. Começou então a colaborar com o Centro Alemão de Informação dos Estados Unidos da América, desenhando cartazes. Regressou ao seu país natal em 1952, onde conseguiu uma posição como desenhador gráfico no departamento promocional do “The New York Times”.


A partir daí dedicou os seus tempos livres à elaboração de livros para crianças, surgindo-lhe mais tarde a oportunidade de ilustrar obras do mesmo género, tarefa que o fez pensar seriamente

em publicar os seus próprios trabalhos e começar uma carreira nessa área. Assim publicou o seu primeiro livro em 1968, com o título “1,2,3 to the Zoo”. Embora tenha alcançado um sucesso de vendas, foi com o livro “The very hungry caterpillar” (1969) a estabelece-lo como escritor de obras infantis. Mais obras se seguiram para mostrar a sua técnica pessoal, tais como “The very lonely firefly” (1995), “My apron: A story from my childhood” (1994).


O universo literário de Carle… Eric Carle, autor e ilustrador, estadunidense é já uma referência na literatura infantojuvenil devido às suas histórias sensíveis e encantadoras capazes de comover qualquer um.


Através de uma escrita acessível, com o uso de palavras conhecidas dos mais pequenos e o ritmo e a sonoridade do seu texto, conseguida através da repetição, Carle consegue captar a atenção das crianças. Mas à parte das suas marcas linguísticas, é presenteado nas suas obras as suas ilustrações inéditas que não passam indiferentes ao seu público e que estabelecem um elo de ligação muito forte com o texto, completando-o e dando-lhe outro sentido. Todas estas caraterísticas fazem

dos livros de Eric Carle um livro-jogo, poético, dinâmico e sensível, que convida os pequenos e grandes leitores, a aprender, a repetir e a disfrutar de uma história divertida e emotiva, que traz sempre finais surpreendentes.


Bibliografia


Bibliografia

 1968 - 1, 2, 3 to the Zoo.

 1969 - The Very Hungry Caterpillar. (A Lagartinha Muito Comilona) *  1970 - Pancakes, Pancakes!  1970 - The Tiny Seed.  1971 - Do You Want to Be My Friend? (Queres brincar comigo?)*  1972 - Rooster’s Off to See the World  1972 - The Very Long Tail (Folding Book).

 1972 - The Secret Birthday Message.  1972 - Walter the Baker.  1973 - Have You Seen My Cat?  1973 - I See a Song.

* Obras traduzidas para Português


Bibliografia  1974

-

My Very First Book My Very First Book My Very First Book My Very First Book of Words.

of of of

Numbers Colors Shapes

 1974 - All About Arthur.  1975 - The Mixed-Up Chameleon.  1976 - Eric Carle’s Storybook, Seven Tales by the Brothers

Grimm.

 1977 - The Grouchy Ladybug. (A Joaninha resmungona)*  1978 - Watch Out! A Giant!  1978 - Seven Stories by Hans Christian Andersen.  1980 - Twelve Tales from Aesop.  1981 - The Honeybee and the Robber.

* Obras traduzidas para Português


Bibliografia  1982 - Catch the Ball!

Let’s Paint A Rainbow What’s For Lunch?  1984 - The Very Busy Spider.

 1986 - All Around Us.  1986 - Papa, Please Get the Moon for Me, (Papá, Por Favor Apanha-me a Lua) *  1986 - My Very First Book of Sounds

My Very First Book of Food | My Very First Book of Tools | My Very First Book of Touch My Very First Book of Motion | My Very First Book of Growth | My Very First Book of Homes My Very First Book of Heads.  1987 - A House for Hermit Crab. * Obras traduzidas para Português


Bibliografia  1988 - Eric Carle’s Treasury of Classic Stories for Children.  1990 - The Very Quiet Cricket.  1992 - Draw Me a Star.  1993 - Today Is Monday.  1993 - Eric Carle: Picture Writer.  1994 - My Apron.  1995 - The Very Lonely Firefly.  1996 - Little Cloud.  1996 - The Art of Eric Carle.  1997 - From Head to Toe. (Da cabeça aos pés) *

 1997 - Flora and Tiger: 19 very short stories from my life.  1998 - Hello, Red Fox.

* Obras traduzidas para Português


Bibliografia  1998 - You Can Make a Collage: A Very Simple How-to Book.

 1999 - The Very Clumsy Click Beetle.  2000 - Does A Kangaroo Have A Mother, Too?  2000 - Dream Snow, (Sonho de Neve) *  2002 - “Slowly, Slowly, Slowly,” said the Sloth,  2003 - Where Are You Going? To See My Friend!

 2004 - Mister Seahorse, (Senhor cavalo-marinho) *  2005 - 10 Little Rubber Ducks, (10 patinhos de Borracha)*  2007 - Baby Bear, Baby Bear, What Do You See?  2011 - The Artist who Painted a Blue Horse. (O artista que pintou um cavalo azul) *  2013 – FRIENDS. (Amigos) *

* Obras traduzidas para Português


Bibliografia Obras ilustradas pelo autor Eric Carle.  1967 - Brown Bear, Brown Bear, What Do You See? - written by Bill Martin Jr.  1970 - Tales of the Nimipoo - by Eleanor B. Hardy.  1970 - The Boastful Fisherman - by William Knowlton.  1971 - Feathered Ones and Furry - by Aileen Fisher.  1971 - The Scarecrow Clock by George Mendoza.  1973 - Do Bears Have Mothers Too? - by Aileen Fisher.  1974 - Why Noah Chose the Dove - written by Isaac Bashevis Singer.

 1975 - The Hole in the Dike - written by Norma Green.  1978 - Seven Stories by Hans Christian Andersen.


Bibliografia – Obras Ilustradas  1982 - Otter Nonsense - by Norton Juster.  1983 - Chip Has Many Brothers - written by Hans Baumann.

 1985 - The Foolish Tortoise - written by Richard Buckley.  1985 - The Greedy Python - written by Richard Buckley.  1985 - The Mountain that Loved a Bird - written by Alice McLerran.

 1986 - All in a Day - collected by Mitsumasa Anno.  1988 - The Lamb and the Butterfly - written by Arnold Sundgaard.  1989 - Animals Animals - compiled by Laura Whipple.

 1991 - Polar Bear, Polar Bear, What Do You Hear? - written by Bill Martin Jr.  1991 - Dragons Dragons - compiled by Laura Whipple.  2003 - Panda Bear, Panda Bear, What Do You See? - written by Bill Martin Jr.


A lagartinha muito comilona “À luz da Lua, um pequenino ovo descansava numa folha. Num domingo de manhã o sol quente chegou e PLOC!..., de dentro do ovo saiu uma lagartinha magra e esfomeada.” O ciclo de uma lagarta, desde que sai do casulo até se transformar numa borboleta, é o fio condutor desta história. Seguindo a narrativa, os leitores percorrem os dias da semana, e conhecem uma diversidade de frutas e outros petiscos. O seguimento da natureza faz com que a pequena lagarta cresça

notavelmente até ao momento em que constrói o casulo e acontece futuramente, a metamorfose. No decorrer do livro, destacam-se ainda as ilustrações, através das quais são representadas as partes

da lagarta durante o seu crescimento.


Amigos “Era uma vez dois amigos que andavam sempre juntos. Juntos brincavam e corriam e dançavam e contavam segredos um ao outro. Mas um dia o rapaz ficou sozinho. A sua amiga partira…” Amigos, é um livro visualmente atrativo, que estimula os sentidos, por efeito das cores fortes e da simulação de textura, que não se revela pelo toque mas que, devido à técnica de recorte e colagem utilizadas pelo autor nas figuras e imagens, quase se sente. A temática abordada neste álbum irá certamente criar reminiscências a qualquer adulto. Amigos aborda também o tema das mudanças que acontecem ao longo do desenvolvimento do ser humano, e ao longo da vida. Deixar a mensagem às crianças de que o

sentimento de perda é algo que temos de estar preparados, desde tenra idade, foi também intenção de Carle.


Papá, por favor, apanha-me a Lua Antes de ir para a cama, a Mónica olhou pela janela e viu a lua.

"Quem me dera brincar com a lua!", pensou ela. O principal atrativo deste livro reside no jogo de tamanhos e direções que o autor propõe, e para o qual cria um original sistema de

páginas que se desdobram em vários sentidos, segundo as exigências da cena: para os lados, para cima, para baixo, de dentro para fora e ao contrário; exigências essas que ultrapassam as dimensões do álbum, ao

mesmo tempo que lhe transmitem movimento. Esta obra ajuda também os leitores a educar o olhar e a dirigi-lo na direção crescente, decrescente, da direita para a esquerda, e vice-versa, adaptando-se ainda aos primeiros

leitores sobretudo através da sua manipulação extremamente atrativa, que lhes facilita a abertura e o fecho das páginas.


O artista que pintou um cavalo azul O artista que pintou um cavalo azul e uma homenagem ao pintor alemão Franz Marc (1880-1916), precursor do expressionismo. A sua tela "Cavalo Azul I" serviu de inspiração a este livro de Eric Cale, que descobriu a

obra deste pintor através do seu professor de arte, Herr Krauss, quando o regime nazi proibia a criação e a difusão desta tendência pictórica. Além de uma lição de liberdade artística e de expressão, o livro é

ainda mais importante, é uma homenagem ao artista Franz Marc (1880-1916). E por tê-lo encantando e, assim, influenciado a sua carreira, que Eric faz uma homenagem, apresentando às crianças o modo de interpretar as coisas de Franz Marc. Quer aqui repetir o feito de seu professor e apresentar aos pequenos um mundo de possibilidades que podem influenciar para sempre o seu modo de ver as coisas.


Eric Carle em entrevista

Entrevista retirada da Revista Babar, disponível na Internet

Que papel gostava que os seus livros desempenhassem na vida de uma criança? Interesso-me especialmente pela transição da criança de casa para a escola porque é algo que pode ser bastante traumático. (…) Espero que os meus livros ajudem a tornar esta transição mais fácil para as crianças. Espero que sejam divertidos, interessantes e que passem alguma aprendizagem

também.”


Como descobriu e escolheu a colagem em papel de seda pintado como a técnica para as suas ilustrações? A primeira vez que fiz colagem com papel pintado foi na escola de artes. Para as minhas ilustrações, tenho criado os meus próprios papéis de seda coloridos ao longo dos últimos quarenta anos. (…) Ao longo dos anos os meus papéis pintados começaram a ficar mais detalhados, complexos e ricos, e alguns transformaram-se em peças de arte por si próprios.


Tem algum tipo de expectativa relativamente ao efeito que os picture books possam ter nas crianças que os leem? Não tive muitos livros quando era criança, mas tenho memórias muito queridas de me sentar no colo do meu pai enquanto ele me lia (…). Mas foi a proximidade com o meu pai, a ligação que partilhávamos, que teve um impacto mais duradouro. Sinto fortemente que, ao sentarem as vossas crianças no colo, abraçando-as enquanto lhe leem, lhes transmitem com este gesto simples que se preocupam, que têm tempo para elas e que as amam. Então, partilhar um livro torna-se mais do que ver páginas com palavras e desenhos.


Quando começou a criar os seus picture books, quais foram as grandes dúvidas que o assolaram? Como conseguiu resolvê-las?

Bem, depois de Brown Bear, questionei-me como seria escrever um livro meu, então criei 1,2,3 to The Zoo. Mas fui muito cauteloso porque não me sentia seguro como escritor. Por isso criei um álbum sem texto.

Apresentou-me alguns desafios porque eu era, em primeiro lugar, uma pessoa visual e sentia-me mais confortável a desenhar. Mas gradualmente, ao longo do tempo, comecei a encontrar o meu caminho.


Alguma vez pensa nos seus leitores, quando está a criar uma nova história? Para quem escreve e desenha? Sempre adorei desenhar e é maravilhoso poder trabalhar naquilo que adoro. Para além disso, tenho a possibilidade de divertir a criança que ainda existe dentro de mim. É aí que sempre começo os meus livros.

O que espera que os seus livros deem à criança que os leem? E aos adultos? Espero que tragam alegria e conforto aos leitores de todas as idades.


E por falar em Eric Carle… Sabia que: Eric Carle inspirado pelos vários museus de picture books que visitou decidiu criar um museu do género, para encorajar nas crianças e nas suas famílias, uma apreciação e uma compreensão da arte que ele próprio representa. Em 2002, “The Eric Carle Museum of Picture Book Art” abriu as suas portas em Amherst, Massachusetts nos Estados Unidos.


Sabia que: Para Eric Carle um bom livro funciona sempre com os mesmos ingredientes básicos: boas ideias, bom design e materiais de qualidade. No seu livro mais celebrado “A Lagartinha muito comilona”, Eric Carle

quis passar uma mensagem de ESPERANÇA para as crianças. Através da lagartinha pequena, indefesa e insignificante que se transforma numa linda borboleta, Carle alerta a criança que também ela própria pode crescer e

abrir as suas asas.


Sabia que: Eric Carle sempre gostou de desenhar e considera-se

uma pessoa

muito visual que procura incentivar os seus pequenos leitores a aprender de acordo com as suas particularidades.

A amizade é um tema muito importante para Carle, por isso, o seu livro preferido é “Do you want to

bem my friend?” (Queres ser meu amigo?), pois fala sobre a amizade.


Sabia que: O maior elogio que o autor diz que pode receber é quando uma criança diz «Oh! Eu consigo fazer

isso!” sobre as suas ilustrações.

E porque Eric Carle não é só desenhos este é um grande fã de música jazz e clássica, inclusive o seu compositor favorito é Mozart.


Prémios Erir Carle foi galardoado com os prémios da Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha (Itália), da Associação de Livreiros Infantis e da Associação Americana

de Bibliotecas (Prémio Laura Ingalls Wilder).




Eric Carle autor e ilustrador estadunidense é um nome ilustre do universo da literatura infantil. A sua escrita e o conteúdo sensível e agradável dos seus livros,

faz as delicias de miúdos e graúdos. Com as suas ilustrações inéditas e extraordinárias, Carle não deixa ninguém indiferente. Sem dúvida um dos melhores autores do universo abrangente da literatura infantil.


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