Maisachecchia

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ANHANGUERA EDUCACIONAL LTDA. Faculdade Anhanguera de Campinas Curso de Psicologia

Maísa Novaes Portella Checchia

Acidente Vascular Cerebral: as contribuições da Neuropsicologia no processo de reabilitação.

Campinas 2012


Maísa Novaes Portella Checchia

Acidente Vascular Cerebral: as contribuições da Neuropsicologia no processo de reabilitação.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, como exigência parcial para a obtenção do grau Formação em Psicologia, na Faculdade Anhanguera de Campinas, sob a orientação da Profa. Ms. Ana Paula Basqueira.

Campinas 2012


Maísa Novaes Portella Checchia

Acidente Vascular Cerebral: as contribuições da Neuropsicologia no processo de reabilitação.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Formação em Psicologia da Faculdade Anhanguera de Campinas.

Aprovado em 10 de dezembro de 2012.

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Profa Ms. Ana Paula Basqueira Faculdade Anhanguera de Campinas Orientadora

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Campinas 2012


AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me encaminhado e iluminado todo o meu percurso até a realização final desse trabalho. Aos meus pais e irmão que colaboraram com a pesquisa e formatação do mesmo. Aos meus amigos e amigas que tanto compartilharam comigo as angustias, anseios e até mesmo desespero no processo de preparação do mesmo. A minha orientadora, que incansavelmente me deu todo o suporte para que o trabalho saísse nos conformes, atendendo as exigências de todos os cantos, tanto minha quanto da faculdade. A todas as outras pessoas que não estão aqui, porém sabem da enorme colaboração que tiveram em todo o processo de pesquisa, escrita e formatação.


“Viva o hoje, pois o ontem já se foi e o amanhã talvez não venha”. Antoine de Saint-Exupéry – O Pequeno Príncipe


RESUMO O presente trabalho teve como objetivo realizar uma pesquisa bibliográfica que contemplasse a ciência neuropsicológica acerca do Acidente Vascular Encefálico/Cerebral no que diz respeito à reabilitação de pacientes com sequelas pós evento. Para isso, foram utilizados artigos indexados na base de dados Scielo, entre os anos de 2008 e 2012 e que fossem da língua portuguesa. As palavras utilizadas para selecionar os artigos foram: acidente vascular encefálico/cerebral, sequela (s), prejuízo(s), reabilitação e neuropsicologia. Ao final foram selecionados 7 artigos que atendiam integralmente o período anual e a língua exigida, porém nenhum deles apontavam precisamente para a relação entre neuropsicologia e acidente vascular encefálico/cerebral. Ao final concluiu-se que há uma escassez de estudos na área da saúde que abordem tal acidente e não há estudos publicados sobre a relação da reabilitação neuropsicológica aplicada a pacientes com sequelas de acidente cerebrovascular. Palavras – chave: Neuropsicologia.

Acidente

Vascular

Encefálico/Cerebral,

reabilitação,


LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Pesquisa com flexões da palavra Acidente Vascular Encefálico 25 Tabela 2 - Pesquisa com flexões da palavra Neuropsicologia

26


LISTA DE SIGLAS

AVC

Acidente Vascular Cerebral

AVE

Acidente Vascular Encefรกlico


SUMÁRIO Introdução

10

Capítulo 1 – Histórico da Neuropsicologia

12

1.1 – Etapas e avaliação da Neuropsicologia Capitulo 2 – O Acidente Vascular Encefálico e suas implicações

15 19

Capitulo 3 – Possíveis contribuições e reabilitações propostas pela 22 Neuropsicologia à pacientes vitimas de Acidente Vascular Encefálico Capítulo 4 – Metodologia

25

4.1 - Material

25

4.2 - Procedimentos

25

Capitulo 5 – Analise e Resultado

29

Capitulo 6 - Conclusão

35

Referências

37

Anexo A - artigos utilizados para a analise da pesquisa

38


Introdução A neuropsicologia é uma ciência do século XX. Desenvolveu-se, inicialmente, a partir da convergência da neurologia com a psicologia, cujas ciências tinham o mesmo objetivo, o de estudar as modificações comportamentais resultantes de lesão cerebral (Pinheiro, 2005). Pode ser ainda definida como o estudo do comportamento em relação à anatomia e fisiologia do cérebro (Lecours & Lhermitte, 1983 apud Kristensen, Almeida e Gomes, 2001). Pinheiro (2005) aponta o enfoque de tal ciência para o estudo da relação sistema nervoso, comportamento e cognição, ou seja, conhecer as capacidades mentais mais complexas como a linguagem, a memória e a consciência (Pinheiro, 2005). A neuropsicologia firmou-se efetivamente enquanto área de estudo, e embora a linguagem tenha sido a área mais amplamente investigada, diversos temas têm sido enfatizados nos últimos anos tais como: a atenção, a percepção visual e auditiva, e a memória (Pinheiro, 2005). Para além da ciência Neuropsicologia, pode-se fazer uma relação aos pacientes acometidos por Acidente Vascular Encefálico (AVE), que demonstram ser população possível de se beneficiar dessa técnica no processo de reabilitação. O AVE é um problema mundial de saúde pública, sendo responsável por uma grande proporção de doenças neurológicas (Cabral et al, 1997 e Silva, 2004 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011). É causa importante de morbidade e mortalidade, constituindo a terceira causa de morte no mundo, atrás somente das cardiopatias, em geral, e do câncer (Radanovic, 2000, André,1999 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011) e terceira principal causa de mortalidade no Brasil (Lessa,1999 apud Raffin et al, 2006) O acidente pode ser definido como um déficit neurológico súbito, que persiste por mais de 24 horas originado por uma lesão vascular, compreendido por complexas interações nos vasos e nos elementos sanguíneos e nas variáveis hemodinâmicas. Tais alterações podem provocar obstrução de um vaso, conhecido como AVE isquêmico, pela ausência de perfusão sanguínea, ou podem também causar rompimento de um vaso e hemorragia intracraniana, conhecido como AVE hemorrágico (André, 2009 apud Cruz e Diogo, 2009).


A partir disso, as condutas tomadas diante de um AVE em fase aguda são fundamentais e podem reduzir a letalidade dessa afecção. Após o episódio, o tratamento de reabilitação deve ser iniciado, precocemente (André, 1999 e Freitas et al, 2002 apud Cruz e Diogo, 2009). A reabilitação neuropsicológica é um dos componentes do tratamento de clientes com lesões cerebrais e/ou distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos (Pontes e Hubner, 2008). O processo de reabilitação objetiva melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares. Sendo assim, o presente trabalho pretende reconhecer, quais as contribuições da neuropsicologia aplicada às pessoas acometidas por um Acidente Vascular Encefálico, ao se identificar os prejuízos cognitivos causados pelo AVE e ao determinar possíveis contribuições da de tal ciência na área de reabilitação aplicada à essas vitimas Segundo Pontes e Hubner (2008) e Zimmer (2008) notam uma escassez de produções que indicam os procedimentos da Neuropsicologia como ferramenta aliada na reabilitação e que relacione tal ciência às vitimas de Acidente Vascular Encefálico. Somado a isso, acredita-se que tal pesquisa possa trazer uma contribuição, enriquecimento e desenvolvimento para a área da saúde, principalmente na Psicologia, como sendo mais uma ferramenta aliada e eficaz para a reabilitação de vítimas de AVE. Portanto, este Trabalho de Conclusão de Curso está estruturado em 6 capítulos. Primeiramente será apresentada a introdução teórica, posteriormente a metodologia, após resultados e discussão, ao final do trabalho a conclusão.


Capítulo 1 – Histórico da Neuropsicologia A reabilitação Neuropsicológica data desde meados do século XIX, com o tratamento de indivíduos vitimas de lesões cerebrais, começando com as tentativas de reabilitação de pacientes com afasias (Gomez, 2012). Para Pinheiro (2005), data tal ciência utilizada em reabilitação como fruto do século XX, com raízes da sua história remonta à Antiguidade. Gomez (2012) refere que relatos da literatura afirmam que o primeiro a utilizar o termo “reabilitação cognitiva” foi Diler, em Nova York, em 1976. No entanto, Pinheiro (2005) afirma que o termo neuropsicologia foi utilizado pela primeira vez em 1913, mas o seu desenvolvimento começou nos anos 40, a partir dos trabalhos de Hebb. Este autor propôs, em 1949, uma teoria de funcionamento do córtex cerebral a partir de conexões neuronais modificáveis, isto é, as possibilidades de conexão de neurônios com outros são múltiplas. Segundo Engelhardt, Rozenthal e Laks (1995, apud Pinheiro, 2005), a neuropsicologia moderna começa com Donald Olding Hebb (1904-1985), Karl Spencer Lashley (1890-1958) e Aleksandr Romanovitch Luria (1902-1977). Desenvolveu-se, inicialmente, a partir da convergência da neurologia com a psicologia, cujas ciências tinham o mesmo objetivo, estudar as modificações comportamentais resultantes de lesão cerebral. O enfoque é o estudo da relação sistema nervoso, comportamento e cognição, ou seja, conhecer as capacidades mentais mais complexas como a linguagem, a memória e a consciência (Pinheiro, 2005). Em contrapartida, ainda para a mesma autora, Luria, influenciado por Ivan Petrovitch Pavlov (1849 - 1936), Pioter Kuzmitch Anokhin (1898-1974), e Lev Semiónovitch Vigotski (1896-1934), entre outros, investigou as funções superiores nas suas relações com os mecanismos cerebrais e desenvolveu a noção do sistema nervoso funcionando como um todo, considerando o ambiente social como determinante primordial dos sistemas funcionais responsáveis pelo comportamento humano. “toda atividade mental humana é um sistema funcional complexo efetuado por meio de uma combinação de estruturas cerebrais funcionando em concerto, cada uma das quais dá


sua contribuição particular para o sistema funcional como um todo”. (LURIA, 1981, apud Pinheiro, 2005, p. 23).

Sendo assim, Luria traz outra teoria do funcionamento do córtex cerebral que contradiz Hebb. Enquanto Hebb apresenta as conexões neurais sendo modificáveis e múltiplas que se conectam umas com as outras, Luria descreve que o sistema nervoso funciona como um todo, incluindo o ambiente como determinante dos comportamentos humanos. Somado a isso, para os autores Kristensen, Almeida e Gomes (2001) relatam que o marco inicial da neuropsicologia é um estudo anátomo-clínico publicado em 1861, por Pierre Paul Broca (1824-1880) em que um aluno de Bouillaud, psiquiatra (1796 – 1881) mostrou a relação entre lobo frontal esquerdo e linguagem. A partir da segunda metade do século XX, a neuropsicologia firmou-se efetivamente enquanto área de estudo, e embora a linguagem tenha sido a área mais amplamente investigada, diversos temas têm sido enfatizados nos últimos anos tais como: a atenção, a percepção visual e auditiva, e a memória (Pinheiro, 2005). Somado aos avanços obtidos, destacam-se ainda a introdução e o desenvolvimento de técnicas de observação do cérebro e sua atividade (tomografias, ressonância magnética dentre outros), além do aperfeiçoamento dos instrumentos de avaliação neuropsicológica e o desenvolvimento de métodos de intervenção, com o objetivo de obter a restauração de funções psíquicas superiores comprometidas por lesão cerebral. Entre alguns aspectos polêmicos relacionados a este campo, encontram-se a escassez de instrumentos fidedignos que avaliem os resultados das técnicas de reabilitação cognitiva e neuropsicológica e estudos científicos controlados, comparando a eficácia das diferentes técnicas de tratamento (Miotto, 2005). Já a história da neuropsicologia no Brasil é relativamente recente (Miotto, 2005).

Segundo Kristensen, Almeida e Gomes, 2001, no Brasil, um dos pioneiros

no estudo da neuropsicologia foi o médico neurologista Antonio Frederico Branco Lefèvre (1916-1981). Após

o

relato

da

história,

pode-se

dizer,

conceitualmente,

que

a

neuropsicologia atual pode ser considerada como uma das disciplinas que compõe a tentativa de síntese representada pela neurociência cognitiva como uma possibilidade de uma moderna ciência da mente (Kandel & Kupfermann, 1997 apud Kristensen, Almeida E Gomes, 2001). A neuropsicologia refere-se, então, ao estudo


das relações entre cognição e comportamento humano e as funções cerebrais preservadas ou alteradas. A neuropsicologia pode ser definida como o estudo científico das relações cérebro-comportamento (Horton, 1994; 1997 apud Pontes e Hubner 2008). Nesse sentido, o desempenho neuropsicológico pode ser influenciado tanto por variáveis orgânicas quanto por variáveis ambientais (Horton e Puente, 1990 apud Horton, 1994 apud Pontes e Hubner, 2008). Contudo, a neuropsicologia é um modelo de estudo que pode facilitar compreensões mais integradas da psicologia, incluindo as questões simbólicas. A ciência ainda pode ser definida também como o estudo do comportamento em relação à anatomia e fisiologia do cérebro (Lecours & Lhermitte, 1983 apud Kristensen, Almeida e Gomes, 2001). Desse modo, após a retomada da história da Neuropsicologia, as formas e métodos da avaliação serão descritos a seguir.


1.1 – Etapas e a Avaliação Neuropsicológica Ao se examinar as bases epistemológicas que sustentam a prática da reabilitação neupsicológica, pode-se observar que os modelos conceituais só aconteceram nas ultimas décadas. Devendo esse fato, a sua aparição na reabilitação cognitiva, área de atuação que até o momento não tem conceito definido conforme as mudanças que vem acontecendo em tal área (Gomez, 2012). Segundo Wilson (2009 apud Gomez, 2012) o termo recuperação pode ter diversos significados, desde completa recuperação da lesão, até diminuição do comprometimento devido à adaptação funcional, geralmente alcançada pela reabilitação. A neuropsicologia clinica é relevante para a compreensão dos efeitos das lesões neurológicas e suas expressões comportamentais (Gomez, 2012). Deste modo, o processo se inicia com a entrevista do paciente e familiar, com o intuito de colher as primeiras informações do caso, como os aspectos de personalidade pré-mórbida e estilo de vida, além de conhecer suas expectativas em relação ao tratamento que será oferecido (Gomez, 2012). Além disso, deve observar o paciente, bem como seu comportamento, nível de consciência e consistência de respostas fornecidas por ele. A avaliação e monitoramento das alterações cognitivas apresentadas serão o foco do programa de reabilitação neuropsicológica (Gouveia e Prade, 2008). A entrevista e a administração de instrumentos podem permitir comparar características do comportamento pré e pós acidente. As informações podem ser complementadas com a aplicação de questionários e escalas para avaliar sintomas experimentados pelo paciente no ultimo mês (Gomez, 2012). A coleta de dados deve incluir as seguintes áreas a serem investigadas: dados da história do paciente antes do acidente (colhendo todo e qualquer tipo de informação, desde uso de substâncias abusivas, antecedentes clínicos, estados emocionais, mentais, escolaridade, atividades profissionais e seus recursos de enfrentamento), além disso, também devem ser investigadas as situações familiares, inclusive com o seu cuidador e relacionamentos, local onde vive, bem como os recursos oferecidos, interesses prévios, nível de compreensão do paciente e seus familiares acerca de sua situação, tratamentos e prognósticos, bem como expectativas de cuidado (Gouveia e Prade, 2008). Os mesmos autores explicam que a partir dessa coleta de informações, partese para a avaliação cognitiva que tem como objetivo auxiliar a escolha de tratamento


e das condutas adequadas. Tal avaliação aborda as áreas de atenção, alerta, aprendizagem e memória, negligencia visual, apraxia e soluções de problemas, determinando as capacidades e limitações do paciente em lidar com as conseqüências do AVC/E, avaliando seu potencial para reabilitação. Sendo assim, pode-se também estabelecer as condições mesmo que precárias de aprendizagem e capacidade de imitar e seguir comandos não verbais, que fazem parte do programa de reabilitação. Além disso, é importante também, obter informações detalhadas de como foi o acometimento, possibilitando levantas hipóteses sobre os possíveis prejuízos apresentados e também as possíveis formas de recuperação. Essas informações podem ser obtidas através dos familiares e da leitura do prontuário médico. Lembrando que se o paciente apresenta prejuízos de linguagem receptiva (compreensão), pode não ser possível determinar adequadamente a presença de confusão mental, déficit de critica e desorientação para referencias de tempo e espaço. Da mesma forma, alterações graves de atenção também dificultam o contato e a avaliação das funções cognitivas já mencionadas. Desse modo, deve-se realizar uma observação e a avaliação apenas será a descrição do perfil cognitivo do paciente naquele determinado momento (Gouveia e Prade, 2008). Os autores mencionam ainda que no caso de prejuízos da linguagem, podese fazer uso de técnicas alternativas para comunicação não verbal, como o uso de cartões co palavras, papéis e lápis, lembrando também, que nesses casos pode haver prejuízos na emissão de respostas ao que está sendo solicitado. No entanto, se o paciente apresentar condições satisfatórias de atenção e compreensão, testes específicos podem ser utilizados, sendo tarefas qualitativas ou testes formais breves e simples os mais indicados e que também poderão dar indícios de alterações cognitivas de memória, atenção e linguagem. Após a fase aguda, com o paciente em situação estável, o uso de teste mais extensos e formais, podem confirmar ou não as impressões iniciais, estabelecendo melhor a gravidade e extensão dos prejuízos (Gouveia e Prade, 2008). A partir das avaliações, observações e entrevista de coleta de dados, os autores mencionados acima afirmam que é de suma importância a orientação ao paciente e seus familiares quanto às alterações apresentadas. A família precisa entender a condição atual do paciente com o objetivo de instrumentar os familiares a lidarem melhor com o paciente, além de auxiliar a diminuir a ansiedade e adequar as expectativas quanto a recuperação do mesmo.


É importante ressaltar que a intervenção na fase aguda é relevante para o suporte familiar, avaliação e monitoramento e estimulação cognitivas do paciente e se constitui na etapa inicial do processo de reabilitação. Dependendo da gravidade e extensão da lesão, bem como as complicações advindas, a reabilitação pode levar um tempo maior, necessitando de diversas formar de intervenções e adaptações até o paciente conseguir viver da melhor forma possível de forma mais autônoma (Gouveia e Prade, 2008). Além disso, o neuropsicólogo deve lembrar-se sempre das necessidades do paciente e ajustá-las quantos as suas prioridades no tratamento de acordo com a funcionalidade e autonomia do paciente para a vida diária (Gouveia e Prade, 2008). Gomez (2012) salienta que o reabilitador e a família devem estar envolvidos no processo o qual se estipulam as metas a serem alcançadas, as quais devem ser possíveis e adequadas para o paciente e sua condição apresentada até o momento. A autora ainda ressalta que tais metas devem ser constituídas com o paciente, levando em consideração as opiniões e desejos de seus familiares, pois sem eles e o sujeito a ser reabilitado, não existe o processo e com as metas em comum acordo aumentam as chances de sucesso. Além disso, as metas podem ser escolhidas, trocas e alcançadas ao longo de toda a reabilitação. Devem ser priorizadas então, as metas que trarão ao paciente as atividades de melhora cognitiva, interferindo positivamente no seu desempenho funcional, com vistas à reinserção social e familiar. Somado a isso, segundo OMS (2001 apud Gomez, 212), o modelo de reabilitação não direciona as metas exclusivamente a deficiência e sim também para os níveis de atividade e participação social, entendidos como parte do processo reabilitador. A partir das metas estabelecidas, os processos cognitivos devem ser trabalhados por meio de exercícios, com a finalidade de reconstruir habilidades. Se não houver restauração da função, trabalha-se então com a compensação. Tal abordagem baseia-se na aprendizagem de pacientes a empregar várias estratégias para lidar com os problemas cognitivos. O objetivo é ensinar estratégias para contornar o funcionamento prejudicado e reforçar as capacidades intactas e pontos fortes (Gomez,2012). Ao final do processo de reabilitação neuropsicológica, faz necessário medir os resultados a partir de escalas já determinadas e que devem ser melhor estudadas para saber quais se encaixam melhor ao processo utilizado. Lembrando também que


existe a probabilidade de falha na reabilitação se ao mesmo tempo o lado psicológico do paciente não for percebido e tratado (Gomez, 2012). A partir da abordagem da ciência Neuropsicológica e etapas da avaliação para posterior traçar o plano de reabilitação, é apresentado a seguir o Acidente Vascular Cerebral/ Encefálico, como lesão a ser estudada para aplicação de tal ciência como instrumento de reabilitação.


Capítulo 2 – O Acidente Vascular Encefálico e suas implicações O Acidente Vascular Encefálico é um problema mundial de saúde pública, sendo responsável por uma grande proporção de doenças neurológicas (Cabral et al, 1997 e Silva, 2004 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011). É causa importante de morbidade e mortalidade, constituindo a terceira causa de morte no mundo, atrás somente das cardiopatias, em geral, e do câncer (Radanovic, 2000, André,1999 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011) e terceira principal causa de mortalidade no Brasil (Lessa,1999 apud Raffin et al, 2006) . Contribui para cerca de cinco milhões de mortes e mais de 15 milhões não fatais por ano, com 50 milhões de sobreviventes, muitos dos quais (um em cada seis doentes) terão novo AVE ou Ataque Isquêmico Transitório em cinco anos (Cabral et al, 1997 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011). O acidente pode ser definido como um déficit neurológico súbito, que persiste por mais de 24 horas originado por uma lesão vascular, compreendido por complexas interações nos vasos e nos elementos sanguíneos e nas variáveis hemodinâmicas. Tais alterações podem provocar obstrução de um vaso, conhecido como AVE isquêmico, pela ausência de perfusão sanguínea, ou podem também causar rompimento de um vaso e hemorragia intracraniana, conhecido como AVE hemorrágico (André, 2009 apud Cruz e Diogo, 2009) . Estima-se que cerca de 80% dos casos é do tipo Isquêmico, ou seja, quando o fluxo de sangue de uma região do cérebro se torna insuficiente, privando o tecido neuronal de oxigênio e glicose, o que causa uma área de infarto cerebral. Normalmente é resultado de uma obstrução causada por trombose (entende-se como obstrução dos vasos pelo acumulo de placas ateroscleróticas – deposito de gordura nas paredes dos vasos) ou embolia, ou uma redução sistêmica do fluxo sanguíneo (Gomez, 2012). Já o AVC/E Hemorrágico, representa 20% dos casos. Nesse evento, os vasos se rompem pro enfraquecimento, normalmente associado a distúrbios secundários à hipertensão arterial e a ruptura de aneurismas (veias mais frágeis, em razão de alterações congênitas, que podem crescer e se romper sob pressão). Essa lesão é ocasionada devida pressão intracraniana ou deslocamento de tecido (Gomez, 2012).


Esse evento pode iniciar por alterações de consciência e/ou déficits motores que se instalam abruptamente. As formas mais freqüentemente observadas são: fraqueza muscular em um dos lados do corpo (hemiparesia), déficits cognitivos (alterações de linguagem, déficits visuais, atencionais, problemas sensoriais e percepções), apatia depressão, ansiedade e irritabilidade (Gomez, 2012). A problemática e o impacto gerado a partir da manifestação de AVC/E em uma pessoa variam de acordo com cada caso em particular (Mendonça et al, 2008, Lavinsky e Vieira, 2004 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011). As alterações refletem em sua capacidade funcional impedindo ou dificultando, muitas vezes, a realização de tarefas simples, como as atividades da vida diária (Lavinsky e Vieira, 2004 apud Oliveira, Garanhani e Garanhani, 2011). Sendo assim, a autora Gomez (2012) afirma que as alterações que cada paciente pode apresentar depende da região cerebral afetada pelo acidente. Nas hemorragias, ela comenta que os prejuízos tendem ser menos previsíveis e mais difusos. Já o evento isquêmico afeta a região do cérebro a qual a obstrução está localizada, prejudicando as funções ali presentes. Outro fator importante salientado por ela é quanto ao lado do cérebro afetado. Lesões a esquerda, cuja função predominante é a linguagem, acarretam alterações quanto a habilidade verbal, assim como a compreensão também. Já as lesões à direita, não dominante para a linguagem, poderão prejudicar as habilidade visoespaciais e perceptuais, além de interferir também no processamento de informações simultâneas. Ou seja, interferem de modo geral na aprendizagem de outras atividades durante a reabilitação, como atividades de vida diária, auto cuidado e etc. Além disso, Gomez (2012) elenca o surgimento de distúrbios de atenção (atenção focada, sustentada, seletiva, alternada, dividida), negligencia, anosognosia, afasias, apraxias, agnosias, alterações da memória e comportamentais. Pode provocar alterações e pode deixar seqüelas muitas vezes incapacitantes relacionadas à marcha, aos movimentos dos membros, a espasticidade, ao controle esfincteriano, aos cuidados pessoais, à linguagem, à alimentação, à função cognitiva, à atividade sexual, ao estado do humor, à atividade profissional, à condução de veículos e às atividades de lazer, comprometendo a vida dos indivíduos de forma intensa e global. Essas alterações funcionais interferem em suas atividades de vida diária (AVD), tornando-os dependentes, sem vida própria, causando isolamento social e depressão, desestruturando a vida dessas pessoas e, consequentemente, a de suas famílias (Freitas et al, 2002 apud Cruz e Diogo, 2009).


Entre os indivíduos que sobrevivem ao AVC/E, 15% não apresentam prejuízo de sua capacidade funcional; 37% mostram discreta alteração, mas são capazes de se autocuidar; 16% apresentam moderada incapacidade, sendo capaz de andar sozinho, necessitando de auxílio para vestir-se; 32% demonstram alteração intensa ou grave de sua capacidade funcional, necessitando de ajuda tanto para caminhar quanto para o autocuidado, quando não se encontram restritos a uma cadeira de rodas ou ao leito, necessitando de cuidados constantes (Barros, 2003 apud Cruz e Diogo, 2009). Quando os pacientes apresentam uma demanda maior de cuidados pode ocasionar intenso impacto na família, principalmente se seu cuidador for familiar. Para Schene (1990 apud Bocchi, 2004) podem existir 8 aspectos causadores de sobrecarga: mudança na rotina familiar, relações familiares, relações sociais, lazer e profissão, impactando nas finanças, saúde e estresse (incluindo sentimentos e emoções negativas geradas pela situação). Rebaixamento cognitivo, mudanças na personalidade e /ou comportamento e na comunicação, comprometem não somente o paciente, mas também a família e a comunidade. Sendo também um desafio para o cuidador (Bocchi, 2004). Somado a isso, existem também os problemas conjugais, no que diz respeito a vida sexual, que acaba sendo diminuída ou inexistente, insatisfação no casamento (Cassidy e Gray, 1996 apud Bocchi, 2004), preocupação financeira acerca de todos os cuidados a serem pagos para com o paciente (Béthoux et al, 1996, apud Bocchi, 2004) . A partir disso, ressalta-se a seguir as possíveis contribuições da ciência Neuropsicológica quanto ao seu uso na reabilitação para pacientes acometidos por tal acidente na tentativa de retomada total de suas funções ou pelo menos parte delas.


Capítulo 3 – Possíveis contribuições e reabilitações propostas pela Neuropsicologia à pacientes vítimas de Acidente Vascular Encefálico. As condutas tomadas diante de um AVE em fase aguda são fundamentais e podem reduzir a letalidade dessa afecção (André, 1999 e Freitas et al, 2002 apud Cruz e Diogo, 2009). Após o episódio, o tratamento de reabilitação deve ser iniciado, precocemente, de forma a amenizar as incapacidades, garantindo se não totalmente, parcialmente a autonomia, por isso é necessário um preparo específico da equipe multidisciplinar para o cuidado adequado a esses sujeitos (Cruz e Diogo, 2009). A reabilitação neuropsicológica é um dos componentes do tratamento de clientes com lesões cerebrais e/ou distúrbios neurológicos e neuropsiquiátricos (Pontes e Hübner, 2008). McMillan e Greenwood (1993 apud Pontes e Hübner, 2008) afirmaram que “a reabilitação neuropsicológica deve navegar pelos campos da neuropsicologia clínica, análise comportamental, retreinamento cognitivo e psicoterapia individual e grupal”, p. 346. O processo de reabilitação objetiva melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares. Tal processo contribui na conscientização do paciente a respeito de suas capacidades remanescentes, o que leva a uma mudança na autoobservação e, possivelmente, uma aceitação de sua nova realidade (D’Almeida et al., 2004 apud Pontes e Hübner, 2008). Para Wilson (1996 apud Pontes e Hübner, 2008) há uma diferença entre reabilitação cognitiva e a reabilitação neuropsicológica. A primeira visa “capacitar pacientes e familiares a conviver, lidar, contornar, reduzir ou superar as deficiências cognitivas resultantes de lesão neurológica” p.314, porém o foco principal é na melhora das funções cognitivas por meio de treinos. Já a reabilitação neuropsicológica é mais ampla, uma vez que além de almejar tratar os déficits cognitivos, tem por objetivo também tratar as alterações emocionais e de comportamento, melhorando a qualidade de vida do paciente.


Para Wilson et al (2003 apud Pontes e Hübner, 2008) o planejamento de um programa

de

reabilitação,

a

avaliação

neuropsicológica

e

a

avaliação

comportamental são igualmente importantes e complementares. A reabilitação não visa tratar uma incapacidade de obter uma boa pontuação em certo teste, e as melhoras nos testes não são uma boa maneira de mensurar ganhos na vida real (Pontes e Hübner, 2008). É importante que o programa de reabilitação seja bem estruturado, o que facilita a escolha das melhores técnicas a serem empregadas. (Wilson, 2003 apud Pontes e Hübner, 2008). A reabilitação neuropsicológica exige uma

participação ativa e um

envolvimento do paciente, sendo esta uma característica esperada de quem se submete a um tratamento psicoterápico comportamental (Pontes e Hübner, 2008). O programa de reabilitação neuropsicológica deve estar associado a uma avaliação neuropsicológica sensível para reconhecer diferentes perfis cognitivos e os estágios de comprometimentos apresentados (Silva et al., 2011). Além disso, tanto a reabilitação neuropsicológica como a psicoterapia são intervenções com objetivos claramente definidos e explicitados ao cliente e geralmente têm duração limitada, embora nem sempre isso ocorra, pois depende das queixas apresentadas, do desempenho individual do cliente durante o programa e da relação terapêutica (Pontes e Hübner, 2008). Somado a isso, além da reabilitação neuropsicológica, vê-se necessário a utilização de psicoterapia, uma vez que a reabilitação trata das questões cognitivas e mais profundamente, as questões físicas, a psicoterapia tem o papel de reintegrar o paciente a vida normal, desempenhando habilidades voltadas para o autocuidado e relações sociais até a capacidade para desenvolver atividades diárias e tomar decisões. No entanto para que tudo isso ocorra, é necessário que o mesmo tome consciência de suas limitações presentes e reconheça seus recursos de enfrentamento, dependendo também do suporte social disponível neste momento, que auxilia e ajuda na adaptação de suas incapacidades, além de amenizar os impactos estressantes da doença por meio de conforto emocional (Niro et al,, 2008). Desse

modo,

após

a

revisão

bibliográfica

apresentada

quanto

a

neuropsicologia, sua história, como se dá a avaliação de pacientes bem como as etapas da reabilitação, relacionando-a com o Acidente Vascular Cerebral

/

Encefálico e por ultimo os possíveis ganhos de pacientes acometidos por tal acidente ao realizar a reabilitação neuropsicológica, é apresentado a seguir a


metodologia, discuss達o e resultados da pesquisa realizada acerca do tema dissertado.


Capítulo 4 - Metodologia 4.1 Material Foram utilizados 6 artigos indexados na base de dados Scielo. Tal Base de Dados foi escolhida por ser uma biblioteca eletrônica que abrange uma coleção de periódicos científicos nacionais. A Scielo é o resultado de um projeto de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME) e, a partir de 2002, este projeto é apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Os mesmos foram selecionados a partir dos critérios: textos na língua Portuguesa e publicados entre os anos de 2008 a 2012. A partir disso, foram consideradas como palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral / Encefálico, Sequela (s), Prejuízo (s), reabilitação e Neuropsicologia.

4.2 Procedimento Na primeira etapa usou-se a palavra Acidente Vascular Cerebral e suas flexões que a própria base de dados disponibiliza: Acidente Vascular Cerebral Agudo, Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, Acidente Vascular Cerebral Isquêmico, Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo, Acidente Vascular de Tronco Encefálico Cerebral, Acidente Vascular Encefálico, Acidente Vascular Encefálico de circulação posterior, Acidente Vascular Encefálico hemorrágico, Acidente Vascular Encefálico Isquêmico, Acidente Vascular Isquêmico, Acidente Cerebrovascular Neonatal. A partir daí, os artigos foram classificados entre os anos de 2008 e 2012 e os de língua portuguesa, como pode ser visualizado na tabela a seguir os resultados da pesquisa:

Total Acidente Vascular Cerebral

113

Português X 2008 a 2012 27

Acidente Vascular Cerebral Agudo

3

0

Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

2

1

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico

4

0

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo

1

0

Encefálico 1

0

Acidente Cerebral

Vascular

de

Tronco


Acidente Vascular Encefálico

34

19

Acidente Vascular Encefálico de circulação 1

0

Acidente posterior Vascular Encefálico Hemorrágico

1

0

Acidente Vascular Encefálico Isquêmico

2

0

Acidente Vascular Isquêmico

1

0

Acidente Cerebrovascular Neonatal

1

0

TOTAL

47

Tabela 1: resultado da pesquisa com as flexões da palavra Acidente Vascular Cerebral. Depois, o mesmo foi feito com a palavra Neuropsicologia e as flexões que o site

também

disponibiliza:

Neuropsicologia,

Neuropsicologia

Comportamental,

Neuropsicologia

Transcultural,

Neuropsicologia

Neuropsicologia

do

Neuropsicológica,

Cognitiva,

Desenvolvimento, Neuropsicológicas,

Neuropsicológico, Neuropsicológicos. Ainda seguindo os mesmos passos da etapa anterior, os artigos foram classificados entre os anos de 2008 e 2012 e de língua portuguesa. O resultado obtido é demonstrado a seguir na tabela:

Total Neuropsicologia

99

Língua Portuguesa X 2008 a 2012 25

Neuropsicologia Cognitiva

1

0

Neuropsicologia Comportamental

1

1

Neuropsicologia do Desenvolvimento

2

0

Neuropsicologia Transcultural

1

0

Neuropsicológica

43

12

Neuropsicológicas

4

1

Neuropsicológico

3

0

Neuropsicológicos

52

11

TOTAL

49

Tabela 2: resultado da pesquisa com as flexões da palavra Neuropsicologia. A partir daí fez-se cruzamento das palavras que apresentavam artigos a serem pesquisados: Acidente Vascular Cerebral e Encefálico. Foram utilizadas as seguintes palavras para cruzamento: Prejuízo (s), sequela (s) e reabilitação. Com a palavra sequela, foram achados no total 5 artigos, sendo apenas 1 do período já pré estabelecido, 2008 a 2012 e língua portuguesa. Porém, com a leitura


do titulo esse foi descartado. Por conseguinte, utilizou-se o plural da mesma palavra, sendo, no total, 7 artigos achados, porém nenhum deles atendia ao período anual. O mesmo foi feito com a palavra prejuízo e o plural. No primeiro caso, 1 artigo foi achado, contemplando o período anual e a língua estabelecida, porém descartado na leitura do titulo. Já no plural, também foi achado 1 artigo, atendendo as exigências e a leitura do titulo, sendo esse classificado para analise. Ao final, utilizou-se a palavra reabilitação, com 10 artigos no total. Apenas 6 deles, atendiam a língua e o período anual exigido. Após a leitura dos títulos dos artigos, nenhum deles correspondia ao tema. Com a palavra Acidente Vascular Encefálico, o mesmo processo foi realizado. Com a palavra sequela, 4 artigos foram achados, sendo 3 do ano e língua estabelecidos, porém com a leitura dos títulos, apenas 1 foi classificado. No plural, 7 artigos foram achados no total. Sendo 6 em português e do período anual exigidos, 3 duplicados, 2 não classificados para análise pois não correspondiam ao tema, selecionado então somente 1. Quando cruzou-se a palavra prejuízo e o plural, nenhum artigo é achado. Por outro lado, ao se fazer uso da palavra Reabilitação, 9 artigos são achados, sendo 6 classificados quanto ao ano e língua portuguesa. Desses, 2 são duplicados e nenhum passou pela seleção da leitura do titulo. Portanto, cruzando Acidente Vascular Cerebral / Encefálico, com todas as palavras supracitadas, foram selecionados ao todo 3 artigos para análise. Além disso, Neuropsicologia,

as

mesmas

etapas

Neuropsicologia

foram

utilizadas

Comportamental,

com as

palavras

Neuropsicológica,

Neuropsicológicas, Neuropsicológicos. Utilizou-se Neuropsicologia e reabilitação. 7 artigos foram achados, porém somente 1 encaixava no período de 2008 a 2012 e também na língua portuguesa, sendo selecionado para analise. Em Neuropsicologia Comportamental, 1 artigo foi achado, porém duplicado e selecionado. Com a palavra neuropsicológica, foram achado 6 artigos, sendo 5 de língua portuguesa, 2 do período estabelecido e 1 duplicado, fazendo uso somente de 1 artigo. Por fim, a palavra neuropsicológicos cruzada com reabilitação não trouxe resultado, pois o artigo que atende ao período anual é de língua estrangeira. Ao final, Neuropsicologia e Acidente Vascular Encefálico, bem como a flexão Cerebral, não foram achados artigos do período anual estabelecido e língua portuguesa.


Portanto, ao juntar as pesquisas realizadas com os cruzamentos de palavras com Acidente Vascular Cerebral / Encefálico e outros cruzamentos com Neuropsicologia e suas flexões, foram selecionados ao todo 5 artigos para análise. Esses trabalhos foram analisados a partir da leitura dos títulos, resumos e artigo por inteiro, considerando os seguintes aspectos: apresentação de sequelas e prejuízos

ocasionados

pelo

acidente,

formas

de

reabilitação,

aspectos

neuropsicológicos, bem como as mudanças que esse evento trouxe à vida e saúde da vitima e sugestão de futuras pesquisas.


Capítulo 5 – Análise e Resultado

Após a descrição da metodologia aplicada a presente pesquisa, a seguir será apresentada a discussão dos textos selecionados e os resultados obtidos a partir das analises dos mesmos. Foram selecionados 2 artigos que fazem menção ao AVC/E, porém não trazem discussão qualquer acerca da neuropsicologia. Outros 2 artigos selecionados tratam da neuropsicologia, porém não fazem conexão com o AVC/E. No entanto foi selecionado 1 artigo que trata brevemente da aplicação da reabilitação neuropsicológica a pacientes acometidos pelo acidente. Totalizando então 5 artigos a serem apresentados e analisados. Nos artigos que tratam somente do AVC/E, Cruz e Diogo (2009) aplicam uma avaliação da capacidade funcional de idosos acometidos pelo AVC/E. Somado a isso procuraram verificar a influencia de variáveis sociodemográficas e de saúde na capacidade funcional investigada durante a pesquisa. Foi usado como método entrevistas às vitimas do acidente. O instrumento de coleta contemplava informações acerca de dados sociodemográficos e clínicos. Já para a capacidade funcional em si, foi aplicado o instrumento de Medida de Independência Funcional (MIF). Tal instrumento além de avaliar o domínio motor, cognitivo e social, dá parâmetros importantes na avaliação funcional do idoso. Os autores chegaram a conclusão de que quanto maior a idade dos pacientes maior a chance de ter uma doença cerebrovascular, comprovada também por outros estudos que fizeram apoio a pesquisa apresentada. Por conseqüência disso, os autores revelam que o AVC/E quando severo causa um grande impacto no bemestar físico e psicológico do paciente e de seus familiares, muitas vezes tornando-se dependente para suas atividades diárias, necessitando de cuidados quase que integralmente. Desse modo, pelo fato de a pesquisa apontar que os idosos em tratamento tiveram resultado melhor daqueles que não tinha acesso ao serviço de saúde, e concluir que o AVC/E causa alteração na capacidade funcional dos sujeitos da pesquisa, os autores apontam para a necessidade de se investir em estratégias de reabilitação que venham a amenizar as perdas funcionais advindas da própria idade e, principalmente, das sequelas de AVC/E.


Por outro lado, os autores Filho e Carvalho (2009) em sua pesquisa trazem a discussão acerca dos acidentes cerebrovasculares em crianças. Os autores afirmam que esse tipo de acidente é incomum na pediatria, variando de duas a oito crianças por cem mil, abaixo dos 14 anos, sendo a maioria portadora de doenças de base como cardiopatias congênitas, anemia falciforme e malformações vasculares. A partir disso, os autores tiveram como objetivo no trabalho definir as características epidemiológicas do acidente, elencar os fatores de riscos em pediatria e neonatologia, bem como as características fisiopatológicas para ocorrência da lesão, como se dá a manifestação clinica e o diagnóstico. Por ultimo o autor recomendou atualizações nas medidas de suporte, tratamento e profilaxia dos acidentes em pediatria. Sendo assim, Filho e Carvalho (2009), apontam para o diagnóstico precoce sendo peça fundamental para a reabilitação. Somado a isso afirmam a importância para que os pediatras fiquem atentos a falta de especificidade dos sintomas para evitar sequelas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os mesmos autores apontam para a dificuldade de diagnosticar rápido e corretamente o evento, já que os fatores de riscos e sintomas distinguem de forma discrepante, implicando diretamente no processo de reabilitação e menos sequelas, juntamente ligada a doença de base. Já na pesquisa apresentada por Pontes e Hubner (2008), a neuropsicologia aparece como foco do trabalho na reabilitação de pacientes com lesões cerebrais e/ou distúrbios neurológicos. As mesmas autoras retratam a analise do comportamento como instrumento fundamental a ser utilizada na reabilitação neuropsicológica, porque dispõe de ferramentas valiosas para a modificação do comportamento e auxilio nos processos de aprendizagem. Dessa forma, as autoras apresentam uma interação entre as áreas de reabilitação neuropsicológica e a analise do comportamento. Somado a isso, a pesquisa chama atenção dos neuropsicólogos para a importância da aquisição de conhecimentos básicos em analise do comportamento, já que tal ciência tem tanto a contribuir na reabilitação. Ao mesmo tempo, Pontes e Hubner (2008), salientam a escassez de estudos sobre o emprego de tal técnica em programas de reabilitação e também a falta de percepção dos profissionais que atuam nessa área, de que muitos deles empregam os procedimentos comportamentais sem conhecimento. Isso também se deve ao fato do desconhecimento da analise do comportamento e pelo simples preconceito que a ciência ainda é alvo, segundo as autoras.


Ainda seguindo o raciocínio dos autores que apresentam a neuropsicologia sem fazer menção ao acidente vascular cerebral/encefálico, os autores Silva et al (2011) fizeram uma pesquisa interessante no que diz respeito a reabilitação neuropsicológica para pessoas que apresentam demência. Tal reabilitação teve como objetivo resgatar ou de alguma forma melhorar a qualidade de vida de 21 sujeitos diagnosticados com Alzheimer ou outras demências. Foi utilizado como ferramentas da reabilitação oficinas de jardinagem e pistas coloridas. Dessa forma, os autores afirmam que houve aumento nos escores dos testes aplicados depois do programa em comparação com os escores dos testes aplicados logo no inicio da reabilitação. Sendo

assim,

a

pesquisa

traz a

tona

um

modelo

de

reabilitação

neuropsicológica, mesmo que não aplicada ao AVC/E, mas sim à demência e Alzheimer, podendo ampliar os benefícios para pacientes com lesão cerebrovascular e exemplificando as etapas do processo de reabilitação, do inicio da aplicação dos testes, até o final com os resultados obtidos com as atividades programadas. Somado a isso, a pesquisa se baseia em outros modelos de reabilitação que comprovam a eficiência inclusive no que diz respeito a nova reorganização neural e a plasticidade do cérebro, assim como ocorre em paciente com AVC/E. Por outro lado, na pesquisa de Terroni et al (2008), os autores abordam a depressão pós AVC/E que possui prevalência elevada após o episodio de acidente. Sendo essa comorbidade pouco detectada e tratada, implicando negativamente na recuperação do paciente, associando-se ao pior prognostico e evolução, agravo das disfunções cognitivas e redução da qualidade de vida. A partir disso, os autores chama a atenção para os aspectos psicológicos eu neuropsicológicos da depressão pós AVC/E. Como

já dito, influenciando

negativamente na recuperação e assim na qualidade de vida do paciente. A percepção subjetiva e a avaliação da situação pelo paciente são refletidas por meio dos aspectos psicológicos e são de suma importância na adaptação à incapacidade, pois funcionam como recursos de enfrentamento (Terroni et al, 2008). Como os pacientes com AVC/E vivenciam a incapacidade, muitas vezes eles apresentam problemas psicológicos, justamente para relacionados à aceitação dos limites impostos pelo acidente. Somado a isso, com relação aos aspectos Neuropsicológicos, os autores apresentam a prevalência de comprometimento cognitivo após o evento em até


35,2%. Daí então a importância em estudar o prejuízo cognitivo é que ele pode ser uma alteração sinalizadora da evolução para quadros de doenças degenerativas. Portanto os autores apontam para a psicoterapia como tratamento aliado para a depressão pós AVC/E, no que diz respeito a adequação das incapacidades atualmente existentes por decorrência do evento, redução da dependência física, redução dos sintomas depressivos, reintegração do paciente à vida normal (desde habilidades voltadas ao autocuidado, até as relações sociais, atividades de vida diária) e a capacidade de tomar decisões. Os autores ainda salientam o papel do suporte social, o qual auxilia na implementação de estratégias de adaptação à incapacidade e ameniza o impacto estressante da doença por meio do conforto emocional. Além do ambiente físico que deve ser adaptado às condições do paciente, promovendo o senso de autoeficiência, autonomia e independência. A interação social e a participação em grupos realizada por meio da pratica de exercícios físicos também podem ser benéficos aos aspectos emocionais, melhorando a autoconfiança e a autonomia. Tudo isso pode contribuir, segundo os autores, para que o paciente tenha um propósito de vida e consiga vislumbrar projetos e objetivos a fim de superar as perdas e ganhos advindos do AVC/E. Ao final, os autores comentam acerca de que o tratamento tem se mostrado eficiente, levando a remissão da depressão e a melhora da evolução e prognóstico dos pacientes quanto à recuperação dos prejuízos decorrentes do acidente. Vale lembrar também, que além dos aspectos psicológicos apresentados na pesquisa, os autores também fazem referencia ao uso medicamentoso de anti-depressivos adequado a cada tipo de lesão e a eletroconvulsoterapia. Por ultimo os autores sugerem pesquisa futuras que abordem as questões neuroanatômicas associadas à depressão, variantes clinicas de depressão em função da localização do AVC/E, perfil da sintomatologia depressiva a resposta a intervenção terapêutica, tratamento com antidepressivos e a localização do AVC/E, realização de programas para aumentar a freqüência do diagnostico e tratamento da depressão pós acidente pelo médico não psiquiatra, e o acompanhamento e avaliação de programas que incluam intervenções pertinentes à qualidade de vida pós AVC/E.



Capítulo 6 - Conclusão

Portanto, a partir dos artigos selecionados e da apresentação da analise e dos resultados, pode-se concluir que existe uma escassez de estudos no que diz respeito a neuropsicologia, apontado pelos autores Gomez (2012) e Pontes e Hubner (2008). No entanto, quando se trata de pesquisas realizadas a partir do Acidente Vascular Cerebral / Encefálico, existe inúmeras vertentes, tratando das questões físicas e focam o processo de reabilitação somente a essa parte das sequelas. Porém é conhecido que os prejuízos ocasionados pelo acidente são inúmeros, chegando não somente ao físico, mas também a parte cognitiva e emocional também. Pontes e Hubner (2008) comentam a escassez de estudos sobre o emprego de procedimentos comportamentais em programas de reabilitação neuropsicológica. A técnica é julgada pelas autoras, ferramenta fundamental a ser utilizada nesse processo já que faz uso de estratégias compensatórias, aquisição de novas habilidades e a adaptação às perdas permanentes. Desse modo, com as sequelas advindas do acidente, o paciente necessita reaprender, compensar e se adaptar a sua nova condição, proporcionando conscientização do paciente a respeito de suas capacidades, mudança na auto-observação e aceitação da nova realidade. Como demonstrado anteriormente, Cruz e Diogo (2009) afirmam que a reabilitação é uma das principais formas de tratamento após episódios de AVC/E, proporcionando melhoras aos pacientes, recuperando total ou parcialmente as sequelas ocasionadas pelo acidente. Tais sequelas têm implicações fortes no prejuízo das atividades de vida diária, acarretando perda da autonomia e independência do sujeito. Dessa forma os autores analisados discutem os benefícios da reabilitação na sua forma mais ampla, tanto cognitiva até a física como um processo de recuperação dos pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral/Encefálico. Em sua maioria, os autores analisados na pesquisa afirmam que são necessários investimentos na parte de reabilitação para pacientes (Terroni, et al, 2008, Silva et al, 2011, Cruz e Diogo, 2009 e Pontes e Hubner, 2008).


Estudos que aplicam a reabilitação neuropsicológica a pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral/Encefálico, não foram encontrados nenhum na base de dados selecionada para pesquisa, que atendesse os critérios de seleção do período anual de 2008 a 2012 e língua portuguesa. Apesar do AVC/E ser um problema mundial de saúde pública, sendo responsável por uma grande proporção de doenças neurológicas (Cabral et al, 1997 e Silva, 2004 apud Oliveira, Garanhani e Granhanhi, 2011) e terceira principal causa de mortalidade no Brasil (Lessa,1999 apud Raffin et al, 2006), fica ao leitor a tentativa de relacionar a ciência neuropsicológica quanto reabilitação aplicada ao AVC/E, uma vez que o acidente é estudado e a neuropsicologia também, apesar da escassez, mas não relacionando uma a outra. Dessa forma, a pesquisadora sugere que pesquisas quanto as formas, eficácia, benefícios, contra indicações da reabilitação neuropsicológica aplicada aos pacientes acometidos por AVC/E seja formuladas e realizadas em todo o mundo, criando possíveis protocolos de reabilitação que podem se adequar melhor a cada paciente e processo de recuperação.


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Anexo A - Artigos utilizados para analise da pesquisa.

AUTOR

Cruz Diogo, 2009

e

Filho, Carvalho, 2009.

Pontes Hubner, 2008

e

TITULO

PERIÓDICO

OBJETIVOS

Avaliação da capacidade funcional de idosos com acidente vascular encefálico.

ACTA Paulista de enfermagem

Acidentes vasculares encefálicos pediatria

Jornal de pediatria. Sociedade brasileira de pediatria

Avaliar a capacidade funcional de idosos com AVE e verificar a relação, e a influencia de variáveis sociodemográficas e de saúde na capacidade funcional. Definir as características epidemiológicas de AVE em crianças; os principais fatores de riscos; características fisiopatológicas para a ocorrência de lesão; as manifestações clinicas e o diagnóstico por imagem; as recomendações atualizadas para as medidas de suporte, tratamento e profilaxia dos AVE em pediatria. Uma revisão da leitura a cerca da interação entre as áreas de reabilitação neuropsicológica e análise do comportamento

A

em

reabilitação

neuropsicológica sob a ótica da psicologia comportamental

Revista de Psiquiatria Clinica

NEURO PSICOL OGIA Não.

AVC/E

Não.

Sim.

Não.

Sim.

Não.

De forma discreta as autoras comentam da escassez de pesquisas que integram a analise do comportamento e a neuropsicologia, salientando o desconhecimento de tal técnica por parte dos profissionais

Sim.

SUGESTÃO PESQUISAS FUTURAS Sugere que o estudo possa servir de base para pesquisas futuras que tratem do mesmo assunto


Silva, et al. 2011

Programa

de

reabilitação

Estudos de Psicologia

neuropsicológica da

memória

aplicada

à

demência: estudo

um não

Uso de oficinas de jardinagem e pistas coloridas como instrumentos de reabilitação neuropsicológica para pacientes que apresentam demência (déficit de memória).

Sim.

Não.

Não.

Revisar alguns aspectos da depressão pós-avc como qualidade de vida, prejuízos cognitivos, eixo HHA, localização do AVC e Tratamento.

Sim.

Sim.

Pesquisas futuras em termos de: achados da neuroanatomia, variantes clinicas, perfil sintomatologia e resposta à terapia, tratamento medicamentoso, realização de programas para aumentar a freqüência do diagnostico e tratamento, acompanhament o e avaliação de programas de intervenções à qualidade de vida.

controlado intrasujeitos Terroni, et al. 2008

Depressão AVC:

pós

aspectos

Revist a

psicológicos,

Psiquiatria

neuropsicológicos

Clinica

,

eixo

HHA,

correlato neuroanatômico e tratamento

de


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